O
SEMANÁRIO
FUNDADOR: José Barão I DIRETOR: Fernando Reis
quinta-feira
NESTE NÚMERO
DE I
MAIOR
EXP ANSÃO EXPANSÃO
24 de março de 2016 I ANO LIX - N.º 3078
I
Preço 1,10
DO
ALGAR VE ALGARVE
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Pescadores do sotavento querem acabar com o acordo fronteiriço Dizem que não pescam em águas espanholas, porque já não há peixe, e denunciam que os espanhóis continuam a pescar ilegalmente nas águas portuguesas sem respeitar aquele acordo
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Câmaras vão gerir zonas ribeirinhas Jornal do Algarve comemora 59 anos O Jornal do Algarve celebra no próximo dia 30 de março (quarta-feira) o seu 59.º aniversário. Durante estas quase seis décadas já foram publicadas 3078 edições ininterruptas. A semente foi lançada em 1957 por José Barão, que “comandou” este semanário até ao seu falecimento, em agosto de 1966. Posteriormente, o Jornal do Algarve manteve a linha de orientação lançada pelo seu fundador e grande ‘alma mater’, ou seja, um semanário regionalista e, principalmente, um jornal reivindicativo das causas da região. A independência demonstrada ao longo dos anos deu-lhe credibilidade, enquanto as reivindicações, os gritos de alerta constantes e as causas que defendia transformaram-no num órgão de comunicação necessário para a região. Além do vila-realense José Barão, o grande mentor do projeto, o Jornal do Algarve contou com mais cinco sócios fundadores: Manuel da Silva Domingues (chefe de redação), Sebastião Santos Silva (editor), José Alves Mestre Júnior (administrador), Emílio Diogo Costa e Manuel Rodrigues Álvares.
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A ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, esteve no Algarve e garantiu que a descentralização da gestão do território ribeirinho é "uma das grandes prioridades" do seu ministério. Vila Real de Santo António, já com projetos elaborados, deverá ser o primeiro processo a avançar para "servir de exemplo ao país" P4
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JA COLABORA NA RECICLA GEM ECICLAGEM O Jornal do Algar Algarvve está a colaborar na reciclagem de papel, reutilizando e utilizando sobras. Desta fforma orma pre ores prettendemos sensibilizar os nossos leit leitores para a luta contra o plástico (utilizado por div er sos jornais e re vistas diver ersos revistas na eexpedição xpedição por correio) e para a necessidade de se def ender o meio ambient e. defender ambiente.
Ponte do Guadiana continua às escuras Situação dura há várias semanas e mantinha-se à hora do fecho desta edição > DOMINGOS VIEGAS
FESTIVAL ATÉ 10 DE ABRIL
Tavira promove gastronomia serrana O Festival de Gastronomia Serrana, que já vai na 13.ª edição, arrancou na passada semana e decorre até ao próximo dia 10 de abril, com os sabores do interior do concelho de Tavira, em oito restaurantes localizados na sede do município, bem como nas freguesias de Cachopo, Santa Catarina da Fonte do Bispo e Santo Estêvão. Os apreciadores da cozinha tradicional, dos produtos locais e da época, assim como do estilo de vida mediterrânico tem ao dispor diferentes pratos caraterísticos da região nos seguintes restaurantes: “A Charrua”, “Retiro dos Caçadores” (Cachopo); “Baleeira” (Tavira), “O Constantino” (Montes e Lagares, Santa Catarina da Fonte do Bispo), “O Monte Velho” (Umbria, Santa Catarina da Fonte do Bispo), “Herdade da Corte”, Hotel Rural “Quinta do Marco” (Sítio do Marco, Santa Catarina da Fonte do Bispo) e “O Forno” (Largo da Igreja, Santo Estêvão). Queijos frescos com mel e nas saladas, chouriço de porco preto assado, presunto, sopas de tomate com ovo, gaspacho e orelha de porco integram as entradas dos menus dos vários restaurantes, os quais apresentam no seu cardápio borrego, javali, porco, cordonizes, galo e galinha, devidamente, acompanhados por vinhos da região. Digestivos de aguardente de medronho e figo, assim como sobremesas de cenoura, mel, ameixas, amoras, abóbora, laranja e pêra completam as ementas. Quem se deslocar aos estabelecimentos aderentes e provar as ementas do festival habilitam-se a ganhar, por sorteio, estadias em alojamentos turísticos e uma atividade de animação turística.
