Auto Reparo - março 2011

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EDIÇÃO 15 • MAR/ABR 2011

R APIDEZ NA REPINTURA A eficiência e a agilidade começam ainda na funilaria

PREMIANDO

O CONHECIMENTO

OFICINA FRAN IMPORTS INVESTE NO TREINAMENTO DE SUA EQUIPE

UMA REVISTA

REPARAÇÃO AINDA É UM ÓTIMO NEGÓCIO Com gestão bem feita, oficina tem tudo para prosperar

www.revistaautoreparo.com.br


Reparo


Índice

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Editorial curtas Cardinal Barra Funda é a primeira concessionária com certificação ambiental.

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na ponta do lápis

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oficinas top

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meio ambiente

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passo a passo

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gerenciamento

Reparação automotiva ainda é um ótimo negócio.

Fran Imports cresce junto com seus colaboradores.

Vale a pena investir na sustentabilidade ambiental da sua oficina.

Pintura rápida e eficaz começa na funilaria.

Órion ajudando os prestadores de serviços das seguradoras.

Investindo em capacitação O que não falta no segmento reparador é proprietário (ou chefe ou gerente) de oficina que tenha horror à palavra “treinamento”. Argumentos não faltam: custa caro; o profissional, depois que aprende coisas novas, muda de emprego ou abre seu próprio negócio... Mas falta ver que, assim como há esse profissional, também há aquele que prefere utilizar sua nova formação para subir na própria oficina, alcançando novos cargos até assumir uma posição de chefia. A Fran Imports, reparadora que é o destaque da nossa seção “Oficinas Top”, reconheceu essa oportunidade e, com ela, tem evoluído em seus processos e dado um exemplo de administração de pessoal e gestão de empresa. Conta sempre com profissionais motivados e cada vez mais capacitados. Não perca também a nossa matéria de capa, em que mostramos que um bom trabalho de pintura começa na funilaria. É o funileiro que tem a responsabilidade de deixar a chapa preparada para que a pintura seja feita de forma rápida, eficaz e que não provoque retrabalho. Saiba também, em nossa seção “Na Ponta do Lápis”, em artigo assinado por nosso colaborador Fábio Moraes, por que a reparação automotiva ainda é um ótimo negócio. Boa leitura!

Alexandre Carvalho dos Santos – Editor alexandre@revistaautoreparo.com.br

Expediente Direção: Cássio Hervé e José Aurelio Ramalho | Coordenação: Eduardo Foz e Andrea Chiarelli de Moraes | Contato comercial: Carlos Souza - carlos.souza@oficinabrasil.com.br - (11) 2764-2874 | Editor: Alexandre Carvalho dos Santos (MTB 44.252) – alexandre@revistaautoreparo. com.br | Colaboradores desta edição: Fábio Moraes, Marco Estrella (fotos em “Modelo de gestão”) e Marcos Carvalho| Fotos: Alexandre Martins Xavier (MTB 30.982) | Coordenadora de Produção: Daniela Pelosi | Impressão: Gráfica Oceano| Tiragem desta edição: 10 mil

A revista AUTO REPARO é uma publicação do CESVI BRASIL (www.cesvibrasil.com.br) e do GRUPO GERMINAL (www.oficinabrasil.com.br). Não está autorizada nenhuma reprodução dos artigos e referências publicados nesta revista sem prévia autorização. Os espaços publicitários desta publicação são pagos. O CESVI BRASIL e o GRUPO GERMINAL não se responsabilizam pelos anúncios aqui publicados, já que conteúdo, informações técnicas (natureza, características, qualidade, quantidade, propriedades, origem, preços) e quaisquer outros dados sobre os produtos e serviços anunciados são fornecidos com exclusividade pelos nossos anunciantes. Esta revista é parte integrante do jornal Oficina Brasil como encarte.

Auditoria: Instituto Verificador de Circulação


Curtas

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Norton define calendário de treinamento

APRENDIZADO EM PREPARAÇÃO DE SUPERFÍCIES E POLIMENTO

Empresa que atua no segmento de abrasivos, a Norton já definiu o calendário 2011 de cursos ministrados em seu Centro de Desenvolvimento Automotivo, em Guarulhos, São Paulo. O treinamento, que é oferecido gratuitamente para todos os clientes da Norton, tem o objetivo de introduzir ou aperfeiçoar técnicas de preparação de superfícies e de polimento. Os cursos terão início em fevereiro e serão divididos em três módulos: reparação automotiva (quinzenal), produtos (mensal) e polimento e cristalização (semestral). Para participar, é necessário estar atuando na área como

funileiro, preparador, pintor, polidor, chefe ou gerente de oficinas, promotor técnico ou ainda como vendedor interno e externo de distribuidores. Com 480 metros quadrados, o Centro de Desenvolvimento Automotivo da Norton procura reproduzir a realidade de uma oficina de funilaria e pintura. Além de uma oficina, o espaço possui uma sala de aula equipada com recursos multimídia, um showroom com a linha completa de produtos da marca e uma biblioteca especializada. Mais informações: sga.br.cda@saint-gobain.com

Tecnologia de ponta na produção de peças

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• Auto Reparo

pelos 4 mil itens da linha da empresa, indo desde a chapa de aço até o acabamento e a embalagem. Mais informações: www.centaurobrasil.com.br Divulgação

Especializada em reposição de lataria automotiva, a Centauro acaba de lançar um para-lama para o Celta, modelos de 2001 a 2006. A empresa emprega o corte a laser na produção da peça, visando a proporcionar um corte preciso, limpo e sem rebarbas. A pintura é feita por imersão em tinta solúvel em água. “Tudo é feito em um equipamento de 200 metros de comprimento, em que cada peça leva cerca de uma hora para percorrer toda a extensão”, afirma Renato Fonseca, diretor da Centauro. Com uma experiência de 40 anos de atividades no ramo, a Centauro produz peças segundo a norma ISO 9001, mantendo um padrão de produção que se estende

