Jornal do Algarve

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O

SEMANÁRIO

FUNDADOR: José Barão I DIRETOR: Fernando Reis

Castro Marim

Misericórdia constrói residência para doentes de Alzheimer P6

quinta-feira

DE I

MAIOR

EXP ANSÃO EXPANSÃO

19 de dezembro de 2013 I ANO LVII - N.º 2960

I

Preço 1,10

DO

ALGAR VE ALGARVE

PORTE PAGO - TAXA PAGA

www.jornaldoalgarve.pt

Restaurantes fecham a ritmo alarmante devido à crise

P5

Lagos

Dez celas de antiga prisão à disposição dos artistas P 7

Especial Natal P 8/11

Vila Real Sto. António

Câmara defende ocupação imediata das novas salas da Secundária Última

Aos nossos leitores Um problema técnico ao nível da informática, do qual somos alheios, impediu-nos de enviar para a gráfica, e consequentemente de fazer chegar às bancas e aos nossos assinantes, a edição do Jornal do Algarve da passada semana. Assim, esta edição inclui, no interior, também a edição da última semana. Por esse motivo, deixamos as nossas sinceras desculpas aos nossos assinantes e aos demais leitores. Recordamos que, apesar de não ter sido possível imprimir o jornal, aquela edição foi colocada à disposição dos assinantes e dos restantes leitores na passada semana, gratuitamente, na internet através da nossa edição digital (jornaldoalgarve.pt).

RADIS Dr. Jorge Pereira

Agora com TAC - Rx - Ecografia - Mamografia RX Panorâmico Dentário Acordos - Convenções ADSE - SAMS - CGD - PSP - CTT - TELECOM - ADMFA ADMG - MÚTUA PESCADORES - MEDIS SAMS QUADROS - MULTICARE Rua Aug. Carlos Palma n.º 71 r/c e 1.º Esq. - Tel. 281 322 606 em frente à farmácia do Montepio (Tavira)

AHETA acusa ATA de não representar oferta turística e empresas da região A Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) considera que, devido à recente alteração estatutária da Associação de Turismo do Algarve (ATA), está em causa a representatividade da essência da oferta turística e do tecido empresarial da região. A AHETA explica que "a promoção turística tem sido, desde sempre, o calcanhar de Aquiles do turismo do Algarve, sendo manifestamente insuficiente e desajustada das necessidades"

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REDACÇÃO/ADMINISTRAÇÃO/PUBLICIDADE Tels. 281511955/6/7 - Fax 281511958 e-mail: jornaldoalgarve@gmail.com; ja.portimao@gmail.com Rua Jornal do Algarve, 46 - Apartado 23 8900-315 VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO

EDITORIAL Em defesa da Ria Formosa!

JA COLABORA NA RECICLA GEM ECICLAGEM O Jornal do Algar Algarvve está a colaborar na reciclagem de papel, reutilizando e utilizando sobras. Desta fforma orma pre ores prettendemos sensibilizar os nossos leit leitores para a luta contra o plástico (utilizado por div er sos jornais e re vistas diver ersos revistas na eexpedição xpedição por correio) e para a necessidade de se def ender o meio ambient e. defender ambiente.

VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO

Fernando Reis

A entidade do turismo algarvio tem vindo a promover o Algarve, enquanto destino turístico, como “o tesouro mais bem guardado da Europa”, pondo em evidência tudo o que de bom a região tem para oferecer ao visitante, desde as praias, à gastronomia, ao golfe, ao património cultural, às belezas naturais e a muitos outros aspetos que, na verdade, sublinham a singularidade da nossa oferta. Há contudo, uma outra realidade escondida, de que pouco se fala e escreve, pelo alegado receio do seu impacto na imagem do turismo algarvio. É o que se verifica atualmente, com a poluição da Ria Formosa, um eco sistema fundamental para o equilíbrio ambiental do sotavento algarvio e para milhares de pessoas que vivem, economicamente, na sua dependência. Além de que não se pode ignorar que esta é, também, uma importante área de produção de sal. Por convicção e orientação editorial, o Jornal do Algarve entendeu, sempre, que a melhor forma de ajudar o Algarve e, em particular, a oferta turística, não é escondendo os problemas, mas sim denunciando-os. Foi nesta lógica, que estivemos na primeira linha do combate contra a poluição das nossas praias, pelos esgotos que corriam a céu aberto e que chegaram a ser notícia, também, nos jornais ingleses, assim como também não escondemos a falta de condições de muitos apartamentos turísticos, que esteve na base de algumas mortes por inalação de gases provenientes do mau funcionamento dos esquentadores. E não foi com o silêncio, mas sim com as nossas denúncias e, evidentemente, das de outros órgãos de comunicação, que estes problemas, que foram particularmente graves em Albufeira, ficaram solucionados e a região melhorou, significativamente, a sua imagem turística. Vinte anos depois, somos confrontados com a mesma situação e o mesmo dilema. Hoje, é a principal maravilha natural do Algarve, que está em causa e entre o silêncio e a denúncia, continuamos a acreditar que é nossa obrigação não nos calarmos perante esta desgraça e que esta é a melhor forma de contribuirmos para a solução de um problema que, se não for atacado com urgência, pode levar, mesmo, ao desaparecimento da Ria Formosa. De há muito que se sabe – e o Jornal do Algarve, tem vindo a fazer eco dos alertas dos especialistas e entidades ligadas à defesa do ambiente – que a principal fonte de poluição da Ria Formosa, reside na ETAR poente de Olhão e numa outra, a nascente de Faro, que despejam na Ria, milhares de metros cúbicos de águas residuais, deficientemente tratadas. Para além de muitas descargas de esgotos a céu aberto, que vêm sendo denunciadas, desde 2006 e de toneladas de lixo, acumulado em diferentes locais, nas margens da Ria Formosa. É claro que, para além do drama ambiental, existe, atualmente, um outro drama que está relacionado com a poluição das águas da Ria por níveis preocupantes de coliformes fecais, que é o da recente reclassificação, pelo governo, das zonas onde se localizam muitos viveiros, impedindo o negócio a centenas de famílias, que fazem desta atividade o seu único modo de vida. Assim, para além da emergência do combate a essa poluição crescente, impõe-se que o governo encontre uma forma de, no imediato, permitir que os mariscadores e viveiristas, possam prosseguir com a sua atividade, com garantias para o consumidor e para a defesa da saúde pública.

