PROCLAMAÇÃO Conheça a importância da data. pág. 3
Ano 4 - 17ª edição - novembro de 2013
#partiu #desafio #Instagram O FoCA desafiou dois viciados para viver uma semana sem o aplicativo. Pág 5 SÉRIES Os maiores sucessos! pág. 10, 11
OPINIÃO Cantores nos filmes pág. 12
JUÍZO, MÃE! Conheça os pais baladeiros pág. 4
SAÚDE
Editorial O último FoCA de 2013 traz várias facetas do comportamento humano. Falamos sobre os pais baladeiros (pág. 4) e a nossa capa vem com um desafio para dois viciados em Instagram que ficaram uma semana sem o aplicativo (a partir da pág. 5). O Humor volta ao futebol tentando explicar o que o jogador Pato, do Corinthians, tentou fazer na Copa do Brasil. Além disso, o FoCA 17 fala sobre a história da proclamação da república (pág.3) e a importância da data que muitos lembram apenas como mais um feriado. Na editoria Opinião, trazemos uma crítica do Caio Felipe Fré, do Plano Sequência, sobre cantores que atuaram em filmes (pág. 12). Das telonas vamos direto para as séries TV, outro tema presente na edição (págs. 10 e 11). Agradeço pela confiança da liderança neste semestre e espero que todos curtam a edição. Hugo Antoneli Jr.
Expediente Editor chefe: Hugo Antoneli Jr. Sub-editor: Fábio Duran Repórteres: Carolina Namura Luis Eduardo Savioli Caroline Moraes Maria Clara Sobral Diagramação: Guilherme Fliegel Fábio Duran Ilustração: Júnior Gonçalves
Óculos ou lentes de contato? Saiba o que os usuários dizem das vantagens e desvantagens que cada um oferece
por Maria Clara Sobral Quem tem problema na visão, muitas vezes tem seus óculos como companheiros inseparável. Alguns não. A lente de contato é a opção de quem não gosta, de quem já cansou dos velhos óculos e até mesmo, de quem tem alguma doença tão forte na visão que apenas a lente ou cirurgia são soluções apresentáveis. Atualmente, os óculos têm se tornado um acessório fashion, usado até mesmo com lentes sem grau. Beatriz Fachinni, 19, diz que há muito modismo em relação aos óculos, mas que adoraria usar lentes, se pudesse. “Uma grande maioria usa apenas por puro modismo, eu uso por pura necessidade”, diz.
As armações grandes, “retrô”, modelos que eram usados nas décadas de 60 até 80, são atualmente os mais comuns entre jovens e até mesmo adultos. Os mais vaidosos consideram peça insubstituível no guarda-roupa. As lentes de contato podem apresentar muita praticidade, mas é preciso ser cuidadoso, ter sempre certa higiene. Bruno Gustavo, 23, usou óculos por muito tempo, decidiu mudar para a lente mas não deu certo. “Parei de usar lentes porque era incômodo, difícil de manusear e eu sempre esqueci”, conta. Nem todos podem usar lentes, e muitas vezes cirurgia pode ser a única opção. É importante consultar um oftamologista e saber qual é a melhor opção pra você.
Quem paga o pato? por Júnior Gonçalves
- Juízo, mãe! O FoCA foi conhecer um pouco mais sobre a rotina de filhos que convivem com pais baladeiros. Por Fábio Duran Dançar, cantar e se divertir é um direito de todos, não é mesmo? Imagine uma noite de final de semana, propícia para uma balada, mas você decide ficar em casa e sua mãe sai curtir a noite. Você já passou ou se imaginou por esta situação? É exatamente o que acontece com a auxiliar de consultório dentário, Vanessa Marconi, 25 anos. Ela conta que já faz um tempo que sua mãe começou a freqüentar clubes noturnos. “Minha mãe é separada do meu pai, mas ele nem sabe que ela vai e é melhor nem saber (risos)”. No inicio ela achou estranho vê-la saindo, sendo que ela mesma não tem esse hábito. “É meio estranho, meio que preconceito de ver ela saindo e eu ficando em casa”. E descontrai a entrevista em tom de pirraça: “Não é certo! Ela tem que ficar comigo já que eu não saio!”. Vanessa tem um bom relacionamento com a sua mãe, mas nunca saiu com ela em uma balada. “Sei lá, acho que seria estranho ver minha mãe toda dançando”, e as brincadeiras não passam despercebido, ela sempre aconselha a mãe antes de sair, “Porque onde já se viu? Ela não deve ficar de gracinhas com os velhinhos lá”, brinca. Para a secretária Evelin Carvalho, 24, é algo comum ver seu pai sair para a balada, já que faz cerca de dez anos que ele costuma sair à noite para dançar. “Já me acostumei com isso porque não tenho o habito de sair todo fim de semana, mas ele tem. Na verdade admiro a disposição dele para sair todo fim de semana”, admite.
