2 minute read

Sebastião Nery, 91 anos de uma lenda viva do jornalismo

Next Article
Lutas eternas

Lutas eternas

morrer, vamos morrer fardados, lutando nas trincheiras da vida”.

Também contei com o amigo e bravo jornalista Fernando Araújo Filho que esteve comigo, ao meu lado, na luta, há quase duas décadas.

Advertisement

Moreira Maur Cio

91 anos do jornalista e querido amigo Sebastião Nery, uma lenda viva do jornalismo nacional e internacional. Tive o prazer e a felicidade de magicamente, digo porque é um verdadeiro milagre que aconteceu, de ter ele aqui no sítio Belo dos Milagres durante 15 consecutivos réveillons.

Sebastião Nery, como falei em artigos anteriores, é um grande amigo, grande figura humana, grande intelectual e o mais importante disso: solidário, afetuoso, corajoso e leal.

Nery esteve comigo nos momentos mais difíceis da minha vida. Ele disse certa vez: “Maurício, conheci seu pai em Moscou. Ele tinha então, Napoleão, 27 anos. Era um homem elegante, usineiro, jovem, socialista das Alagoas. Você, meu querido amigo, é muito parecido com ele”.

Fomos pra luta, e certa vez me falou, nos momentos mais angustiantes da minha vida, onde posso dizer que corri risco de vida: “Se é para

Canetinha, nosso saudoso Canetinha, me entrevistou várias vezes. Mas a última entrevista em solo alagoano e posso dizer uma das melhores televisada foi com Canetinha e escrita com a brilhante jornalista Salésia – considero uma das mais brilhantes do nosso estado. Foi a ela que o nosso querido amigo Nery concedeu a última entrevista em solo alagoano, exclusiva para o jornal EXTRA.

Meu amigo e querido Fernando Araújo, você é um grande e bravo lutador. Um dos poucos a quem Nery chama de querido amigo. Daí a homenagem que ele fez nos 15 anos do EXTRA.

Tem certas coisas que fogem as palavras porque a emoção toma conta. A última vez que Nery esteve aqui no sítio já se vão exatamente quatro anos. Sempre ao lado de sua Bia, que o ano passado foi para os braços do grande arquiteto do universo.

Nery, jornalista que acompanhou a história de Alagoas, do Brasil e do mundo. Do mundo porque esteve na posse, entre outras, do presidente Kennedy, a quem ele entrevistou. Do papa João Paulo II, amigo do padre Pio, deputado federal pelo Rio de Janeiro em época de grandes lutas-1982, quando o Brasil vivia um processo de redemocratização. Vereador por Minas Gerais, deputado estadual pela Bahia, estado onde nasceu, lá no alto de Jaguaquara, baiano da Serra.

Nery é uma figura mundial. Amigo de Mário Soares e de Felipe González, ex-primeiro-ministro da Espanha.

Como amigo, esteve ao meu lado nos momentos mais difíceis, de árduo caminho que trilhei. Principalmente há 15, 14, 13 anos atrás. Ao lado de outros amigos, sempre esteve presente no Sítio Belo dos Milagres, em São Miguel dos Milagres, onde o milagre da amizade acontece.

Como nosso amigo é highlander, tomara que Deus lhe conceda mais alguns anos de vida.

Defino Nery como aquele que tem alma de gigante. A alma de Sebastião Nery é alma de gigante, sim. Lembro-me de Augusto Frederico Schmidt quando dizia o seguinte: “Desejo de não ser senão feliz e calmo. Desejo das volúpias castas e sem sombra. Desejo manso das moringas de água fresca, das flores eternas nos vasos verdes. Desejo de vestidos de linho azul da esposa amada. Desejo de passar despercebido, sem brilho e desaparecer em Deus com a ternura daqueles que a vida não maltratou.”

E assim, Sebastião Nery é imortal pela sua grandeza e representa muito bem principalmente quem faz a boa imprensa. Um dos poucos que pode dizer “combati o bom combate”.

E assim, Sebastião Nery é imortal pela sua grandeza e representa muito bem principalmente quem faz a boa imprensa. Um dos poucos que pode dizer “combati o bom combate”.

This article is from: