Reparador Diesel FEV/12

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Edição 44 - Fev/2012 - Uma revista:

SISTEMA DE INJEÇÃO ELETRÔNICA Nesta edição montamos um completo passo a passo descritivo das funções dos sensores, que levam as informações do motor para a unidade de comando. Entenda o mecanismo e aprimore seus conhecimentos sobre este sistema que é cada vez mais presente na sua oficina. Página 4 Motor DDC MBE 900

SCANIA PROMOVE LINHA 2012 DE ÔNIBUS E CAMINHÕES SUSTENTÁVEIS


em foco DIRETOR GERAL Cassio Hervé SECRETÁRIA Solange Ferreira Roberto GERAÇÃO DE CONTEÚDO Jornalista Responsável: Vivian Martins Rodrigues (MTB 55861-SP)

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Scania promove linha 2012 de sustentáveis

COMERCIAL Aliandra Artioli aliandra.artioli@oficinabrasil.com.br Carlos Souza carlos.souza@oficinabrasil.com.br Ernesto de Souza ernesto.souza@oficinabrasil.com.br Shelli Braz shelli.braz@oficinabrasil.com.br Estagiária - Briza Gomes briza.gomes@oficinabrasil.com.br

Divulgação

eXPedIente

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PRODUÇÃO Assistente - Lucas Martinelli producao@oficinabrasil.com.br ONLINE Analista – Tiago Lins tiago.lins@oficinabrasil.com.br FINANCEIRO Gerente - Junio do Nascimento Assistente - Mariana Tarrega Auxiliar - Rodrigo Castro financeiro@oficinabrasil.com.br GESTÃO DE PESSOAS Daniela Accarini rh@oficinabrasil.com.br ASSINATURA E DATABASE Gerente: Mônica Nakaoka monica.nakaoka@oficinadireta.com.br Coordenador: Alexandre P. Abade alexandre.abade@oficinadiretal.com.br Assistente: Giovana Consorti giovana.consorti@oficinadireta.com.br CENTRAL DE ATENDIMENTO AO LEITOR Luana Cunha e Talita Araújo De 2ª a 6ª, das 8h30 às 18h Tels.: (11) 2764-2880 / 2881 leitor@oficinabrasil.com.br PRÉ-IMPRESSÃO E IMPRESSÃO Gráfica Oceano Este produto é impresso na Gráfica Oceano em papel certificado FSC. Trabalhamos comprometidos com o meio ambiente e temos uma ótima impressão do futuro.

Tiragem desta edição: 17 mil Distribuição nos Correios por meio de qualificado database: 16.040 O Oficina Brasil e o Caderno Reparador Diesel oferecem garantias exclusivas para total segurança do investimento dos anunciantes: Auditoria IVC (Instituto Verificador de Circulação) e BDO Trevisan (custos com distribuição). Filiado a:

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A

Scania, montadora sueca de veículos pesados e de motores a etanol, lançou em 19 de janeiro uma campanha publicitária para promover sua linha de ônibus e caminhões 2012. O conceito é a apresentação da nova linha com tecnologia Euro 5, que se enquadra na nova exigência ambiental brasileira Proconve P7 e polui até 80% menos que os antigos modelos Euro 3. Para este lançamento, a montadora preparou também pacotes com vantagens especiais aos clientes. Desde janeiro deste ano, está em vigor no Brasil o Proconve P7 (Programa de Controle da Poluição do Ar por veículos Automotores – fase 7). A nova norma obriga as montadoras a fabricarem motores que se enquadrem no padrão Euro 5 de redução de poluentes, utilizado na Europa desde 2009. “A mudança de protocolo ambiental no Brasil só reforça o pioneirismo da marca Scania nas questões de sustentabilidade. A campanha tem por objetivo apresentar a linha 2012 e oferecer, por tempo limitado, vantagens exclu-

sivas aos clientes, reforçando nosso portfólio de soluções ao transportador”, explica Márcio furlan, gerente de Marketing e Comunicação Comercial da Scania do Brasil. O conceito promocional da campanha de caminhões está centrada no modelo R 440 nas opções 6x2 e 6x4. Quem adquiri-lo ganhará o câmbio automatizado Scania Opticruise, Controle de Tração e freios ABS. A montadora também garante Arla 32 por aproximadamente 120 mil quilômetros para todos os modelos de caminhões vendidos durante o período da promoção. Para o segmento de ônibus, os clientes também terão direito ao Arla 32, além de um Contrato de Manutenção Preventiva, que inclui troca de óleo de motor, filtros, entre outros. A campanha da marca sueca se estende até 31 de março. Está divulgada nos principais meios de comunicação, como televisão, jornal, revista e internet. Regulamento e condições gerais podem ser consultados no site da montadora. www.scania.com.br