Câmara Municipal defende "ocupação imediata"das novas salas de aula da Escola Secundária Obras decorrem há mais de três anos e as salas estão prontas a ser utilizadas, mas a sua utilização continua à espera de um despacho do Ministério da Educação A Câmara Municipal de Vila Real de Santo António (VRSA) quer colocar um ponto final às duas dezenas de contentores atualmente utilizados como salas de aula na Escola Secundária de VRSA e defende a “ocupação imediata” das 21 novas salas, já com condições de receber os alunos, e do pavilhão desportivo, também concluído há vários meses, o que permitirá aos estudantes voltar a ter aulas de educação física. Apesar de ter efetuado todas as diligências ao seu alcance para desbloquear a situação junto da administração da Parque Escolar – responsável pela empreitada de requalificação – e do Ministério da Educação, a autarquia lamenta o silêncio destas entidades e não compreende como pode a simples assinatura de um despacho condicionar o futuro de um milhar de alunos. “É inadmissível que a secundária de VRSA esteja transformada em estaleiro há mais de três anos e que os nossos alunos não estejam em pé de igualdade com outros estudantes do país enquanto se

aguarda que o Estado resolva uma situação administrativa”, nota Luís Gomes, presidente da Câmara Municipal de VRSA. Para ajudar a desbloquear o processo, a autarquia de VRSA irá colocar à disposição da escola secundária meios humanos e logísticos para que, durante as férias do Natal, seja possível remover os contentores e iniciar a transferência dos equipamentos escolares para as novas e modernas salas de aula. “É impensável que existam 21 salas de aula prontas a receber alunos que atualmente se encontram a ter aulas em contentores onde já chove no

interior. Por não ficarmos indiferentes a esta situação, iremos continuar a propor à tutela medidas úteis que respondem aos anseios de toda a comunidade educativa, nomeadamente pais, estudantes e professores”, prossegue Luís Gomes. A autarquia lamenta também que – não obstante os esforços do empreiteiro –, os restantes blocos concluídos e referentes à segunda fase de obra ainda não tenham sido rececionados pela Parque Escolar um ano depois de os próprios deputados à Assembleia da República terem visitado as obras e verificado que os mes-

mos já reúnem todas as condições para serem ocupados por alunos e professores, de acordo com o estipulado no contrato. A requalificação da Escola Secundária de VRSA, em funções desde 1963, foi integrada no Projeto de Modernização das Escolas Secundárias, promovido pela tutela e desenvolvido pela empresa pública Parque Escolar, tendo a empreitada sido orçamentada em 12 milhões de euros e tendo como duração prevista para execução o prazo de dezasseis meses. As intervenções deveriam ter ficado concluídas no final de 2011, mas a falta de pagamentos ao empreiteiro, os processos de redução de custos durante a obra, bem como o atraso na emissão de ordens de execução – por parte da Parque Escolar – provocaram o atraso das obras e a paragem dos trabalhos durante quase um ano. Além dos estudantes de VRSA, aquela escola secundária recebe os alunos do ensino secundário provenientes dos concelhos de Alcoutim e Castro Marim.

Nove pessoas desalojadas devido a um incêndio em Faro Um incêndio destruiu na noite de segunda-feira três casas térreas préfabricadas, num bairro social de Faro, provocando nove desalojados. O fogo deflagrou cerca das 21h20 nas habitações localizadas no bairro social da Horta da Areia, por causas ainda desconhecidas, e foi controlado já perto da meia-noite, tendo sido combatido por mais de 50 bombeiros. O incên-

dio deixou sem habitação três famílias. Os nove desalojados dormiram as últimas noites em casa de familiares e já estão a ser acompanhados pela Segurança Social. As casas préfabricadas ficaram completamente destruídas e são irrecuperáveis.

O JORNAL do ALGARVE deseja a todos os leitores Boas Festas! visite-nos online

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