Jornal Oficina Brasil - agosto 2010

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www.oficinabrasil.com.br

Auditoria de Tiragem e Circulação: IVC

ANO XX - Nº 234

AGOSTO DE 2010

marketing direto

Pesquisa indica a

escassez de mão de obra

Estudo inédito da CINAU (Central de Inteligência Automotiva) revela um verdadeiro apagão de mão de obra especializada no setor da reparação - Pág. 82

Lançamento

Técnicas 2 RODAS

Rino Liciani Jr. ensina como fazer a análise de gases em motocicletas - Pág. 50

VALTER RAVAGNANI

Nosso especialista em injeção eletrônica traz o esquema elétrico do Renault Clio - Pág.70

Comparativo Os sedans médios líderes de vendas se encaram após da atualização do motor do Toyota Corolla, e da nova versão LXL do Honda Civic - Pág. 91

CONSULTOR OB Chega do velho 1.8l da parceria Fiat-GM. O Punto estreia os novos motores e-Torq 1.6l e 1.8l, ambos 16v, que vai pegar em toda linha Fiat - Pág. 74

Marco Antonio Silvério Jr. mostra as vantagens da substituição do carburador pela injeção eletrônica - Pág. 72


NADA DE PROMOÇÃO NEM DE OFERTA. OS PREÇOS DAS PEÇAS CLIO CAÍRAM MESMO.

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PARA-CHOQUE TRASEIRO REF. 7702295499 DE:

491

POR:

359

PARA-LAMA DIANTEIRO DIREITO REF. 7701474160

DE:

330

POR:

254

LONAS DE FREIO TRASEIRO REF. 7701206962 DE:

232

POR:

134

Com os valoresnovos das peças o r do Ren iginais seus cli ault Clio, vão queentes não de outr rer saber a coisa .

LANTERNA TRASEIRA REF. DIREITA 8200917487 DE:

323

POR:

154

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DE:

397

POR:

179

RADIADOR REF. 7700838134

DE:

601

POR:

337 FAROL

DIANTEIRO DIREITO REF. 8200507704

DE:

395

POR:

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Agosto 2010

:: Editorial

:: Expediente DIRETOR GERAL Cassio Hervé SECRETÁRIA Solange Ferreira Roberto REDAÇÃO Jornalista responsável: Alexandre Akashi - MTB 30.349 editor@grupogerminal.com.br Consultor Técnico: Arthur Gomes Rossetti redacao@grupogerminal.com.br Tel: (11) 2764-2862 PRODUÇÃO/INTERNET Coordenadora: Daniela Pelosi Assistente: Eduardo Muniz Analista Web: Tiago Lins producao@grupogerminal.com.br SUCURSAL REGIÃO SUL Diretor: Eduardo Seger eduardo.seger@grupogerminal.com.br (51) 3337-8758 DIRETOR COMERCIAL Eduardo Foz ATENDIMENTO Gerente: Ernesto de Souza ernesto.souza@grupogerminal.com.br COMERCIAL Contatos Comerciais: Alessandra Macedo alessandra.macedo@grupogerminal.com.br

marketing direto

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Aliandra Artioli aliandra.artioli@grupogerminal.com.br Carlos Souza carlos.souza@grupogerminal.com.br Assistente: Shelli Braz shelli.braz@grupogerminal.com.br Estagiária: Alessandra Del Moro alessandra.delmoro@grupogerminal.com.br FINANCEIRO Gerente - Junio do Nascimento Assistente - Mariana Tarrega Auxiliar - Rodrigo Castro financeiro@grupogerminal.com.br GESTÃO DE PESSOAS Daniela Accarini rh@grupogerminal.com.br ASSINATURA E DATABASE Gerente: Mônica Nakaoka monica@brasildireto.com.br Assistente: Alexandre P. Abade alexandre@brasildireto.com.br CENTRAL DE ATENDIMENTO AO LEITOR Luana Cunha e Talita Araújo De 2ª a 6ª, das 9h às 17h30 Tels: (11) 2764-2880 / 2881 leitor@oficinabrasil.com.br PRÉ-IMPRESSÃO E IMPRESSÃO Log & Print Gráfica e Logística S.A.

Jornal Oficina Brasil é uma publicação do Grupo Germinal. Trata-se de uma mídia impressa

baseada em um projeto de marketing direto para comunicação dirigida ao segmento profissional de reparação de veículos. Circulando no mercado brasileiro há 18 anos, é considerado pelo Mídia Dados como o maior veículo segmentado do país. Esclarecemos e informamos aos nossos leitores, e a quem possa interessar, que todos os conteúdos escritos por colaboradores publicados em nosso jornal são de inteira e total responsabilidade dos autores que os assinam. O jornal Oficina Brasil verifica preventivamente e veta a publicação do material que recebe, somente no que diz respeito à adequação e ao propósito a que se destina, e quanto a questionamentos e ataques pessoais, sobre a moralidade e aos bons costumes. As opiniões publicadas em matérias ou artigos assinados não apresentam a opinião do jornal, podendo até ser contrária a ela. Nós apoiamos: Filiado a:

Mesmo nas férias, demanda é 45% este ano O mês de junho é caracterizado pelo período de férias escolares de inverno. Consequentemente, menos trânsito, e menos movimento nas oficinas também. Mas, diferentemente do ocorrido em anos anteriores, julho de 2010 foi excelente para as oficinas de reparação da região metropolitana de São Paulo. O resultado do IGD (Índice Gerador de Demanda) medido em julho não deixa dúvidas: 45% a mais de demanda este ano em relação à julho de 2009, apesar de o índice ter despencado em relação ao mês anterior (junho). Mas, se olharmos para trás, veremos que isto é sazonal, e se repete ano após ano: o movimento nas oficinas em julho é mais fraco do que em junho. Então temos o que comemorar. Ainda mais porque os tempos mudaram. Há mais de dois anos, quando comecei a me especializar no setor da reparação, escrevi sobre a necessidade de o reparador manter-se constantemente atualizado em relação às novidades tecnológicas. A reportagem capa do jornal Oficina Brasil de julho de 2008 dizia: Os caminhos da atualização profissional. Estamos em agosto de 2010 e o que temos nesta capa? Uma enorme placa de procura-se funcionários, na porta de uma oficina. Esta é uma realidade em diversas cidades brasileiras, pois falta mão de obra especializada para atender a crescente demanda de veículos que necessita de manutenção, seja ela preventiva ou corretiva. O setor vive um verdadeiro apagão de mão de obra, causado pelo aquecimento do mercado. Infelizmente, o segmento da reparação não é mais como era antigamente, que conseguia absorver qualquer tipo de aventureiro. O

profissional de hoje precisa ter conhecimento técnico, do contrário não produz. A pesquisa CINAU Mão de Obra 2010 mostra que em quatro estados brasileiros, há uma carência enorme de profissionais da reparação automotiva e que a maioria não passa pelo período de experiência. Isso é alarmante, pois não faltam cursos de especialização, não faltam iniciativas por parte da indústria de autopeças, e até mesmo proprietários de oficinas têm dedicado tempo e energia treinando jovens e adolescentes em busca de novos talentos (veja matéria na página 82). O consumidor, o dono do carro, já percebeu que a oficina mecânica não é mais aquele lugar sujo e escuro como era antigamente. E isso é bom, pois significa que o setor evoluiu, tal como os carros, que deixaram de ser 100% mecânicos e se transformaram em produtos tão complexos quanto o corpo humano, que exige estudo e habilidade para se diagnosticar uma disfunção e receitar uma solução. Este é assunto que abordo na coluna Reparadores, eu vi, na página 90. A moral desta história toda é que mesmo com toda parafernália eletrônica e tecnológica que hoje auxilia o reparador a encontrar o problema do automóvel, se ele não estiver preparado e não tiver os conhecimentos básicos de como o automóvel funciona, as chances de sobreviver diminuem. O tempo agora corre a favor de quem sabe trabalhar e tem vontade de crescer. Aproveitem bem este momento. Alexandre Akashi Editor

DADOS DESTA EDIÇÃO • Tiragem: 63.000 exemplares • Distribuição nos Correios por database: 60.650 (até o fechamento desta edição) • Percentual de distribuição auditada (IVC): 96,27% COMPROMISSO COM O ANUNCIANTE O Oficina Brasil oferece garantias exclusivas para a total segurança dos investimentos dos anunciantes. Confira abaixo nossos diferencias: 1º. Auditoria permanente do IVC (Instituto Verificador de Circulação) garante que o produto está chegando às mãos do assinante; 2º. Registro no Mídia Dados 2008 como o maior veículo do segmento do País; 3º. Publicação de Balanço Anual (edição de fevereiro 2008 e disponível em nosso site) contendo uma informação essencial para a garantia do anunciante e não revelada pela maioria dos veículos, como o custo de distribuição (Correio); 4º. No Balanço Anual é possível conferir as mutações do database de assinantes comprovando permanente atualização dos dados de nossos leitores; 5º. Oferecemos mecanismos de marketing direto e interativo, que permitem mensuração de retorno por meio de anúncios cuponados e cartas resposta; 6º. Certificado de Garantia do Anunciante, que assegura o cancelamento de uma programação de anúncios, a qualquer tempo e sem multa, caso o retorno do trabalho fique aquém das expectativas do investidor; 7º. Anúncios do tipo Call to Action (varejo), em que é possível mensurar de forma imediata o retorno da ação. Para anunciar ou obter mais informações sobre nossas ações de marketing direto fale com o nosso departamento comercial pelo telefone (11) 2764-2852.

:: Números CAL (Central de Atendimento ao Leitor) MEIOS DE CONTATO Cartas...........................................................................4 E-mails............................................................234 Telefonemas........................................114 Fax...................................................................6 Site..............................................................1.435 Total...........................................................1.502 SOLICITAÇÕES Assinaturas....................................................1.032 Alterações de cadastro.........................695 Outras............................................................193 Total..................................................1.920 Dados referentes ao período de 01/07 a 31/07/2010

SELO FSC Nº 15

A Germinal Editora e Marketing, consciente das questões ambientais e sociais, utiliza papéis Norske Skog Pisa com certificado FSC (Forest Stewardship Council) para impressão deste material. A Certificação FSC garante que a matéria-prima florestal provenha de um manejo considerado social, ambiental e economicamente adequado. Impresso na Log & Print Gráfica e Logística S/A – Certificada na Cadeia de Custódia – FSC


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Agosto 2010

:: Índice AVALIAÇÕES

CARROS 85 Avaliação do reparador Toyota Corolla 1.8l 2003 Comparativo técnico

91 Honda Civic 1.8l Flex LXL x Toyota Corolla XEi 2.0l Flex 80 Em breve, na sua oficina

Peugeot Hoggar 1.6l 16v Escapade MOTOS

45 Em breve, na sua oficina Nova Yamaha Crypton

COLUNAS 54 Agenda do Carro

Oficinas do programa poderão somar pontos fidelidade Dayco e MTE-Thomson Caderno Premium

78 Mitsubishi Galant VR 1999

:: Opinião do leitor Dicas do Conselho Fiquei feliz ao abrir a edição número 232, junho 2010, e ver que um problema encontrado por nossa equipe em um Palio havia sido tema de discussão entre nossos conselheiros. Na época, de posse de um esquema elétrico e do scanner, efetuamos um rastreamento minucioso no chicote elétrico da injeção e motor. Encontramos várias irregularidades, principalmente acessórios e periféricos sendo energizados diretamente no chicote da injeção. Após correção das inconformidades e troca da central o veículo funcionou perfeitamente e não apresentou mais problemas. Carlos Wiering, da Torque Motor, Salvador - BA

Direito preventivo

44 A dr.Alessandra Milano Morais está de volta e fala sobre vícios na relação de consumo 77 Dr Stock

Perigos no circuito de rua mais travado da temporada

20 Fórum Oficina Brasil

Os 5 tópicos mais debatidos, sob o ponto de vista do administrador

16 IGD

Demanda nas oficinas sobre 45% em relação a julho de 2009

90 Padrão de qualidade

O fator humano na oficina

90 Reparadores, eu vi

Inspeção Ambiental Veicular Somos assinantes e leitores assíduos do jornal e aproveitamos para parabenizálos pelos conteúdos abordados. Na edição de julho/2010 o jornal abordou o assunto “Aftermarket” o qual me chamou a atenção, pois somos uma empresa de reparação de veículos e Auto Center. Se souberem informar, gostaria de saber se existe uma previsão para essas inspeções veiculares ambientais para o estado de Santa Catarina, onde nos localizamos; e se possível informar se há necessidade de cadastramento em algum órgão governamental e como proceder. Davi Horst Eichstaedt, diretor MB Auto Center – Santa Catarina

Os tempos mudaram...

REPORTAGENS Entrevista 10 Miguel Margarido, diretor de Tecnologia da Tecnomotor

74 Lançamentos

Fiat Punto e-Torq e Renault Clio Mercado

82 O gargalo é na mão de obra. Pesquisa mostra que a falta é generalizada TÉCNICAS Andre Luis Bernardo e Albino Buzolin Filho

66 O módulo Multitec H, da Delphi 61 Carlos Napoletano Neto

Transmissão automática 4L30-E - parte 4 Consultor OB

72 A troca do carburador pela injeção eletrônica 89 Dicas do Conselho

Volkswagem Fox não grava a/f

68 Fábio Ribeiro

Diagrama elétrico da Meriva 1.8l 8v

58 Pedro Luiz Scopino

Sistema de freio ABS - Volkswagen Jetta Rino Liciani Jr.

50 Análise de gases em motocicletas Válter Ravagnani

70 Diagrama elétrico dos Renault Clio e Symbol - parte 4 94 Boletim técnico

:: Orientações sobre assinaturas Para receber o Oficina Brasil Nosso jornal é distribuído gratuitamente para profissionais que atuam no aftermarket automotivo brasileiro. Para recebê-lo siga as instruções: 1) acesse o site www.oficinabrasil.com.br; 2) antes de iniciar o processo de preenchimento do cadastro, tenha o nº do seu CPF em mãos; 3) no menu da página principal, na parte da “Central de Atendimento ao Leitor”, selecione a opção “Para receber o Jornal”; 4) preencha todos os campos da ficha corretamente. Obs: Após a avaliação dos seus dados, em uma operação que leva em média 30 dias, caso esteja tudo correto com seu cadastro, você passa a receber o jornal no endereço indicado. Aos que já são assinantes É importante avisar a Central de Atendimento ao Leitor, pelo telefone e e-mail indicados abaixo ou por meio do site, qualquer alteração de endereço ou dados. Esse procedimento é indispensável para que você continue recebendo o jornal. Neste caso você deve acessar o site e clicar na opção “Alteração de cadastro” e seguir as instruções. Caso receba uma carta solicitando seu recadastramento, faça-o imediatamente acessando a área “Recadastramento no Jornal”, caso contrário sua assinatura será cancelada. Para mais informações, entre em contato com a Central de Atendimento ao leitor, de 2ª a 6ª das 8h30 às 18h nos telefones (11) 2764-2880 ou (11) 2764-2881, ou envie um e-mail no endereço leitor@oficinabrasil.com.br Oficina Brasil: Rua Joaquim Floriano, 733 – 1º andar – Itaim Bibi – São Paulo SP – CEP 04534-012





SENSOR DE POSIÇÃO DO PEDAL DO ACELERADOR FIAT TT O sensor de posição do pedal do acelerador é constituído por dois potenciômetros, um principal e um de segurança, integrados no mesmo invólucro.

O sensor está localizado no pedal do acelerador.

CARACTERÍSTICAS DO SENSOR O sensor é constituído por uma carcaça e em seu interior é colocado um eixo no qual são fixados os potenciômetros integrados do acelerador. No eixo é montada uma mola que garante a resistência à pressão, enquanto uma outra garante o retorno do pedal à sua posição de repouso.

1 - Potenciômetro; 2 - Alavanca do pedal do acelerador.

Ambos os potenciômetros recebem alimentação de 5V de forma independente. A tensão de saída do potenciômetro P1 varia de 0V a 5V, dependendo da posição do pedal do acelerador.

IMAGEM ILUSTRATIVA DO PEDAL DO ACELERADOR

O sensor é utilizado pela Central de Controle do Motor para reconhecer a posição do pedal do acelerador e gerenciar a demanda de torque por parte do condutor do veículo. O mesmo é utilizado em veículos que utilizam o sistema “Drive by Wire” (borboleta motorizada) sem cabo de acelerador.

Já o valor de tensão de saída do potenciômetro P2, que também varia em função da posição do pedal, tem o valor instantâneo igual à metade do valor da tensão de saída do potenciômetro P1. É essa característica especial que aumenta o nível de confiabilidade da informação gerada pelos potenciômetros.

Para a análise do sensor do pedal, podese utilizar um multímetro, osciloscópio ou scanner de diagnóstico do sistema de injeção, monitorando o sinal de saída dos potenciômetros em seus respectivos pinos para a central de injeção, lembrando que o sinal é variável de acordo com o curso do pedal e diferente os valores do potenciômetro 1 para o potenciômetro 2 (os valores de resistência são diferentes de um para o outro). Veja as ilustrações a seguir:

PIN-OUT DO SENSOR 1. 2. 3. 4. 5. 6.

5V para P2 5V para P1 Negativo P1 Sinal P1 Negativo P2 Sinal P2

Sinal P1 / Sinal P2 / Sinal medido com ociloscopio automotivo.

ANÁLISE DE FALHAS Em caso de detecção de falhas em um dos potenciômetros, será adotado um modo “limp home” para o potenciômetro avariado e será utilizado o sinal do segundo potenciômetro para controle do sistema, sendo que o torque máximo disponível será limitado a valores pré-determinados e a luz indicadora de avarias acenderá no quadro de instrumentos. Em caso de avaria simultânea nos dois potenciômetros, o veículo não aceita comando do pedal do acelerador.

Valores de tensão obtidos com multímetro ou scanner automotivo. NOTA: EM ALGUNS SISTEMAS DE INJEÇÃO, O VALOR DA TENSÃO DO SINAL DE SAÍDA DOS 2 POTENCIÔMETROS (P1 E P2) SÃO SEMELHANTES. CASO O SENSOR DO PEDAL APRESENTE ALGUMA FALHA EM SEU FUNCIONAMENTO É NECESSÁRIA A SUBSTITUIÇÃO DO MESMO.



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DA AGÊNCIA BEST CARS

Agosto 2010

“O mais importante é o pós-vendas”

Fotos: Oficina Brasil

ENTREVISTA

Ao completar 30 anos de mercado, a Tecnomotor anuncia planos de expansão e, para isso, investe em novas formas de atuação no mercado. Em entrevista exclusiva ao jornal Oficina Brasil, o diretor de Tecnologia da Tecnomotor, Miguel Margarido, conta as estratégias traçadas pela empresa para conquistar novos mercados, com foco no atendimento ao pós-vendas regionalizado e ampliação do portifólio de produtos, através da Tecnomotor Distribuidora

Alexandre Akashi Este ano, a fabricante de equipamentos de diagnose Tecnomotor completa 30 anos de atuação no mercado. Madura, planeja a expansão dos negócios e para tanto criou uma nova empresa, a Tecnomotor Distribuidora, que passa a ser responsável por todo atendimento de vendas, pós-vendas e treinamento aos clientes reparadores. Porém, muito mais do que comercializar os equipamentos que a Tecnomotor Eletrônica

desenvolve, a Distribuidora tem como missão agregar novos produtos ao portifólio, para assim oferecer aos clientes soluções completas de ferramentas que auxiliam no trabalho do dia a dia das oficinas. Em entrevista exclusiva ao jornal Oficina Brasil, o diretor de Tecnologia da Tecnomotor Eletrônica, Miguel Margarido, explica esta nova fase da empresa, e também comenta sobre o futuro da diagnose na reparação automotiva, além de ensinar algumas técnicas para manter a oficina sempre

lucrativa. Jornal Oficina Brasil – Este ano, a Tecnomotor completa 30 anos. Quais as novidades da empresa? Miguel Margarido – Chegamos a um nível de maturidade onde estrategicamente definimos que iríamos estabelecer alguns pontos importantes de médio e longo prazo. JOB – Que pontos são esses? MM – A empresa se profissionalizou, e com isso pas-

sa por um processo onde é preciso identificar a cultura, o sistema de gestão, a governança corporativa, foi quando transformamos a empresa em sociedade anônima, criamos um conselho de administração, diretoria executiva e adotamos práticas de governança corporativa. JOB – Quando isso ocorreu? MM – Faz uns três anos. Essa foi uma primeira fase, quando fizemos também a certificação ISO 9000. Arrumamos

a parte de gestão corporativa e a de formalização dos processos. Há um ano e meio, estrategicamente, definimos também que seria melhor posicionar a fábrica como indústria e iríamos criar outra empresa para lidar com o varejo e a distribuição dos produtos. Foi nesta ocasião que decidimos criar o conceito da Tecnomotor Distribuidora. JOB – Por que? MM – A Tecnomotor como indústria tem um portifólio limitado de produtos, pois



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entrevista

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temos um critério de escolha sobre quais tipos de produtos valem a pena desenvolver e fabricar aqui dentro.

Medimos o que agrega valor para o cliente, o que ele realmente precisa do distribuidor de equipamentos, e chegamos a conclusão de que o mais importante é o pós-vendas: entrega técnica, assistência técnica e treinamento

JOB – Mas existem complementares... MM – Sim, e por isso criamos a Tecnomotor Distribuidora. Há uma série de produtos adjacentes que não são interessantes serem produzidos dentro da nossa fábrica, e a Distribuidora trabalha com os de outras empresas para completar o portifólio, e assim oferecer uma solução completa para o cliente. JOB – Que produtos são esses? MM – Estamos trazendo com exclusividade a linha da Schumacher Eletric, na parte de auto-eletrico, e também uma linha de produtos voltados ao undercar. Além disso, estamos desenvolvendo novos produtos, na Tecnomotor Eletrônica, que serão lançados oficialmente na Automekanika, em Frankfurt. JOB – Como vai funcionar o novo modelo de atendimento ao reparador? MM – A Distribuidora hoje, em determinadas regiões, já comercializa toda linha Tecnomotor, de forma que descentralizamos o atendimento de varejo. A Distribuidora tem uma matriz instalada aqui em São Carlos, e as filiais ou escritórios regionais, que estão sendo montadas. Neste momento já existem quatro filiais constituídas, duas já em operação e outras duas em fase de constituição.

pivotada em um raio de 150km a 200km.

JOB – Quais são estas quatro? MM – Uma em Campo Grande (MS) e outra em São Paulo, no bairro do Tatuapé. Estas já estão em funcionamento. Ainda teremos uma unidade em Limeira e Bauru, ambas no Estado de São Paulo. JOB – Por que descentralizar a operação? MM – Decidimos medir o que agrega valor para o cliente, o que ele realmente precisa do distribuidor de equipamentos, no caso a Tecnomotor, e chegamos a conclusão de que o mais importante é o pós-vendas: entrega técnica, assistência técnica e treinamento. JOB – Realmente muitos reclamam disso...

MM – O projeto contempla este conceito. Regionalmente, teremos um centro para atender os nossos clientes que chamamos de CAR (Centro de Atendimento ao Reparador). Estas unidades vão dar todo o suporte técnico de pós-vendas, inclusive para a Rede Ecocar e, a partir do desenvolvimento dos CARs, expandiremos a Rede EcoCar. JOB – A próxima etapa é constituir a rede Ecocar no Mato Grosso do Sul? MM – Sim. No projeto da Distribuidora essas matrizes de atendimento regionalizado serão o pivô da Rede EcoCar em cada um dos estados. A ideia é que nos estados adjacentes, como Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, devemos ter

pelo menos uma unidade de CAR para comandar todo o sistema da Rede nestes locais. Percebemos que esta presença regionalizada dos serviços de pós-vendas agrega valor ao cliente, é algo que eles precisam. JOB – Mas o modelo de São Paulo não é eficaz? MM – Da forma como está hoje, centralizado em São Carlos, conseguimos enraizar o projeto pelo estado de São Paulo, atendendo a Grande São Paulo, interior e tudo mais. Agora quando você pensa em outros estados, é difícil darmos suporte a estes grupos de oficinas a partir daqui de São Carlos. A distância fica muito longe. A Rede EcoCar hoje necessita de uma gestão

JOB – Então haverá mais agilidade no atendimento? MM – Essa é uma questão interessante. A parte de assistência técnica e reparo de equipamentos de pequeno porte não representa grandes problemas, porque é fácil despachar por Sedex, e em um ou dois dias devolvemos para o cliente. Agora quando são equipamentos de porte maior, e de uns tempos para cá lançamos duas famílias de produtos de porte grande, complicados de transportar, com frete caro, são pesados, para estes, sim, haverá ganho em atendimento. JOB – Quantas CARs o projeto prevê? MM – A princípio estamos prevendo 15 filiais. Tem algumas que vão atender mais de um estado. Isso depende do adensamento, do número de clientes que temos na região, o tamanho e idade da frota. O que paga a estrutura de uma CAR é a quantidade



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entrevista

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de clientes que temos regionalmente. Em um raio onde temos 1.500, 2.000 clientes, já suporta uma unidade.

De uma forma simplificada, 60% dos diagnósticos têm baixo grau de dificuldade, se faz em 20 minutos. Depois tem 30% de grau de dificuldade intermediária, se demora em média uma hora para fazer o diagnóstico. E tem os 10% que são os tais dos problemas “cabeludos” que é difícil prever quanto tempo vai levar para fazer o diagnóstico.

