Jornal Locomotiva 57

Page 1

Locomotiva Puxando o assunto, trazendo o debate, levando informação 10 de março - sábado - nº57 - Distribuição Gratuita

Suplicy apoia Projeto Juquery e vira cidadão franco-rochense Senador se encanta com campanha por universidade federal em Franco da Rocha e canta ‘Blowin’ in the Wind’ | Págs 4 e 5

Mau cheiro, doenças, poluição: Pq. Montreal não aguenta mais| Pág 3

Rosas e debates celebram Dia Internacional da Mulher| Pág 6

Vila Josefina paga IPTU e não tem luz nem asfalto | Pág 7


2

10 de março - sábado - nº57 - Distribuição Gratuita

NOS TRILHOS

Locomotiva

EDITORIAL

F

ranco da Rocha tem aparecido cons- os recursos disponíveis. tantemente no noticiário nos últimos A única solução é mudar a vocação do nosso muanos como lugar violento, pobre e com nicípio. Deixar de ser apenas cidade-dormitório. problemas aparentemente insolúveis. Essa fama O Projeto Juquery é uma tentativa de mudannão é sem motivos: enchentes, corrupção, falta de ça de rumo. A instalação de uma universidade nível fechada e a pífia planejamento, presídios pipocando como catapora. federal nas atuais dependências do Complexo inauguração de uma Nossa realidade já foi muito diferente. Éramos Hospitalar do Juquery mudaria a impressão escada. uma cidadezinha que tinha ares de interior, geral que se tem da cidade, porque vai trazer um apesar de localizada na Região Metropolitana público novo, com novas necessidades, forçando Doce sonho São Paulo. Havia entrelaçamento das famí- nosso comércio e serviços a se adaptarem a um Mas não se deu por vencida. de lias que se alternavam no comércio novo jeito de atender. Produziu uma fantástica arte e natradicionais, política. Com a expulsão inevitável da Para isso, é fundamental o engajamento pleno no computador, chamada mais pobre dos grandes centros, dos cidadãos, que devem tomar a universidade projeto, com avenidas largas população fomos transformados em receptores dessa mi- como sua para que possamos, enfim, realizar o em uma cidade moderna, gração. A grande demanda social resultante é sonho de sairmos das páginas policiais e entrartudo perfeito. Mas quanto vai custar? Quem vai pagar? impossível de ser atendida completamente com mos numa nova era. Tem a ver com a realidade? Ora, esses detalhes! Quem pagou? Quem mandou pendurar?

Com atraso Na semana em que se comemorou o Dia Internacional das Mulheres, o prefeito de Franco da Rocha, sabedor do impacto causado à população pela perda da Maternidade, anuncia que entregou ofício ao secretário da Saúde do Estado, solicitando que o Hospital de Clínicas tenha uma. Desde 2008 não nascem crianças em Terceira via O cenário político continua hospitais públicos. com a perspectiva de dois candidatos a prefeito. Mas Nada a as movimentações para declarar um terceiro candidato Foi em 2008 que Os dizeres da faixa colocada na continuam. Há espaço no nossa cidade perdeu passarela recém-inaugurada são claros. eleitorado e também no sua Maternidade, Mas se prefeito e vice forem os autores, espectro partidário, já que os sem que o prefeito e se pagaram com dinheiro público, o ato dois não contemplam todos tivesse manifestado é ilegal. Quem pagou pela faixa? os interesses em jogo. qualquer insatisfação. Nenhum prefeito que Testando perca tão importante hipóteses instituição fica calado. Na sequência, perdemos Circulam boatos de Sabesp tapa buraco da chacota pesquisas, sem nenhuma a Clínica Infantil e metodologia científica, o Pronto-Socorro, colocando outros nomes, também sem protesto. como o de Toninho Lopes, à Em 2012, às vésperas frente na corrida. Podem não da eleição, o prefeito O Locomotiva publicou na passar de meros boatos, mas mandou um... ofício. última edição sobre o buraco no elas são testes para saber se meio da rua 12 de Outubro, sinahá espaço para mais um. Dura lizado com estaca e plástico, e realidade na última quarta-feira, dia 7, foi A Prefeitura percebeu Falta agenda? Antes tapado pela Sabesp. Depois que poderia perder o O Cantareira News trouxe mote da nova estação boa notícia para os cidadãos: e da remodelação a população já pode pedir o no Centro e, assim, salão do CSU para celebrar Oportunidade: ficarmos com prédios aniversários. Na matéria em escombros sobre uma festa, marcou Speed Car Automotive ao redor de uma presença, claro, o vice(Funilaria e Pintura) estação inconclusa, prefeito Pinduca, capaz de ir com a passagem de até em ‘batizado de boneca’. ADMITE:

Expediente

Pintor Preparador Ajudante

Locomotiva é uma publicação semanal da

Editor: Ricardo Barreto Ferreira Filho

Editora Havana Ltda. ME.

