o jornal da comunidade Edição de Maio/Junho - Ano 2015 - Número 103
Magnificat é uma publicação da Paróquia Nossa Senhora da Conceição
MARIOLOGIA OS TRÊS RETRATOS DE MARIA Uma homenagem a todas as mães das nossas comunidades e um convite a parar e escutar o que Deus tem a lhes dizer, como bem soube fazer esta mulher também Mãe, Maria de Nazaré.
PENTECOSTES - VINDE, ESPÍRITO SANTO
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ESPAÇO CRIANÇA Atividades e desenhos para colorir, com os temas de Pentecostes e a Santíssima Trindade! Pág. 06
PARÓQUIA EM AÇÃO Pág.04
CORPUS CHRISTI
SANTÍSSIMA TRINDADE
- Missa e Procissão de ramos nas comunidades - Encenação da Paixão de Cristo pela paróquia - Vigília Pascal das comunidades Bom Jesus Crucificado, São Pedro e Nossa Senhora dos Pobres - O arquiteto Cláudio Pastro fala sobre arte sacra na Matriz Imaculada Conceição - Festa do queijo, vinho e massas no salão da Matriz Imaculada Conceição Pág. 07
A MÚSICA E O CANTO O povo de Deus também gosta de cantar. A prova disto é que existe mais de seiscentas referências sobre o canto e a música encontradas na Bíblia. Entre os cânticos do Antigo Testamento se sobressaem o Cântico de Moisés e o de Mirian, sua irmã, Êx. 15 e Cântico dos Cânticos. Pág.04
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PALAVRA DO PÁROCO/MARIOLOGIA
PALAVRA DO PÁROCO Caros leitores e leitoras! Chegou o mês de maio, dedicado a Maria, nossa boa mãe, a mulher do sim e do silêncio. Em seguida, dentro do Tempo Comum, celebramos a Santíssima Trindade e Corpus Christi. Para chegar a estas festas um caminho foi percorrido. Vivemos a ressurreição, sentimos medo como Tomé, conhecemos o Bom Pastor, fomos convidados a permanecer ligados à videira, meditamos sobre o mistério do amor de Deus, contemplamos a subida de Jesus para o Pai e vamos celebrar a manifestação do Espírito Santo entre nós. É o Cristo que caminha conosco e nos deixa como companheira sua mãe, Maria. Ela é o exemplo de discípula, a melhor e boa mestra para a comunidade. Ela é mãe da esperança e nos ensina como nos conduzir nos caminhos do seu Filho. Cinquenta dias após a Páscoa, celebramos o Espírito Santo, a “pessoa da Trindade mais próxima de nós, porque habita em nosso interior”. E finalizamos o mês de maio celebrando a Santíssima Trindade – o Pai criador; o Filho salvador e o Espírito santificador – três pessoas em só Deus, o grande mistério. Em seguida somos convidados a celebrar a Festa de Corpus Christi, fazendo alusão à celebração da quinta-feira santa, quando foi instituído o sacramento da Eucaristia. Em todas as celebrações é notada a presença de um elemento litúrgico que dá mais vida à celebração: é o canto litúrgico. Por isso cuidado e atenção para com o canto. E por fim, vamos tomar conhecimento dos livros sapienciais, quantos, quais são e do que eles falam. No Cristo crucificado ressuscitado! Pe. José Rocha, CP EXPEDIENTE Magnificat, é uma publicação bimestral da Paróquia Nossa Senhora da Conceição. Comitê Editorial: Endereço: R. Nsa. Sra. Imaculada Conceição, 114, Km 18 Osasco - SP - Fone 3608-7111/3607-3139 Pároco: Pe. José Rocha Cavalcanti Filho, cp Jornalista: A comunidade Produção: Pastoral da Comunicação Impressão: O Diário Tiragem: 1.000 unidades Distribuição: Pastoral da Comunicação
MARIOLOGIA
OS TRÊS RETRATOS DE MARIA A Bíblia traz para nós três retratos de Maria. No primeiro, ela mostra uma Maria de Deus, justificado na forma como ela se pronunciou no encontro com Isabel: “O Senhor fez em mim maravilhas, santo é o seu nome” (Lc 1, 49). Isto quer dizer que ela era conhecedora da Palavra, que a meditava e estava a par do plano de Deus e do que falavam os escritos sagrados (Lc 1, 54-55). Porém, o mais importante é que ela procurava vivê-los. No segundo retrato vê-se uma Maria do povo. E isso se justifica pelo fato de Deus ter entrado em sua vida e fazer dela uma pessoa muito preocupada com os outros e atenciosa para com todos(as) (Lc 1, 36). Sair do seu aconchego com destino à Judéia, significava percorrer 120Km (20 léguas) a pé. E tudo isso só para ajudar a prima que estava grávida (Lc 1, 39-56), conforme lhe falara o anjo, sem contar que naquele tempo não havia ônibus nem carro, muito menos a esperança de uma carona, quando muito a companhia de uma caravana confiável, o que, certamente não lhe seria negada. Como estava acostumada com as dificuldades e a enfrentar os desafios fez-se uma com todos. “Ela era do povo porque carregava consigo as mesmas esperanças de todos, a mesma fé e o mesmo amor”.
