DIESEL REPARADOR Edição 31 • Fev/2011 • Uma revista:
: o i e d S10 Ro oa de briga b e p a c i p
A nova versão da caminhonete mais vendida do País passa pela mais rigorosa avaliação. O resultado é positivo. Confira os detalhes nesta edição - Pág.8
REPARADOR DIESEL | FEVEREIRO DE 2011
ARTIGO
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O futuro é das mulheres
Vicente Pimenta foi vice-diretor do Comitê de Máquinas Agrícolas do Congresso SAE BRASIL 2010
O
Brasil não é mais um pequeno bote à deriva e ao sabor de ventos e correntes marítimas. Fato novo, o Brasil se converteu em um grande transatlântico, muito determinado e muito mais imune às intempéries e turbulências internacionais. Hoje mantém sua rota firme rumo ao desenvolvimento e tem uma economia à prova de marolas e ventarolas. Entretanto, mesmo considerando toda a sua nova condição de potência internacional, passou recentemente por mudanças importantes no governo no seu cargo maior: temos nova presidente. Isso não é pouco. A eleição de Dilma, postas as paixões de
Expediente DIREÇÃO Presidente: Cássio Hervé Secretária: Solange Ferreira Roberto Tel: (11) 2764-2895/ 2898 solange.roberto@grupogerminal.com.br DIRETOR COMERCIAL Eduardo Foz Tel: (11) 2764-2873 eduardo.foz@grupogerminal.com.br
marketing direto
lado, traz ao panorama internacional novo componente de incerteza e, diga-se, no nervoso cenário econômico global, a última coisa que se quer é incerteza. Mesmo entre nós brasileiros, essa sombra paira. Quantas e quantas coisas já não foram ditas a favor e contra a futura administração de Dilma baseadas em seu passado, em sua atuação frente à Casa Civil, em seu famoso estilo rígido e inflexível... O que se pode esperar de nossa nova chefe do Executivo? Quem tiver a curiosidade de visitar o site da Presidência verá que esse governo deve se pautar por 13 diretrizes principais. A que interessa em particular ao segmento fora de estrada é a diretriz número três, que trata do Projeto Nacional de Desenvolvimento. Está lá escrito: As políticas industrial, agrícola, energética e de infraestrutura serão instrumentos centrais para transformação produtiva do País. A ferramenta indispensável para que as coisas aconteçam existe: é o PAC, Plano de Aceleração do Crescimento, que teve na gestão do Lula uma condução ainda a ser melhorada (muita coisa não aconteceu ou aconteceu de modo incompleto) e agora, sob determinação expressa da nova presidente, ele precisará ser mais efetivo. Até nome novo ele tem: PAC 2. São mais de R$ 950 bilhões para serem gastos até 2014 visando tirar parte do atraso do Brasil em várias áreas, para não falar em Olimpíadas e Copa do Mundo.
REDAÇÃO Jornalista responsável: Alexandre Akashi - MTB 30.349 editor@grupogerminal.com.br Repórter: Bruna Paranhos Consultor Técnico: Marco Antônio S. Souza redacao@grupogerminal.com.br Tel: (11) 2764-2862 PRODUÇÃO/INTERNET Coord. de Marketing: Daniela Pelosi Assistente de produção: Eduardo Muniz Analista Web: Tiago Lins Estagiário Web: Murilo Santiago producao@grupogerminal.com.br ATENDIMENTO Gerente: Ernesto de Souza ernesto.souza@grupogerminal.com.br COMERCIAL Alessandra Macedo alessandra.macedo@grupogerminal.com.br
E como será o mecanismo? Bem, as questões de financiamento da infraestrutura, sempre administradas por homens, dessa vez estará completamente nas mãos de mulheres. Temos uma presidente que puxa o assunto com muita energia. Ela é o poder que quer. A vontade política. A coordenação do PAC foi entregue a outra mulher: a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, que já está no PAC há bastante tempo; para discutir as questões ligadas ao meio ambiente, sempre apontadas como grandes responsáveis pelo não cumprimento dos cronogramas do governo, temos mais uma mulher: a ministra Izabella Teixeira. O caso presente é inédito em nossa história. Parafraseando Lula, nunca antes na história desse País tanto dinheiro e poder esteve em mãos femininas no governo. Trabalho e dificuldades o trio terá aos montes, entretanto elas têm armas naturais de grande poder. Se for preciso, que se valham dos atributos femininos clássicos: que como mães não deixem o plano desamparado já que foi um parto o seu início no governo passado; que as três mulheres saibam tricotar as estratégias entre si para que as iniciativas não fiquem paradas na burocracia da União; que saibam costurar as alianças necessárias para que as coisas aconteçam no momento certo, alinhadas com as necessidades do País e, finalmente, chega de banho-maria. O Brasil tem pressa. É para o bem de seus filhos.
