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MARINGÁ
25 DE SETEMBRO DE 2019 1ª EDIÇÃO
CONEXÃO
MARINGÁ
Geladeiras “matam” a fome de leitura 40 artistas do município dão vida ao projeto. O acervo conta com mais de 800 livros para leitura. Todo trabalho foi realizado com eletrodomésticos que seriam descartados pela população. PÁG. 03
Quase ninguém sabe sobre a AFIM Associação de Apoio ao Fissurado Labiopalatal de Maringá, funciona desde 1987. O objetivo é possibilitar acompanhamento especializado gratuito para que o tratamento cirúrgico possa ser realizado dentro de sua cronologia e o paciente alcance a reabilitação. PÁG. 04
Estratégias de segurança são definidas pelo CONSEG Maringá O conselho é composto por mais de cem entidades, como: empresas privadas, órgãos públicos de segurança, comissões de bairros, entre outros, mas qualquer pessoa pode participar como voluntário. PÁG. 02
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Estratégias de segurança são definidas pelo CONSEG Maringá INICIATIVA. O OBJETIVO É AJUDAR O MUNICÍPIO E CRIAR SOLUÇÕES PARA PROBLEMAS QUE A CIDADE ENFRENTA
Quer respeito? Dê respeito!
O conselho é composto por mais de cem entidades, como: empresas privadas, órgãos públicos de segurança, comissões de bairros, entre outros, mas qualquer pessoa pode participar como voluntário. O CONSEG existe há mais de 35 anos e ajuda as forças de segurança da cidade na elaboração de estratégias para ajudar a combater o crime e organização do município. As tomadas de decisões são feitas por meio de assembleias que são realizadas todas as segundas na ACIM (Associação Comercial e Industrial de Maringá), o presidente do conselho e
coronel da reserva da Polícia Militar, Antonio Tadeu Rodrigues conta que: “nós conversamos com os dirigentes e policiais da área de segurança pública para analisarmos qual a ação que será tomada de decisões. Então a gente trata aqui os assuntos que surgem, trazemos para a reunião, depois passamos para os membros da segurança pública para eles tomarem as decisões deles”. O CONSEG também ajuda com projetos sociais. Um deles são as aulas de dança e karatê realizadas na Lar Escola da Criança de Maringá. “Nós temos diversos projetos em vários
segmentos. Lá, no Lar Escola, nós temos dois projetos. São crianças de bairros sujeitos a violências. Nós temos um, que é o dançando no compasso da música. Então nossos projetos são muito bons”, afirma Rodrigues. Isso, sem falar em campanhas institucionais em emissoras de televisão “nós fazemos a cada dois anos a campanha por meio das televisões. Produzimos um material, divulgamos, para que as pessoas se conscientizem com a ações de alguns cuidados com a segurança”, conclui o presidente. Michel Hajime
Outro dia estava passando pela praça que atualmente é usada como terminal urbano e vi uma faixa contra agressões aos motoristas. Fato ao qual eu concordo plenamente, mas, e visto pelo outro lado? E as agressões dos motoristas para com os usuários, as grosserias, mal atendimento e até mesmo a direção imprudente? Hoje, os ônibus de Maringá parecem mais um carro de boi. Eu concordo que a TCCC paga mal seus funcionários. Mas isso não é motivo para tais atos. Se os motoristas não estão satisfeitos, peçam
divulgação CONSEG
demissão. No minuto seguinte a empresa consegue alguém para fazer o dobro e ganhar menos da metade que os atu-
Uma única missão: ajudar quem precisa
ais funcionários ganham, é a famosa lei da oferta e procura. Se os motoristas se submetem a estar na empresa tem que no mínimo tratar o seu verdadeiro pa-
SOLIDARIEDADE. ENTIDADE ECUMÊNICA DE AMOR AO PRÓXIMO AUXILIA NA RECUPERAÇÃO DE PACIENTES DA REDE MUNICIPAL DE SAÚDE MARINGAENSE
trão, que é o usuário, muito bem. E por consequência as agressões aos motoristas também vão diminuir. Uma coisa
A casa, localizada na rua dos Gerânios, fica aberta 365 dias do ano, das 7h às 21h e ajuda no acolhimento de pacientes e acompanhantes que vem até o Hospital do Câncer realizar algum tratamento. A entidade oferece pouso, refeições e oficinas de artesanatos. Além de produção de perucas e próteses para quem precisa. Rodas de conversas também são realizadas para que as pessoas se sintam confortáveis ao passar pelos procedimentos médicos necessários, que muitas vezes são desgastantes. São mais de 400 voluntários e apenas 4 funcionários que trabalham na cozinha, manutenção e limpeza.
