Jornal do Algarve

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SEMANÁRIO

FUNDADOR: José Barão I DIRETOR: Fernando Reis

quinta-feira

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22 de outubro de 2015 I ANO LVIII - N.º 3056

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PORTE PAGO - TAXA PAGA

Portimão promove produtos tradicionais

Sal marinho tradicional vai ser produto BIO

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Guadi, dez anos a defender os direitos dos animais P 10

Presidente da República condecora coronel Raul Folques

O sal marinho recolhido manualmente poderá, muito em breve, vir a integrar a lista dos produtos biológicos da União Europeia. O primeiro passo acaba de ser dado, com a sua inclusão na proposta de alteração do Regulamento relativo à produção e rotulagem dos produtos biológicos, por parte da Comissão de Agricultura do Parlamento Europeu, que foi votada favoravelmente pelos euro-deputados portugueses

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Duas entidades algarvias integram Plataforma de Apoio a Refugiados P3

RADIS Dr. Jorge Pereira

PJ de Faro desvenda crime inédito no país Francês que reside no Azinhal (Castro Marim) falsificava cartões de cidadão e cartas de condução, que vendia a indivíduos estrangeiros via internet. Foi apanhado pela Polícia Judiciária e vai aguardar julgamento em liberdade, depois do tribunal lhe ter retirado o passaporte

Algarvios voltam a brilhar na Copa Mundial de Acordeão P 15

Farense e Portimonense seguem em frente na Taça

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AÇÃO ESTÁ MARCADA PARA ESTA SEXTA-FEIRA NO PATACÃO

EDITORIAL Fernando Reis

Sal marinho tradicional, um produto bio

O sal marinho tradicional, que é já uma importante alavanca da economia algarvia, está à beira de beneficiar de um novo estatuto, que lhe vai abrir as portas de novos mercados. Referimo-nos à recente decisão da Comissão de Agricultura do Parlamento Europeu, de o incluir na lista dos produtos biológicos da União Europeia, conforme noticiamos nesta edição. E o Algarve, será de facto, o grande beneficiado, porque é na nossa região que se situam os grandes núcleos de produção, através das salinas tradicionais de Castro Marim, Tavira e Olhão. Historiando um pouco o que tem sido esta atividade, é justo reconhecer, o trabalho da Tradisal, Associação de Produtores de Sal de Castro Marim, da Câmara Municipal e da Reserva do Sapal de Castro Marim e de homens como o produtor Rui Neves Dias, de Tavira no ressurgimento das salinas tradicionais, há cerca quinze anos atrás, depois de décadas de abandono. Ao contrário do que se possa pensar, a reactivação e o crescimento desta actividade, não tem sido fácil, por circunstâncias que se prendem com a sua sazonalidade, a dificuldade de recrutamento de mão-de-obra qualificada e certas situações criadas, por vezes, por algumas entidades e agentes. Mas, apesar de tudo, a avaliar pelos números actuais da produção de sal marinho tradicional e de flor de sal, do volume das exportações, que tem vindo a crescer de ano para ano e do emprego que gera, o saldo parece-nos francamente positivo, faltando, quiçá, uma maior sensibilização a nível local e regional que sublinhe, de uma forma constante e inequívoca, a importância do consumo deste sal, diferenciando-o, claramente da generalidade dos outros sais, que não são naturais. Acreditamos, que o setor tem condições para crescer, desde que aposte na conquista de novos mercados muito, em particular, agora que a União Europeia, se prepara para abrir, oficialmente, as portas do mercado biológico ao sal tradicional. Um crescimento que se terá que fazer, no entanto, de forma paulatina e planificada, passo a passo, para que se consiga escoar tudo o que se produz em cada ano, o que, infelizmente, em muitos casos, ainda não se verifica. Mas para que haja uma efetiva consolidação da economia do sal e para que este novo fator de valorização do produto, que advirá da sua nova categoria de biológico possa dar o seu efetivo contributo, a União Europeia terá que legislar, também, no sentido de obrigar toda a produção alimentar biológica a usar na confeção dos seus produtos, sal exclusivamente biológico e não como acontece, atualmente, em que a maior parte dos produtos biológicos que consumimos são fabricados com sal de extracção mecânica, que não é um produto 100 por cento natural, como sabemos.