PARA-LAMA PARA O CELTA


Curtas

receber a certificação, já que suas instalações são modernas e projetadas desde o início nos moldes ambientais. A validade dessa primeira certificação da concessionária (que precisa ser renovada anualmente) vai até 30 de dezembro de 2011. Concessionárias e oficinas independentes interessadas na certificação ambiental devem entrar em contato pelo telefone (11) 3948-4800 ou pelo e-mail cesvibrasil@cesvibrasil.com.br Divulgação

A certificação ambiental realizada pelo CESVI em parceria com o IQA (Instituto da Qualidade Automotiva) dá mais um passo importante. A Cardinal Barra Funda, representante da marca Mitsubishi em São Paulo, é a primeira concessionária do País a conquistar a certificação, e assim se junta a nove oficinas independentes na oferta de serviços de reparação que respeitam os princípios da sustentabilidade. Lançada em 2009, a certificação ambiental é direcionada especificamente para empresas de funilaria e pintura que desejam se manter em linha com os conceitos de sustentabilidade ecológica. A certificação atesta que as oficinas contam com procedimentos de descarte e reparo adequados e que possuem processos ambientalmente sustentáveis. Além de melhorar a imagem da oficina junto a clientes que dão preferência a prestadores de serviços ecologicamente corretos, a certificação ambiental permite que a reparadora se antecipe às rigorosas leis que venham a ser aplicadas no âmbito da reparação automotiva, ligadas às questões do meio ambiente – evitando penalizações e problemas com a fiscalização. A Cardinal Barra Funda não encontrou dificuldades para

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ARMAZENAMENTO DE FLUIDOS: CONCESSIONÁRIA COM ÊNFASE NA SUSTENTABILIDADE

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Primeira concessionária com certificação ambiental

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Na ponta do lápis

REPARAÇÃO AINDA É UM ÓTIMO NEGÓCIO! Com gestão e aproveitamento das oportunidades, as oficinas têm tudo para prosperar POR FÁBIO MORAES*

UM CARRO PARA CADA CINCO HABITANTES; NUNCA HOUVE TANTOS VEÍCULOS NA FROTA BRASILEIRA

Muitos conhecidos meus podem discordar, mas o que vamos mostrar a seguir é que oficina de funilaria é um ótimo negócio e que ainda tem uma boa margem de resultado. Claro que focaremos na gestão, mas, para entendermos melhor “por que uma funilaria ainda é um ótimo negócio”, precisamos voltar um pouco no passado e nos últimos textos desta coluna da revista Auto Reparo. Volta ao passado Quem já é dono de oficina há mais de sete anos (ou talvez um pouco mais) sabe que, no passado, as margens eram muito maiores e, na proporção, os controles muito menores. Diversas oficinas ganharam e ao mesmo tempo gastaram muito dinheiro. Alguns empresários do setor não acreditaram que aquilo que estava acontecendo ao seu redor se concretizaria. Aos poucos, as seguradoras começaram a se preparar, a se informatizar e a exigir mais das oficinas. A relação naquele momento ficou desequilibrada, pois as seguradoras estavam com tudo na mão e as oficinas não tinham nenhum processo 6

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de informatização – e muito menos de gestão. Foi quando a tecnologia “engoliu as oficinas”. Aquele paraíso já estabilizado estava se desmoronando. O despertar para a informatização e a importância da gestão nas oficinas acabou acontecendo um pouco tarde. Isso fez com que muitos acreditassem que seria o fim. A gestão era feita conforme a cabeça do proprietário e na sua forma de dirigir a empresa, que não dava mais o resultado que antes se tinha. Naquele ponto, alguns se arriscaram em sistemas de orçamentação eletrônica e de gestão. Investiram em maquinário, mas não se preparam para receber os computadores e nem os sistemas. Isso trouxe muitas dúvidas para as oficinas. Será que vale a pena? Sempre cuidou da oficina de um jeito, agora tem de descentralizar e mudar a forma de trabalhar radicalmente. Aqueles que iniciaram este processo hoje conseguem ver com mais clareza que não havia outra opção. Ou era assim, ou era assim. Mesmo tendo pago um preço muito alto por não se prepararem. As margens diminuíram, a seguradora “apertou os


Na ponta do lápis cintos”, o resultado final quase não aparece mais... E ainda assim funilaria é um ótimo negócio? O dilema Hoje não há opção: Ou o empresário muda de setor ou monitora e controla o custo (homem/hora) e não deixa o dinheiro escorrer por entre os dedos. Como o universo das oficinas já está enraizado em nosso dia a dia, vou partir do princípio que os dois itens acima já estão virando rotina. A única ressalva que faço é que devemos ter uma atenção redobrada ao controle de produtividade. Produtividade vai muito mais além de fazer com que seus funcionários “lancem” as informações no sistema de gestão que sua oficina usa. Muito mais do que funcionário parado ou com o tempo mal aproveitado. Tempo, com gestão, é tudo. Tempo monitorado é dinheiro sobrando. O mercado ajuda Para entendermos melhor por que funilaria ainda é um ótimo negócio, precisamos entender o mercado automotivo e os números que ele nos mostra – aos quais, na maioria das vezes, não prestamos atenção. A frota brasileira se divide entre veículos leves, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas e tratores. A idade média dessa frota varia entre os quatro e os 15 anos – 59% da frota está compreendida dentro deste intervalo.