O terceiro retrato é de quem reza com os amigos e este nos leva a uma pergunta: Onde ela buscava tanta força para superar mais tarde, a morte de um filho pendurado num madeiro na companhia de poucas mulheres tão distante de tudo e de todos? (Mt 26, 56). A causa da grandeza de Maria não está no fato dela ser a mãe de Jesus, de têlo carregado por nove meses no ventre e o alimentado no peito, mas, por ela ter ouvido a Palavra de Deus e a colocado em prática. Para Maria, Deus não era apenas uma ideia bonita, mas Alguém sem o qual ela não podia viver e isto lhe trazia muita alegria, paz, felicidade e bastante sofrimento. E os seus conflitos estavam nas coisas que lhes fora pedida por não ser de fácil entendimento, nem comum para todos, muito menos para os que estavam mais perto dela, como acontecera com José. A Bíblia nos conta que depois da subida de Jesus para o colo do Pai, ela ficou com os apóstolos e passou com eles nove dias, rezando até que acontecesse o Pentecostes (At 1, 14). E foi graças a força da oração naqueles dias que a Igreja foi fundada (At 2, 1-4.4, 31). Aliás, rezar para ela não era novidade, isto se justifica pelos trechos dos salmos aclamados no canto do magnificat. “De tanto rezá-los ela os sabia decorado”. E fora pela sua oração constante que atraiu para si o Espírito Santo, tanto na concepção do Filho de Deus, quanto na fundação da Igreja” (Lc 1,35). A ação do Espírito Santo transformou a vida de Maria e continua transformando as nossas vidas, tornandonos fortes, corajosos(as) e sem medo das ameaças dos poderosos (At 9, 18-21), nem com as prisões (At 5, 17-21) e torturas (At 5, 40-42). Com estes três retratos de Maria queremos homenagear todas as mães das nossas comunidades. Também queremos convidá-las a parar e escutar o que Deus tem a lhes dizer, através da oração, do encontro com o povo e da preocupação em ajudar aos outros, como bem soube fazer esta mulher também Mãe, Maria de Nazaré. MESTERS, Frei Carlos, Maria a Mãe de Jesus. Vozes, Petrópolis, 1977. Por Maria do Socorro Marcos da Silva
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CAMINHADA DA IGREJA NA HISTÓRIA/LITURGIA EXPLICADA
CAMINHADA DA IGREJA NA HISTÓRIA
Dentro da história da igreja, Irineu de Lyon (130-202) é sem dúvida o primeiro a se preocupar com a elaboração de um conceito claro de sucessão apostólica como cadeia ininterrupta que, desde os apóstolos e através de seus sucessores, transmite até nós a verdade do evangelho. Entretanto seria um equívoco pensar que, para Irineu, os sucessores dos apóstolos, que para ele já são os bispos no sentido amplo que este ministério tinha em seu tempo, são por si mesmos, isolados da fé do povo, os possuidores da verdadeira doutrina e os encarregados de impô-la aos demais. Pelo contrário, somente a partir de sua vinculação profunda com a fé real do povo crente, com a fé vivida e praticada nas comunidades cristãs, podem ser garantia da verdadeira fé contra as interpretações heréticas. Isto que dizer que somente no seio da comunhão eclesial tem sentido a sucessão apostólica, e nesse contexto se configura essencialmente como um ministério. Cipriano de Cartago, eleito bispo em 249 e responsável pela organização da igreja na África é a testemunha mais explícita desta consciência de que o bispo deve ser alguém da comunidade: “... onde for necessário ordenar um bispo, reúnamse junto ao povo todos os bispos próximos da província, e se eleja o bispo diante do povo, que, por conviver e tratar com ele, conhece-lhe a vida e a conduta” (Carta 67,5,1). É de origem divina o procedimento de eleger o bispo na presença do povo. Desconsiderar o desejo do povo crente no processo de eleição do bispo é sair da comunhão eclesial na qual deve realizar-se este processo.