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em foco

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Divulgação

Revisão na barra de direção de caminhões pode evitar acidentes

N

úmeros expressivos envolvem o violento trânsito brasileiro. A frota de caminhões e veículos não para de crescer, assim como os acidentes e mortes nas estradas e na malha viária das cidades. Mas alguns cuidados, como a manutenção preventiva no sistema de direção de caminhões, poderia salvar vidas. Os números que envolvem o trânsito brasileiro são expressivos. A frota de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus saltou de 29.962.783 unidades para 32.492.390 unidades de 2009 para 2010, registrando aumento de 8,4%, segundo levantamento do Sindipeças – Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para veículos Automotores. Só os caminhões somaram 1.490.748 unidades, ante 1.354.375 unidades, numa alta de 10,1%. A reboque destes números, uma estatística alarmante. As mortes por acidentes chegam a 37 mil em 2009, de acordo com o IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Parte desta cifra poderia ser evitada checando itens de segurança e de mecânica de caminhões e veículos. O Programa Caminhão 100%, do GMA – Grupo de Manutenção Preventiva, que consiste em conscientizar o motorista sobre a manutenção preventiva do veículo, revelou que, entre os problemas mais comuns, nos mais de 576 caminhões inspecionados na rodovia Presidente Dutra, está o sistema de direção. Mais de 60% dos caminhões apresentaram algum defeito no componente. Segundo Edson vieira, engenheiro da fabricante de autopeças Nakata, unidade de negócios Affinia Automotiva, a falta de manutenção no sistema de direção pode causar graves acidentes. “O sistema de direção deve ser revisado, periodicamente, a cada 10 mil km”, afirmou vieira, explicando que, ao fazer a manutenção preventiva, é importante verificar se a barra de direção está empenada, assim como se existe algum tipo de

desgaste ou folga. As coifas protetoras também devem estar em ordem. Peças soldadas ou recondicionadas podem representar trágicos acidentes. “Qualquer movimento brusco ou estradas esburacadas podem romper a peça quando soldada, ocasionando perda da direção”, advertiu o engenheiro da Nakata. vieira alerta para o principal sinal de desgaste na peça: a folga na direção. Também recomenda que o motorista faça manutenção do veículo em uma oficina de confiança, para realizar o exame adequado no conjunto de direção e suspensão.


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consultor rd

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Sensores do sistema de injeção eletrônica O papel dos sensores é fundamental num sistema de injeção eletrônica, pois eles são os mensageiros das condições de operação do motor, informando a Centralina do que está acontecendo em cada sistema. Assim, são peças fundamentais cuja calibragem e gama de atuação precisam estar 100% calibradas para que a operação do motor seja eficiente, tanto em termos de desempenho quanto de controle de emissões. Confira na matéria a seguir, uma análise da operação destes componentes

Fotos: Divulgação

Marco Antonio Silvério Junior

C

ada sistema possui valores de referência específicos, e é praticamente impossível ter informações de todos os veículos que possam entrar em nossa oficina. Mas se soubermos como funciona um sensor de temperatura de um sistema, teremos uma base para fazer um análise inicial consistente dos sensores de temperatura da maioria dos modelos presentes no mercado. O mais importante é ter em mente que a busca pela solução de um problema tem de ser feita de forma organizada e baseada em uma sequência lógica. Se não há sinal do sensor não se pode afirmar que ele não está funcionando antes de verificar se há alimentação positiva e aterramento, caso possua. A central eletrônica depende dos sensores para conhecer os parâmetros do motor, como temperatura (do ar e da água), posição do virabrequim,

posição do comando de válvulas, pressão do combustível, pressão do ar, entre outros, para calcular a quantidade de combustível e o momento ideal para realizar a injeção. É também pelos sensores que a ECU interpreta falhas de funcionamento de atuadores e também condições de risco à integridade do motor ou de algum componente, nesses casos a central possui estratégias que vão desde uma limitação ao número de rotações até uma parada total do funcionamento até que o problema seja sanado. Então não é porque a aceleração não responde ao acelerador que o sensor ou atuador do pedal estão defeituosos, também pode ser uma ação da central para evitar danos ao motor. Acompanhe a seguir uma breve descrição dos principais sensores que equipam os sistemas de injeção eletrônica de grande parte da linha de motores diesel:


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consultor rd

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Lembrando que estamos falando dos sistemas em geral, por isso os valores de teste podem variar de sistema para sistema.

Sensor de posição do pedal do acelerador

Sensor de pressão e temperatura do ar do coletor de admissão

Sensor do pedal de aceleração – Tem a função de informar à central a posição do pedal do acelerador, e consequentemente a solicitação do motorista. O sensor recebe uma tensão de referência em cada um dos dois potenciômetros, que varia de acordo com a movimentação do pedal. Os potenciômetros são redundantes, ou seja, caso um apresente valor inesperado, a ECU irá confirmar a informação com o outro.