Aliandra Artioli aliandra.artioli@grupogerminal.com.br Carlos Souza carlos.souza@grupogerminal.com.br Shelli Braz shelli.braz@grupogerminal.com.br Estagiária: Alessandra Del Moro alessandra.delmoro@grupogerminal. com.br ASSINATURA E DATABASE Gerente: Mônica Nakaoka monica.nakaoka@brasildireto.com.br Assistente: Alexandre P. Abade alexandre.abade@brasildireto.com.br
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EM FOCO
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Mercedes-Benz do Brasil comercializou mais de 100.000 veículos em 2010
A Mercedes-Benz do Brasil comercializou mais de 100 mil veículos em 2010, entre caminhões, ônibus, comerciais leves e automóveis, considerando-se os volumes vendidos nos mercados interno e externo. Esse é considerado o melhor resultado de vendas da empresa em todos os tempos, o que explica a liderança da montadora no mercado de veículos
comerciais no País. Em 2010, o crescimento da empresa no mercado nacional representa um volume 41% maior em relação a 2009, e a empresa atingiu a participação de 27% no setor de caminhões e 50% em ônibus. As vendas no mercado brasileiro incluem cerca de 6.500 veículos comerciais leves da linha Sprinter, com um crescimen-
to de 13% frente a 2009. Exportações A empresa também firmou a posição de maior exportadora de caminhões do Brasil. Em 2010, foram comercializados 4.838 caminhões e 11.035 ônibus para a América Latina e outros continentes. A soma desses volumes representa 68% de crescimento em relação ao ano anterior.
sos de informática e multimídia, e atividades práticas, para montagem e desmontagem de eixos diferenciais e outros componentes e sistemas. O treinamento é gratuito e tem duração de um dia. Podem participar distribuidores, frotistas, varejistas e
aplicadores dos produtos Meritor. O programa traz sessões todos os meses. As inscrições podem ser feitas pelo tel. 0800 555530 ou por meio do em email duvidas.tecnicas@arvinmeritor.com.
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ArvinMeritor promove treinamentos em 2011 A ArvinMeritor deu início ao programa de 2011 para treinamento e aperfeiçoamento de profissionais que atuam na área de distribuição e reparação de eixos de veículos comerciais. As aulas são promovidas no Centro de Distribuição, em Osasco, SP e combinam exposições teóricas, com recur-
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em foco
Iveco fornecerá veículos militares ao exército francês
blindada e outros diferentes equipamentos, além de reboques e guindastes para a reparação de caminhões militares, com o objetivo de proporcionar a maior flexibilidade possível em Divisão Astra entregará 2,4 mil caminhões qualquer tipo de incluindo serviços de manutenção e operação. Além reparo, além do fornecimento de pede fornecer os veículos, a Iveco fechou ainda um contrato de Pós-venda, ças de reposição.