Reportagem: Valéria Fonseca

Circula em Franco da Rocha, Caieiras, Francis-

Projeto gráfico: Feberti

co Morato e Mairiporã.

Diagramação: Vinícius Poço de Toledo

E-mail: jornallocomotiva@gmail.com

Todos os artigos assinados são de responsa-

Impressão: LWC Gráfica e Editora

bilidade de seus autores e não representam,

Tiragem: 50 mil exemplares

necessariamente, a opinião do jornal.

deixar currículo na oficina a/c Bruce ou Mauricio Tel.: 3865-4040 Rua Prof. Carvalho Pinto , 131, Fundos, Centro Franco da Rocha

Locomotiva

Parq conv

Falta de sane

Em dias chuvosos a situ misturada ao esgoto, qu

Os mora Parque Montre quilômetros do afirmam que o b possui saneamen e que a água suja nas ruas, trazen tornos como m doenças, ratos O Locomotiva local e constato nário composto de terra e esgoto re a céu aberto parte da paisage de 10 anos –, sit evidencia a falta mento básico. A dona de cas Fátima da Silva,


ocomotiva

ocação do nosso mucidade-dormitório. ntativa de mudanuma universidade cias do Complexo daria a impressão orque vai trazer um essidades, forçando e adaptarem a um

Locomotiva

3

10 de março - sábado - nº57 - Distribuição Gratuita

Parque Montreal: moradores convivem com esgoto a céu aberto Falta de saneamento básico, que provoca doenças, e mau cheiro constante são as principais reclamações

Parq conv

engajamento pleno mar a universidade s, enfim, realizar o s policiais e entrar-

rar?

Reclamam fa

colocada na da são claros. m os autores, público, o ato faixa?

a publicou na e o buraco no Outubro, sinae plástico, e ira, dia 7, foi .

Em dias chuvosos a situação piora com enchente e lama misturada ao esgoto, que polui córregos e rios

Os moradores do Parque Montreal, a oito quilômetros do Centro, afirmam que o bairro não possui saneamento básico e que a água suja é lançada nas ruas, trazendo transtornos como mau cheiro, doenças, ratos e insetos. O Locomotiva visitou o local e constatou um cenário composto por ruas de terra e esgoto que corre a céu aberto – que faz parte da paisagem há mais de 10 anos –, situação que evidencia a falta de saneamento básico. A dona de casa Maria de Fátima da Silva, moradora

há cinco anos, acredita que a solução mais urgente é a instalação de uma rede coletora. “O mau cheiro incomoda muito. Essas casas que ficam no alto jogam água em quem passa embaixo, é horrível. Já vi muita gente se molhar com essa sujeira. Além disso, atrai muitos insetos e ratos que podem transmitir doenças”, conta. Fátima pede que as autoridades prestem mais atenção no bairro e façam projetos que beneficiem a população. Em dias chuvosos a situação piora. É o que afirma a dona de casa Maria José

de Freitas, que mora há 19 anos na rua Columbia. “Quando chove a coisa fica muito pior. Além de as ruas se encherem de barro, a lama se junta ao esgoto e toma conta de tudo. O mau cheiro incomoda muito”, afirma. A falta de saneamento provoca doenças e polui rios e córregos, além de contribuir para causar enchentes, alagamentos e assoreamento fluvial – processo de acumulação de material sólido nos rios. Maria de Fátima confirma que o problema no Parque Montreal chegou a esse

ponto. “No terreno atrás de casa, nós e muitos vizinhos acabamos fazendo o trabalho de limpeza do rio, já que quando chove os resíduos da parte alta ficam presos aqui em baixo. É uma situação complicada, que já contribuiu para vários casos de enchente”, explica.

