Márcio pode perder direitos políticos por improbidade| Pág 3
Locomotiva Puxando o assunto, trazendo o debate, levando informação 21 de abril - sábado - nº 63 - Distribuição Gratuita
Vandalismo e prejuízo após Festa Nordestina Destruição na região central na madrugada após evento prejudica comerciantes |Pág s. 5
Ratos infestam rua no Parque Vitória; município recomenda serviço privado|Pág. 4
Moradores da Vila Palmares esperam há 15 anos pela prometida posse do terreno|Pág 7
Vitória dos Masters do Brasil sobre jogadores de Franco foi uma conquista para todos | Pág 6
Veículos utilizam rua central na contramão com riscos de acidentes | Pág . 8
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E nossos direitos? A liberdade de imprensa, conquista da democracia, ainda não chegou a Franco da Rocha. Mesmo com prejuízos financeiros, muitos comerciantes não quiseram se manifestar para o jornal, temendo represálias por parte da prefeitura. Continua preocupado Em seu boletim eletrônico, que tem a bandeira do PSD e colaboração da Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal, Toninho Lopes reitera que está atrás de recursos para a recuperação do viaduto central. Procurado pela nossa reportagem, se comprometeu a falar sobre o assunto na
Mais saúde O Hospital de Clínicas de Franco da Rocha anunciou nova especialidade: neurocirurgia para adultos. Muito bom. E a maternidade que o prefeito disse que seria instalada no referido? Além de entregar um ofício ao Secretário da Saúde, nada mais se falou. Cidade de loucos? O aumento de moradores de rua com problemas de saúde mental em Franco da Rocha salta aos olhos. A cidade, que tem familiaridade com o problema, está perplexa com a falta de ação das autoridades municipais. Nem na área da prevenção – qual a origem dessas pessoas? –nem no tratamento.
Expediente Locomotiva é uma publicação semanal da
Reportagem: Valéria Fonseca, Thiago Lins e
Editora Havana Ltda. ME.
Pedro Pracchia
Circula em Franco da Rocha, Caieiras, Francis-
Projeto gráfico: Feberti
co Morato, Mairiporã e região.
Diagramação: Vinícius Poço de Toledo
E-mail: jornallocomotiva@gmail.com
Todos os artigos assinados são de responsa-
Impressão: LWC Gráfica e editora
bilidade de seus autores e não representam,
Tiragem: 50 mil exemplares
necessariamente, a opinião do jornal.
Editor: Alessandro Soares
O
dia 19 de abril foi o Dia do Índio. Acreditar por um instante em tudo que Bom momento para lembrar a existe música Índios, que fala da fala do E acreditar que o mundo é perfeito processo de colonização das Américas e a E que todas as pessoas são felizes...” assimilação da cultura indígena: Renato Russo tinha razão. Mas quase não “Quem me dera ao menos uma vez há mais índios. Outros assumiram o lugar semana que vem. Provar que quem tem mais do que precisa ter deles. Mas mesmo assim, ainda tem gente Enfim? Quase sempre se convence que não tem o que fala demais por não ter nada a dizer. A Prefeitura Municipal bastante Índios e vândalos não são sinônimos, anunciou em seu site, Fala demais por não ter nada a dizer. embora tenha gente que pensa o contrá� no dia 16, que a Avenida rio. O fato é que os índios não são capazes Israel está concluída. Não Quem me dera ao menos uma vez de destruição gratuita e sem motivo. Já os é a primeira vez que faz tal Que o mais simples fosse visto vândalos, povos germânicos que invadiram anúncio. Também não fez Como o mais importante e saquearam Roma na Antiguidade, esses festa de inauguração. Mas nos deram espelhos e vimos um mundo foram responsáveis por destruição pública. doente. Não dá para comparar alhos com bugalhos, mas nos deram espelhos, no fim de semana Paradinha Quem me dera ao menos uma vez passado, e vimos um mundo doente. E para não perder o costume, a Prefeitura culpou, novamente, o Governo Federal pela paralisação das obras da Praça da Paradinha. Mas diz que foram retomadas.