Para nós, interessa especialmente a frota referente aos veículos e comerciais leves, que representam demanda imediata. A frota brasileira tem crescido, e hoje há aproximadamente um carro para quase cinco habitantes. Em 1999, esta relação (segundo dados da Anfavea) era de 8,9 habitantes por veículo. Dez anos depois, a relação despencou para 5,5 pessoas por carro e continua diminuindo. Ou seja, temos mais carros. O Brasil receberá um investimento aproximado de US$ 11,2 bilhões nos próximos três anos. Com tanto investimento, é inevitável a explosão nas vendas e na produção. São US$ 11,2 bi de aportes em aumento da capacidade de produção, inovação tecnológica, novos processos e produtos nas montadoras até 2012. A projeção é de que a capacidade de produção aumente para 4,3 milhões de unidades/ano. Como transformar este despejo de veículos nas ruas em oportunidades para as oficinas? Primeiro precisamos saber que as oficinas independentes já estão recebendo os carros, referente à frota dos anos 2009 e 2010. A tendência do percentual de veículos novos caminharem para as oficinas em vez de irem para as concessionárias está aumentando a cada mês. Mais do que o ano, sabemos também que marcas como Hyundai, Corolla, Honda, entre outras, já fazem parte do dia a dia das oficinas. São informações importantes para estarmos em atualização constante e gerarmos, a partir dessa situação, negócios positi-

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Na ponta do lápis

Procure ampliar o número

de carros atendidos sem ter de aumentar a equipe

vos em nossas oficinas. Oportunidade O que move um negócio é o seu produto. A oficina tem como produto principal o veículo. Aumento de frota significa mais carros circulando e mais probabilidade deles colidirem. Carros colidindo significam oportunidades para as oficinas. O mercado aquecido na venda de veículos novos, com sua frota circulante aumentando em proporção geométrica, e a economia caminhando nos passos atuais, é algo que fará com que as oportunidades apareçam na mesma proporção. Oportunidade de aumento de veículos, oportunidade de novos credenciamentos juntos às seguradoras, oportunidade de aumentar o ganho e melhorar a margem. Oportunidade vem e passa. Se não a agarramos, ela passa e outro pega. É o momento de colocarmos em prática tudo o que ouvimos e sabemos, mas não praticamos. É hora de iniciarmos um processo concreto de gestão. Buscar o aumento de veículos é fundamental na 8

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sobrevivência da oficina, mas não vamos esquecer que oficina lotada não significa resultado. É preciso fazer com que nossas oficinas aproveitem o momento, apliquem a gestão e: - Aumentem o volume de carros, sem aumentar o quadro de funcionários. - Diminuam o tempo de permanência do carro dentro da oficina. - Aumentem a venda de particulares. - Acertem melhor os orçamentos (que vendam melhor). - Diminuam a diferença de preço entre a compra e a venda das peças - Ajustem as rotinas e os procedimentos internos. - Façam reuniões, muitas reuniões com os funcionários (reuniões de 5 minutos) Sem gestão não há solução. * Fábio Moraes é diretor da Ultracar, proprietária do Software de Gestão Ultracar (parceira da Universidade Newton Paiva e do curso de GNA), auditor do IQA, consultor do Cesvi, consultor do IAA, consultor de várias oficinas no Brasil. Dúvidas e informações: (fabio@ultracar.com.br)


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Responsabilidade ambiental O que sua oficina ganha com isso?

A preservação do meio ambiente deixou de ser uma discussão sobre o futuro e tornou-se presente no nosso dia-a-dia. O segmento automotivo está entre os mais visados pelas novas legislações e a implantação de processos ecologicamente corretos é uma obrigatoriedade iminente. Ao tornar sua oficina ecologicamente sustentável, você só tem a ganhar: • reduz os custos dos processos e insumos; • diferencia-se da concorrência; • atrai clientes que valorizam a qualidade do serviço; • cria para sua marca uma imagem positiva, moderna e ética; • e ainda colabora com o futuro do planeta.

Transforme sua empresa em uma oficina verde

A certificação ambiental IQA-CESVI avalia os processos utilizados na oficina, sua adequação às leis ambientais, seu histórico e, se necessário, orienta-a em como adotar os procedimentos corretos. As oficinas aprovadas recebem o selo verde, que é a certificação de sua responsabilidade ecológica. O que você está esperando para trazer sua oficina para um planeta mais verde? Entre em contato e estampe o selo verde na sua oficina.

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DE GESTÃO Fotos: Marco Estrella

MODELO

POR ALEXANDRE CARVALHO EDITOR FOTOS: MARCO ESTRELLA

DOS

SANTOS

Treinamento e promoção dos colaboradores ajudaram a levar a Fran Imports, de São Paulo, a se tornar referência de empreendimento e gestão “A primeira coisa que me levou a trabalhar em oficina foi a necessi dade. Eu vim da Bahia, não sabia fazer nada, virei funileiro.” A frase acima expressa uma origem comum a muita gente que atua na área da funilaria. A falta de opções de formação em funilaria acaba levando a uma tradição em que os menos preparados começam por essa atividade. Outra “tradição” do setor é a de que um funileiro aprende a função com um funileiro mais velho: às vezes é o pai, o irmão mais velho ou um amigo já experiente no trabalho. Todo esse conceito, somado à honestidade da frase, torna difícil adivinhar que o autor da confissão é, hoje, aos 58 anos, um dos empresários mais bem-sucedidos e empreendedores do setor de reparação automotiva: Francisco de Assis Magos, o Fran, proprietário e homem-forte da oficina independente Fran Imports, localizada no bairro de São Miguel Paulista, extremo 10

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leste da cidade de São Paulo. Quando teve a oportunidade de iniciar um negócio próprio, Fran começou pequeno. A oficina abriu em 1980, no Jardim Helena, e foi mudando de endereço conforme a estrutura crescia e precisava de mais espaço. Até se instalar na sede atual: um complexo de diversos galpões que, somados, chegam a quase 9 mil metros quadrados; e onde a equipe de Fran atende a uma média de 280 carros por mês. Se poderia fazer mais? Ele tem certeza que sim, mas que não atende em excesso porque só faz a quantidade que lhe permita manter, sempre, o nível de qualidade. Qual o segredo para transformar o aprendiz de funileiro que – ele próprio diz – não sabia fazer nada em empresário de sucesso, dono de uma grande reparadora? A receita, de muitos ingredientes, tem um que sobressai: Gestão.


