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3 de fevereiro DE 2022 JORNAL DO AVE
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Atualidade
// Região
PS mais votado em Santo Tirso, Famalicão e Trofa Os concelhos de Santo Tirso, Famalicão e Trofa foram reflexo do que aconteceu por todo o país. O Partido Socialista obteve a maioria absoluta e para isso contribuíram estes municípios, nos quais o PS teve o maior número de votos. Em Santo Tirso, os socialistas viram a votação ser reforçada, relativamente a 2019, com mais 2437 votos, totalizando 18.485 (47,06%). O aumento em 1079 votos do PSD (30,82%, com 12.107) não foi suficiente para destronar a liderança do partido “rosa”, mantendo o 2.º lugar que obteve em 2019, depois de ter vencido em 2015, interrompendo uma série de vitórias do PS que vinha de 1995. O Bloco de Esquerda continua como terceira força política, mas sofreu uma queda abrupta do número de votos. Foi, aliás, o partido que mais perdeu, com menos 1782 que em 2019, totalizando, desta vez, 1838 (4,68%). O Chega (4,41%), pelo contrário, foi dos que mais votos angariou relativamente às legislativas de há dois anos,
com um reforço de 1549 eleitores, ram 34,76%, com 27.212 (+1117 do que nas legislativas anteriores), num total de 1733. A Iniciativa Liberal, 7.º partido mas o partido que surpreende é mais votado em 2019 no concelho, o Chega (5,35%), com um crescipassou para o 5.º posto (3,92%), mento exponencial, assumindo-se a terceira força política no concecom 1538 votos, mais 1225. A CDU (2,71%) acabou penaliza- lho. Em 2019, o partido de André da pela subida dos partidos de di- Ventura recolheu 415 votos. Desta reita, ficando-se pelo 6.º lugar. O vez, foram 4187. Quem também cresceu muito foi PAN (1,3%) também perdeu eleitorado (menos 525 votos que há dois a Iniciativa Liberal (4,19%), com anos) e o CDS-PP (1,22%) perdeu, 3283, ou seja, mais 2719 do que há igualmente, expressão, com me- dois anos. O Bloco (3,5%) foi relegado para 5.º lugar, descendo nos 750 votos angariados. Na votação pelas freguesias, o duas posições, à conta de ter perPS venceu na maioria, perdendo dido 3623 votos relativamente às para o PSD na Agrela, Reguenga legislativas transatas. A CDU obteve 2,1% (1647 votos), e Água Longa. Já em Vila Nova de Famalicão, a e o CDS (1,64%), com 1283 votos, vitória do PS também foi maior em perdeu mais de metade do eleitopercentagem do que a nível na- rado, com menos 1873 votos. O PAN (1,26%) também caiu, ancional. O partido de António Costa recebeu 34.153 votos (43,62%), gariando, no domingo, 987 votos, mais 6851 que em 2019, vencen- menos 949 do que em 2019. Na Trofa, o PS obteve 42,23%, do em 30 freguesias. Só perdeu a União de Freguesias (UF) de An- com 9056 votos, mais 1450 dos retas e Abade Vermoim, a UF de Es- colhidos nas legislativas anteriomeriz e Cabeçudos, a UF de Gon- res, anulando o PSD que, apesar difelos, Cavalões e Outiz e Vilari- de também ter reforçado a votação – teve 7875, mais 266 que há pounho das Cambas para o PSD. Os sociais-democratas obtive- co mais de dois anos – não conse-
guiu repetir a vitória. Um dos grandes vencedores na votação concelhia foi o Chega, a terceira força política mais votada, com um crescimento de quase mil por cento, relativamente a 2019. De 99 votos angariados nas últimas legislativas passou para 968, que se cifraram numa percentagem de 4,51% da preferência trofense. A Iniciativa Liberal também cresceu, mas em menor escala, recolhendo 840 votos (3,92%), mais 623 que há dois anos. Em situação contrária, o Bloco
de Esquerda deixou o 3.º lugar e caiu duas posições, com 3,3% (708 votos), o partido perdeu mais de metade dos votos (-875) conseguidos nas legislativas transatas. Também em reta descendente, a CDU conseguiu 1,91% (410 votos), assumindo o 6.º lugar, à frente do CDS-PP (1,76%), partido que também registou uma queda significativa, perdendo 327 relativamente a outubro de 2019. O PAN, que tinha subido nas eleições, desde 2011, também caiu na votação, tendo recolhido, desta vez, 354, menos 204 que em 2019.
