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COLUNA Ideólogo do Centrão

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MEIO AMBIENTE

MEIO AMBIENTE

1- O deputado Arthur Lira nunca foi de direita, de centro ou de esquerda; transita com facilidade de um lado ao outro sem a menor cerimônia. Sua ideologia é poder e dinheiro e sua moeda de troca são cargos no governo e o controle dos orçamentos públicos.

Escola do futuro

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Alagoas passa a integrar a vanguarda da Educação no Brasil com a “Escola Sesi de Referência”, inaugurada esta semana no Benedito Bentes pela Federação das Indústrias do Estado com recursos da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

A moderna unidade abrirá com 900 alunos, mas tem potencial para atender até 4 mil estudantes, vai romper com o modelo tradicional de ensino e formar os profissionais do futuro. Que já chegou.

A escola leva o nome do industrial Robson Braga de Andrade, presidente da CNI, mas o grande homenageado foi o presidente da Federação das Indústrias de Alagoas, José Carlos Lyra, pelos relevantes serviços prestados ao estado ao longo de duas décadas.

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EDITOR

Fernando Araújo

CONSELHO EDITORIAL

2- Da mesma forma que se aliou a Jair Bolsonaro, Lira correu para os braços de Lula tão logo saiu o resultado das eleições. Simples assim; rei morto, rei posto. Pragmático, tem honrado os acordos internos na divisão do botim com seus colegas do Centrão.

Briga alagoana

Ainda furioso com a derrota sofrida nas eleições majoritárias em Alagoas, Arthur Lira não perdoa Lula por ter nomeado Renan Filho ministro dos Transportes. “Se deu um ministério a Renan, terá que dar três para meu grupo”, teria dito Lira a seus aliados. Sem limites de ambição e de ética, Arthur Lira usará qualquer espaço conquistado pelos Calheiros no governo federal como pretexto para achacar o Governo Lula e avançar nos cargos públicos e no orçamento da União.

“Abre-te, Césamo”!

Servi Os Jur Dicos

Rodrigo Medeiros

Luiz Carnaúba (presidente), Mendes de Barros e Maurício Moreira ARTE

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As colunas e artigos assinados não expressam necessariamente a opinião deste jornal

3- Defensor do Estado patrimonial, o deputado mal se reelegeu presidente da Câmara com apoio de Lula, já avisou que não vai aderir nem dar vida fácil ao petista. “É hora de cada um ficar no seu quadrado constitucional”, disse o parlamentar, antecipando futuras batalhas na votação de matérias de interesse do novo governo.

4- Não à toa, o senador Renan Calheiros cansou de alertar sobre os riscos de o Governo Lula, mais uma vez, virar refém do Centrão. Talvez por conhecimento de causa Lula tenha avaliado que a única forma de preservar o poder é dividi-lo com os “300 picaretas do Congresso”.

Emergência

A União deve compensar os estados pela queda de receita com a redução eleitoreira do ICMS dos combustíveis. É uma saída emergencial para Alagoas que contabilizou prejuízo de R$ 350 milhões e está de cofre vazio.

Para atender o apetite do Centrão por cargos, poder e dinheiro, Lula terá de fazer logo uma reforma ministerial e aumentar o primeiro escalão para um mínimo de 40 ministros. Será o maior cabide de empregos da história e levará a comparações com as aventuras de um tal Ali Babá, do livro “As Mil e Uma Noites”.

A dúvida é saber se o Ali Babá dos trópicos escapará da Liga da Justiça, como no conto árabe.

Cabidão do Centrão

Seguindo o mau exemplo de Lula – que quase duplicou o número de ministérios – o deputado Arthur Lira criou cinco novas comissões na Câmara Federal, que terá agora 30 colegiados permanentes, além das dezenas de comissões temporárias e especiais. As comissões discutem e analisam projetos de lei antes de chegarem ao plenário para votação. Como não há temas para tantas comissões, os novos colegiados foram criados a partir do desdobramento dos já existentes, tal qual Lula fez na Esplanada dos Ministérios.

Missão difícil

A reeleição de Marcelo Victor para presidente da Assembleia Legislativa, por unanimidade de votos, é histórica e representa uma dupla responsabilidade para o deputado. Como avalista de Paulo Dantas e líder de um Legislativo sem oposição, qualquer que seja o rumo do governo nos próximos quatro anos será debitado na conta de Marcelo Victor. Para o bem ou para o mal.

Nessa difícil missão o deputado conta com o apoio dos senadores Renan pai e Renan Filho, aliados na campanha vitoriosa das últimas eleições. Na hipótese de sucesso desse projeto, todos ganharão, mas em caso de naufrágio ninguém se salvará.

Pau na Geni

O Banco Central virou a Geni do Lula assim como a Petrobras foi o saco de pancada de Bolsonaro. Eleger um bode expiatório tem sido a saída mais fácil de governantes incompetentes para justificar o fracasso das políticas econômicas.

