Jornal do Algarve

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SEMANÁRIO

FUNDADOR: José Barão I DIRETOR: Fernando Reis

Economia

Empresa algarvia investe na China em tempo de crise

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3 de março de 2016 I ANO LIX - N.º 3075

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VRSA lança investimentos turísticos no valor de 30 milhões de euros Novos projetos do município integram a construção de quatro novas unidades hoteleiras na sede do concelho e dão início à maior operação de requalificação urbanística de sempre na frente de mar de Monte Gordo. Os projetos foram apresentados ontem na BTL, em Lisboa, junto com as novas imagens das marcas turísticas "Monte Gordo" e "Praias de Cacela"

Lagoa instala desfibrilhadores em locais públicos

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Saúde

Alcoutim está sem médico há mais de dois meses P 10 Luís Gomes defende papel da economia social no combate ao desemprego P 11

Regeneração urbana

Novos incentivos para recuperar centro antigo de Albufeira P 12

Vem aí mais uma Feira dos Enchidos de Monchique P 13

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O TESTEMUNHO DE UM ORTOPEDISTA

Ativistas "Abandonei estrangeiros o Hospital de Faro juntam-se à luta por frustração contra o petróleo profissional" no Algarve P8 P3


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TRÂNSITO NO ALGARVE

Menos condutores apanhados a conduzir sob efeito do álcool

O número de infrações detetadas em 2015 desceu ligeiramente em relação ao ano anterior. O Algarve baixou uma posição na tabela nacional mas continua no “pódio” e só é ultrapassado pelos distritos de Aveiro e Braga

"A TAP não tem nem nunca terá estratégia para o Algarve" AHETA acusa companhia aérea de não cumprir papel a que estava obrigada “A TAP nunca teve, não tem e, segundo tudo indica, nunca irá ter uma estratégia direcionada para o turismo do Algarve”, criticou esta terça-feira a direção da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA). A associação liderada por Elidérico Viegas lembra que a companhia aérea portuguesa, que nas últimas semanas tem sido bastante criticada por autarcas do norte do país (e não só), representa pouco mais de 3 por cento do movimento anual de passageiros registados no aeroporto de Faro, sendo uma parte significativa de origem doméstica e, por conseguinte, não turístico. “Neste contexto, os enormes prejuízos acumulados pela transportadora aérea nacional, embora pagos por todos nós, não podem ser imputados nem à região nem ao seu turismo”, realça a AHETA, referindo que, “só em 2015, de acordo com os últimos dados conhecidos, a TAP registou o maior prejuízo de sempre, cerca de 150 milhões de euros”. “O Algarve é a maior e mais importante região turística portuguesa. O aeroporto de Faro, cujo movimento anual ascende a quase 6,5 milhões de passageiros, é responsável por mais de 90 por cento dos turistas estrangeiros que visitam o Algarve ao longo do ano”, acentuam os responsáveis.

Estratégia lesiva dos interesses do turismo algarvio Ainda segundo a AHETA, a companhia aérea de bandeira nunca terá cumprido o papel a que estava obrigada em relação ao Algarve, nomeadamente no que se refere ao aproveitamento do turismo, “em nome do interesse público”, já que este é “um setor estratégico e prioritário da economia portuguesa”. Por outro lado, a associação sublinha que “as sucessivas alianças celebradas pela TAP ao longo das últimas décadas foram, claramente, lesivas dos interesses do turismo do Algarve, designadamente no que se refere ao abandono de 'slots' em aeroportos considerados estratégicos para a atividade turística regional, como Heathrow, por exemplo”. “Apesar da TAP nunca ter contado com o turismo do Algarve e o Algarve nunca ter contado com a TAP, os empresários hoteleiros e turísticos recusam alimentar uma guerra norte/sul nesta matéria e esperam, vivamente, que a transportadora aérea nacional consiga ultrapassar os graves problemas financeiros em que se encontra mergulhada, melhor forma de evitar que todos paguem os benefícios de alguns”, conclui a direção da AHETA.