NOS TRILHOS Vandalismo Os atos de vandalismo na cidade, após o carnaval e a Festa Nordestina (leia na página 5), foram debatidos na Câmara Municipal, mas sem nenhuma conclusão. TG (PSDB) acha que podem ser frutos do preconceito contra os nordestinos. Toninho Lopes (PSD) discordou, e defendeu “peroba neles”.
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Se a gente não reclamar...
Antes Após denúncia publicada no Jornal Locomotiva 59, a cratera que incomodou – por mais
Depois de 60 dias – os moradores da Rua Gracinda Carvalho, no bairro Monte Verde, ganhou a atenção das autoridades
e foi eliminada. Segundo os moradores, a massa asfáltica foi passada no trecho da rua no dia 9 de abril.
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Perda dos direitos políticos ameaça prefeito Jornal Locomotiva continua série sobre os processos de Márcio Cecchettini, condenado em primeira instância por contratar comissionados em funções que exigem concurso público
I A contratação de 61 funcionários para cargos em comissão criados por leis complementares em 2005, mas em funções que exigem concurso público, pode deixar o prefeito de Franco da Rocha, Márcio Cecchettini (PSDB) sem seus direitos políticos por cinco anos. Ele foi condenado em primeira instância por improbidade administrativa, com base na Lei nº 8.429/92, com perda da função, segundo sentença do juiz Fernando Dominguez Guiguet Leal, datada de 10 de agosto de 2010. Como cabe recurso, ainda restam outras instâncias para o prefeito recorrer. Mas há um agravante: caso Cecchettini seja condenado em segunda instância, por um colegiado de desembargadores no Tribunal de Justiça de São Paulo, ele seria enquadrado na Lei da Ficha Limpa. Neste caso,
o prefeito poderia apelar até em instâncias superiores, como o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Supremo Tribunal Federal (STF), mas não são todos os processos que chegam tão longe no Poder Judiciário. A ação civil pública que levou à condenação de Cecchettini em primeira instância foi proposta pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP). O juiz Guiguet Leal citou o inciso V do artigo 37 da Constituição Federal, para definir procedente o mérito da ação. “As funções de confiança... e os cargos de comissão... destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento”. Na sentença, o magistrado comentou que “a maioria das nomeações (pelo prefeito Marcio Cecchettini) é efetuada em desacordo com a Constituição
Federal, com nítida configuração de violação aos princípios que norteiam a Administração Pública”. “Há assessores com funções como fiscal de comércio, de trânsito e de motorista, sem qualquer correspondência com características de chefia, direção e assessoramento”, escreveu o juiz na sentença. Ele comentou que cargos como médicos plantonistas, entre outros, ”não prescindem do requisito de relação de confiança com o prefeito. Mas, mesmo assim, houve nomeação, ao arrepio da lei, o que atenta contra a moralidade da atuação pública.” A perda dos direitos políticos entra em vigor após a sentença transitada em julgado, quando não couber mais recurso. Em primeira instância, o juiz afastou aplicação de multa, pedida pelo MP.
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coordenador de programa de saúde da família.