Fotos: Marco Estrella

Oficinas Top Estimulando a perfeição Fran tem uma mentalidade empreendedora que vai na contramão do que muitos donos de oficina pensam a respeito da gestão de seus negócios. E o exemplo maior disso está na questão do treinamento dos colaboradores. Outra tradição do setor de funilaria e pintura é o raciocínio curto de que não vale a pena investir no treinamento da equipe, porque, uma vez capacitado, o profissional deixa a oficina para ganhar mais em outro lugar ou para abrir seu próprio negócio. Não que isso não ocorra, mas abortar as oportunidades geradas pelo treinamento é sacrificar as próprias possibilidades da empresa. É como pensa Fran. “A gente acaba perdendo funcionário para a concorrência, mas os que ficam crescem aqui e nos ajudam a crescer.” Não é só discurso. A Fran Imports tem a política de treinar seus colaboradores e promover os que se empenham no próprio aprimoramento. Fran faz questão de que cada colaborador faça, no mínimo, um curso de aperfeiçoamento por ano, encaminhando a equipe para treinamento no CESVI, no Senai ou na PPG, empresa de tintas que é parceira da sua oficina. “Quan-

to mais tempo o colaborador tem na oficina, mais ele se torna um profissional multifuncional”, afirma Fran. “Se é pintor, quero que faça um curso de montagem, depois de tapeçaria, depois de elétrica, e assim por diante. Quem tem vontade de ir para frente tem todo o meu apoio para crescer na oficina e mudar de categoria, até assumir um cargo de chefia.” Aconteceu, por exemplo, com Samuel, um colaborador que, cinco anos atrás, estava na base da pirâmide hierárquica da reparação, atuando como ajudante na Fran Imports. Ao longo desse tempo, foi estimulado pelo dono da empresa a passar por uma série de treinamentos e, com seu próprio empenho e vontade de aprender, Samuel foi conquistando espaço dentro da oficina. Hoje, é um dos profissionais em que Fran tem maior confiança, desempenhando um papel de gestão na oficina de serviços rápidos da reparadora. Outro exemplo que diz muito sobre esse reconhecimento do valor do treinamento é que, na época em que o teste da ASE era realizado com regularidade – para mensurar e certificar o grau de conhecimento dos profissionais da reparação – Fran incorporava 50 reais ao salário de cada colaborador, sempre que

FRANCISCO DE ASSIS MAGOS, O FRAN, NO GALPÃO QUE QUER TRANSFORMAR NUMA ESCOLA DE REPARAÇÃO

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Oficinas Top os do CESVI e do Senai, mas precisamos de uma escola de formação.” O objetivo é ter o projeto funcionando até 2012. Empresas interessadas na parceria para o projeto da Fran Imports podem entrar em contato pelo e-mail: fran@franimports.com.br SAMUEL (À ESQUERDA), HOJE GESTOR DA OFICINA DE REPAROS RÁPIDOS, AO LADO DO PATRÃO

passava no teste. Transmitindo o conhecimento Esse entusiasmo pelo treinamento, para Fran, vai além do que acontece dentro da sua oficina. Com uma visão mais ampla, o empresário está se estruturando para o projeto de uma oficina-escola, cuja meta será preencher uma das lacunas mais significativas dentro das empresas de reparação: formar profissionais nas técnicas de funilaria e pintura, para entregar mão-deobra especializada ao mercado. Será um curso por células (especialidades). Os alunos que passarem por todas as células terão condições de assumir um cargo de chefe ou gerente de oficina. A Fran já conta com um grande galpão, de 2.200 metros quadrados, para a estrutura da escola. A ideia é conseguir fechar uma parceria para os treinamentos e com, pelo menos, uma seguradora, que terá a responsabilidade de fornecer veículos sinistrados para que os aprendizes reparem. A meta inicial é de trabalhar com sete ou oito carros sinistrados por vez, tendo cinco aprendizes atuando em cada carro. O treinamento seria custeado pela venda dos carros cedidos pelas seguradoras, depois de reparados. “Essa iniciativa me veio à cabeça porque a gente não encontra bons funileiros no mercado”, explica Fran. “Há boas opções de cursos de aprimoramento, como

SEMPRE

Acompanhamento do reparo Gestão de primeira linha, na visão de Fran, também passa pela eficiência no atendimento ao cliente. O empresário pensa dessa forma desde os anos 1970, quando chamou a atenção para a necessidade de, pelo menos, um banheiro para mulheres na recepção. Agora esse cuidado está expresso na forma como a oficina proporciona o acompanhamento dos clientes em relação ao andamento do reparo de seus veículos. É o acompanhamento via Internet. Clientes particulares acessam no site da Fran Imports, com a identificação do CPF, fotos atualizadas de como seu carro está naquele momento na oficina, com informações sobre esse andamento. A mesma atenção é dada às seguradoras: por meio do CNPJ, as companhias podem acompanhar o reparo de todos os carros que estiverem sendo reparados na oficina. Cada etapa é fotografada. “Esse recurso esvaziou a recepção da oficina, porque sempre tinha gente aqui querendo saber sobre o carro”, explica Fran. “Hoje, só quem está chegando com o carro batido ou que veio retirar.” Segundo Francisco de Assis Magos, esse reparador que é referência de gestão e atendimento em São Paulo, o cliente tem de ir à oficina pensando que não vai lá para sofrer. “A situação em que ele deixa o carro na oficina é sempre uma tragédia. Então nós precisamos

FRAN AO LADO DO BANNER DA CERTIFICAÇÃO QUATRO RODAS

COM AVAL DE QUALIDADE

Quem chega à recepção da Fran Imports logo nota uma variedade de banners e adesivos. São os diversos certificados recebidos pela empresa. Há 13 anos, a oficina foi uma das primeiras a obter a classificação do CESVI, e hoje pode ostentar o banner da Certificação Quatro Rodas que é feita pelo CESVI em parceria com o IQA (Instituto da Qualidade Automotiva). 12 • Auto Reparo

t

A


trabalhar para que, no mínimo, ele deixe o carro pensando que, pelo menos, o veículo vai receber o melhor cuidado possível. É um alívio para ele, e uma felicidade para nós, que ele pense assim”, diz Fran. Se todas as oficinas pensassem da mesma forma, menos gente acharia que uma batida simples de trânsito pode ser descrita como uma tragédia. Hoje, quem deixa o carro na Fran Imports, certamente, não pensa mais assim.