Como ainda não desceu do palanque, Lula precisa de Bolsonaro para justificar a falta de ação de seu governo, assim como Bolsonaro precisou de Lula para justificar sua inação. Eles se retroalimentam e se merecem; são da mesma farinha embalada em sacos diferentes.

Gabriel

Ajuste financeiro

Ogovernador Paulo Dantas enfrenta o desafio de tomar medidas consideradas impopulares para colocar a casa em ordem. É o que tem feito desde o primeiro dia de janeiro, quando, sufocado, determinou o afastamento de centenas de servidores terceirizados colocados na época

Hora da fatura

Ao assumir o governo no primeiro mandato, ou seja, no ano passado, Paulo Dantas sabia que a nomeação desenfreada eleitoreira por parte de candidatos que ainda estavam no governo teria uma conta ácida a pagar. E aconteceu justamente agora quando inicia o seu segundo mandato.

Decidido

O governador nos últimos dias determinou uma série de providências, como o afastamento de terceirizados que inchavam a folha de pagamento nos órgãos públicos e o pé no freio no custeio da máquina administrativa. Comprometido com o pagamento em dia da folha dos servidores públicos, com recursos já garantidos, Dantas vislumbra, de imediato, ajuda do governo federal para tocar as obras de grande porte, a exemplo do Canal do Sertão, que será uma referência de sua administração.

Recomendação

Durante os contatos que tem com seu secretariado, a recomendação principal é manter os serviços prestados à população nas áreas da saúde, educação e segurança pública e economizar. Projetos na área social para acabar com a pobreza absoluta principalmente dos bolsões de miséria na periferia das cidades, também é outro objetivo do governador, que pretende tirar Alagoas da posição incômoda de um dos piores estados que luta contra o analfabetismo.

Salada de partidos

Mais experiente, presidente Lula não se restringiu apenas a distribuir benesses com os partidos aliados que lhes deram sustentação durante a campanha eleitoral. Para conseguir seus objetivos e fazer reformas pontuais, se aproximou de seus adversários.

de Renan Filho. Com as finanças abaladas, mas aos poucos cumprindo os compromissos financeiros especialmente com fornecedores, o governador demonstrou que desafios são importantes e que a meta agora é encontrar soluções práticas.

Alto lá

O prefeito JHC está captando novos aliados, mas tem resistido à ideia de entregar secretarias com poder absoluto às novas equipes. Quer ter o controle para viabilizar o seu planejamento de campanha à reeleição.

Panorama

Falam por aí que o senador Renan Calheiros poderia sair candidato ao governo em 2026, mas parece que essa não é mesmo a intenção do velho cacique político. Ele gostaria mesmo, confidenciam pessoas de sua amizade pessoal, de ser indicado a conselheiro do Tribunal de Contas da União.

Outra história

Já o deputado Arthur Lira, que habilmente obteve a maior votação da história na sua reeleição para presidência da Câmara, está vislumbrando uma candidatura majoritária em 2026. Nesse ano serão duas vagas para o Senado e naturalmente a vaga para o governo que será deixada por Paulo Dantas.

Arrumação

Este será mesmo o ano das arrumações políticas e as composições futuras com vistas a 2024 e 2026. E até mesmo podem ocorrer alianças que até o diabo duvidava. Nos bastidores, o assunto toma forma e pega fogo.

Enterrada

O Tribunal de Justiça, por unanimidade, enterrou a ação penal contra o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Victor, o então deputado Fernando Toledo e o hoje deputado federal Luciano Amaral. O TJ atendeu à recomendação do Ministério Público que não viu indícios suficientes para a continuação da ação.

Debandada

Muitos prefeitos estão pulando fora do barco de alguns partidos para compor com o MDB em busca de vantagens, mas não garantem que ficarão por lá muito tempo. É esperar pra ver. Afinal de contas, do outro lado não tem amador atuando na política local.

Trânsito livre

Com a Câmara dos Deputados e o Senado Federal aparentemente ao seu lado, Lula ganha tranquilidade para governar. Os cargos federais, em todos os estados, dão força ao presidente para navegar em águas tranquilas.

Reflexo

Algumas dificuldades momentâneas de pagamento por parte do Estado para algumas instituições, são ainda o reflexo de governos anteriores que teriam gasto mais do que deviam. Além disso, as dificuldades de arrecadação durante a pandemia e a desoneração dos impostos dos combustíveis contribuirão para os cofres sofrerem um abalo.

Prudência

O secretário da Fazenda, George Santoro, sabe que existem dificuldades financeiras a serem superadas, mas tem revelado nas suas entrevistas que tudo está sob controle, principalmente no pagamento do servidor público e de fornecedores.

Quer explicação

O Ministério Público ainda espera que a Câmara de Maceió cumpra com a legislação e dê mais transparência às atribuições na Casa de Mário Guimarães. Ninguém sabe por que, a priori, algumas decisões nunca aparecem no Portal da Transparência.

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