agentes de atendimento ao consumidor
coordenador de vigilância epidemiológica
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ouvidor geral
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assessores de gabinete
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coordenador de assuntos relativos ao consumidor
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médicos plantonistas
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Invasão de ratos assusta moradores do Parque Vitória Prefeitura não tem programa de desratização e Vigilância Sanitária recomenda serviço privado
Moradores da Rua Antonio Nascimento, no Parque Vitória, enfrentam há semanas uma infestação de ratos. Suspeita-se que os roedores se reproduzem em um terreno com mato alto, na esquina com a Rua Copenhagen, a partir do lixo depositado de forma irregular. A Prefeitura não possui serviço de desratização e a Vigilância Sanitária recomenda à população procurar o serviço particular. Para a dona de casa Maria Madalena Costa Vieira, os ratos vêm dos terrenos baldios e se proliferam nas residências. “Vi ratos quatro dias seguidos. A cozinha foi o principal foco”, afirma. Também moradora da rua, Zuleide Homero dos Santos pede solução. “Será que vão esperar alguém morrer de alguma doença pra fazerem algo?”. A dona de casa Rosana Aparecida Souza já trocou vários
emails com a ouvidoria municipal e o problema continua sem solução. “Informaram que os ratos estão saindo do bueiro da esquina da rua. Na ‘suposta calçada’, existe um bueiro sem proteção, de onde possivelmente os ratos vêm e sobem pelas paredes à noite”. Quanto às grades na boca de lobo, os órgãos competentes alegam que estas apenas reterão o lixo nas ruas e dificultarão a entrada de água na tubulação, causando inundações. O bairro fica em uma área elevada. “É um absurdo acharem que teremos inundação aqui. É um total despreparo em atender ao cidadão, que eles tratam como contribuinte. Não podemos contar com uma simples desratização? Inaceitável”. Rosana improvisou telas em todas as saídas de água da casa. “Não impedem a água, mas impedem a entrada dos ratos”, conta. Ela diz que o mato
alto e o lixo foram apontados como berçário de roedores na visita feita por um biólogo indicado pela Prefeitura. O Jornal Locomotiva tentou ouvir o profissional, mas ele não foi localizado.
‘Não existe’
O Locomotiva entrou em contato com a Vigilância Sanitária municipal. Segundo o funcionário que atendeu a ligação, compete ao órgão informar sobre como evitar infestações de pragas. Serviço público de desratização não existe no município. O funcionário sugeriu a contratação de uma empresa privada. O Locomotiva procurou empresas que fazem o serviço no município. Em média, desratizar uma casa de quatro cômodos não sai por menos de R$ 200, e as dedetizadoras não podem intervir nos bueiros públicos nem na rede de esgoto.
Cerca de R$ 66 mil em dinheiro foram apreendidos na Prefeitura; prefeito alegou que verba mensal para obras é de pouco mais de R$ 300 mil; segundo o MP, esquema movimentaria R$ 200 mil por mês
Espécies mais comuns nas cidades
Camundongo Mus musculus - é o menor das espécies urbanas. Presa fácil de ratoeiras, costuma fazer ninhos em armários, fogões e despensas. Como as espécies maiores, traz riscos a saúde humana. Rato de telhado Rattus rattus - habita locais altos, como sótãos, forros e armazéns. Sobe em fios elétricos, galhos de arvores e escala superfícies verticais. Possui grandes olhos e orelhas, nariz afilado e a cauda é maior que o corpo. Geralmente tem pelagem preta. Rato de esgoto (ratazana) Rattus norvegicus- espécie mais comum de roedor urbano, destaca-se por olhos e orelhas pequenas, nariz arredondado, cauda mais curta que o corpo pesado e pelagem cinza. Acostumado com cidades, não teme o ser humano e é responsável por ataques e surtos de leptospirose.
Doenças que têm roedores como vetores
Leptospirose – causada por bactérias da espécie Leptospira, que vivem nos rins dos ratos. Liberadas com a urina, contaminam o ser humano pelas mucosas, pele e ferimentos. Peste bubônica – ou peste negra, é causada pela pulga-do-rato infectada pela bactéria Yersinia pestis. O infectado pode morrer de 3 a 5 dias ao contrair a doença. Tifo murino – ou febre murina, é
transmitida pela picada da pulga-dorato infectada pela bactéria Rickettsia typhi.
que consome a carne de porco sem o devido cozimento.
Febre da mordida do rato – Causada por bactérias presentes na boca dos ratos. Também pode ser transmitida por ingestão de alimentos contaminados.
Sarnas e micoses – efeitos da ação de ectoparasitos. Os ratos disseminam mecanicamente esses agentes causadores.