leva a outra. Michel Hajime
OPINIÃO
divulgação
Além de refeições na sede da entidade, também são entregues marmitas e café da manhã. No começo o projeto funcionava na edícula da presidente da entidade, fornecendo apenas marmitas em frente ao hospital. Logo começou a ganhar notoriedade e aqueles que receberam as marmitas foram aos poucos se tornando voluntários. Hoje a casa conta com dois quartos, um para homens e outro para mulheres, acomodando 15 pessoas. Vale ressaltar que a entidade não oferece nenhum tipo de tratamento médico, apenas acolhe as pessoas, de forma ampla e humanizada. Lucas Ferreira
EXPEDIENTE Redação: Igor
Bonfim, Isadora Anarilio, Jaqueline Teixeira, Michel Hajime e Nádia Periotto. Revisão:
Michel Hajime e Nádia Periotto
Diagramação: Igor
Bonfim
realização: Supervisão:
Ronaldo Nezo
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Geladeiras “matam” a fome de leitura LITERATURA. GELADEIRAS USADAS VIRAM PRATELEIRAS DE LIVROS As “geladotecas” estão ganhando as escolas de Maringá. A iniciativa é da Prefeitura de Maringá, por meio da Gerência da Juventude, que fez o projeto ganhar vida. As geladeiras descartadas foram grafitadas por 40 artistas do município, com diversos temas, e expostas no Mercadão de Maringá, no início do ano, com 800 livros disponíveis para leitura e foram espalhadas também em outros pontos, onde pode–se fazer doações de livros para o projeto ou
trocar por algum que queira ler; o objetivo é propagar a leitura. O projeto foi realizado com eletrodomésticos que seriam descartados pela população e ganham um toque de alegria de grafiteiros que deram animação à 26 geladeiras com suas artes. Adriano Bacura, gerente da Juventude, comenta que “além de oportunizar jovens artistas a mostrarem seu talento, as geladeiras promoverão a cultura da leitura para a comunidade”. Clarissa Albuquerque
conexão leitura Centro Da Juventude Rua Das Sibipirunas, 1523 · Conj. Hab. Inocente Villanova Jr. CMEI José De Anchieta Rua Visconde De Nacar, 167 · Zona 4 Escola Municipal Odilon Túlio Vargas Rua Verônica, 1257 · Jardim Iguaçú CMEI Cecilia Meireles Rua Das Azaléias, S/N · Jardim Verônica CMEI Monsenhor Kimura Rua Monsenhor Tanaka, 31 · Vila Emília
conexão conhecimento Salão Comunitário Da Vila Esperança Rua Domingos Miranda Silva, 85 · Vila Esperança Escola Laura Parente Rua Iguaçu, 332 · Vila Esperança
conexão sabedoria
CMEI Raul Pimenta Av. Ranulfo Rodrigues Da Motta, 656 · Jardim Imperial II CAC Av. Paraná, 793 · Zona 1
Faculdade Andreotte Av. Brasil, 3434 · Zona 1
Faculdade Maringá Av. Prudente De Moraes, 815 · Zona 7 Gerência Da Juventude Rua Joubert De Carvalho, 623 · Ed. Atalaia, Sala 401 A Brechó Rua Joubert De Carvalho, 623 · Ed. Atalaia, Sala 102 CMEI Dilce De Lima Ramalho Av. Mauá, 1108 · Zona 9 Rodoviária De Maringá Av. Tuiuti, 180 · Vila Nova
conexão diversão CSU Rua Haiti, 908 · Vila Morangueira Brinco Da Vila Rua Furtado De Mendonça, 613 · Vila Operária Colégio Oscar Pereira Dos Santos Rua Petúnia, 239 Escola Municipal Dr. Osvaldo Cruz Rua Otávio Perioto, 176 · Zona 1 Colégio Lins De Vasconcelos Av. Franklin Delano Roosevelt, 5485 · Conj. Hab. Requião I
Mercadão De Maringá Av. Prudente De Morais, 601 · Zona 7
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Quase ninguém sabe sobre a AFIM SAÚDE DA CRIANÇA. MARINGÁ TEM TRATAMENTO GRATUITO, MAS MUITAS PESSOAS AINDA PAGAM PELO SERVIÇO
Divulgação AFIM