Cipriano escreve: “Desde o princípio do meu episcopado me propus não tomar nenhuma resolução por minha própria conta, sem vosso conselho e o consentimento do povo” (Carta 14,1). “Seria muito angustiante para mim, e muito mal visto por mim, eu sozinho tomar uma decisão que afeta a muitos, pois não poderia ter a devida força o que não contar com o consentimento de muitos” (Carta 30,6). Esta intervenção do povo na eleição surtiu outro efeito importante: eliminar do bispo os desejos de poder ou de dominação, tão profundos nos governantes da sociedade pagã e destacar a capacidade de serviço, de ministério, no sentido de quem se reduz à condição de servo. Na próxima edição iremos concluir o estudo, falando mais sobre os bispos e o crescimento das comunidades. Por Vanderlei Nichetti
IRINEU DE LYON Irineu de Lyon foi um bispo grego, teólogo e escritor cristão. O livro mais famoso de Irineu, sobre a detecção e refutação da chamada Gnosis, também conhecido como ‘Contra heresias’, é um ataque minucioso ao gnosticismo, que era então uma ameaça à Igreja primitiva. Como um dos primeiros grandes teólogos cristãos, ele enfatizava os elementos da Igreja, especialmente o episcopado, as Escrituras e a tradição. Irineu escreveu que a única forma de os cristãos se manterem unidos era aceitarem humildemente uma autoridade doutrinária dos concílios episcopais.
LITURGIA EXPLICADA
A MÚSICA E O CANTO – 1ª parte O povo de Deus também gosta de cantar. A prova disto é que existe mais de seiscentas referências sobre o canto e a música encontradas na Bíblia. Entre os cânticos do Antigo Testamento se sobressaem o Cântico de Moisés e o de Mirian, sua irmã, Êx. 15 e Cântico dos Cânticos. Com Davi, 1000 a.C., surgiu a primeira coletânea de Salmos. A profetisa Ana, mãe de Samuel, também cantou a Deus dizendo de sua alegria ao sentir-se grávida, na velhice. E este canto foi ensinado à Maria, mãe de Jesus, por sua mãe, que também se chamava Ana. Isto justifica o fato de uma vez concebida do Espírito Santo, Maria entoar o Magnificat, uma versão renovada do que aprendera no colo, quando ainda menina. Jesus, por sua vez, também foi músico, cantor, intérprete, poeta e orador, porque nasceu em um povo que expressava sua fé cantando. Basta lembrar que desde seu nascimento a música esteve presente: os anjos cantaram. Na parábola do filho pródigo, Ele fala da música, da alegria, da festa, da dança, pela volta do filho, como expressão de agradecimento a Deus pelo que estava perdido e fora encontrado. Na sinagoga, Jesus cantou Salmos como também na Páscoa (Mt 26, 30; Mc 14, 26). Daí porque, na plenitude dos tempos Ele aparece como expressão e canto de Deus, o cantor do Novo Testamento. Isto significa que Deus executa sua sinfonia através da revelação, com Jesus Cristo e Jesus a interpreta e dirige, fazendo de todos os povos um só povo, de todos os sons, uma só unidade, por isso é necessário que estejamos atentos (as). Padre Amilton Manoel, CP., por Socorro Marcos da Silva
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MATÉRIAS DE CAPA
PENTECOSTES