Triquinose – causada pela Trichinella spiralis, alojada no corpo de suínos que ingerem fezes ou cadáveres de ratos infectados, passa para o ser humano
Hantavirose – ratos também transmitem o hantavírus pela urina e saliva. O agente causa uma virose mortal.
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Vandalismo na madrugada: Centro vira terra de ninguém
Comerciantes arcam com prejuízo dos ataques que teriam começado graças ao conflito entre policiais e jovens na saída da 2ª Festa Nordestina em Franco da Rocha
Pelo menos dez lojas da Rua Amália Sestine tiveram portas amassadas, vidros destruídos e até furtos após passagem de bando de arruaceiros
O que era pra ser uma noite de festa para a população franco-rochense acabou em uma madrugada de distúrbios e vandalismo na região central da cidade no último sábado, dia 14, com prejuízo para comerciantes. Durante uma hora, aproximadamente, pelo menos dez lojas na Rua Amália Sestine tiveram suas portas amassadas, vidros destruídos e algumas mercadorias furtadas. O estopim da confusão teria sido o conflito entre jovens e a polícia na saída da 2ª Festa Nordestina, no Parque da Cidadania. E preparem-se, pois neste fim de semana a festa continua. O evento em Franco da
Rocha, que acontece neste fim de semana sob o viaduto, atrai uma multidão, inclusive adolescentes que, se não consomem álcool no espaço em que acontece a festa, conseguem facilmente bebidas nos arredores. A falta de estrutura da festa já era bastante criticada nas redes sociais. Usuários do Facebook relatavam em suas páginas pessoais a discrepância de uma festa chamada “nordestina” sem nenhum prato típico nas barracas que vendem as comidas e bebidas no local. Porém, após o ataque dos delinquentes no último sábado, a revolta ficou evidente. Mais de 20 compartilhamentos
da foto de uma banca de jornal depredada circulava pela rede com comentários indignados com a situação. Não é a primeira vez que atos dessa natureza acontecem na cidade. Na festa de carnaval – montada no mesmo espaço da festa nordestina – houve casos semelhantes e a impunidade reinou, dando oportunidade para fatos lamentáveis como os do último final de semana se repetirem outras vezes. Medo - O sentimento de medo impera na cidade, principalmente entre comerciantes que tiveram suas lojas danificadas na onda de depredação. Procurados pela reportagem para comentarem sobre o assunto, muitos não quiseram comentar alegando receio de retaliações. Somente a gerente comercial Nadir, da loja Lumi Shoes,
que fica na Rua Amália Sestine, aceitou conversar com a reportagem. “Falta estrutura para esse tipo de festa. Eu estive lá. Do lado de dentro tem organização, mas lá fora, onde se concentram muitos garotos, é uma bagunça completa.” Nadir acredita que a distribuição do efetivo policial da cidade foi empregada de maneira equivocada no dia do evento. “Tinha bastante
policiamento na festa, mas no resto da cidade não”. Nadir contou com a solidariedade de comerciantes vizinhos que a avisaram dos estragos no estabelecimento. “Ninguém da Prefeitura ofereceu nenhum tipo de ajuda. Se não fosse pelos outros comerciantes eu ficaria o domingo todo com a porta quebrada e correndo riscos de ser atacada novamente”, finalizou.
•Um conflito entre jovens e o policiamento na saída da 2ª Festa Nordestina teria dado início aos atos de vandalismo •A festa ocorre debaixo do viaduto e as críticas são quanto à falta de estrutura e pouco policiamento •Muitos jovens sem opção de lazer são atraídos para lá •Cerca de 10 comerciantes tiveram seus estabelecimentos danificados. Apenas um quis comentar a ação •No Facebook, imagem de banca de jornal destruída (foto) teve vários comentários a respeito do vandalismo
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Esta nova seção do Locomotiva é dedicada ao comércio de Franco da Rocha, o mais forte da região. Em cada edição, vamos mostrar um produto ou serviço que é prestado aqui, do lado de casa.
