Locomotiva Puxando o assunto, trazendo o debate, levando informação 24 de março - sábado - nº59 - Distribuição Gratuita
Demorou, prefeito! Governo apoiou fim da maternidade do Juquery em 2008 e agora reconhece sua necessidade | Pág 3
Moradores pedem proteção para muro de arrimo|Pág. 4 Forró no Coliseu completa 10 anos |Pág. 6
Cratera avança sobre casa no bairro Monte Verde|Pág 5
Crianças e adultos carecem de áreas de lazer em Franco |Pág 7
Uma vida de carinho e amor à cidade| Pág . 8
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NOS TRILHOS
Locomotiva
EDITORIAL
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inicius de Morais, em Poema Enjoadinho, publicado em 1960, disse “Filhos... Filhos?/ Melhor não tê-los! Mas se não os temos/ Como sabê-lo?/ Se não os temos/ Que de consulta/ Quanto silêncio/ A ópera-bufa salvação da lavoura. Não percebeu que a CPTM iniciou Como os queremos!”. do PSDB a obra sem se preocupar em Pois é, o poeta, que nunca esteve em FranA inauguração da nova saber quem estava ocupando co da Rocha e provavelmente nunca ouviu estação da CPTM de as terras do entorno nem falar do lugar, teria sido profético se falasse Franco da Rocha ficou quem era dono. Isso porque desta cidade. para 2014. Em ano previa construir nos terrenos! Desde 2008, quase não se têm filhos aqui eleitoral (2010), Serra mesmo querendo. Novos habitantes só são prometeu o que não na justiça possíveis se forem nascidos em outra cidade. podia e fez de conta que Briga comércios da popular Se o seu filho não nascer em casa, pelas mãos iniciou obras. Agora veio Os Rua do Táxi estavam lá há 20 de uma parteira ou num hospital privado, a dura realidade: Alckmin anos, em terras da CPTM. ele não será francorrochense. vai paralisar tudo para Com direitos estabelecidos Ocorre que, mesmo quem não liga para investir em manutenção em contratos. Para reintegrar por toda a rede. Só neste os imóveis são 17 ações na ano, 19 panes foram Justiça. Duas liminares foram registradas. derrubadas, reintegrando duas Restam poucos, que Vendo pra crer lojas. seguirão brigando na justiça. César Tralli, âncora do SPTV, foi conferir Resumo da pessoalmente o drama. tucana Na segunda, dia 19, pegou ópera se aprova o trem às 5h20 na estação Quando a construção de um de Francisco Morato e foi patrimônio público é até a Luz, passando pelo preciso ter responsabilidade, mesmo sufoco diário de planejamento e executá-la milhões de trabalhadores de acordo com as normas que usam a ferrovia. e os recursos Confira no link http://glo. jurídicas orçamentários. bo/GB8eEL
esse detalhe tem sérios problemas. Desde que a nossa maternidade foi desativada, sem um único “ai” do poder aqui estabelecido, a qualidade do atendimento foi se deteriorando. Caieiras, que atende as mulheres prestes a dar a luz, de lá e de cá, não tem conseguido suprir a crescente demanda por leitos, berços e médicos. Agora, depois de quatro anos da decisão tomada de não se ter mais gente nascida aqui, dizem que “entregaram um ofício ao Secretário de Saúde” pedindo a instalação da maternidade. Demoraram tanto assim para perceber a bobagem consumada? Um ofício vai resolver? Quando será? Onde será? Em ano eleitoral, esta atitude é, no mínimo, suspeita.
Uma cratera depois da outra. Até quando?
Só agora? Jurandir Fernandes, secretário de Estado dos Transportes Metropolitanos, justificou o sufoco com alta da demanda e afirmou que estão sendo feitos investimentos maciços em segurança e sinalização. Mas admite que levará tempo para estabilizar. CPTM faz pegadinha Em Franco da Rocha, o PSDB acreditou que a nova estação seria a
E a Prefeitura não aprende Não contente com esses desdobramentos, a prefeitura de Franco da Rocha lança uma maquete eletrônica e trata-a como se fosse um projeto sério e tivesse algum contato com a realidade. Fechamento anunciado Como a CPTM pensa no próprio interesse, está perto o momento em que fechará a passagem de nível, inaugurando ou não a nova escada prometida neste ano.