A AFIM, Associação de Apoio ao Fissurado Labiopalatal de Maringá, funciona desde 1987. O objetivo da associação é possibilitar acompanhamento especializado gratuito para que o tratamento cirúrgico possa ser realizado dentro de sua cronologia e o paciente alcance a reabilitação. Hoje, apesar dos 500 pacientes cadastrados, provenientes de Maringá e 80 municípios da região, muitas pessoas não sabem da existência da AFIM e vão buscar ajuda fora, além de pagar pelo tratamento, enquanto a associação faz todo o tratamento gratuito, isso sem falar no apoio psicológico e social. A fenda palatina consiste em uma malformação facial, que surge antes do nascimento do bebê. Uma em cada 650 crianças nasce com a alteração. Nesses casos, o bebê nasce com o céu da boca aberto, com uma espécie de fenda e também falta um pedacinho na região dos lábios da criança. Ela ocorre quando não houve tecido suficiente no desenvolvimento da região da face, o que pode dificultar a alimentação do bebê e exige cuidados. O tratamento das pessoas com fissura labiopalatal deve começar o mais cedo possível. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece assistência integral para essas pessoas, desde 1994, por meio dos Centros de Tratamento
da Má Formação Labiopalatal. Esses centros são habilitados junto ao SUS de acordo com a Portaria SAS/MS nº. 62, de 19 de abril de 1994. Esses serviços possuem condições físicas, estruturais, de equipamentos e de recursos humanos para prestar o atendimento clinico, cirúrgico e de reabilitação adequados e com qualidade aos pacientes com essas deformidades. O atendimento é garantido por uma equipe multidisciplinar especializada, composta por médicos, pediatras, otorrinolaringologistas e cirurgiões plásticos, ortodontistas, fonoaudiólogos, psicólogos, geneticistas, radiologistas e protéticos, visando a uma reabilitação morfológica, funcional e psicossocial. Hoje há diversas páginas falando sobre o assunto e diversos pais se tornaram confortáveis para compartilhar com todos o que é passar pela doença. Um exemplo é o da irmã da apresentadora Ana Hickmann, Isabel Hickmann. Ela descobriu na gravidez e hoje compartilha com todos os seus seguidores sua experiência com o seu filho. Em entrevista a uma revista, ela afirmou que a primeira reação, ao saber da notícia, foi pesquisar no Google. E é isso que geralmente acontece; as pessoas ainda são leigas. Somente pais que passam pelo processo tem acesso a informação e detalhes sobre o assunto. Nádia Periotto
Saúde é um parto em Maringá DESAMPARADAS. COM A FALTA DE MÉDICOS, GESTANTES DE MARINGÁ SÃO ATENDIDAS POR CLÍNICOS GERAIS; PROFISSIONAIS ESPECIALIZADOS SÓ EM FATORES DE RISCO Maringá tem 12 especialistas para o atendimento de gestantes, quem conta é o secretário de Saúde de Maringá, Jair Biatto. Segundo ele, os demais são clínicos gerais. A cidade tem 77 profissionais em todas as unidades básicas em diferentes áreas da saúde. Porém, assim que confirmada a gravidez, a gestante passa a ter atendimento mais intensificado com o pré-natal, encontros semanais com grupos de gestantes e acompanhamento após o parto, entre outras assistências oferecidas às mães e aos bebês, mas ainda assim não é suficiente para um atendimento de qualidade. Todo o acompanhamento do pré-natal é realizado nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Dependendo do grau de complexidade da gravidez, as gestantes recebem apoio de médicos do Hospital Santa Casa e do Hospital Universitário. A cidade conta com um programa chamado Rede Mãe Paranaense, que permite que todas as mulheres grávidas e passem pelo atendimento com o médico e a equipe de enfermagem. Quando mais cedo a gestante começar o acompanhamento, melhor. Se for detectado algum problema, ela conseguirá tratar.
