Jornal do Algarve

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SEMANÁRIO

FUNDADOR: José Barão I DIRETOR: Fernando Reis

Presidente da AECOPS:

"O 'boom' da construção acabou" P3

ENMC "desmistifica" exploração de petróleo no Algarve

quinta-feira

DE I

MAIOR

EXP ANSÃO EXPANSÃO

7 de janeiro de 2016 I ANO LIX - N.º 3067

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ALGARVE PERDE O COMBOIO PARA OUTRAS REGIÕES

Mais de 100 quilómetros à espera de eletrificação

A Infraestruturas de Portugal (IP) admitiu que o projeto de eletrificação da linha do Algarve não é uma prioridade a curto prazo, mas será mesmo concretizado. Falta agora saber quando... É que o Algarve espera há mais de 40 anos por estes investimentos

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UM ALGARVIO NO AFEGANISTÃO P7

Centros de saúde:

Silves e Aljezur com falta de médicos

De Alcoutim para a chefia da torre do aeroporto de Cabul

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Olhão investe mais de 2 milhões em apoio social P 10

Ciclismo:

Rinaldo Nocentini vai liderar o Sporting/Tavira P 20

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NETO GOMES EM ENTREVISTA AO JA:

"Temos de retomar a nossa história na indústria conserveira"

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JA COLABORA NA RECICLA GEM ECICLAGEM O Jornal do Algar Algarvve está a colaborar na reciclagem de papel, reutilizando e utilizando sobras. Desta fforma orma pre ores prettendemos sensibilizar os nossos leit leitores para a luta contra o plástico (utilizado por div er sos jornais e re vistas diver ersos revistas na eexpedição xpedição por correio) e para a necessidade de se def ender o meio ambient e. defender ambiente.

OLHÃO:

PCP preocupado com situação do Agrupamento João da Rosa Os deputados comunistas Paulo Sá (eleito pelo Algarve), Ana Virgínia Pereira e Miguel Tiago questionaram esta semana o ministro da Educação sobre a situação do Agrupamento de Escolas João da Rosa, em Olhão, que integra o programa Territórios Educativos de Intervenção Prioritária (TEIP) e que viu o seu orçamento ser cortado em mais de 60 por cento. O orçamento da escola tem sofrido cortes drásticos nos últimos anos, passando de 120 mil euros em 2010 para 43 mil euros em 2015 (corte de 64%), apesar de o número de alunos se ter mantido quase constante. “Um corte desta dimensão tem, naturalmente, repercussões negativas no funcionamento da escola. Apesar dos esforços da Direção da Escola, o orçamento privativo não compensou um corte tão profundo nas transferências do Orçamento do Estado”, consideram os comunistas, frisando que, de acordo com a direção da escola, impõe-se um reforço do orçamento, no mínimo, de 25 mil euros. Os parlamentares do PCP, que visitaram recentemente aquele estabelecimento de ensino, questionaram ainda o governante sobre a necessidade de aumento de funcionários não docentes, da contratação de mais um psicólogo, da construção de um auditório, realização de obras no pavilhão e nos balneários, bem como a remoção do amianto.

Odiana assume presidência da Terras do Baixo Guadiana A Odiana assumiu a liderança da Associação Terras do Baixo Guadiana (ATBG) e a meta até 2018 é a continuidade da abordagem LEADER. A ATBG foi criada em outubro de 2001, para dar coerência e aproveitar as oportunidades do programa de iniciativa comunitária LEADER +, dinamizando o tecido empresarial, através de apoio técnico, planificação de candidaturas e respetiva gestão. É constituída pela Associação Odiana, Associação Alcance, de Alcoutim, e Associação de Defesa do Património de Mértola, sendo que a presidência da entidade é rotativa. Durante os próximos dois anos, Francisco Amaral, na qualidade de presidente da Odiana, irá presidir a ATBG, entidade gestora do programa DLBC-Rural no Baixo Guadiana que vem dar continuidade à abordagem LEADER. A gestão deste instrumento financeiro acarreta responsabilidades acrescidas, nomeadamente ao nível da coordenação da parceria: 63 entidades (35 privadas e 28 públicas) e do órgão de gestão (sete entidades). A ATBG está sedeada na vila de Alcoutim e procura dar resposta às possibilidades e propostas de investimento que possam beneficiar a região. Entre 2002 e 2014 destacamse mais de 200 projetos concluídos e cerca de uma centena de novos postos de trabalho criados, gerindo uma ajuda pública que atingiu quase os 9 milhões de euros (para um total de investimento de cerca de 15 milhões).