Expediente Locomotiva é uma publicação semanal da
Editor: Ricardo Barreto Ferreira Filho
Editora Havana Ltda. ME.
Reportagens: Valéria Fonseca
Circula em Franco da Rocha, Caieiras, Francis-
Projeto gráfico: Feberti
co Morato e Mairiporã.
Diagramação: Vinícius Poço de Toledo
E-mail: jornallocomotiva@gmail.com
Todos os artigos assinados são de responsa-
Impressão: LWC Gráfica e Editora
bilidade de seus autores e não representam,
Tiragem: 50 mil exemplares
necessariamente, a opinião do jornal.
O trecho da Rua Madagascar, na divisa do Jardim Progresso com o bairro Monte Verde, está desmoronando. A erosão criou uma enorme cratera, que lá permanece destruindo o asfalto e ameaçando o trânsito no
local. O Jornal Locomotiva flagrou a cena de descaso ao retornar de reportagem sobre.... crateras (confira na página 5). Aguardamos que as autoridades possam resolver a situação antes da próxima saída da reportagem.
Correções Diferentemente do publicado na página 4 da edição 58, a Casa Rosa realiza de 1.000 a 1.100 mamografias por mês. O nome do Hospital Estadual Prof. Carlos da Silva Lacaz foi grafado incorretamente.
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Se era necessária, por que desfez? Com fechamento da maternidade não nascem franco-rochenses há quatro anos; agora, Prefeitura decide reabrir
Governo estadual transferiu para hospital de Caieiras em 2008 todo o atendimento hospitalar do Complexo do Juquery
Quatro anos depois, crianças poderão nascer em Franco da Rocha em um hospital especializado. Na última sessão ordinária na Câmara Municipal, o vereador José Aparecido Panta, o Zé Panta (PSDB) disse na tribuna que a maternidade está voltando. O vereador não foi encontrado para comentar sua declaração. A afirmação de Panta pode estar ligada a uma nota do Cantareira News. A edição 545 do jornal publicou que o
prefeito Marcio Cecchettini e o vice Pinduca visitaram o gabinete do secretário de Estado da Saúde, dr. Giovani Guido Cerri, e entregaram, em mãos, uma solicitação para que seja instalada uma maternidade nas dependências do Hospital Estadual de Franco da Rocha. A maternidade de Franco da Rocha, que funcionava no Complexo do Juquery, encerrou atividades em 2008, juntamente com os
demais serviços hospitalares que operavam na cidade. Na ocasião, o governo do Estado transferiu todo ao atendimento público de saúde de Franco da Rocha para a vizinha Caieiras. Na época, o prefeito Márcio Cecchettini minimizou o fechamento da maternidade, garantindo que os serviços seriam mantidos e que a praça da saúde – que estava em construção à época – poderia atender a demanda.
Deslocamento é risco para trabalho de parto Obstetra há 20 anos e há 15 trabalhando em Franco da Rocha, o dr. Kyung Koo Hang, do Centro Médico CEAM, afirma que um dos problemas de não se ter maternidade na cidade é a distância. “O parto pode ocorrer a qualquer hora e o deslocamento para outro município pode comprometer o trabalho de parto e pré-parto. Alguns dizem ‘é pertinho’, mas esse ‘pertinho’ pode ser
arriscado, e alguns minutos fazem a diferença. Outro aspecto é o fato de não nascerem mais pessoas na cidade”, disse. Gildevana Lima mudou-se para Franco da Rocha há quase um ano e está na 16ª semana de gestação de seu primeiro filho. Já se prepara para escolher uma maternidade. “Tenho feito o acompanhamento aqui, mas não sei onde farei o parto. Já ouvi histórias sobre a
maternidade de Caieiras, mas ainda não fui lá. Eu e meu marido temos interesse em ter o bebê em Jundiaí. É triste ele não nascer aqui”, afirma. A direção do Complexo do Juquery declarou que os serviços de maternidade são prestados “no Hospital Estadual de Caieiras, que possui 56 leitos, sendo 27 de ginecologia e obstetrícia. Em 2011, foram realizados mais de 2.000 partos.”