VINDE, ESPÍRITO SANTO! Celebrar é tornar celebre um acontecimento, um fato, um momento da vida. Cinquenta dias depois da Páscoa os judeus se reuniam para tornar célebre a alegria da colheita dos frutos da terra. Assim era conhecida a festa de Pentecostes ou Festa das Sete Semanas. Judeus vindos de diversos lugares de Israel e também de outros lugares mais distantes, se reuniam em Jerusalém para com muita alegria agradecer a Deus os frutos da terra que lhe foram concedidos. Já se passaram cinquenta dias desde que os discípulos de Jesus com muita convicção disseram tê-lo visto andando, falando, comendo, tocando e abençoando suas vidas. Uma história fantástica para quem presenciou sua prisão, humilhação, flagelação, crucificação e morte vergonhosa como um maldito pregado na cruz. Mesmo tendo a certeza de que Jesus estava vivo, seus discípulos ainda continuavam com medo e não sabiam o que fazer ao mesmo tempo em que esperavam que as palavras de Jesus se tornassem realidade quando o mesmo disse: "quando vier o Paráclito, que vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da Verdade que vem do Pai, ele dará testemunho de mim e vós também dareis testemunho..." (Jo 15 2627). Chegado o dia de Pentecostes, a promessa se tornou realidade. Uma força maior pousou sobre a vida de cada um dos que se encontravam reunidos de portas fechadas, aqueles homens e mulheres sentiram algo que
nunca haviam sentido e daí em diante uma força invencível tomou conta da vida, das palavras e ações de cada um dos que amavam Jesus e queriam fazer sua vontade. Nasceu a comunidade dos seguidores de Jesus. Nascia assim a Igreja, assembleia dos que acreditam, amam e professam a mesma fé de que só o Amor é capaz de salvar e criar um mundo novo. Já se passaram dois mil anos aproximadamente e agora somos nós que estamos de portas fechadas em nossas vidas, casas, em nossas pastorais, serviços e ministérios, até mesmo em nossas igrejas. Também em nosso tempo o medo tomou conta dos que receberam o batismo e nesse dia oEspírito Santo. Muitos apagaram ou deixaram que outros apagassem o fogo ardente que pulsava em suas vidas para testemunhar Jesus Cristo por onde quer que fossem. Que pena! Mas acredito que ainda há fogo sob as cinzas, só precisamos implorar: “Vinde, Espírito Santo!”. Vinde logo soprar as cinzas que apagam as brasas ardentes do teu impulso, só assim seremos corajosos e atrevidos em nossas atitudes de verdadeiros discípulos e missionários de Jesus. Vinde, Espírito Santo! Tira o medo que temos até de nós mesmos, tira o medo que temos dos violentos e malfeitores. Sim, temos medo de nossos semelhantes, temos medo de perdoar, de amar, de estender as mãos aos que precisam, medo de falarmos a verdade e de viver a verdade, temos muito medo de sermos como Jesus. Hoje mais do que nunca, celebrar Pentecostes é celebrar a vitória da coragem de homens e mulheres que em toda a história do cristianismo se levantaram sem medo para amar a Deus e aos seus semelhantes e ajudálos a vencer os medos. É muito mais do que falar em línguas que ninguém entende ou repousar em uma falsa paz que não nos incomoda diante das injustiças. Celebrar Pentecostes é falar a língua do amor e repousar em uma paz inquieta diante das injustiças e do pecado pessoal e social. Precisamos saber que é sempre o Espírito Santo que anula os medos e elimina as distâncias. Ele que comunica a vida e faz com que nos entendamos a ponto de nos transformar em assembleia do Povo de Deus. Ele é a expressão maior da alta liberdade de quem ama e se deixa amar, liberdade fecunda que cria outras liberdades. Ele está na origem de nossa oração, de nossa relação com Deus. Por isso podemos e devemos celebrar Pentecostes dizendo: Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do Vosso amor. Enviai, Senhor, o Vosso Espírito, e tudo será criado, e renovareis a face da terra. Feliz dia de Pentecostes!