“Como posso ter a certeza que o meu bebê está 100% bem?”
O clinico geral, identificado como “médico da família”, faz acompanhamento da gestante, bebês e idosos. Se ele atestar que a gestante sofre algum fator de risco, aí sim ela é transferida para ser atendida com um especialista. Tudo depende do grau de necessidade. O atendimento com médico do Programa Saúde da Família gera controvérsias. Priscila Cardoso, estudante e gestante de 22 semanas, não tem nada do que se queixar. Descobriu a gravidez bem no comecinho e foi muito bem assistida por toda a equipe, Priscila diz: “assim que eu fui no posto agendar uma consulta, eu recebi na minha casa uma agente de saúde para dar início ao meu pré-natal e tirar todas as minhas dúvidas. Venho sendo atendida pela médica da saúde e me sinto muito confortável com os atendimentos”. Já Rosângela Elisa de Matos é vendedora e gestante de 34 semanas, acha um verdadeiro descaso a falta de médicos. “A gente fica grávida e espera receber todo tipo de assistência. Pagamos impostos e merecíamos no mínimo uma atenção especializada. Estou com aproximadamente oito meses de gestação e não passei nenhuma vez pelo ginecologista. Como posso ter a certeza que o meu bebê está 100% bem?”. A Secretária de Saúde de Maringá alega que os médicos da família são capacitados para atender as gestantes e não há o que temer. Para o secretário Jair Biatto, a forma como os atendimentos acontecem funciona positivamente para o município, mas já foi aprovada a contratação de novos médicos especialistas. Nádia Periotto
Jackson Yonegura
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entrevista
“Para nós professores, falta um pouco de apoio, de material, porém trabalhamos com amor.” KÁTIA DANIELA DA SILVA ESTROTI. “TODO O BRASILEIRO TEM O DIREITO DE ESTUDAR, ISSO É FEITO POR MEIO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA” A educação infantil é de fundamental importância para a formação de ideias, personalidade e o desenvolvimento cognitivo das crianças, que vão levar esses conhecimento ao longo de toda a vida. Por isso, esse direito de aprender não pode ser negado a qualquer criança, adolescente e, até mesmo, adulto. No entanto, pessoas portadoras de necessidades especiais – físicas ou mentais – podem encontrar dificuldades para se matricular em escolas ou colégios tradicionais. Visando maior índice de inclusão social para pessoas especiais, a Lei de Diretrizes e Base da Educação (LDB) tem como principal objetivo a inclusão de crianças no ensino regular. Por isso, assim como as escolas precisam se adequar às exigências da lei, os profissionais também necessitam se capacitar de acordo com o exigido. E é para este público que surgiu o curso de Educação Especial, que habilita o professor a ser o profissional que irá prestar apoio na educação e atendimento de pessoas com deficiência. Em entrevista, a professora Kátia Daniela da Silva Estroti, especializada em educação especial e cursando psicopedagogia na Unicesumar, falou um pouco mais sobre esse assunto. Qual é a diferença entre a educação especial e a educação inclusiva? A educação especial não possui um papel de integrar o educando na sociedade em função de simplesmente preparar para as atividades básicas do cotidiano por ela ser aplicada de uma certa forma fora do contexto escolar. Já a educação inclusiva é aplicada dentro do contexto escolar, dentro de uma escola regular. Então, nós professores, temos o papel de, além de integrar o aluno na sociedade, fazer com que ele acompanha as demais crianças, então aí já entra o cognitivo que é o português, matemática e ciências. E essa é a maneira diferente de ensinar o que é trabalhado.
