o jornal da comunidade Edição de Dezembro/Janeiro - Ano 2016/17 - Número 109
Magnificat é uma publicação da Paróquia Nossa Senhora da Conceição
FESTA DA IMACULADA
COROA DO ADVENTO
DUAS ATITUDES DE MARIA MODELO DE PREPARAÇÃO PARA O NATAL
Pág. 2
A SAGRADA FAMÍLIA Amoris Laetitia - A Alegria do Amor Pág. 4
PLANO PASTORAL
Pág. 6
Pág. 5
A assembleia paroquial elaborou um plano que deverá ser implantado e executado por cada paroquiano. A história paroquial é construída a cada dia, por cada um de seus filhos, sob a proteção da Mãe Imaculada. Pág. 5
NATAL: FESTA DA HUMANIDADE DE DEUS E DA COMENSALIDADE HUMANA
ANO MARIANO
Pág. 5
RETROSPECTIVA 2016 NAS COMUNIDADES DA PARÓQUIA E NA MATRIZ Pág. 5
Pág. 7
DEZEMBRO/JANEIRO 2016/17 - PÁG. 02
PALAVRA DO PÁROCO/MARIOLOGIA
PALAVRA DO PÁROCO Caros leitores e leitoras! É chegado o Tempo do Natal. Antes, em preparação, vivenciamos o Tempo do Advento que nos trouxe a Coroa e a cada domingo chamou nossa atenção: acolher a vela da esperança, da paz, da alegria e do amor. ´Bendito sejas, pela luz de Cristo, sol de nossa vida, a quem esperamos com toda a ternura do coração’. Por um ano, desde 12 de outubro de 2016, a Igreja no Brasil celebrará o Ano Mariano em preparação à grande festa da aparição de nossa padroeira nas margens do rio Paraíba do Sul. São trezentos anos de fé, firme como Maria, mesmo diante das dificuldades e que devemos seguir o exemplo. Neste contexto celebrativo, nos reunimos em assembleia paroquial para elaborar um plano que deverá ser implantado e executado por cada paroquiano, seja na Matriz ou nas Comunidades. A história paroquial é construída a cada dia, por cada um de seus filhos, sob a proteção da Mãe Imaculada. A Mãe cuida da família, a nossa família particular. Por isso, trouxemos até você um pequeno texto sobre a exortação apostólica do Papa Francisco: Amoris Laetitia – A Alegria do Amor. Sabemos que é complexo, mas necessário se faz estudar e perceber o cuidado da Igreja sobre nossas famílias. Sugiro que aprofundem a leitura, adquiram o texto ou baixem na internet, mas estudem. É preciso olhar pra si e buscar a ternura nos lares, a mesma ternura da Sagrada Família de Nazaré. Por último, trago a minha mensagem de Natal para cada um. Transcrevi um texto de Leonardo Boff para nossa reflexão. Natal não é a festa do Papai Noel, nem do consumo, como se tornou. Natal é a festa da humanidade de Deus. O que vamos colocar na manjedoura neste Natal? E durante todo o ano? Nestes tempos de mudança, desejo que permaneçam firmes como Maria diante da cruz. Um santo Natal pra você e sua família. Que cada dia do ano de 2017 seja dia de Natal. Fraternalmente, no Cristo crucificado ressuscitado! Pe. José Rocha, CP EXPEDIENTE Magnificat, é uma publicação bimestral da Paróquia Nossa Senhora da Conceição. Comitê Editorial: Endereço: R. Nsa. Sra. Imaculada Conceição, 114, Km 18 Osasco - SP - Fone 3608-7111/3607-3139 Pároco: Pe. José Rocha Cavalcanti Filho, cp Jornalista: A comunidade Produção: Pastoral da Comunicação Impressão: O Diário Tiragem: 1.000 unidades Distribuição: Pastoral da Comunicação
DUAS ATITUDES DE MARIA MODELO DE PREPARAÇÃO PARA O NATAL
A fé de Nossa Senhora e a capacidade da Mãe de Cristo de reconhecer o tempo de Deus, são duas atitudes que nos servem de modelo para preparar o Natal. Ele nos convida a fixarmos o nosso olhar nesta jovem simples de Nazaré, no momento em que se disponibiliza para a mensagem divina com o seu "sim" e captarmos dois aspectos essenciais da sua atitude, que deverá ser modelo para nos prepararmos para o Natal. Em primeiro lugar, a sua fé, a sua atitude de fé, que consiste em escutar a Palavra de Deus para se abandonar a essa Palavra com plena disponibilidade de mente e de coração. Ao responder ao Anjo, Maria disse: "Eis aqui a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a vossa palavra" (lc 1, 38). No seu "sim" cheio de fé, Maria não sabe por que caminhos se deverá aventurar, que dores deverá padecer, que riscos enfrentar. Mas está consciente de que é o Senhor quem pede e ela fia-se totalmente n'Ele, abandona-se ao Seu amor. Esta é a fé de Maria. Outro aspeto é a capacidade da Mãe de Cristo de reconhecer o tempo de Deus. Maria é quem tornou possível a encarnação do Filho de Deus, "revelando um mistério que foi guardado em segredo desde a eternidade" (Ro 16, 25). Tornou possível a encarnação do Verbo precisamente graças ao seu "sim" humilde e valente. Maria