CORPUS CHRISTI
FESTA DE CORPUS CHRISTI Corpus Christi significa Corpo de Cristo. É uma festa religiosa da Igreja Católica que tem por objetivo celebrar o mistério da Eucaristia, o sacramento do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo. Acontece sempre na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade, em alusão à quinta-feira santa quando Jesus instituiu o sacramento da Eucaristia. A festa de Corpus Christi foi instituída pelo Papa Urbano IV no dia 8 de setembro de 1264 por entender que deveria ser criada uma data festiva para que o Santíssimo Sacramento caminhasse pelas ruas para ser adorado pelos fiéis. Durante esta festa são celebradas missas festivas e as ruas são enfeitadas para a passagem da procissão onde o Santíssimo é conduzido pelo Bispo ou pelo pároco da Igreja. A tradição de enfeitar as ruas começou pela cidade de Ouro Preto em Minas Gerais. A procissão pelas vias públicas é uma recomendação do Código de Direito Canônico que determina a sua realização para testemunhar a adoração e veneração para com a Santíssima Eucaristia. A procissão de Corpus Christi lembra a caminhada do povo de Deus, peregrino, em busca da Terra Prometida. O Antigo Testamento diz que o povo peregrino foi alimentado com maná, no deserto. Com a instituição da Eucaristia o povo é alimentado com o próprio corpo de Cristo. Portanto, caríssimos leitores, esse é um grande dia no qual Jesus caminha por nossas ruas nos abençoando e, nós, como seus discípulos, devemos estar presentes para adorá-lo e glorificá-lo. Este ano a festa será dia 04 de junho. Texto extraído do site significados.com.br Por Arnaldo Barros
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MATÉRIAS DE CAPA/HOMENAGEM
SANTÍSSIMA TRINDADE SANTÍSSIMA TRINDADE UM DEUS QUE SE DESDOBRA PARA QUE O CONHEÇAMOS Celebrar a Santíssima Trindade não é celebrar três deuses, mas um único Deus em três pessoas: Pai e Filho e Espírito Santo. Um Deus que se desdobra para que possamos ter acesso a Ele. Um Deus que se revela no Seu mistério porque ama infinitamente dando o Seu amor pelo mundo e pela humanidade. Um amor que se manifesta de distintas maneiras e que se complementa formando uma unidade indivisível. João afirma que “Deus amou tanto o mundo que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna”. (Jo 3, 16-18) Antes ninguém O conhecia, nem se podia ver o Seu rosto. São muitas as passagens bíblicas que falam deste “distanciamento visual” de Deus. Ele se manifestava de várias formas, mas não se podia ver Seu rosto e nem denominá-Lo. Ver o rosto de Deus ou denominá-Lo significava capturá-Lo, limitá-Lo dentro de nossa visão limitada. Muito embora, até hoje, qualquer definição de Deus continue sendo limitada e misteriosa, sendo só o Amor, a única forma de conhecer e descrevê-Lo. Tanto que ao enviar o Seu Filho ao mundo, primeiro o Pai revela Seu infinito amor e, só depois, o Seu rosto. Isto significa que, Deus se fez um de nós na pessoa do Filho, para que tivéssemos acesso a Ele e o reconhecêssemos não só no Seu amor mas também na pessoa de nossos irmãos e irmãs, em comunidade.
No entanto, a imagem de Deus que se sobressai no Antigo Testamento é de um Deus rígido, severo, que vigia, castiga e pune. Um Deus que dá medo (Ex 34, 4b6.8-9). Quando Moisés vai ao encontro Dele com as tábuas da lei nas mãos e O encontra se surpreende, cai com o rosto por terra, porque Deus vem descendo de uma nuvem, numa demonstração clara da sua proximidade e acessibilidade. Moisés O reconhece “misericordioso e clemente, paciente, rico em bondade e fiel”. Moisés lhe faz alguns pedidos, dentre eles, que Deus caminhe com o seu povo. Caminhar com o povo significa estar sempre presente na nossa vida e integrado nas nossas lutas e buscas. Uma forma de representar esta crença é quando fazemos procissões, romarias, caminhadas e, sobretudo, na solenidade de Corpus Christi, quando saímos pelas ruas com o Santíssimo Sacramento, numa clara demonstração de nossa fé. Concluímos que se é na comunidade dos divinos três, que Deus se faz comunidade, também é nesta união do Pai, e do Filho e do Espírito Santo que estamos unidos a Ele e aos irmãos. Desta feita diz Paulo, vivendo assim, como irmãos, é que o Deus do amor e da paz estará sempre caminhando com o seu povo, como pediu Moisés. Isto significa que é creditando nesta verdade e nos esforçando para melhorar cada vez mais quem somos, que estaremos no caminho trinitário, rumo ao reino dos céus. Pe. José Carlos Pereira, CP
Painel Sacro na Comunidade Santíssima Trindade Obra do padre Amilton Manoel da Silva, a partir do original na Capela do Santíssimo Sacramento, Basílica De Nossa Senhora do Guadalupe no México.
