6 minute read
Tribo Corpo Raiz
O público tornou-se diverso, contando com a participação de crianças e terceira idade, que interagiam nas atividades de teatro, literatura, artes visuais e música.
Advertisement
com docentes e discentes, que resultou em boa troca de informações e experiências. Nesse bate-papo, foram mencionadas as dificuldades relacionadas à implementação do curso de Teatro, por motivos de infraestrutura e outros aspectos que tornaram o processo desafiador. Após a conversa, o grupo foi convidado para outro espaço, onde participou de atividades práticas com os(as) discentes do curso. Esse contato tornou o momento muito inspirador e proveitoso.
Os(As) integrantes do GECA foram à UFVJM e tiveram contato com estudantes, docentes e técnicos(as) que conduziram a visita e ajudaram na proposição de atividades, a serem realizadas na cidade de Teófilo Otoni. Ainda na universidade, foi possível ouvir o relato de experiência do professor Frederico Silva Santos, coordenador de um importante projeto musical, e conhecer a Rádio Universitária. Diversas outras atividades foram determinantes para o sucesso da viagem técnica, como visitas a exposições e lugares históricos.
Após o valioso contato com meios artístico-culturais na cidade de Diamantina, o grupo se sentiu preparado para iniciar as atividades com os(as) moradores(as) dos Conjuntos
Última oficina de 2019
O artista Elder Kloster ministrou uma Oficina de Criação de Bonecos, um trabalho manual que serviu como inspiração para futuras atividades com a comunidade
Habitacionais Jardim das Hortênsias e Jardim das Acácias. No contexto de inauguração das atividades, o GECA foi convidado para apoiar e participar do 3º FETI - Festival de Teatro Infantil de Teófilo Otoni, fato que
Encontro com a turma de teatro do IFNMG/Campus Diamantina
Larisse Colen
Integrantes do GECA com atores da peça “Plim Plão, o Pingo Fujão”
oportunizou a aproximação com a comunidade e artistas da região. O grupo da Casa do Teatro de Conselheiro Lafaiete apresentou o espetáculo “Plim Plão, O Pingo Fujão” e reuniu muitas crianças. Já o artista Elder Kloster ministrou uma Oficina de Criação de Bonecos, um trabalho manual que serviu como inspiração para futuras atividades com a comunidade.
No ano de 2019, o grupo em questão estava representado pelas discentes Sara Vitória e Clara Fiedler, responsáveis pela execução de atividades musicais, Pietra Luvizotto e Lara Fernandes, que administravam temáticas cênicas e o professor Leandro Liberato, que orientava na condução das atividades. Assim, com apoio da Prefeitura Municipal, semanalmente, esses(as) integrantes realizaram oficinas para a comunidade no teatro do CEU das Artes, localizado no bairro Viriato, em Teófilo Otoni. O público tornou-se diverso, contando com a participação de crianças e terceira idade, que interagiam nas atividades de teatro, literatura, artes visuais e música.
A parte inicial de cada oficina era sempre composta por exercícios de movimentação do corpo, com alongamento e aquecimentos, além de dinâmicas, com vistas ao bem-estar da mente, por meio de reflexões e palavras de motivação. Em uma das atividades propostas, os(as) participantes se inspiraram na oficina de criação de bonecos e criaram pequenas histórias que se transformaram em cenários e cenas interpretadas pelos grupos.
Durante a trajetória de oficinas, alguns eventos aconteceram no espaço de trabalho do grupo, como a inauguração do espaço Centro de Artes e Esportes Unificados (CEU), pela Prefeitura de Teófilo Otoni. O evento contou com a participação de representantes da Secretaria de Cultura e artistas da região. Ainda nesse dia, Sara Vitória e Clara Fiedler, discentes do IFNMG e participantes do projeto, também puderam apresentar no palco algumas músicas e convidar mais pessoas a participarem das oficinas. O GECA também se fez presente na intervenção artística do Cultural IN-CENA, na apresentação de um espetáculo teatral e, posteriormente, em uma mostra cinematográfica.