ensina-nos a compreender o momento favorável em que Jesus passa pela nossa vida e pede uma resposta rápida e generosa. Com efeito, o mistério do nascimento de Jesus em Belém, que teve lugar historicamente há mais de dois mil anos, ocorre como evento espiritual, no "hoje" da Liturgia. O Verbo, que encontrou morada no seio virginal de Maria, na celebração do Natal vem bater novamente ao coração de cada cristão. Passa e chama. Cada um de nós está chamado a responder, como Maria, com um "sim" pessoal e sincero, pondo-se plenamente à disposição de Deus e da Sua misericórdia, do Seu amor. E, quantas vezes passa Jesus pela nossa vida. E quantas vezes nos envia um anjo. E quantas vezes não nos apercebemos porque estamos tão ocupados e imersos nos nossos pensamentos, nos nossos assuntos e, mesmo, nestes dias, na nossa preparação do Natal, que não nos apercebemos que Ele passa e bate à porta do nosso coração, pedindo acolhimento, pedindo um "sim", como o de Maria. Papa Francisco Por Maria do Socorro Marco da Silva Ministra da Palavra Fonte: Libreria Editrice Vaticana
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CAMINHADA DA IGREJA NA HISTÓRIA/VOCAÇÕES LEIGAS
CAMINHADA DA IGREJA NA HISTÓRIA
O surgimento das ordens mendicantes Durante o século XI ao XIII, a cristandade e a Igreja Católica passaram a sofrer profundas alterações, em decorrência da reforma e crescente sacralização da Igreja. Entenda-se por reforma a ideia de mudança, de dar uma nova forma para algo; já a palavra sacralização, não apenas a ideia de tornar santa a Igreja, mas principalmente, a semântica de separar. A Igreja, se esforçará em separar o poder laico, do poder espiritual, ou seja, trata-se de impedir quaisquer intervenções na administração eclesiástica. No último artigo foi trabalhado a ideia de que os reis e imperadores medievais estavam envolvidos na escolha dos papas, escolhendo em certos casos por questões de interesses, gerando corrupção e momentos de tensão dentro e fora da Igreja. Misturam-se interesses puramente “mundanos”, de cunho econômicopolítico, com autênticas aspirações religiosas. Fenômeno desta cristandade são as cruzadas, expedições de caráter militar-religioso para conquistar a Terra Santa em poder dos muçulmanos (século XI-XIII). Além disso, há o processo de passagem da arte românica, para a arte gótica. Afinal de contas, a igreja de pedra também sofria alterações: os novos conhecimentos arquitetônicos durante a Idade Média permitiram também trazer uma nova entonação para o cristianismo, com uma nova espiritualidade que as igrejas góticas exalavam. Era um novo projeto ideológico. Estas igrejas tinham aspectos inovadores com a adoção dos arcos ogivais, a abóbada sobre cruzeiro de ogivas e o arcobante; através desta combinação, conseguia-se uma profunda