ATENDENTE NA RECEPÇÃO DA FRAN IMPORTS

APLICAÇÃO DE PINTURA À BASE DE ÁGUA NA OFICINA DE REPAROS RÁPIDOS

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À SUSTENTABILIDADE

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A Fran Imports também evolui para o caminho da sustentabilidade, pois já tem um processo de pintura 100% a água em sua oficina de reparos rápidos. A intenção é estender a alternativa para todos os setores da empresa.

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Meio Ambiente

GESTÃO

VERDE

POR MARCOS CARVALHO CERTIFICAÇÃO COLABOROU EDUARDO SANTOS PINTURA À BASE DE ÁGUA

Trabalho com foco em sustentabilidade ambiental se torna essencial para evitar multas, destacar-se diante dos clientes e obter resultados positivos Nunca se falou tanto em sustentabilidade nas empresas. E não é apenas por uma questão de consciência ambiental. Por maior – ou menor – que seja esta consciência por parte de empresários e executivos, os fatores que mais pesam nesse direcionamento são outros: as legislações relacionadas à obrigatoriedade de processos ecologicamente corretos e o marketing positivo diante dos clientes. Não é diferente no mercado de reparação. Pelo contrário: por se tratar de um trabalho que envolve constante manuseio de resíduos tóxicos e descarte de materiais poluentes, a reparação automotiva está entre as atividades que mais precisam de uma “consultoria ecológica”. Na Europa, onde a cultura da sociedade já tornou as atitudes sustentáveis um padrão 14

• Auto Reparo


Meio Ambiente de conduta, as oficinas obedecem a uma legislação rigorosa sobre tudo o que diz respeito a processos corretos do ponto de vista ambiental. Exemplos de lá são a obrigatoriedade do uso de pintura à base de água e também de tratamento de resíduos. Aqui, embora já exista algo de legislação, a questão ainda engatinha. Mas a tendência, como confirmam especialistas, é um endurecimento na regulamentação e, principalmente, na fiscalização. Quem quiser evitar multas pesadas terá de se adaptar rapidamente, adotando produtos e processos ecologicamente corretos. Retorno para a reparadora Mas é muito importante que a oficina se conscientize de que os processos ecologicamente corretos, além de bons para o meio ambiente e para a sociedade, são bons também para a oficina. Parte desta adaptação da reparadora está ligada à adoção de equipamentos e processos que, num primeiro momento, exigirão investimento da empresa, com uma perspectiva de retorno mais para a frente. No entanto, muitas das atividades sustentáveis proporcionam economia imediata para a oficina, melhorando sua lucratividade. Um exemplo evidente está na maneira como o ambiente da oficina é iluminado. Lâmpadas de LED, em substituição aos modelos convencionais, proporcionam uma luminosidade superior, ao mesmo tempo em que economizam energia. Com isso, o reparador gasta menos com eletricidade e tem uma luz capaz de render uma fidelidade de cor do carro muito maior. A reciclagem de solventes é outro ponto que tem

RECICLADOR REAPROVEITA 70% DO SOLVENTE USADO

impacto positivo imediato. O uso de um reciclador garante o aproveitamento de, em média, 70% do solvente utilizado na área de repintura – um processo que pode ser repetido até cinco vezes para o mesmo material. Segundo um estudo do CESVI, uma oficina com passagem de cerca de 100 veículos por mês consegue uma economia de até R$ 2 mil em quatro meses com o reaproveitamento dos solventes.

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Meio Ambiente Mais um exemplo? Pistolas de pintura que só operam com tintas à base de água podem ser limpas com água, em vez de thinner, acetona ou methyl acetato. Outra fonte de economia para a oficina que, além disso, passa a trabalhar com tintas menos tóxicas, com baixo nível de VOC (compostos orgânicos voláteis), preservando a saúde de seus trabalhadores e reduzindo sensivelmente a emissão de solventes e contaminantes para a atmosfera.

Selo

verde

A certificação ambiental, promovida pelo CESVI BRASIL em parceria com o IQA (Instituto da Qualidade Automotiva), se apresenta como grande parceira das oficinas na consolidação de práticas de trabalho fundamentadas na sustentabilidade. Trata-se de um trabalho que, além de dar visibilidade positiva à oficina por meio de um “selo verde”, realiza uma consultoria que orienta a reparadora para que atenda a todos os requisitos da legislação atual e se adiante em relação a futuras exigências. Entre as vantagens obtidas pela oficina com a certificação ambiental, destacam-se as seguintes: Maior aproveitamento dos materiais, aumento gradativo da produção pelo emprego de materiais que não usam solventes em sua composição; lucratividade com a triagem de materiais recicláveis; melhoria da qualidade de vida de funileiros e pintores; melhoria do aspecto visual das áreas, tornando a oficina mais atraente aos olhos dos clientes.