A matéria do Cantareira News afirma que o secretário Guido Cerri teria determinado estudos para implantação da maternidade na cidade. “O prédio que abrigava a maternidade já não reunia condições, oferecendo risco às parturientes. Na época (provisoriamente) foi levado para Caieiras, onde são atendidas as moradoras de Franco da Rocha”, disse o prefeito no jornal. Mas a opção de utilizar a
maternidade na cidade vizinha não tem agradado nem gestantes nem especialistas (leia mais nesta página). Quatro anos depois, a praça da saúde funciona precariamente, conforme o Locomotiva vem mostrando em diversas edições, e o Hospital Estadual está com apenas 10% de sua capacidade. Finalmente o prefeito compreendeu que a cidade precisa de uma maternidade aberta e em funcionamento.
Prefeito muda de opinião A maternidade encerrou atividades no Juquery em 2008. A então diretora do Complexo Hospitalar, Maria Tereza Gianerini Freire, participou de audiência pública convocada pela Comissão de Saúde da Câmara, composta pelos vereadores Marcelo Zampolli, Zé Carlos e Francisco Celeguim, o Kiko.
Ela declarou que os serviços seriam transferidos, sem prejuízo à população. O prefeito Márcio Cecchettini seguiu a posição oficial da direção. Indagada sobre o o novo hospital estadual, à época em obras, Maria Tereza negou que seria de “porta fechada”, e que atenderia a demanda do antigo DIR-IV.
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risco
Mais do que benefício
Moradores do Jardim Progresso reclamam de falta de proteção em muro de arrimo construído há quase 20 anos
Moradores da Avenida Washington Luiz, no Jardim Progresso, mais uma vez reclamam do muro de arrimo construído no local em meados de 1993, há quase 20 anos. Segundo os munícipes, o maior risco é a queda de veículos e até de pedestres – já que muitos trafegam beirando o muro e, com a falta de proteção, podem cair barranco abaixo. “Foi feito o muro de arrimo, tudo bem. Mas e a segurança? E o perigo de um acidente com um veículo grande de novo?”, indaga Edmilson Batista Doval,
morador do bairro desde 1980. Edmilson conta que a situação era bem pior, mas o perigo da falta de proteção ainda traz problemas não só para os moradores – já que o risco de acidentes existe. “Esse muro é urgente, pelas nossas crianças”, ressalta. Um dos trechos do muro, com aproximadamente 30 metros de extensão, passa pela casa de Clodoaldo Aparecido da Silva. Segundo ele, um acidente que ocorreu na rua poderia ter tido graves conseqüências. “A roda de um carro escapou e caiu morro abaixo.
Improvisamos uma proteção de madeira, mas não segurou. Minha preocupação são seis anjinhos lá embaixo e não podemos deixar a vida deles em tamanho risco”, conta. Os anjinhos são os sobrinhos de Clodoaldo, que vivem diariamente o risco de alguma coisa cair em sua casa. Moradores comentam que as quedas de caminhões, carros e pessoas assustaram tanto que diversos pedidos foram feitos às autoridades para fazerem algo de efetivo na proteção. “Fizemos de tudo, mas nada é feito. Não
Pedimos muito, apenas que as autoridades respeitem o povo que vive aqui. São várias famílias sem segurança, sem calçadas, sem
tranquilidade em suas casas”, afirma Edmilson. Procurada pelo Jornal Locomotiva, a Prefeitura não fez nenhum pronunciamento
Acidente virou notícia de TV Uma das vítimas de acidente no local falou ao Locomotiva, mas não quis se identificar. Morador de uma rua vizinha, ele lembra que perdeu o controle da Kombi que dirigia, por conta de a avenida ser estreita e de mão dupla, e o veículo ficou dependurado no alto
do muro de arrimo. O fato tem mais de 10 anos e na época chegou a ser motivo de reportagem de televisão. “A Band fez reportagem na época e as pessoas ficaram impressionadas por eu não ter sofrido nenhum ferimento grave”, comenta.