luminosidade dentro do edifício, trazendo aos fiéis um sentimento de segurança e de paz, além de vitrais grandiosos que retratavam as cenas bíblicas e permitiam que os pobres iletrados pudessem melhor compreender os sermões dos padres. Um dos aspectos mais marcantes destas alterações, é o surgimento de movimentos que buscam maior autenticidade evangélica. São as ordens mendicantes. Através destas, a Igreja conseguirá realizar duas importantes tarefas: a evangelização e a catequização. Inicialmente podemos falar sobre a figura de São Francisco. Nascido entre 1181 e 1182 na cidade de Assis, na Itália, caracteriza-se por ser um homem que em meio aos desejos de sua família, entrega-se à vida religiosa decidindo viver o evangelho de Cristo segundo tal qual como ele o é, a partir da penitência e da oração. Um dos primeiros episódios interessantes sobre a vida de São Francisco é quando ele vai até a igreja de São Damião e supostamente diante de um crucifixo, a imagem de Jesus havia se projetado até ele e feito um pedido: Vá e reconstrói minha igreja. São Francisco atende ao seu pedido e passa a reconstruir a Igreja de pedra, ajudando a revitalizar igrejas da cidade, inclusive a de São Damião que estava em ruínas. Mas a missão de São Francisco era além de ser apenas um pedreiro. Em uma espécie de gesto concreto de sua conversão, vai até praça pública e se desnuda, um ato simbólico, renunciando as suas posses paternas. Abraça o ideal de evangelização através da simplicidade, vivendo a riqueza da pobreza, uma ideia forte, causando impacto até mesmo para a própria Igreja Católica, diante de um homem que decidia não fugir do mundo, mas ir até ele para viver a “santidade”. Ao mesmo tempo em que São Francisco de Assis ajudava a Igreja Católica com as novas práticas de evangelização, uma ordem também surgia contemporaneamente, a ordem dos dominicanos. Em contraste a uma vida voltada a ideia de transmitir o evangelho com facilidade e com ações, os dominicanos têm como base a catequização, através da pregação, apoiada pelos estudos, oração e penitência, guiada por Domingo de Guzmán. Além das ordens franciscana e dominicana, outras ordens mendicantes também surgem nesse contexto: a ordem dos carmelitas e dos eremitas de Santo Agostinho. Todas estas fundem as suas especialidades e passam a suprir as tarefas de
evangelização e catequização. Eles centram a sua ação ou apostolado na oração, na pregação, na evangelização, no serviço aos pobres e nas demais obras de caridade. Os mendicantes foram homens que viveram profundamente os problemas de sua época e abraçaram seus ideais, suas lutas e suas conquistas, superando-as, entretanto naquilo que se desviava do ideal do Evangelho. O maior impacto que os mendicantes provocaram na Igreja e na sociedade do seu tempo foi a pobreza, tratada não apenas como uma ascese moral, numa comunidade fraterna de bens, mas como a condição institucional do reino de Deus neste mundo. Sabemos que a pobreza foi sempre uma questão candente na Igreja. Jamais perdeu sua atualidade. E por que? Porque a pobreza é o símbolo maior do Evangelho: “(...) e indo, pregai dizendo: é chegado o Reino dos Céus. Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, limpai os leprosos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai. Não vos provereis de ouro, nem de prata, nem de cobre, em vossos cintos; nem de alforje para o caminho, nem de duas túnicas, nem de bordão; porque digno é o trabalhador do seu alimento(...)” (Mt 10,7-10) A Igreja sabe que seu Senhor e Mestre preferiu os pobres. E é entre eles que, normalmente, encontra-se. O grande mérito das Ordens Mendicantes é sem dúvida o de ter aberto perspectivas para os excluídos medievais: doentes, leprosos, miseráveis e marginalizados de todos os tipos. Paralelo à evangelização e catequização, os monges reforçaram a ideia do celibato eclesiástico e colocaram as bases de uma nova visão do ministério sacerdotal. O Concílio de Latrão (1139) irá radicalizar e definir a universalização da lei do celibato. Neste contexto, também surgem as heresias, de grande influência ao povo e de extremo rigorismo e pobreza, uma oposição aos abusos eclesiásticos da época. A Inquisição surgiu como resposta às heresias, para combatê-las. O poder temporal executava os hereges condenados pela Inquisição. Muita gente inocente morreu e a defesa da fé, com opressão, prejudicou a evangelização. Texto base: VELASCO, Rufino, A Igreja de Jesus.