JOB – Com a inspeção veicular ambiental, na cidade de São Paulo, a venda de analisadores de gases cresceu? Como atender toda a demanda? MM – Cresceu. Hoje temos uma fila de espera de 45 dias para entrega do equipamento. De certa forma estamos atendendo a demanda. JOB – Esse aumento na procura por analisador de gases tem puxado vendas de outros produtos? MM – Tem. A venda de scanners também cresceu. JOB – E a Tecnomotor tem planos de lançar novos modelos de scanner no mercado? MM – Ainda não tem nada certo. Mas pode ser que sim... JOB – Por falar em scanner, o reparador tem a ilusão que o scanner resolve tudo... MM – O scanner é só uma ferramenta. Não é a solução do problema. Ele precisa de informações técnicas, treinamento, uma série de conhecimentos para chegar no diagnóstico efetivo. De uma forma simplificada, 60% dos diagnósticos têm baixo grau de dificuldade, se faz em 20 minutos. Depois tem 30% de grau de dificuldade intermediária, se demora em média 1 hora para fazer o diagnóstico. E tem os 10% que são os tais dos problemas “cabeludos” que é difícil prever quanto tempo vai levar para fazer o diagnóstico. O que vai definir o percentual de dificuldade

que você tem de portifolio da oficina é o preparo que você tem para abordar aquele determinado problema. O problema é que quando chegam as novas tecnologias, o reparador está pouco preparado, e o volume de problemas “cabeludos” cresce sobre o volume de serviços da oficina. Aí, o lucro vai para o espaço, porque ele não consegue cobrar uma semana de mão-de-obra para fazer o reparo do veículo, não importa qual. Não dá para repassar isso para o cliente. Assim, a zona de problemas “cabeludos” é uma região deficitária para a oficina. JOB – O que fazer, então? MM – Administrar essa zona. Tem de investir em tecnologia, treinamento. O orçamento da oficina em tecnologia tem de ser tal que mantenha essa zona dentro dos 10% ou

menos. Se abandonar o investimento em tecnologia, a zona dos problemas “cabeludos” começa a crescer e, com isso, invade o lucro e entra em um circulo não virtuoso, mas, sim, oneroso, onde tem menos dinheiro, investe menos e os problemas ficam cada vez mais difíceis. JOB – O reparador tem consciência disso? MM – A maioria não. Isso é visível quando se tenta implementar um software de gestão. Percebe-se que a maioria não tem um controle de estoque, não sabe qual é o custo da hora do serviço, como rateia custo fixo entre produto e peças. São conceitos básicos para entender a gestão do negócio. Eles não medem o tempo. A montadora tem a tabela de tempo de reparos, que é um parâmetro de quanto está dentro ou fora do que deveria estar. Mas se

o reparador não mede isso, está a deriva. Nesta questão da gestão, o que acontece é que eles admitem clientes que são deficitários para a oficina, e às vezes demora anos para perceber isso. JOB – Como a Tecnomotor auxilia as oficinas da Rede EcoCar? MM – Temos feito um trabalho muito forte na rede de conscientização. Treinamentos e até auditoria nas oficinas para mostrar para eles uma radiografia do negócio. Os números são muito frios e diante deles, ou desiste ou reage. Não tem meio termo. Só que para ter número, precisa medir e para medir, precisa ter disciplina. É um processo científico, uma quebra de paradigma. JOB – A Tecnomotor está completando 30 anos este ano. O que vem para os pró-

ximos 30 anos? MM – Acredito que o diagnóstico wireless vai ser muito forte no futuro próximo. Fazer diagnóstico de emissões, o OBD3, com transmissor interno, que transmite por tecnologia sem fio as informações de emissões. Nos próximos 10, 15 anos, não vai ter mais análise de gases. O próprio veículo vai monitorar a emissão de gases e ele simplesmente vai ter um scanner wireless. JOB – De certa forma já monitora... MM – Mas não é tão refinado. Não ao ponto de você passar em um pedágio e ficar retido lá caso seja detectado um problema de emissão. Ele simplesmente transmite a informação e você é multado. Outra tecnologia são os híbridos, os motores elétricos, sem escovas, regenerativo, são tecnologias que vão acontecendo.



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igd

igd de julho confirma aquecimento do mercado Mesmo sob o efeito da sazonalidade das férias de julho, que reduz a demanda por serviços nas oficinas, o índice mostra um crescimento de 45% em relação ao mesmo período do ano passado na Grande São Paulo. O monitoramento de mercado criado pela CINAU (Central de Inteligência Automotiva) que avalia o desempenho das oficinas mês a mês e desde o final de 2008 está mostrando resultados muito animadores para o setor, pois comprova prova que o aquecimento continua. O mês de julho não costuma ser um período bom para as oficinas, pois é a época de férias, e muitos dos serviços são realizados preventivamente para as viagens de férias o que lota os estabelecimentos em junho. Mesmo assim, e em função da demanda proporcionada pela implantação do programa de inspeção veicular no município de São Paulo, as oficinas continuam lotadas e trabalhando num ritmo acelerado, não tão acelerado quando o mês de junho quando nosso índice bateu seu recorde histórico atingindo 1,47, julho registrou 1,04. “Uma avaliação apressada do IGD de julho pode parecer que o serviço caiu muito, porém

numa análise gráfico do igd mais apurada vai confirmar que a queda é típica do mês de julho, mas mesmo assim o patamar é 45% superior ao mesmo período do ano passado o que não muda nossa estimativa de que a demanda deve Apesar de o IGD ter caido em relação a junho, no comparativo com Gráfico da preferência de compra de peças pelo dobrar até o o mesmo mês do ano passado a demanda está 45% superior reparador: distribuidor caiu de 28% para 19% final do ano” explica Alexandre Carneiro ganhou com isso foram as lojas cançado no mês de junho e 50,2% das citações. gerente da CINAU e estatístico de autopeças que subiram de repetido em julho. Outro destaque diz respeito responsável pelo estudo. 48% para 58% da preferência da Já no quesito “falta de peças” ao valor do ticket médio que O acompanhamento da pre- oficina como fornecedor (veja o 50% dos reparadores denuncia- continua em alta alcançando o ferência da oficina quanto ao gráfico acima). ram a situação sendo que as patamar recorde de R$ 435,00 canal de compra de peças, Quanto a preferência de montadoras mais citada foram: o que indica que as oficinas da também avaliado pelo IGD, compra de autopeças quem Ford (10,9%), Peugeot (8,8%), região estão faturando mais indica que a mutação mais s e m a n t e v e n u m m e s m o Renault (5,2%), GM (2,6%), Fiat do que nunca experimentando significativa aconteceu no seg- patamar (ainda que elevado (2,3%) e Volkswagen (1,2%). A mais serviços a um custo maior. mento “Distribuidor” que caiu pelo histórico do IGH) foi a dificuldade em encontrar peças Acesse nosso site para mais do patamar de 28% (recorde concessionária que registrou é maior nos veículos importa- informações sobre o IGD: www. histórico) para 19% e quem os mesmo 22%, patamar já al- dos, uma vez que representa oficinabrasil.com.br





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reparadores debatem problemas de módulo do renault Scenic murillo Fontana Administrador do fórum Continuando nossa seleção dos tópicos com maior repercussão, o 1° lugar no mês de Julho foi o “Scenic 1.6 16V (2003) não pega”, em que o veículo, após retornar de um reparo no sistema de alarme, não ligava mais. O usuário “Fardin” informou a ligação elétrica do alarme e “Jeronimo50” relatou que a troca e/ou reset do módulo do

imobilizador exigem scanner original. O autor do tópico informou que o veículo teve que ser encaminhado para uma concessionária para que fosse feita a troca do módulo da cabine e desbloqueio do imobilizador. Em 2° lugar foi o tópico “HS 2.5 98 S-10”, uma S10 2.5 1998 apresentou, após a retífica do motor, correia dentada desfiando. Foi efetuada a troca, porém o problema retornou após alguns dias. Os usuários

Posição 1° 2° 3° 4° 5°

Tópico Scenic 1.6 16V (2003) não pega HS 2.5 98 S-10 Gol AT 1.0 8V. Luz de óleo acende a 90°C Courier zetec rocam 1.6 Arrefecimento Gol Power 1.6 07 Flex estouro na admissão

“mecanauto” e “RGALVAO” informaram sobre os dois tipos de polias existentes: com e sem suporte para a correia. Caso seja aplicado o modelo sem suporte, a correia será forçada para fora e ficará desalinhada. Muito cuidado com esta aplicação. Em 3° lugar, “Gol AT 1.0 8V Luz de óleo acende a 90°C”, em um veículo que após sofrer superaquecimento e ter o cabeçote substituído, apresentou baixa pressão óleo quando o motor aquece. O usuário “Antonio_o_f” informou como possível causa folga nos man-

respostas

Data

64 33 28 23 21

15/07/2010 18/07/2010 16/07/2010 17/07/2010 14/07/2010

cais ou no cabeçote, e o autor do tópico confirmou problema nos tuchos. O 4° colocado, “Courier zetec rocam 1.6 Arrefecimento”, apresentava superaquecimento e contaminação do óleo com água. Um detalhe importante é que este veículo estava sem a válvula termostática, e o usuário “pauloautocar” reforçou a importância deste componente. Em 5° lugar, “Gol Power 1.6 07 Flex estouro no coletor”, em que o veículo apresentava falta de potência e “estouros” no coletor de admissão durante

O fórum do jornal Oficina Brasil na internet é ponto de encontro de reparadores de todo o País para troca de informações técnicas e ajuda mútua. Participe você também desta comunidade

usuário que mais contribuiu Fardin e Jeronimo50 mecanauto e RGALVAO antonio_o_f pauloautocar edsonrmb

as acelerações. O usuário “edsonrmb” informou sobre cabos de vela danificados, o que foi confirmado como solução pelo autor. Neste mês de Julho, um item que chamou bastante a atenção foi a dificuldade de executar alguns serviços fora da concessionária. Mesmo alguns modelos um pouco mais antigos ainda não permitem que sejam acessados todos os sistemas pelo scanner, aceitando somente o equipamento da montadora. Cuidado com estes tipos de procedimentos, pois caso seja feito de maneira incorreta, pode sair bem caro. Um abraço e até o próximo mês.



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Pesquisa mostra que maioria dos carros só vai para oficina quando não é aprovado na inspeção Pesquisa realizada pelo Sindirepa-SP (Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo) em 50 oficinas divididas por regiões (centro, norte, sul, leste e oeste) da cidade de São Paulo revela que 54% motoristas só levam os veículos para revisão após serem rejeitados ou reprovados na inspeção ambiental veicular. Dos entrevistados, 22% disseram que fazem uma revisão pré e 24% afirmaram que vão ao mecânico de confiança antes e depois da inspeção. A pesquisa identificou também que a ampliação da ins-

Veja os principais serviços executados para pré e pós-inspeção ambiental veicular

Posto de inspeção, da Controlar: aumento no movimento das oficinas

peção ambiental veicular para toda a frota de São Paulo provocou aumento do movimento nas oficinas pesquisadas em

até 36%. O maior índice foi constado na zona leste, 30% no centro e região sul e 21% na parte oeste da cidade.

• Descarbonização (limpeza do sistema de injeção eletrônica e lubrificação para a retirada de resíduos acumulados em áreas internas do motor); • Revisão do cabeçote; • Revisão do carburador; • Revisão completa (verificação do sistema alimentação, escapamento, motor, sistema de ignição, suspensão, freio e direção); • Revisão do sistema de injeção eletrônica; • Revisa do sistema de escapamento (catalisador – troca ou colocação); • Sonda lambda; • Troca de filtros de óleo; • Regulagem do motor. Fonte: Sindirepa-SP



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Cesvi identifica a disponibilidade de ABS Dados recentes da pesquisa realizada pela Cesvi Brasil sobre disponibilidade do sistema ABS em veículos novos nacionais e do Mercosul mostram a continuidade da evolução do mercado em relação à oferta de ABS desde 2007, ano da primeira edição do levantamento. As versões com o sistema não disponível tiveram uma redução de 13% em comparação à primeira edição do estudo. Nos resultados por categoria, houve um aumento de cerca de 9% na oferta do equipamento como item opcional em carros populares (hatches compactos) em relação a 2009,

portanto em 2010 corresponde a 44% dos veículos, e 10% aos ofertados de série. Nos resultados gerais, as versões com o sistema não disponível tiveram uma queda de 13%. Entretanto, em 2010 a disponibilidade do sistema em veículos de série teve redução em relação a 2009, de 39% passou para 37%. Já a oferta do ABS como item opcional teve um aumento de 8% em relação ao ano anterior, atingindo 31%. Na categoria dos hatches médios, a pesquisa registrou o aumento de 10% no número de versões que disponibilizam o ABS como item de série desde o primeiro ano do levantamen-

to. Na edição de 2010 do levantamento, 62% dos hatches médios apresentam o sistema de série. Em relação ao sedan médio, desde 2007 essa categoria apresentava evolução na oferta do ABS em veículos de série. Em 2010, a pesquisa registrou a disponibilidade em 84% desses veículos, porém a queda de 7% em comparação a 2009. Alguns modelos que dispunham do item de série passaram a oferecê-los como opcional. A pesquisa também constatou o aparecimento de modelos com o dispositivo EPS embarcado de série em determinadas versões.

Catalisador: selo do Inmetro é sinal de credibilidade no negócio A obrigatoriedade da venda de catalisadores com conformidade avaliada pelo INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial, vigente desde abril, trouxe oportunidades de bons negócios nos Centros Automotivos. Ao vender marcas que estejam com a conformidade avaliada pelo INMETRO, o reparador agrega credibilidade ao serviço oferecido, além de garantir ao cliente um produto que não trará problemas mecânicos ao veículo do cliente. O catalisador é uma peça obrigatória no sistema de exaustão dos veículos desde 1997, responsável por converter mais de 95% dos gases tóxicos gerados

durante a combustão. Hoje, aproximadamente 23% da frota circulante necessita de algum reparo ou estaria sem condições de estar nas ruas, por apresentarem algum defeito grave nos sistemas de segurança ou emissão de poluentes. Em São Paulo, isto representa cerca de 1.380.000 veículos com necessidade de manutenção. Segundo dados do Instituto Brasileiro Veicular (IBV), veículos com mais de cinco anos de uso possuem 42% de chance de serem reprovados em uma inspeção.



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NGK amplia gama de sonda lambda Cobreq lança pastilhas e lonasdefreionoaftermarket no mercado de reposição lg vu

ão

A NGK ampliou a cobertura do aftermarket com o fornecimento de sensores de oxigênio (sonda lambda) para os modelos Vectra 2.2 (General Motors), Fiesta 1.0 e 1.3, Courier 1.3 e KA 1.0 e 1.6, todos da Ford. A alta tecnologia da peça permite a precisão na medição dos níveis de gases emitidos pelo

veículo, atendendo as atuais necessidades dos automóveis. A sonda lambda tem como função detectar os níveis de oxigênio nos gases de escape do motor, informando a qualidade da mistura ar/combustível à unidade de controle eletrônico do veículo (ECU). O sensor compara a concentração de oxi-

gênio nos gases do motor com o ar ambiente, possibilitando o ajuste da quantidade de combustível injetado na câmara de combustão. O Chevrolet Astra é um dos veículos que ganharam sapatas Cobreq

O mercado de reposição ganhou novas pastilhas e sapatas de freio para veículos da General Motors e Honda. Produzidas pela TMD Friction com a marca Cobreq, as pastilhas são para o Honda New Fit e para o Honda City. Já o lançamento de sapatas

abastecerá os Chevrolet Vectra, Astra, Corsa, Zafira e picape Montana. Com as mesma qualidade oferecida nos produtos originais, as pastilhas e sapatas de freio Cobreq são destinadas aos modelos abaixo, com seus respectivos anos de fabricação.

Pastilhas dianteiras - Honda New Fit LX – motor 1.4 SOHC-VTEC 16V - flex – a partir de 2009 - Honda New Fit EX e EXL – motor 1.5 SOHC-VTEC 16V – flex – a partir de 2009 Honda City LX, LXL e EX – motor 1.5 SOHC-VTEC 16V – flex – a partir de 2009 Sapatas traseiras Todas a motorizações - Chevrolet Vectra – a partir de 1996 - Chevrolet Astra – a partir de 1999 - Chevrolet Corsa – a partir de 2002 - Chevrolet Zafira – a partir de 2002 - Chevrolet Montana – a partir de 2002



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rodas: o SenA MTEsor 3 em 1, ou THOMSON seja, temperaparticipou do tura, pressão 7º Encontro e posição em Moto&Cia Clasuma só peça. sic, promovido Na tenda anualmente pelo montada pela site Moto&Cia, MTE-THOMem São Paulo. O Equipe da MTE-Thomson SON, muitas encontro reuniu mais de 10 mil pessoas, entre tiraram dúvidas sobre o funcionamento dos sensores e sobre colecionadores e admiradores. A empresa aproveitou a a tabela de índices de emissões oportunidade para reforçar a permitidos, já que em São Paulo divulgação do Sensor Lamb- todas as motos terão que passar da para motos, componente por uma inspeção de emissões responsável pela emissão de de poluentes e o sensor lambda poluentes do veículo e também é o principal responsável pelo para lançar a sua nova peça para controle de mistura rica e pobre o mercado de reposição de duas do motor.

Fotos: Divulgação

MTE-Thomson lança sensor campanha da cofap traz de volta o 3 em 1 em evento de 2 rodas cachorro mais famoso do Brasil

O mascote da Cofap vem agora em formato de desenho animado, mas o slogan permanece o mesmo

A Magneti Marelli Cofap Aftermarket anunciou a volta da campanha publicitária de amortecedores com o cachorro da raça dachshund. O slogan é o mesmo que faz sucesso há mais de 20 anos: “O melhor amigo do carro e do dono do carro”. A novidade da campanha atual é o formato em dese-

nho animado e será veiculado durante um mês em diferentes mídias. A empresa resgata a campanha após constantes solicitações da sua rede distribuidora. O valor aproximado do investimento na campanha publicitária é de R$1,2 mi. A comunicação deverá atingir 13 mi de pessoas, através

de seis mil inserções, gerando uma expectativa de 448 milhões de impactados. Os filmes abordam temas atuais e inovadores, como o cachorrinho dançando funk, sambando ou lutando boxe, sempre alertando para verificação preventiva dos amortecedores.



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Amigo mecânico Petrobras reúne reparadores de Piracicaba Com a presença de 96 profissionais das oficinas mecânicas da cidade de Piracicaba, município paulista distante cerca de 150 quilômetros da capital, o Programa Amigo Mecânico Petrobras apresentou, em 29 de julho último, importantes conceitos sobre combustíveis e óleos lubrificantes, especialmente no que se refere à manutenção e cuidados preventivos nos sistemas de alimentação e lubrificação do veículo. Realizado mensalmente em diversas cidades brasileiras, ao longo de sete anos o Programa Amigo Mecânico já atendeu mais de 35 mil reparadores em todo o Brasil,

sendo sem sombra de dúvida o mais antigo programa de treinamento e relacionamento mantido por uma indústria de petróleo com este importante grupo profissional de formadores de opinião. Nestes treinamentos para o reparador, os instrutores da Petrobras abordam questões sobre gasolinas, diesel e lubrificantes, de tal forma que estes profissionais tenham segurança na recomendação ou aplicação do melhor produto ao cliente da oficina ou centro automotivo. “Essa é uma iniciativa muito importante para os reparadores e, consequentemente, para o consumidor final, uma vez que

Lilian Leal, coordenadora do Programa Amigo Mecânico Petrobras, e o engenherio Dinarte Santos, dão boas vindas aos participantes do evento

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vários problemas do veículo são decorrentes do uso de gasolinas adulteradas ou lubrificantes inadequados. Além disso, o palestrante é muito bom e competente, o que torna o treinamento dinâmico e agradável”, afirma o reparador Celso Oliveira. Ainda há tempo para participar das palestras O calendário de palestras do Programa Amigo Mecânico Petrobras é divulgado mensalmente no site e jornal Oficina Brasil. Para fazer sua inscrição ou obter mais informações, entre em contato com

o Programa no telefone 0800 771 07 70, o atendimento é de segunda a sexta-feira, no

horário das 8h30 às 18h. As palestras são gratuitas e as vagas limitadas.



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Distribuidora Automotiva investe em tencologia para agilizar o atendimento Líder no setor de distribuição de autopeças no País, com 21 filiais, escritórios regionais e representantes, a Distribuidora Automotiva, empresa do Grupo Comolatti que detém as unidades de negócios Sama, Laguna, Matrix e Abouchar, está presente em todo o território nacional, oferecendo um portfólio de produtos com mais de 38 mil itens para atender às diferentes necessidades de mercado. Com investimento constante em tecnologia e logística, a empresa garante agilidade no atendimento mesmo em localidades distantes dos grandes

centros urbanos. “O cliente necessita ser prontamente atendido e, para isso, precisamos contar com sistemas que garantem agilidade na operação. Estamos sempre investindo para aprimorar nosso atendimento e um destes investimentos é a implantação do sistema SAP, que dará, ainda mais, dinamismo às operações”, revela o diretor da Distribuidora Automotiva, Rodrigo Carneiro. Segundo o diretor, é preciso estudar o mercado e avaliar às necessidades dos clientes. “A distribuição precisa oferecer suporte ao varejo que, por

sua vez, atende o aplicador que está em contato direto com o consumidor final que é o dono do carro”, explica Carneiro. Para isso, a empresa busca aperfeiçoar processos que garantem a agilidade do atendimento ao mercado de acordo com as diferenças e necessidades de cada localidade. “Tratase de um trabalho minucioso para avaliar os variados mercados que atuamos, por isso, necessitamos de ferramentas e recursos que permitem obter o perfil e as características regionais”, conta. Outro ponto importante

Monroe tem novo catálogo de produtos A Monroe acaba de lançar seu novo catálogo de produtos para o mercado de reposição. Com o layout reformulado, esta edição é totalmente ilustrada e se destaca pela presença de dicas técnicas sobre os produtos. A lista de aplicações dos produtos Monroe foi atualizada, com 25 inclusões para a Linha Leve, cinco para a Linha Pesada e duas para a Linha Rancho. Os últimos lançamentos da Monroe, como

os amortecedores dianteiros e traseiros do VW Gol e VW Voyage Geração V, novo Ford Ka, nova Nissan Frontier e os traseiros para o Punto e o Linea, ambos da Fiat, também estão presentes nessa nova edição. O prático sistema de buscas por montadora e modelo do veículo foi mantido. O novo catálogo também estará disponível na internet, no site www.sa-tenneco-automotive.com.

para oferecer atendimento de qualidade é a questão da garantia, um item de extrema importância e que a Distribuidora Automotiva dá atenção especial. “O nosso processo de garantia é diferenciado, simples e muito ágil. Assim que o produto é devolvido para a Distribuidora Automotiva, oferecemos ao cliente a opção do Bônus Garantia que é gerado automaticamente no valor da peça devolvida, possibilitando a aquisição imediata do mesmo item ou de outro de sua preferência. Desta forma, o problema é sanado o mais breve possível”, afirma Carneiro.

Câmbio automático é tema de palestra A Brasil Automático e ABC transmissões convidam reparadores para participarem de uma palestra com o tema: “Câmbio Automático – Vantagens, Conforto e Segurança”, no dia 28 de Agosto das 9h ás 11h30, na Rua Santo Antonio, 237. em São Caetano do Sul (SP). O palestrante é o diretor Técnico da Brasil Automático, Carlos Napoletano Neto, que passará informações importantes sobre o uso correto da alavanca, condições de utilização, melhor dirigibilidade, manutenção preventiva e como dirigir com economia. Mais informações pelo telefone 11 4229-1268.



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Lançado em 2005, o Destination é o principal pneu da Firestone voltado para o crescente mercado de picapes e utilitários-esportivos ou SUVs (Sport Utility Vehicles). As novas medidas do pneu passam a atender na reposição dos modelos Hilux, S10, L200, Pajero TR4, entre outros. Projetado para o uso em qualquer condição de piso, em função de sua construção reforçada e do desenho exclusivo da banda de rodagem, o Destination atende o segmento de pneus A/T (todoterreno), conhecido também como 50/50 - ou seja, 50% para uso em terra e 50% para o asfalto.

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firestone amplia linha de pneus para caminhonetes

A fabricante oferece 13 opções de medidas do Destination

Para incrementar ainda mais seu amplo leque de opções, o pneu Firestone Destination

A/T passou a contar com mais oito medidas: 205/75R15, LT215/75R15, 255/70R15, LT225/70R16, LT235/70R16, LT245/70R16, LT265/70R16 e LT 265/75R16. Essas medidas completam o portfólio que contempla outras cinco: 225/75R15, 235/75R15, 255/75R15, 215/80R16 e LT245/75R16. Com um total de 13 medidas disponíveis, a linha Firestone Destination A/T passa a atender todo o mercado de reposição dos principais modelos do segmento como: Chevrolet S10 e Blazer; Mitsubishi L200 e Pajero TR4; Ford F250 e Ranger; e Toyota Hilux SW4.

Dicas para evitar filtros de má qualidade Para garantir o bom funcionamento do veículo, tanto com relação ao consumo adequado de combustível quanto para evitar o desgaste prematuro das peças, a MANN+HUMMEL, recomenda a aquisição de filtros de boa qualidade e que atendam às especificações do veículo, seguindo o manual do fabricante. Segundo a empresa, as aparências enganam e, as diferenças entre os filtros originais e reconhecidos no mercado e aqueles de má qualidade são quase imperceptíveis. A dica da empresa é que o reparador fique atento à vedação dos produtos. Com isso, é possível notar que os

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filtros de qualidade inferior apresentam uma selagem dos papéis tão vulnerável quanto as que vemos em filtros de papel comum, como os utilizados para coar café. Essa baixa qualidade resulta em produtos mais baratos que nem sempre garantem o rendimento esperado pelo consumidor e o recomendado pela fabricante do veículo.



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Carro que não fizer recall terá venda bloqueada

SAe BRASIL debate estratégias para a competitividade As estratégias das montadoras e autopeças na disputa pelo mercado interno diante dos avanços internacionais será o tema do Simpósio SAE BRASIL de Tendências e Inovação na Indústria Automobilística, que acontece no dia 30 de agosto, em São Paulo. No encontro, especialistas do setor mostrarão qual o caminho que as empresas seguem para reduzir custos, obter ganhos logísticos e tornar as operações mais eficientes, apontar qual é o papel do governo e instituições do setor neste

cenário e como a indústria e os profissionais devem se preparar para o avanço da competitividade. O simpósio irá debater também a cadeia de produção diante dos avanços internacionais e como deve se preparar para a competição. O simpósio da SAE BRASIL será no Hotel Sheraton WTC, em São Paulo (avenida Nações Unidas, 12.559, Brooklin). As inscrições estão abertas e devem ser feitas pelo telefone (11) 3287-2033, ramal 106. Mais informações na website www.saebrasil.org.br.

O Gape (Grupo Automotivo de Profissionais Especializados), de Guarulhos, realizou a entrega de mais de 350kg de alimentos e 500 pacotes de fraldas para Lar Portal da Esperança, localizado no Jardim Leda, também em Guarulhos. Os alimentos foram arrecadados durante so 2º Check-up Solidário, ocorrido no início de julho, e que contou com a revisão de 167 veículos em um único dia. O Gape é formado por 12 empresas de reparação da região do Jardim vila Galvão

Uma nova legislação de trânsito endurece a situação de proprietários de automóveis que, apesar de convidados pelas fábricas, não fizerem os reparos determinados por um recall. O Denatran já anunciou que pretende, nos próximos meses, determinar que os donos de carros que não fizerem o recall a que estão sujeitos terão a venda de seus veículos bloqueada. Essa sanção será introduzida por meio de um projeto que prevê um novo sistema de abastecimento de dados, que cruzará informações da própria montadora, a que se refere ao recall, com os registros do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor e outros órgãos que atuam nos processos de recall.



