O
SEMANÁRIO
FUNDADOR: José Barão I DIRETOR: Fernando Reis
DE
MAIOR
EXP ANSÃO EXPANSÃO
quinta-feira I 17 de novembro de 2016 I ANO LX - N.º 3112
I
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DO
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NOVE MESES DEPOIS DO CRIME QUE CHOCOU PORTIMÃO
PJ vai confrontar suspeito da morte de Rodrigo Lapa
O Jornal do Algarve sabe que a Polícia Judiciária está prestes a deslocar-se ao Brasil. Os investigadores querem ouvir o padrasto da vítima, que viajou para aquele país no dia do crime e é apontado como o principal suspeito do homicídio
Hotelaria algarvia a preço de saldo
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CIRURGIA CARDIOTORÁCICA:
Mais de 500 doentes encaminhados anualmente para Lisboa
Preços baixam, em relação ao ano passado, e a ocupação sobe. Só a região Centro e os Açores têm uma média de preços para um quarto duplo inferior à do Algarve. Portimão é, atualmente, a cidade com a média mais baixa do país P4
Os hospitais públicos da região, em Faro e Portimão, continuam sem um serviço de cirurgia cardiotorácica, o que poderá ter como consequência a morte de muitos doentes no Algarve, por falta de intervenção cirúrgica atempada P3
Algarve tem milhares de animais abandonados nas ruas
Aljezur, Lagoa, Lagos, Monchique e Silves aprovam orçamentos
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Centro histórico:
Albufeira:
Automobilismo:
Vila Real Sto. António vai reabilitar casas para arrendar
Plano de drenagem vai custar de 30 a 40 milhões
Diogo Gago é campeão nacional de ralis
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JA COLABORA NA RECICLA GEM ECICLAGEM O Jornal do Algar Algarvve está a colaborar na reciclagem de papel, reutilizando e utilizando sobras. Desta fforma orma pre ores prettendemos sensibilizar os nossos leit leitores para a luta contra o plástico (utilizado por div er sos jornais e re vistas diver ersos revistas na eexpedição xpedição por correio) e para a necessidade de se def ender o meio ambient e. defender ambiente.
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PERSPETIVAS DE APLICAÇÃO FUTURA A NÍVEL MUNDIAL
Investigadores algarvios produzem biodiesel a partir de microalgas Os investigadores do CCMAR descobriram uma nova microalga para produção de biodiesel. Trata-se de uma nova estirpe de uma microalga com elevado potencial para produção de biomassa e bio-óleos. Os investigadores estão otimistas e explicam que a estreita colaboração com a indústria aumenta ainda mais as perspetivas de aplicação futura a nível mundial Um grupo de investigadores do Centro de Ciências do Mar (CCMAR), na Universidade do Algarve, conseguiu isolar e caracterizar uma nova microalga com aplicação na produção de biodiesel. “A nova estirpe, isolada a partir das águas costeiras do Algarve, é capaz de acumular um elevado conteúdo em bio-óleos, os quais têm as características adequadas para a produção de biodiesel”, explicam os investigadores, frisando que, “para além disso, é uma microalga com uma elevada produtividade tanto a ní-
vel de produção de biomassa como de bio-óleos, o que faz com que o leque de aplicações seja ainda mais alargado”. Estes resultados foram obtidos em meio de cultura laboratorial e efluentes de estações de tratamento de águas residuais (ETAR). “A robustez demonstrada por esta microalga abre novas avenidas de investigação e desenvolvimento para o seu uso no tratamento de efluentes urbanos e produção de bioenergia”, adiantam. O potencial da microalga é eleva-
Investigador da UAlg vence prémio na área da genética Clévio Nóbrega, investigador do Centro de Investigação em Biomedicina (CBMR) da Universidade do Algarve (UAlg), a trabalhar na área da neurociência, particularmente na aplicação de terapia genética a doenças neurodegenerativas, é o vencedor do prémio anual da Sociedade Portuguesa de Genética Humana. Atribuído ao artigo de maior excelência científica publicado na área da genética, o prémio visa distinguir investigadores portugueses cujo trabalho se destaque no panorama internacional. Este ano, a distinção foi atribuída ao investigador do CBMR pela publicação de um artigo publicado no ano passado na revista Brain. “Tendo sido, na altura, escolha do editor, o artigo, intensamente acolhido pela sociedade científica internacional, propõe investigar o papel e a relevância da proteína ‘ataxina-2’ na doença de Machado-Joseph (DMJ)”, explica a universidade algarvia em comunicado, adiantando que esta é uma doença hereditária, sem cura até ao momento, e caracterizada pela “descoordenação motora, atrofia muscular e rigidez dos membros”, provocando, como esclarece o investigador, “dificuldades na deglutição, na fala e na visão”. Neste trabalho científico, Clévio Nóbrega e os seus pares colocam a hipótese de que a proteína 'ataxina-2', uma proteína que apresenta uma função celular importante, se encontre reduzida na doença de Machado-Joseph, especulando os investigadores sobre a hipótese de que a reposição dos níveis desta proteína possa alterar a progressão da doença e até contribuir para uma melhoria da mesma.