O que o professor deve fazer ao receber um aluno com deficiência? Como nós professores estamos trabalhando com vários tipos de deficientes e são novas doenças, novos casos. Primeiro de tudo precisamos de um laudo que é prescrito pelo médico do aluno e em cima desse laudo nós iremos trabalhar de uma maneira que atenda a deficiência do aluno, para que assim possamos fazer um planejamento exclusivo para este aluno, para que ele consiga acompanhar a turma, mas trabalhando de uma forma diferenciada porque a anormal a geral com certeza ele não vai acompanhar. Existe alguma escola que trabalha especificamente com alunos especiais? Sim. Como por exemplo os autistas que tem uma escola em Maringá que trabalha exclusivamente só com os eles que é basicamente área em que Kátia trabalha. E já na rede pública eles têm direito a uma professora exclusiva, que atende exclusivamente eles dentro de sala. Além da professora regente um tem a professora regente dois, que é que vai cuidar desse aluno especialmente onde ela vai trabalhar com ele de uma forma diferenciada, que é direito do aluno por lei. Como é trabalhar com um aluno(a) que tem autismo dentro da sala de aula? Normalmente quando um aluno autista ele vai pro ensino regular ele é autista grau leve, grau médio e o severo. Esse aluno nós professores temos que trabalhar sempre com a antecipação onde nós professores sabemos onde vai dar crise nele e assim cuidar para que não aconteça essa crise. Porque se ele chegar nessa crise tem que aguardar uns 10 minutos, esperar ele retornar, voltar em si para que possa conseguir trabalhar novamente. No caso dos autistas como qualquer outra deficiência é
uma caixinha de de surpresa, que o nós professores chegamos com com o planejamento para aplicar sendo que tem dia que consegue aplicar e tem dia que não consegue e outro dia que tem que trocar toda sua estratégia, dinâmica e estar sempre uma carta na manga, porque depende muito do dia e o estado que eles vão estar. O que de fato é uma escola inclusiva aqui no Brasil? Para nós professores, falta um pouco de apoio, de material, porém trabalhamos com amor. E quando chegar uma criança para ser inserida com inclusão, com certeza o professor(a) vai se desdobrar, vai buscar, vai procurar para que ele(a) atende essa criança da melhor maneira possível porque a gente não podemos colocar criança de canto. Objetivo da educação especial ajuda em geral o aluno ou não ajuda? A educação especial sim ela ajuda, porque depende dos graus em vários de deficiências. No geral a educação especial ela vai preparar o aluno para ele conseguir realizar as tarefas do dia dia como por exemplo ir ao banheiro, mercado pegar um ônibus essas tarefas corriqueiras. Existe uma diferença entre o aluno com deficiência e o aluno que não tem deficiência? É o mesmo, porém as formas de ensino são diferentes. O aluno deficiente se ele é restrito só pode ir com ele até ser certo ponto, agora quanto mais ele souber e quanto mais ele absorver da aprendizagem ele vai subindo de gruas.
Nas escolas públicas têm crianças especiais? E qual é o grau de cuidados com essas crianças? E o que a escola faz para que essas crianças não se sinta isoladas? Tem sim, inclusive o meu o meu filho ele é autista e ele estuda numa escola pública. O grau de cuidado com essas crianças é sempre estar se antecipando por exemplo, se uma criança especial dependendo da deficiência ver uma pessoa estranha pode acarretar uma crise nela, por ela não saber se comportar, por ela não saber o que essa pessoa quer, por ela não conseguir se comunicar, tudo depende. A inclusão social ela não está só no contexto do ensinar, ela está no contexto da vivência, assim a escola vai desenvolver projetos, gincanas e brincadeiras a aonde ela consiga incluir esses alunos com as demais crianças, para que até mesmo essa criança não sofra bullying. Jaqueline Teixeira
crônica
Só quero ser eu