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ford Transit tem o menor custo de reparo

A Ford Transit é o utilitário com o menor custo de reparo do mercado brasileiro. Essa avaliação, que confirma as pesquisas comparativas da empresa, foi anunciada pelo Cesvi Brasil - Centro de Experimentação e Segurança Viária - entidade que produz indicadores para as companhias seguradoras e para o mercado.

A Transit, veículo da Ford lançado recentemente no Brasil e que já é um sucesso na Europa, venceu o troféu Car Group 2010 como o utilitário com melhor índice de reparabilidade em seu segmento. Economia na cesta básica e peças Disponível nas versões van de passageiros, furgão e chassi, a Ford Transit tem a manutenção e a cesta básica de peças mais econômica do segmento, segundo classificação do Cesvi.

Além disso, a Transit trouxe um padrão inédito de segurança, dirigibilidade e tecnologia para o segmento. Seu motor Duratorq 2.4 TDCI turbodiesel é o mais forte da categoria, com torque de 31,5 kgfm, e também é uma das únicas com tração traseira. Entre outros equipamentos, vem com airbag para o motorista, freios com ABS e EBD, controle eletrônico de estabilidade, assistência de partida em rampa, ar-condicionado, travas, vidros e retrovisores elétricos, travamento automático das portas a 8 km/h, regulagem de altura da luz dos faróis, luzes traseiras de neblina e sistema elétrico com duas baterias.

Honda anuncia recall para Civic 2001 e 2002 Devido a um desvio no processo de produção dos Insufladores do airbag instalados no lado do passageiro dos Honda Chamado é para verificar air bag do lado do passageiro Civic modelo 2001 e 2002, 33.199 veículos produzidos em caso de acidente frontal de com final do número de chassis grande severidade, a bolsa pode 1Z000001 até 2Z117324, ense expandir com intensidade tretanto apenas 9.658 unidades acima do previsto, havendo risco estão sujeitas a este defeito, por de quebra da carcaça do airbag, isso a Honda Automóveis do Braprojetando fragmentos no habi- sil recomenda a consulta ao SAC táculo do veículo, podendo ferir da empresa e posterior agendamento em uma concessionária a os ocupantes. Estão envolvidos neste recall partir do dia 26 de Julho.



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Driveway patrocina equipe original Reis na fórmula Truck

Biagio lança turbo ecológico

A Driveway é a nova patrocinadora da Equipe Original Reis, na Fórmula Truck. A ação dá sequencia a nova estratégia de Comunicação e Marketing de 2010 da empresa, que fechou cota de patrocínio para as seis últimas etapas do campeonato deste ano. Segundo o gerente comercial da empresa, Marcelo Lins, a intenção é fortalecer a marca e a imagem da Driveway no mercado. “Nada melhor do que investir na Fórmula Truck que é a categoria que mais tem envolvido o público que gosta de automobilismo no Brasil, além de estarmos juntos com um time vencedor que tem o Leandro Reis como grande surpresa do campeonato e

Com as novas leis de emissões de poluentes é quase impossível atingir as metas estabelecidas sem o auxílio de um turbocompressor, que, além de gerar potência, proporciona significativa economia de combustível. Por isso, a Biagio surpreendeu o mercado e lançou o Eco O produto promete reduzir consumo de Turbo, um produto to- combustível e emissão de fumaça preta talmente inovador, que promete do veículo, evitando a queima reduzir em até 8% o consumo desnecessária de combustível. de combustível e em até 50% a A princípio o ECO TURBO estará disponível para caminhões emissão de fumaça preta. Graças a seu design mo- e ônibus Scania, estimando para derno e diferenciado, o Eco agosto de 2010 novos lançaTurbo age como uma espécie mentos para a linha Mercedes de “dosador”, para atender toda Benz e posteriormente para a faixa de melhor performance outras montadoras.

Driveway agora patrocina a equipe Original Reis na Fórmula Truck

forte candidato ao título deste ano”, disse. A parceria tem tudo para dar certo. Já na primeira corrida em parceria com a Driveway

já demonstrou que é pé quente. “Já fizemos a Pole Posicion na corrida de Campo Grande,” disse Zé Maria Reis, piloto e diretor da Equipe.



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Dayco nomeia Ronaldo Teffeha superintendente no Brasil

Ronaldo Teffeha

A Dayco Power Transmission nomeou Ronaldo Teffeha como seu primeiro diretor superintendente OE e Aftermarket no Brasil. No comando da empresa desde o primeiro dia de atuação no país, há dez anos, o paulistano Ronaldo celebrou a década de trabalho na Dayco como diretor executivo de Vendas e Marketing, período em que ele e equipe ganharam 30% do

mercado de correias automotivas V, Poly V e Sincronizadora (dentada). O reconhecimento pelo eficiente gerenciamento da empresa no Brasil – atualmente com 42% do mercado de correias dentadas na reposição e com lançamentos de sucesso de cabos de ignição, tensionadores e polias de correias - veio por meio desta promoção, que premia

o trabalho sumamente profissional de um executivo que é profundo conhecedor do setor. Segundo Ronaldo, “a Dayco alia qualidade à parceria com as melhores representações comerciais. E os ótimos resultados, alcançados em tão pouco tempo, são frutos da excelência dos produtos e do poder do relacionamento com todo o nosso segmento”.

Isela costantini assume Pós-Vendas da GmB Isela Costantini assumiu a diretoria de Pós-Vendas da GM do Brasil tornando-se a primeira mu-

ção. Essa área é muito lher no País a ocupar valorizada dentro da esse cargo em uma GM e, no momento, montadora. Ao coné mote da campanha trário do que a maioinstitucional batizada ria das pessoas pensa de “Chevrolet & Você”, o departamento não que reforça a relação cuida apenas de ofide proximidade entre cinas mecânicas. Na a marca e o consumirealidade, é muito dor e apresenta ao mais do que isso e público diferenciais engloba todo produdo Pós-Vendas, como to ou serviço relacioo Chevrolet Road Sernado à fidelização vice, serviço de assisdo cliente: peças e Pela primeira vez, uma mulher ocupa o cargo de diretoria tência técnica gratuita acessórios, oficinas e relacionamento com a rede, o encontrará seus novos desafios 24 horas, todos os dias da semana, para casos de pane SAC (Serviço de Atendimento ao dentro da companhia. A executiva comandará uma ou acidente. Dentro deste conConsumidor), além de produtos para manutenção e reparo de equipe de 416 funcionários e ceito, em julho, o Pós-Vendas automóveis – para público final e será responsável por todos os lança diversas campanhas para o mercado reparador inde- produtos e serviços da Che- regionais – do Norte ao Sul do pendente. E é exatamente nesse vrolet voltados ao Customer País –, que reforçam os serviços ambiente predominantemente Care, ou seja, aos cuidados oferecidos pela rede, como a masculino que a profissional com o cliente e à sua satisfa- Nova Revisão Chevrolet.

cummins tem novo vice-presidente

Luís Afonso Pasquotto

A Cummins anunciou a promoção de Luís Afonso Pasquotto a vice-presidente corporativo da empresa, seguindo no comando da Unidade de Negócios de Motores, mas agora estendendo-o para a América Latina. Além do comando da Unidade de Negócios de Motores, Pasquotto assume também a presidência do Conselho de Líderes de todas as unidades de negócios da Cummins na região (Motores, Geração de Energia, Componentes e Distribuição). Neste papel será responsável pela definição e execução das estratégias de negócios da companhia, bem como pelo aumento da integração e sinergia entre estas quatro unidades no território. Luís Afonso Pasquotto entrou na Cummins em 1992 e ocupou cargos de liderança dentro da empresa. Antes de assumir como diretor geral da Unidade de Negócios de Motores na América Latina, Pasquotto atuou como gerente de Engenharia e, durante oito anos (2000-2008), atuou como diretor de Marketing e Vendas da Unidade de Negócios da Cummins Brasil.


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centromec movimenta setor da reparação na Região centro-oeste A Centromec Automotiva – Feira de Reparação Veicular – movimentou cerca de 20 mil pessoas nos três dias do evento que apresentou as inovações dos expositores do setor. A feira contou com a participação de profissionais e pessoas ligadas ao comércio e à indústria

de autopeças, acessórios e equipamentos. A Centromec 2010 foi palco de lançamentos que chamaram a atenção dos visitantes. Foi o caso da bateria estacionária apresentada pela Moura, que resistente a altas temperaturas e evita o escape de gases áci-

Cerca de 20 mil pessoas visitarm a feira nos três dias de realização

dos na atmosfera. O aparelho, que diagnostica e emite laudo impresso com informações de todo o sistema elétrico do veículo, ficou entre os produtos que causaram mais curiosidade. Outro destaque veio da Kita Carregadores, que lançou uma lâmpada pendente inquebrável

e extremamente leve, com alto brilho e baixo consumo de energia. Os profissionais do ramo puderam assistir palestras ministradas gratuitamente pela Petrobras e pelo Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de Goiás), com temas relacionados

à combustíveis, lubrificantes e produtividade nas oficinas mecânicas. O evento enfatizou ainda a responsabilidade ambiental ao apresentar as últimas tecnologias voltadas para a preservação do meio ambiente e redução de consumo de energia por meio do uso de “peças verdes”.


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DIREITO PREVENTIVO

Vícios de relações de consumo Alessandra Milano Morais* As relações de consumo possuem dois pólos de interesses: consumidor e o fornecedor. Além disso, existe o objeto desses interesses, que pode ser um produto ou um serviço oferecido. O Código de Defesa do Consumidor é a lei que trata, especificamente, desse tipo de relação, fornecendo as diretrizes para solução de eventuais conflitos. Também há o PROCON – órgão de proteção e defesa do consumidor -, que auxilia na resolução das desavenças, antes que alcancem o Poder Judiciário. De fato o PROCON é um órgão extrajudicial, o que faz com que o comparecimento às suas audiências de tentativa de conciliação (acordo) não seja obrigatório, apesar de ser muito recomendável.

Existem algumas noções básicas sobre essa relação de consumo que os empresários do ramo da reparação devem conhecer para facilitar o dia-a-dia e melhorar o relacionamento com os clientes. Começaremos hoje a tratar de algumas delas. Vícios A má prestação de serviço é chamada de vício no mundo jurídico e, quando um deles ocorre, o consumidor tem o direito de optar entre exigir a re-execução do serviço, a devolução do valor pago, corrigido monetariamente, ou o abatimento proporcional do preço. Mas há um prazo máximo para o consumidor reclamar, que é de 90 dias nos casos de serviços prestados pelo setor da reparação, contados da data do término da execução ou entrega do veículo ao cliente.

Se o vício existente estiver em um produto ou uma peça, por exemplo, o Código de Defesa do Consumidor determina que o fornecedor tenha 30 dias para solucionar o problema. Apenas após esse prazo, sem o caso solucionado, é que o consumidor poderá optar entre a substituição do produto defeituoso por outro da mesma espécie em perfeitas condições de uso, a devolução do dinheiro, atualizado monetariamente, ou, ainda, o abatimento proporcional do preço. É importante frisar que o prazo de 30 dias poderá ser ampliado ou reduzido pela vontade das partes, devendo ser feito um acordo por escrito, com um máximo de 180 e um mínimo de sete dias. Até porque, dificilmente o cliente aceita esperar por 30 dias, com o carro na oficina, para ver

solucionado seu problema. Para isso, uma sugestão que poderá ou não dar certo, dependendo do relacionamento com o cliente, é pedir a ele um cheque caução com o seguinte acordo: uma nova peça será aplicada imediatamente no carro do consumidor e a danificara será enviada para a perícia do fabricante. Assim, com o laudo elaborado, se o defeito for da peça, o cheque será devolvido; se não for, será depositado. Caso, eventualmente, ficar constatado que o produto viciado não apresenta condições de ser reparado, o consumidor não precisará aguardar o final do prazo para que o fornecedor tente solucionar o defeito, podendo optar, diretamente, por uma das alternativas descritas. Quando não for feita a entrega do serviço contratado ou do

produto adquirido pela empresa reparadora, o consumidor poderá, a sua livre escolha, optar pelo cumprimento forçado da obrigação, aceitar outro produto ou serviço equivalente, ou ainda pleitear a devolução do que já foi pago. Para isso, deverá protocolar uma solicitação por escrito. Devemos lembrar, desde já, que a palavra chave para as relações de consumo é INFORMAÇÃO. O cliente deverá, sempre, ser informado de todo o procedimento, tudo o que diga respeito ao seu veículo e ao serviço que nele será executado. Até a próxima, quando falaremos de orçamento e garantia. * Alessandra Milano Morais Advogada - OAB/SP 168.797 alessandra@advocaciamilanomorais.com.br


Fotos: Oficina Brasil

Ela está de volta

Sucesso na década de 1990 a nova versão traz um extenso pacotes de melhorias

Nova Yamaha Crypton retorna as ruas após cinco anos de ausência no mercado Arthur Gomes Rossetti

O segmento das motocicletas ‘Cub’, sigla em inglês que significa Category Upper Basic, ou categoria básica superior, volta a ser disponibilizado pela Yamaha através do modelo T115 Crypton. Sucesso na década de 1990 a nova versão traz um extenso pacotes de melhorias que iniciam desde o novo design, até um novo e reformulado motor, tudo isto sem extrapolar o preço que visa também combater a concorrência chinesa, posicionada na faixa dos R$ 5 mil. Disponível em duas versões, a ‘K’ com partida a pedal e freio a tambor em ambas as rodas inicia em R$ 4.795,00*, enquanto que a versão topo de linha ‘ED’ com partida elétrica e freio a disco na roda dianteira custa R$ 5.365,00, segundo a Tabela Fipe de 25/07/2010.

Durante os testes que incluíram percursos urbanos e deslocamentos pelo interior de São Paulo, fica evidente que a proposta da mais barata motocicleta Yamaha é a utilização dentro das cidades, pois acima dos 100 km/h o motor fica limitado aos mais apressados, o que poderá em certos momentos fazer muita falta como em situações que exijam ultrapassagens. Mas esta limitação tem uma grande virtude: a economia de combustível. Mesmo sob extrema exigência do punho direito, a média alcançada com um litro de gasolina superou com folga a casa dos 35 quilômetros. A suspensão Kayaba consegue entregar conforto moderado, pois em ruas mais esburacadas a motocicleta tende a ‘pular’ um pouco, porém

pará-la. O desempenho do disco de 220 mm de diâmetro supera as expectativas e pode ser considerado como um dos melhores da categoria. As cores escolhidas para esta reestréia são vermelha, preta e prata. Acompanhe a seguir os detalhes desta pequena notável dentro da oficina Bruno Racing, de propriedade do reparador Bruno Gramola Filho, localizada na cidade de Campinas interior paulista.

este comportamento costuma ser característico do segmento ‘Cub’ e também pode ser constatado nas demais marcas comercializadas no mercado.

A versão ‘ED’ com freio a disco na roda dianteira consegue oferecer superior segurança no momento de diminuir a velocidade ou até mesmo

Motor A antiga versão da Crypton comercializada até 2005 possuía um motor de menor capacidade cúbica, com exatos 101,8 cm³. A nova versão monocilíndrica teve este número aumentado para 113,7 cm³, o que a primeira vista


pode parecer pouco, mas em porcentagem representa um acréscimo superior a 10% em comparação ao anterior. Com esta modificação a potência máxima atingida é de 8,2 cv a 7.500 rpm e o torque de 0,88 kgf.m a 5.500 rpm e o arrefecimento continua ser a ar, com o cilindro posicionado horizontalmente. De construção simples, o sincronismo é feito através de corrente de comando, que segundo Bruno Gramola Filho apresenta elevada durabilidade. Conhecido como OHC (Over Head Command), ou comando de válvulas no cabeçote, o acionamento é feito nas duas válvulas. O óleo recomendado pela fabricante é o Yamalube 20W50 num total de 1 litro incluindo a troca do filtro. Os prazos para a troca deverão ser consultados em acordo com o tipo e região de utilização. Outras três importantes novidades que fizeram o motor se enquadrar aos níveis de emissões de gases poluentes impostos pelo Promot 3 foi a introdução do sistema de indução de ar na saída do coletor de escapamento, a instalação de um novo silencioso com catalisador integrado, que juntos nada mais são que um tratamento pós-queima, e

do sistema cutt-off no novo carburador, que a exemplo dos últimos automóveis equipados com carburador eletrônico, impede o arrasto de combustível assim que o acelerador deixa de ser exigido, situação comum ao trafegar em descidas ou durante as paradas. O Conselheiro Gramola afirma que este sistema está muito simples e pela qualidade dos componentes deverá funcionar satisfatoriamente, não oferecendo grandes dificuldades ao reparador. O painel conta também com uma luz de anomalia do circuito elétrico do motor, que em caso de acendimento deverá ter o sistema verificado. Abaixo do porta objetos de quatro litros estão alojados a bateria de 12 v e 7 A, o relé de partida e o módulo de ignição. De um modo geral os componentes foram projetados para oferecer grande facilidade no momento do reparo. Transmissão A nova T115 Crypton é equipada com o sistema de câmbio semi-automático de quatro velocidades à frente, sem o manete de embreagem. Se trata de um funcionamento ‘dois em um’, ou seja, ao acionar o pedal da esquerda,

internamente a embreagem é automaticamente acionada para que o engrenamento da marcha seguinte seja realizado de maneira suave. A exemplo das motocicletas convencionais, o câmbio do segmento ‘Cub’ também depende do óleo de motor para o perfeito funcionamento e proteção. A comodidade pode ser ressaltada como vantagem, mas como desvantagem o sistema ocasiona um ‘buraco’ no momento das reduções, exigindo uma ligeira acelerada enquanto o pedal está acionado. É um procedimento que leva certo tempo para que o condutor se acostume e evita o travamento da roda traseira. Freios e suspensão A versão avaliada possui o sistema a disco de 220 mm de diâmetro externo com pinça simples na dianteira e a tambor de 130mm de diâmetro na traseira, de funcionamento a acessibilidade simples. O conjunto de suspensão dianteira conta com a marca Kayaba no fornecimento das bengalas convencionais, de 100 mm de curso total. Na traseira figura o sistema bi-choque de 80 mm de curso, semelhante à versão anterior.

FICHA TÉCNICA 4 tempos, OHC, refrigerado a ar Quantidade de cilindros 1 cilindro Cilindrada 113,7 cc Diâmetro x curso 50,0 x 57,9 mm Taxa de compressão 9,3 ± 0,4 : 1 Potência máxima 8,2 cv a 7.500 rpm Torque máximo 0,88 kgf.m a 5.500 rpm Sistema de partida Elétrica e Pedal Sistema de lubrificação Cárter úmido Capacidade do óleo do 1 litros (contando filmotor tro de óleo) Capacidade do tanque de 4,2 litros combustível Alimentação Carburador CDI (ignição por desSistema de ignição carga capacitiva) Bateria 12 V x 7 Ah Transmissão primária CVT Transmissão secundária Engrenagens Relação de redução primária 3.375 (81/24) Relação de redução secun- 2.733 (41/15) dária Úmida (centrifuga Embreagem automática) 4 velocidades, engreCâmbio nagens constantes Relação da marcha 1 2.833 (34/12) Relação da marcha 2 1.875 (30/16) Relação da marcha 3 1.353 (23/17) Relação da marcha 4 1.045 (23/22) Tubular em aço – tipo Quadro Underbone Ângulo de cáster 26° 30’ Trail 76 mm Pneu dianteiro 70/90-17 M/C 33L Pneu traseiro 80/90-17 M/C 49L Freio dianteiro Disco de 220 mm Tambor 130 mm de Freio traseiro diâmetro Suspensão dianteira Garfo telescópico Suspensão traseira Braço oscilante Curso da suspensão dian- 100 mm teira Curso da suspensão traseira 80 mm Lâmpada do farol 32/32 W (halógena) Lâmpada da lanterna traseira 21W/5W Lâmpada do pisca 2,10W (amber) Velocímetro analógiPainel de Instrumentos co, hodômetro e marcador de combustível. Preto, vermelho e Cores prata Motor


cadernO 2 rOdas

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Destaque está na embreagem centrifuga Muita gente já ouviu falar da embreagem centrífuga mas não consegue ao menos imaginar o que é isto, e portanto não entendem como funciona. Para facilitar, iniciamos comparando com uma motocicleta comum. No sistema convencional, o que transfere a rotação do virabrequim para o câmbio é o conjunto de engrenagens conhecida como relação primária, composta por engrenagem do virabrequim e campana da embreagem. A relação primária tem engrenamento constante, que obriga o condutor acionar a embreagem e mantê-la acionada se não quiser selecionar o neutro sempre que for parar a moto com uma marcha engatada (existem situações no trânsito do dia a dia que somos obrigados a parar inúmeras vezes, e nessa hora o movimentos repetitivo na alavanca da embreagem pode cansar a mão dos menos acostumados). É como no automóvel. A diferença é que no carro você cansa a perna. No trânsito pesado, a Crypton leva vantagem, o usuário não tem o desconforto de ter que acionar a embreagem e sempre que tiver que parar atrás de um carro ou no semáforo, a embreagem centrífuga faz esse trabalho, ela cria um ponto morto instantaneamente. Bem diferente do sistema convencional, o elemento que faz

a ligação do eixo do motor ao câmbio é composto por um conjunto montado na ponta direita do virabrequim, o dispositivo conta com um jogo de sapatas e molas montados em uma base fixada no virabrequim e um cubo (semelhantes ao sistema de freio a tambor). As sapatas recebem o movimento de rotação do motor e a ação centrífuga faz o conjunto de sapatas expandirem e transferir a rotação ao cubo que por sua vez é engrenado ao câmbio via campana da embreagem. À medida que a rotação sobe, o contato entre as sapatas e a pista interna do cubo aumenta gradativamente, e quando a rotação cai, as sapatas retornam a posição inicial pela força das molas e a rotação do motor limita-se apenas ao conjunto de sapatas e o câmbio não recebe o movimento. Nesta condição a motoneta fica como se estivesse em ponto morto, independente da marcha engatada. Outra vantagem é que a Crypton dá mais segurança para quem está aprendendo andar de moto e tem pavor de controlar a embreagem, pois não consegue um sincronismo com o acelerador. No geral, as demais partes do motor assemelham-se muito com uma motocicleta comum. O conjunto ainda conta com uma embreagem convencional utilizada

nas mudanças de marchas porém com o acionamento simplificado, utiliza um dispositivo sincronizado com o pedal de câmbio, quando o condutor aciona o pedal de câmbio uma alavanca interna do motor desacopla a embreagem instantaneamente. Na versão anterior, a CUB (Category Upper Basic, ou categoria básica superior) da Yamaha tinha fama de ser a motoneta a prova de mecânico e tudo indica que a nova versão esteja no mesmo caminho. A pouca tecnologia e a simplicidade podem ser vistas como um aspecto positivo até porque não tem frescuras, foi feita para quem quer solução. A Crypton é muito

bem vista pelos mecânicos.Mais antigos da marca, acredito que ela irá herdar a tradição de robustez consolidada na versão anterior. Por experiência posso afirmar que quando o reparador fala bem de um produto é porque ele é bom. Muitos mecânicos da rede falam que nunca abriram o motor da antiga e juram que ela não quebra. Dica: Quanto ao lubrificante do motor é importante utilizar a especificação do fabricante, pois o óleo deve ser livre de aditivos pesados que por sua vez podem aderir nas sapatas e reduzir o atrito do conjunto e a embreagem centrifuga certamente irá patinar. *A CUB

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Opinião do especialista

Mesmo se tratando de uma motocicleta básica acho de extrema importância a disponibilidade de itens como o freio dianteiro a disco, escapamento com catalisador e sistema para diminuição de poluentes e cut-off no carburador. O baixo peso favorece a agilidade na cidade e o baixo ruído de funcionamento, deixa a condução agradável. A manutenção é relativamente fácil, com um motor de funcionamento básico, de alta confiança. Por outro lado o sistema de suspensão traseira oscila em demasia, prejudicando um pouco a pilotagem em velocidades mais altas. Bruno Gramola Filho Bruno Racing (Manutenção e preparação de motos) (19) 3256-6404 www.brunoracing.com.br




Análise de mistura dos gases peite os limites da mistura Ar X Combustível, pois o sistema eletrônico identifica a quantidade de oxigênio disponível para queima, e só então define o volume de combustível a ser injetado no motor. Existem alguns fatores que podem alterar o volume de combustível a ser injetado no motor, em decorrência de informações Fotos: Divulgação

Rino Liciani Jr. Tel: (19) 3867-0444 www.brubicar.com.br

Com a atual legislação a respeito de emissões de gases, os sistemas de Injeção Eletrônica tornam-se cada vez mais sofisticados e precisos. Na realidade um motor em boas condições de funcionamento, além de emitir menos poluentes, também se torna mais econômico e garante melhor desempenho. É fundamental que se res-

Alguns modelos de analisador de gases podem ser instalados em qualquer computador

não verdadeiras ou interferências mecânicas geradas por desgaste excessivo do motor, óleo de má qualidade etc. Para se fazer a análise dos gases ou da mistura, pode ser utilizado um analisador de gases, que permite verificar CO, CO2 O2, HC e NOX. Há também equipamentos muito eficazes para se analisar a mistura, que permite, através de um visor gráfico, identificar a proporção próxima ao ideal Ar/Combustível. Para exemplificar, será utilizado o analisador de misturas da GT Max, que pode ser instalado em um computador, fazendo com que se obtenha

mais detalhes. Leitura de gases Verificar a análise da mistura: - Aquecer o motor, evitando que a água acumulada no escape contamine a sonda de captação dos gases. - Conectar o equipamento na bateria e aguardar 5 minutos para que a sonda aqueça. - Introduzir a sonda até o final e retornar aproximadamente 2cm. - Selecionar o combustível >ALC< para “Álcool” e >GAS< para “Gasolina”. - Manter o motor com rotação constante entre 2.000 a 2.500RPM. Não desacelerar.