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A Iveco fornecerá caminhões militares ao Exército Frances, após vencer concorrência feita pelo Ministério da Defesa da França. O contrato, da ordem de 800 milhões de euros, prevê a entrega de 2, 4 mil veículos. O fornecimento inicial será de 200 veículos. Os veículos, com tração 8x8, de uso especificamente militar, serão produzidos pela Iveco Astra, divisão da Iveco que produz todos os tipos de veículos específicos para logística na área de defesa e também veículos off road, dedicados a obras de construção e pedreiras. Os veículos destinados ao Exército francês serão equipados com cabine
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EspEcial picapEs
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Chevrolet S10 2.8 Diesel 4X4.
Fotos: Marco Antônio Silverio Junior
Tradicional nas virtudes e defeitos
Bem equipada no powertrain, a picape da GM ainda peca em problemas estruturais presentes desde o primeiro modelo
Marco Antonio Silvério Junior A picape mais tradicional do mercado brasileiro foi a escolhida para estrear este especial, que irá avaliar durante o ano de 2011 os modelos mais comercializados deste segmento que cresceu em ritmo
A cruzeta do cardan principal não foi desenvolvida para receber manutenção
acelerado nos últimos anos e proliferou os motores Diesel eletrônicos pelas redes de oficinas independentes. Este movimento causou uma reviravolta no mundo da reparação onde os mecânicos de linha Diesel não tinham conhecimento em injeção eletrônica e os da linha leve não conheciam os conceitos
Alto nível de proteção inferior para enfrentar terrenos acidentados
dos motores à Diesel, mas mesmo assim se adaptaram melhor a esta realidade. A S10 Diesel hoje vem equipada com o motor MWM da série Sprint 4.07 TCE de 2.8 l que rende 140 cv de potência a 3.500 rpm e 340 Nm de torque desde as 1.800 rpm até 2.400 rpm. Torque realmente não falta, mas demora um pou-
O motor MWM 4.07 TCE 2.8 l rende 140 cv e 340 Nm de torque de 1800 a 2400 rpm
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ca a entrar, só é possível sentir a força do motor mesmo a partir das 2.000 rpm, quando se ouve a turbina enchendo e o corpo colando no banco. A turbina Garret trabalha a uma pressão máxima de 1,2 bar, mas este motor esta preparado para um pouco mais, pois a MWM declara que a potência pode chegar a 160 cv e 360 Nm de torque, é claro que dependerá da aplicação e acerto feito pela montadora que o fará buscando um equilíbrio entre dirigibilidade, consumo e durabilidade do conjunto. Para a S10 o que falta é um melhor entrosamento entre a faixa de torque do motor com o escalonamento do câmbio. A fama de um motor de grande robustez, muito graças ao sistema de distribuição do sincronismo por engrenagens, utilizado também para acionar as bombas de água, vácuo, alta pressão e direção hidráulica, por isso estão eliminadas as possibilidades de parada por quebra de correia, que no máximo irá parar de carregar a bateria, mas não impede que o veículo rode mais alguns quilômetros até encontrar socorro. O cabeçote do tipo fluxo cruzado com três válvulas por cilindro com acionamento simples é um dos grandes responsáveis pelo bom desempenho do motor sem comprometer o custo e a facilidade de manutenção, além de ser construído em ferro fundido e ter grande resistência a superaquecimentos. Atenção a quebras de balancim por excesso de rotação. Outra característica deste motor que algumas vezes acaba confundindo o re-
A longarina em formato ‘S’ é o grande vilão da S10
EspEcial picapEs
parador é o fato da contagem dos cilindros se iniciar de trás para frente, então o primeiro cilindro é o do lado das engrenagens de distribuição. O Sprint 4.07 TCE atende ao Proconve P5, lei de emissões em vigor no Brasil. Este motor teve uma sobrevida com o cancelamento Fase 6 do Proconve, porém, para 2012, com a entrada do Proconve 7, e a decisão da GM em renovar toda a linha de produtos, é possível até mesmo que a S10 evolua para outro modelo, com outros motores. A MWM já apresentou dois modelos que atendem esta norma. O NGD 3.0E, que possui quatro válvulas por cilindro com ajuste hidráulico de folga, turbina de geometria variável e sistema póstratamento de gases. E o Sprint 4.08 TCE, com 4 válvulas por cilindro, turbina de duplo estágio, pressão de 1.800 bar e tratamento de NOx por EGR.
