Jornal do Algarve

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SEMANÁRIO

FUNDADOR: José Barão I DIRETOR: Fernando Reis

quinta-feira

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20 de agosto de 2015 I ANO LVIII - N.º 3047

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SINISTRALIDADE ESTÁ A AUMENTAR A UMA VELOCIDADE PERIGOSA EM 2015

27 vidas perdidas!

O ano de 2015 está a revelar-se um dos mais violentos e sangrentos dos últimos anos nas estradas algarvias. Perto de 6000 acidentes rodoviários ocorreram na região desde o início do ano, provocando 27 mortos, mais onze do que no mesmo período de 2014 e mais treze do que em 2013. A Comissão de Utentes da Via do Infante alerta que se vive "um verdadeiro estado de guerra" na EN 125, onde muitas famílias arriscam a vida a circular numa "rua urbana" ainda por requalificar

FATACIL:

Dez dias a promover o Algarve

P5

P 12/14

Confusão na baixa de Albufeira

Comerciantes queixam-se do trânsito caótico e venda ambulante P8 Ministro e centro hospitalar negam surto de tuberculose em Portimão

Praia de Cacela Velha a oitava mais bonita do mundo

P9

Dias Medievais realizam-se de 26 a 30 de agosto

Castro Marim dá vida aos personagens mitológicos

P 14

Golfe no Algarve cresce 6,1% e supera meio milhão de voltas

P 19

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P 24

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Praia de Cacela Velha é agora a oitava mais bonita do mundo

EDITORIAL Fernando Reis

A estrada da morte Uma colisão frontal entre dois automóveis ligeiros, na passada segunda-feira, na estrada nacional 125, junto a Patã/Boliqueime, provocou três mortos. Uma rapariga de 20 anos e dois rapazes, de 19 e 24 que seguiam num dos veículos.

Segundo os dados da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), desde o início do ano já morreram 27 pessoas nas estradas algarvias, mais dez do que no mesmo período de 2014. A maioria das quais, na EN 125.

Nada que, infelizmente, não se tivesse previsto, face ao aumento do tráfego rodoviário naquela estrada, depois da introdução de portagens na Via do Infante.

Sacrificar vidas humanas, por uma obsessiva ânsia de fazer receitas, sem medir consequências, é um ato desumano. Ninguém, nem os autores desta medida política, ignoravam as consequências em perda de vidas humanas, que significava o aumento de tráfego numa estrada, que ficou conhecida pela estrada da morte e hoje, infelizmente, continua a fazer jus a este macabro nome. É como o "Estado Islâmico" quando impõe o regresso à Idade Média nos territórios que controla, na Síria e no Iraque.

Para além de, mesmo em termos de saldo económico, serem maiores os prejuízos para a economia algarvia do que os benefícios, com a introdução das portagens na Via do Infante, o saldo em mortes, esse está a ser cada vez maior. Isto, porque a EN 125, definitivamente, não tem um mínimo de condições para se assumir com estrada alternativa à Via do Infante, apesar de nos tentarem iludir com a promessa de obras de requalificação que não se fizeram e mesmo que um dia se venham a realizar, não resolverão o problema, porque a 125 nunca deixará de ser uma grande avenida.

Mas a introdução das portagens não é só um ato desumano, pelo drama que está a provocar na 125, como é uma imoralidade querer arrecadar-se uma nova receita para o Estado, quando se têm enterrado milhões no BPN e no BES e vendido sectores lucrativos do Estado, a preço de saldo, ao capital estrangeiro, principalmente chinês.

Nem o Aquário Vasco da Gama escapou à sanha privatizadora deste neoliberalismo cego.

Pela forma como nos temos norteado do ponto de vista editorial, não podemos deixar de continuar ao lado dos que contestam as portagens na Via do Infante. E não apenas porque não fazem sentido numa estrada que foi construída sem custos para o utente - SCUT, mas principalmente porque não é bom para a economia regional e porque é enorme o preço que estamos a pagar em vidas humanas.

Ignorar esta realidade, é criminoso! freisjornaldoalgarve@gmail.com

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Desta fforma orma pre ores prettendemos sensibilizar os nossos leit leitores para a luta contra o plástico (utilizado por div er sos jornais e re vistas diver ersos revistas na eexpedição xpedição por correio) e para a necessidade de se def ender o meio ambient e. defender ambiente.

A praia da Fábrica, em Cacela Velha, está definitivamente na moda. Desta vez, a praia do concelho de Vila Real de Santo António foi votada como a oitava mais bonita do mundo. A distinção da praia algarvia foi feita por uma revista internacional de turismo, a edição espanhola da Condé Nast Traveller.

Há menos de um mês, a praia da Fábrica já tinha sido colocada na mesma publicação entre as 15 melhores do mundo. Esta zona balnear foi distinguida ao lado de praias como Riviera Maia (México), Capri (Itália) ou Ilha da Páscoa (Chile) e é a única praia portuguesa daquela lista.

Descrita pela revista como um dos locais onde se pode contemplar um dos melhores entardeceres do mundo, são também feitos elogios à gastronomia local e referida a oportunidade de ali poderem ser degustadas as conquilhas e ostras do Parque Natural da Ria Formosa.

No artigo da jornalista Sara Morillo não são poupados elogios à vila de Cacela Velha, cuja importância patrimonial e natural levou a autarquia de VRSA a candidatála à Lista Indicativa do Património Mundial da Unesco.

A revista destaca ainda o

“peculiar” acesso à praia, feito através de uma pequena embarcação que conduz os visitantes “até uma ilha deserta de areias brancas e margens infinitas”.

A sua qualidade e diversidade ambiental levaram recentemente a associação

Quercus a classificá-la com “Qualidade de Ouro”. Em 2009, a praia de Cacela Velha foi também considerada pelo prestigiado jornal “The Guardian” como uma das dez melhores praias da Europa para a prática de caminhadas.

DE 1 A 4 DE OUTUBRO:

Sagres acolhe VI Festival de Observação de Aves De 1 a 4 de outubro vai decorrer mais uma edição do Festival de Observação de Aves e Atividades de Natureza, em Sagres, no concelho de Vila do Bispo. Este ano, o maior evento de observação de aves do país, que trouxe ao concelho o prémio de “Município do Ano”, tem previsto cerca de 200 atividades, e como já vem sendo habitual, muitas novidades.

Ateliês de educação ambiental, observação de golfinhos ou aves, passeios com burro ou de cavalo, caminhadas pedestres, minicursos sobre vários temas, visitas guiadas sobre a história de Sagres, passeios interpretativos de flora, geologia e arqueologia, sessões de anilhagem de aves, passeios orientados por pessoas locais, várias palestras que darão a conhecer projetos de conservação são apenas algumas das atividades disponíveis durante os quatro dias do festival. A complementar as atividades de natureza e para proporcionar momentos de descontração, estão também previstas sessões

de yoga, alongamentos e massagens.

O evento promovido pela Câmara de Vila do Bispo, juntamente com a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves e com a Almargem, acontece nesta altura do ano para coincidir com a época alta da migração outonal, altura em que as aves migradoras abandonam o nosso país rumo às terras quentes de África.

Segundo Adelino Soares, presidente do município de Vila do Bispo, “o evento tem contribuído para consolidar Vila do Bispo como um importante destino de turismo de natureza, atraindo cada vez mais visitantes nacionais e estrangeiros. O investimento feito nesta iniciativa, que decorre na chamada época baixa do ponto de vista turístico, tem-se refletido positivamente nos restantes meses do ano, com turistas a regressarem e a usufruírem dos serviços das empresas locais parceiras do festival.”

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