IGREJA APOSTÓLICA ASSEMBLÉIA DE DEUS SHEKINAH MINISTÉRIO FRANCO DA ROCHA A Igreja Apostólica A.D. Shekinah convida todo povo de fé para participar do seu 5º ano de ministério nos dias 30 e 31 de março e 1º de abril de 2012. Todos os cultos terão início às 19h e contarão com a presença do pastor Oseas do Renascer Praise, apóstolo M. Marcio, Ministério de Louvor Shekinah e muito mais
Local: Rua Luiz Coutinho de Abreu nº 910, Parque Vitória Referência: ponto final do ônibus
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Cratera ‘engole’
casa e moradora se desespera Rua do bairro Monte Verde está interditada, família não consegue entrar e sair de casa e autoridades não se pronunciam
Buraco era pequeno, mas vem crescendo desde janeiro e ocupa a frente da casa, destruindo a escada de acesso (foto no alto à dir.)
Desesperada e presa na própria casa. Assim tem sido a vida de Juelita Macedo Gasparotto, moradora da rua Gracinda Cardoso, no bairro Monte Verde, e impedida de entrar e sair da residência por conta de uma cratera, que aumenta dia a dia desde 19 de janeiro. Com cerca de dois metros de profundidade e seis de largura, o buraco fica diante de seu portão e a erosão já atingiu a casa da moradora, que fica abaixo do nível da rua. O problema é alarmante e a rua está interditada há mais de 60 dias. Mas as autoridades não resolvem. A família sofre o constrangimento de usar a casa vizinha como acesso. “A escada de entrada e saída de casa simplesmente
desabou. Eu e meus familiares improvisamos uma de madeira, por onde conseguimos passar para a casa da minha sogra, que fica ao lado, e assim sairmos de casa. Um sofrimento”. Juelita e diversos vizinhos comentaram que até equipe de TV esteve no local, mas a reportagem – que eles estavam esperançosos para ver não saiu. A dona de casa tem uma filha de 7 anos e um filho de 24 que estuda à noite. O filho usa a escada improvisada no escuro ao chegar da faculdade; a filha, Juelita põe no colo, desce a escada para levá-la até a escola e sobe com a criança na volta do colégio. “Estou a ponto de largar tudo e alugar um quartinho em outra cidade.
Franco da Rocha parece terra sem lei.” A desculpa que ouvem ao reclamarem na Prefeitura é que não existe verba para uma obra daquele porte. A fúria de Juelita tem explicação na realidade que a dona de casa tem vivido nesses meses e no descaso com sua situação. Diversas autoridades estiveram fazendo “vistorias” no local, mas não apresentam nenhuma solução. “Engenheiros da Prefeitura prometeram que uma empresa cuidaria da obra, mas até agora nada. Na última segunda-feira (dia 19), quando mais um pedaço da escada caiu, fiquei apavorada e liguei pra um deles, que prometeu voltar ainda essa semana. Hoje é quarta-feira e nada. Um
“Nós não aguentamos mais!”, diz Juelita, que precisa improvisar na casa vizinha o acesso para sua residência
verdadeiro descaso”. Juelita teme a chegada das fortes chuvas e faz um apelo: “Quando chover forte a cratera vai encher de água e vai formar uma cachoeira dentro da minha casa. Peço que as autoridades façam o
possível para uma solução urgente. Nós não aguentamos mais!”. O Jornal Locomotiva enviou solicitação à Sabesp e à Prefeitura, mas até o fechamento desta edição nenhuma resposta foi dada.
Histórico do buraco No dia 19 de janeiro, a cratera era apenas um pequeno buraco causado pela água das chuvas. Na época Defesa Civil e Corpo de Bombeiros foram chamados pela dona de casa. “As madeiras que ‘protegem’ o buraco foram colocadas pelos Bombeiros e até elas estão sendo ‘engolidas’ pela cratera”, disse Juelita.
A Sabesp também foi chamada. “Olharam e ainda largaram um cano atravessado na cratera” A situação foi piorando. O que era um simples buraco foi aumentando. Com as chuvas, a água concentrada no local infiltrou na garagem da moradora, comprometeu toda a construção e derrubou a escada que dá acesso a casa.