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A barra auxiliar de direção permite uma folga que pode colaborar com os problemas de estabilidade
A barra de torção costuma apresentar folgas e ruídos
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ESPECIAL PICAPES
Emissão de poluentes Durante o percurso do teste notamos que em plena carga saia uma quantidade de fumaça pelo escape que aparentava estar acima do normal, sendo assim levamos a picape até o Truck Center Especidiesel, localizada no Piqueri, em São Paulo, onde fizemos o teste de opacidade. A plaqueta existente no motor indica um valor de 1,21, porém fomos informados de que o valor considerado para o teste da inspeção veicular ambiental seria de 1,71. De qualquer forma foi preciso apenas sete acelerações para comprovar que a quantidade de fumaça emitida estava dentro do normal, média de 0,79 com desvio de apenas 0,03. Undercar A S10 foi avaliada na oficina do membro
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do conselho editorial Francisco Carlos de Oliveira, da Stilo Motores, onde a equipe pode avaliar os componentes de suspensão e direção, porém a primeira critica relatada pelo reparador Marco Vinícius, funcionário da Stilo Motores, foi em relação a longarina, que segundo ele apresenta trinca no trecho em ‘S’ próximo ao fim do assoalho na parte frontal da picape. “Nos primeiros modelos era um problema constante que a GM tentou corrigir aplicando um reforço na região, mas ainda acontecem diversos casos de quebra da solda deste reforço por já haver trinca na longarina” explica. Outra falha apontada foram as marcas de impacto entre as lâminas do feixe de molas, mesmo onde existe um calço já se nota ferrugem devido a saída do material pelo constante atrito entre as mesmas.
Entre as barras de torção e os alojamentos costumam aparecer folgas e rangindos, Carlos recomendou a aplicação de vaselina liquida em um posto de lavagem para amenizar os problemas. Um problema intrigante pode ser notado no braço auxiliar do sistema de direção. Ao movimentar a roda dianteira direita notamos uma folga razoável permitida devido ao projeto deste braço. Este pode ser uma das causas da deficiente estabilidade da S10 e rodovias. Transmissão A transmissão utilizada na S10 é a EATON modelo FSO 2405K, a mesma utilizada em modelos como Ranger, Troller e L200, porém com diferente relação de redução. A primeira troca de óleo deve ser feita, segundo a fabricante nos primeiros
Comentários sobre a Colaborador Celso Corsino Instrutor de cursos sobre injeção eletrônica Diesel
seus manuais de serviço recomendam esta operação. Outra dica, é que motores diesel não deverão ficar parados por longos períodos, sob pena de formação de gomas e ou condensação de água no tanque, o que seria um veneno para bombas e eletroinjetores. É uma equação simples: manutenção preventiva = menor gasto com substituição de peças. Este motor conta com turboalimentador com válvula moduladora que atua diretamente na válvula waste gate. Esta válvula deverá estar com as mangueiras em bom estado de conservação para evitar falta de potência no motor e até o acendimento da lâmpada de diagnose. A. Retorno de combustível para o tanque. Para verificar o bom funcionamenB. Entrada de combustível do litro. C. Saída de combustível para o tubo distribuidor (rail) to do sistema, pode-se ler a pressão D. Válvula de pressão de controle do tubo distribuidor no tubo de alimentação de ar, via (m-prop) A S10 Diesel conta com sistema de gerenciamento eletrônico do motor Bosch common rail,com bomba de alta pressão CP1H. O bom funcionamento da bomba de alta pressão, assim como dos eletroinjetores, depende da limpeza do sistema de alimentação e da boa qualidade do diesel. Sendo assim, o proprietário deverá realizar a limpeza do tanque de combustível periodicamente. Convencer o cliente a realizar esta tarefa, não é muito fácil, mas algumas montadoras, através de