Um serviço que nunca para Marco Antônio Salgado mudou-se com a família para Franco da Rocha aos 6 anos. Foi nessa mesma época, no final da década de 1950, que Marquinhos do Guincho, como é conhecido na cidade, descobriu sua grande vocação e sua paixão pelos carros. “Eu morava em frente a uma oficina mecânica. Eu chegava da escola e corria pra lá, onde passava a tarde toda.”, conta Marquinhos. Um dos pioneiros a trabalhar com guincho na cidade, Marquinhos, de 58 anos, está no ramo há mais de três décadas. Além de trabalhar socorrendo motoristas, ele também tem sua oficina mecânica onde monta e faz manutenção de guinchos de toda região. O serviço funciona 24 horas todos os dias da semana e atende toda a região e até outros Estados. “Guincho é como ambulância, não pode parar nunca”, compara. Marquinhos tem dois guinchos e conta com a ajuda de seu filho pra tocar o negócio. Com tanto tempo na função, Marquinhos relembra dos problemas e dificuldades enfrentados. “Antes não
havia Corpo de Bombeiros na cidade e a gente carregava ferramentas para ajudar no socorro dos feridos em acidentes”, revela. Um dos momentos mais marcantes foi no fim da década de 1980, em um acidente em Caieiras, quando ajudou no resgate de uma criança presa nas ferragens. “A gente vê tanta coisa quando trabalha com isso, mas com criança, as lembranças são mais marcantes.” Uma preocupação que o veterano mecânico tem é a falta de um posto de perícia na região. “Muitas vezes, quando infelizmente há acidentes fatais, é preciso esperar a perícia chegar, espera não raro enorme. Franco da Rocha deveria lutar para trazer esse serviço pra cidade e acabar com esse descaso que traz mais sofrimento para as famílias das vítimas”, diz Marquinhos.
Marquinhos do Guincho: serviço mecânico 24 horas. Tel.: (11) 9707-3239
Pioneiro do reboque na cidade está há mais de três décadas no socorro mecânico
Seleção de Masters vence, mas todos saem ganhando No último domingo, dia 15, pais e filhos tomaram conta do Clube Atlético Expedicionários para assistir ao jogo entre a Seleção Brasileira de Masters e um selecionável de Franco da Rocha. Para essa grande oportunidade de ver de perto craques do passado os torcedores só precisaram doar um quilo de alimento não perecível. A arrecadação foi encaminhada pelos organizadores do evento para instituições de caridade do município. Em campo, muito toque de bola e categoria de craques como Zé Maria, Romeu Cambalhota, Serginho Chulapa, entre outros comandados pelo ex-goleiro Tobias, que venceram por 3 a 1. O evento foi organizado por Kiko Celeguim e contou
Craques do passado e jogadores de Franco da Rocha deram show de bola e solidariedade
com presença do deputado federal Vicente Candido (PT), que também é vice-presidente da Federação Paulista de Futebol. Caroline dos Santos, estudante de 21 anos,
palmeirense, aprovou. “Foi muito legal ver de perto jogadores de quem meus pais e avós sempre comentaram. Esse tipo de evento poderia acontecer mais vezes.” Após o jogo, as feras do passado
posaram para fotos e distribuíram autógrafos. A APAE de Franco da Rocha também foi contemplada. Ganhou dos organizadores, com apoio do comércio local, camisas dos quatro grandes
clubes paulistas – Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Santos – autografadas pelos respectivos elencos. Serão rifadas e o dinheiro arrecadado será revertido para ações da instituição.