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• Auto Reparo

Seguradoras estão de olho Se atuar de forma ecologicamente correta é bem visto pelo cliente particular, o ganho de imagem é melhor ainda diante das seguradoras. A Allianz, por exemplo, passou a exigir que, a cada ano, seis oficinas de sua rede exclusiva de prestadores se adaptem aos processos ecologicamente corretos. No presente momento, três oficinas da seguradora estão neste processo, e mais três passarão por este trabalho ainda em 2011. Opção pela sustentabilidade Adquirir equipamentos menos agressivos ao meio ambiente não dispensa a oficina, por exemplo, de conscientizar e treinar sua força de trabalho. Esta conscientização, ao contrário, precisa ser o primeiro passo de quem busca esta transformação na cultura da empresa. Mais do que uma vitrine para os clientes e um modo de evitar multas, a certificação ambiental é o estímulo-chave para que as oficinas deem início a uma cultura de gestão com respeito ao meio ambiente, em que a opção pela sustentabilidade se dá desde a implantação de cada processo, em cada iniciativa e em cada decisão. Para que a opção por estar em linha com a modernidade da reparação não mais exija adaptações, e sim esteja na base da filosofia de trabalho da oficina.


Passo a Passo

RAPIDEZ + EFICIÊNCIA NA REPINTURA COMO CHEGAR LÁ

Conheça as etapas de um trabalho capaz de agilizar a repintura e, ao mesmo tempo, trazer mais qualidade para a atividade O processo de pintura possui inúmeras etapas que interferem diretamente no resultado final, tanto em qualidade quanto no custo do trabalho. Por isto, é fundamental que haja pleno envolvimento do pintor, além de sua devida capacitação em cada uma das etapas deste processo. A partir destas premissas, o profissional pode se beneficiar de uma série de dicas para obter o menor custo com a máxima qualidade na repintura. Funilaria É impossível falar do processo de repintura sem antes falar sobre a funilaria. O custo da repintura, por incrível que pareça, começa no processo de funilaria. Saiba por quê. Quando o funileiro escolhe a técnica que será utilizada no processo de reparo, ele pode aumentar ou

reduzir significativamente a área a ser repintada. Você pode até pensar “como aumentar a área de repintura, se a peça será toda envernizada?”. O certo é que a funilaria não aumenta o tamanho de uma porta, de modo que não se aumenta a quantidade de verniz a ser aplicado em toda a peça. Mas é preciso lembrar que todo o processo anterior, referente à aplicação dos materiais de preparação e ao tempo deste processo, pode aumentar ou diminuir dependendo de como se faz a funilaria. Dicas na funilaria Relacionamos, portanto, algumas dicas para que a funilaria possa ser usada a favor do trabalho de repintura: • Todos os funileiros devem conhecer as técnicas de 17


Passo a Passo reparação sem pintura (“martelinho de ouro”). Embora a técnica nem sempre consiga salvar uma pintura, na maioria dos casos pode reduzir a área em que a pintura seria danificada por uma funilaria comum. • Os funileiros devem conhecer os processos de repintura a fim de compreenderem as diferenças que ocorrerão caso tomem uma ou outra atitude ao longo do processo de reparo. • A lima deve ser utilizada apenas para identificar os pontos que devem ser desamassados, e não para desgastar a chapa, com a finalidade de eliminar pontos eventualmente ressaltados. Aplicação da massa poliéster Partimos agora do princípio que a chapa foi devidamente reparada, danificando ao mínimo a pintura original. A aplicação da massa deve ser feita somente sobre a área de chapa descoberta. Aplicar a massa poliéster sobre resíduos de tinta é um erro gravíssimo, que pode comprometer todo o trabalho. Isto porque, na TÉCNICA DE REPARAÇÃO SEM PINTURA PODE REDUZIR DANO À PINTURA maioria das situações, após o acabamento ter sido concluído, ocorrerá um mapeamento na região em que foi aplicada a massa de poliéster sobre a tinta. Dicas para esta etapa • Preparar pequenas quantidades de massa facilita a aplicação, que deve ser a mais uniforme. • Aplicar somente a quantidade necessária. Lembre: quanto mais massa se aplica, maior é o tempo de lixamento e o custo do desperdício (mais lixas; saturação dos filtros da zona de preparação; mais pó no ambiente, que aumenta os problemas de polimento, etc.). LIXAMENTO CORRETO É PONTO-CHAVE PARA UMA PINTURA MAIS RÁPIDA E DE • Recomenda-se o uso de lixas de grão P80, QUALIDADE seguido de grão P220. Algumas pessoas prefemais ondulações. A lixa de grão P220 deve ser utilizarem utilizar, além destes, um grão intermedida com uma lixadeira roto-orbital, com uma espuma ário (P150), mas é importante lembrar que o primer entre o prato da lixadeira. Desta forma, eliminam-se poliuretânico de “alto sólidos”, da maioria dos fabriapenas os riscos produzidos pela lixa de grão P80. cantes de tinta, possui a capacidade de cobrir os riscos • Após o lixamento da massa, lixar cerca de 10 cendo grão de lixa P220. Portanto, não é necessário utilitímetros além da área com massa em que tenha sido zar um grão menor nesta etapa. empregada a lixa de grão P320. Assim, deixa-se a peça • Tirar as ondulações do reparo manualmente com o pronta para receber o primer. grão P80 e somente usar o grão P220 após não haver 18