Responsabilidade

A falta de consenso sobre o órgão responsável pelo saneamento nos bairros agrava ainda mais a já caótica situação dos moradores. Segundo Lei Federal, os municípios são responsáveis pela estrutura

de saneamento básico, mas esse serviço pode ser prestado de forma direta ou indireta. Em Franco da Rocha e na maioria dos municípios da Região Metropolitana as prefeituras cederam esses direitos por meio de contratação da Sabesp, uma empresa mista – privada e estadual. Cabe então ao poder público municipal o papel de fiscalizar e cobrar os contratos de concessão. Procurada pela reportagem, a Prefeitura não se pronunciou sobre o Parque Montreal até o fechamento desta edição.

Os morad Parque Montre quilômetros do afirmam que o b possui saneament que a água suja é la ruas, trazendo tr como mau cheiro ratos e insetos. O L va visitou o local e um cenário com ruas de terra e e corre a céu aberto parte da paisagem de 10 anos –, situ evidencia a falta mento básico. A dona de casa Fátima da Silva, ra há cinco anos que a solução ma


4

10 de março - sábado - nº57 - Distribuição Gratuita

Locomotiva

Nos 60 anos do Befama, Suplicy anuncia apoio ao Projeto Juquery Senador se encanta com campanha pela Universidade Federal em Franco da Rocha e reforça iniciativa

A EE Benedito Fagundes Marques (Befama) comemorou 60 anos na sexta-feira, dia 2, e o convidado de honra foi o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), que participou da apresentação e lançamento do projeto que luta pela instalação de uma universidade federal no complexo do Juquery. Além de Suplicy, compuseram a mesa o coordenador do projeto Francisco Daniel Celeguim, o Kiko, o atual diretor do Befama, Ricardo Costa, a presidente do Conselho de Saúde, Raquel Massinelli, a professora e ex-diretora do Befama Renata Celeguim, o coordenador da subsede da Apeoesp, Valfredo Alves Siqueira, e os vereadores George Juventino dos Santos (PT) e Toninho Reis (PSDB). Apresentado em novembro ao então ministro da Educação Fernando Haddad e ao secretário estadual de Desenvolvimento Metropolitano, Edson Aparecido, o projeto intitulado Universidade no Juquery – Nosso Sonho, Nosso

Futuro, já ganhou apoio do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e agora conta com o reforço do senador – um dos defensores do complexo Juquery como um grande campus de saber e educação. Suplicy se comprometeu a enviar emendas ao projeto – que já tem assegurados R$ 4,5 milhões do governo federal. Ainda não há definição do gasto total nem qual universidade deve ocupar a área, entre três federais do Estado: a UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), a UFABC (Universidade Federal do ABC) e a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). Essa última é a mais cotada para fazer parte do projeto. Para o coordenador do projeto, a instalação de uma universidade federal em Franco da Rocha vai tirar o estigma da cidade-dormitório e será um grande atrativo econômico para a região. “Seria a união do útil ao agradável, já que ocuparíamos um lugar vazio, recuperaríamos o

Complexo universitário será um atrativo econômico para Franco da Rocha e tirará o estigma de cidade dormitório, avalia Kiko (à esq.); senador vai enviar emendas ao Senado

complexo e utilizaríamos o espaço de forma produtiva com educação superior e cultura. Somente 150 cidades no Brasil possuem uma universidade federal. Além de tudo, tem a movimentação da economia, um dos grandes motivos para que toda a região se mobilize em torno

do projeto”, explica Kiko. O senador Eduardo Suplicy (PT) fez um rápido passeio pelo local na tarde da sexta-feira e vislumbrou um campus com museu e outros equipamentos. Mostrou entusiasmo e falou sobre o impacto do projeto no Senado. “Em minha

explanação mencionei ao ministro Mercadante a importância desse projeto. Falei pessoalmente com ele para que considere e estude a proposta de uma universidade em Franco da Rocha, que pode contar com meu compromisso em enviar emendas para este projeto.”