“Fomos algumas vezes pra balada juntos, normalmente no Golden NIght (Runa Club, Sorocaba), sem problemas para mim ir com ele na balada, e o melhor foi que ganhei carona (risos)”, revela. Seu tem 50 anos e sua preferência são lugares com música sertaneja, estilo musical que mais lhe agrada. “Sempre falo isso para ele: Juízo, pai. E ele sempre responde ‘Juízo é meu sobrenome’.” Evelin ainda conta que uma vez foi para uma balada comemorar o aniversário de um amigo e ao chegar lá se encontrou com seu pai, que estava acompanhado de amigos. “Foi muito engraçado encontrar meu pai na balada, no fim da noite ainda me sentei com ele e os amigos dele, quando os meus foram embora”. O gerente administrativo Renato Henriques Gusmão, 26, conta que a primeira vez que sua mãe saiu curtir a noite, foi a mais ou menos um ano, pouco depois de ter se divorciado. “Pela situação que estava entre ela e meu pai, eu achei normal ela sair curtir com as amigas solteiras”. Renato Gusmão nunca saiu em uma balada com sua mãe, mas já foi a barzinhos em sua companhia, “ela é
sossegada, não é beijoqueira”, conta. “Meu pai também sai, eles ainda moram na mesma casa, só que meu pai em baixo e ela em cima”, e conclui “nenhum opina na vida do outro”. Não existe limite de idade para se divertir, e certamente a idade não limita ninguém. E com a expectativa de vida aumentando, as pessoas têm cada vez mais tempo para poder aproveitar com mais lazer e qualidade de vida. “Existem jovens de oitenta e tantos anos E também velhos de apenas vinte e seis Porque velhice não significa nada E a juventude volta sempre outra vez!” (Turma do Chaves)
O dia em que meu
#Instagram parou
Por Carolina Namura
Você sabia que seu vício na internet pode fazer mal? Pior ainda, em alguns casos desencadeia doenças que podem até levar a morte. Ficou preocupado? O FoCA te da a dica de como se livrar desse mal desnecessário.
Fotos: Reprodução/@cnamura
Não é nome de filme e a rede social do momento não ficou fora do ar por alguns instantes. Nesta edição a equipe do #FoCA queria fazer algo diferente e dinâmico para falar sobre os vícios nas redes sociais com ênfase no Instagram. Como este é e foi um assunto muito comentado e abordado de várias maneiras, pensamos em propor um desafio a alguém viciado em Instagram. Escolhi a Nathália Liba, 20, estudante
de Gestão da Tecnologia da Informação (GTI), pois a sigo e vejo que está sempre na ativa, postando fotos de seus looks e makes, além de fotos de ações cotidianas. O desafio foi ficar exatos 7 dias sem publicar absolutamente nada no Instagram. E para cumprir o desafio junto com ela, me aliei e fiquei sem minha rede social por uma semana também para ver o que eu sentiria falta, o que não sentiria e como é a vida sem ficar mostrando para o mundo tudo o que eu fiz nos meus dias. Foi um pouco difícil, mas consegui.
incontrolável de postar várias fotos! O combinado de não publicar foi cumprido, porém, continuei acessando o Instagram, conferindo e curtindo as imagens das pessoas que eu sigo. A Nathália radicalizou total e até excluiu o aplicativo do celular para não acessá-lo. Porém, no sábado (19), antes de excluir também do tablet, deu uma conferida nas fotos das pessoas que segue. “No domingo também não resisti e dei uma olhadinha no Instagram pelo meu computador”, comenta. Tudo bem né? O importante era não publicar nada. Tédio. Essa é a palavra que a estudante de GTI usou para definir seus dias sem a rede social. “Eu tirava fotos e não tinha o que fazer com elas,
queria mexer no Instagram e não mexi”, comenta. Apesar desse sufoco, Nathália achou que seria bem pior. “Quando cogitei a ideia de ficar sem usar o aplicativo, achei que teria que baixar outro qualquer, com a mesma função só para postar as fotos que tirei”, conta.
#Início No dia 17 de outubro postei uma foto com a hashtag “partiu” para me despedir do meu Insta. Já a Nathália disse tchau com a frase: “e assim eu me despeço do Instagram por uma semana”. Foi nesse dia que decidimos parar as publicações e nos testar. Confesso que de início foi fácil, mas o final de semana chegou e veio aquela vontade
17 das 15 pessoas que responderam a pesquisa Verificam o celular assim que acordam.*
Depois dos sete dias sem Instagram, até o fechamento desta edição a @nathalialiba já havia postado 72 fotos. Eu, @cnamura publiquei 39 fotos.
#Testando Foto: Hugo Antoneli Jr.
Faça o teste e descubra se você é viciado em internet. Responda às perguntas e confira o resultado no box azul. 1. Você acha que passa mais tempo online do que pretendia? 2. Você abre mão de tarefas cotidianas para passar mais tempo conectado? 3. Outras pessoas se queixam sobre a quantidade de tempo que você passa online? 4. Seu desempenho ou produtividade na escola ou trabalho fica pior por causa da internet? 5. Você se pega pensando em quando você vai estar online novamente? 6. Você teme que a vida sem internet seja chata, vazia e sem graça? 7. Você estoura, grita ou se mostra irritado se alguém te incomoda quando você está conectado?