Não entendia porque eles não me deixavam brincar. Às vezes eu gritava e chorava, mas aquele barulho me incomodava tanto. Nesses momentos, só minha mamãe para me acalmar. Um dia, eu ganhei um fone que não deixava passar nenhum barulho, fiquei tão feliz. Adoro estudar os elefantes, sei tudo e mais um pouco sobre eles. Esses animais foram meus companheiros durante muito tempo. Não perdia um programa sobre eles. São animais muito amáveis. Quero conhece-los pessoalmente, vai ser incrível. Algumas mamães diziam que eu era perigoso e assustava seus filhos. Nunca quis machucar ninguém, sou uma criança normal, só quero brincar e viver em paz, sem barulho, por favor! Uns dizem que sou autista, outros dizem que tenho TEA, não sei muito bem o que é isso. Na verdade, sou o Léo, uma criança de 10 anos. Não sou diferente de ninguém, tenho o meu jeitinho, será que podem me respeitar? Guilherme Garcia
Renata Penzani
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A arte do circo em evidência CULTURA. OFERTA E PROCURA POR CURSOS CIRCENSES AUMENTARAM NA CIDADE CANÇÃO .“O Teatro é uma das mais importantes forma de se expressar artisticamente, possibilita o desenvolvimento total do aluno” essa é a fala do ator Vinícius Noda que foi em busca pelo teatro circense a partir da necessidade de melhorar o desempenho na graduação de pedagogia. Noda trabalha como palhaço por meio das artes cênicas e como profissional da área explica que “as aulas favorecem a expressão corporal, incluindo alongamentos para preparação física e cuidados com o corpo para a aula, realizando jogos que buscam melhorar a coordenação motora, a resistência física, a força, a flexibilidade e o equilíbrio”. Há alguns anos, tem tido uma grande quantidade de cursos voltados a arte do circo em Maringá, a maioria delas como palhaço na produção teatral e tecido, esse muito encontrado em academias, e trate-se de uma dança aérea feita suspensa em um tecido especial. Mas para quem não pode pagar, o tradicional grupo Circo Teatro Sem Lona abriu um curso de forma gratuita para o público infantil com duas turmas, uma de sete a dez anos e outra de 11 a 15 anos. Oportunidade que surgiu devido ao projeto Territórios Culturais em parceria com a prefeitura, possibilitando a realização do curso que terá seis meses de duração.
Segundo a assessora de comunicação da secretaria da cultura Caryn Bertazzoni, vários projetos foram contemplados com a lei de incentivo que estava parada desde a gestão anterior, a implantação e execução era uma reivindicação dos artistas da cidade. Assim, o secretário da cultura Miguel Fernando se reuniu com os profissionais da cidade ouvindo os pedidos e solicitações e colocando em prática a lei de incentivo que deu origem ao projeto do Circo Teatro Sem Lona e também beneficiando assim vários setores culturais e artistas da cidade. E para quem pensa que o curso ficará só na palhaçada está muito enganado. As aulas vão de linguagem circense dos palhaços, malabares, equilibristas, acrobatas e mágicos, além de desenvolver habilidades corporais e interpretativas. Quem tem mais de 15 anos e não pode se inscrever dentro do projeto em parceria com a prefeitura também pode se inscrever no curso pago, assim não tem como ficar fora do picadeiro e se apresentar para o respeitável público da cidade canção. Michel Hajime
crônica
RESPEITÁVEL PÚBLICO! Existe um lugar no mundo onde tudo tem um toque de irrealidade. Apenas um lugar no mundo que te puxa para o alto sem nunca tirar os pés do chão. Um lugar que te faz sentir num sonho sem nem considerar fechar os olhos. O fascínio do circo está em seus detalhes. Do passo confiante do acrobata ao brilho no olhar da criança, ele envolve, arranca palavras, prende a atenção e deixa a magia preencher. Porque, sem dúvida alguma, ninguém poderia dizer que não há magia. Ela entremeia entre as tendas e circunda cada ato. Está na leveza do tecido, na doçura do palhaço, na elegância da contorcionista, na coragem do trapezista e na audácia daquele que maneja o fogo. É no picadeiro que a familiaridade do clássico e a excitação do desconhecido se
encontram, abrindo portas para lugares que pensávamos conseguir atingir apenas através da imaginação. Mas ele é real. Está ali, erguido sobre suas imponentes tendas, envolto por todas as luzes, sons e fantasias, pronto para te envolver em seu abraço. E uma vez que você adentra suas portas, é impossível sair. Tudo que o circo é e representa está dentro de você. Agarre com força todos esses sentimentos e sensações porque logo ele vai embora, levando sua magia para outros ares e deixando para trás lembranças que tempo nenhum apaga. Por mais incomum e curioso que o mundo circense possa parecer, é ali que muitos aspectos do mundo exterior passam a fazer mais sentido. Bruna Cruz