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15 mil km e as seguintes a cada 40 mil km, porem a GM recomenda que seja feita a primeira aos 10 mil km e as próximas a cada 30 mil km. Como o fabricante leva em consideração todo o conjunto, e o prazo é mais severo, é o ideal a ser seguido. Já no uso fora de estrada a EATON indica a primeira troca aos 5 mil km e a periódica a cada 7.500 km. Cuidado com barulhos de batidas provenientes do câmbio, antes de desmontar verifique a rotação correta da marcha lenta que deve estar entre 700 e 900 rpm, caso esteja fora, ajuste e confira. Também vale conferir o nível e a qualidade do lubrificante. Pergunte ao dono quando foi realizada a última troca. As cruzetas do cardan principal são projetadas para não ter manutenção, ou
ESPECIAL PICAPES
seja, em caso de avaria deve ser substituído o conjunto completo, que torna um serviço rotineiro, uma grande dor de cabeça para justificar ao dono do veículo o alto custo do reparo. O conselheiro Carlos comentou que poderia ao menos existir uma graxeta para prolongar a vida útil do componente. O diferencial traseiro de deslizamento limitado precisa ser abastecido com óleo especial para tração positiva, que possui moderador de atrito com a classificação API GL-5 EP SAE 85W140. É imprescindível a adição de 5% do aditivo modificador de atrito Sturacco, que pode ser adquirido junto com o óleo. Na falta desta aditivação irá apresentar trancos ao realizar curvas, devido a problemas no deslizamento entre os discos do diferencial.
injeção eletrônica Diesel sensor de pressão do turbo. A pressão no rail também poderá ser verificada com o auxílio de um manômetro digital, via sensor de pressão instalado no tubo rail. Na foto ao lado, podemos ver a medição de pressão do rail sendo efetuada diretamente no sensor. A tela mostra pressão nominal de 431 bar. Uma simples inspeção visual no retorno dos eletroinjetores poderá dar ao reparador uma idéia se existe alguma falta
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FICHA TÉCNICA Motor Número de cilindros Valvulas por cilindro Diâmetro x Curso em mm
4 3 93 x 103
Cilindrada total cm³
2.799
Taxa de compressão
17,8: 1
Potência máxima Gas/Etanol
140 cv @ 3500 rpm
Torque máximo Gas/ Etanol
340 Nm @ 1800 - 2400 rpm
Cárter do motor com filtro
8,5 l API CG-4 SAE 15W40
Sistema de arrefecimento
10 l 35 a 50 % de aditivo longa duração laranja AC Delco
Emissão de fumaça limite opacidade
1,21
Rotação de corte
4200 + - 100 rpm
Limitador de velocidade
173 km/ h
Sistema elétrico Bateria Alternador
12 V 60Ah 100A
Alimentação Bomba de alta pressão
Bosch EP3
Turboalimentador
Garret
Limite de pressão
1,2 bar
Transmissão Câmbio Caixa de transferência
2 l Dexron III 1,18 l Dexron III
Diferencial traseiro
1,6 l Óleo p/ tração positiva c/ moderador de atrito API GL-5 EP SAE 85W140 + 5% de modificador de atrito Sturacco
Diferencial dianteiro
1,2 l SAE 80W90
Relação de marchas 1ª
4,47
2ª
2,29
3ª
1,38
4ª
1
5ª
0,65
Ré
3,8
Diferencial
4,27
Suspensão Dianteira
independente, braços desiguais, barra de torção longitudinal, amortecedor pressurizado e estabilizador
Traseira
eixo rígido, feixe de molas semielípticas, amortecedor pressurizado
Direção Abastecimento Diâmeto minimo de giro
1,26 l Dexron II 12,9 m
Alinhamento
Sensor de pressão do rail
Camber Dianteiro Cáster Convergência
de - 1° até 0 3° até 4° 0° 36' +- 0° 12'
Pneus
235/ 70 16 105 T
Rodas
7J x 16 em aluminio
Dimensões em mm
válvula moduladora da waste gate
Comprimento
5.260
Largura
2.044
Altura
1.734
Entre eixos Peso Caçamba Comprimento
de estanqueidade interna dos eletroinjetores ou se existe um entupimento interno.