A participação e o acompanhamento de atividades diversas enriqueceram a experiência e capacitaram o grupo, tornando-o apto a desempenhar atividades práticas com crianças, adolescentes e adultos da comunidade. Tais ações possibilitaram, além da criação e fortalecimento de vínculos, a troca de saberes e conhecimentos diversos.
Clara Fiedler
Coordenadora: Mariana Emiliano Simões Colaboradoras: Melissa Monteiro Guimarães, Caroline de Souza Andrade e Mariana Felício Pereira Texto: Mariana Emiliano Simões, Melissa Monteiro Guimarães e Caroline de Souza Andrade Campus: Diamantina
Apresentação no evento Extração da Arte, em Curralinho.
Projeto Tribo Corpo Raiz
O grupo Tribo Corpo Raiz surgiu como resultado do curso FIC Corpo, Arte e Empoderamento Feminino, ofertado entre novembro de 2016 e julho de 2017, com o objetivo de discutir questões sobre a mulher e o feminino na sociedade. A arte e a dança foram caminhos percorridos para o processo de desenvolvimento proposto e o FAtChance BellyDance® Style foi escolhido como estilo principal por trazer uma filosofia de fortalecimento do feminino, do espírito coletivo e da força interior. A Tribo Corpo Raiz fez sua estreia com o Coletivo de Dança Corpo em Movimento em julho de 2017, abrindo um novo ciclo de estudos e profissionalização. Desde então, tem se destacado como um grupo de dança dedicado ao FAtChance BellyDance® Style em Minas Gerais. Além do reconhecimento e admiração que cresce entre o público, este trabalho tem afetado as vidas de suas participantes, pela força e profundidade das experiências vividas por meio da dança e do coletivo.
Oinício do projeto Tribo Corpo Raiz se deu com o desejo de construir um espaço de estudo no estilo de dança do FatChanceBellyDance® (grupo de dança norte-americano que criou o estilo American Tribal Style®, agora denominado FAtChance BellyDance® Style). Em 2016, foi oferecido um curso de Formação Inicial e Continuada, pelo Campus Diamantina, no qual foram discutidas questões do universo feminino, feminismo e sociedade, patriarcado e os desafios das mulheres
Larisse Colen
Apresentação no Congresso Tribal Sul Americano, São Paulo, SP.
Mauro Cappozi
no mundo contemporâneo. Além das discussões teóricas, iniciamos os estudos com os primeiros passos do estilo, oferecendo uma iniciação sobre o FCBD® Style.
A partir de 2017, com o fim do curso, o projeto continuou com um formato voltado para a criação de um grupo artístico, disposto a se apresentar em eventos diversos, com uma qualidade estética mais aprimorada. Já em 2018, a continuidade se deu com o investimento em formação, convidando profissionais reconhecidos(as) para dar oficinas na cidade de Diamantina. Enquanto o grupo se dedicava aos estudos, cresceram também as participações em eventos realizados pelo IFNMG, e vivemos um ritmo intenso de viagens e apresentações: Araçuaí, Pirapora, Montes Claros e Bambuí foram algumas cidades que receberam a Tribo em suas andanças.
O ano de 2019 foi marcado pelo fortalecimento do grupo e sua apresentação no cenário nacional como uma referência do estilo FCBD® Style em Minas Gerais. Participamos de eventos reconhecidos em Belo Horizonte e São Paulo, e tivemos um grande momento, com a vinda de Rebeca Piñeiro, uma das principais dançarinas do estilo na América Latina, para um festival organizado pela Tribo e seus parceiros - o Vale Dançar. Esse ano também trouxe ao grupo uma necessária reformulação de suas atividades, melhor organização e revisão de objetivos e compromissos, devido ao aumento do trabalho e da exigência de tempo de dedicação. Sem dúvida, o amor à dança e o desejo de mergulhar ainda mais no universo profissional orientam nossas ações e planos futuros. O impacto da existência da Tribo Corpo Raiz em nossas vidas nos faz crescer a cada momento vivido e, sem dúvida, tem sido uma experiência grandiosa de amadurecimento enquanto mulheres, profissionais e artistas.
Abaixo trazemos o relato de duas integrantes do grupo, que falam sobre suas trajetórias com a Tribo Corpo Raiz.