Por Vanderlei Nichetti
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MATÉRIAS DE CAPA
A COROA DO ADVENTO
Advento (do latim Adventus: “chegada”), é o primeiro tempo e início do Ano litúrgico, o qual antecede o Natal. Para os cristãos, é um tempo de preparação e alegria, de expectativa, onde os fiéis, esperando o Nascimento de Jesus Cristo, vivem o arrependimento e promovem a fraternidade e a Paz. Nessas quatro semanas, tanto as leituras como os cânticos, nos levam a meditar sobre a espera pela vinda de Jesus Salvador. É um tempo de músicas alegres e festivas pois é o preparo para uma das maiores festas cristãs, que é o Natal. Um dos símbolos mais tradicionais utilizados em todas as igrejas é a Coroa do Advento. Ela surgiu na Alemanha, no século XIX, nas regiões evangélicas situadas ao norte. Os colonos, para comemorarem a chegada do Natal, a noite mais fria do ano, acendiam fogueiras e sentavam-se ao redor. No início do século vinte, os católicos adotaram o costume de colocar a coroa nas suas igrejas e casas. No Brasil, o uso certamente provém dos missionários que vieram da Alemanha, ou de brasileiros que, tendo conhecido o uso da coroa na Europa, a introduziram nas comunidades. Podemos dizer que ela constitui um hino à natureza que se renova, à luz que vence as trevas, um hino a Cristo, a verdadeira Luz, que vem para vencer as trevas do mal e da morte. É sobretudo, um hino à vida que brota da verdadeira Vida – Jesus. A mensagem que a Coroa do Advento nos traz é entendida a partir do significado de cada símbolo com a qual é ornada. A coroa tem a forma de círculo, que não tem princípio nem fim, em sinal do amor de Deus, que é eterno, e também do nosso amor a Deus e ao próximo, que nunca deve terminar. Além disso, o círculo dá uma ideia de “elo”, de união entre Deus e as pessoas, como uma grande “Aliança”. Os ramos verdes simbolizam esperança e vida. Deus quer que esperemos a Sua graça, o Seu perdão misericordioso e a glória da Vida Eterna no final de nossa vida. A fita e o laço vermelhos que envolvem a Coroa simbolizam o amor de Jesus Cristo, que se torna homem. Os detalhes dourados prefiguram a glória do Reino que virá. As bolas simbolizam os frutos do Espírito Santo que brotam no coração de cada cristão e as quatro velas da coroa indicam as semanas do Advento, as quatro fases da história da Salvação preparando a vinda do Salvador. A cada semana é acesa uma vela, aumentando a luz, até chegar na grande festa que proclama Jesus Cristo como Salvador. O ato de acender uma a uma representa a progressiva vitória da Luz sobre as trevas. “Deixe a Luz do Céu entrar”. Por Arnaldo de Barros Pastoral da Comunicação Sites pesquisados:criartes.webnode.com.br, santuariodefatima.org.com.br (Ir. Veronice Fernandes)
A SAGRADA FAMÍLIA
Sagrada Família - Amoris Laetitia – A Alegria do Amor No dia 19 de março do corrente ano, solenidade de São José, o Papa Francisco publicou a Exortação Apostólica Amoris Laetitia – A Alegria do Amor. Esse documento nasceu após o Sínodo dos Bispos de 2014 e 2015. É um texto complexo e que merece e dever ser estudado por todos os fieis leigos, capítulo por capítulo. A carta inicia afirmando que A ALEGRIA DO AMOR que se vive nas famílias é também o júbilo da Igreja. À luz da Palavra, a Bíblia aparece cheia de famílias, gerações, histórias de amor e de crises familiares, desde as primeiras páginas onde entra em cena a família de Adão e Eva, com seu peso de violência mas também com a força da vida que continua (cf. Gn 4), até às últimas páginas onde aparecem as núpcias da Esposa e do Cordeiro (cf. Ap 21, 2.9). As duas casas de que fala Jesus, construídas ora sobre a rocha ora sobre a areia (cf. Mt 7, 24-27), representam muitas situações familiares, criadas pela liberdade de quantos habitam nelas, porque – como escreve o poeta – «toda a casa é um candelabro» (AL, 8). Então, “de qual família bíblica você gosta? Qual delas fala a você e à sua família de um modo especial?” Como distintivo dos seus discípulos, Cristo pôs sobretudo a lei do amor e do dom de si mesmo aos outros (cf. Mt 22, 39; Jo 13, 34), e fê-lo através dum princípio que um pai ou uma mãe costumam testemunhar na sua própria vida: «Ninguém tem maior amor do que quem dá a vida pelos seus amigos» (Jo 15, 13). Frutos do amor são também a misericórdia e o perdão (AL, 27). No horizonte do amor, essencial na experiência cristã do matrimônio e da família, destaca-se ainda outra virtude, um pouco ignorada nestes tempos de relações frenéticas e superficiais: a ternura (AL, 28). Com este