O protocolo foi assinado esta terça-feira

INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA

Loulé avança com o estudo do seu património paleontológico Metopossaurus Algarvensis, encontrado no concelho de Loulé e dado a conhecer em março, dá origem a protocolo entre a autarquia louletana, a Fundação António Aleixo e a Universidade Nova de Lisboa Os responsáveis da Câmara Municipal de Loulé, da Fundação António Aleixo e da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa assinaram, esta terça-feira, um protocolo para o estudo e divulgação do património paleontológico e geológico do concelho de Loulé. De acordo com o presidente da autarquia, Vítor Aleixo, este protocolo “insere-se numa visão estratégica de longo prazo que temos para o Município, apostando no Património como um dos eixos de desenvolvimento sustentado”. Para o autarca, trata-se de “um trabalho que se quer continuado e consistente, selando assim, um compromisso para o futuro, contribuindo para a continuação da investigação, através do apoio às escavações, assim como a bolsas de mestrado e de dou-

toramento”. A 24 de março de 2015 tinha sido dado a conhecer ao mundo uma nova espécie de salamandra gigante, encontrada em Loulé. Octávio Mateus teve oportunidade de, no âmbito dos 20 anos do Museu Municipal de Loulé, realizar uma conferência no dia 23 de maio sobre este achado que é considerado muito importante e significativo para a paleontologia mundial. Trata-se de uma nova espécie de anfíbio descoberta no Algarve que viveu durante a ascensão dos dinossauros e foi um dos maiores predadores da Terra há cerca de 200 milhões de anos. O paleontólogo que participou na descoberta e estudo, Octávio Mateus, afirma que "esta descoberta é um exemplo de um achado de uma época da qual conhecemos muito pouco em

Portugal, o Triásico, há cerca de 200 milhões de anos, altura em que viveram alguns dos primeiros dinossauros". Além deste paleontólogo da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, o estudo inclui ainda investigadores das Universidades de Edimburgo, Birmingham e Museu de História Natural de Paris. As criaturas assemelhamse a salamandras gigantes, algumas com dois metros de comprimento, que viveram em lagos e rios durante o Período Triásico, de forma semelhante aos crocodilos de hoje, dizem os investigadores. Os metopossauros faziam parte do grupo ancestral do qual os anfíbios modernos - tais como sapos e salamandras - evoluíram, diz a equipa. Apenas uma fração do local - cerca de quatro metros

quadrados - foi escavado até agora, e a equipa irá prosseguir o trabalho para descobrir novos fósseis. A maioria deste tipo de grandes anfíbios foi exterminada durante uma extinção em massa que ocorreu há 201 milhões de anos, muito antes da morte dos dinossauros. Isto marcou o fim do Período Triásico, quando o supercontinente Pangea, que incluiu todos os continentes do mundo, se começou a dividir. O estudo, publicado no Journal of Vertebrate Paleontology, foi financiado pela National Science Foundation, Fundação Alemã de Investigação, Jurassic Foundation, CNRS, Columbia University Climate Center e Chevron Student Initiative Fund. Apoio adicional foi fornecido pela Câmara Municipal de Loulé, Câmara Municipal de Silves e Junta de Freguesia de Salir, no Algarve.

Exposição da ASMAL em Alcoutim A ASMAL exibe até ao final de janeiro, na galeria municipal "Casa dos Condes", em Alcoutim, a exposição "Recriando a Nossa Herança", que permite o contacto com a riqueza histórica e cultural existente em três concelhos da região. A mostra é o resultado de um projeto concretizado em parceria com o Palácio da Galeria, de Tavira, Cerro da Vila-

-Lusort, em Vilamoura, e Museu Municipal de Faro e é composta por quadros em tapeçaria, pintura e técnica mista da autoria de pessoas com doença mental que frequentam o Fórum Sócio Ocupacional de Faro. Os trabalhos apresentados tiveram como fonte de inspiração as peças museológicas e detalhes existentes nos referidos museus e zona histórica envolvente.


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