• Auto Reparo


Passo a Passo Proteção anticorrosiva Aplicar um fundo fosfatizante é fundamental para evitar problemas futuros e retrabalho. Existem vários protetores anticorrosivos no mercado; vale lembrar que cada produto possui diferentes recomendações. Para alguns, basta uma passada bem leve; para outros, são necessárias duas passadas mais carregadas. Um pequeno descuido na recomendação pode dobrar a quantidade que seria necessária ou reduzi-la pela metade, fazendo com que o produto não tenha o comportamento desejado. Aplicação do primer A etapa de aplicação do primer também é decisiva no custo do processo. Portanto, valem as dicas abaixo. • Mascarar em volta da área em que o primer será aplicado serve para orientar o pintor para os limites da aplicação, evitando que esta aumente demasiadamente. • Não chegar com o primer até o mascaramento, a fim de não produzir degraus que irão aumentar o tempo de mascaramento. • Duas passadas de primer poliuretânico com “alto sólidos” são suficientes para qualquer tipo de dano (se for necessário aplicar mais, algo de errado aconteceu antes). • Utilizar o painel infravermelho para secagem somente quando o veículo for o próximo a ser lixado. Os primers disponíveis no mercado secam em temperatura ambiente dentro de uma a três horas. Isto ajuda a reduzir os gastos com energia elétrica. • Caso o primer seja seco em estufa ou por painel infravermelho, deve-se esperar que retorne à temperatura ambiente antes de ser lixado. • Recomenda-se, de maneira geral, a utilização de lixas de grão P320, para então usar as de P400 e P600. Sempre que possível, use lixadeira roto-orbital com uma espuma entre a base da lixadeira e a lixa. • A pistola para aplicação do primer deve ser HVLP. Acabamento O acabamento consiste na aplicação da tinta e do verniz dentro da cabine. Vale ressaltar que a limpeza e a manutenção dos equipamentos é fundamental. É a forma de evitar contaminações, como queda de pó na pintura ou abertura de crateras causadas pela presença de ceras ou silicones, que são provenientes de aerosol

desengripante e polidores. Algumas recomendações: • Difuminar (alongar) a tinta é a única forma de tornar imperceptível a diferença entre a tinta do carro e a que está sendo aplicada. • Aguardar a secagem entre passadas de tinta poliéster valoriza o poder de cobertura da tinta e reduz as manchas. • Passar o pano pega-pó a cada passada de tinta poliéster elimina as sobras causadas por partículas de tinta (principalmente o alumínio nas cores metálicas) que eventualmente fiquem soltas sobre a peça. • Coar bem a tinta e o verniz. • A manutenção dos reparos da pistola e dos filtros da cabine deve estar em dia. • Duas passadas de verniz poliuretânico são suficientes em qualquer trabalho de repintura. • A textura do acabamento pode ser feita com a pistola, e não no polimento, como se vê em algumas oficinas. • Sempre que a área de pintura for pequena (uma ou duas peças), dar preferência para a secagem do verniz com painel infravermelho. Deve-se aguardar dez minutos após a aplicação do verniz, antes de retirá-lo da cabine. Isto faz com que a cabine fique disponível por mais tempo para outras tarefas. Polimento Caso as operações anteriores tenham ocorrido corretamente, pouco restará a ascaramento limita a área de polir, com a exceção de um M aplicação do primer ou outro cisco que tenha caído sobre o verniz. Para estes casos, recomenda-se um polimento localizado, para retirar apenas as impurezas que estejam sobre o verniz, e não sua textura (que, a esta altura, deve estar semelhante à textura do resto do veí­culo). Concluído este processo, seguidas as recomendações, você tem uma pintura mais eficiente, realizada num prazo mais enxuto. 19


Gerenciamento

Órion

e as reguladoras Por Alexandre Carvalho Editor

dos

Santos

Carlos Bolandim (“Bola”), diretor da Jopema

Sistema de orçamentação, que pode ser utilizado pelas oficinas de funilaria e pintura, tem seu uso cada vez mais disseminado entre as prestadoras de serviços das seguradoras Muitas oficinas têm contato direto com os profissionais de reguladoras, durante a negociação em torno do orçamento de um reparo. A atividade das reguladoras é de extrema importância para as companhias de seguros. São elas que ampliam o alcance das seguradoras, num trabalho que passa despercebido pelo proprietário do veículo, mas que garante o atendimento e consolida a força da marca da companhia por trás de cada vistoria, de cada “regulação” propriamente dita. Os profissionais responsáveis pelo sistema Órion – Gestão Integrada de Sinistro, cientes dessa importância, têm buscado uma aproximação maior com as empresas reguladoras, 20

• Auto Reparo

oferecendo caminhos para que o sistema, cada vez mais, se estabeleça como um parceiro dos profissionais desse setor. Empresas que já trabalham com a ferramenta e outras que começam a ter os primeiros contatos com suas funcionalidades deixaram seus testemunhos. Fica evidente, por meio de seus relatos, a evolução do trabalho dos peritos com o Órion e a consequente aceitação da marca pelo mercado. “Hoje, com o Órion, a aceitação cresceu muito. A gente gosta de trabalhar com ferramentas que facilitam o manuseio e entendimento do perito”, afirma Carlos Bolandim, o “Bola”, diretor técnico da Jopema. A empresa


Gerenciamento “Espero que as oficinas tenham mais contato com o Órion, porque é extremamente importante que elas saibam as diferenças entre o que o sistema era e o que o sistema é” Eduardo Marcondes, diretor da Reauseg

ma!”, enfatiza Carlos Bolandim. “O desenvolvimento que o CESVI teve com o Órion chegou ao trabalho do perito, deixando tudo mais simples, rápido e de bom grado.”

