Jornal Oficina Brasil - janeiro 2012

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ANO XXII NÚMERO 251 JANEIRO 2012

LANÇAMENTO

TECNOLOGIA E DESIGN NOS MODELOS LANCER GT, EVOLUTION X E SPORTBACK Pág. 64

REPARADORES ELEGEM AS MARCAS PREFERIDAS C I N AU A P R E S E N TA E S T U D O D E M E R C A D O Q U E AVA L I A A S MARCAS MAIS LEMBRADAS E A TENDÊNCIA DE COMPRA ENTRE OS PROFISSIONAIS DO MERCADO DE REPOSIÇÃO. Pág. 27

EM BREVE NA SUA OFICINA MOSTRA OS PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DESTE MODELO DA MONTADORA ALEMÃ. Pág. 62

AVALIAÇÃO DO REPARADOR

l M AT É R I A S T É C N I C A S l C A D E R N O D UA S R O D A S l C U I D E D O C A R R O



www.oficinabrasil.com.br Janeiro 2012

:: Expediente DIRETOR GERAL: Cassio Hervé DIRETOR COMERCIAL: Eduardo Foz SECRETÁRIA: Solange Ferreira Roberto GERAÇÃO DE CONTEÚDO: Editora: Vivian Martins Rodrigues (MTB 55861-SP) COMERCIAL: Aliandra Artioli (aliandra.artioli@oficinabrasil.com.br) Carlos Souza (carlos.souza@oficinabrasil.com.br), Ernesto de Souza (ernesto.souza@oficinabrasil.com.br) Shelli Braz (shelli.braz@oficinabrasil.com.br) Estagiária: Briza Gomes (briza.gomes@oficinabrasil.com.br) PRODUÇÃO: Assistente: Lucas Martinelli (producao@oficinabrasil.com.br) ONLINE: J1 Agência Digital de Comunicação Analista: Tiago Lins (tiago.lins@oficinabrasil.com.br) FINANCEIRO: Gerente: Junio do Nascimento (financeiro@oficinabrasil.com.br) Assistente: Mariana Tarrega Auxiliar: Rodrigo Castro GESTÃO DE PESSOAS: Daniela Accarini (rh@oficinabrasil.com.br) ASSINATURA E DATABASE: Gerente: Mônica Nakaoka (monica.nakaoka@oficinadireta.com.br) Coordenador: Alexandre P. Abade (alexandre.abade@oficinadiretal.com.br) Assistente: Giovana Consorti (giovana.consorti@oficinadireta.com.br) CENTRAL DE ATENDIMENTO AO LEITOR: Luana Cunha e Talita Araújo De 2ª a 6ª, das 8h30 às 18h Tels.: (11) 2764-2880 / 2881 leitor@oficinabrasil.com.br

3

:: Editorial

O mercado na cabeça

I

niciamos 2012 divulgando o resultado da pesquisa MARCAS PREFERIDAS realizada junto a mais de mil reparadores em todo o território nacional. Este trabalho existe há sete anos e é desenvolvido por nossa CINAU (Central de Inteligência Automotiva), unidade de negócios do Grupo Oficina Brasil dedicada à área de pesquisas de mercado. O intuito deste trabalho é oferecer aos profissionais das áreas de marketing e comercial, que atuam principalmente nas fábricas de autopeças e distribuidoras um estudo sobre a percepção das marcas pelos profissionais que compõe a base geradora de demanda da cadeia de reposição e atuam nas oficinas mecânicas. Considerando que nossa cadeia independente de aftermarket, composta pelos agentes: fabricantes, distribuidores, varejistas e oficinas, opera sob a influência de duas forças básicas, a PUSH (que se manifesta de cima para baixo) representada pelas negociações entre fabricantes e seus clientes distribuidores; na sequencia destes com seus clientes varejistas e posteriormente as oficinas. Já a força PULL forma-se no sentido inverso partindo da oficina. Posto isso fica fácil de entender que nossa pesquisa se propõe a uma análise da força PULL, ou seja, uma análise de um vetor que influencia a curva de demanda a partir da oficina mecânica e compilada neste trabalho estatístico da opinião do aplicador. Importante esclarecer que o trabalho MARCAS PREFERIDAS vai além das conhecidas pesquisas do tipo “top of mind” e inova ao perguntar ao reparador – além da marca que este lembra em primeiro lugar - qual a marca que prefere comprar (buy trend share). Neste sentido vale registrar que ser o mais lembrado nem sempre significa ter o maior share de mercado, porém a lem-