A figura acima mostra as faixas de mistura muito pobre (A), mistura aceitável (B), mistura ideal (C) e mistura rica (D)


CADERNO 2 RODAS

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No display aparecerão as seguintes informações: - Combustível selecionado >GAS< / >ALC< - Proporção Ar / Combustível AFR (consultar a tabela) - Gráfico da mistura - Porcentagem do “CO” - Rotação do motor. À esquerda, a sonda instalada no escapamento; ao lado, aparelho indica o resultado da análise de gases

PROPORÇÃO AR/COMBUSTÍVEL MISTURA POBRE POBRE ECONÔMICA ACEITÁVEL ECONÔMICA ACEITÁVEL IDEAL IDEAL IDEAL POTÊNCIA ACEITÁVEL POTÊNCIA ACEITÁVEL RICA RICA

GASOLINA AFR 17.0 AFR 16.6 AFR 16.2 AFR 15.8 AFR 15.4 AFR 14.7 AFR 14.0 AFR 13.6 AFR 13.2 AFR 12.8 AFR 12.4

ÁLCOOL AFR 11.3 AFR 10.9 AFR 10.5 AFR 10.1 AFR 9.7 AFR 9.0 AFR 8.3 AFR 7.9 AFR 7.5 AFR 7.1 AFR 6.9

É fundamental a verificação das condições do sistema de ignição, desde a bobina até a vela, principalmente verificar se a aplicação da vela está correta.

À direita, detalhe do ajuste do parafuso do by-pass em 2 ¼ de abertura, nas motos BMW, ao lado, os parafusos de fixação do TPS: virá-lo até 0,37 V.


Ajuste nas BMW Nas motos BMW 1996/1997, o ajuste de CO deve ser iniciado pela regulagem do batente da borboleta e ajuste do TPS. Ajustar o parafuso do bypass em 2 ¼ de abertura. A borboleta deve ficar apenas encostada no batente, sem expressar força sobre ele. Ajustar o TPS através do fio VM / BC, com o contato ligado. Afrouxar os parafusos de fixação do TPS e virá-lo até obter o valor de 0,37 V. Após esses ajustes, aquecer o motor. Após aquecido, com auxílio de uma chave de fenda e do analisador de mistura, ajustar o CO em, aproximadamente, FR 14.7.

À direita, detalhe da localização do parafuso de ajuste do CO

À esquerda, a forma correta de realizar o ajuste do CO

Figura 7

Na foto ao lado, detalhe da localização do parafuso de ajuste do CO



www.oficinabrasil.com.br/agendadocarro

Oficinas têm benefícios extra em Programas de Fidelidade As oficinas da Agenda do Carro terão, em breve, um benefício extra e exclusivo nos Programas de Fidelidade Mecânico Dayco e Mecânico MTE-Thomson: a possibilidade de somar os pontos adquiridos nos dois programas e, assim, agilizar a troca por prêmios. Para participar, é preciso ser cadastrado no programa Agenda do Carro e estar com o cadastro ativo, regularizado. Assim, se você já participou do programa, mas seu cadastro não está atualizado, entre em contato com o SAAC (Serviços de Atendimento da Agenda do Carro) e se informe como reativar seu cadastro, pelo telefone 011.30780720. Uma vez cadastrado e ativo, basta entrar no site dos programas de fidelidade da Dayco ou MTE-Thomson, preencher o cadastro dos dois programas e informar que é uma oficina da Agenda do Carro. A informação será analisada e, posteriormente liberada para a soma dos pontos. É importante lembrar que há a necessidade de se cadastrar nos dois sites dos programas de fidelidade da Dayco Nome da oficina (www.mecanicodayco.com.br) e MTE- Mecânica Turinv Thomson (www.mecanicomte.com.br). Oficina do Broinha Nildo Auto Center Sustentabilidade Roda Livre A partir deste mês, o programa Agen- Mauro Car da do Carro inicia um novo trabalho de diferenciação das oficinas da rede, com Street Car o destaque para aquelas que realizam Força Dupla Auto Center ações de sustentabilidade ambiental. Para tanto, convidamos todas as ofi- Carmec Curvelo cinas a contar quais são as ações que de- Mecânica Sadi senvolve, pelo e-mail agendadocarro@ Auto Escape oficinabrasil.com.br.

Pit Stop Dayco – A cada troca de correia dentada, não se esqueça de trocar também o tensionador. Ele é tão importante quanto a correia e também sofre desgaste. Heliar – O destaque da Heliar é o programa Energizando o Seu Negócio, um guia de aprimoramento pessoal em uma sequência de quatro palestras voltadas para o reparador pensar sobre os valores que ele tem na vida, estabelecer objetivos e desenvolver a determinação para alcançar o que desejam. Clique aqui e leia mais detalhes. MTE-Thomson – O Programa Fidelidade Mecânico MTE-THOMSON está esperando por você! Acesse www. mecanicomte.com.br, cadastre os números das raspadinhas das embalagens e comece a ganhar!... quantos mais pontos acumulados, mais produtos, equipamentos, cursos e material técnico você pode ganhar! Sabó – A empresa lança novas Juntas de Cabeçote Metálicas (MLS), com tecnologia que aplica múltiplas lâminas de aço com um fino revestimento de borracha, para vedar imperfeições superficiais do bloco e do cabeçote do motor. Veja no site do Oficina Brasil a lista de aplicações.

Novas na rede Cidade

Estado

Atibaia Brotas Campinas Franca São Joaquim da Barra

SP SP SP SP SP

Paraty Rio de Janeiro

RJ RJ MG SC GO

Baln. Camboriú Goiânia

Tecnomotor – Estamos finalizando a criação de um novo Grupo de Oficinas da Rede ECOCAR na Região da Grande São Paulo. Para mais informações, envie um email para nayara@ecocar.com.br. Além disso, a Rede ECOCAR está focando seus Treinamentos na área de Emissões e Análise de Gases, visando a Inspeção Veicular, pois o movimento tem praticamente dobrado nos últimos meses. Valeo – Com objetivo de aumentar a capilaridade, a Valeo convidou cerca de 972 oficinas do programa Agenda do Carro para fazer parte da rede credenciada da marca. Ao mesmo tempo, 100 oficinas Valeo receberam convite para participar da Agenda do Carro. Mais informações pelo SAAC: 011.30678-0720






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técnicA

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técnicA

Sistema de freio antibloqueante (ABS) Volkswagen Jetta com ESP Colaborou com este artigo Pedro Luiz Scopino, proprietário da Auto Mecânica Scopino, consultor do jornal Oficina Brasil, vicepresidente da AESA-SP e integrante do Grupo GOE

Nesta edição veremos o sistema fabricado pela ATE com aplicação no Volkswagen Jetta, muito semelhante ao do Bora, e com a vantagem de ter um sistema eletrônico ligado à rede de bordo, complementado com sistema ESP, que é o programa de estabilização eletrônica e ASR como programa de controle de tração. Um sistema extremamente rápido para poder parar com total segurança o veículo equipado com motor de 2.5 cilindradas. Cada vez mais teremos sistemas de ABS trabalhando em conjunto com outros sistemas, interligados à redes de comunicação e ain-

da com mais funções incorporadas como o controle de tração que literalmente aciona a pressão hidráulica do circuito da roda de tração que está patinando, e o sistema de extrema segurança que é o ESP, que também aciona a pressão hidráulica do circuito para correção em curvas rápidas. É muita tecnologia aplicada para usuários que não são pilotos profissionais e que cabe a nós reparadores, saber informar e reparar tal sistema de segurança.

A versão SW do Volkswagen Jetta


técnica

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Fotos: Divulgação

Assim, vamos aos detalhes do Jetta 2.5 com Sistema ATE. Alimentação elétrica A linha 30 direto da bateria passa pelos maxi-fusíveis SB4 de 30A e SB16 de 30A e chega aos pinos 01 e 32 da ECU, a linha 15 pós-chave de ignição, chega ao pino 04. O aterramento é pelos pinos 16 e 17. Unidade eletrônica Para controlar um veículo muito rápido, temos uma unidade eletrônica incorporada à unidade hidráulica com um sistema de captação de sensores por roda do veículo, e quatro canais de ligação e distribuição ao circuito hidráulico. Está junto com a unidade hidráulica formando um conjunto do sistema, localizada abaixo do cilindro mestre de freio, possui 47 pinos. Possui registros de falhas de memórias, comandos de atuadores como o acionamento da bomba de recalque, valores dos sensores para simulação e reset de códigos de avarias do sistema, tudo isso via scanner com programa específico. Alimentação da ECU Pinos / Sistema

VW Jetta

Aterramento

16 – 17

Positivo

01 – 04 – 32

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Sensor dianteiro

Unidade hidráulica Temos um sistema de ABS com mais funções incorporadas, e unidade hidráulica que está junto da unidade eletrônica que faz o controle hidráulico deste sistema em 4K (4 canais), sendo que cada roda dianteira é controlada individualmente através das respectivas solenóides de isolamento ou diminuição de pressão do circuito hidráulico correspondente, portanto são oito solenóides na unidade hidráulica. Observem pela foto da unidade hidráulica que há dois tubos de fluído que estão ligados ao cilindro mestre de freio, e quatro tubos que vão diretamente a cada roda do veículo. As oito solenóides modula-

Unidades eletrônica e hidráulica

das pela unidade hidráulica são: • Isolamento dianteira direita; • Diminuição dianteira direita; • Isolamento dianteira esquerda; • Diminuição dianteira esquerda; • Isolamento traseira direita; • Diminuição traseira direita;

• Isolamento traseira esquerda; • Diminuição traseira esquerda Sensores Fixados na manga de eixo dianteiras temos neste sistema o gerador de sinal dentro do cubo, através de roda dentada. Cada sensor possui dois fios com

alimentação e sinal com valor de velocidade de roda do veículo. Os sensores estão ligados à ECU eletrônica da seguinte forma: Traseiro direito – pinos 42 e 43 Traseiro esquerdo – pinos 36 e 37


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técnica

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Dianteiro direito – pinos 33 e 34 Dianteiro esquerdo – pinos 45 e 46 Comentários Com a evolução dos veículos em atingir rapidamente mais velocidade e potência há uma necessidade de termos também um aumento na resposta de frenagem. O sistema de ABS do Jetta demonstra tal evolução, já que a resposta para ser efetuada uma ação, seja ela de diminuir a pressão hidráulica de uma roda prestes a travar, ou fazer ao contrário aumentar a pressão hidráulica de uma roda motriz que esteja patinando ou ainda alternar pressão com alívio para um controle de estabilidade nos levam a pensar que é impossível parar de ler e estudar. Mais um detalhe que chama a atenção, pouco se nota a bomba de recalque quando acionada. Falhas que já presenciei neste sistema estão relacionadas ao mau contato de conectores, e total ruptura do conector do sensor dianteiro que ficou raspando no aro da roda (não original) e acabou rompendo. Do mais neste veículo é melhor se habituar que muitos veículos tem mais que ABS, são mais sistemas incorporados que já aproveitam as ligações hidráulicas e a bomba de recalque para outros fins. Na próxima edição, veremos o sistema ABS do Honda Civic 1998.

Dutos de ligação na UC hidráulica

Painel com lâmpadas ABS e ESP



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Parte 4 – Procedimento para reparo na caixa automática 4L30E (GM Omega e BMW Série 3)

Colaborou por este artigo, Carlos Napoletano Neto consultor técnico e ministra cursos sobre transmissão automática. Tel.: (11) 4229-1268/ 4227-6742 www.brasilautomatico.com.br

Figura 1

Nas edições anteriores iniciamos o procedimento de desmontagem da Transmissão Automática 4L30-E, encontrada nos veículos Omega 3.0L e 4.1L até 1998, BMW Série 3, Honda Passport e Isuzu Trooper, utilizando os procedimentos e ferramental recomendado pelas montadoras. Hoje vamos finalizar a desmontagem e iniciar a remontagem da transmissão, prestando atenção às recomendações de serviço para

Figura 2

que tenhamos os melhores resultados possíveis no funcionamento da mesma. 1. Remova o carregador planetário (96) empurrando o eixo de saída para cima com uma das mãos e segurando o conjunto com a outra, conforme mostra a figura 1. Cuidado: Manuseie o conjunto com cuidado. Não toque nas engrenagens, pois elas poderão girar e causar ferimentos nos dedos.

Figura 3

NOTA: O rolamento de apoio (94) e sua pista (95) permanecem no conjunto do carregador planetário.

4. Remova a cinta do freio da 1ª e 2ª marchas, puxando-a para fora da carcaça, conforme indica a figura 4.

2. Remova a engrenagem solar de reação (97), girando-a ao mesmo tempo em que a levanta do tambor de freio (98), de acordo com o indicado na figura 2.

NOTA: A cinta de freio normalmente é utilizada para manter um elemento do conjunto planetário estacionário em relação à carcaça da transmissão. A cinta utilizada na transmissão 4L30-E é do tipo duplo e trava a engrenagem solar de reação e seu tambor durante a aplicação da 1ª e 2ª marchas.

3. Remova o tambor do freio da 1ª e 2ª marchas, levantando-o da carcaça, conforme indicado pela figura 3.

Figura 4


técnica

5. Remova o rolamento de apoio (101) e sua pista (100), conforme indicado pela figura 54. NOTA: Neste ponto, finalizamos a desmontagem dos componentes principais da transmissão 4l30-E. 6. Observamos que as seguintes peças permanecem na carcaça, conforme mostrado na figura 6: 102.Anéis o-ring de vedação da carcaça 103.Adaptador do tubo de arrefecimento 104.Conjunto adaptador do tubo 105.Tubo de respiro 106.Conector elétrico da carcaça principal 107.Conjunto do atuador da trava de estacionamento 108.Porca da alavanca da trava de estacionamento 109.Haste de acionamento da válvula manual 110.Mola do pino 111.Came de atuação da haste de mudanças 112.Eixo seletor 113.Anel de vedação do eixo seletor

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ATENÇÃO: A carcaça da transmissão bem como a carcaça do conversor de torque e a extensão da transmissão, e todas as demais peças componentes, deverão sofrer limpeza completa com o auxilio de um solvente apropriado, que não agrida o meio ambiente. Deve-se evitar o uso de thinner, óleo diesel, gasolina, ou equivalente para a limpeza dos componentes da transmissão, uma vez que estes produtos atacam as peças de vedação pela contaminação do fluido ATF, reduzindo a vida útil da caixa de mudanças. Esta limpeza será necessária para o exame cuidadoso do estado das peças, servindo para definir se elas podem ser reaproveitadas ou não. Todas as vedações deverão ser substituídas por novas, que compõem o kit de reparo da transmissão. ATENÇÃO: A verificação e reforma dos componentes de aplicação da transmissão tais como pistões, conjuntos de discos e cintas, folgas de em-

Figura 6

Figura 5

Figura 7

Figura 8

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técnica

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Figura 9

Figura 10

Figura 11

Figura 12

breagens, etc. serão tratados num capitulo à parte, após o procedimento de montagem da transmissão 4L30-E.

1. Inicie a remontagem da transmissão com a sua carcaça na posição vertical conforme mostra a figura 7.

Remontagem da 4L30-E

2. Instale a cinta do freio da 1ª e 2ª marchas (1), após tê-la mergulhado em fluido DEXRON III por pelo menos 30 minutos, na carcaça principal (2), posicionando a mesma nos pinos de ancoragem, conforme mostra a figura 8.

chas encaixando-o dentro da cinta (6) e assente-o no fundo da carcaça conforme indicado pela figura 10. O tambor deverá girar livremente dentro da carcaça.

o carregador planetário na carcaça principal (12). Segure o eixo de saída por baixo e gire-o para assentar o carregador planetário (13) na engrenagem solar de reação (7) conforme mostra a figura 13.

3. Instale o rolamento de apoio (3) e sua pista (4), utilizando um pouco de vaselina neutra para mantê-los em posição, conforme mostra a figura 9. NOTA: A pista do rolamento de apoio deverá ser instalada com o lábio para cima de maneira que o rolamento possa assentar corretamente nela. 4. Instale o tambor (5) da cinta de freio da 1ª e 2ª mar-

5. Instale a engrenagem solar de reação (7) no tambor do freio da 1ª e 2ª marchas (8) conforme mostra a figura 11.

Figura 13

6. Instale a pista (10) e o rolamento de apoio (9) no carregador planetário (11) conforme mostra a figura 12.

CUIDADO: Nesta operação, nunca segure o eixo pelas engrenagens, uma vez que elas poderão girar e machucar os dedos.

NOTA: Utilize uma pequena quantidade de vaselina neutra na pista do rolamento de apoio e no próprio rolamento para ajudar a fixá-los no carregador planetário durante sua instalação.

8. Instale o anel espaçador da marcha a Ré (14) segurando pelo seu lado interno e baixandoo na carcaça principal (15) conforme indica a figura 14.

montagem).

7. Instale o carregador planetário (13) posicionando o eixo de saída através da engrenagem solar de reação (7), e abaixando cuidadosamente

NOTA: A orelha do anel espaçador deverá ficar voltada para cima e posicionada em um rebaixo dentro da carcaça.(uma só posição de

Na próxima edição do Jornal, daremos continuidade ao processo de remontagem da transmissão 4L30-E. Até lá e bom serviço!

Figura 14



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técnicA

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Sistema Multec H (Delphi) com acelerador eletrônico Andre Luis Bernardo e Albino Buzolin Filho Especialistas em reparo de módulos automotivos (19) 3284-4831 www.designmecanica.com.br contato@designmecanica.com.br

Abordaremos nesta edição os sistema de injeção Multec H com sistema e–gas (acelerador eletrônico) inserido no final de 2005 nos veículos Chevrolet Montana 1.4l e 1.8l, Meriva 1.4l e 1.8l, e Corsa 1.4l flex. Este sistema flex fabricado pela Delphi apresenta como característica borboleta eletrônica ao invés da antiga que apresentava cabo de acelerador. Temos sonda de 4 fios em todos os modelos, ao invés de 1 fio que era aplicado na Meriva 1.8l 8v gasolina. Utiliza-se 4 fios para haver um aquecimento mais rápido da sonda e para o módulo monitorar o pulso negativo do aquecedor.

Se houver problema na resistência do aquecedor, uma luz de anomalia acende no painel. Neste veículo, a sonda original não é planar como a aplicada em vários outros modelos de automóveis mais novos, principalmente com sistema de injeção Bosch. O Multec utiliza ainda injeção sequencial de combustível. Em campo Os veículos Corsa, Meriva e Montana, todos com motor 1.4l, apresenta uma evolução de calibração do módulo para resolver problema de partida a frio e uma melhora em desempenho. Esta troca de programação

Figura 1: corpo de borboleta com engrenagem danificada

foi necessária, pois havia um problema que fechava o corpo de borboleta dificultando a partida a frio na primeira tentativa, pois

não entrava ar na câmara de combustão Vimos em nossa empresa, na prática, que os módulos dos


técnica

veículos 1.4l com as inscrições FHRB, FHRD e FHJR são os que identificamos aqui com esta nova evolução de calibração, mas po-

dem haver outras que não temos conhecimento até o momento. Nestes veículos, com motor 1.4l e 1.8l, que apresentarem no scanner erro com códigos 1500 ou 1550, apresentados como falha no corpo de borboleta eletrônico, sugerimos que se abra a parte traseira do corpo de borboleta e verifique se a engrenagem está danificada. Se estiver, será preciso trocar o corpo de borboleta ou trocar as engrenagens, uma vez que existem algumas empresas no mercado que fabricam na as peças para reposição (Figura 1). Quando ocorre a quebra da engrenagem, na maioria das vezes o módulo de injeção é danificado, pois se a engrenagem estiver travada, força o motor do corpo, sobrecarregando o sistema até queimar o módulo de injeção . Outro problema comum apresentado nestes veículos é oscilação de marcha lenta. Já

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Fotos: Divulgação

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Módulo eletrônico da Delphi

Figura 2: Tela de atraso de detonação do scanner

tivemos casos aqui que mesmo substituindo o corpo de borboleta foi necessário reparar o módulo para resolver o defeito do veículo. Mais uma particularidade apresentada por este sistema ocorre quando analisamos uma tela de atraso de detonação do

scanner , e esta apresentar como ativa o veículo irá perder desempenho e aumentar o consumo (Figura 2). Para solucionar este problema é necessário apagar a memória do veículo e realizar reset de parâmetros com a utilização o scanner em atuadores. Tome

cuidado que alguns scanners possuem esta tela e não fazem o reset da maneira correta. Por isso, sempre verifique após realizar o comando de reset de parâmetro, se o atraso de detonação voltou a ficar inativo, na tela do scanner. Acesso o site do jornal Oficina Brasil (www.oficinabrasil.com.br) e baixe os esquemas elétricos cedidos pela Dicatec, que auxiliaram na elaboração desta matéria.


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téCniCa

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Chevrolet Meriva 1.8l - Sistema Multec

Acompanhe nesta edição os esquemas elétricos de controle do motor Multec, encontrado na Meriva 1.8l.

Controle do motor Multec

Colaborou com este artigo Fábio Ribeiro, proprietário da Ciclo Engenharia Para conhecer mais sibre suas publicações, visite o site www.cicloengenharia.com.br


TÉCNICA

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Controle do motor Multec

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Pin-out da unidade de controle do motor

A01 A02 A03 A04 A06 A07 A09 A13 A14 A15 A17 A18 A19 A21 A22 A26 A28 A29 A30 A32

Sensor de pressão do A/C pino A Linha 30 protegida pelo fusível 5 Linha 87 protegida pelo fusível 26 Nível de combustível pino 4 R02 - Relé da bomba de combustível pino 87 Sinal de velocidade Módulo da direção hidraulico pino C7 Relé da partida a frio pino 85 Módulo de controle da carroceria pino 75 (CAN H) Módulo de controle da embreagem eletrônica pino 54 (CAN H) Módulo imobilizador pino 07 Sensor de pressão do AC pino B Linha 30 protegida pelo fusível 5 Sinal do interruptor do pedal de freio pino 2 Sensor de nível de combustível pino 3 Módulo de controle da carroceria pino 89 Sinal do sensor de pressão do AC pino C R02 - Relé da bomba de combustível pino 85 R7 - Relé do compressor do A/C pino 85 Módulo do ventilador do radiador pino B Módulo de controle da carroceria pino 99 (CAN L) Módulo de controle da embreagem eletrônica pino 56 (CAN L) Módulo imobilizador pino 02 Painel de instrumentos pino 13

Term. B01 B03 B04 a frio B05 canister B06 B07 B08 B09 B10 B11 B12 B13 B14

Descrição Bobina de ignição pino C Sinal do sensor de detonação pino 1 Comando do eletroinjetor da partida Comando da eletroválvula de purga do Sensor de rotação pino 02 Sensor de posição da borboleta pino 3 Comando do eletroinjetor 03 Comando do eletroinjetor 01 Interruptor de pressão do óleo Comando do eletroinjetor 04 Aterramento Corretor de marcha-lenta pino 03 Corretor de marcha-lenta pino 02

Term. Descrição B16 Sensor de pressão absoluta pino D Sensor de temperatura da água pino 2 Sensor de posição da borboleta pino 2 Sensor de detonação pino 2 B17 Bobina de ignição pino A B19 Sonda lambda aquecida pino C B21 Sensor de rotação pino 01 B22 Comando do eletroinjetor 02 B24 Sinal de pressão absoluta pino A B27 Sinal do sensor de temperatura da água pino 1 B28 Sinal da sonda lambda pino B B29 Corretor de marcha-lenta pino 01 B30 Corretor de marcha-lenta pino 04 B31 Sensor de pressão absoluta pino B Sensor de posição da borboleta pino 1


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Renault Clio 1.6l 16V Hi-Flex (05-09) e Clio Sedan 1.6l 16V Hi-Flex (05-08): diagramas de alarme e travas elétricas

Colaborou com este artigo Válter Ravagnani Esta dica foi retirada da enciclopédia automotiva Doutor-ie. Para saber mais sobre a enciclopédia ou sobre a consultoria técnica automotiva prestada pela Doutorie, ligue para (48) 3234 6781 ou visite a loja virtual www.doutorie.com.br


tĂŠcnica

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consultor ob

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consultor ob

Injeção eletrônica em veículos carburados Marco Antonio silvério Junior

É comum encontrar em veículos mais antigos atualizações de alguns sistemas para obter melhor funcionamento, como por exemplo, a instalação de ignição eletrônica no lugar do platinado, ou de alternador para substituir um dínamo, entre outras. Normalmente são utilizados componentes dos mesmos veículos, porém de versões mais novas, por isso a adaptação é bem simples e traz muitos benefícios, eliminando problemas recorrentes e manutenção constante dos sistemas mais antigos. Todos já sabem que a injeção eletrônica foi uma grande evolução, e responsável por reduzir drasticamente as emissões de gases poluentes, melhorando consequentemente o consumo e o desempenho. Talvez não seja ainda uma tendência, mas já existem diversas oficinas conscientes das possibilidades e vantagens de instalar um sistema de injeção eletrônica em um veículo originalmente carburado. Com o passar dos anos se torna cada vez mais inviável

possuir um automóvel carburado, pois desde 1997 não se fabricam mais veículos com este tipo de alimentação (o último foi a Kombi 1.6), assim já não se encontram mais peças de reposição originais, e o reparador fica a mercê das oscilações de humor do mercado, que nem sempre atende as necessidades da oficina. O proprietário da A R Carburadores, Alberto Milanês, que está no ramo desde 1975, diz que como já não se encontram mais carburadores novos é preciso fazer um trabalho de restauração dos usados. “Dependendo da situação do componente chego a passar um dia para fazer uma recuperação, em alguns casos é preciso refazer as roscas espanadas, fora todo o procedimento de regulagem, pois entrego a peça pronta para ser instalada no veículo”, afirma Milanês. Outro fator determinante é a falta de mão-de-obra especializada. Segundo o reparador da oficina Carbu Leste, Gerson Panazzolo, são raros os profissionais com conhecimentos consistentes para efetuar todos os ajustes

requeridos em um carburador com qualidade. Os veículos carburados precisam de manutenção frequente e estão muito mais sujeitos as variações de temperatura, pressão atmosférica, modo de condução e a qualidade do combustível utilizado. Segundo o proprietário da oficina Esther turbo, Antônio Lourenço Marconato, o Tonicão, muitos jovens nem sabem como utilizar um afogador. “Chego a instalar de dois a três sistemas de injeção eletrônica por semana, para clientes que buscam economia, conveniência, melhor desempenho e evitar as visitas constantes a oficina para regulagens”, explica Tonicão. Quando fazer São três as principais situações em que vem sendo feita essa transformação: Preparação de motores de alta performance – onde as possibilidades de acerto com a injeção são muito maiores, além de viabilizar seu uso no dia a dia. Veículos de trabalho – visando economia de combustível

e evitar paradas frequentes na oficina para regulagens do carburador. Veículos antigos customizados – quando o proprietário quer ter um carro antigo, porém não dispensa a confiabilidade e a suavidade de trabalho dos veículos modernos. Assim como nos exemplos citados no começo da matéria, podem ser utilizados componentes de veículos de mesma marca, modelo e motor, onde o sistema de injeção eletrônica é praticamente “plug and play” nos motores carburados, por exemplo, instalar a injeção de um Gol 1.8 mi 1997 em um VW Gol 1.8 carburado 1994, onde coletor de admissão com bicos injetores e sensores, distribuidor com sensor hall, bobina, chicote e ECU são compatíveis, ficando o trabalho maior de adaptação por conta da instalação da bomba elétrica e linha de combustível. Também é possível, ao invés de utilizar chicote e ECU originais, instalar um sistema de injeção programável, que é mais versátil e pode ser aplicada em qualquer veículo, onde o instalador é quem define os parâmetros de funcionamento através das teclas e do visor localizados na própria central, que pode controlar todo o sistema de ignição e alimentação, fazendo correções de acordo com a pressão indicada pelo sensor map,

posição da borboleta e hoje já existem até modelos que fazem correção automaticamente por sonda lambda. Este tipo de injeção é muito utilizada na preparação de motores para aumento de potência e também em modelos antigos que passam por uma customização, como por exemplo, os veículos do programa lata-velha, justamente por possibilitar um ajuste fino da injeção, visando maior performance ou economia de combustível. Tonicão compara este tipo de injeção a uma TV com controle remoto, pois você pode controlar tudo sem abrir o capo do carro. “É possível gravar na injeção até três mapas com diferentes programações, alternando entre eles, com o toque de um botão. Poderá ter um que proporcione maior potência, outro que proporcione maior economia e até mesmo um com função estacionamento, que limita o giro do motor, para quando estacionar em um vallet, saber que o manobrista não irá usar indevidamente o seu carro”, explica Tonicão. O motivo para esta transformação se difundir de forma mais lenta, talvez seja o custo, que em comparação ao valor médio de um veículo carburado, não pareça interessante em um primeiro momento, porém aumentam cada vez mais os casos em que esse custo se justifica.