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Uma longa espera pela regularização Moradores da Vila Palmares tentam, há mais de 15 anos, obter documento que regulariza posse de terreno ocupado emergencialmente
Enchente tirou moradores de área de risco, e recursos da União foram usados na construção de casas no bairro
Os mais de 1.500 moradores, das 388 casas da Vila Palmares, esperam desde 1995 – ano de liberação de construção no bairro – pela regularização de seus lotes. O terreno ocupa área desapropriada legalmente, após uma grande enchente que atingiu o município, para um projeto de habitação popular emergencial. Segundo fontes ligadas à Prefeitura na época, o projeto inicial era criar uma reserva destinada a moradores de
áreas de risco que seriam removidos pela Defesa Civil. Em situação de emergência, a União liberou verba para a cidade – que teve muitos prejuízos com a enchente – e parte desses recursos foi destinada à construção de casas na Vila Palmares. As casas foram erguidas em mutirão. Para isso foi criado o Conselho Municipal de Habitação, que administrava o Fundo Municipal de Habitação. Moradores de baixa renda que adquiriam o lote deveriam
pagar uma quantia a ser depositada na conta do Fundo Municipal de Habitação, criando condições para uma política habitacional na cidade. A moradora Edite do Santos explica que a emergência resolveu uma parte do problema. “Quando cheguei, havia apenas dois lotes ocupados. Sou uma das primeiras moradoras. Vi o bairro crescer e as pessoas se sentirem seguras com seu próprio terreno. Mas até agora não temos documento de regularização.”
Mais de 15 anos se passaram, e as administrações que se sucederam não deram continuidade ao projeto. Não há informações precisas sobre a aprovação do loteamento nem sobre o trabalho atual, com recursos do Cidade Legal – programa do governo estadual. O que pode ser visto apenas é asfalto chegando ao bairro. “Todo ano o pessoal da Prefeitura passa por aqui recadastrando a gente. Mas ninguém fala nada sobre a regularização”, conta Edite.
Maria Aparecida da Silva é comerciante na Vila Palmares. Para ela, falta linha de ônibus, escola, creche e diversos outros serviços para os moradores, além do mais importante: o título definitivo do terreno. “Cansamos de promessas. Não temos problemas em pagar IPTU, mas queremos nossos direitos de cidadãos”, desabafa. Procurada pelo Jornal Locomotiva, a Prefeitura não se manifestou até o fechamento desta edição.
Rua virou contramão, mas moradores têm outra proposta
Tráfego não respeita orientação de trânsito; risco para crianças é grande
Há mais de oito anos a Rua Juvenal Gomes do Monte, região central, enfrenta um grave problema. O fluxo de automóveis no sentido bairro-centro é proibido, porém todos os dias milhares de motoristas desrespeitam a placa e invadem o local na contramão. A rua, que liga a Vila Bazu ao Centro, também dá acesso ao Jardim Cruzeiro. O horário com maior concentração de veículos é No período de entrada e saída
de estudantes nas escolas. Um morador que pediu para não ser identificado disse que pediu providências na Prefeitura, sem resultado. “Ninguém respeita a placa de contramão e muitos carros sobem a rua em alta velocidade”, relata. Na opinião do morador, uma solução seria transformar a rua em mão dupla, para evitar um iminente acidente entre os automóveis por lá. “Quando transformaram a rua em mão única tinha pessoal
do trânsito orientando os motoristas, mas isso faz tempo.” Os próprios moradores da via, para ganhar tempo, não fazem o trajeto correto para chegar a suas residências – que seria utilizar a Rua Dr. Osório Cezar e fazer o retorno no começo da Hamilton Prado, próximo ao Posto Zebrinha. Muitas crianças brincam na rua, quando não estão na escola, e há risco de tragédia se nenhuma medida for tomada.
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NOSSA GENTE
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Nesta seção vamos registrar as histórias, os “causos”, a vida dos homens e mulheres que fizeram e fazem, a cada dia, a nossa cidade.
