Especial
O
SEMANÁRIO
FUNDADOR: José Barão I DIRETOR: Fernando Reis
Alcoutim ajuda centros paroquiais com 42 mil euros
quinta-feira
DE I
MAIOR
3 de abril de 2014 I ANO LVII - N.º 2975
Sindicato alerta para falta de enfermeiros no hospital de Lagos P8
EXP ANSÃO EXPANSÃO I
Preço 1,10
Amaral garante requalificação da rua da Alagoa na Altura P9
DO
ALGAR VE ALGARVE www.jornaldoalgarve.pt
PORTE PAGO - TAXA PAGA
Algarve e Andaluzia assinam acordo para dessaroeamento do Guadiana
Mundial de ralis acelera no Algarve até domingo
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Arribas vão abaixo para evitar tragédias "O perigo de existirem derrocadas não controladas é real, especialmente durante a Páscoa", alerta o diretor regional da Agência Portuguesa do Ambiente. Apesar das intervenções de urgência realizadas nas praias algarvias que apresentam risco de queda iminente, Sebastião Teixeira lembra que a natureza é imprevisível e é a seguir ao inverno que as arribas geralmente caem
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Preparar o futuro apostando no mar O ciclo de debates "Made in Algarve", organizado pela CCDR, prosseguiu na última semana em Vila Real de Santo António. O mar foi apresentado como uma das soluções para a necessária diversificação da economia da região. Uma diversificação que, de acordo com David Santos, deve apostar na incorporação de mais-valias nas atividades, produtos e serviços, bem como na transferência do conhecimento para as empresas
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Especial aniversário
RADIS Dr. Jorge Pereira
Agora com TAC - Rx - Ecografia - Mamografia RX Panorâmico Dentário Acordos - Convenções ADSE - SAMS - CGD - PSP - CTT - TELECOM - ADMFA ADMG - MÚTUA PESCADORES - MEDIS SAMS QUADROS - MULTICARE Rua Aug. Carlos Palma n.º 71 r/c e 1.º Esq. - Tel. 281 322 606 em frente à farmácia do Montepio (Tavira)
Aos nossos assinantes Dado que ainda estamos a receber cartas dos nossos assinantes, datadas de dia 31 e, uma vez que o fecho do jornal de faz a 1, vamos adiar para a próxima semana a comunicação dos contemplados com uma viagem para duas pessoas a Londres (oferta da agência Laranjatours), um fim de semana na Serra da Estrela (oferta do Jornal do Algarve) e um Tablet (oferta da Sultec, de Vila Real de Santo António).
O Algarve há 57 anos
Uma mordaça chamada censura que era imposta pelo regime, uma economia baseada nas atividades relacionadas com a pesca e com a produção agrícola, bem como a falta de infraestruturas, algumas delas básicas, marcavam a vida da região no ano da fundação do Jornal do Algarve
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REDACÇÃO/ADMINISTRAÇÃO/PUBLICIDADE Tels. 281511955/6/7 - Fax 281511958 e-mail: jornaldoalgarve@gmail.com; ja.portimao@gmail.com Rua Jornal do Algarve, 46 - Apartado 23 8900-315 VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO
JA COLABORA NA RECICLA GEM ECICLAGEM O Jornal do Algar Algarvve está a colaborar na reciclagem de papel, reutilizando e utilizando sobras. Desta fforma orma pre ores prettendemos sensibilizar os nossos leit leitores para a luta contra o plástico (utilizado por div er sos jornais e re vistas diver ersos revistas na eexpedição xpedição por correio) e para a necessidade de se def ender o meio ambient e. defender ambiente.