Complexo Hospitalar do Juquery Inaugurado em 1898, o Complexo Hospitalar Psiquiátrico de Juquery chegou a abrigar, em 1960, 14.000 internos. Mas os métodos de tratamento de doenças mentais concebidos no século XIX ficaram ultrapassados. O hospital passou por inúmeras denúncias de maus-tratos a doentes, des-

virtuando conceitos estabelecidos por grandes médicos que passaram por aqui. O cuidado psiquiátrico foi substituído pelo atendimento à saúde básica dos moradores da região. Mas o complexo era grande demais e os prédios começaram a sofrer com abandono e deterioração. O Estado foi

incapaz de desenvolver ali um novo projeto de desenvolvimento. Vieram cadeias e Febem. Franco da Rocha seguia acolhendo “indesejados”. A criação do Parque Estadual, em 1991, garantiu a preservação da reserva ambiental, mas isolou ainda mais o Juquery do dia a dia

do franco-rochense. Algumas áreas foram doadas à cidade – Prefeitura, Câmara, Fórum, a delegacia, o Befama e o Cambiaghi um dia integraram o Juquery, mesmo assim a área era enorme. Gradualmente, os serviços de saúde foram sendo desativados, até se encer-

rarem quase por completo – o novo hospital, esperança de muitos, ainda não opera em plena capacidade. O Juquery, nosso orgulho, deixou de ser decisivo para o progresso da cidade, e o edifício central, destruído por um incêndio em 2005, é o triste símbolo desse abandono.

Locomotiva

Sen fran

Senador se en

Após receber títu

O senador E plicy (PT-SP) re final do evento d do Befama, o tit dadão franco-ro Câmara Municipa da Rocha, indica gue pelo veread Juventino dos S gundo o vereador

Befam dedica

Intimamen história de Franco a EE Benedito Marques, conhe Befama, comple em um momen para a educaçã de. A escola – a anos mais nova q – formou nos ú anos mais de 4.0 no ensino fund 5.000 no ensino m palco do lançame campanha que b uma universidad Franco da Roch Segundo o at


ocomotiva

y

tiva

a e tirará o ndas ao Senado

o mencionei ao Mercadante a ia desse projeto. oalmente com ele onsidere e estude de uma universiranco da Rocha, contar com meu isso em enviar ara este projeto.”

or completo – al, esperança nda não opecapacidade. sso orgulho, decisivo para a cidade, e o al, destruído dio em 2005, mbolo desse

Locomotiva

5

10 de março - sábado - nº57 - Distribuição Gratuita

Senador se torna cidadão franco-rochense e canta Bob Dylan Senador se encanta com campanha pela Universidade Federal em Franco da Rocha e reforça iniciativa

Após receber título, senador cantou ‘Blowin’in the Wind’

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) recebeu, ao final do evento dos 60 anos do Befama, o titulo de cidadão franco-rochense da Câmara Municipal de Franco da Rocha, indicado e entregue pelo vereador George Juventino dos Santos. Segundo o vereador, o senador

tem méritos pelos serviços prestados ao município. “Em um dos piores momentos que passamos, durante as enchentes, o senador se deslocou de Brasília e veio se solidarizar com o povo da cidade, além de nos enviar ajuda para nossa reconstrução. Esse título é o

reconhecimento a alguém que prestou um grande serviço para a cidade e é prova da nossa gratidão”, comenta. Sobre a universidade do Juquery, o vereador George foi enfático: “A vinda da universidade para Franco da Rocha muda o foco de atraso e melhora a perspectiva de

conhecimento e de futuro. É como se a cidade estivesse sendo renovada”. Em um breve discurso, o senador foi ovacionado pelos presentes e ao final, cantou sua música preferida, um dos hinos dos anos 1960, Blowin’ in the Wind, de Bob Dylan. O evento contou com mais

Befama: 60 anos dedicados à cidade Intimamente ligado a história de Franco da Rocha, a EE Benedito Fagundes Marques, conhecida como Befama, completa 60 anos em um momento ímpar para a educação na cidade. A escola – apenas sete anos mais nova que a cidade – formou nos últimos 30 anos mais de 4.000 alunos no ensino fundamental e 5.000 no ensino médio, e foi palco do lançamento de uma campanha que busca trazer uma universidade federal a Franco da Rocha. Segundo o atual diretor

do Befama, Ricardo Costa, a educação é responsável pelo desenvolvimento e crescimento da cidade. “A escola tem obtido uma boa colocação no Enem no ponto de vista geral. Somos uma escola com boa parcela de alunos no ensino superior.” Ricardo comenta ainda que a vinda da universidade federal para o Juquery irá gerar mais empregos e oportunidades para os estudantes, ao mesmo tempo em que colocará Franco da Rocha no cenário da educação do país.