PADRÃO DE QUALIDADE

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PADRÃO DE QUALIDADE

O fator humano na qualidade Manter a equipe motivada e comprometida com a empresa é tarefa do gestor, que precisa ter habilidade para identificar talentos e direcioná-los corretamente

Nos dias atuais, um fator chave para a obtenção da qualidade total na produção é o humano. O investimento na pessoa se tornou fundamental para a empresa que busca melhorar a produtividade. Em uma oficina de reparação não é diferente. Ter funcionários motivados e comprometidos é muito importante. Assim, saber motivar e um dever do empresário, pois somente desta forma consegue colher comprometimento.

cil. Este é o grande desafio das empresas. Isso ocorre pois cada indivíduo tem uma expectativa diferente do trabalho que produz, assim como do relacionamento profissional. É aqui que a habilidade do gestor em reconhecer estas expectativas faz diferença. Porém, nem sempre o dono da oficina consegue enxergar esses detalhes. “É preciso perceber em cada funcionário suas aptidões, e dar a ele as ferramentas necessárias para se desenvolver nesta especialidade”, afirma Palacio.

Particularidades O auditor técnico do IQA, José Palacio, explica que dentro do processo de certificação da qualidade, o fator humano está relacionado a uma série de particularidades, desde a capacitação e treinamento, incluindo a pontualidade, o entendimento do trabalho, e de que forma o funcionário organiza isso. “É preciso avaliar a habilidade que ele tem para definir um ponto de inicio do trabalho para resolver o problema”, diz Palacio. “Às vezes, ele é um ótimo profissional, mas necessita que lhe mostrem o caminho”, diz. Conduzir pessoas não é fá-

Motivação Uma vez identificada a aptidão, o passo seguinte é desenvolver uma estratégia de trabalho que mantenha o funcionário motivado. O auditor do IQA conta que existem diversas formas de motivar, a começar pelo ambiente de trabalho. “Não adianta ter excelente equipamento e os melhores profissionais em um ambiente hostil”, diz Palacio. Mas o que é um ambiente hostil? A resposta para esta pergunta tem a ver com relacionamento entre empregadoempregador e também entre os colegas de trabalho. “É preciso ficar atento a estes detalhes,

Alexandre Akashi

pois pode ser que a oficina tenha uma boa equipe, mas se escalada de forma errada, forma um time ruim”, alerta o especialista do IQA. Incentivar a competitividade entre os funcionários é uma forma de se obter bons resultados, porém é preciso tomar cuidado com os excessos. Além disso, dentro de uma empresa, há diferentes especialistas e, nem sempre, a função que o profissional exerce está relacionada diretamente a resultados da produção, a quantidade e qualidade do produto ou serviço não depende diretamente dele. Na oficina, por exemplo, a recepcionista não influencia no conserto do carro, mas se ela não dá um bom atendimento aos clientes, todo o processo pode ser comprometido. Assim, saber premiar é, portanto, uma forma de motivar. Os prêmios não precisam ser, necessariamente em dinheiro. Podem ser em capacitação técnica, investimento útil tanto para o funcionário quanto para a empresa. Outra forma de incentivo à produtividade com qualidade é o investimento em ferramental de qualidade. “Um ótimo pintor

sem uma pistola a altura, não apresenta bom resultado, mas com equipamento correto, faz excelente trabalho”, diz Mesmo quem não está diretamente ligado aos resultados da produção devem ser incentivados Palacio. Avaliação Uma vez que a empresa se propõe a desenvolver ações de incentivo ao melhor rendimento e produtividade do funcionário, com plano de carreira, bonificações, treinamento e ambiente de trabalho agradável, passa a medir o desempenho do corpo de colaboradores e, com isso, estipular metas e objetivos, inclusive relacionadas à qualidade dos serviços. Desta forma, é possível identificar as necessidades da empresa para melhorar sempre a qualidade e a produtividade. “Se um grupo de trabalho não atinge a meta nunca, significa

que a preparação está aquém e, assim, é preciso fazer um trabalho de remanejamento dos colaboradores, com aumento do número de funcionários, treinamento ou oferecer melhores condições de trabalho”, explica Palacio. Assim, é possível verificar que o investimento em desenvolvimento humano em uma empresa é um ciclo vicioso de ações que geram reações positivas ao trabalho e, consequentemente, se transformam em comprometimento, e quanto mais comprometido, mais qualidade será apresentada.


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lançamento

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lançamento

Fiat Punto estreia novos motores e.torQ Liso, suave e silencioso. Estes são os predicados dos novos motores E.torQ, desenvolvidos pela FPT Technologies que estrearam no Fiat Punto e em breve serão distribuídos para toda linha da montadora italiana. Apresentados no início de julho, os propulsores 1.6 litro e 1.8 litro E.torQ ampliam a gama de versões do Punto, ao mesmo tempo que aposenta o bom e velho motor 1.8 litro da parceria Fiat-GM. Assim, a partir de agora, o consumidor encontra nas concessionárias da marca sete opções de Punto, sendo uma de entrada, a Attractive, com motor 1.4l (que não sofreu alteração em relação ao modelo antigo), uma intermediária, batizada de Essence, com motor 1.6l 16v, quatro com motor 1.8l 16v (Essence, Essence Dualogic, Sporting e Sporting Dualogic) e a topo de linha, T-Jet, que também não sofreu modificações em relação ao modelo anterior. E.torQ Os novos motores são uma evolução do antigo Tritec, produzido em Campo Largo (PR), na fábrica que a FPT reformou e acaba de inaugurar, com novos conceitos de produtividade, baseados no modelo de gestão World Class Manufacturing, que pode ser entendido como integrado e limpo. Apesar de a base ser a mesma, a FPT afirma que reprojetou todo o propulsor. “Ao todo, 70% dos componentes são novos”, afirma o diretor de engenharia de produto da FPT, João Irineu. O objetivo de tanta alteração foi, segundo a fabricante, privilegiar o torque em baixas rotações. Eis ai a explicação para o nome E.torQ. De certa forma, conseguiu. Segundo a FPT, o 1.6 16v despeja 81% do torque a 1.500 rpm (13,55 kgfm), e 92% a 2.500 rpm (ambos com etanol). A força máxima, 16,2 kgfm, é atingida a

Fotos: Divulgação

alexandre akashi

Além dos propulsores 1.6l e 1.8l (ambos 16 válvulas), o compacto Premium ganhou câmbio automatizado

E.torQ 1.8

E.torQ 1.6

4.500 rpm. O 1.8l 16v também obedece regra semelhante. Aos 2.500 rpm, rende 17,5 kgfm, e a máxima, 18,9 kgfm, chega aos 4.500 rpm (com etanol).

Em matéria de potência, o 1.6l 16v rende 117cv e 115cv, a 5.500 rpm (etanol/gasolina, respectivamente), enquanto o 1.8l 16v gera 132cv/130cv a 5.250

rpm (etano/gasolina). Em movimento Ao sair pelas ruas de Curitiba, para um rápido test drive, foi

possível sentir que o novo motor 1.8l 16v fez muito bem para o câmbio Dualogic. Mais potente que o antigo propulsor da parceria com a GM, o Punto E.torQ se comportou muito melhor do que o Stilo Sporting Dualogic. As trocas de marchas ficaram mais suaves, graças ao maior torque em baixas rotações. Porém, ao acelerar com mais vigor, ainda há um certo tranco. Mesmo assim, a versão com câmbio robotizado é bem vinda, pois eleva o Punto a uma categoria inexistente até então. No evento de lançamento do novo Punto, a Fiat proporcionou test drive em pista fechada, o que permitiu avaliar o modelo em situação extrema. Foram três voltas no autódromo de Curitiba, com o 1.6l 16v. Apesar de o circuito ter sido travado por chicanes, foi possível avaliar o desempenho do torque em retomadas. O resultado foi acima do esperado. A suspensão se comportou de acordo com a potência do motor, permitindo percorrer o circuito com segurança, mesmo abusando um pouco da velocidade nas curvas. No quesito estabilidade, o Punto tem boa performance. Infelizmente a Fiat não mexeu no câmbio manual, de cinco marchas, que continua apresentando as mesmas dificuldades de engate das versões anteriores. Vale lembrar que o Fiat 500 e os novos Fiat Uno receberam transmissões melhores calibradas, mas que infelizmente não cabem no Punto. Eis ai um ponto a ser melhorado, ainda. De qualquer forma o Punto continua sendo uma das melhores opções de veículos em termos de posição para dirigir, graças ao excelente volante escomoteável com boa regulagem de profundidade, item de série que só não está presente na versão de entrada, Attractive 1.4.


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Essence 1.6 16V E.TorQ

Propulsor apresenta construção diferenciado Apesar de ser 16 válvulas, os novos propulsores apresentam um único comando, acionado por corrente metálica. Em outras palavras, algo bem diferente do que os demais motores disponibilizados atualmente pela Fiat nos veículos da marca.Outras características construtivas de destaque são: • Bielas sinterizadas, forjadas e fraturadas. Entre as de menor massa no mercado para esta faixa de cilindrada, elas oferecem precisão absoluta de montagem e alta resistência; • Anéis do tipo low friction. De baixa carga tangencial, também estão entre os de menor massa no mercado para esta faixa de cilindrada, o que deixa o motor mais eficiente; • Pistões otimizados e grafitados. Com menor peso e saias assimétricas, minimizam o atrito com os cilindros. Enquanto o cubo reforçado maximiza a resistência; • Câmera de combustão com baixa relação superfície/volume. Proporciona a diminuição do tempo de combustão e maior eficiência térmica, o que resulta em ganhos de desempenho e queda no consumo; • Corpo de borboleta drive-by-wire com sensor contactless. Elimina o contato mecânico entre os componentes internos do sensor, o que atua para conservar o perfeito funcionamento do motor ao longo de toda a vida útil. • Coletor de aspiração em plástico: De material mais leve, favorece a uniformização do fluxo para os quatro cilindros, além de otimizar o desempenho e reduzir as perdas de carga; • Tampa do cabeçote em plástico: Menor peso; • Tuchos hidráulicos: Não necessitam de manutenção/regulagem; • Virabrequim com microestrutura especial e com oito contra-pesos. Eles garantem maior resistência a fadiga, funcionamento suave e ainda é muito mais silencioso; • Cárter estrutural de alumínio. Proporciona maior rigidez estrutural ao motopropulsor; • Filtros ecológicos. Apenas o elemento filtrante de papel e borracha é trocado, aproveitando o restante da estrutura.

Essence 1.8 16V E.TorQ

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Sporting 1.8 16V E.TorQ

Motor Posição

Transversal, dianteiro

Número de cilindros

Fotos: Alexandre Akashi

Pistão e bielas: menor peso

Virabrequim: maior resistência a fadiga

Bloco do motor: câmara de combustão de maior eficiência térmica

Coletor de admissão em plástico: mais leve

4 em linha

Diâmetro x Curso

77,0 x 85,8 mm

Cilindrada total

1.598,0 cm³

80,5 x 85,8 mm

Taxa de compressão

10,5:1

Potencia máxima (ABNT/ regime)

115 cv / 5.500 rpm (gasolina) 117 cv / 5.500 rpm (etanol)

130 cv / 5.250 rpm (gasolina) 132 cv / 5.250 rpm (etanol)

Torque máximo (ABNT/ regime)

16,2 Kgfm / 4.500 rpm (gasolina) 16,8 Kgfm / 4.500 rpm (etanol)

18,4 Kgfm / 4.500 rpm (gasolina) 18,9 Kgfm / 4.500 rpm (etanol)

Válvulas por cilindro

4

Eixo de comando de válvulas

Um no cabeçote

Ignição

Magneti Marelli, eletrônica digital incorporada ao sistema de injeção

Combustível

Gasolina/Etanol

Injeção eletrônica

Magneti Marelli, multiponto, sequencial

Câmbio

5 à frente e uma à ré

Relações de transmissão

1ª 3,909 2ª - 2,238 3ª - 1,444 4ª - 1,029 5ª - 0,838 Ré - 3,909

1ª 3,909 2ª - 2,238 3ª - 1,520 4ª 1,156 5ª - 0,872 Ré - 3,909

Diferencial

4,067

3,733

Tração

Dianteira com juntas homocinéticas

Embreagem

Monodisco a seco com mola a disco e comando hidráulico

1.747,0 cm³ 11,2:1

Sistema de Freios Serviço

Hidráulico com comando a pedal (ABS opcional)

Hidráulico com comando a pedal com ABS

Dianteiro

A disco ventilado (Ø de 257 mm) com pinça flutuante

Traseiro

A tambor (Ø de 203 mm) com sapata autocentrante e regulagem automática de jogo

Suspensão dianteira

MacPherson com rodas independentes, braços oscilantes em aço estampado fixados ao subchassi, com barra estabilizadora, com amortecedores hidráulicos, telescópicos de duplo efeito e mola helicoidal

Suspensão traseira

Com rodas semi-independentes, travessa de torção de seção aberta, com amortecedores hidráulicos, telescópicos de duplo efeito, e mola helicoidal

Direção

Hidráulica com pinhão e cremalheira

Diâmetro mínimo de curva

10,9 m

Rodas Aro

6,0JX15”

Pneus

195/60 R15

Peso em ordem de marcha (Std A)

1170 Kg

Capacidade de carga

400 Kg

A tambor (Ø de 228 mm) com sapata autocentrante e regulagem automática de jogo

6,0JX16 195/55 R16 1176 Kg (Manual) 1181 Kg (Dualogic)

1189 Kg (Manual) 1194 Kg (Dualogic)

Dimensões externas Comprimento do veículo

4.030 mm

Largura do veículo

1.687 mm

Altura do veículo (vazio)

1.505 mm

Distância entre-eixos

2.510 mm

Bitola dianteira

1.471 mm

Bitola traseira

1.467 mm

Altura mínima do solo (vazio)

132 mm

Volume do porta-malas

280 litros

Tanque de combustível

60 litros

Desempenho

Cárter em alumínio: rigidez estrutural

Velocidade máxima

180 km/h (gasolina) / 182 km/h (etanol)

189 km/h (gasolina) / 191 km/h (etanol)

0 a 100Km/h

10,7 s (gasolina) / 10,5 s (etanol)

10,1 s (gasolina) / 9,8 s (etanol)

Ciclo estrada

16,1 km/l (gasolina) / 10,8 km/l (etanol)

15,9 km/l (gasolina) / 10,6 km/l (etanol)

Ciclo urbano

12,0 km/l (gasolina) / 8,1 km/l (etanol)

11,8 km/l (gasolina) / 7,8 km/l (etanol)

Consumo (Norma NBR 7024)


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Renault estende garantia do Clio Sem novidades mecânicas nem de design, o compacto popular entra em nova estratégia de marketing e ganha sobrevida no mercado alexandre akashi

O Clio que o brasileiro conhece já foi aposentado na Europa, mas, por aqui, ganhou sobrevida com uma nova estratégia de marketing: garantia estendida de três anos. Este argumento não é novidade no setor automotivo. Mas, no segmento de hatchback compactos populares, sim. Com esta proposta, a Renault renova o Clio no mercado brasileiro, mesmo sem alterar um parafuso do modelo. A ideia é alavancar vendas no mercado mais concorrido: o de compactos populares. De fato, para a empresa, este é o caminho certo a trilhar. A planta, em São José dos Pinhais (PR), produz o Clio já faz algum tempo, e o projeto já se pagou. Assim, tudo o que vier pela frente é lucro. A meta da Renault é vender 3.500 unidades por mês. Algo em torno de 50% a mais do que hoje. Vale a pena ter um? Segundo tabela da Renault, o modelo mais barato (2 portas) tem preço sugerido de R$ 25.890. O mais caro (4 portas), por R$ 27.390. Ambos vem com motor Hi-Flex 1.0l 16v, já conhecido pelos profissionais da reparação. O preço está na média do mercado. O Fiat Mille Economy sai por R$ 23.780, o Ford Ka, por R$ 25.850, o Celta, por R$ 26.765, o Palio Fire Economy, por R$ 26.810 e Gol G4, por 27.530. Destes, somente o Clio dá três anos de garantia. Porém, como toda garantia estendida, só vale se as revisões forem feitas na rede autorizada. E, na maioria dos casos, depois das primeiras revisões, quando o carro começa a exigir troca de componentes de maior valor agregado, a magia da ‘segurança eterna’ tão bem vendida na

hora da compra dá lugar ao alto custo de manutenção. A Renault se defende com discurso de que reduziu em média 23% o custo de 50 referências. Durante evento com jornalistas, para anunciar a mudança estratégica, a montadora divulgou lista com 16 itens, porém apenas dois eram de peças de alto giro: disco, pastilhas e lonas de freio. A metade era de peças de carroceria, relacionadas a reparação de colisão, e os demais de componentes mecânicos e elétricos de baixo giro, como alternador, motor de partida, molas da suspensão, motor parcial e radiador. Outra estratégia de marketing foi anunciar custo das revisões de R$ 1 por dia, para quem roda em média 12 mil km por ano. Assim, se a proposta for utilizar pouco o carro, pode ser um bom negócio. Mas, do contrário, é preciso avaliar com cuidado. As revisões devem ser feitas a cada 10.000 km. Segundo tabela anunciada pela montadora, com 40.000 km a previsão de gasto com manutenção é de R$ 1.096. O Chevrolet Celta tem custo estimado em R$ 1.058 e o Volkswagen Gol, R$ 1.278. Em movimento Já faz algum tempo, os motores 1.0 litro têm surpreendido pela performance e desempenho. Com o Clio, não é diferente. O propulsor D4D de quatro cilindros e 16 válvulas rende 77cv/76cv de potência (etanol/ gasolina) a 6.000rpm e torque máximo de 10.2kgfm/10kgfm (etanos/gasolina) a 4.250rpm. Com apenas 880kg de peso em ordem de marcha, o Clio anda bem. Uma das principais características do propulsor é a

robustez, típica dos projetos franceses. Bem calibrado para o combustível brasileiro, o conjunto motor-transmissão proporciona consumo razoável, entre 9 km/l (etanol, na cidade) e 17,3k/l (gasolina, na estrada). Porém, peca pela aspereza e elevado ruído interno. Mas, pelo preço, vale o que se paga. Opcionais Para agradar os consumidores mais exigentes, a Renault disponibiliza adicionais como pintura metálica (R$ 600), arcondicionado (R$ 2.800) e dois pacotes: Pack DA (apoios de cabeça traseiros (2) reguláveis em altura, + limpador do vidro traseiros + ar-condicionado + direção hidráulica), por R$ 4.400, e o Pack Conf (Pack DA + vidros elétricos dianteiros + conta giros + travas elétricas nas portas e no porta-malas com comando por radiofrequência instalado na chave + alarme perimétrico), por R$ 5.100. No Brasil, o Clio já vendeu mais de 250 mil unidades, segundo a Renault. Uma marca respeitável, porém, e por este mesmo motivo, o consumidor brasileiro merecia ser brindado com o novo Clio, o mesmo que hoje roda pelas ruas da França e demais países da Europa Ocidental. Com design muito mais atraente que o modelo aqui oferecido, alavancaria o sucesso da marca, com certeza. Porém, a estratégia é outra, bem diferente do Mundo Velho, onde o Sandero é carro de entrada e o Clio, uma tradição de bom gosto. Uma pena.

Clio 1.0 16V Hi-Flex Arquitetura

Carroceria monobloco, 2 volumes, 5 passageiros, 2 ou 4 portas

Motor

D4D (1.0 16V), 4 cilindros em linha transversal

Tração

Dianteira

Cilindrada

999 cm³

Diâmetro x curso

69 mm x 66,8 mm

Taxa de compressão

10:1

Potência máxima (ISO/ABNT)

77 cv (álcool) @ 6.000 rpm / 76 cv (gasolina) @ 6.000 rpm

Torque máximo

10,2 mkgf (álcool) @ 4.250 rpm / 10 mkgf (gasolina) @ 4.250 rpm /

Alimentação

Injeção Eletrônica Multiponto Sequencial

Rodas

Aço estampado

Pneus

175/65 R14

Suspensão dianteira

Tipo McPherson, triângulos inferiores, amortecedores hidráulicos telescópicos com molas helicoidais e barra estabilizadora

Suspensão traseira

Rodas semi-independentes, molas helicoidais e amortecedores hidráulicos telescópicos verticais com barra estabilizadora

Freios

Duplo circuito em “X”,discos ventilados dianteiros, com 238 mm de diâmetro, e tambores traseiros, com 203 mm de diâmetro

Direção

Mecânica, diâmetro giro 10,3 m (direção hidráulica disponível opcionalmente)

Coeficiente aerodinâmico

Cx 0,35

Câmbio

Mecânico, 5 velocidades e marcha à ré 1ª......................3,72:1 2ª......................2,05:1 3ª......................1,40:1

Relações de marcha

4ª......................1,03:1 5ª......................0,79:1 Ré.....................3,54:1 Diferencial.........4,93:1

Tanque de combustível

50 litros

Porta-malas (litros) mín./máx.

255 / 596

Peso (em ordem de marcha)

880 kg

Entre-eixos

2.472 mm

Comprimento

3.818 mm

Altura

1.417 mm

Largura / Largura com retrovisores

1.639 mm / 1.940 mm

Aceleração 0 a 100 km/h

14,1 s (álcool) / 14,3 s (gasolina)

Velocidade máxima

167 km/h (álcool) / 166 km/h (gasolina)

Consumo cidade

13,6 km/l (gasolina) / 9,0 km/l (álcool)

Consumo estrada (vazio, sem ar-condicionado)

17,3 km/l (gasolina) / 11,5 km/l (álcool)

Carga útil

525 kg

Combustível

Gasolina e/ou álcool


A lei é sobreviver O circuito de rua de Ribeirão Preto mostrou ser o mais desafiador da temporada 2010

A cidade de Ribeirão Preto localizada no interior paulista é considerada um dos maiores pólos industriais alcooleiros do país, e durante os dias 4, 5 e 6 de junho recebeu a 4ª etapa do campeonato nacional de Stock Car. O circuito foi montado nas ruas da zona Oeste com 2.270 metros de extensão à beira do novo mercado municipal, e exigiu muita perícia dos pilotos que apelidaram as curvas travadas e as pequenas retas de Mônaco brasileira. De tocada semelhante ao autódromo Velopark, os freios e a transmissão foram altamente exigidos, e um grande número de acidentes e colisões aconteceu resultando na baixa de muitos pilotos da competição, incluindo o mineiro Ítalo Silveira. Por outro lado o piloto Leandro Romera conseguiu sobreviver a todos os perigos e terminou a corrida em 8º lugar, garantindo importantes pontos no campeonato para a equipe RS Racing. Veja agora os detalhes deste final de semana. Sexta-feira A expectativa dos pilotos

Fotos: Divulgação

Arthur Gomes Rossetti

O piloto Leandro Romera sobreviveu aos riscos do circuito travado e terminou em 8º lugar

da equipe RS Racing / Prata Tx Sports era aplicar a tática da tocada agressiva utilizada no Velopark, que garantiu a dobradinha de Ítalo Silveira e Leandro Romera em 1º e 2º lugar respectivamente no treino classificatório. Logo após a liberação da pista, as curvas do inédito circuito começaram a ser superadas, primeiramente de forma cautelosa, pois não havia área de escape suficiente para acobertar erros. Qualquer descuido poderia resultar em muro e até mesmo a

Uma batida forte durante os treinos tirou o piloto Ítalo Silveira da etapa

não participação na corrida. Enquanto Silveira tentava encontrar o melhor equilíbrio do controle de distribuição da força de frenagem, que na pista de Ribeirão esteve amplamente regulada para as rodas dianteiras, Romera extraía o máximo dos pneus usados na etapa anterior do Rio de Janeiro. Ambos conseguiram evoluir gradualmente sem grandes sustos. A meta era a de conhecer os limites do circuito de rua e, ao mesmo tempo, deixar os carros intactos para o treino classificatório do sábado. Sábado O treino de sábado foi marcado por fortes emoções, pois muitos pilotos ao tentar superar os limites da máquina encontraram o muro, avariando boa parte do carro. Para garantir a segurança, a organização decidiu liberar dois pilotos por vez, em apenas duas voltas rápidas, em um sistema de rodízio até que as 18 voltas de cada um fossem completadas. Extremamente confiante,

Silveira começou a subir de posição volta após volta, e a equipe após encontrar o acerto ideal sugeriu cautela, mas o garoto resolveu pisar fundo e tentar a pole position. Durante a volta rápida as primeiras parciais demonstraram que a possibilidade era real se não fosse uma forte colisão com a barreira de pneus antes de completá-la, no último setor. O impacto deixou o piloto com algumas dores musculares, e o carro com a frente completamente destruída. O acidente tirou definitivamente Silveira da etapa de Ribeirão. O piloto betinense passava bem e estará presente na próxima etapa em São Paulo. Enquanto, isso Romera assistia os erros dos adversários e tentava aprender todos os macetes para não entrar na estatística dos abandonos. A tática permitiu ao piloto conquistar o 12º lugar no grid. O piloto Sérgio Jimenes da Scuderia 111 cravou a pole position com o tempo de 1m12s459, seguido de Rafael Daniel e Sérgio

Ramalho. Domingo Com o colega de equipe Ítalo Silveira impossibilitado de correr, Romera ficou incumbido de garantir pontos para a equipe no campeonato e teria que terminar pelo menos entre os 15 primeiros. Após conturbada largada, o piloto do carro 88 se manteve firme e já na primeira volta ganhou duas posições, deixando Pedro Boesel e Cássio Homem de Mello para trás. Os dois inclusive causaram posteriormente a primeira entrada do Safety Car. Após a bandeira verde, o travado circuito oferecia grande dificuldades para ultrapassagem, pois logo que a 4ª marcha era engatada, havia a necessidade de redução, por causa das curvas de baixa velocidade que marcaram traçado. Assim, Romera continuou com o ‘pé na tábua’ e conseguiu escapar de mais um acidente bem a sua frente entre os oponentes Diogo Pachenki e Wellington Justino. E foi diante de um ritmo extremamente forte que o piloto de São Caetano do Sul cruzou a linha de chegada em 8º lugar. A prova foi vencida de ponta a ponta por Sérgio Jimenez com o tempo total de 40m12s422. A segunda posição no pódio ficou com Rafael Daniel com 40m12s522, enquanto que Sérgio Ramalho chegou em terceiro lugar em 40m12s920. Após quatro etapas, Leandro Romera soma 13 pontos e está em 14º lugar na tabela de classificação. Sua equipe RS Racing é a 6ª colocada com 33 pontos. A quinta etapa da Copa Chevrolet Montana V8 de Stock Car será no dia 5 de setembro, em Interlagos.


caderno

Premium Fotos: Divulgação

Tão bom quanto bonito? Quem conhece recomenda

Basta retirar as capas e conjunto do filtro de ar para ter visão ampla do motor e câmbio

Galant blindado: para não sobrecarregar o elevador foram instalados cavaletes

Marco Antonio Silvério Junior Quando alguém manifesta o interesse em adquirir um carro importado com certo tempo de uso, logo ouve comentários do tipo: comprar é fácil, quero ver manter ou, é um carrão, mas reze para não quebrar. Poucos se arriscam a dizer: vá em frente, desfrute de todo conforto, segurança, desempenho e tecnologia embarcada que só encontrará em nacionais com o triplo do preço e custo de manutenção igual ou maior. Pois é isso que provavelmente ouvirá caso pedir a opinião de um proprietário de Mitsubishi Galant. O visual do modelo comercializado no Brasil entre 1997 e 2003 dispensa apresentações, o conjunto frontal de grade e faróis com inclinação negativa o torna muito imponente. O carro chama atenção por onde passa e é muitas vezes confundido com BMW, que utilizava linhas

bem parecidas nos modelos mais antigos. A sexta geração do modelo chegou ao Brasil em 1995 nas versões ES com motor quatro cilindros de 2.4l e GS com motor 2.0 V6 24v de 150cv. A partir do segundo trimestre de 1997 foi lançada no país a oitava geração, já disponível no Japão desde 1996, onde foi eleito melhor carro por duas vezes consecutivas, 1996 e 1997. Esta foi produzida até 2004 e tivemos por aqui as versões ES e Supersaloon com motor quatro cilindros 2.4l e 2.0l 16v, e a top de linha VR, com o V6 24v de 2.5l que desenvolve 163cv, fazendo de 0 a 100 km/h em 10s e velocidade final de 215 km/h. O V6 não tem fama de beberrão, seus proprietários apontam consumo entre 7 e 8km/l na cidade, o que não é nada mal se levarmos em conta seu desempenho e suas dimensões, são 4,6m de comprimento e pesa 1270kg, lembrando que todos possuem câmbio automático.