> DOMINGOS VIEGAS O número de condutores apanhados a conduzir sob o efeito do álcool baixou ligeiramente no Distrito de Faro durante o ano de 2015, em comparação com o ano anterior. O Algarve saiu do segundo lugar e passou a ocupar a terceira posição, atrás dos distritos de Aveiro, que continua a liderar, e de Braga, que subiu um lugar, revelaram os dados apresentados recentemente pela GNR. Aquela força de segurança detetou 4291 condutores no Algarve com uma taxa de álcool no sangue superior ao permitido por lei, menos 165 do que no ano anterior. Em Aveiro foram registadas 5147 infrações e em Braga 4892. As situações consideradas crime (a partir de 1,2 gramas de álcool por litro de sangue) baixaram de 1199 para 1159 no Distrito de Faro, enquanto as restantes, consideradas contraordenações, desceram de 3257 para 3132. Os dados apresentados pela GNR até ao final do passado mês de setembro (e divulgados no início de outubro pelo Jornal do Algarve) mantinham o Algarve na segunda posição a nível nacional, mas o número de infrações registadas no último trimestre alteraram a tendência verificada até aí e a região acabou por ser ultrapassada por Braga antes do final do ano. Lembre-se que, de acordo com a legislação em vigor, uma taxa de álcool no sangue (TAS) superior a 0,50 g/l é considerada uma “contraordenação grave” e se for superior a 0,80

O número de infrações detetadas desceu de 4456 para 4291

passa a ser “muito grave”. No primeiro caso, a coima pode ir de 250 a 1250 euros e de um mês a uma ano de inibição de conduzir. Nas contra ordenações “muito graves” as coimas passam para 500 a 2500 euros e a inibição de conduzir para dois meses a um ano. Um valor igual ou superior a 1,2 g/l é considerado crime e o condutor arrisca-se a prisão até um ano (ou multa até 120 dias) e três meses a três anos de proibição de conduzir. Refira-se que a TAS que indica as contraordenações graves e muito graves baixa para 0,20 e 0,50 gramas por litro, respetivamente, nos casos de condutores em regime probatório, condutores de veículos de prestação de socorro (ou de serviço urgente) e transporte coletivo de crianças e jovens menores de 16 anos, de táxis, de pesados de passageiros ou de mercadorias, bem como de

transporte de mercadorias consideradas perigosas. De acordo com a Direção Geral de Viação (DGV), o risco de acidente mortal “aumenta rapidamente à medida que a concentração de álcool no sangue se torna mais elevada”. Apesar da TAS não ser proporcional ao risco de acidente, o risco aumenta duas vezes com 0,50 g/l, quatro vezes com 0,80 g/l, cinco vezes com 0,59 g/l e dezasseis vezes com 1,20 g/l. Cerca de 90 por cento do álcool ingerido é eliminado pelo fígado (os restantes 10% correspondem à urina, ao ar aspirado e à transpiração), a uma velocidade uma velocidade de cerca de 0,10g/l por hora. Assim, que apresentar uma TAS de 1,2g/l, só eliminará naturalmente do seu organismo todo o álcool ao fim de 12 horas, desde que durante esse período não seja ingerida qualquer

bebida alcoólica. Porém, e ainda segundo a DGV, “um indivíduo que tenha atingido uma TAS de 2,00 g/l à meia-noite, só às 20h00 do dia seguinte o organismo eliminou completamente o álcool no sangue, apresentando, ainda, às 12 horas uma taxa de 0,80 g/l, em circunstâncias médias e normais”. A DGV recorda ainda que este processo “não pode ser apressado por nenhum meio” e que “não é possível eliminar os efeitos do álcool”. Não pode ser eliminado, mas cuidado com o que se ingere junto com o álcool. “Existem substâncias e fatores que perturbam essa eliminação, nomeadamente atrasando as funções normais do fígado, ou potenciando o seu efeito nocivo, como, por exemplo, o café, o chá, o tabaco, certos medicamentos e a fadiga”, explica a DGV.

Ingleses enchem região algarvia em fuga do zika e do terrorismo As reservas de hotéis no Algarve, para este verão, aumentaram até agora 35% em relação ao ano passado e os ingleses são os que estão a procurar mais o sul de Portugal, avança Desidério Silva, presidente do Turismo do Algarve, citado pelo “Diário de Notícias”. A Ryanair apanhou boleia desta tendência e lançou uma campanha publicitária para apressar ingleses a fazerem marcações. A epidemia do vírus zika e a fuga de destinos mais instáveis, como a Turquia, a Tunísia e o Egito, estão a direcionar para o Algarve o fluxo de turistas. Elidérico Viegas, presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve, reco-

nhece que “há um desvio de fluxos turísticos de destinos concorrentes no Mediterrâneo e no Magrebe”. A companhia aérea de baixo custo Ryanair justificou ao “Diário de Notícias” da campanha publicitária com o desvio de turistas para Portugal onde, a par com Espanha, Itália e Grécia, estão a aumentar as reservas de voos. No Algarve, o Tivoli Marina Vilamoura e o Grupo Pestana são duas das unidades hoteleiras que confirmam uma grande procura nas reservas antecipadas, nomeadamente por ingleses. Rede Expresso


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