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MEIO AMBIENTE

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RESENHA ESPORTIVA

RESENHA ESPORTIVA

José Fernando Martins josefernandomartins@gmail.com

Orgulho do Nordeste

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OParque dos Lençóis Maranhenses concorre ao título de Patrimônio Natural da Humanidade, concedido pela Unesco - Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. A confirmação de que o parque cumpriu as exigências técnicas e teve a candidatura aprovada foi feita pelo governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB), no fim de semana. Uma comissão da Unesco virá ao Brasil fazer uma avaliação presencial do parque, mas, segundo a assessoria do governo maranhense, ainda sem data para acontecer. O governador do Estado está confiante e escreveu nas redes sociais que não tem dúvida de que os avaliadores “sairão daqui encantados com esse paraíso natural, orgulho de todos os maranhenses”. O Parque Nacional dos Lençóis fica a cerca de 250 quilômetros da capital São Luís e foi criado há mais de 40 anos. Ele é o maior campo de dunas da América do Sul, com uma área de 155 mil hectares. Ou seja, maior que a cidade de São Paulo, sendo famoso pelas lagoas cristalinas que se formam entre as dunas brancas no período de chuvas. Atualmente, a gestão é feita pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Crise Yanomami

Uma crise humanitária devastou a Terra Indígena Yanomami. A invasão do garimpo proibido no local levou doenças, deixou um rastro de desnutrição e provocou a morte de indígenas. “Eu sou daqui e nunca vi a situação que estamos enfrentando”, revela o presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye’kuana, Junior Kekurari Yanomami.Com quase 10 milhões de hectares distribuídos pelos estados do Amazonas e de Roraima, a Terra Indígena Yanomami é a maior do mundo. Um dos pontos mais povoados fica na fronteira do Brasil com a Venezuela. E foi nessa região que a prática ilegal ganhou força nos últimos anos. Um relatório da Hutukara Associação Yanomami mostra que o garimpo cresceu 46% entre 2020 e 2021, e 3.350% de 2016 a 2020. Além de espalhar doenças e mortes, a invasão derruba mata nativa e polui rios. “Com aquela quantidade de sedimento que eles estão desbarrancando e jogando dentro dos rios, a água perde a capacidade de deixar passar a luz. Outra consequência é a contaminação por mercúrio. O peixe come a alga que está impregnada com aquilo e a gente come o peixe. É um ciclo de contaminação biocumulativo”, explica o professor de Geologia da Universidade Federal de Roraima (UFRR) Carlos Eduardo Vieira.

Meio ambiente na Câmara

A presidência da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CMDAS) da Câmara dos Deputados deverá ficar com um parlamentar petista ligado à causa socioambiental. Com desfecho previsto para esta semana, as negociações partidárias afastaram a possibilidade de que um ruralista pudesse comandar a Comissão de Meio Ambiente, instância essencial para a implementação da política ambiental do Governo Lula. Ventilada há um mês, a possível indicação para o cargo do ex-ministro do Meio Ambiente na gestão Bolsonaro e deputado Ricardo Salles (PL-SP), que é acusado de crimes ambientais, provocou repúdio de apoiadores da causa socioambiental. Um abaixo-assinado online com 75 mil subscrições pediu um ambientalista na Comissão. Dentro do Partido dos Trabalhadores (PT), o consenso é a indicação do deputado reeleito Nilto Tatto (PT-SP) para presidir a Comissão de Meio Ambiente. A indicação deverá ser feita nos próximos dias pelo líder da bancada da sigla na Câmara, o deputado Zeca Dirceu (PT-PR).

Poluição

Um estudo da Universidade Monash, na Austrália, descobriu que apenas 0,18% da área terrestre global e 0,001% da população global estão expostos a níveis de material particulado fino ambiental diário (PM 2,5) – o principal fator de risco ambiental para a saúde do mundo – abaixo dos níveis de segurança recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O trabalho, publicado na revista The Lancet Planetary Health, é a primeira pesquisa sobre poluição atmosférica diária por PM 2,5 que leva todo o mundo em consideração. É importante ressaltar que, embora os níveis diários tenham diminuído na Europa e na América do Norte nas duas décadas até 2019, os níveis aumentaram no sul da Ásia, Austrália, Nova Zelândia, América Latina e Caribe, com mais de 70% dos dias globalmente apresentando níveis acima do que é seguro. A falta de estações de monitoramento de poluição globalmente para a poluição do ar significou uma falta de dados sobre a exposição local, nacional, regional e global de PM 2,5. Agora, este estudo, liderado pelo professor Yuming Guo, da Escola de Saúde Pública e Medicina Preventiva da Universidade Monash, em Melbourne, forneceu um mapa de como o PM 2,5 mudou em todo o mundo nas décadas passadas.

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