A unidade avaliada na oficina Engin do conselheiro Paulo Pedro de Aguiar é uma VR blindada com 210.632km ano 1999 blindado. O veiculo foi levado à oficina para uma revisão e verificação de vazamentos de óleo de motor. Na revisão foi constatada a necessidade de substituição das juntas das tampas de válvulas, tampa de abastecimento do óleo do motor e retentores das polias dos comandos de válvulas. Como para efetuar este serviço é preciso desmontar a correia dentada e não havia um histórico de troca, foi recomendada também a substituição deste item, além das polias tensionadora e de desvio. A manutenção da correia dentada é simples e não exige ferramentas especiais e os pontos para fazer o sincronismo são bem claros. As polias podem ser encontradas facilmente no mercado de reposição, pois são as mesmas utilizadas nos motores

1.6l e 1.8l do Lancer e também em alguns Hyundai. Uma recomendação importante é aproveitar para substituir também a bomba d’água, que é acionada pela correia sincronizadora e tem um custo médio de R$150,00, vale a pena para evitar o risco de travamento. O espaço para trabalhar neste motor é amplo, porém como em todo V6 transversal, serviços na bancada de cilindros traseira é um pouco mais trabalhosa, porém neste caso o que dificulta não é a proximidade com o painel de fogo, e sim a parte superior do coletor de admissão que passa por cima dessa área, então até para serviços simples como a analise ou substituição das velas de ignição é preciso retirá-la, o que não é nenhum bicho de sete cabeças, mas é bom lembrar-se de incluir a junta no orçamento. Aqui vale um comentário importante, as velas utilizadas neste motor possuem eletrodo de platina e menor grau


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Fotos: Divulgação

Premium térmico, chegando a custar três vezes mais que modelos convencionais, no entanto, a montadora recomenda a troca a cada 100.000 km e não necessita ajuste de gap. Na tampa de abastecimento do óleo do motor existe uma borracha de vedação, e devido a falta de uma chapa defletora em cima dos comandos de válvulas, pode apresentar vazamentos, devendo ser substituída. Um problema comum nestes motores é o controlador de marcha Tampa de abastecimento de óleo apresentava vazamentos Detalhe da correia dentada: manutenção simples lenta, conhecido como ISC, que quando defeituoso apresenta oscilação na marcha lenta. Na concessionária custa R$900,00 e também podem ser encontrados recondicionados de boa qualidade por cerca de R$200,00. O Galant não costuma visitar muito as oficinas para manutenção corretiva, e quando aparece não costuma apresentar surpresas, desde é claro que a preventiva seja respeitada, principalmente com o câmbio automático, onde óleo e filtro devem estar sempre em ordem. Sujeira provocada por vazamentos na parte superior do motor Interior é espaçoso e bem equipado Alguns proprietários fazem troca a cada 15.000km. A transmissão utilizada neste modelo é a In- ajuste de altura é fácil encontrar vecs II de quatro velocidades, baseada no sistema uma boa posição de dirigir. O acasemi-automático Tiptronic da Porsche, que permi- bamento interno é excelente e não te trocas manuais sequenciais no “sports mode” apresenta ruídos, mesmo nos mocom toques na alavanca para frente e para trás, delos mais rodados. Para completar além do sistema auto-adaptativo, que pode tor- tem direção hidráulica progressiva nar as trocas no modo automático mais esportiva e air bag duplo de série. Algumas peças, principalmente ou econômica, de acordo com o modo de condução de acabamento como borrachas e do motorista. A suspensão é do tipo multi-link nos dois ei- frisos, só podem ser encontradas xos e prioriza o conforto, sendo muito macia, mas em concessionárias, onde há boa nem por isso deixa a desejar em tocadas mais disponibilidade de peças, porem esportivas. Não costuma apresentar problemas, o preço é alto. A maioria pode ser e vale informar que no modelo avaliado, que é encontrada facilmente no mercablindado, não foi encontrada qualquer avaria na do de reposição, claro que o custo não é o de um popular, e o erro de suspensão. Os pneus são 205/60 15 e as rodas dificilmente muitas pessoas é não pensar que são substituídas, pois a furação 4X114,3 é difícil de mesmo tendo um preço acessível, ser encontrada. Os freios contam com ABS e disco continua sendo um automóvel de nas quatro rodas, e podem ser encontradas pasti- luxo, e possui muitos equipamentos de conforto e segurança que estão lhas importadas por cerca de R$140,00. O interior é uma sala de estar, possui ar condi- sujeitos a apresentar defeitos, mas cionado digital com visor de LCD, bancos com re- nem de longe o Galant chega a Pontos de sincronismo do motor são simples de localizar gulagem elétrica e apesar de o volante não possuir ser um mico.


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EM BREVE, NA SUA OFICINA

Agosto 2010

EM BREVE, NA SUA OFICINA

É ao volante que se conhece os melhores atributos da Hoggar Mesmo herdando pontos fracos da linha 207, Hoggar mostra que dará trabalho para as concorrentes Fotos: Oficina Brasil

Marco Antonio Silvério Junior

Em maio deste ano destacamos no lançamento da Peugeot Hoggar, a estabilidade como principal mérito da primeira picape compacta da marca, e é preciso reafirmar, a segurança transmitida para quem a dirige, mesmo em velocidades mais altas e sem a capota marítima, faz esquecer que estamos em um utilitário. Levamos a versão aventureira Escapade, com o robusto motor de 1.6 litros e 16v, na oficina Design, de Campinas, dos irmão André Bernardo e Carlos Bernardo, para conferir as particularidades do conjunto e no dinamômetro, o desempenho do motor. Comportamento Nos primeiros quilômetros rodados já se pode perceber que o carro esta mais esperto que os outros modelos da marca que utilizam a mesma motorização, devido ao escalonamento mais curto das duas primeiras marchas e do diferencial, o que da disposição extra para carregar os 650kg de carga útil que tem capacidade nos 1151 litros da maior caçamba da categoria. Mesmo sem nenhuma carga o rodar é confortável graças ao bom acerto da suspensão e

Entre as picapes com cabine estendida, a Hoggar é, sem dúvidas, a mais estável do mercado. Equipada com motor 1.6l 16v, acelera com facilidade e suavidade, porém o velocímetro mostrou certa falta de precisão

aos altos pneus 185/ 65 R15 H de uso misto, que devem ser calibrados com 262kpa (38psi). Apesar de precisar de um curso longo do pedal, a frenagem é bem eficiente, e possui duas válvulas reguladoras de pressão na traseira, uma para cada roda, distribuindo bem a pressão hidráulica e evitando o travamento das rodas quando

Vazamento precoce no sensor de pressão hidráulica

a traseira estiver leve. O acionamento da embreagem é por cabo auto-ajustável e deixa o pedal alto. Aliando isto a rápida subida de giro do motor que é bem sensível ao toque do acelerador, torna a adaptação do modo de dirigir, mesmo dos mais experientes, um pouco mais lenta. A direção hidráulica se

Buchas de bandeja costumam apresentar folga, o ideal é trocar bandejas completas

mostrou um pouco pesada com o carro parado, herança dos modelos anteriores da Peugeot, gerando até a dúvida de alguns reparadores se era ou não hidráulica. Por não ser progressiva, recebeu um acerto intermediário, que não a deixasse muito pesada nas manobras e nem muito leve em velocidade. Outra má herança

Amortecedor traseiro trabalha praticamente na horizontal, detalhe na válvula reguladora de pressão independente

constatada foi o sensor de pressão hidráulica do sistema de direção, que aos 10 mil km, já apresenta vazamento. Equipamentos e interior O acabamento interno é bem caprichado e não apresenta barulhos, possui detalhes como maçanetas internas, painel e pedaleiras com acabamento em alumínio e manopla do câmbio cromada que dão um visual bem esportivo. O espaço interno surpreendeu e acomoda com bom nível de conforto, tanto no lado do motorista quanto no passageiro, pessoas de até 1,90m, permitindo ajuste de altura do volante e banco do motorista. O espaço atrás dos bancos também é bom, comporta facilmente pequenas malas de viagem e possui rede para melhor acomodar objetos. A versão testada possui uma boa lista de equipamentos de série como direção hidráulica, ar condicionado, suporte de teto, vidros e travas elétricas, chave com duplo telecomando e localizador do veículo, contando inclusive com Air Bag duplo como opcional, porém dois itens ficaram de fora até da lista de opcionais: Rádio (apesar de possuir instalação com dois alto falantes) e ABS.

Filtro de óleo ecológico bem ao lado do coletor de escapamento


EM BREVE, NA SUA OFICINA

Suspensão Apesar de a suspensão dianteira ser derivada do 207, a Peugeot informa que nem todas as peças são intercambiáveis, pois devido a maior capacidade de carga útil e diferentes condições de utilização, recebeu nova calibração, porém visualmente não apresenta diferenças, mantendo as longas bieletas e as frágeis buchas de bandeja, que Carlos Bernardo recomenda, em caso de manutenção, instalar uma bandeja completa original. A suspensão traseira, derivada da Partner, tem funcionamento independente nas duas rodas, utilizando barras de torção transversais e barra estabilizadora. Traz como principal diferença o amortecedor, que trabalha praticamente na horizontal, com o intuito de não ocupar espaço na caixa de roda, proporcionando maior espaço na caçamba. Transmissão O escalonamento das marchas está muito bem equilibrado e mantém o motor trabalhando na faixa de rotação onde desfruta de torque abundante nas acelerações e retomadas, e ao mesmo tempo, permite viajar a uma RELAçãO dE MARCHAS 1ª 1/3,41 2ª 1/1,8 3ª 1/1,28 4ª 1/0,97 5ª 1/0,76 Ré 1/3,58 Diferencial 1/4,69 70km/h

90km/h

120km/h

4ª marcha 2500rpm 3200rpm

-

5ª marcha 2000rpm 2500rpm

3500rpm

velocidade constante com rotações baixas, que gera um baixo nível de ruído e consumo de combustível, veja o quadro abaixo. Aproveitamos os testes no dinamômetro para aferir o velocímetro e constatamos um grande erro, de 8km/h. A velocidade final real medida foi 212km/h. O óleo recomendado para esta caixa é o Esso ou Total de viscosidade 75w80. Parametros do sistema de injeção A partir desta edição vamos coletar os parâmetros mais relevantes dos sensores e atuadores nos veículos testados para essa coluna, como são veículos praticamente novos e em perfeito funcionamento, servirá como uma base mais realista para comparação nos serviços de manutenção, já que os valores indicados como parâmetros nos scanners, tem uma faixa muito grande e nem sempre dão a certeza de o valor lido estar ou não dentro do ideal.

MAP Abertura de borboleta TPS

Marcha Lenta

2500rpm

4,3ms

3,4ms

André Bernardo Design Mecânica

a substituição com o motor No dinamômetro A potência de 113cv asuperior 5600rpm, quente. Os coxins, e o torque de 15,5kgf.m declarados e inferior, devem sempre ser pela montadora foram superados, analisados nas revisões, pois 115,2cv a 5425rpm e torque de não costumam terquase boa integraldura16,2kgf.m, disponível bilidade. mente desde as baixas 3400rpm, que A Peugeot recomenda dois tipos de óleo para este motor, o Toatl Quartz 7000 de viscosidade 15w40 para regiões de clima predominante quente, e Total Quartz 9000 de viscosidade 5w40 para regiões de clima misto. O prazo de troca é 12 meses ou 10.000 km, devendo ser reduzido pela metade quando utilizado em condições extremas.

440hpa

300hpa

0,66V

0,80V

MAP Abertura de borboleta TPS

para um motor de 16 valvulas fica bastante interessante. As medições foram feitas em 4ª marcha, por ser a mais próxima da relação de 1 para 1 que diminui a margem de erro. Foram feitas três puxadas seguidas para analisar se há queda de potência e torque em maiores solicitações, e os resultados foram praticamente os mesmos, sem nenhuma variação relevante. Nas diversas medições que já fizemos em nosso dinamômetro, percebemos que é uma característica dos motores multivalvulas, apresentarem uma potencia maior que a declarada e em rotações mais baixas, principalmente depois de aquecido.

CARACtERíStICAS téCNICAS Motor Número de cilindros Número de válvulas Cilindrada Potência máxima cv (DIN) / rpm Torque máximo mkgf (DIN) / rpm Alimentação transmissão Tração Caixa de mudanças direção Direção Suspensões Dianteira Traseira

PARAMEtROS COM AR CONdICIONAdO dESLIgAdO

Tempo de Injeção

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OPINIãO dO ESPECIALIStA

Motor O motor 1.6 de 16v com duplo comando no cabeçote já é bem conhecido e tem boa fama entre os reparadores por ter boa durabilidade e potência. Possui bobina de ignição integrada em uma única peça localizada logo acima das velas, dispensando o uso de cabos. O filtro de óleo do motor é do tipo ecológico, substituindo apenas o refil e fica localizado bem ao lado do coletor de escapamento, exigindo atenção para evitar queimaduras quando for fazer

PARAMEtROS COM AR CONdICIONAdO LIgAdO

Tempo de Injeção

Agosto 2010

Marcha Lenta

2500rpm

2,6

2,6

310hpa

230hpa

0,61V

0,72V

Freios Dianteiros Traseiros Pneus Pneus CARACtERíStICAS FíSICAS Volumes Volume da caçamba (litros) Número de lugares Lugares Massa (Kg)* Massa do veículo em ordem marcha Pesos (kg)* Carga útil (Kg)

Sistema de Injeção Este veículo é equipado com o sistema de injeção Bosch 7.4.9, que utiliza os mesmos sensores dos demais modelos da marca que utilizam o sistema Bosch 7.4.4 assim como a sonda Planar, que proporciona um controle mais rápido do aquecimento da mesma, emitindo menos poluentes na fase fria. A novidade neste sistema fica por conta da adaptação de combustível, que não era disponibilizada no sistema 7.4.4. A adaptação de combustível inicia-se no valor de 20% de Álcool, sendo incrementada de 5% em 5%, até o valor total de 100%, existindo assim, 17 possibilidades de incrementos.

PEUgEOt HOggAR ESCAPAdE 1.6 2P 4 16 1.587 Álcool: 113 / 5.600 Gasolina: 110 / 5.600 Álcool: 15,5 / 4.000 Gasolina: 14,2 / 4.000 Injeção eletrônica multiponto seqüencial Dianteira Manual (5 frente e 1 ré) Hidráulica Rodas independentes, pseudo McPherson, molas helicoidais e amortecedores hidráulicos integrados. Rodas independentes, barras de torção transversais, amortecedores hidráulicos semi-horizontais e barra estabilizadora (salvo versão X-Line). Discos ventilados Tambor 185/65 R15 H PEUgEOt HOggAR ESCAPAdE 1.6 2P 1.151 2 1216 650

Performances Aceleração de 0 a 100 km/h (seg) - "condutor" Velocidade máxima km/h Combustível Capacidade do tanque (litros) Combustível dimensões Altura (mm)1 Entre-eixos (mm) Comprimento (mm) Largura (mm)

11,9 179 55 Flex: Gasolina e/ou Álcool 1524 2.745 4.526 1.668


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LANÇAMENTO

Agosto 2010

MERCADO

CINAU revela apagão em mão de obra Estudo inédito da Central de Inteligência Automotiva mostra que 97% dos donos de oficina têm dificuldade em contratar funcionários e que a falta de qualificação é o principal motivo Alexandre Akashi

Mercado automotivo aquecido, vendas de veículos zero km em alta constante, indústria de autopeças a todo vapor e a demanda elevada nas oficinas de reparação, pelo menos na região metropolitana de São Paulo, responsável por mais de 20% da frota brasileira. O cenário é propício ao crescimento, mas existe um gargalo que pode jogar um balde de água fria nos planos das empresas do setor, principalmente nas oficinas, elo que tem grande volume financeiro, porém distribuído em um maior número de participantes: a escassez de mão de obra. Já não é de hoje que o setor da reparação automotiva tem sentido dificuldade em contratar funcionários, porém pesquisa inédita realizada pela CINAU (Central de Inteligência Automotiva) revelou um verdadeiro apagão de mão de obra nas oficinas de quatro estados brasileiros: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Os números impressionam, pois 97% dos empresários da reparação entrevistados afirmam encontrar dificuldade em contratar funcionários, sendo que a falta de qualificação é a principal razão, com 97% das respostas. Na edição do mês passado, a CINAU já havia identificado esta dificuldade, quando analisou o comportamento do mercado nos primeiros seis meses do ano. Reparadores ouvidos pela reportagem foram categóricos: há vagas em aberto e não se encontra mão de obra qualificada para preenchê-las. E o pior: na cidade de São Paulo, a demanda pode dobrar até o fim deste ano, porém, sem mão de obra, não haverá como converter este aumento

Metodologia da pesquisa

A grande maioria das oficinas (97%) diz ter dificuldade de encontrar funcionarios. O motivo: falta de qualificação

TEM DIFICULDADE EM

ENCONTRAR FUNCIONÁRIO?

Não 3%

Sim 97%

QUAL A DIFICULDADE?

Forma interno 3%

Qualificação 97%

Além de faltar mão de obra , a que está disponível não é qualificada, e isso implica na necessidade de investir no novo contratado para que produza de acordo com as expectativas. Alguns empresários da reparação tem, até mesmo, ministrado cursos entre a comunidade com objetivo de identificar talentos

A pesquisa sobre Qualidade e Dificuldade relativa a mão-deobra na Reparação foi realizada nos quatro estados com as maiores frotas circulantantes do país (SP, MG, RJ e RS), com os entrevistados sendo escolhidos aleatoriamente no database de assinantes do jornal Oficina Brasil. As perguntas foram formuladas de maneira direta, sem estímulo, sem indicação ou referência alguma que inclinasse o entrevistado para essa ou aquela resposta. As respostas foram espontâneas e sem interferência do entrevistador. A pesquisa foi realizada com base em amostragem reduzida, com plano amostral de 40 amostras, divididas ponderadamente nos quatro estados em função da participação de suas frotas estaduais em relação a frota total do país, com intervalo de confiança ampliado. Os resultados são garantidos numa margem de significância igual a 90%.


mercado

de procura por serviços em faturamento, pois simplesmente faltam profissionais para atender a quantidade de clientes. Ao todo, participaram da pesquisa 40 reparadoras, sendo que 28% eram centros automotivos e 72 oficinas mecânicas, 41% possuem ente 6 a 10 funcionários, 41% até 5 funcionários e 12% mais de 11 funcionários. Demora Um dado interessante da

Agosto 2010

pesquisa CINAU – Mão de Obra, 2010 é o tempo de procura por novos funcionários. A grande maioria das oficinas (59%) levam entre 4 a 6 meses para encontrar um colaborador, 12% demoram entre 7 a 9 meses, e 13% mais de 10 meses. Somente 16% conseguem incrementar o quadro em menos de 3 meses. Outra informação alarmante é o índice de reprovação do novo funcionário no período de experiência, ou seja, a dispensa

reprovação durante o período de experiência

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É preciso ter cuidado na forma de contratação Ao contratar um novo funcionário, existem algumas regras que devem ser observadas para que a alegria de hoje não se torne a dor de cabeça de amanhã. Por isso, sempre que há um grupo de reparadores proprietários de oficina reunidos, uma pergunta é recorrente: Qual a melhor forma de contratação? De acordo com a advogada Alessandra Milano Moraes, especialista no atendimento a profissionais do setor da reparação automotiva, o melhor tipo de contrato é o registrado pela CLT, com carteira assinada. Porém, Alessandra alerta para os riscos dos contratos por comissão. “Quando se paga por comissão, o valor comissionado deve constar no holerite e o cálculo para efeito de recolhimento de impostos deve ser feito

sobre o total do pagamento”, explica. Em outras palavras, se o funcionário tem salário de R$ 1000 e recebe mais R$ 1000 de comissão, o cálculo dos impostos é feito sobre a soma dos dois valores. “Se o empregador fizer somente sobre o valor do salário, corre o risco de ser multado por sonegação”, afirma Alessandra. Uma forma de evitar isso é remunerar por premiação, bonificação, por superação de metas. Porém, há um limitante: os bônus devem ser diferentes a cada mês, pois do contrário são encarados como comissões. Existe também a bonificação por PLR (Participação nos Lucros e Resultados), que podem ser distribuídos uma vez a cada três meses, ou quatro vezes por ano.

Falta é geral, dizem pesquisados

Outro dado alarmante da pesquisa CINAU Mão de Obra 2010 é em relação à reprovação no período de experiência: 75% dos entrevistados afirmaram que demitidem 72% dos contratados nos três meses de experiência

Qual é o tempo médio de procura por um profissional?

Entre as diversas especialidades de mão de obra existentes no setor da reparação, não há uma em destaque, mas, sim, uma falta generalizada, segundo 63% dos entrevistados.

Entre os cargos mais específicos, o de reparador de sistemas de injeção eletrônica é o que aparece em primeiro lugar, com 16% das opiniões. Em segundo, alinhador, com 6%. Faltam ainda eletricistas,

funileiros, reparador de pintura, mecânica diesel, todos com 3% das opiniões. A pesquisa mostra assim grandes oportunidades para quem deseja se especializar em uma atividade.

Quais as funções mais difíceis de achar?

A pesquisa mostrou que as oficinas demoram de quatro a seis meses para encontrar um profissional, e que a dificuldade é geral, em relação à especialização. Em outras palavras, tem faltado de tudo


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MERCADO

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em até 3 meses. Do total de oficinas consultadas, 41% reprovam 80% dos novatos em menos de 3 meses, e outros 31% reprovam 70% dos calouros neste período. Este alto índice de não-admissão indica que a mão de obra disponível no mercado está muito fora de um padrão mínimo de conhecimento necessário para atuar em uma oficina de reparação. Mostra ainda, que não basta encontrar uma pessoa somente para preencher vaga. É preciso garimpar. Rotatividade É nessa hora que algumas mazelas de mercado vêm à tona, pois ao garimpar, as oficinas começam a ‘roubar’ funcionários umas das outras. A CINAU mediu o índice de rotatividade da mão de obra e descobriu que a 41% troca de emprego entre 31 a 36 meses. Em outras palavras, a maioria não completa três anos de empresa e parte para uma nova empreitada, um novo desafio, provavelmente para ganhar mais. Assim, o que fazer? Para o presidente do Sindirepa-SP (Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo), Antonio Fiola, a receita é investir no funcionário de forma tal que ele se sinta privilegiado e não tenha vontade de trocar de emprego.