brança compõe uma força positiva que atua em favor da marca privilegiada com este espaço na cabeça do reparador. Por este motivo a equipe da CINAU introduziu esta segunda pergunta, numa tentativa de chegar mais perto do markte share (ainda que não o represente efetivamente), e os resultados são surpreendentes e mostram que o reparador às vezes lembra mais do que efetivamente compra uma marca e vice-versa. Como se trata de um estudo de mercado, este trabalho da CINAU não confere premiações, tampouco promove eventos sociais, mas consiste numa sólida contribuição de nosso instituto de pesquisas para que aprofundemos discussões e estudos sobre as forças que determinam a demanda em nosso mercado de reposição a partir da oficina mecânica (força PULL). Devo dizer também que tanto o top of mind quanto o buy trend share representam apenas a ponta do iceberg da equação que determina a liderança das vendas de uma indústria e dos agentes comerciais da cadeia de reposição. Outros estudos e fontes de informação de mercado devem ser incorporados ao dia a dia das empresas e daí a necessidade do desenvolvimento da área de BI (Business Intelligence). Hoje, em face da concorrência e conflitos na cadeia de aftermarket a área de BI tornou-se uma das mais importantes tanto para indústrias quanto para distribuidores de autopeças e por isso a CINAU oferece serviços neste ramo, assim como indicadores sistemáticos da oficina, dentre estes a pesquisa MARCAS PREFERIDAS, pois o aftermarket nasce neste ambiente e não há como trabalhar com segurança na reposição sem entendermos o que se passa na cabeça do reparador. Boa leitura! Cassio Hervé Diretor

PRÉ-IMPRESSÃO E IMPRESSÃO: Gráfica Oceano

Jornal Oficina Brasil é uma publicação do Grupo Oficina Brasil. Trata-se de uma mídia impressa baseada em um projeto de marketing direto para comunicação dirigida ao segmento profissional de reparação de veículos. Circulando no mercado brasileiro há 21 anos, é considerado pelo Mídia Dados como o maior veículo segmentado do país. Esclarecemos e informamos aos nossos leitores, e a quem possa interessar, que todos os conteúdos escritos por colaboradores publicados em nosso jornal são de inteira e total responsabilidade dos autores que os assinam. O jornal Oficina Brasil verifica preventivamente e veta a publicação do material que recebe, somente no que diz respeito à adequação e ao propósito a que se destina, e quanto a questionamentos e ataques pessoais, sobre a moralidade e aos bons costumes. As opiniões publicadas em matérias ou artigos assinados não apresentam a opinião do jornal, podendo até ser contrária a ela. Nós apoiamos: Filiado a:

DADOS DESTA EDIÇÃO • Tiragem: 58 mil exemplares • Distribuição nos Correios: 56.557 (até o fechamento desta edição) • Percentual de distribuição auditada (IVC): 97,51%

Este produto é impresso na Gráfica Oceano em papel certificado FSC. Trabalhamos comprometidos com o meio ambiente e temos uma ótima impressão do futuro.

COMPROMISSO COM O ANUNCIANTE O Oficina Brasil oferece garantias exclusivas para a total segurança dos investimentos dos anunciantes. Confira abaixo nossos diferencias: 1º. Auditoria permanente do IVC (Instituto Verificador de Circulação) garante que o produto está chegando às mãos do assinante; 2º. Registro no Mídia Dados 2008 como o maior veículo do segmento do País; 3º. Publicação de Balanço Anual (edição de fevereiro 2008 e disponível em nosso site) contendo uma informação essencial para a garantia do anunciante e não revelada pela maioria dos veículos, como o custo de distribuição (Correio); 4º. No Balanço Anual é possível conferir as mutações do database de assinantes comprovando permanente atualização dos dados de nossos leitores; 5º. Oferecemos mecanismos de marketing direto e interativo, que permitem mensuração de retorno por meio de anúncios cuponados e cartas resposta; 6º. Certificado de Garantia do Anunciante, que assegura o cancelamento de uma programação de anúncios, a qualquer tempo e sem multa, caso o retorno do trabalho fique aquém das expectativas do investidor; 7º. Anúncios do tipo Call to Action (varejo), em que é possível mensurar de forma imediata o retorno da ação. Para anunciar ou obter mais informações sobre nossas ações de marketing direto fale com o nosso departamento comercial pelo telefone (11) 2764-2852.