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Triste olhar de um pobre cego: Ensaio sobre a cegueira Assim, como o livro Ensaio sobre a cegueira, o filme, Cegueira, narra a história de um grupo de pessoas que, repentinamente, são pegas por uma “cegueira branca”. Elas são colocadas em quarentena pelo governo em um antigo hospital psiquiátrico e, enquanto isso, o mundo lá fora começa a sofrer com essa mesma cegueira. Podemos assistir ao filme, principalmente, pelo olhar da mulher do oftalmologista, que é a única a não ficar cega e, por isso, é a personagem que mais sofre durante o longa. A razão pela qual ela não é afetada pela cegueira, não é mostrada no filme, mas é possível deduzir que pessoas como ela, são importantes para que nós possamos entender, com clareza, a vida e sociedade, como de fato são. Não existe apenas essa metáfora no filme. Ele é cheio de interpretações! A Cegueira Branca é o brilho da luz que cega, o excesso de informações sem ordem que confunde, em vez de esclarecer, e não deixa ver como o
mundo de fato é. Ela, acima de tudo, é uma metáfora para a hipocrisia da sociedade. O tempo todo o filme questiona através dessas metáforas: até quando as pessoas aceitarão estar cegas aos problemas sociais. O filme mostra o quanto o homem ainda é capaz de sentir orgulho, mesmo em situações em que a ajuda do próximo é indispensável e os direitos são iguais. A caracterização dos personagens também é algo para ser destacado. Em “Cegueira”, ninguém possui um nome e, por isso, os personagens acabam sendo diferenciados por julgamentos prévios, sem conhecermos a pessoa, de fato. Como por exemplo, o cara da padaria, a gordinha, o velho safado, a periguete. Como um choque de realidade, “Cegueira” é o filme certo para refletirmos sobre a sociedade e a vida. Vale à pena conferir! Sofia Pinheiro
Maringá, a cidade onde ninguém mais lê É verdade quando dizem que os amantes pelas palavras desenhadas no papel se foram? Em tese e a grosso modo, sim. Mas quem generaliza é como que se não enxergasse, e os clubes literários existentes em Maringá e uma das medidas para redução de pena no Paraná podem confirmar isto. Certos de que a tecnologia tem acelerado as informações e colaborado para as pessoas conseguirem tudo “de mão beijada”, os livros acabaram ficando, aos poucos, apenas como itens decorativos e como guerreiros sobreviventes nas prateleiras das livrarias e sebos da cidade. Antes os livros eram usados não só para entreter, mas também como forma de alcançar conhecimento. Lembrando aqui que eram vendidos cerca de 120 mil exemplares por ano da famosa Barsa em seu ápice e hoje os adolescentes e jovens não sabem nem o que são. Quando pensamos no todo, notase que a sociedade perdeu o costume de passar horas procurando qual livro levaria para casa. Afinal, uma pesquisa de 2015 do Ibope sobre Índice de Leitura no Brasil, afirmou que apenas 56% dos entrevistados afirmaram ter lido pelo menos um livro (ou parte de um) nos últimos três meses. E em Maringá não é diferente. Mas nem tudo está perdido! A cidade tem, no mínimo, seis clubes literários com o intuito de fomentar a prática de leitura e incentivar futuros leitores assíduos. Os encontros são mensais, em sua maioria, para discutir livro previamente escolhido pelos participantes. E o melhor, são todos sem limite de idade e totalmente gratuitos! Os clubes contam com vários objetivos além do incentivo à leitura. O
“Bons Casmurros” fundando em 2013 pelo jornalista Victor Simião, “Amigos de Palavra” fundado em 2015 pela inciativa do projeto “Irmãs de Palavra” e o “Clube do Livro Maria do Ingá” leem diversos gêneros e buscam a troca de ideias entre os participantes. O “Leia Mulheres”, criado pelas leitoras Juliana Gomes, Juliana Leuenroth e Michelle Henriques, busca o estímulo à literatura escrita por mulheres. Já o “Clube de Leitura da Biblioteca Municipal” foca na discussão acerca da literatura clássica. E existe ainda o “Clube do Livro da PUC” que conta com uma proposta diferencial: o objetivo é convencer os demais presentes no encontro a lerem o livro que você está sugerindo. E se pensam que os