Empresários ministram cursos de mecânica Com objetivo de descobrir novos talentos, empresários da reparação da cidade de Conchal, no interior de São Paulo, montaram um curso de Mecânica Básica para adolescentes que frequentam o Programa Escola da Família. As aulas são ministradas pelos integrantes do grupo NACO (Núcleo Automotivo de Conchal), formado por oito oficinas. Segundo o reparador e instrutor Jacimil Moreira dos Santos, há falta de mão de obra especializada na região e, por isso, o curso ajuda as empresas na hora de contratar funcionários. As aulas são ministradas aos domingos, de manhã, e o A receita é acertada, porém de custo elevado. Os benefícios, no entanto, podem compensar. Exemplo disso é a Stilo Motores, oficina localizada na zona Norte de São Paulo, de propriedade do conselheiro do jornal Oficina Brasil, Francisco Carlos de Oliveira, que adota o sistema de divisão de lucros com os funcionários. “Depois que comecei a trabalhar dessa forma, consigo tirar férias de 30 dias todos os anos, sem me preocupar com o faturamento da oficina, pois eles sabem

curso tem duração média de oito meses. “Esta é uma iniciativa que começou por acaso, e agora toma corpo, tanto que a escola está em reforma, para a construção de uma sala para colocarmos nosso material”, conta Santos. O curso conta com apostila e muitas aulas práticas sobre os principais sistemas de um automóvel, como freios, motor, câmbio, diferencial e suspensão. Educar Outra iniciativa é o Programa Educar, criado em 1996 pelo empresário Marseau Bleuler Franco e sua esposa

que quanto mais trabalharem, quanto maior for a rentabilidade da empresa, melhor será a remuneração deles”, diz Oliveira. Formação Outra maneira de investir no funcionário é oferecer a ele a qualificação necessária para que possa exercer a função. Este é um ponto delicado, pois assim que aprende, muitos trocam de emprego e o tempo investido na capacitação técnica acaba sendo aproveitada por

Carmen Cabral Franco, em São Paulo, com objetivo de oferecer formação técnica profissionalizante qualificada e certificada pelo SENAI, a jovens que vivem em situação de risco na cidade de São Paulo. Entre os cursos oferecidos, há o de Noções de Mecânica de Empilhadeiras / Autos, que aborda sistemas de freios, eletricidade básica, metrologia, desenho técnico, organização e vivência administrativa, informática e empreendedorismo. O curso é totalmente gratuito, com aulas de segunda à sábado das 8h às 15h, duração de 6 meses.

outra oficina. “Este é um risco que se corre, mas se a oficina tiver um plano de carreira e conseguir comprometer o funcionário dentro desse plano, as chances dele sair da empresa diminuem”, afirma Fiola. Mas, o fato é que as oficinas têm sentido cada vez mais dificuldade de contratar mão de obra especializada, graças ao mercado aquecido, principalmente no setor industrial (montadoras e autopeças), que

PERFIL DAS OFICINAS PARTICIPANTES DA PESQUISA: Estado

Ramo da oficina

Quantidade de funcionários

geralmente pagam salários mais altos. “Esta é uma realidade que o nosso setor já vive a um certo tempo”, afirma Fiola. Cursos profissionalizantes, de aprendizagem, iniciação profissional, qualificação, aperfeiçoamento e especialização é o que não faltam, principalmente em São Paulo. Somente o Senai Conde José Vicente de Azevedo, localizado no bairro do Ipiranga, capacita mais de 22 mil profissionais todos os anos. “E temos capacidade para mais”, afirma o responsável pela área de Gestão de Negócios do Senai Ipiranga, Valdir de Jesus. Além do Senai, há outras instituições de ensino, como as Escolas Técnicas Estaduais (ETEs), e os Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets), assim como escolas técnicas particulares espalhadas por todo o Brasil, e treinamentos gratuitos oferecidos pela indústria. De fato, existe muita oportunidade no setor de reparação automotiva e, com a carência de mão de obra especializada, os salários tendem a se elevar. Segundo o presidente do SindirepaSP, a média salarial da categoria subiu cerca de 10% nos últimos meses por conta deste descompasso entre oferta e procura.


AvAliAção do RepARAdoR pAssAt 2.0 Fsi

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AvAliAção do RepARAdoR

toyota Corolla também tem seus pontos fracos O Corolla avaliado este mês pertence a 9ª geração, produzido em 2003 a gasolina com motor 1.8 16v com comando de admissão variável VVTi (Variable Valve Timing), conhecido internamente na rede Toyota por motor 1ZZ-FE. Mesmo o veículo tendo sido recomendado por 100% do Conselho Editorial, conseguimos achar alguns defeitos crônicos neste que pode ser considerado um ‘queridinho do reparador’. A frase “se dependêssemos deste carro para sobreviver, morreríamos de fome”, foi repetida por mais de uma vez entre as visitas as oficinas consultadas, o que nos deixou um positivo ‘pré-conceito’ do projeto japonês. Mas será que ele é tudo isso mesmo? Um ponto duramente criticado pelos reparadores é a falta de informação técnica no mercado por parte da Toyota, ‘que não libera nada’ e dificulta os procedimentos corretivos nos carros mais antigos que raramente voltarão a um concessionário autorizado. Por outro lado a farta disponibilidade de peças de reposição originais foi elogiada. “Mesmo que a concessionária não a tenha para pronta entrega, de um a três dias úteis ela está na mão”, comenta o engenheiro mecânico e conselheiro editorial Julio Cesar Souza, proprietário da Souza Car oficina localizada na zona leste de São Paulo. Confira agora os principais detalhes sob a ótica do reparador, que deixou evidente a necessidade da manutenção preventiva neste valente modelo. Histórico O proprietário do veículo é cliente do Auto Elétrico Torigoe, pertencente ao integrante do Conselho Editorial Sérgio

Fotos: Oficina Brasil

Arthur Gomes Rossetti

Desvendamos se o Corolla ‘é tudo isso’ mesmo

Seihiti Torigoe. As visitas a oficina contemplaram além da intervenção preventiva em alguns componentes mecânicos, a instalação de acessórios como kit xenon nos faróis baixos e de milha. O Corolla foi lançado no Japão em 1966 e passou a ser importado oficialmente pela Toyota do Brasil desde 1993. Produzido em nossas terras a partir de 1998, a versão avaliada teve vida entre meados de maio de 2002 a abril de 2008. O motor 1.6 16v VVTi (3ZZ-FE ) esteve presente também na versão de entrada denominada XLi, de construção mecânica semelhante ao irmão maior 1.8. Motor O projeto da família atual de motores 1ZZ-FE deriva do 7A-FE da geração anterior, porém com um extenso pacote de melhorias. Pode-se dizer que do antigo ficou mesmo só a cor do bloco. O sincronismo,

por exemplo, migrou da correia dentada para a corrente de comando, com sistema hidráulico de variação através da ECU na admissão (VVTi), que privilegia o torque em baixas rotações e a potência nas altas. O sistema de ignição evoluiu para as bobinas individuais, de maior precisão e menor perda de trabalho perante o antigo sistema a cabo. O reparador Danilo Tinelli da Auto Mecânica Danilo comenta que uma das maiores dificuldades solicitadas pelo manual do fabricante do veículo neste motor é a regulagem das válvulas. A cada 40 mil quilômetros a folga deverá ser preventivamente verificada, e quando necessário a correção. Toda a parte dianteira do motor deve ser desmontada para remoção dos comandos de válvulas e o reparador deverá identificar as medidas necessárias dos tuchos e solicitá-los em concessionária Toyota.

Quanto ao óleo lubrificante, o Conselho Editorial recomenda que seja aplicado o original Toyota de viscosidade 10W30 mineral num total de 3,7 litros incluindo a troca do filtro blindado. E falando em óleo de motor, a oficina Design pertencente aos irmãos André Luis Bernardo e Carlos Bernardo, certa vez recebeu um Corolla idêntico ao avaliado com o motor rajando com pouco mais de 60 mil quilômetros rodados. Ao remover a tampa de abastecimento de óleo foi comprovada a presença de borra devido à utilização prolongada sem a troca. O motor teve que ser aberto e completamente retificado. Isto prova que nem mesmo o mais moderno e resistente motor consegue sobreviver por muito tempo quando exposto a lubrificantes vencidos. “E quando for remover o cabeçote por algum motivo, dê preferência à junta original do tipo laminada, pois as de má qualidade podem

gerar avarias”, alerta Tinelli. Ainda se tratando do cabeçote, o reparador afirma que o material reage facilmente com os aditivos paralelos, chegando ao ponto de criar ferrugem e corrosão pouco tempo após a aplicação. “Para este veículo recomendo apenas o aditivo comercializado nas concessionárias Toyota, pois prefiro não arriscar”. O reparador Julio, da Souza Car certa vez recebeu um cliente que se queixava de baixo rendimento. Após os testes foi verificada baixa compressão nos cilindros. Com o motor aberto foi constatado que os anéis de segmento estavam colados no pistão, provavelmente resultante da utilização de combustível adulterado. Um item que faz o reparador perder a paciência e muitas vezes o acaba quebrando quando removido é o plug da mangueira alimentadora de combustível, bem na união com a flauta. Para a tarefa é necessário possuir um alicate especial, item que nem todas as oficinas possuem. A dica é remover a flauta por completo, sem desconectar a mangueira. O veículo avaliado utiliza módulo externo para rodar no álcool, mais conhecida no mercado como ‘caixinha flex’ e nenhuma anormalidade de funcionamento foi detectada. O filtro de combustível dos Corollas produzidos após maio de 2002, pertencentes à mesma geração da versão avaliada está localizado dentro do tanque de combustível, junto ao corpo da bomba elétrica. O Conselho Editorial recomenda a verificação ou até mesmo a troca a cada 30 mil quilômetros rodados, com o objetivo de proteger e garantir vida útil longa a todo o sistema de alimentação. Devido à localização do filtro, instalar o manômetro para a


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Característiscas do sistema de ar É um veículo que pouco frequenta as oficinas de ar condicionado, e os poucos que aparecem geralmente se referem ao que vou falar. O sistema de ar condicioMario Meier ishiguro nado tem boa eficiência, com ISHI AR CONDICIONADO AUTOMOTIVO um compressor Denso 10PA15 CURSOS & SERVIÇOS com 150 cc de cilindrada fixa. Bal. Camboriu - SC O compressor eventualmente 55 (47) 3264-9677 ishi@ishi.com.br pode apresentar vazamento e Skype: mario.meier.ishiguro até ruído interno. Utiliza cerca de Acesse o site e conheça nossa empresa: 150ml de óleo PAG 46 e trabalha www.ishi.com.br com cerca de 530g, +/- 30g de fluído refrigerante R134a. Possui um eletroventilador atrás do radiador com duas velocidades, sendo que ao ligar o compressor, o eletroventilador já assume a 1ª velocidade. Os modelos SE-G, podem ser equipados com comando digital de ar condicionado. Quando o sistema atinge a eficiência normal, cerca de 7°C no difusor, um sensor de temperatura localizado na caixa evaporadora envia uma informação para desligar o compressor, para evitar o congelamento do mesmo. Após alguns segundos, quando a temperatura volta a subir no evaporador, o sensor envia um sinal para religar o compressor. Se este sistema tivesse um compressor de fluxo variável, proporcionaria mais conforto ao dirigir, pois o compressor não ficaria ligando e desligando, retendo e liberando mais teor de umidade nos difusores e alterando a rotação do motor. Obs: Um ponto falho no sistema é a falta do filtro antipólen nos modelos até 2006, o que permitia a entrada de sujeira direto para o evaporador dentro do painel. O acesso ao filtro fica atrás do porta luvas e é possível adaptar um filtro antipólen Módulo de ventilação SEG nestes modelos.

Compressor 10PA15 DENSO

realização de testes passa a ser uma tarefa que exige criatividade e adaptação por parte do reparador. Fique atento ao momento de fechar o orçamento e lembre-se de contemplar este trabalho extra. A bomba opera a uma pressão de quatro bar, sendo que a Ingelauto Serviços Automotivos, oficina pertencente a Eduardo Topedo certa vez atendeu um Corolla que apresentava baixo rendimento e alto consumo. Após diversos testes que quase fizeram Topedo ficar ‘maluco’, foi constatado que a bomba elétrica de combustível havia sido trocada por uma de marca paralela, de pressão idêntica a original (quatro bar), mas de vazão inferior. Após a instalação de uma bomba genuína Toyota, o veículo voltou a acelerar forte e ficar mais econômico. A explicação para o alto consumo com a bomba paralela é que a ECU identificava a falta de combustível e aumentava o tempo de injeção, o que não significava aumento de rendimento devido o menor volume injetado. Desta maneira o funcionamento ficava comprometido. O reparador Francisco Carlos de Oliveira, da Stilo Motores, certa vez atendeu um Corolla com o motor falhando em todos os regimes. Após o diagnóstico, foi comprovado que um dos quatro bicos injetores estava ‘travado’. Após a limpeza com ultrasom em máquina apropriada, o bico ‘descolou’ e voltou a funcionar perfeitamen-

te. As velas também devem receber especial atenção, pois influenciam diretamente na temperatura de trabalho da câmara de combustão, que poderá chegar ao ponto de alterar o funcionamento do sistema VVTi, deixando o rendimento aquém do esperado. O jogo Bosch é comercializado através do código FR 7 KCX+ e a NGK através do código BKR5EYA-11, com 1,1 mm de abertura entre o eletrodo central e massa. Segundo a percepção e experiência de Paulo Aguiar da Engin Engenharia Automotiva e Amauri Gimenes da Vicam Centro Técnico Automotivo, a sonda lambda da primeira bancada costuma apresentar baixa vida útil. Houve muitas trocas em veículos de clientes que haviam rodado pouco mais de 60 mil quilômetros. Ela começa apresentar baixa velocidade de resposta, até chegar ao ponto de a ECU ignorar os parâmetros gerados pela peça. Mesmo assim, ambos recomendam a original Toyota. O reparador Torigoe afirma também que ultimamente tem atendido muitos Corollas com problemas no regulador de voltagem do alternador, e a peça é encontrada para compra separadamente sem maiores dificuldades. Transmissão Quando equipado com a caixa de marchas manual de cinco velocidades à frente mais a marcha à ré, as reclamações

mais frequentes se referem à trepidação ao sair em 1ª marcha, que pode ser eliminada através da troca do fluído hidráulico do sistema de acionamento, troca do kit de embreagem (platô e disco) e retífica do volante do motor em pedra apropriada. Saiba também que os parafusos de fixação do coxim inferior possuem difícil acesso no momento da troca. Tenha atenção no ato de definir valores de mão de obra para este componente. Segundo Carlos Napoletano Neto, diretor técnico da Brasil Automático cursos e treinamentos, quando equipado com caixa automática o Corolla utiliza o modelo A245-E com controle eletrônico, desenvolvida pela própria Toyota em parceria com a AISIN-WARNER do Japão. Ela possui quatro velocidades à frente mais a marcha à ré, com a embreagem do conversor de torque incorporada, o que diminui o consumo de combustível, aumenta a eficiência em uso rodoviário e diminui o índice de poluentes pelo fato de o motor trabalhar em regimes de rotação mais baixos. Recomenda-se a utilização do fluído original Toyota ATF TYPE T-IV num total de 7,8 litros incluindo o conversor. O fluído é facilmente encontrado nos concessionários da marca e o período recomendado para a troca é de 40 mil quilômetros. Faça também a troca do filtro, que possui cárter de acesso, e a limpeza dos ímãs internos de

Recorte na caixa de ventilação para adaptar o filtro antipólen

Caixa de marchas automática rende bom lucro a oficina

O modelo avaliado estava equipado com módulo flex paralelo a ECU original


ToyoTa Corolla

proteção. Esta transmissão possui ao lado da alavanca seletora a tecla ‘OD/OFF’ que elimina a quarta marcha (overdrive) apenas ao toque de um botão, não sendo necessário a movimentação da alavanca para uma posição diferente do ‘D’, facilitando as reduções para 3ª marcha em ultrapassagens. Pressionando novamente a tecla ‘OD/OFF’, a transmissão libera novamente o engate da 4ª marcha.* O conselheiro Danilo Tinelli consertou por cerca de quatro vezes a caixa satélite quando equipado com a caixa automática. “O conjunto simplesmente quebra”, comenta o reparador. Ele também cita que no caso de precisar guinchá-lo quando a bateria acaba, é possível deslocar a alavanca seletora do ‘P’ (parking / estacionamento) para ‘N’ (neutro) através de uma portinhola plástica localizada no console ao lado da própria alavanca. Basta abri-la e com uma pequena chave de fenda destravar o pino de segurança manualmente. Suspensão e direção A dianteira do tipo McPherson com o passar do tempo apresenta folgas excessivas nos pivôs e o rompimento das buchas de bandeja. É possível substituir estes componentes sem a necessidade de troca da bandeja. O sistema semi-independente na traseira por sua vez é mais resistente e o que cos-

Agosto 2010

tuma estragar primeiro é os amortecedores. Semelhante aos problemas encontrados no Honda Civic, a caixa de direção hidráulica da família Corolla também costuma apresentar folgas excessivas entre pinhão e cremalheira, gerando ruídos indesejáveis. É possível repará-la em casas especializadas. Freios e undercar Ruídos na parte dianteira de um Corolla podem muitas vezes enganar até mesmo o mais experiente reparador. Geralmente as primeiras peças a serem trocadas são as da suspensão, sem conseguir eliminá-lo. Fique atento aos pinos deslizantes das pinças de freio dianteiras, que com o passar do tempo apresentam desgaste, gerando um ruído semelhante ao de suspensão. O reparo é comercializado na rede autorizada. O fluído hidráulico utilizado é o Dexron III. Outro ponto criticado pelo conselho foi à baixa durabilidade das pastilhas quando o veículo possui caixa de marchas automática. A vida útil gira em torno de 20 a 25 mil quilômetros. Habitáculo O carpete poderá soltar na região de união com o painel. Cuidado ao utilizar cola que exale odor excessivo, principalmente em veículo pertencentes a mulheres.

Ficha técnica Motor 1ZZ-FE 1.8 16v VVTi Dianteiro, transversal, 4 cilindros, 16v Cilindrada: 1794 cm3 Diâmetro x curso: 79 x 91,5 mm Potência: 136 cv a 6000 rpm Torque: 17,5 kgfm a 4200 rpm Taxa de compressão: 10,0:1 0 - 100 Km/h: 12,6 s Câmbio Automático de 4 marchas, tração dianteira 1ª - 3,64:1 2ª - 2,00:1 3ª - 1,29:1 4ª - 0,89:1 Ré - 2,97:1 Diferencial - 2,96:1 Carroceria Dimensões: Comprimento: 4530 mm Largura: 1700 mm Altura: 1480 mm Entre-eixos: 2600 mm Peso: 1130 kg Peso / potência: 8,3 kg / cv Peso / torque: 64,6 kg / kgfm Volumes Porta-malas, de 437 l; tanque de combustível, 55 l Suspensão Dianteira: Independente, tipo McPherson com rodas independentes, molas helicoidais e barra estabilizadora Traseira: Semi-independente com molas helicoidais Freios Disco ventilado na dianteira e rígido na traseira, com ABS e EBD Direção Hidráulica do tipo pinhão e cremalheira; Diâmetro de giro 10,2 metros; 3,25 voltas entre batentes Rodas e pneus Liga leve, aro 15; Pirelli P6000, 195/60 R15 Principais equipamentos de série Ar-condicionado, duplo airbag, trio elétrico, CD player, alarme, banco do motorista com regulagem de altura Garantia 3 ano sem limite de km

Direto do Paredão, a opinião de outros reparadores Os reparadores Sergio Francisco e Fabio Assis Andrade acessaram o site www.oficinabrasil.com.br e opinaram sobre o veículo. Veja o que eles disseram: Sergio Francisco: Este carro realmente não quebra mesmo. Se forem realizadas as revisões periódicas, sempre terá um bom carro. O que ajuda também é o grande nível de conforto que não cai com aparecimento de ruídos indesejáveis no interior. Estes ruídos aparecem com o tempo em outros carros, mas neste Toyota não! Nota 10.

Chicote do módulo flex

Fábio Assis Andrade: Minha nota é 10 e estamos avaliando hoje o melhor carro da categoria. O custo benefício deste veículo é ótimo, com baixa manutenção e baixo custo das revisões preventivas.

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Dicas do conselho Amauri: É possível encontrar todo o sistema de escapamento após o coletor no mercado paralelo, com preços mais acessíveis em comparação ao original Toyota. André e Carlos Bernardo: Em Corollas que utilizam as caixinhas flex, poderá ocorrer a queima da trilha de acionamento de algum dos quatro cilindros dentro da ECU, em especial a do 4º cilindro. Neste caso a reparação da ECU será necessária. Carlos (Stilo Motores): As mangueiras do sistema de arrefecimento podem confundir o reparador. Peguei um na oficina que apresentou uma ligeira dilatação em uma delas, ocasionando a despressurização do sistema somente depois de aquecido, interrompendo o funcionamento da ventoinha. Fique atento e na dúvida substitua a mangueira por uma original e aplique o aditivo idem. Danilo: Antes de sair desmontando tudo peça orientação ao chefe de oficina da marca. Aproveite o momento da compra da peça para conversar tecnicamente e tomar um café, que poderá resultar em uma enorme economia de tempo e dinheiro. Eduardo: Um sensor de temperatura mal encaixado ou com mal contato poderá gerar o acendimento da lâmpada de injeção no painel de instrumentos. As mangueiras do ar condicionado podem apresentar vazamento através das borrachas e o’rings de vedação. Fique atento. Julio: Se você ouvir ruídos metálicos na parte traseira ao transitar por ruas de paralelepípedo, confira as pastilhas de freio traseiras, que ficam folgadas na região de contato com o cavalete de alojamento. Paulo: O componente sensor de temperatura, motor de passo e a entrada de ‘ar falso’ poderão deixar a marcha lenta a níveis altos. Se pegar um defeito destes, inicie a verificação por estes itens. Torigoe: Os vidros elétricos não funcionam mais ao toque do botão? Verifique o conjunto da porta do motorista, que apresenta mal contato com certa facilidade.


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indiCe de duRABilidAde e ReComendAção: ToyoTA CoRollA 1.8 16v vvTi Tópicos

itens

nota Amauri

André

Carlos Bern.

Filtro de ar

8

8

7

8

8

9

8

7

8

7

Filtro de óleo

8

8

7

9

8

6

8

7

8

6

Filtro de combustível

3

8

6

3

7

6

7

4

3

3

Filtro do ar-condicionado

0

---

6

3

0

2

0

0

---

---

Reservatório do sistema de arrefecimento

6

8

7

5

7

9

7

7

7

7

Tensores

5

8

6

4,5

7

5

7

7

8

4

Correias

8

8

6

4,5

7

5

7

7

8

6

Coxins de motor e câmbio

7

8

6

5

6

6

7

7

8

6

Sensores do sistema de injeção e ignição

8

9

6

6

7

8

8

8

8

8

Cabos e velas de ignição

8

7

7

7

7

8

8

7

8

7

Bateria

4

9

6

8

8

9

8

5

9

8

Conjunto de embreagem

7

7

7

5

6

8

---

---

9

4

Amortecedores da suspensão

4

8

6

6,5

6

8

7

7

7

6

Discos e pastilhas de freio

7

9

7

8

8

8

8

8

8

6

Válvulas injetoras de combustível

8

6

7

7,5

5

7

8

7

8

8

Bomba de combustível

8

6

6

5

6

6

8

7

8

5

Concessionária

2

8

7

8

7

6

3

8

8

5

Autopeças

5

4

4

6

0

5

0

6

7

1

processo de diagnóstico

Geral

7

6

6

6

2

7

---

8

7

6

durabilidade

Geral

9

8

8,5

9

8

6

8

6

9

8

informações técnicas

Geral

3

6

5

5

0

4

0

0

6

5

Acessibilidade

disponibilidade de peças

Carlos Stilo

danilo

eduardo

Julio

paulo

Ranieri

Torigoe

ToTAl:

125

149

133,5

129

120

138

117

123

152

116

mediA:

5,95

7,45

6,36

6,15

5,72

6,58

6,15

6,15

7,6

5,8

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Recomenda? média final

Sim Não

mais no site O leitor que acessar a matéria no site www.oficinabrasil.com.br terá acesso aos esquemas elétricos de injeção e de sincronismo do motor dos modelos Corolla 1.6 16v VVTi (motor 3ZZ-FE) e 1.8 16v VVTi (motor 1ZZ-FE) no formato PDF, cedidos pelo CDI (Centro de Documentação e Informação) do Sindirepa – SP. Para mais informações sobre como se tornar sócio do CDI ligue 0800 - 55 44 77 ou acesse www.sindirepa-sp.org.br.

6,4

nOTA: 5,9

AmAuRi Cebrian domingues Gimenes - vicam Centro Técnico Automotivo (11) 2601-9501 - conselheiro.amauri@oficinabrasil.com.br Recomendo o Corolla. Gosto muito deste carro devido o bom custo benefício, pouca manutenção desde que efetuada com critério. Na minha região tenho certa dificuldade em encontrar peças de reposição, mas nada que comprometa a imagem de carro robusto.

nOTA: 7,4

AndRÉ luis Bernardo - design mecânica (19) 3284-4831 - conselheiro.andre@oficinabrasil.com.br www.designmecanica.com.br Recomendo por necessitar de pouca manutenção. Dê preferência a utilização de peças originais Toyota.

nOTA: 6,3

CARloS eduARdo BeRnARdo - design mecânica (19) 3284-4831 - conselheiro.andre@oficinabrasil.com.br Recomendo. É um automóvel de ótimo custo benefício, com boa qualidade no acabamento. As peças mecânicas me parecem ter um controle de qualidade acima da média das demais marcas, entregando boa durabilidade.

nOTA: 5,7

nOTA: 6,1

nOTA: 6,1

orlando RAnieRi Jr. (11) 5044-1838 - starauto@ig.com.br Recomendo, pois possui baixo custo de manutenção. nOTA: 7,6

nOTA: 6,1 eduARdo Topedo - ingelauto Serviços Automotivos (11) 3892-8838 - conselheiro.eduardo@oficinabrasil.com.br Recomendo. É um veículo desejado por muitos dos meus clientes por ter fama de carro que não quebra muito. Porém, conforme observei em alguns modelos, o desgaste de uma maneira geral aparece como em outro carro qualquer, sendo necessária aplicação da manutenção preventiva. Se deixar acumular muitos problemas é mal negócio.

dAnilo José Tinelli - Auto mecânica danilo (11) 5068-1486 - conselheiro.danilo@oficinabrasil.com.br Recomendo. O carro é muito bom e não apresenta grandes dificuldades.

Júlio Cesar de Souza - Souza Car (11) 2295-7662 - conselheiro.julio@oficinabrasil.com.br Recomendo, o carro é muito bom.

