Jornal do Algarve

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O

SEMANÁRIO

FUNDADOR: José Barão I DIRETOR: Fernando Reis

quinta-feira

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31 de março de 2016 I ANO LIX - N.º 3079

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EM CAUSA A DEGRADAÇÃO DO CAIS DA "ALFÂNDEGA"

Protestos na fronteira:

Espanhóis ameaçam levar a Docapesca aos tribunais

GNR "finta" manifestantes antiportagens P6

Desde novembro que os automóveis não podem passar no 'ferry' de Vila Real de Santo António por questões de segurança. Empresas de transporte fluvial do rio Guadiana alegam prejuízos de milhares de euros. A Docapesca já avançou com uma candidatura a fundos comunitários para a instalação de uma nova estrutura, mas a decisão só será conhecida em maio

Estrada Nacional 125

Algarve (des)espera há quatro anos pelo fim das obras

P3

P7

Faro:

Burocracia impede funcionamento da extensão de saúde da Bordeira P9 Aljezur:

Perfurações causam alarme na Costa Vicentina P 11

CARLOS VIEIRA EM ENTREVISTA:

Música

Susana Travassos faz digressão pela América Latina P 17

"Tecnologia amiga do ambiente é crucial nos próximos tempos" Professor da UAlg é orador principal em simpósio nos EUA P 4/5

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JORNAL do ALGARVE celebra 59º aniversário Desde 30 de março de 1957 já foram publicadas 3079 edições ininterruptamente. Mudaram-se os tempos, e as vontades, mas mantiveram-se as sementes lançadas por José Barão


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ESTÁ EM CAUSA A COBERTURA DE MEDICAMENTOS À POPULAÇÃO

Uma em cada quatro farmácias em risco de fechar

O problema é grave: atualmente, 22,6 por cento das farmácias da região estão em insolvência ou são alvo de penhoras. O Algarve é mesmo a região do país onde a cadeia de abastecimento de medicamentos é a mais afetada. Os dados são da Associação Portuguesa de Farmácias e refletem as "graves dificuldades financeiras do setor, que colocam em causa a cobertura farmacêutica e a rede de serviços de saúde de proximidade à população". A situação pode piorar até ao final de 2016 e deixar muitos algarvios sem acesso a medicamentos e assistência > NUNO COUTO

Algarve vai ter menos hotéis fechados no inverno Com a enchente de turistas prevista este ano, até na época considerada baixa, os hotéis preveem reduzir ao mínimo os encerramentos no Algarve Inverno promete deixar de ser sinónimo de deserto algarvio e de hotéis fechados. O crescimento turístico no Algarve em 2016 perfila-se ainda maior que o do ano recorde de 2015 e ir além dos meses de pico da época alta. Os operadores turísticos internacionais começaram mais cedo a reservar milhares de camas na região, um movimento que se estendeu aos clientes individuais. As vendas de quartos para o próximo verão começaram a disparar logo no início do ano, e estão nesta altura 40% a 50% acima dos níveis do ano passado. Este aumento antecipado de reservas está a levar os hoteleiros a decidir ter as unidades abertas o máximo de tempo possível ao longo do ano. “Este ano há hotéis que não vão fechar, ou irão fazê-lo por um período mais reduzido, porque têm procura até novembro, e o mês de março de 2017 também já está a ser procurado”, adianta Desidério Silva, presidente da Região de Turismo do Algarve. O Algarve fechou o ano de 2015 com 16,5 milhões de dormidas, proveitos turísticos de 760 milhões de euros e 1.200 voltas nos seus campos de golfe. “Em função da procura crescente, a tendência é reduzir o tempo de encerramento dos hotéis. O momento é positivo e temos aqui muita margem para crescer fora da época alta”, salienta o presidente da Região de Turismo do Algarve. E face ao que está a acontecer no mundo e a agitar destinos turísticos de grande dimensão, “o Algarve tem condições para ganhar muitos pontos para o futuro”, conclui. Conceição Antunes (Rede Expresso)