Eduardo Marcondes, da Reauseg

trabalha com o sistema em operações da SulAmérica e da Mapfre, tanto em Belo Horizonte quanto no interior de São Paulo. Por enquanto, a reguladora tem o Órion instalado em cerca de 40 pontos (peritos e supervisores). “Mas a ideia é instalar em todos os pontos no geral, cerca de 150, pois ainda há o Rio de Janeiro e a capital de São Paulo para atuar”, ressalta Bola. “Eu fiz parte do primeiro grupo a tratar da tabela tempária das seguradoras no Cesvi System, isso em 1986. A gente via as dificuldades, via que faltavam peças, os peritos e as oficinas registravam esses obstáculos. Hoje, o aperfeiçoamento é notório. Tanto no que diz respeito ao número de peças e veículos cadastrados quanto no que se refere à atualização dos dados e à facilidade do manuseio.” Segundo Bola, o grande destaque é a parte da orçamentação, que tornou o trabalho do perito muito mais fácil. “A navegação está óti-

“Webservice” Empresa que faz cerca de 3 mil vistorias por dia, a Auto Reg conta com algo em torno de 400 peritos em sua estrutura, e já trabalha com o Órion desde 2006. Atualmente, a reguladora já tem 100 pontos operando com o Órion. “Nosso nível de satisfação com o sistema é ótimo. A orçamentação é muito bem feita”, diz Ricardo Gimenez, gerente de TI da Auto Reg. “Outra vantagem do Órion é a flexibilidade que você tem, porque o sistema é adaptado para funcionar de acordo com as suas necessidades. Com outros produtos, você tem que batalhar para que haja qualquer customização. Com o Órion, é tudo mais simples”, revela. A grande expectativa de Gimenez, no entanto, está para o começo do ano que vem. O lançamento da opção “webservice” do Órion para a Auto Reg está previsto para fevereiro. “Estamos trabalhando desde maio de 2010 para termos essa opção, que vai cair como uma luva no trabalho da nossa reguladora. Isso porque o processo da Auto Reg é todo informatizado, do momento em que a vistoria entra até a conclusão da operação.” O gerente da reguladora destaca que, com a opção on-line, o perito terá muito mais segurança em suas atividades. “Essa possibilidade entre operar com a opção ‘cliente-servidor’ ou com a web é única no mercado. Em outros casos, se o notebook do perito quebra, o trabalho é interrompido. Este problema praticamente acaba na versão ‘webservice’.” 21


Gerenciamento

“Outra vantagem do Órion é a flexibilidade que você tem, porque o sistema é adaptado para funcionar dentro das suas necessidades” Ricardo Gimenez, da Auto Reg

RICARDO GIMENEZ, DA AUTO REG

Custo imbatível Ainda em seus primeiros contatos com o Órion, a reguladora Reauseg tem realizado seis vistorias por semana com o sistema, para já treinar seu pessoal, acostumando-o às possibilidades com a ferramenta. “Num futuro próximo, a tendência é usar de verdade, intensamente”, explica Eduardo Marcondes, diretor da empresa. “Já estamos falando para os nossos peritos ficarem atentos ao sistema, porque o custo do Órion é o mais interessante do mercado, e seu atendimento é muito bom.” Marcondes é outro que destaca a evolução ocorrida entre o antigo Cesvi System e o sistema atual. “São duas coisas totalmente diferentes”, aponta. “Tive uma experiência com a SulAmérica, que usa o Órion, e nosso pessoal não encontrou a menor dificuldade com o uso do sistema. As lacunas que existiam no banco de dados foram preenchidas, e a impressão deixada foi muito boa. Espero que as oficinas tenham mais contato com o Órion, porque é extremamente importante que elas saibam as diferenças entre o que o sistema era e o que o sistema é.” A Reauseg esteve no CESVI em dezembro de 2009, na primeira vez em que o Órion

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abriu os espaços do centro de pesquisa para que as reguladoras treinassem seu pessoal. “Foi uma experiência, sem dúvida, muito gratificante”, avalia Marcondes. “Torço para que a oportunidade se repita muitas vezes.” Falando diretamente ao perito No histórico de relacionamento do Órion com as reguladoras, a companhia de seguros Tókio Marine tem um capítulo muito especial. A seguradora realizou, no CESVI BRASIL, um treinamento especial para os profissionais que atuam na área de regulação. Tudo com o intermédio da equipe do Órion, que trabalhou para a cessão do espaço e a concretização do treinamento. Foi entre setembro e outubro de 2010 que a Tókio levou ao CESVI mais de 150 peritos, combinando sua equipe interna com prestadores de serviços. Além de um alinhamento técnico de procedimentos internos, toda essa equipe recebeu treinamento sobre o Órion, com informações que foram, em seguida, divulgadas na Intranet da Tókio Marine, e que circularam em todas as suas filiais. Emir Miguel, supervisor da seguradora, explica as necessidades que levaram à realização do treinamento: O perito chega entendendo tudo sobre o dano, mas quase nada sobre o que é um dano coberto. É claro que a técnica é importante, mas esse profissional também precisa entender de assuntos diversos, como lei do consu-


Gerenciamento “Sempre instruí pessoas que saíram de oficinas, porque não há pessoal formado em regulação. O que há são profissionais com experiência de reparo, mas que chegam às reguladoras sem um embasamento técnico relacionado ao ramo securitário” Emir Miguel, da Tókio Marine

midor e poder de negociação. A dificuldade de conciliar conhecimento técnico com noções do contrato de seguro fez com que me visse na obrigação de treinar os peritos”, revela. O supervisor da Tókio acredita que o Órion tem muito a contribuir para os trabalhos do mercado segurador. “Já conversei com diversas reguladoras que me falaram bem em relação ao custo. Apesar de trabalharmos com outro sistema, acredito na força do Órion, e é muito importante que ele esteja chegando como uma ferramenta a mais para o perito trabalhar. Isso porque a área de regulação

EMIR MIGUEL, DA TÓKIO MARINE

é muito carente, são poucas as opções para orçamentação”, lamenta Emir. “Mas vejo um grande potencial de crescimento do Órion, que tem tido uma aceitação muito boa. Tenho um interesse grande de conhecer essa operação no País inteiro”, conclui.

CONHEÇA OFICINAS

O SISTEMA

INTERESSADAS EM CONHECER AS FUNCIONALIDA-

ÓRION PODEM ENTRAR EM CONTATO COM ROBERTO BARROSO, PELO TELEFONE (11) 3948-4824 OU PELO E-MAIL RBARROSO@CESVIBRASIL.COM.BR DES DO SISTEMA

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