Um rebanho para cuidar De vendedor de pão a ministro evangélico, o Pastor Antonio Miguel vê um rebanho de problemas pela frente, quando se trata de encarar Franco da Rocha, mas também vê soluções. Nascido em 5 de outubro de 1951, em Macarani, na Bahia, Antonio Miguel do Nascimento mudou-se para Franco da Rocha em julho de 1977, quando se casou com Sônia do Rosário, com quem tem seis filhos e oito netos. Sua ocupação principal é no setor de vendas, mas também já foi comerciante, por oito anos, ganhando a vida vendendo pães na Vila Elisa, bairro onde mora até hoje. Bastante religioso,
SOCIAIS
tornou-se pastor da Assembléia de Deus – Ministério de Belém, igreja que começou a frequentar desde os 17 anos. Além disso, participa da fundação de outras igrejas em bairros da cidade e é dirigente de ministério no Lago Azul Ortiz. Mas o Pastor Antonio Miguel também se preocupa com os problemas que Franco da Rocha enfrenta, com conhecimento de quem vivencia as dificuldades dos menos favorecidos e de já ter sido candidato a vereador – no ano de 2008 – visitando diversos bairros do município. Antonio é bastante crítico com o descaso. “Nós estamos atrasados no
Pastor Antonio Miguel se dedica à comunidade
mínimo 10 anos em relação a outras cidades da região e de Jundiaí. Não temos indústrias, não temos empregos na cidade. Falta segurança”, desabafa. As aflições da nossa sociedade são motivo de dedicação.
Por meio de projetos sociais, juntamente com o Pastor Josué, o Pastor Antonio Miguel ajuda alcoólatras e viciados em drogas, encaminhando-os ao Centro Recanto Boas Novas, projeto mantido com
doações e esforço da comunidade. “Lá elas recebem tratamento. Também fazemos aconselhamento e reintegração na base familiar. Pastores não são psicólogos, mas a nossa obrigação é ensinar”.
Nesta seção, traremos sempre as pessoas, lugares e eventos que brilham na vida social de nossa cidade e região.
Aniversariantes
Edital SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS E AUTÁRQUICOS DE FRANCO DA ROCHA E CAIEIRASCNPJ: 01.306.258.0001-83 Insc. Estadual – Isento. EDITAL DE CONVOCAÇÃO PARA ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA DE SUPRESSÃO DE BASE TERRITORIAL E ALTERAÇÃO DO ESTATUTO SOCIAL DO SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS E AUTÁRQUICOS DE FRANCO DA ROCHA E CAIEIRAS – CNPJ/MF 01.306.258/0001-83,A SER REALIZADA EM 03/05/2012:
Ana Paula ,
14 de Abril
Valéria Gomes,
17 de abril
Sebastião Plácido,
17 de abril
Lorena H. de Souza, 23 de abril
A DIRETORIA EXECUTIVA do Servidores Públicos Municipais e Autárquicos de Franco da Rocha e Caieiras, representada por sua Presidente KATIANE SANTOS SOBRAL, no uso de suas atribuições e prerrogativas legais e em conformidade com os artigos 15, 17, 18 e 23, inciso II do ESTATUTO SOCIAL, convoca a todos os servidores públicos associados aoServidores Públicos Municipais e Autárquicos de Franco da Rocha e Caieiras para Assembleia Geral Extraordinária a ser realizada no dia 03/05/2012, às 18:00 .horas, na sala de reuniões da sede do Sindicato, na Avenida Sete de Setembro, n.º 168, 1.º andar, sala 02, CEP: 07851120, Franco da Rocha/SP, para deliberar sobre os seguintes itens: I – Aprovação da alteração do Estatuto Social do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais e Autárquicos de Franco da Rocha e Caieiras, com a redução ou supressão do Município de Caieiras da base territorial; e, II – Consequente alteração na denominação do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais e Autárquicos de Franco da Rocha e Caieiras e alterações nos artigos necessários do Estatuto Social da entidade. Franco da Rocha,21 de abril de 2.012. SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS E AUTÁRQUICOS DE FRANCO DA ROCHA E CAIEIRAS KATIANE SANTOS SOBRAL Diretora Presidente do Sindicato, representando a Diretoria Executiva