Sensor de pressão do coletor de admissão – Monitora a pressão do coletor, esta informação é imprescindível para a central regular a quantidade e momento da injeção de combustível, além de avaliar a correta pressão de trabalho do turbocompressor, que nos casos de geometria variável também podem ser controlados pela central. Deve ser avaliada a tensão de referência e a variação do sinal de acordo com os diferentes valores de pressão. Tensão de referência: 5v Pressão - psi

Tensão - v

Atmosférica

0,5

12,5

1,5

% do curso do pedal

Potenciômetro 1

Potenciômetro 2

25

2,5

0 5 10 15 20 25 40 50 60 75 80 100

0,5 0,65 0,8 0,95 1,1 1,25 1,7 2,0 2,3 2,75 2,9 3,5

1,5 1,65 1,8 1,95 2,1 2,25 2,7 3,0 3,3 3,75 3,9 4,5

37,5

3,5

50

4,5

Sensor de pressão do óleo – Um sensor de capacitância variável monitora a galeria principal de óleo para que a central possa tomar medidas de proteção caso exceda o programado, além de controlar a luz espiã do painel. Pressão - psi

Tensão - v

0

0,5

Sensor de temperatura do coletor de admissão – Pode estar junto do sensor de pressão do coletor, e serve para o cálculo da massa de ar que entra no motor, já que a temperatura influencia diretamente em sua densidade. Também é utilizado para o controle da válvula EGR, quando utilizada. Deve ter a resistência e tensão de referência verificada. Resistência: 600 a 1600 ohms Tensão: 5v Sensor de pressão barométrica – Mede a pressão atmosférica para realizar a correção dos parâmetros de acordo com a variação de altitude.

25

1,5

50

2,5

Pressão - psi

75

3,5

14,5

0

4 – 4,5

4,5

13

900

3,5 – 4,3

11,8

1800

3,1 – 3,9

100

Altura - m

Tensão - v

10,5

2700

2,9 – 3,7

9,4

3600

2,5 – 3,3


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Sensor de temperatura do líquido de arrefecimento – O motor tem uma temperatura ideal de trabalho. Antes de atingir essa temperatura, a ECU precisa corrigir a quantidade e momento da injeção de combustível para garantir o bom funcionamento do motor e também acelerar o aquecimento, sem aumentar a emissão de poluentes. A informação também permite à central tomar alguma ação caso a temperatura ultrapasse determinado valor. Para ativar os sistemas de pós-tratamento dos gases de escapamento, a central também depende desta informação. Deve ter a resistência e tensão de referência verificada. Resistência: 600 a 1600 ohms Tensão: 5v

Temperatura - °C

Tensão - v

120

0,5

82

0,75

54

1,5

32

2,5

0

3,6

- 40

4,5

Sensor de temperatura do combustível – A temperatura do combustível é monitorada para ajustar os parâmetros de funcionamento da injeção, mas o combustível tem uma função especial de lubrificar e arrefecer a bomba e outros componentes da linha de alta pressão, por isso caso a temperatura suba além do programado, ações de prevenção serão tomadas. Deve ter a resistência e tensão de referência verificada. Resistência: 600 a 1600 ohms Tensão: 5v

Temperatura - °C

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Tensão - v

120

0,5

82

0,75

54

1,5

32

2,5

0

3,6

- 40

4,5

Sensor de temperatura do ar admitido – Este fica localizado antes do turbocompressor e também serve para cálculo da massa de ar. Deve ter a resistência e tensão de referência verificada. Resistência: 600 a 1600 ohms Tensão: 5v

Sensor de temperatura do sistema de arrefecimento


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Central eletrônica

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Posição do motor (comando de válvulas) – Trabalha variando a frequência e largura de pulso do sinal de acordo com a velocidade e posição do comando de válvulas. Serve também de redundância para o sensor de rotação do motor instalado no virabrequim. Este sinal é a referência da central para o momento da injeção do combustível. Cada montadora pode utilizar diferentes estratégias de funcionamento em seu sistema de injeção, mas, na maioria dos casos, o motor apaga caso perca este sinal.

quantidade e tempo de duração de cada injeção de combustível. Pode estar instalado na parte frontal ou traseira do motor, onde também pode fazer a leitura na cremalheira do volante.

Rotação do motor (virabrequim) – Esta informação é fundamental para a central identificar a velocidade do motor e assim determinar momento,

Sensor de pressão do cárter – Monitora a pressão interna do motor e o correto funcionamento do sistema de ventilação do cárter.

Sensor de contra pressão dos gases de escape – veículos equipados com válvula EGR ou turbina de geometria variável utilizam esta informação para determinar a atuação destes sistemas. Um sensor de pressão é instalado em um tubo acoplado ao coletor de escape.


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