de 300 pessoas e também foi palco do lançamento do site do projeto (www.universidadenojuquery.com.br) – onde os internautas e interessados poderão acompanhar o andamento desse grande movimento pela educação na região (leia mais no box nesta página).

universidadenojuquery.com.br O site do movimento pró-universidade traz uma breve história do Complexo Hospitalar do Juquery, bem como sua vocação e projeto futuro. O objetivo é interagir com todos que queiram participar com opiniões e sugestões para o campus. Além de informações sobre as articulações em prol do projeto, o internauta poderá visualizar fotos e se comunicar com coordenadores do movimento.

Mais de 300 pessoas lotaram auditório e ovacionaram senador

onde os internautas e interessados poderão acompanhar o andamento desse grande movimento pela educação na região


to, 239

3-6722

6

10 de março - sábado - nº57 - Distribuição Gratuita

Locomotiva

Distribuição de rosas e debate na Câmara marcam o Dia Internacional da Mulher em Franco Duas iniciativas do PT homenageiam as mulheres da cidade e lembram as conquistas femininas dos últimos anos

Locomotiva

Sem perm

Moradores re

Duas mil flores foram distribuídas no Centro pelo presidente municipal do PT, Kiko Celeguim

Duas iniciativas do PT de Franco da Rocha foram dedicadas à celebração do Dia Internacional da Mulher, no último dia 8. Cerca de 2.000 rosas foram distribuídas às mulheres que passavam pelo Centro da cidade no fim da tarde, em ação que contou com a participação do presidente do PT no município, Kiko Celeguim. À noite, a Câmara Municipal debateu o papel feminino na sociedade. Iniciativa do vereador George Joventino dos Santos (PT), o evento reuniu mulheres que debateram saúde e segurança pública. “Se temos uma presidenta hoje, é fruto dos avanços obtidos pelas mulheres, e é importante que elas tenham mais participação nos parlamentos e Poder Judiciário.

Nós, do PT, temos a obrigação de trabalhar por isso”, destacou George. A “dupla jornada” (acúmulo de atividades no trabalho e em casa) foi lembrada como desafio a ser superado. Liliane de Souza, enfermeira na UBS da Vila Rosalina, falou que o excesso de trabalho gera maior vulnerabilidade a doenças como câncer e depressão. Alertou também para o aumento do contágio do vírus HPV, que pode causar câncer do colo do útero.

Vereador George: palestras sobre participação feminina, saúde e violência

em uma área tradicionalmente ocupada por homens, em três anos e meio à frente da delegacia, Rafaela relata não ter sofrido preconceito. “Às vezes, diante de uma equipe formada por uma delegada, uma escrivã e uma investigadora em um plantão, um ou outro preso chega a agir com agressividade, como se fôssemos inferiores ou submissas. Mas nós reafirmamos

Violência

Para a delegada Rafaela Acedo, “a eleição da presidenta Dilma foi um marco das conquistas das mulheres no Brasil”. Profissional

nossa autoridade”, diz. Por outro lado, sobre a Lei Maria da Penha, Rafaela lembrou de casos de mulheres que sofrem violência doméstica constante e, por diferentes motivos, não denunciam. “Quanto mais se divulgar que as mulheres não estão desamparadas, principalmente nas regiões mais carentes, mais o problema vai ser superado”, conclui.

8 de março

Mulher mãe, doméstica, gari, ar tesã, manicure, balconista... Mulher executiva, professora, doutora... Mulher vereadora, governadora, deputada, senadora, presidenta. São todas mulheres. E tem adjetivos: sábia, sensível, guerreira, capaz, poderosa. Mulher, acredite na sua capacidade. Você pode, você faz. São tantas qualidades para celebrar em apenas um dia. Parabéns, mulheres! Aglais

AQUI TEM Oásis de lazer no Parque Vitória Em meio à carência de áreas de lazer em Franco da Rocha, a Quadra e Piscina do Tico é um oásis de diversão para crianças e adultos no Parque Vitória. Valdeci Ferreira dos Santos, o Tico, criou o empreendimento, depois de atuar com fábrica de blocos. Em 2002, começou alugando a quadra de futebol society. Hoje, o espaço conta com duas piscinas (adulto e infantil), duas churrasqueiras, lanchonete e um salão com mesa de sinuca.