Seis deputados da região no Parlamento Sofia Andrade e Andreia Neto, de Santo Tirso, Joana Lima e Sofia Matos, da Trofa, e Jorge Paulo Oliveira e Eduardo Oliveira, de Vila Nova de Famalicão, foram eleitos deputados, nas eleições de domingo. Só o último se estreia nas funções. CÁTIA VELOSO
A tirsense Sofia Andrade, a trofense Joana Lima e o famalicense Eduardo Oliveira festejaram a vitória do Partido Socialista no país, nos distritos e nos concelhos que representam. As duas primeiras foram eleitas pelo círculo eleitoral do Porto, enquanto Eduardo Oliveira, 7.º da lista por Braga, estreia-se no Parlamento. Natural de Vila Nova do Campo, no concelho de Santo Tirso, Sofia Andrade tem 33 anos e é licenciada em Neurofisiologia pela Escola Superior de Saúde do Vale do Ave. Desempenhou funções como deputada na Assembleia da República na última legislatura, após exercer funções como assessora no Gabinete da Presidência da Câmara Municipal de Santo Tirso, entre 2015 e 2021. Integra o executivo da Junta de Freguesia de Vila Nova do
Campo desde 2013, tendo ainda presidido a concelhia de Santo Tirso da Juventude Socialista, entre 2015 e 2019. Na estrutura jovem do PS, integrou a Comissão Nacional no mandato 2016-2018 e, atualmente, é membro das comissões políticas concelhia e distrital do PS. Integra, ainda, o Secretariado Federativo do Porto das Mulheres Socialistas – Igualdade e Direitos desde 2020. Por sua vez, Joana Lima cumprirá o terceiro mandato consecutivo, após tomar assento no Parlamento em 2015 e 2019 (a primeira eleição foi durante na legislatura 2005/2009). A socialista foi a 12.ª dos 19 deputados da lista do partido eleitos pelo círculo do Porto. Na última legislatura, integrou a Comissão de Saúde e a Comissão de Ambiente, Energia e Ordenamento do Território e, como suplente, a Comissão de Orçamento e Finanças, a Comissão de Agricultura e Mar e a Comissão Eventual para o acompanhamento da aplicação das medidas de resposta à pandemia da doença Covid-19 e do processo de recuperação económica e social. Desempenhou as funções de coor-
denadora dos deputados socialistas eleitos pelo círculo eleitoral do Porto e foi, ainda, administradora não executiva da empresa Metro do Porto. Já Eduardo Oliveira, que foi candidato socialista à Câmara Municipal de Famalicão, vai conciliar o cargo com as funções de vereador da autarquia. Enfermeiro especialista em Saúde Materna e Obstétrica na Unidade de Famalicão do CHMA - Centro Hospitalar do Médio Ave, o socialista de 37 anos foi presidente da Casa do Pessoal do Hospital de Santo Tirso e, atualmente, lidera a Comissão Política Concelhia do partido. Do PSD, Sofia Matos era a mais bem colocada para a eleição. A advogada de 31 anos era a cabeça de lista do partido pelo Porto, vendo renovado o assento no Parlamento, no qual assumiu funções, pela primeira vez, em 2019. A trofense foi presidente da JSD local e também liderou a estrutura a nível distrital, tendo concorrido à direção nacional, acabando por perder para Alexandre Poço. Já Jorge Paulo Oliveira, experiente no Parlamento, cumprirá
o quarto mandato consecutivo. Advogado de profissão, é também deputado à Assembleia Municipal de Vila Nova de Famalicão e presidente da Assembleia da União das Freguesias de Vila Nova de Famalicão e Calendário. O famalicense estava em 5.º lugar
na lista do PSD pelo círculo eleitoral de Braga. A tirsense Andreia Neto regressa ao Parlamento, depois de ter cumprido dois mandatos, entre 2011 e 2019. Foi a 13.ª candidata do PSD pelo Porto a assumir lugar na Assembleia da República.
Sofia A ndrade
A ndreia Neto
Joana L ima
Sofia M atos
Jorge Paulo Oliveira
E duardo Oliveira