do e os investigadores do CCMAR têm desenvolvido uma ativa colaboração junto de parceiros industriais, de modo a aumentar a produção desta microalga, mas também de forma a aproveitar o efeito deste cultivo no sequestro de CO2. No seguimento deste objetivo, o CCMAR e a Universidade do Algarve, estão a colaborar com a Secil na recentemente inaugurada Unidade de Produção de Microalgas (Algafarm), localizada em Pataias. Neste espaço, considerado o maior conjunto de fotobiorreatores em sis-
tema fechado da Europa, a cimenteira investiu 15 milhões de euros com o objetivo de desenvolver tecnologias de mitigação do impacto da libertação de CO2, decorrente da sua atividade. João Varela, Luísa Barreira e Hugo Pereira são os investigadores do CCMAR que colaboram de uma forma muito estreita com a Algafarm para a transferência de conhecimentos, tecnologia e material biológico. A recente descoberta dos cientistas poderá permitir um maior aproveitamento e rentabilidade da produção
de microalgas, cujo cultivo, por si mesmo, já cumpre o objetivo de consumo de CO2. “As expectativas em relação a novos mercados e à aplicação a nível mundial são elevadas, quer por parte da indústria, quer da comunidade científica”, acentuam os investigadores. Neste momento, o CCMAR e os parceiros industriais do centro já se encontram a estudar a adaptação desta estirpe de microalgas para produção industrial em larga escala.
INCÊNDIOS DE SETEMBRO PREJUDICARAM PRODUÇÕES AGRÍCOLAS
Governo reconhece "catástrofe natural" em Monchique e Portimão O Governo reconheceu na semana passada como “catástrofe natural” os prejuízos causados pelos incêndios nas freguesias de Marmelete, Monchique, Mexilhoeira Grande e Portimão, em setembro passado, anunciando um apoio para as explorações agrícolas. Os pedidos de apoio devem ser apresentados através de formulário eletrónico disponível no portal do Portugal 2020, devendo ser submetidos até ao próximo dia 25 de novembro deste ano, refere o despacho publicado a 4 de novembro em Diário da República, assinado pelo ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Capoula Santos. “Deflagraram, no decurso da primeira quinzena do passado mês de setembro deste ano, um conjunto de incêndios de grandes proporções, em diversos pontos do país, cuja dimensão e gravidade dos prejuízos
causados nas zonas em que ocorreram, reconduzem a qualificação destes acontecimentos a 'catástrofe natural'”, lê-se no despacho. O documento revela ainda que, “considerando a catástrofe natural registada e os danos por ela causados no potencial produtivo das explorações agrícolas, a sua reposição é suscetível de ser objeto do apoio”, pelo que o Governo decidiu conceder um apoio à reconstituição ou reposição do poten-
cial produtivo das explorações agrícolas danificadas. Este apoio abrange animais, plantações plurianuais, máquinas, equipamentos, armazéns e outras construções de apoio à atividade agrícola. Assim sendo, a Direção Regional de Agricultura do Algarve – que é a responsável pela verificação dos prejuízos declarados na região, devendo esta fase estar terminada a 15 de dezembro –, juntamente com as câmaras municipais de
Monchique e Portimão, estão a promover sessões sobre os apoios aos prejuízos agrícolas nos incêndios florestais. O incêndio que atingiu os concelhos de Monchique e Portimão iniciou-se no dia 3 de setembro, tendo sido declarado dominado 24 horas depois. No entanto, o fogo reacendeu-se logo a seguir e apenas foi dado como extinto nove dias depois. N.C.