olhar feito de fé e amor, de graça e compromisso, de família humana e Trindade divina, contemplamos a família que a Palavra de Deus confia nas mãos do marido, da esposa e dos filhos, para que formem uma comunhão de pessoas que seja imagem da união entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Por sua vez, a atividade geradora e educativa é um reflexo da obra criadora do Pai. A família é chamada a compartilhar a oração diária, a leitura da Palavra de Deus e a comunhão eucarística, para fazer crescer o amor e tornar-se cada vez mais um templo onde habita o Espírito (AL, 29) Cada família tem diante de si o ícone da família de Nazaré, com o seu dia-a-dia feito de fadigas e até de pesadelos, como quando teve que sofrer a violência
incompreensível de Herodes, experiência que ainda hoje se repete tragicamente em muitas famílias de refugiados descartados e inermes. Como os Magos, as famílias são convidadas a contemplar o Menino com sua Mãe, a prostrar-se e adorá-Lo (cf. Mt 2, 11). Como Maria, são exortadas a viver, com coragem e serenidade, os desafios familiares tristes e entusiasmantes, e a guardar e meditar no coração as maravilhas de Deus (cf. Lc 2, 19.51). No tesouro do coração de Maria, estão também todos os acontecimentos de cada uma das nossas famílias, que Ela guarda solicitamente. Por isso pode ajudar-nos a interpretá-los de modo a reconhecer a mensagem de Deus na história familiar (AL, 30). O bem da família é decisivo para o futuro do mundo e da Igreja (AL, 31). É possível perceber na Exortação, que nenhuma família é uma realidade perfeita e confeccionada de uma vez para sempre, mas requer um progressivo amadurecimento da sua capacidade de amar. Há um apelo constante que provém da comunhão plena da Trindade, da união estupenda entre Cristo e a sua Igreja, daquela comunidade tão bela que é a família de Nazaré e da fraternidade sem mácula que existe entre os Santos do céu. Mas contemplar a plenitude que ainda não alcançamos permite-nos também relativizar o percurso histórico que estamos a fazer como família, para deixar de pretender das relações interpessoais uma perfeição, uma pureza de intenções e uma coerência que só poderemos encontrar no Reino definitivo (AL, 325). E o Papa Francisco finaliza a Exortação com a Oração à Sagrada Família.
Oração à Sagrada Família Jesus, Maria e José, em Vós contemplamos o esplendor do verdadeiro amor, confiantes, a Vós nos consagramos. Sagrada Família de Nazaré, tornai também as nossas famílias lugares de comunhão e cenáculos de oração, autênticas escolas do Evangelho e pequenas igrejas domésticas. Sagrada Família de Nazaré, que nunca mais haja nas famílias episódios de violência, de fechamento e divisão; e quem tiver sido ferido ou escandalizado seja rapidamente consolado e curado. Sagrada Família de Nazaré, fazei que todos nos tornemos conscientes do caráter sagrado e inviolável da família, da sua beleza no projeto de Deus. Jesus, Maria e José, ouvi-nos e acolhei a nossa súplica. Amém. Texto extraído da Exortação Apostólica pós-sinodal, Amoris Laetitia, do santo padre Francisco, por Pe José Rocha C, Filho, CP
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MATÉRIAS DE CAPA
NATAL: FESTA DA HUMANIDADE DE DEUS E DA COMENSALIDADE HUMANA O texto que transcrevo como minha mensagem de Natal foi escrito no ano de 2014 por Leonardo Boff. Comungo de suas ideias: o Natal é a festa da humanidade de Deus e da comensalidade humana. E pergunto: o que mudou de 2014 para cá? O Natal é repleto de significados. Um deles foi sequestrado pela cultura do consumo que, ao invés do Menino Jesus, prefere a figura do bom velhinho, o Papai Noel, porque é mais apelativo para os negócios. O Menino Jesus, ao invés, fala da criança interior que carregamos sempre dentro de nós, que sente necessidade de ser cuidada e quando, já crescida, tem o impulso de cuidar. É aquele pedaço do paraíso que não foi totalmente perdido, feito de inocência, de espontaneidade, de encantamento, de jogo e de convivência com os outros sem qualquer discriminação. Para os cristãos é a celebração da “proximidade e da humanidade” de nosso Deus, como se diz na epístola a Tito (3,4). Deus deixou-se apaixonar pelo ser humano que quis ser um deles. Como diz belamente Fernando Pessoa em seu poema sobre o Natal: “Ele é a eterna Criança, o Deus que faltava; ele é o divino que sorri e que brinca; a criança tão humana que é divina”. Agora temos um Deus criança e não um Deus, juiz severo de nossos atos e da história humana. Que alegria interior sentimos quando pensamos que seremos julgado por um Deus criança. Mais que nos condenar, quer conviver e se entreter conosco eternamente. O seu nascimento provocou uma comoção cósmica. Um texto da liturgia cristã diz de forma simbólica: “Então as folhas que farfalhavam, pararam como mortas; então o vento que sussurrava, ficou parado