O aluguel da quadra custa R$ 20 por hora. Quem quiser utilizar a piscina paga um valor individual e tem livre acesso. É possível alugar todo o espaço para eventos. Há uma exceção no aluguel da quadra: crianças e adolescentes da região pagam R$ 1 pelo tempo que quiserem. “Prefiro que eles estejam aqui e não na rua”, explica Tico. O espaço recebe semanalmente cerca de 90 alunos da escola Bhakti, mantida pela

comunidade Hare Krishna de Franco da Rocha. Tico não para. Seu próximo passo é fazer o acabamento em todo o espaço, e planeja mais instalações. “Vou fazer seis chalés e um salão de festas”, projeta. Quadra e Piscina do Tico Avenida Giovani Rinaldi, 550, Parque Vitória, Franco da Rocha Tel.: (11) 8782-7100 ou 7165-7100

Quadra e Piscina do Tico atrai adultos e crianças; proprietário (no detalhe) planeja ampliação e melhorias

O Jornal Loc sitou a Vila Josefin região do Jardim controu descaso co de ir e vir dos ci situação beira o ab dignados, morado sua batalha diária de um mínimo d públicos, que tod por meio do IPT na hora de rece completamente e O caso da rua S é trágico. Segund dores, o local foi p asfaltado e de form Segundo Cleusa Guimarães da S prietária de um área na rua, a P pavimentou part no, e o serviço p atinge várias fam “Quando doam Prefeitura o trech missão de servidã


7

ocomotiva

Locomotiva

ranco

Sem luz nem asfalto, Vila Josefina permanece à beira do abandono

imos anos

re violência

z. obre a Lei Maria embrou de casos em violência doe, por diferentes am. “Quanto mais ulheres não estão ipalmente nas remais o problema nclui.

março

gari, ar tesã, her executiva, er vereadora, ora, presidenta. djetivos: sábia, erosa. Mulher, ê pode, você faz. brar em apenas Aglais

rianças; ão e melhorias

10 de março - sábado - nº57 - Distribuição Gratuita

Moradores reclamam do descaso com pavimentação de rua no bairro e falta de serviços básicos cobrados no IPTU

O Jornal Locomotiva visitou a Vila Josefina, bairro na região do Jardim Alice, e encontrou descaso com o direito de ir e vir dos cidadãos. A situação beira o abandono. Indignados, moradores narram sua batalha diária em busca de um mínimo de serviços públicos, que todos pagam por meio do IPTU, mas que na hora de receberem são completamente esquecidos. O caso da rua Santo André é trágico. Segundo os moradores, o local foi parcialmente asfaltado e de forma irregular. Segundo Cleusa Aparecida Guimarães da Silva, proprietária de uma grande área na rua, a Prefeitura pavimentou parte do terreno, e o serviço pela metade atinge várias famílias. “Quando doamos para a Prefeitura o trecho em permissão de servidão para que

Local fica completamente intransitável quando chove

pudesse ser pavimentado, esperávamos todos que fôssemos beneficiados pelo serviço. Afinal, nas condições em que estavam não dava mais. Mas apenas os trechos onde moram funcionários da Prefeitura foram pavimentados e ainda fizeram um muro na parte inferior. Toda a água da chuva escoa para baixo. O serviço mal feito piorou a situação da rua de baixo”, explica. Para Yago Neves Pereira, morador da rua das Oliveiras – continuação da rua Santo André, na parte baixa

–, o local fica completamente intransitável quando chove. “Tentamos, durante o período de estiagem, colocar umas pedras para conter a água das chuvas e ainda aparamos o mato da parte de cima para que a iluminação possa chegar até uma parte da rua, mas é complicado demais”, conta. No entanto, quem mais sofre com o problema são as famílias que moram no final da rua das Oliveiras. Lilian Ribeiro da Silva conta que seus familiares tiveram de descer e subir a rua empurrando uma

maca com sua mãe doente pelo fato de os veículos não conseguirem transitar pela via. “Em 2005, minha mãe precisou de uma ambulância. Como os carros não conseguem descer a rua, empurramos a maca ladeira acima. Um absurdo! Já procuramos a Prefeitura e ninguém tomou providência a respeito de nenhum dos problemas. É um descaso”, desabafa Lilian. Procurada pela reportagem, a Prefeitura não se pronunciou até o fechamento desta edição.