3.122 1910 kg
Largura
1477 1438
Volume da caçamba
0,86 m³
Capacidade de carga
1000 kg
Tanque de combustível
80 l
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Especial picapes
A caixa de transferência utiliza sistema elétrico para comutação de 4x2 para 4x4 Hi e Low. A primeira pode ser feita com o veículo em movimento e a GM não recomenda que não seja ultrapassada a velocidade de 100 km/ h nesta condição, e nem compensa andar nesta
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velocidade, pois com a tração nas quatro rodas acionada fica mais ‘pesada’. Durante o teste funcionaou perfeitamente, mas o leitor e engenheiro especializado em veículos 4x4, João Bosco informou que existem problemas com relação ao sistema de transferência,
“podemos considerar como ponto falho os comandos eletrônicos do dispositivo de tração, que costuma falhar nos momentos de engate, o que raramente ocorre nos demais carros de outras marcas que também usam sistemas semelhantes”.
Avaliação do editor Alexandre Akashi
Avaliações A primeira impressão que temos da S10
ceu, sumiu. Após dar a partida, rodamos por 500m e pronto! Tudo voltou ao normal.
Lançada no ano passado, a S10 Rodeio
Rodeio é de uma volta ao passado. A cabi-
Uma explicação possível para o proble-
chegou para ampliar a gama de versões ofe-
ne pouco mudou em relação aos anteces-
ma é o elevado nível de água no filtro de
recidas pela Chevrolet aos consumidores de
sores. O volante de grande diâmetro com
combustível. Caso isso ocorra vale a pena
picapes médias.
quatro raios bem espaçados sugere folgas
drenar a água do filtro, que fica localizado no cofre do motor, do lado do motorista.
O teste drive foi realizado em um percurso
na mesma proporção, fato comprovado nos
de aproximadamente 600 quilômetros, com
quilômetros rodados durante o teste, princi-
Um detalhe da S10 é a relação de mar-
trechos de subida e descida de serra, asfal-
palmente nos trechos de asfalto com certo
chas com primeira muito curta, segunda,
to liso e reto, estrada de terra e em aclive e
desnível. É quase impossível manter o veí-
terceira e quarta bem equilibradas e a quin-
declive, em que foi possível rodar com tração
culo em linha reta sem esterçar o volante ora
ta muito longa, como se fosse um overdri-
nas quatro rodas (mais por motivos de segu-
para a direita, ora para a esquerda.
ve. Assim, no aclive, as marchas utilizadas
rança do que necessidade), com carga seca
Nos trechos de estrada de terra, porém,
eram terceira e segunda, em alternância de-
de 500kg de areia, uniformemente distribuído
em que raramente o volante fica fixo em
pendendo da inclinação do terreno. Em al-
em toda a caçamba.
uma posição, esta característica acaba se
guns poucos momentos foi necessário usar
transformando em uma vantagem, pois a
a primeira, por conta do transito e, como es-
menor precisão evita que movimentos exa-
tava chovendo, por diversas vezes as rodas
O início do percurso foi também o ponto
gerados tirem o carro da rota. Este compor-
traseiras patinaram, na arrancada.
de chegada: o posto Caminhoneiro, na via
tamento nos leva a crer que a S10 nasceu
Dutra, em Guarulhos (SP), de onde partimos
mesmo para andar na terra.