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Esta nova seção do Locomotiva é dedicada ao comércio de Franco da Rocha, o mais forte da região. Em cada edição, vamos mostrar um produto ou serviço que é prestado aqui, do lado de casa.
Dez anos de balada no Coliseu A casa de forró Coliseu é palco há mais de uma década de noites de balada em Franco da Rocha. É comandada pelo paulistano Fábio Prado Vieira, o Fabinho, que elegeu a cidade para morar há sete anos. “Aqui é muito bom de viver. Adoro cantar, já tive banda e sou compositor. Já cantei com grandes nomes do forró, Francis Lopes é um deles”, conta o empresário, que não esconde a paixão pela música. Além disso, também faz publicidade, gravando anúncios veiculados em seu carro de som. Jovens na faixa etária de 25 anos tomam a pista de dança do Coliseu, bastante espaçosa para casais dançarem coladinho. “A banda toca do forró universitário ao pé de serra e até romântico”, explica Fabinho. A casa recebe shows de bandas nacionais e a Rasta Chinela é a próxima, quando o
empresário dividirá o palco com o grupo. O empresário Fábio também dá seu show nas pistas como DJ Fabinho – “nos intervalos eu toco tudo que a galera gosta de ouvir, de pagode a axé e funk”. O Coliseu conta com amplo bar, área para fumantes, equipe de segurança e estacionamento. Fabinho, que administra o espaço há três anos, garante manter preços populares. “Não dá para cobrar valor elevado senão o pessoal não pode sair pra se divertir”. A casa funciona duas vezes por semana, mas o empresário planeja abrir também às sextas-feiras.
Coliseu - Rodovia Presidente Tancredo de Almeida Neves, altura do km 39. Quinta e sábado, das 22h às 4h
Soldado de Franco ganha homenagem O policial militar Daniel Azevedo, do 26º Batalhão de Polícia Militar Metropolitana, foi homenageado no dia 14 de março como o soldado que mais se destacou na região em janeiro. O evento no Quartel do Comando Geral da Polícia Militar na Luz, em São Paulo, contou com o comandante da Polícia Militar,
entre outros oficiais. Para Daniel, é um reconhecimento do trabalho que faz com muito amor e dedicação. “Atribuo a um socorro feito com o soldado Alex a um bebê de um ano e meio, garantindo a chegada da vítima com vida ao hospital. Como franco-rochense fico muito feliz pela homenagem”.
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Lazer onde?
Faltam opções em Franco da Rocha Mães reclamam da carência de áreas públicas para os filhos; adultos têm poucos espaços para cuidar do bem-estar
Franco da Rocha não tem parques aonde levar crianças para o lazer, na opinião das mães entrevistadas pelo Locomotiva. Carolina Miranda morava em São Paulo antes de se mudar para o Centro de Franco da Rocha. Quando leva a filha Ana Luiza para passear, ela ainda opta pela Capital. “Vamos ao Parque do Ibirapuera ou Villa-Lobos, ao shopping, cinema ou teatro”, conta. Maria Aparecida Gomes dos Santos também vai a São Paulo com o filho Brian, de 5 anos. “Vamos ao Parque da Água Branca. Aqui não há lugar para levar as crianças”, afirma a moradora do Jardim Alice. “É uma falta de respeito. Pagamos imposto caro para não ter aonde ir”. “Lazer em Franco só quando há parques itinerantes ou circos”, diz Lucineide Cardoso de Santana,
Praça da Cidadania “só no fim da tarde, por causa do sol”, conta a moradora Eliana
mãe de Mylla, de 11 anos. Sobre a Vila Elisa, onde mora: “Lá não há nada, mesmo”. O Centro Social Urbano (CSU) ou o ginásio Paulo Rogério, voltados para cursos e jogos, não são parques. Eliana Rodrigues, que tem uma filha no balé do CSU,
citou a Praça da Cidadania (onde são feitos eventos), mas ressalva que “só dá para ficar lá no fim da tarde por causa do sol”. Único parque – O Parque Estadual do Juquery – que não foi lembrado pelas entrevistadas – é o único de
Franco da Rocha com boa estrutura para visitantes, trilhas na mata nativa e playground. O único ginásio poliesportivo, Paulo Rogério, está em reforma. As atividades são realizadas no CSU, que tem quadras, salões e a única piscina pública da cidade,
aberta no fim de semana. O espaço oferece aulas de diversas modalidades. A Diretoria de Esportes afirma que todas as atividades esportivas do município atendem cerca de 5.000 pessoas (ante os cerca de 130 mil franco-rochenses).