O número de farmácias em processos de insolvência ou penhora na região algarvia tem vindo a aumentar significativamente nos últimos anos. São já 22,6% as farmácias nestas condições – cerca de uma em cada quatro –, um valor muito acima das 16,8% em 2012. Segundo apurou o JA, só nos últimos meses, encerraram a porta dez farmácias em todo o Algarve, sete entraram em insolvência e três estão em processo de revitalização. Ou seja, atualmente restam menos de 120 farmácias para toda a região, mas muitas podem ainda fechar as portas até ao final de 2016. De acordo com a Associação Nacional das Farmácias (ANF), esta situação coloca em risco o normal abastecimento de medicamentos à população, principalmente nas zonas do interior algarvio, onde é cada vez mais frequente os doentes terem de se deslocar vários quilómetros para encontrarem uma farmácia de portas abertas e terem acesso aos medicamentos de que necessitam. “As graves dificuldades financeiras do setor colocam em causa a cobertura farmacêutica e a rede de serviços de saúde de proximidade à população”, alerta a ANF.

Sem meios para aviar medicamentos A associação refere ainda que “o crescimento das insolvências e das penhoras é revelador dos problemas de

O aumento das insolvências e penhoras põe em causa a resposta dos farmacêuticos às necessidades dos utentes, alerta a ANF

sustentabilidade do setor das farmácias” e “põe em cheque a capacidade e a qualidade da resposta dos farmacêuticos às necessidades dos utentes”. Desta forma, os algarvios que habitam as pequenas localidades estão cada vez mais a ficar sem acesso a farmácias e, consequentemente, sem meios para aviarem medicamentos e medirem a tensão arterial. Nos últimos anos, muitas farmácias também abandonaram as aldeias e vilas e mudaram-se para as cidades ou sedes dos concelhos, onde o negócio é mais atrativo. Mas esta situação veio colocar em causa a cobertura farmacêutica em diversas zonas do Algarve, onde as populações ficaram sem acesso a uma farmácia, bem como aos conselhos de um farmacêutico, que é, em muitos casos, o

único profissional de saúde disponível nestas localidades e que aconselha na toma de medicamentos e noutras situações.

O bom exemplo de Monchique Ou seja, a diminuição da população em vários concelhos do interior está a afastar cada vez mais as farmácias das pequenas localidades, para se fixarem em centros urbanos, onde o negócio é economicamente mais interessante e rentável. Em Monchique, por exemplo, existem apenas duas farmácias na sede do concelho, a funcionar há bastantes anos. “A farmácia Moderna existe desde 1957, sempre propriedade da mesma família, enquanto a farmácia Hygia tem mudado algumas vezes de pro-

prietário”, revela Helena Martiniano, presidente da junta de freguesia de Monchique. Para não deixar a população que vive mais afastada da sede do concelho sem medicamentos e assistência, “a farmácia Hygia possui um posto móvel em Marmelete, a 17 quilómetros da vila de Monchique, que funciona três dias por semana”, explica a autarca. Já a população da zona da Ribeira Grande, a cerca de 20 quilómetros de Monchique, “é servida por um autocarro do município, gratuito, quatro dias por semana”, conta Helena Martiniano. Sem este apoio farmacêutico, a autarca admite que seria muito complicado para os mais idosos que vivem isolados terem acesso aos medicamentos e tratamentos que precisam.

Rastreios gratuitos avaliam risco de sofrer um AVC O Centro Hospitalar do Algarve (CHA) associa-se esta quinta-feira, 31 de março, às iniciativas que decorrem por todo o país no âmbito do Dia Nacional do Doente com AVC. Entre as 8h00 e as 16h00, quem passar pelo mercado municipal de Faro vai ter a oportunidade de realizar, gratuitamente, rastreios à glicemia e colesterol, avaliar o seu índice de massa cor-

poral e o perímetro abdominal ou, ainda, medir a tensão arterial, dados que permitirão aos técnicos de saúde efetuar uma avaliação de risco de AVC e proporcionar todo o aconselhamento aos utentes. Às 15h00 está agendada uma sessão clínica com várias palestras sobre a temática do AVC. Abertas à participação da comunidade, as palestras decorrem no auditório do CHAlgarve – Faro.


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