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SEMANÁRIO
FUNDADOR: José Barão I DIRETOR: Fernando Reis
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MAIOR
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quinta-feira I 24 de novembro de 2016 I ANO LX - N.º 3113
I
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NESTE NÚMERO
Porto de Faro perdeu metade do movimento Reconversão para o setor marítimo-turístico é apontada como solução para aproveitar as potencialidades da infraestrutura. Mas também há quem defenda que seria um erro acabar com a atividade comercial
Prospeção de petróleo:
Albufeira:
Municípios exigem ao Governo suspensão de contratos
Famílias ciganas deixam barracas 20 anos depois
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Cultura:
Desporto:
José Cruz lança primeiro livro da trilogia "Fronteiras de Bloqueios"
Algarvio terceiro no Mundial de Pesca Desportiva
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Abolição de portagens volta ao Parlamento mas não deverá passar Propostas de BE, PCP e PEV estarão na Assembleia da República durante a discussão do Orçamento do Estado, na especialidade. Votação final está marcada para terça-feira. PS, PSD e CDS votaram sempre contra a abolição
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JA COLABORA NA RECICLA GEM ECICLAGEM O Jornal do Algar Algarvve está a colaborar na reciclagem de papel, reutilizando e utilizando sobras. Desta fforma orma pre ores prettendemos sensibilizar os nossos leit leitores para a luta contra o plástico (utilizado por div er sos jornais e re vistas diver ersos revistas na eexpedição xpedição por correio) e para a necessidade de se def ender o meio ambient e. defender ambiente.
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ESTUDO TRAÇA O PERFIL DO TURISTA NA REGIÃO
"O Algarve é especial para mim" "O Algarve diz-me muito", "o Algarve é especial para mim" e "identifico-me fortemente com o Algarve" são as expressões mais utilizadas pelos turistas para retratar a região. Estes são dados de um estudo agora revelado, sobre o perfil dos turistas que visitam a região “Os turistas são os maiores embaixadores do Algarve”, adianta o Turismo do Algarve, agora que são conhecidas as conclusões do estudo “O perfil do turista que visita o Algarve”, realizado pela Universidade do Algarve, a pedido da primeira entidade. Segundo o estudo, 95% dos turistas recomendam o destino nos seus círculos mais próximos. “Satisfeitos com a experiência vivida no sul do país, a maioria pretende continuar a visitar a região, prometendo voltar logo que possível”, lê-se no documento. “O estudo agora revelado tem como objetivo perceber a essência do turismo na região”, explicam os responsáveis do estudo, lembrando que a região teve um fluxo de dormidas de 17 milhões no último ano e conta com 119 mil ca-
mas no alojamento tradicional. Centrado, numa primeira fase, no fluxo turístico que acorreu ao Algarve no verão, o estudo foi feito com base numa amostra de 2.400 inquéritos, tendo em conta quatro segmentos de visitantes: turistas nacionais, estrangeiros, residenciais e tradicionais. “O Algarve diz-me muito”, “o Algarve é especial para mim” e “identifico-me fortemente com o Algarve” são, por esta ordem, as três expressões que melhor retratam a afinidade da generalidade dos turistas com a região.
Turismo residencial com grande potencial Em termos de representatividade na procura turística do verão, os turistas tradicionais e residenciais passaram férias em igual proporção na região.
No entanto, estes últimos, com “uma estada média de 13 dias, geram 3,7 vezes mais dormidas do que o turista tradicional”. O estudo revela ainda que a maioria dos turistas residenciais viaja em viatura própria (68%), com o avião a revelar um peso menor (apenas 30%). Como meio de alojamento privilegiam a sua própria casa de férias (29%), o arrendamento
privado (47%) que reservam online (25%) ou a casa de familiares e amigos (23%). Já a maioria dos turistas residenciais (95%) visitam o destino entre uma (47%) a duas vezes por ano (10%) e pretendem continuar a visitar (83%). “O turismo residencial no Algarve tem um potencial de crescimento de 47%, sendo as férias, a reforma e o inves-
timento os três fatores mais importantes na decisão dos turistas de fixar a sua base de férias no sul do país”, referem os responsáveis do estudo.