:: carros 64

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índice

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Lançamento Lancer GT/EvolutionX, Sportback

Janeiro 2012

Andap/Sicap: almoço de confraternização

:: TÉCNICAS 54

diagramas gol geração 5 e voyage 1.0 8v vht total flex Valter Ravagnani

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CADERNO DUAS RODAS Paulo José de Sousa

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transmissão automatizada dsg veículos audi/vw a partir de 2005 Carlos Napoletano Neto

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controle das emissões Humberto Manavela

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defeito intrigante: vw gol, parati e kombi 1.0 8/16v e 1.6 Marcos Sarpa

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sistema de freio antiblocante abs pajero tr4 2.0 16v 2004 - aula 40 Pedro Luiz Scopino

34 :: colunas 6

oficina Brasil On Line Tudo que acontece no site

67

avaliação do reparador Volkswagen Gol G5

72

consultor ob Carbonização em motores tem solução, sim - Parte 2

:: reportagens 8

Entrevista Murilo Moreno, diretor de marketing da Nissan

27

especial marcas preferidas Estudo de Mercado da CINAU

42

cuide do carro Dicas de reparação para as férias

Entidades do aftermarket automotivo, representantes das fábricas de autopeças e distribuidores reuniram-se para comemorar os 40 anos da Andap.

:: Opinião do leitor Agradecimento I Muito obrigado agradeço a vocês pelas matérias que são de suma importância para nossa equipe no dia a dia. Abraços. Auto Mecanica Billy William Julio Mendes

:: Números CAL (Central de Atendimento ao Leitor) Motor 100% Parabéns pelo excelente meio de comunicação que é o Jornal Oficina Brasil para todos os reparadores ligados ao meio automotivo. Sou assinante do Jornal desde o tempo que se chamava Motor 100% e guardo todos os exemplares até hoje. Um grande abraço.

Agradecimento II Agradeço aos funcionários e colaboradores do Jornal Oficina Brasil pelos jornais que recebi em 2011. Zilmar de Freitas Cabral

Vianei Dalagnol Tapejara/RS

Resposta da redação Agradecemos a todos os leitores pelo contato no Fórum, site, redes sociais, cartas e telefone e convidamos você a enviar sua opinião. Colabore para que o Jornal Oficina Brasil possa, com a sua ajuda, levar sempre a informação que você precisa em sua oficina. Feliz 2012!

MeioS de contato Cartas.....................................................................0 E-mails............................................................2 Telefonemas...........................................146 Fax...................................................................0 Site..............................................................1.287 Total...........................................................1.435

Solicitações Assinaturas....................................................575 Alterações de cadastro.........................492 Outras............................................................382 Total..................................................1.449 Dados referentes ao período de 01/12 à 31/12/2011

:: Orientações sobre assinaturas Para receber o Oficina Brasil Nosso jornal é distribuído gratuitamente para profissionais que atuam no aftermarket automotivo brasileiro. Para recebê-lo siga as instruções: 1) acesse o site www.oficinabrasil.com.br; 2) antes de iniciar o processo de preenchimento do cadastro, tenha o nº do seu CPF em mãos; 3) no menu da página principal, na parte da “Central de Atendimento ao Leitor”, selecione a opção “Para receber o Jornal”; 4) preencha todos os campos da ficha corretamente. Obs: Após a avaliação dos seus dados, em uma operação que leva em média 30 dias, caso esteja tudo correto com seu cadastro, você passa a receber o jornal no endereço indicado. Aos que já são assinantes É importante avisar a Central de Atendimento ao Leitor, pelo telefone e e-mail indicados abaixo ou por meio do site, qualquer alteração de endereço ou dados. Esse procedimento é indispensável para que você continue recebendo o jornal. Neste caso você deve acessar o site e clicar na opção “Alteração de cadastro” e seguir as instruções. Caso receba uma carta solicitando seu recadastramento, faça-o imediatamente acessando a área “Recadastramento no Jornal”, caso contrário sua assinatura será cancelada. Para mais informações, entre em contato com a Central de Atendimento ao leitor, de 2ª a 6ª das 8h30 às 18h nos telefones (11) 2764-2880 ou (11) 2764-2881, ou envie um e-mail no endereço leitor@oficinabrasil.com.br Oficina Brasil: Rua Joaquim Floriano, 733 – 1º andar – Itaim Bibi – São Paulo SP – CEP 04534-012