Maus-tratos a cavalos em Lagoa provocam nova ação de protesto Movimento de cidadãos vai levar animais saudáveis para explicar aos responsáveis da DGAV o que é "um cavalo com adequado estado corporal" > DOMINGOS VIEGAS O movimento de cidadãos que tem vindo a denunciar o alegado caso de maustratos contra cavalos em Lagoa vai manifestar-se esta sexta-feira, a partir das 16h30, junto aos serviços regionais do Algarve da Direcção Geral da Alimentação e Veterinária (DGAV), localizados no Patacão, concelho de Faro. Em resposta ao pedido de resolução da situação que se verifica há mais de dez anos em Lagoa, a DGAV explicou que já tinha efetuado “diversas diligências no sentido de apurar o estado dos animais pertencentes ao sr. António Vieira Felix”, considerando que “na sua generalidade, encontravam-se com um adequado estado corporal, com excepção de uma égua que estava a amamentar”. “Claramente, os representantes da DGAV não sabem qual o significado de 'adequado estado corporal'”, considera a advogada Mafalda Moreira Santos, integrante daquele movimento, explicando que o protesto vai consistir numa “ação de formação” à porta daquela entidade, que está sob a tutela do Ministério da Agricultura. “Levaremos cavalos em boas condições físicas, para demonstrar as diferenças entre o que eles dizem ser e o que é, efectivamente, o adequado estado corporal de um equídeo”, revela Mafalda Moreira Santos.

Os alegados maus-tratos a cavalos num terreno localizado na zona norte de Lagoa já tinham motivado uma ação de protesto, no início de setembro, em frente sede da DGAV. A descoberta de animais doentes e, alguns, já cadáveres originaram ainda várias queixas remetidas para as autoridades locais, entre as quais o SEPNA de Silves, a GNR de Lagoa e a própria DGAV. No ano passado, milhares de turistas manifestaram a sua indignação através de uma petição, na qual garantiam que não voltariam ao Algarve se a situação não fos-

se resolvida. A Câmara Municipal de Lagoa também já tinha alertado as autoridades, mas as denúncias acabaram sempre por cair em saco roto. O proprietário dos cavalos já tem um largo historial de queixas sobre abandono e maus-tratos a animais, mas continua a desmentir que os deixe passar fome, apesar do visível aspeto de “pele e osso”. Depois de três anos de denúncias, o grupo de cidadãos composto por membros de associações de proteção animal garantiu que pretendia levar o caso aos tribunais europeus.

ATA junta jornalistas e operadores turísticos para promover o Algarve A Associação Turismo do Algarve acredita que dar a conhecer os locais e os valores naturais da região "in loco" é a melhor forma de promover o destino e contribuir para o crescimento do turismo A Associação Turismo do Algarve (ATA), entidade promotora do turismo do Algarve e dos seus produtos regionais a nível externo, convidou para a última edição do Festival de Observação de Aves & Ativi-dades de Natureza, realizada em Sagres, um grupo de imprensa e operadores turísticos internacionais especializados em “birdwatching” e turismo de natureza. “No âmbito do trabalho que desenvolvemos para a promoção internacional do Algarve, conseguimos reunir um grupo dos mais importantes jornalistas internacionais e integrá-los no programa do festival”, explica Dora Coelho diretora executiva da ATA. Durante os quatro dias em que decorreu o festival, a ATA apresentou as mais-valias da região através de diversas iniciativas, tais como: visitas guiadas à região, caminhadas pedestres, passeios de burro ou a cavalo, passeios interpretativos da flora, geologia e arqueologia, visitas a salinas e, naturalmente, programas destinados à observação de aves.

“O objetivo desta ação passou por dar a conhecer as excelentes características que o Algarve tem para a observação de aves, mas também enquanto destino pa ra turistas que privilegiam outras áreas de lazer. Acre-ditamos que dar a conhecer os locais e os valores naturais do Algarve 'in loco' é a melhor forma de promover o destino e contribuir para o crescimento do turismo”, acrescenta Dora Coelho. A diretora executiva da ATA reforça a dupla importância da realização destas ações de promoção, explicando que a vinda de imprensa e agentes turísticos especializados “é uma estratégia da associação para promover o Algarve nos seus países de origem”, mas revela-se também uma “troca de experiências interessante para as diversas entidades algarvias que permitem melhorar de ano para ano.” A ATA apoiou o evento organizado pela Câmara Municipal de Vila do Bispo, Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves e Almargem, através da promoção e divulgação do evento.


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