no ar; então o galo que cantava, parou no meio de seu canto; então as águas do riacho que corriam, se estancaram; então, as ovelhas que pastavam, ficaram imóveis; então o pastor que erguia o cajado, ficou como que petrificado; então nesse momento, tudo parou, tudo silenciou, tudo suspendeu o seu curso: nasceu Jesus, o Salvador das gentes e do universo”. O Natal é uma festa de luz, de fraternidade universal, festa da família reunida ao redor de uma mesa. Mais que comer, comunga-se da vida de uns e de outros e da generosidade dos frutos de nossa Mãe Terra e da arte culinária do trabalho humano. Por um momento, esquecemos os afazeres cotidianos, o peso da existência trabalhosa, as tensões entre familiares e amigos e nos irmanamos na alegre comensalidade. Comensalidade significa comer juntos ao redor da mesma mesa (mensa) como se fazia outrora: todos da família se reuniam, conversavam, comiam e bebiam à mesa, pais, filhos e filhas. A comensalidade é tão central que está ligada à própria emergência do ser humano enquanto humano. Há sete milhões de anos começou a separação lenta e progressiva entre os símios superiores e os humanos, a partir de um ancestral comum. A singularidade do ser humano, à diferença dos animais, é reunir os alimentos, distribui-los entre todos, começando pelos mais novos e pelos idosos e depois entre todos. A comensalidade supõe a cooperação e a solidariedade de uns para com os outros. Foi ela que propiciou o salto da animalidade para a humanidade. O que foi verdadeiro ontem, continua verdadeiro hoje. Por isso nos dói tanto ao saber que milhões e milhões não
PLANO PASTORAL O objetivo geral da ação evangelizadora da Igreja no Brasil é Evangelizar, a partir do encontro com Jesus Cristo, como discípulos missionários, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, promovendo a dignidade da pessoa, renovando a comunidade, participando da construção de uma sociedade justa e solidária, para que todos tenham Vida e a tenham em abundância (Jo 10,10). Sendo assim, através do Conselho de Pastoral Paroquial (CPP) são tomadas decisões que devem seguir essas diretrizes. Nos meses de outubro e novembro deste ano de 2016, as comunidades se reuniram em assembleias para discussão e elaboração do Plano de Pastoral Paroquial 2016/2017. Em cada comunidade, as equipes se reuniram a fim de desenvolver o processo de planejamento paroquial, que é um organismo vivo e dinâmico e que terminou formalmente e aprovado na Assembleia Paroquial em 16/11/2016. No decorrer do processo de planejamento algumas perguntas ou indagações surgiram: o que é o Plano de Pastoral Paroquial? É um modo de trabalhar responsável, solidário e organizado; consiste em determinar os objetivos que devem ser alcançados e organizar os meios para alcança-los; é um meio para renovar a Igreja por meio de um processo de crescimento do qual participam todos os membros da comunidade. Para que serve o Planejamento de Pastoral? Para que a Igreja seja mais fiel a Jesus e cumpra melhor a missão que lhe confiou; para transformar em vida a doutrina da Igreja sobre si mesma.
têm nada para repartir e passam fome. No dia 11 de setembro de 2001 ocorreu a conhecida atrocidade: os aviões que se jogaram contra as Torres Gêmeas. No ato, morreram cerca de três mil pessoas. No mesmo dia, exatamente, 16.400 crianças, abaixo de cinco anos, morriam de fome e de desnutrição. No dia seguinte e durante todo o ano doze milhões de crianças foram vitimadas pela fome. E ninguém ficou e fica estarrecido diante desta catástrofe humana. Neste Natal de alegria e de fraternidade não podemos esquecer esses que Jesus chamou de “meus irmãos e minhas irmãs menores” (Mt 25, 40) que não podem receber presentes nem comer qualquer coisa. Mas não obstante este abatimento, celebremos e cantemos, cantemos e nos alegremos porque nunca mais estaremos sós. O Menino se chama Jesus, o Emanuel que quer dizer: “Deus conosco”. Vale esse pequeno verso que nos faz pensar sobre nossa compreensão de Deus, revelada no Natal: ‘’Todo menino quer ser homem. Todo homem quer ser rei. Todo rei quer ser ‘deus’. Só Deus quis ser menino”. Feliz e Santo Natal 2016. Feliz e Santo Ano Novo 2017. Meu abraço fraterno, Pe José Rocha Cavalcanti Filho, CP.