Convívio ao ar livre é essencial para a saúde Para o engenheiro civil José Luiz Portella, ex-secretário estadual dos Transportes Metropolitanos e especialista em projetos públicos, espaços de lazer são fundamentais para a saúde dos moradores. “Ninguém vive sem lazer, porque a falta pode provocar doenças nervosas”, afirma. Portella acha fundamental uma cidade ter “parques-clubes”, com parquinho infantil, quadras, pista de cooper e espaços para os mais velhos. “São equipamentos baratos”, diz. Parques com ampla área verde e ocupação das ruas também são importantes. “Sem vida na rua, não há na cidade. Na maioria das vezes, as pessoas ficam confinadas em casa. O fundamental é trazê-las ao ar livre e evitar concentração em locais como shopping centers. Não ocupar a rua é um grave sintoma de doença da cidade”, explica.
Para passear com sua filha, Carolina escolhe um parque ou shopping da Capital
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NOSSA GENTE
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Nesta seção vamos registrar as histórias, os “causos”, a vida dos homens e mulheres que fizeram e fazem, a cada dia, a nossa cidade.
Um ‘Maestro’
de dedicação à cidade Seraphim Moreno é certamente um dos moradores mais antigos de Franco da Rocha. Nasceu em outubro de 1933 e foi registrado em Jundiaí – Franco não possuía cartório na época. Esse senhor hoje aposentado, pai de quatro filhos, nove netos e quatro bisnetos, é um exemplo de dedicação ao município, e se orgulha de ser reconhecido na cidade pelos serviços prestados à sociedade. “Mantenho amizade até hoje com todos os funcionários da prefeitura.” Dono de vários apelidos, o mais marcante é “Maestro”. Sua história no funcionalismo público é longa. Ingressou na prefeitura em 1966, trabalhando na coleta de lixo, um de vários papéis
SOCIAIS
desempenhados ao longo dos anos. Entre 1967 e 1969 foi motorista de ambulância – “não era fácil, naquele havia garagem, e o carro ficava na frente da minha casa noite e dia”, conta. Outros cargos que assumiu em 30 anos no serviço público foram motorista de almoxarifado e motorista de gabinete, no qual passou 11 anos. Mas não foi só, pois exerceu outras funções. “Tomava conta da via pública, fazia limpeza de tubulação e abertura de rios”, diz Nesse período, Seraphim disputou quatro vezes o cargo de vereador com a intenção de ajudar ainda mais a população. Foi suplente em todas e em uma ocasião assumiu o posto por
Nesta seção, traremos sempre as pessoas, lugares e eventos que brilham na vida social de nossa cidade e região.
Aniversariantes
Noemia Moraes,
16 de março
sete meses. “Naquela fase as pessoas votavam por confiar e acreditar em mim, não era preciso muito dinheiro”. Entre passado e presente, as comparações são inevitáveis. “Franco era só mato, nada parecido com o que é hoje em dia. Mas, a cidade tem muitos problemas, precisa ser mais bem cuidada”. Ele vê o passeio público abandonado e outros serviços essenciais esquecidos. O único momento ruim em sua vida dedicada à cidade foi quando se aposentou. “Franco da Rocha é onde eu nasci e cresci. Aqui criei meus filhos e netos, e é onde eu quero morrer”, finaliza Seraphim, exemplo de amor, carinho e respeito pelo município.
Fabiana Ramos, 20 de março
Bento Barbosa,
21 de março
Aniversário do padre Cido
Rodolfo Pimenta,
24 de março
Comunidades da Vila Bela e Jardim dos Reis festejaram no último dia 19 os 50 anos do padre Cido, com amigos e familiares. Paranaense de Ribeirão do Pinhal, veio com a família para Franco da Rocha em 1978 e há 12 anos está na Paróquia Bom Jesus da Paradinha.