Câmara melhora acessos às escolas em Lagoa No sentido de tornar mais cómodo o acesso às escolas EB 1 e EB 2,3 Jacinto Correia, em Lagoa, assim como alargar o estacionamento para os residentes no bairro Zeca Afonso, a câmara municipal adquiriu, por 95 mil euros, um terreno onde será feita a ligação da rua dos Amigos de Lagoa à rua EB 2,3 Jacinto Correia, apoiada por uma nova rotunda. Há muito tempo pedida pelos residentes e utentes daquelas duas escolas, devido aos problemas de estacionamento e mobilidade urbana decorrentes do excesso de tráfego na zona, esta obra – cujo processo de adjudicação da empreitada, no valor de cerca de 150 mil euros, está agora concluído – trará uma melhoria significativa no dia a dia, nomeadamente nos acessos às escolas em hora de ponta, criando um parque de estacionamento para 50 viaturas e requalificando um espaço que se encontrava degradado e que passará a contar com passeios, iluminação pública e o devido enquadramento paisagístico.
A Ponte Internacional do Guadiana está completamente às escuras há várias semanas, uma situação que também já foi denunciada junto do Jornal do Algarve por diversos condutores habituados a passar aquela fronteira com alguma sinalização luminosa durante a noite. O Jornal do Algarve contactou a empresa pública Infraestruturas de Portugal, responsável pela manutenção daquela ponte, mas não obtivé-mos qualquer resposta até àhora do fecho desta edição. No final do passado mês de setembro (notícia publicada na edição de 24/09/2015 do JA), a Infraestrururas de Portugal tinha anunciado a aprovação de obras de manutenção e reabilitação daquela ponte, cujo investimento ascenderia a 13 milhões de euros. Na altura, aquela empresa pública anunciou ainda que se
preparava para lançar o concurso público mas sem adiantar qualquer data para o início das obras. De acordo com o projeto, a intervenção, entre outros trabalhos, prevê a rea-
bilitação do sistema de tirantes, dos elementos de betão armado, bem como da iluminação e sinalização. Está ainda prevista a implementação de iluminação decorativa.
Os custos da obra serão repartidos, em partes iguais, entre os governos de Portugal e de Espanha, mas a direção e execução estará a cargo das autoridades portuguesas.
Vítimas das cheias sem indemnizações cinco meses depois ACRAL aplaude linha de crédito mas lembra que falta acionar o fundo de emergência
A ACRAL – Associação do Comércio e Serviços da Região do Algarve congratulou a disponibilização de uma linha de crédito de 7,5 milhões de euros para apoiar as empresas do comércio e turismo afetadas pelas cheias do passado dia 1 de novembro, em Albufeira. No entanto, o presidente da associação, Álvaro Viegas, realça que “o pacote de 900 mil euros do fundo de emergência ainda não chegou às vítimas, como já deveria ter acontecido”. Dada a dimensão dos prejuízos, salienta o presidente da ACRAL, “todos os apoios são poucos” e o fundo de emergência “é “imprescindível”. Álvaro Viegas pede ainda “a agilização dos processos” de concessão dos créditos de modo a tornar todo o processo “o mais célere possível”. Já passaram “quatro meses e meio – e o verão aproxima-se rapidamente – por
isso não há mais tempo a perder”, conclui o dirigente associativo. O Turismo de Portugal e o IAPMEI disponibilizaram duas linhas de crédito, uma de 3,5 milhões euros para a revitalização do setor do comércio, e outra de 4 milhões de euros para o setor do turismo. Os juros destes empréstimos têm uma taxa máxima de 0,25% e o período de carência pode ir até 3 anos.
Empréstimos bancários não substituem fundo de emergência Na semana passada, o ministro da Economia Manuel Caldeira Cabral e a secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, estiveram em Albufeira para anunciar o lançamento de duas linhas de crédito, de 7,5 milhões de euros, para apoiar a revitalização dos setores do comércio e do turismo após as inundações. “Estas medidas são bemvindas e esperamos que sejam
utilizadas. Estamos um pouco expectantes quanto à questão indemnizatória, pois existem muitas pessoas que não terão hipótese de recorrer a estas linhas de crédito e esperamos que o fundo de emergência possa fazer face a estas situações”, salientou o presidente da Câmara de Albufeira na reunião que teve com o ministro da Economia e a secretária de Estado do Turismo. Na mesma ocasião, o ministro Manuel Caldeira Cabral alertou para o facto de os empréstimos bancários não substituírem o fundo de emergên-
cia: “Estas linhas são complementares às indemnizações, não as substituem, são para situações diferentes, podendo no entanto existir alguns casos com situações semelhantes, em que terá que se averiguar qual o melhor instrumento a usar”. Manuel Caldeira Cabral justificou a demora do fundo de emergência com o facto de ser “um trabalho bastante minucioso de identificação de caso a caso marcado por um conjunto vasto de bens de pessoas e empresas”.