Entenda o caso A rua Santo André foi divida em duas. Uma continua com o mesmo nome e está parcialmente pavimentada; a de baixo, rua das Oliveiras (acesso para a chácara dos Ribeiros) está completamente sem condições de tráfego ou de caminhada. Quase não se consegue andar a pé pela via – onde moram cerca de 20 crianças em fase escolar, além de adultos e idosos que transitam a noite pelo local sem iluminação.

Além de todos esses problemas, uma enorme árvore está em risco de cair na rua, que possui uma cratera com cerca de seis metros de profundidade, que aumenta a possibilidade de acidentes no trecho. A rua das Oliveiras não possui cavaletes de distribuição de água, que é emprestada de outros pontos do bairro, assim como a energia elétrica. Todos os moradores pagam IPTU.


8

10 de março - sábado - nº57 - Distribuição Gratuita

NOSSA GENTE

Locomotiva

Nesta seção vamos registrar as histórias, os “causos”, a vida dos homens e mulheres que fizeram e fazem, a cada dia, a nossa cidade.

Diagnóstico da cidade é com Nenê Preto, enfermeiro Antonio Carlos da Silva nasceu em 1965 na Vila Leão, antigo bairro operário da Melhoramentos, em Caieiras, e logo ganhou o apelido Nenê Preto. “As mães costumavam chamar carinhosamente os filhos de ‘nenê’, e surgiram apelidos para diferenciar. Eu era o Nenê Preto”, conta. Outro apelido é Ciciá, herdado do pai, que trabalhou no hospital do Juquery e era famoso como jogador de futebol na região – outra herança que passou ao filho. Em 1970, a família se mudou para a Vila João de Túlio, em Franco da Rocha. Aos 16 anos, após a morte prematura do pai, Nenê Preto tentou a sorte como jogador no interior e se profissionalizou em 1985, na Esportiva Guaxupé. Atuou em diversos times antes de tentar a última cartada em grandes clubes, como o São Paulo, onde treinou por alguns meses. “Se

SOCIAIS

eu tivesse empresário, meu destino no futebol seria diferente”, acredita. Com menos de 25 anos, deixou a carreira e teve ocupações diversas, até ingressar no curso de enfermagem do hospital do Juquery, onde se formou em 1994. Trabalhou em hospitais da capital até 2001, quando foi admitido no próprio Juquery do qual critica o abandono. “Para ser atendido no hospital estadual, que é terceirizado, o paciente tem de passar pelo atendimento municipal. E há um hospital de portas fechadas no lugar do Juquery”, diz. Nenê Preto teve atuação importante no Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde (SindSaúde) e foi incentivado por amigos a se candidatar a vereador em 2008. “Quando eu fui candidato, conheci outra Franco da Rocha, com muita miséria, que precisa de políticas públicas

que realmente cheguem às comunidades”, opina. Para ele, há muita carência. “Muitos bairros não têm assistência necessária para a quantidade de moradores. O transporte é ruim e caro, não há creche nem UBS”, afirma. Inconformado, criou em 2006 um projeto social voltado para a educação no Complexo Residencial Chácara Bom Tempo, na Chácara Lapa, bairro onde vive há sete anos. É o Projeto Cultural Assuma, que surgiu no próprio apartamento de Nenê Preto, onde ele dava aulas de xadrez e sua mulher, Adriana, de artesanato. O projeto vai ganhar sede própria, onde serão oferecidos cursos como telemarketing e panificação, além de palestras de orientação a crianças e jovens da comunidade. “Sabemos que começamos a missão, mas não sabemos onde vai parar”, afirma.

Nesta seção, traremos sempre as pessoas, lugares e eventos que brilham na vida social de nossa cidade e região.

Aniversariantes

Sandra Feitosa,

5 de março

Ranulfo Faria,

6 de março

Maria Eduarda,

7 de março

Noemia de Jesus,

7 de março

Maira Desiderio,

8 de março

Joana Perbelini,

8 de março


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.