Francisco CARloS de oliveira - Slito motores (11) 2977-1124 - stilo@stilomotores.com.br - www.stilomotores.com.br Recomendo por ser bom de trabalhar, econômico e confortável.

nOTA: 6,5

A suspensão foi alvo de críticas. Pino deslizante das pinças pode confundir o reparador

nOTA: 5,8

pAulo pedro Bueno Aguiar Júnior - engin engenharia Automotiva (11) 5181-0559 - conselheiro.paulo@oficinabrasil.com.br Recomendo. É um veículo que requer pouca manutenção, porém quando precisa, as peças são caras.

Sergio Sehiti ToRiGoe - Auto elétrico Torigoe (11) 7729-2667 - conselheiro.torigoe@oficinabrasil.com.br Recomendo apesar dos últimos acontecimentos sobre os defeitos e acidentes com o Corolla. É um carro confiável, seguro e de baixa manutenção.


consultor ob

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89

dicas do conselho

Volkswagen Fox 1.0 2007 não grava a/f Este mês o reparador Adelson José Lavarize, leitor e integrante do fórum do jornal Oficina Brasil postou um intrigante problema vivenciado em sua oficina. Se trata de um Volkswagen Fox 1.0 Total Flex ano 2007 com sistema de injeção Magneti Marelli o qual não identifica o combustível correto no tanque através da estratégia a/f (air/fuel), gravada no software da ECU. Histórico O veículo sempre foi abastecido com gasolina e os problemas de dificuldade na partida a frio começaram após o proprietário encher o tanque

Divulgação

Conselho Editorial apresenta algumas dicas para ajudar na solução do problema com álcool. Depois de muito insistir o motor entra em funcionamento, e o a/f registrado permanece em 9.0 (estratégia álcool) e depois de um período muda para 13.0 (estratégia gasolina). Após o motor e o clima esfriarem, o a/f retorna a 9.0. Mesmo depois de abastecido com gasolina foi tentado também o aprendizado para o mesmo combustível com o auxílio do scanner, mas sem sucesso. As velas, cabos e bobina foram trocados e os testes demonstraram que a sonda lambda e o sensor de nível apresentavam bom funcionamento. ‘Raposa’ teimosa: estratégia sempre volta para a gasolina

Veja a seguir algumas dicas comentadas pelos conselheiros editoriais Conforme publicado na edição de maio, um dos casos mais conhecidos no mundo das oficinas é referente aos primeiros Fox 1.0 com central eletrônica 4BV, que apresentavam alto consumo de combustível, dificuldade de partida quando frio e até mesmo estouros no coletor de admissão por causa de ‘back fire’. A ECU deste veículo possui uma calibração identificada como 4BV, que passou por uma série de atualizações em seu software. A primeira atualização disponibilizada foi batizada de 4BV.BT T113. Em seguida vieram a 4BV.BT T114, 4BV.BT T115 e por último a 4BV.BT T116. Portanto amigo Adelson recomendo você confirmar na etiqueta impressa na ECU qual a respectiva versão e efetuar a atualização se necessário. O problema poderá estar aí. andrÉ luis bernardo e carlos eduardo bernardo design Mecânica (19) 3284-4831 www.designmecanica.com.br

Verifique novamente todos os componentes eletrônicos como sonda, sensor de nível, sensor de temperatura, entre outros, quanto à qualidade e funcionamento. No passado tive problemas em veículos de clientes devido ao mau funcionamento das peças novas e principalmente quando paralelas, as quais não utilizo mais.

Paulo Pedro bueno aguiar Júnior engin engenharia automotiva (11) 5181-0559 conselheiro.paulo@oficinabrasil.com.br

Verifique os bicos injetores que poderão oferecer volumes de injeção diferente uns dos outros, a ponto de comprometer a leitura dos gases. Verifique também a vazão e compressão dos cilindros e a situação do assentamento das válvulas e ponto de ignição. Nestes problemas misteriosos tudo é possível. Francisco carlos de oliveira slito Motores (11) 2977-1124 stilo@stilomotores.com.br www.stilomotores.com.br


90

técnica

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RepaRadoReS, eu vi

Fotos: Alexandre Akashi/Arquivo Oficina Brasil

Sinal dos novos tempos alexandre akashi editor do jornal Oficina Brasil editor@grupogerminal.com.br

Entrada principal da Frison, oficina localizada na Vila Olímpia, em São Paulo. Acima, em destaque, o diretor técnico, Valter Nishimoto. Os donos de carro já perceberam as mudanças na qualidade e forma de atendimento das oficinas, e já relacionam o reparador a um ‘doutor’ em automóveis

Numa bela manhã de domingo, dois senhores aposentados se encontram casualmente em uma banca de jornais, em um bairro de classe média, quando um deles comenta: - Você já reparou como o ambiente das oficinas mecânicas mudou? Agora é tudo limpinho, o chão brilha e a pessoa que vem te atender veste um avental branco, impecável. Parece até um doutor! - É, como um doutor!, repete o interlocutor. – Só faltou o estetoscópio. O diálogo é real e foi testemunhado por um colega, dono de oficina, que me contou o episódio na semana seguinte. A conversa chamou atenção dele, e minha também. Foi por acaso que ele estava lá, naquela banca. Mas a conversa que ouviu o fez pensar: “Os clientes já perceberam que os tempos mudaram”. É. Eis ai o sinal dos novos tempos. Para quem ainda pen-

sa que o dono do carro é um ignorante, e que não percebe valor na forma como é atendido, precisa se atualizar. O interessante é que o diálogo foi entre pessoas mais experientes, e não jovens acostumados a um novo modelo. Eram senhores aposentados, que já viveram outras épocas e comentavam a mudança. Pois, então! Oficina limpa, mecânicos vestidos como doutores... esta é a nova realidade das oficinas e, quem não se adaptar a este novo modelo, será ponto fora da curva. Mas não é preciso ser radical. O chão não precisa brilhar, basta estar limpo, e a oficina, organizada. O avental não precisa ser branco, pode ser azul, cinza, mas tem de estar em ordem, em sintonia com o ambiente. Porém, chamou atenção o comparativo do reparador com o profissional da saúde, o doutor. É assim que o consumidor

enxerga o mecânico de hoje, como uma pessoa que sabe fazer um diagnóstico, identificar um problema, e receitar uma solução, uma cura. O automóvel moderno é complexo, é equipado com componentes que exigem capacidade de raciocínio para ser avaliado, diagnosticado, e o reparador precisa estar preparado para isso, e não apenas para trocar peças defeituosas. Na cidade de São Paulo, com a inspeção veicular ambiental, o dono do carro já percebe quem é quem na reparação automotiva. Descobriu uma maneira de identificar aqueles que resolvem problemas dos que oferecem soluções paliativas, tapam o sol com a peneira. Isso é bom para o setor, pois tende a nivelar por alto os profissionais da reparação, pois para parecer um doutor, é preciso ter conhecimento de um, conhecer o automóvel, os conceitos básicos de como ele

funciona, para, assim, identificar os defeitos e encontrar as soluções. A cada dia, as montadoras têm adotado mais recursos tecnológicos para melhorar o controle do funcionamento da máquina que faz as rodas girar, com objetivo de aumentar a performance e o desempenho, reduzir emissões de gases e aumentar o conforto. Por isso, a cada oportunidade que tiver, atualize-se. Mas não se esqueça dos fundamentos básicos que fazem um motor funcionar: a pressão e vazão do combustível, o vácuo (quantidade de ar aspirado pelo motor) e a tensão da bateria. Qualquer alteração destes valores podem mudar o tempo de injeção e prejudicar o funcionamento do veículo, resultando em maior consumo e falhas muitas vezes erroneamente identificadas como problema de módulo.


COMPARATIVO TÉCNICO

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91 Fotos: Oficina Brasil

COMPARATIVO TÉCNICO

Japoneses bons de briga

Com a chegada do motor 2.0l flex, o Corolla ganha mais força e deixa para trás a concorrência. Mas, mesmo correndo atrás, o Honda New Civic continua uma excelente opção de compra, ainda mais com a nova versão LXL

Alexandre Akashi

A briga no segmento de sedans médios sempre foi acirrada, porém com a chegada dos representantes japoneses neste mercado, as demais montadoras têm feito o possível em busca de um lugar ao sol. Pelos números de fechamento de vendas do primeiro semestre de 2010 divulgados pela Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), quem quiser vencer Toyota e Honda neste segmento tem muito trabalho para fazer.

O Corolla, segundo a Fenabrave, tem 32,3% do mercado de sedans médios, e vendeu no primeiro semestre, 28.340 unidades. Já o Honda New Civic, o segundo colocado, tem 18,84% do mercado, com vendas de 16.532 unidades no período. Para se ter ideia de quão distantes estão estes dois modelos da concorrência, o terceiro colocado é o Chevrolet Vectra, que possui 11.94% do mercado, com vendas acumuladas de 10.479 unidades no primeiro semestre. Assim, nada mais justo do que comparar estes dois

HONDA New Civic LXS MT Flex R$ 68.160,00 New Civic LXS AT Flex R$ 73.430,00 New Civic LXL MT Flex R$ 68.840,00 New Civic LXL AT Flex R$ 74.165,00 New Civic LXL MT c/ couro Flex R$ 70.585,00 New Civic LXL AT c/ couro Flex R$ 75.885,00 New Civic EXS AT Flex R$ 88.750,00 Civic Si MT R$ 103.650,00

TOYOTA Corolla XLi 1.8 M/T R$62.110,00 Corolla XLi 1.8 A/T R$ 66.210,00 Corolla GLi 1.8 M/T R$ 65.950,00 Corolla GLi 1.8 A/T R$ 70.030,00 Corolla XEi 2.0 A/T Corolla Altis 2.0 A/T

R$ 76.300,00 R$ 88.250,00

modelos, sob o ponto de vista técnico, para saber qual deles é o que traz melhor relação custo-benefício para o dono do carro e também para o reparador. Variedade Tanto o Honda New Civic quanto o Toyota Corolla dispõem de boa variedade de oferta de versões, todas com duas opções de câmbio, manual ou automática. Na linha Corolla, o mais barato é a versão XLi 1.8, por R$ 62.110 (Sudeste), e a mais cara, o novo Altis, com motor 2.0l e câmbio automático, por R$ 88.250 (Sudeste). Na linha do New Civic, o mais em conta é a versão LXS manual, por R$ 68.160, e a mais cara é o Si, por R$ 103.650. Para este comparativo, esVendas Share na (jan-jun) categoria 1º TOYOTA /COROLLA 28.340 32,30% 2º HONDA/NEW CIVIC 16.532 18,84% Veículo

Apesar de concorrerem na mesma categoria, Toyota Corolla e Honda Civic são veículos totalmente distintos

colhemos a versão XEi do novo Corolla, lançada no início deste ano, com motor 2.0l e câmbio automático, e a também recém-lançada versão LXL do New Civic. Em um comparativo de preços das versões, os Corolla de entrada levam certa vantagem sobre os New Civic, com diferenças de preços de aproximadamente R$ 6.000, porém nas versões topo de linha a diferença é insignificante. Apesar de as versões utilizadas neste comparativo serem bem distintas, pois o câmbio do Honda era manual, ao fazer a comparação com a versão com câmbio automático e ban-

cos de couro do New Civic LXL (itens de série no Corolla XEi), a diferença de preço é de menos de R$ 500, a favor do Honda. Powertrain O destaque deste comparativo é o novo motor 2.0l bicombustível (gasolina/álcool) do Toyota Corolla, que rende 153 cavalos de potência a 5.800rpm quando abastecido com álcool, e 142cv a 5.600rpm na gasolina, com torque máximo de 20,7kgfm a 4.800rpm, no álcool, e 19,8kgfm a 4.000rpm, na gasolina. Acoplado ao motor 2.0l do Corolla, a transmissão automática de quatro velocidades


92

Comparativo téCniCo

Agosto 2010

dá, a princípio, receio de que falta marcha. Infelizmente não há versão manual com este motor. Porém, o automático surpreendeu. As trocas são suaves e feitas no tempo certo da melhor relação torque/potência. Em outras palavras, não há a sensação de ‘vazio’ nas retomadas. Isso revela que o conjunto powertrain está bem calibrado, apesar de a relação de marchas não fugir muito do convencional dos veículos automáticos existentes no mercado. Ponto para a engenharia da Toyota que conseguiu um carro ágil com um câmbio ultrapassado, mas bem calibrado, aliado a um bom de- Detalhe do cofre do motor do Honda Civic senvolvimento do motor. Já o Honda New Civic mantém as mesmas características de motorização das demais versões (exceto a Si), 1.8l bicombustível, com potência de 140cv a 6.200rpm e Detalhe do cofre do motor do Toyota Corolla torque máximo de 17,7kgfm a 4.300rpm no álcool, e po- de marcha bem mais longa tência de 138cv a 6.200rpm (entre 13% - na primeira, e e torque de 17,5kgfm na 30% - na última). Neste caso, gasolina. a quinta marcha funciona A versão avaliada era equi- como um poderoso overdrive, pada com câmbio manual de que com certeza torna o carcinco velocidades, com rela- ro bem mais econômico em ção um pouco curta, porém viagens por estradas planas. com escalonamento adequaEsta diferença de escalodo para a potência e torque namento de marchas entre do motor. A quinta poderia câmbio manual e automátiser um pouco mais longa, co é uma característica da para privilegiar a economia Honda, que adota o mesmo de combustível em velocida- padrão no City: manual curto des constantes. e automático longo. Porém, A Honda disponibiliza como o New Civic tem motor uma versão com transmis- mais potente, o sedan médio são automática com relação tende a se comportar melhor.

Enquanto o Civic apresenta motor 1.8l, o Corolla evoluiu para o 2.0l

Undercar Quando o assunto é suspensão, os modelos se diferenciam bastante. O Corolla é mais simples, com suspensão independente nas rodas dianteiras, tipo McPherson, e eixo de torção com barra estabilizadora na traseira. Acoplado aos eixos, o XEi conta com rodas de liga leve aro 16”, envolvidas em pneus de 205/55. Para frear, o Corolla conta com discos ventilados na dianteira e sólidos na traseira, auxiliados por sistema antibloqueante (ABS) e EBD. Já o Honda é mais sofisticado, ao utilizar suspensão independente nas quatro rodas, sendo na dianteira do

tipo McPherson e, na traseira, tipo Double Wishbone (Duplo A). Conectado aos eixos, a versão LXL vem com conjunto de rodas e pneus do mesmo tamanho do Corolla: liga leve, aro 16”, 205/55. O sistema de freios também é similar: discos ventilados na dianteira e sólidos na traseira, com sistema ABS com EBD. Impressões Escolher entre o Toyota Corolla XEi 2.0l e o Honda New Civic LXL é tarefa árdua. Como ambos dispõem de câmbio automático com borboletas no volante, a briga é boa. É certo que o propulsor 2.0l do Toyota bate forte sobre o 1.8l do Honda, mas

o câmbio de quatro marchas do Corolla, apesar de ser suficiente, aproveitaria melhor a potência e torque do motor se tivesse cinco ou seis marchas. Ao volante, são carros muito distintos. O New Civic é mais esportivo, tanto em design quanto em acabamento e, principalmente, mecânica. O projeto da suspensão privilegia atacar as curvas com mais agressividade, o motor rende melhor em rotações acima de 3.000rpm (o que torna o consumo nada econômico), e a posição de dirigir é a melhor entre os veículos produzidos no Brasil. O custo de toda esta esportividade é elevado para quem compra um sedan médio, pois o New Civic transmite a impressão de ser um carro apertado por dentro e o porta-malas tem apenas 340 litros de capacidade, contra 470 litros do Corolla. Outro inconveniente do New Civic é a péssima visibilidade externa, que dificulta a realização de manobras. Este é um modelo que combina com sensores de aproximação tanto na frente quanto atrás. Outra desvantagem do New Civic é o tanque de combustível, que comporta somente 50 litros, o que dá ao modelo uma autonomia de aproximadamente 350km por tanque, em média, quando abastecido com álcool. Já o Corolla tem tanque com capacidade para 60 litros

Lado a lado, perfis semelhantes, mas distintos: o Honda é mais agressivo, já o Toyota, clássico


Comparativo téCniCo

de combustível e autonomia para mais de 400km, em média, quando abastecido com álcool. Outra característica do sedan da Toyota é a maciez. A suspensão privilegia o conforto, porém sem deixar o veículo molenga. Por dentro, o Corolla transmite sensação de espaço interno bem mais amplo do que o New Civic, apesar de as diferenças serem pequenas. A condução do Toyota é mais macia. O corpo se acomoda bem no estofamento e a visibilidade externa é melhor do que a do New Civic, porém apesar disso, não encaixa tão bem quanto o Honda. Com todo este privilégio ao conforto, o limite do carro chega mais rápido, principalmente nas curvas. Isso faz pensar sobre a real necessidade de borboletas no volante do Corolla. A conclusão que chegamos é de que o público alvo dos veículos é diferente, apesar de concorrerem no mesmo segmento. O New Civic tende a agradar mais homens na faixa dos 30 anos, ainda solteiro, que busca um sedan com apelo mais esportivo, sem se preocupar com o conforto dos passageiros. Já o Corolla tem vocação para carro de chefe de família, veículo usado tanto para ir e voltar do trabalho diariamente quanto para as viagens de fins de semana, feriados e férias, com a esposa e filhos. Manutenção O custo de manutenção dos veículos avaliados é próximo, com 10% de vantagem para o Honda New Civic, que na soma dos 26 itens consultados pela nossa Cesta Básica de Peças atingiu R$ 6.787,45, contra R$ 7.506,73. O Toyota Corolla tem custo superior em 14 dos 26 itens, porém leva 11% de vantagem na manutenção dos itens de alto consumo, como óleo motor e filtros de ar, óleo e combustível. A troca destes itens no Corolla sai em

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FiCha téCniCa toyota Corolla motor Posição Cilindros Cilindrada Diâmetro x curso Comando Taxa de compressão Potência (álcool/gasolina) Torque (álcool/gasolina)

1986 cm3 80,5 x 97,6 mm variável, DOHC 16V 12,0:1 153 cv a 5800 rpm/142 cv a 5600 rpm 20,7 kgfm a 4800 rpm/19,8 kgfm a 4000 rpm

93

honda new Civic

dianteiro, transversal 4 em linha 1799 cm3 81 x 87,3 mm variável, SOHC 16V 11,5:1 140 cv a 6200 rpm/138 cv a 6200 rpm 17,7 kgfm a 4300 rpm /17,5 kgfm a 5000 rpm

transmissão automático seq. de 4 marchas 3,943 2,197 1,413 1,02 -3,145 2,923

Tipo 1ª 2ª 3ª 4ª Ré Diferencial Direção

automático seq. De 5 marchas 2,666 1,534 1,022 0,721 0,525 1,957 4,44

manual de 5 marchas 3,143 1,87 1,235 0,949 0,727 3,308 4,29 Eletroassistida progressiva (EPS)

Suspensão Dianteira Traseira

Na foto de cima, detalhe da suspensão dianteira e sub chassi do Civic, na de baixo, vista inferior do motor do Corolla

independente tipo McPherson com barra estabilizadora semi-independente, eixo de torção com barra independente tipo Double Wisbone estabilizadora

Freios Dianteiro Traseiro Rodas Pneus Capacidades Peso em ordem de marcha Tanque de combustível Porta-malas Dimensões Comprimento Largura Altura Entre eixos Bitola dianteira Bitola traseira Altura do solo

discos ventilados com ABS e EBD discos sólidos com ABS e EBD Liga leve Aro 16 polegadas 205/55 R16 1230 kg 60 litros 470 litros

1238 kg

1268 kg 50 litros 340 litros

4,54 m 1,76 m 1,48 m 2,6 m nd nd 0,165 m

4,49 m 1,75 m 1,45 m 2,70 m 1,49 m 1,52 m nd

CuStoS De manutenção CeSta báSiCa De peçaS Componente

À esquerda, o filtro de combustível do Civic, ao lado, o do Corolla, que custa R$ 10 a menos do que o do HOnda

média por R$ 117,77, contra R$ 131,44 do New Civic. Um item que chamou muita atenção foi a diferença de preço da bomba de combustível do Honda: R$ 1.060,30. É nada menos do que 15 vezes mais cara do que a do Corolla, que custa em média R$ 70,65. A manutenção do sistema de freios do Honda, porém, é 18% mais barata do que os do Corolla. Na Honda, as peças saem por R$ 1.283,57 (pastilhas de freio dianteiro e traseiro, discos de freio dianteiro e traseiro (Par), e o fluido de freio), contra R$ 1.515,61, o conjunto, na Toyota. Porém, se for consi-

derado apenas as trocas de pastilhas de freios, a situação se inverte na mesma proporção, a favor do Corolla. O jogo de pastilhas dianteiras e traseiras é 18% mais barato no Toyota do que no Honda. O custo das peças de reposição do sistema de transmissão de força (correia sincronizadora, tensores e correia de acessórios) é mais de 50% superior no Toyota. A substituição de todo o conjunto sai por R$ 833,63, contra R$ 550,34 no New Civic. Em linhas gerais, ambos veículos apresentam valores de custo de peças dentro do padrão do veículo, para a categoria que estão inseridos.

preço Corolla 2.0 Xei

Civic 1.8 LXL

Filtro ar

R$ 42,79

R$ 56,59

Filtro de combustível

R$ 19,00

R$ 29,91

Filtro de óleo de câmbio (automático)

R$ 434,62

R$ 110,63

Óleo de câmbio (automático)

R$ 53,33

R$ 29,23

Filtro de óleo motor

R$ 28,18

R$ 25,04 R$ 19,90

Óleo motor

R$ 27,80

Filtro de ar-condicionado

R$ 125,00

R$ 55,02

Correia dentada / Corrente

R$ 395,81

R$ 248,05

Tensores da correia dentada

R$ 220,84

R$ 232,69

Correia Poli-V

R$ 216,98

R$ 69,60

Coxim superior (ou frontal) do motor

R$ 330,03

R$ 381,58

Velas (Jogo)

R$ 170,96

R$ 228,44

Bobina individual

R$ 307,73

R$ 308,26

Liquido de arrefecimento (Litro)

R$ 46,67

R$ 49,51

Pastilhas de freio dianteiro

R$ 178,97

R$ 180,49

Pastilhas de freio traseiro

R$ 165,00

R$ 227,84

Discos de freio dianteiro (Par)

R$ 590,00

R$ 378,70

Discos de freio traseiro (Par)

R$ 560,00

R$ 482,84

Fluido de freio (Litro)

R$ 21,64

R$ 13,70

Amortecedores dianteiros (Par)

R$ 767,38

R$ 659,32

Amortecedores traseiros (Par)

R$ 368,56

R$ 327,86

Jogo de batentes em "PU" da haste

R$ 373,10

R$ 376,58

R$ 1.204,25

R$ 523,57

Silencioso traseiro Bateria

R$ 310,44

R$ 236,80

Bomba de combustível

R$ 70,65

R$ 1.060,30

Pneu (Cada)

R$ 477,00

R$ 475,00


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Agosto 2010

boletiM técnico

Mais casos para você aprender e colecionar Colecione as dicas práticas extraídas do cotidiano das oficinas e enviadas pelos leitores e colaboradores do Oficina Brasil. Você também pode enviar a sua dica e auxiliar no crescimento do acervo de informações das reparadoras.

Dica: 462

Dica: 463

Veículo: GM Silverado motor MWM Sprint 6.0 Turbo Defeito: Barulho no motor quando acelera a 2000 RPM

Veículo: S10 2.8 MWM Turbo Diesel Eletrônico Defeito: Código de Falha – P0234 Pressão Positiva no servo da turbina

Quando chega perto de 3000rpm o barulho desaparece, desconfiado que o problema pudesse estar relacionado a injeção de diesel, foi substituído o conjunto de bomba e bicos completo por um de outro veiculo com o funcionamento perfeito e o barulho persistiu. Desmontamos completamente o motor, pois parecia que estava rajando a parte debaixo. Descobrimos que o motor havia passado por uma retifica recentemente e que a taxa de compressão estava alterada. Solução: Foi rebaixada a cabeça do pistão para que a taxa de compressão voltasse ao normal e o problema foi solucionado. Dica extraída do fórum

O veiculo chegou de outra oficina acusando este código de falha. Limpamos a memória mas a lâmpada de anomalia voltou a acender quando andamos acelerando acima de 3000rpm. Foram examinadas as mangueiras da turbina e intercooler até o coletor e todas estavam em ordem. O cliente nos informou que na outra oficina foi feito um serviço na turbina, por isso desconfiamos de uma pressão excessiva. Solução: Alterando a regulagem da Válvula Waste Gate diminuindo a pressão da turbina, a lâmpada demorava cada vez mais a acender, até que não acendeu mais. Dica extraída do fórum

Dica: 464

Dica: 465

Veículo: Marea SW 1.8 2001 Defeito: Veículo perdeu força e a marcha lenta esta irregular

Veículo: Peugeot 206 1.6 2002 Problema: Motor não pega

O cliente chegou a oficina reclamando que depois de ter trocado a correia dentada o veiculo ficou sem força e com marcha lenta irregular. Resolvemos conferir o sincronismo da correia, então tiramos a tampa de válvulas para instalar as ferramentas de fasagem nos comandos de válvulas, porém as mesmas não encaixaram. Então colocamos as ferramentas de sincronismo do Marea 2.0 20v, que encaixaram perfeitamente. Constatamos então que o sincronismo havia sido feito com as ferramentas erradas.

O veículo chegou na oficina guinchado, o motor girava mas não pegava, e as vezes, estourava no coletor de admissão. Fizemos os testes com o scanner que não acusou nenhuma falha, conferimos pressão de combustível, pulso nos bicos e centelha nas velas, tudo ok. Resolvemos então tirar o coletor de admissão, e descobrimos que não havia vedação no o’ring entre o coletor e o corpo de borboleta, causando entrada de ar e consequentemente aumento do tempo de injeção encharcando as velas, e chegava até a deixar o catalisador incandescente durante a partida.

Solução: Refazer o sincronismo utilizando as ferramentas corretas. Obs.: As ferramentas de sincronismo dos motores do Marea 1.8, 2.0 e 2.4 são muito parecidas, porém não podem ser invertidos, sob o risco de causar atropelamento de válvula. Jairton Pietro Lourenço de Araraquara – SP Dica enviada por e-mail

Solução: Instalar um novo o’ring de vedação entre o coletor e o tbi. Jairton Pietro Lourenço de Araraquara – SP Dica enviada por e-mail

Envie a sua dica sobre soluções e cuidados práticos para ser publicada nesta seção Rua Joaquim Floriano, 733 - 4º andar - São Paulo, SP - CEP 04534-012 ou redacao@oficinabrasil.com.br Acesse o www.oficinabrasil.com.br e veja a coleção completa do Boletim Técnico que já foi publicado no jornal.




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