motivos para a leitura voltar a ser um hábito ficam apenas no lazer e conhecimento, pensaram errado. O projeto “Remição pela Leitura”, criado pela Secretaria Estadual de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, tem por objetivo despertar nos presidiários o interesse à leitura e ao estudo como forma de reduzirem suas penas. Tendo acesso a um livro mensal, os detentos escrevem um relato ou uma resenha a respeito do que foi lido e, caso alcancem nota superior a seis, têm quatro dias de pena reduzidos! A educação não é apenas prevenção, mas também forma de resolver os problemas. O que você está esperando para sair do seu sofá e pegar aquele livro empoeirado da estante a fim de adentrar no mundo do intelecto e da imaginação que te espera nas entrelinhas? Thaiane Mello
Chargeando por Gilberto Hein
Indicação de leitura:
Paixões Gregas Uma leitura sobre vingança, diversão, ação, drama e romance, você P-R-E-C-I-S-A ler a série Paixões Gregas da autora Mônica Cristina. Uma brasileira apaixonada por escrita e que lançou seus primeiros livros físicos aos 46 anos, em 2018. Clarissa Albuquerque
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CONEXÃO MARINGÁ
10 MOTIVOS PARA
Não é à toa que nossa cidade foi eleita, duas vezes, a melhor cidade para se viver no Brasil pelo IDGM (Índice Desafios da Gestão Municipal), idealizado pela consultoria Macroplan. Pensando nisso, listamos alguns dos motivos que fazem com que ela seja assim, irresistível!
AMAR MARINGÁ
Raphaela Sitko
CPM Maringá
Maringá é amplamente arborizada, fato que ameniza as altas temperaturas da cidade. O centro e os locais mais arborizados são frescos e confortáveis, além de que formam um charmoso corredor de sombras naturais.
A UEM é uma das melhores universidades estaduais do Brasil e está aqui pertinho da gente. O cenário universitário da cidade é grande, e a UEM é um “ente querido” entre todos daqui!
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Voltando ao mundo universitário… além da UEM, aqui temos várias outras faculdades de ensino presencial e à distância. Podemos contar mais de 10 instituições de ensino superior na cidade, isso faz com que o selo de cidade universitária caia perfeitamente sob Maringá.
A Catedral Basílica Menor Nossa Senhora da Glória. A construção em forma de cone enche os olhos de quem a visita. Cheia de história e beleza, tem 124 metros de altura e é o símbolo da nossa cidade, além de ser o maior monumento religioso da América do Sul e o 25º do mundo em altura.
Maringá é uma segunda casa dos japoneses no Brasil. Aqui colônia japonesa é muito grande, então não se assuste ao ver tantos olhos puxados andando pela rua! Eles, com certeza, contribuíram muito para o desenvolvimento da nossa cidade.
A cena cultural da cidade é muito vasta e se fortalece a cada dia. Aqui o incentivo às manifestações artísticas é levado com afinco, tanto que podemos contar com uma agenda cultural semanal gratuita.
Ciclovias e lugares para fazer exercícios ao ar livre? Aqui tem de montão. Temos parques para fazer caminhada, sentir o cheirinho da natureza, sentar para fazer piquenique. Para quem gosta de andar de bike, temos vários quilômetros de ciclovia prontos e outros sendo construídos. Tudo isso visando a melhora da saúde da população e incentivo às atividades físicas.
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Maringá é uma cidade nova, e está em desenvolvimento constante. As ruas foram feitas para serem largas e as avenidas sempre se direcionam para alguma rotatória. Aliás, vista de cima, Maringá é cheia de curvas por causa delas.
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A cidade tem diversas feiras orgânicas e hortas comunitárias para que os moradores possam descartar seus resíduos orgânicos. Esse descarte contribui com o plantio de alimentos que não carregam produtos químicos nocivos à saúde.
Aqui é feito o melhor Hot-Dog (cachorro quente) do mundo! O cachorro quente prensado já se tornou prato tradicional da nossa cidade, e você pode confiar: todos são muito bons. A cada esquina você encontra um carrinho ou alguma casa de lanches para se deliciar com o que sabemos fazer de melhor.
DIZEM QUE MARINGÁ É QUASE PERFEITA, SÓ NÃO É PERFEITA POR QUE NÃO TEM PRAIA. E NÃO É QUE É ISSO MESMO?