EDITORIAL Fernando Reis
Uma voz que não se cala Desde que foi fundado em 30 de Março de 1957, apesar de ter passado vários períodos de dificuldade, nunca o Jornal do Algarve sentiu, como agora, as consequências da grave crise económica que afeta o país. Castigado por uma política de austeridade sem precedentes, que não tem poupado nem as famílias nem as empresas e por uma recessão que, apesar dos sinais positivos de algumas estatísticas, continua a afectar profundamente o consumo, com reflexos muito negativos, por exemplo, na receita publicitária, principal factor de sustentabilidade das empresas jornalísticas, mesmo assim o Jornal do Algarve, tem procurado manter vivo o sonho do seu fundador, José Barão, que queria que ele fosse uma voz e uma referência do Algarve, enquanto Região e um arauto das aspirações dos algarvios. Só com uma gestão muito rigorosa, o sacrifício de toda a nossa equipa, o apoio e solidariedade dos nossos anunciantes, leitores e uma boa parte dos assinantes, tem sido possível resistir a esta terrível conjuntura. É também o reconhecimento da qualidade informativa e da independência editorial do nosso projeto e da necessidade que o Algarve tem, hoje mais do que nunca, de continuar a ter uma voz que denuncie e clame contra os dramas desta cruel austeridade que empurra cada vez mais gente para a pobreza e miséria extrema, retirando-lhes condições mínimas de existência e até a dignidade. Cinquenta e sete anos decorridos desde a sua fundação, trinta e um dos quais sobre a nossa gerência, permite-nos afirmar que o Jornal do Algarve já não é apenas um negócio - que nunca foi e cada vez é menos - mas um projeto informativo de interesse público, que tem por vocação servir o Algarve e que, como tal, deve unir à sua volta as forças vivas da Região. Se olharmos para o panorama atual da imprensa regional algarvia, constatamos que apenas o Jornal do Algarve e outro semanário continuam a sair semanalmente e que outros já fecharam, alteraram a sua periodicidade ou agonizam. É, também, neste contexto de resistência e luta pela sobrevivência que lamentamos a falta de apoio e solidariedade de certas entidades, que querem ver publicadas as notícias que nos fazem chegar, mas recusam sistematicamente qualquer apoio publicitário e a incompreensão de muitos dos nossos assinantes que, apesar dos prémios que criamos como incentivo e os repetidos apelos, continuam a não pagar a respetiva assinatura, no início de cada ano. Estamos a falar de uma pequena quantia de 40¤/ano que individualmente pouco pesa no orçamento familiar, mas que no conjunto de todos os nossos assinantes é uma receita fundamental. Para se ter uma ideia da falta que esta receita nos faz, neste momento temos cerca de 35 mil euros de assinaturas por cobrar e despesas de impressão e custos de correio que têm que ser pagas, semanalmente, sem falhar. Esta seria a melhor prenda de aniversário que nos podiam dar!
Algarve e Andaluzia assinam acordo para a dragagem da barra do Guadiana Objetivo é recuperar uma profundidade de 3,5 metros para assegurar a navegabilidade do rio Guadiana. A CCDR Algarve estima que a concretização da obra ocorra após a próxima época balnear O diretor da Agência Pública dos Portos de Andaluzia, Miguel Paneque, e o diretor geral dos Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos do Ministério da Agricultura e do Mar, Miguel Sequeira, assinaram, na sexta-feira, um memorando de entendimento que habilita a “Consejería de Fomento y Vivienda” a realizar a dragagem de conservação da barra do rio Guadiana, que irá incidir nos pontos do rio onde actualmente existem maiores dificuldades de navegação.
Junto ao memorando, as autoridades portuguesas e espanholas assinaram também a alteração à candidatura do projeto transfronteiriço “Guadiana, Um Rio Navegável”, aprovado no âmbito do Programa Operacional de Cooperação Transfronteiriça Espanha – Portugal (POCTEP), para garantir a execução da obra e o co-financiamento europeu. A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve foi o or-
ganismo que intermediou todo este processo entre as autoridades portuguesas e andaluzas, um projeto que visa estreitar as relações institucionais, culturais, desportivas e económicas entre as duas regiões transfronteiriças. Cumpridos estes requisitos, a Agência Andaluza dos Portos vai avançar para a contratação da obra da dragagem, orçamentada em 1 milhão de euros, que tem incidência na zona de sedimentação da foz do Guadiana, que dificulta a na-
vegação das embarcações de ambos os países. A CCDR Algarve estima que a concretização da obra ocorra após a próxima época balnear. O objetivo é recuperar um calado mínimo de 3,5 metros de profundidade, para o qual se pretendem extrair mais de 50.000 metros cúbicos de material do fundo do mar. Parte das areias boas serão utilizadas na realimentação das praias da proximidade e as restantes depositadas no alto mar.
Desenhos inéditos de Vila Real de Sto António já foram apresentados na Biblioteca Nacional Os documentos, que mostram a cidade em construção, vão agora ser restaurados O conjunto de desenhos manuscritos inéditos de José de Sande Vasconcelos (1774) que mostram Vila Real de Santo António em construção, adquiridos pela Direção Regional de Cultura do Algarve no ano passado, foram apresentados na última semana na Biblioteca Nacional, em Lisboa. A apresentação esteve a cargo de José Eduardo Horta Correia, historiador de Arte e professor jubilado da Universidade do Algarve, e do arquitecto João Manuel Horta. Na sessão que decorreu no âmbito de um encontro ibérico da história da cartografia, estiveram presentes a directora da Biblioteca Nacional, bem como representantes da Direção da Cultura do Algarve e da autarquia de Vila Real de Santo António. Esta foi a primeira oportunidade de conhecimento do público em geral
destes desenhos inéditos de José Sande de Vasconcelos que mostram Vila Real de Santo António ainda em edificação, bem como a paisagem envolvente daquele lugar.
As imagens do conjunto de três desenhos a tinta da china sobre papel encontram-se já digitalizadas e irão entrar em processo de restauro.