HOMENAGEM
HOMENAGEM AO SEU ÂNGELO O Seu Ângelo (na foto com sua esposa dona Maria) foi mais uma pessoa que colaborou intensamente na paróquia. Atuante na Imaculada desde a década de 70, membro do 2º conselho de pastoral, coordenador de grupo de rua, participou ativamente do Cursilho da Cristandade, além de todo trabalho dedicado na construção da “igreja nova” no início dos anos 80. Ele nos deixou no ano de 2014 e fica aqui nossa singela homenagem a mais esse pioneiro da nossa paróquia. A atuação deste casal na paróquia é uma demonstração da continuidade da igreja que nasceu em pentecostes. Colaboração do casal Mariluce e João Osório, por Arnaldo de Barros Paes
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ESTUDO DA BÍBLIA/ESPAÇO CRIANÇA
ESTUDO DA BÍBLIA
ESPAÇO CRIANÇA
OS LIVROS SAPIENCIAIS Caríssimos, nesta edição vamos aprender um pouquinho mais sobre a Bíblia. Desta vez o nosso passeio será pelos Livros “Sapienciais”, nome dado a 5 livros do Antigo Testamento: Provérbios, Jó, Eclesiastes(Coélet), Eclesiástico(Sirácida) e Sabedoria. Provérbios (Pr) - este livro reúne ditos, sentenças e alguns desenvolvimentos maiores. É um verdadeiro resumo da sabedoria de Israel. Não foram todos escritos por um mesmo autor e nem na mesma época. A maioria deles nasceu da experiência popular, que foi depois burilada e editada por sábios profissionais desde o tempo de Salomão (950 a.C.) até dois séculos depois do exílio (400 d.C). Foram atribuídos ao rei Salomão por sua fama de sábio (1Rs 3-5). Jó (Jó) - Os Judeus achavam que o sofrimento significava castigo e abandono de Deus. O livro de Jó mostra o contrário: Jó sofre e é um justo amado por Deus. É uma contestação à doutrina da retribuição – Deus devolve o bem com o bem e o mal com o mal. O tema central deste livro é a questão mais profunda da religião: a natureza da relação entre o homem e Deus. Provavelmente foi escrito em sua maior parte durante o exílio, no século VI a.C. Eclesiastes (Ecl.) ou Coélet - Pretende ser uma análise crítica, lúcida e realista sobre a condição humana a partir da realidade da Palestina daquele tempo, por volta do século III a.C.. 'Coélet' significa 'diretor acadêmico': era um sábio que instruía o povo. Eclesiástico (Eclo) ou Sirácida - O livro faz considerações sobre a vida humana mostrando o valor estável da Lei de Deus que conduz o homem ao que é eterno. Procura educar o ser humano para uma vida feliz. É um dos Deuterocanônicos. Sirácida por causa do nome do autor, 'Jesus filho de Sirac... (Eclo 50,27), que escreveu o livro pelo ano 50 a.C. Sabedoria (Sb) - O autor, preocupado em salvaguardar a Fé dos judeus que moravam em Alexandria, (centro político e cultural grego) ensina a verdadeira sabedoria que vem de Deus, que conduz a uma vida justa e à felicidade. 'Sabedoria de Salomão' é fictício, pois o autor é um judeu de Alexandria, que escreveu o livro pelo ano 50 a.C. É um dos Deuterocanônicos. COM A BÍBLIA NA MÃO, RESPONDA: 1. Quantos livros da Bíblia vimos até agora? 2. Quantos e quais são os livros sapienciais?
Leia Atos 2, 1-11 e complete o texto bíblico abaixo: Quando chegou o dia de ____________, os __________________ estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente veio do __________ um barulho como se fosse uma forte __________ que encheu a __________onde eles se encontravam. Então apareceram __________ como de _________ que se repartiram e _______ sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do ____________ e começaram a falar em outras línguas conforme o Espírito os _______.