#Resultados > 0 a 2 respostas positivas Você faz um uso racional da internet e isso não te prejudica.
8. Você dorme pouco por ficar conectado até tarde da noite?
> 3 ou 4 respostas positivas A internet já começa a ocupar um espaço grande em sua vida e isso pode não ser um bom sinal. Fique atento!
9. Você tenta diminuir a quantidade de tempo que fica online e não consegue?
> 5 ou 6 respostas positivas Cuidado! Provavelmente você já perdeu o controle do uso e isso está te causando problemas. Considere buscar ajuda de um profissional.
10. Você se sente deprimido, mau humorado ou nervoso quando está desconectado e tudo melhora quando você volta a se conectar?
> 7 ou mais respostas positivas Sua vida já sofre com os efeitos do uso excessivo da internet. Procure ajuda imediata de um especialista. *Este teste é uma adaptação do “Teste de Dependência de Internet” do Dr. Kimberly Young, feita pelo psicólogo Cristiano Nabuco.
Cada vez mais estamos dependentes de nossos aparelhos eletrônicos e isso é um tanto quanto perigoso, pois assim como todos os vícios, esse também faz mal à saúde. É importante estar atento aos conflitos emocionais, que podem fazer com que busquemos na internet ferramentas para suprir as frustrações e angústias do nosso dia a dia. Como faço para descobrir se estou viciado? “Quando a pessoa passa mais tempo conectada e dedica-se mais ao mundo virtual do que ao real privando-se de atividade sociais, ela já está com esse vício”, explica a psicóloga Rayza Pansarim. “Há casos em que o indivíduo utiliza a internet como uma válvula de escape de problemas reais e acaba criando um mundo virtual de seus sonhos e a fantasia se confunde com a realidade”, complementa. Além do tempo excessivo conectado, outros sinais indicam a dependência da internet. “Sentimentos de tristeza, ansiedade e irritabilidade que se manifestam quando o internauta precisa passar algum tempo desconectado”, explica a psicóloga. “É importante sempre observar paralelamente a relação com a internet: como se caracteriza sua vida pessoal, profissional, relações afetivas, família”, orienta. O vício pelas redes sociais, além de causar isolamento social, pode interferir no sono, na alimentação, hidratação entre outras “obrigações”, uma vez que a pessoa ignora essas necessidades fisiológicas básicas quando está entretido em suas
atividades virtuais. “Além de problemas do âmbito emocional e social como rompimento das relações interpessoais reais, podem aparecer ainda sérios problemas posturais e circulatórios, devido ao tempo exagerado na mesma posição, que em casos extremos pode levar até à morte. C o m parar o uso da internet com a dependência química seria uma questão delicada. Porém, é fato que o vício pela internet as s e m e lha - s e ao das drogas quando nos referimos às possíveis crises de abstinência, comportamento inadequado, danos sociais e à saúde e até mesmo levar a morte. “Se você está viciado na internet, é importante buscar ajuda profissional para uma abordagem adequada e eficiente do problema em discussão”, orienta Rayza.
Foto: Hugo Antoneli Jr.
#Desconecte-se
#Conclusão Depois dessa experiência, percebi que não sou tão viciada quanto eu pensava, vez que consegui ficar sem publicar. Porém, me perguntei: “será que eu conseguiria ficar sem acessar o Instagram?”. Eu até ficaria sem. Desafio difícil mesmo seria ficar sem o celular, objeto que já virou parte do meu corpo. Tudo o que eu faço e todo lugar que vou, estou com esse aparelinho na mão. Para aproveitar o período sem o aplicativo, Nathália também se afastou do Face-
book. “Fiquei um pouco longe das redes sociais e tive uma semana que, apesar de tensa por estar sem publicar nada, foi bastante reflexiva com a vida”, conta. “Vi o que o Instagram não é tudo na vida, mas agora que o jejum passou, já saí postando tudo o que vi, curti fotos e conferi outros perfis”, complementa. A psicóloga Rayza Pansarim orienta que o ideal seria que as pessoas estabelecerem horários específicos e ade-
quados para o uso da internet organizando suas prioridades de trabalho, estudo e lazer de forma que não interfira negativamente em sua rotina. “Impor limites é sempre a melhor maneira de ter bons hábitos”, comenta. “Quando a prevenção já não é a solução e o problema já está instalado, é importante buscar ajuda de profissionais como psicólogos e psiquiatras capacitados para orientar corretamente o indivíduo sobre o assunto”, aconselha.
E você? Será que conseguiria se livrar das tecnologias e das redes sociais por algum tempo? Se você já fez ou tem vontade de fazer essa experiência, conte na nossa página do Facebook como foi. Às vezes é legal testar nossos limites e conhecer outro lado do nosso controle que não conhecíamos.
*As pesquisas foram feitas no grupo da FCAD no Facebook.