Turistas tradicionais preferem a zona do barlavento Já os turistas tradicionais alojam-se sobretudo em hotéis (50%) ou resorts (37%), por 9,5
dias em média. Chegam maioritariamente ao destino por avião (58%) ou viatura própria (36%) com uma reserva que concretizaram online (71%). Também eles são habituais na região (85%) ainda que com uma cadência de visita menor (29% uma vez por ano). Satisfeitos, pretendem regressar (69%), fazendo das plataformas digitais a forma de partilha por excelência dos seus dias de férias (59%). O barlavento algarvio é a zona do Algarve preferida por quase três quartos dos turistas tradicionais (73%), seguindo-se o centro (18%), com o sotavento a recolher apenas 9% das preferências. No caso dos turistas residenciais, as diferenças estão mais esbatidas, com o barlavento a pesar em 55% das escolhas, recolhendo o centro e o sotavento o mesmo nível de preferências (23%). Concluída a análise ao perfil dos turistas que visitam o sul do país no verão, o estudo promovido pelo Turismo do Algarve incorporará em breve uma análise aos fluxos turísticos durante a época baixa. N.C.
ORÇAMENTO DE ESTADO 2017
PSD considera que o Governo abandonou o Algarve e os algarvios Para o PSD Algarve, a discussão do Orçamento de Estado (OE) para 2017 marca “o fim das ilusões dos algarvios quanto ao empenho do atual Governo do PS” na resolução de “alguns dos seus problemas infraestruturais mais gritantes” e que “condicionam o total aproveitamento do seu potencial económico”. Segundo os sociais democratas, a falha mais grave do OE é a não inclusão da construção do novo Hospital Central do Algarve (HCA), no momento em que é anunciado pelo Governo a construção de três novos hospitais no país (Lisboa, Seixal e Évora). Ainda no âmbito da Saúde, o PSD salienta o facto de não existir qualquer indicação quanto à alteração do atual modelo de gestão do Centro de Medicina Física e Reabilitação do Sul (CMFRS), de S. Brás de Alportel. No âmbito do Planeamento e Infraestruturas, o PSD lamenta que o Governo tenha “deixado cair” a ligação ferroviária ao aeroporto de Faro e a electrificação da linha ferroviária do Algarve e que as obras de requalificação da EN125 continuem sem data marcada para o seu reinício. No que respeita ao cluster do “Mar”, os sociais democratas criticam a redução de 33% das verbas destinadas à estrutura de missão para o alargamento da plataforma continental marítima, bem como o facto do
OE 2017 não apresentar enquadramento orçamental para intervenções no Porto Comercial de Faro e no Porto de Cruzeiros de Portimão. A não inclusão do “Programa Nacional de Regadios” no OE e falta de aprovação do Projeto de Intervenção e Requalificação do Núcleo da Culatra são mais dois motivos de contestação por parte do PSD, neste caso nas áreas da agricultura e do ambiente. Em relação à economia, os sociais democatas lamentam que o Governo tenha decidido aumentar a carga fiscal sobre os estabelecimentos turísticos de “Alojamento Local” e, no meso âmbito, que o OE não preveja a criação de programas para abertura de novas rotas aéreas nem medidas para a transferência atempada das verbas para as Entidades Regionais de Turismo. No âmbito das finanças, o PSD opõe-se à aplicação do adicional do IMI ao sector do alojamento local e às empresas de restauração. Outra das duras críticas do PSD ao OE tem a ver com a Cultura, já que o Governo prevê que o Algarve receba apenas 0,7% do total das verbas regionalizadas do Programa Cultura. Um valor que os sociais democratas consideram “ridículo”, face às necessidades existentes na região.
Aljezur vira atenções para beleza natural da ribeira A Câmara de Aljezur apresentou na semana passada o “estudo prévio dos espaços exteriores – requalificação urbana Rua 25 de Abril em Aljezur”. O lançamento do concurso público, adjudicação da empreitada e o início da obra está previsto para “o primeiro trimestre de 2017”, adianta a autarquia liderada por José Amarelinho, explicando que a requalificação desenvolve-se numa área aproximada de 2.400 m2, numa extensão de cerca de 200 m2 de passeio ribeirinho. “Trata-se de um projeto de requalificação do espaço público, com intervenção ao nível dos pavimentos, delimitação da margem construída com inclusão de acessos à margem natural, que estimulem a permanência e o usufruto da paisagem natural das margens da ribeira”, sublinha a Câmara de Aljezur. As empreitada prevê ainda a criação de lugares de estacionamento.