Troque os símbolos pelas letras e descubra quais são os 7 dons do Espírito Santo
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PARÓQUIA EM AÇÃO
PARÓQUIA EM AÇÃO
Procissão de Ramos da Imaculada Conceição, Cristo Redentor e São Maurício
Parte da equipe que participou da encenação Procissão do Encontro, com toda a paróquia da Paixão de Cristo
Missa de Ramos na Santíssima Trindade, junto com Santa Eufêmia
Procissão com encenação da Paixão de Cristo, realizada pela paróquia
O arquiteto Cláudio Pastro, responsável pela reforma da Matriz Imaculada Conceição, esteve lá para explicar passo a passo sobre a Arte Sacra que ele desenvolveu na igreja.
Procissão de Ramos das comunidades Bom Jesus Crucificado, Nossa Senhora dos Pobres e São Pedro
Vigília Pascal das comunidades Bom Jesus Crucificado, São Pedro e Nossa Senhora dos Pobres
Festa do queijo, vinho e massas no salão da Matriz Imaculada Conceição, realizada no dia 25 de abril
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INFORMAÇÕES GERAIS
MISSAS/CELEBRAÇÕES Imaculada Conceição R. Nsa. Sra. Imaculada da Conceição, 114 - Km 18 Tel 11 3608-7111/3607-3139 Terça-feira, quarta-feira e sábado, 19h30 Sexta-feira,15h Domingo, 7h, 10h e 19h São Maurício R. São Maurício, 180 - Km 18 Domingo, 8h30 Cristo Redentor R. Elzo Piteri, 12 - Alto do Farol Domingo, 8h30 Santa Eufêmia R. Luiz Henrique de Oliveira, 94 - Quitaúna Sábado, 18h30 Nossa Senhora dos Pobres R. José Fedrigo, 10 - Jardim Flor Primavera Sábado, 19h São Pedro R. Elza Neves Nelfeld, 30 - Quitaúna Terça-feira, 19h30 Domingo, 9h Bom Jesus Crucificado R. Ananias de Almeida, 100 - Quitaúna Tel 11 3608-1647 Quinta-feira, 19h30 Domingo, 8h e 19h Santíssima Trindade R. Mal. Deodoro da Fonseca, 83 - Quitaúna Quarta-feira, 19h30 Domingo, 10h
21º ECC - ENCONTRO DE CASAIS COM CRISTO 15 a 17 de maio, na Matriz Nossa Senhora da Conceição
ATENDIMENTO Imaculada Conceição Secretaria: Segunda-feira, 8h às 12/14h às 18h Terça-feira a Sábado, 8h às 19h30 Domingo, 7h às 11h Padre: Quarta e sexta-feira, 14h às 16h Bom Jesus Crucificado Secretaria: Terça-feira a Sábado, 9h às 12h/14h às 18h Domingo, 7h às 11h Padre: Quinta-feira, 15h às 16h Santíssima Trindade Secretaria: Terça-feira a Sábado, 9h às 12h/14h às 18h Domingo, 7h às 11h Padre: Quinta-feira, 14h às 15h
BATISMO Curso Santíssima Trindade 16 de maio, 9h Imaculada Conceição 3 de junho, 20h Batizados Imaculada Conceição 24 de maio, 8h15 28 de junho, 8h15 Santíssima Trindade 17 de maio, 9h 14 de junho, 9h Bom Jesus Crucificado 31 de maio, 8h 27 de junho, 8h
CURSO DE NOIVOS AGENDA MAIO/JUNHO 9/05 - 19h30, Bingo - São Pedro 17/05 - 15h, Chá Bingo - Cristo Redentor 23/05 - 19h, Bingo - Nossa Sra. dos Pobres 13/06 - 19h, Festa do Caldo - São Mauricio 14/06 - 10h, Bazar beneficente - São Mauricio
FESTAS NAS COMUNIDADES Santíssima Trindade 28 a 29/05 - Tríduo, 19h30 31/05 - Missa Festiva, 10h São Pedro 24 a 26/06 - Tríduo, 19h30 28/06 - Missa Festiva
Paróquia Nossa Senhora da Conceição
24 de maio, 13h30 às 20h30 28 de junho, 13h30 às 20h30
QUERMESSE Aos sábados e domingos: 6 e 7/6 - Cristo Redentor 13 a 28/6 - Bom Jesus Crucificado 13/6 - Santa Eufêmia 16 a 31/5 - Santíssima Trindade 30/5 a 28/6 - Imaculada Conceição
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