Percurso
em direção a Atibaia, pela rodovia Fernão
O motor turbo diesel eletrônico MWM
Como a primeira é muito curta, e uma característica do motor diesel é elevado torque em baixa rotação, a quantidade de força
Dias (trechos sinuosos em subida e descida
apresentou
comportamento.
despejada nas rodas é impressionante, o
e longas retas), com direito a estrada de terra
Nem parecia que havia 500kg de carga
que reforça mais ainda a vocação para tra-
em direção à Pedra Grande.
na caçamba. Houve apenas um instante
balhas pesados e fora de estrada do modelo (de preferência em modo 4x4).
excelente
Em seguida, seguimos em direção a São
de tensão: quinze quilômetros depois de
José dos Campos, pela Dom Pedro I e Go-
descer da Pedra Grande, em Atibaia, já
A rotação de corte de combustível gira
vernador Carvalho Pinto, até a saída para
na rodovia Dom Pedro I, subitamente a luz
um pouco acima dos 4.000rpm, e desagra-
Caraguatatuba, pela Rodovia dos Tamoios,
de injeção acendeu e o motor entrou em
doou em alguns momentos, principalmente
por onde descemos a Serra do Mar, e segui-
modo de emergência, limitando a rotação a
nos de ultrapassagem. Por diversas vezes,
mos pela Rio-Santos, em direção a Ubatu-
2.000rpm.
tivemos a impressão de ‘ficar na mão’, pois
ba. A subida da serra ocorreu pela Rodovia
Paramos imediatamente no posto de com-
Oswaldo Cruz, de Ubatuba a Taubaté, de
bustível mais próximo e durante alguns mi-
onde pegamos a Dutra em sentido de volta
nutos tentamos restabelecer o sistema de in-
Sem contar nas diversas vezes que ao
a São Paulo. Saímos pelo sistema Carva-
jeção, porém sem sucesso. Decidimos então
trocar de quarta para quinta, a rotação caia
lho Pinto, Trabalhadores e Ayrton Senna da
almoçar e, depois, seguir para a cidade mais
tanto que a impressão era de que o carro
Silva, e retornamos à Dutra na ligação pela
próxima, em busca de uma concessionária
havia ficado ‘xoxo’. Este é, portanto, um
Rodovia Hélio Smidt.
GM. Tão súbito quanto a anomalia apare-
ponto a ser melhorado na S10.
o motor chegou ao limite, sendo necessário trocar de marcha no meio da operação.
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EspEcial picapEs
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Parte 1 - Diagramas elétricos S10 e Blazer 2.8 Diesel
Colaborou com este artigo Válter Ravagnani
Esta dica foi retirada da Enciclopédia Automotiva Doutor-ie Online www.drieonline. com.br . Para saber mais detalhes sobre a Enciclopédia e ou sobre a consultoria técnica prestada pela Doutor-ie, tanto para a linha leve como para a linha diesel, ligue para (48) 3238 0010 ou visite a loja virtual www.doutorie.com.br
Nessa edição apresentaremos o diagrama elétrico do sistema de injeção eletrônica diesel Bosch EDC 16C9 (common rail), aplicado às caminhonetes S10 e Blazer 2.8 - fabricadas a partir de 2005. Esses veículos são equipados com propulsores MWM Sprint 4.07 TCE e bomba de alta pressão Bosch CP3. Nas próximas edições, apresentaremos diagramas de outros sistemas como: freios ABS, painel, imobilizador de partida etc. Até lá.