ANO MARIANO
Para o Papa Paulo VI, em um bom planejamento não deve ficar esquecido a dimensão missionária, que afirmou: será que a asfixia espiritual, na qual se encontram tantos indivíduos em instituições católicas, não teria origem na prolongada ausência de autêntico espírito missionário? O Documento de Aparecida também chama especial atenção para a acolhida, fator primordial em todos os sentidos para o nível de Igualdade: a Igreja tem que SER = Acolhedora, Misericordiosa, Esperançosa, Anunciadora e Profética, ou seja, Igreja itinerante com discípulos missionários. Para isso, mexamos com as estruturas, reorientemos o papel civil de cada um, construamos pastorais sociais, tenhamos metas e projetos. O Plano Pastoral não é pra ficar engavetado; é para ser executado e avaliado no intuito de observar se está cumprindo o papel para o qual foi elaborado. Mãos à obra, afinal, “a messe é grande e precisa de operários”. Pe Jose Rocha, CP.
Ano Mariano é para celebrar Nossa Senhora Em comemoração aos 300 anos da aparição da Imagem de Nossa Senhora Aparecido no rio Paraíba do Sul, a CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil) decretou que do dia 12 de Outubro de 2016 a 12 de Outubro de 2017 seja comemorado pela Igreja do Brasil o ANO MARIANO. Em carta enviada aos bispos de todo o Brasil, a presidência da CNBB considera a celebração dos 300 anos “uma grande ação de graças” e recorda que todas as dioceses do país se preparam, desde 2014, recebendo a visita da imagem peregrina de Nossa Senhora, que percorre cidades e periferias. Somos convidados a voltar o coração para Nossa Senhora. “É um ano para celebrar, para comemorar, para louvar a Deus, mas também para reaprender com Nossa Senhora como seguir Jesus Cristo, como ser cristão hoje”. Que o Ano Mariano possa ser de intensa evangelização com Maria, contando com a sua proteção, seguindo os seus exemplos, mas sendo essa Igreja em saída, essa Igreja missionária e misericordiosa, que a exemplo de Nossa Senhora vai ao encontro dos irmãos para compartilhar a alegria do Evangelho de Jesus Cristo – alegria da fé em Cristo”. Que nossa Paróquia, que tem Maria como padroeira, viva intensamente esse ano dedicado Àquela que deu o Primeiro Sim à proposta de Jesus. Maria foi a primeira Missionária e, com e como ela, possamos também viver intensamente a missionariedade que nos foi confiada por Deus desde o nosso batismo. Arnaldo de Barros Pastoral da Comunicação Fonte de pesquisa: Site da Radio Vaticano.
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PARÓQUIA EM AÇÃO
FESTA DA IMACULADA CONCEIÇÃO Assembleia em oração.
Assembleia se rejubila com a Celebração Eucarística
Procissão pelas ruas do bairro - Km 18, Osasco
Andor de Nossa Senhora Imaculada Conceição pronto para a celebração e procissão
Celebração Eucarística em comemoração ao dia da Padroeira Imaculada Conceição.
Passagem da cruz missionária da Matriz para a Comunidade Santíssima Trindade. Entrada do andor na nave da igreja.
Bênção do bolo e das mãos que o fizera.
Consagração do andor
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PARÓQUIA EM AÇÃO
RETROSPECTIVA 2016 NAS COMUNIDADES DA PARÓQUIA E NA MATRIZ Comunidade São Pedro Crianças da pastoral e grupo de oração nas garagens.
Comunidade Santíssima Trindade
Comunidade Santa Eufêmia Missa em honra a Padroeira Santa Eufêmia, procissão de entrada e equipe de canto.
Missa de Santa Terezinha e consagração da Infância Missionária.
Despedida da coordenadora geral das pastorais, Maria Aparecida Marçal.
Comunidade São Maurício Festa do Padroeiro, Primeira Eucaristia e Coroa do Advento.