técnica
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Parte 2 – Sistema de injeção diesel Common Rail:
Análise do sistema de combustível em alta pressão
Paulo Souza Consultor Técnico cepso@click21.com.br
A
ssim com prometido no mês passado, quando abordamos os detalhes do circuito de baixa pressão, focaremos nesta edição o circuito de alta pressão, que é composto pela bomba de alta pressão, o tubo distribuidor (Rail) e os injetores. A bomba de alta pressão com seus elementos (três pistões) recebe o combustível do circuito de baixa pressão que são acionados por um eixo excêntrico, ligado ao motor através de engrenagens. O combustível entra na câmara do pistão através de uma válvula e ao movimento de deslocamento do pistão este combustível é pressionado. Assim, ocorre o fechamento da válvula de entrada que impede o retorno do combustível para o circuito de baixa, ao mesmo tempo que se abre a válvula de saída que dá acesso do combustível ao tubo distribuidor. Este processo ocorre em cada elemento fornecendo fluxo de combustível suficiente para geração de pressão em qualquer regime de trabalho do motor. Apesar de neste circuito a vazão depender da rotação do motor, a pressão é independente da mesma e esta pressão de combustível no tubo distribuidor depende do regime de trabalho do motor. Sendo assim, é necessário o controle
desta pressão que varia na faixa de 300 a 1600 bar, que é feito pela unidade de comando atuando na válvula reguladora de pressão, que pode variar a pressão através do retorno do circuito de alta pressão, ou seja, liberar mais ou menos o fluxo deste retorno interferindo na pressão no tubo distribuidor. A unidade de comando determina a alteração da pressão através desta válvula reguladora, mas para que isto ocorra é necessário um sinal elétrico que indique qual é a pressão de trabalho que está no tubo distribuidor de combustível. Esta informação é dada pelo sensor de pressão do rail que gera uma tensão elétrica diferente a cada pressão nele exercido, assim, a unidade de comando pode determinar para todos os regimes a pressão exata que o sistema necessita. Os componentes elétricos são monitorados pela unidade de comando também ao que se refere em termos de avarias. Dessa forma, caso haja problemas com estes, é possível se monitorar com um equipamento de diagnóstico adequado, analisando seus sinais ou suas operações. O que podemos observar neste circuito de alta pressão são suas tubulações quanto a vazamentos. Não deve haver nenhum. Um teste bastante simples que pode ajudar é o teste de vazão de retorno do injetor. Em algumas aplicações isto é possível, ou seja, naquelas que se tem acesso a este retorno. Basta desligar as tubulações de retorno de cada um dos injetores e no lugar conectar mangueiras transparentes, que possibilitem a visualização do volume do combustível. Deve-se dar partida e acompanhar o volume até que seja suficiente para uma boa comparação entre os mesmos. Em seguida, desligar e avaliar se os níveis estão próximos e caso haja uma defasagem grande isso indica problemas, e que estes injetores merecem
uma avaliação mais profunda em equipamentos apropriados. O veículo pode funcionar com dificuldade ou não, se houver um problema no retorno do injetor. Como assim? Na matéria em que falamos sobre o injetor, vimos como ele internamente funciona e observamos que o injetor quando acionado eletricamente abre a passagem de retorno do combustível; e que neste momento nas câmaras superior e inferior da agulha ocorre um desequilíbrio de pressão ajudado por um pequeno canal de estrangulação na câmara superior. Isso faz com que a pressão na ponta da agulha a empurre para cima dando passagem de fluxo de combustível para o motor. Quando o retorno se fecha as pressões nestas câmaras voltam a se igualar, assim, a mola de retorno da agulha a desloca de volta à sede cessando passagem de combustível para o motor. Caso uma ou mais válvulas de retorno por algum motivo não vedar e ocorrer retorno, dependendo do quanto isto é, pode interferir na geração de pressão a ponto de não ser suficiente para o motor funcionar. Com as mangueiras transparentes instaladas nestes retornos fica fácil de detectar tal problema, pois durante a partida o volume de retorno é baixo. Caso um ou mais preencher rapidamente a mangueira, siga o mesmo procedimento de modo a avaliar os injetores em equipamento de teste apropriado. Tal como no mês passado, seguir os procedimentos recomendados pelos fabricantes é prudente, pois qualquer operação inadequada pode colocar em risco a integridade do sistema, do motor e de segurança dos usuários. Espero que a matéria ajude ao colega no seu dia a dia da oficina para avaliar o sistema Commom Rail. Até uma próxima oportunidade.