Encontro Diocesano da Infância Missionária, sob coordenação da Fabiana, ministra da palavra.
Confraternização de fim de ano na chácara do Valdo.
Comunidade Bom Jesus Crucificado Encenação da Paixão e quermesse.
Observação: Infelizmente, a equipe do Jornal Magnificat não conseguiu acessar fotos da Comunidade Cristo Redentor.
Comunidade Nossa Senhora dos Pobres
Matriz Imaculada Conceição Renovação de voto dos acólitos.
Primeira Eucaristia de dois grupos. Alguns membros da paróquia na confraternização.
Procissão no domingo de ramos.
Celebração daMissa Judaica
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INFORMAÇÕES GERAIS
MISSAS/CELEBRAÇÕES Imaculada Conceição R. Nsa. Sra. Imaculada da Conceição, 114 - Km 18 Tel 11 3608-7111/3607-3139 Terça-feira, quarta-feira e sábado, 19h30 Sexta-feira,15h Domingo, 7h, 10h e 19h São Maurício R. São Maurício, 180 - Km 18 Domingo, 8h30 Cristo Redentor R. Elzo Piteri, 12 - Alto do Farol Domingo, 8h30 Santa Eufêmia R. Luiz Henrique de Oliveira, 94 - Quitaúna Sábado, 18h30 Nossa Senhora dos Pobres R. José Fedrigo, 10 - Jardim Flor Primavera Sábado, 19h São Pedro R. Elza Neves Nelfeld, 30 - Quitaúna Terça-feira, 19h30 Domingo, 9h Bom Jesus Crucificado R. Ananias de Almeida, 100 - Quitaúna Tel 11 3608-1647 Quinta-feira, 19h30 Domingo, 8h e 19h Santíssima Trindade R. Mal. Deodoro da Fonseca, 83 - Quitaúna Quarta-feira, 19h30 Domingo, 10h
BATISMO Matriz Imaculada Conceição Curso - 01/02, 20h Batizado - 12/02, 10h e 26/02, 10h Para informações sobre batismo nas comunidades, entre em contato.
ATENDIMENTO Imaculada Conceição Secretaria: Segunda-feira, 8h às 12/14h às 18h Terça-feira a Sábado, 8h às 19h30 Domingo, 7h às 11h Padre: Quarta e sexta-feira, 14h às 16h Bom Jesus Crucificado Secretaria: Terça-feira a Sábado, 9h às 12h/14h às 18h Domingo, 7h às 11h Padre: Quinta-feira, 15h às 16h Santíssima Trindade Secretaria: Terça-feira a Sábado, 9h às 12h/14h às 18h Domingo, 7h às 11h Padre: Quinta-feira, 14h às 15h
Prezados leitores, Mais um ano que chega ao fim. Tivemos muitas perdas em nossa Paróquia. Gente muito querida passou para o lado de Deus e agora estão lá para interceder por todos nós. Mas também foi um ano de muitas conquistas e muitas vitórias alcançadas. Sorrimos, c h o ra m o s , a b ra ç a m o s , re c l a m a m o s , festejamos e seguimos na caminhada. Que o Bom Deus e a Santíssima Virgem Maria abençoe a todos para que 2017 seja um ano com muitas realizações e principalmente muita paz. São os votos da equipe do Jornal Magnificat (Maria Socorro, Arnaldo e Emily).
Feliz 2017!
Missas de Natal e Ano Novo Às 20h, nas comunidades Bom Jesus Crucificado, Santíssima Trindade e na Matriz Imaculada MENSAGEM AOS DIZIMISTAS Nós, que fazemos a Pastoral do Dízimo da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, agradecemos a todos os dizimistas por termos caminhado juntos nesse ano de 2016. Cada dizimista compreende a mensagem do evangelho de Jesus Cristo, que sabe que tudo o que temos e somos parte das mãos bondosas de um Deus amoroso e rico em misericórdia. Seu gesto de partilha é prova de que seu coração foi tocado pelo amor de Deus e faz com que a igreja cumpra seu papel evangelizador. Nossa estimada gratidão e que o Deus onipotente possa lhes retribuir com muitas bênçãos. Que neste Natal vocês desfrutem de cada momento com imensa alegria, amor e paz! Que vocês possam caminhar para um ano novo com a certeza de estar sempre acompanhados, protegidos e guiados pela força do filho de Deus!
Dízimo é
partilha
Feliz e abençoado 2017!
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