Termostato Anticongelamento Procedimento de análise – Parte 1 Modelos: Fiat T.T. com ar-condicionado – Motorização 1.0/1.4 – Exceto Uno/Fiorino

E

ste procedimento evita a troca indevida do componente e, principalmente, facilita o diagnóstico no que diz respeito à praticidade e rapidez de análise, sem a necessidade de remoção da caixa de ar-condicionado do veículo. Para isso, basta seguir os passos abaixo:

Termostato O termostato é um interruptor acoplado a um sensor térmico. Com o aumento ou redução da temperatura no bulbo-sensor, por onde passa o ar de saída da colmeia do evaporador, ocorre uma dilatação ou contração do sensor térmico.

Como consequência, conecta ou desconecta os contatos. Quando a temperatura abaixa (aprox. 1,5°C ± 0,3°C), os contatos se abrem

e interrompem o sinal enviado à central que, em conjunto com outros componentes (Max fuse, relé e sensor linear), desligam a e m b r e a g e m d o c o m p r e s s o r, protegendo o evaporador contra congelamento. A seguir apresentaremos uma forma simples de identificar se o termostato é a peça-causa de um inconveniente do sistema arcondicionado, antes de realizar intervenção de retirada do conjunto caixa de ar do veículo para troca. Ao se pressionar o botão de acionamento do ar-condicionado, conforme foto abaixo, o floco de neve deve estar iluminado, indicando que o sistema está em funcionamento. A embreagem do compressor deve ser atracada, mas se isso não acontecer, verifique se o termostato está ou não com funcionamento irregular, procedendo conforme se segue.

Ainda com o botão do comutador do ar-condicionado pressionado, desconectar o chicote do termostato suspeito e conectar em outro termostato novo.

Fazendo este procedimento, se o termostato for a peça-causa do inconveniente, com a troca, a embreagem do compressor deve atracar e o sistema voltar a refrigerar. Nesse caso, a peça anômala poderá ser trocada e o veículo liberado. Veremos em próximo artigo como determinar se o termostato está procedendo ao correto desligamento da embreagem do compressor.


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DICA PARA COMEÇAR O ANO COM FOCO NO CONHECIMENTO

O

s usuários do site não podem perder esta dica para começar o ano de 2012 buscando conhecimento. Durante o ano de 2011, o setor de reparação automotiva independente apontou a qualificação profissional e a falta de mão de obra como uma de suas preocupações. Em 2012, o reparador deve buscar meios de reciclar e ampliar os seus conhecimentos. Pensando nesta realidade do mercado a TV Oficina Brasil disponibiliza no site os seus vídeos aulas. A área de vídeos da TV Oficina Brasil no Oficina Brasil On-line acumula mais de 140 horas de aulas técnicas e tem ainda mais de mil horas de dicas técnicas

sobre os diversos sistemas automobilísticos que serão postados nestes próximos meses. Há treinamentos sobre motores V W, Fiat, Ford, GM, Peugeot, Nissan e outras montadoras, além de procedimentos de desmontagem e montagem, diagnósticos e reparos dos diversos sistemas mecânicos e eletrônicos aplicados aos veículos. Ao navegar pela área de vídeos, o reparador encontrará as dicas do Prof. Flávio Xavier. Este é um exemplo das diversas aulas disponíveis, que trazem o correto entendimento das teorias fundamentais do sistema de ignição e recheadas dicas de diagnósticos e a prática do dia a dia. Há também aulas para donos de

oficina, como a ministrada pela instrutora do SENAI Ipiranga para assuntos jurídicos, Dra. Alessandra Morais, que indica as formas legais e mais fáceis para recuperar créditos. Certamente muitos dos reparadores têm diversas dúvidas sobre como conduzir e administrar sua oficina. Há aulas dedicadas a este assunto, e muitos outros.

Aguarde! Em 2012, a TV Oficina Brasil trará novidades on-line. Acesse a área de vídeos no site e descubra a ampla possibilidade de aulas técnicas.

www.youtube.com/OficinaBR

TOP 5 Veja quais foram as cinco matérias mais acessadas pelos leitores do site Oficina Brasil On-Line

1º - Carbonização em motores Parte 1 934 acessos 2º - LANÇAMENTO - Novo Palio cresceu e melhorou 614 acessos 3º - Dia do Reparador: Estudo, dedicação e amor pela profissão 504 acessos 4º - ESPECIAL - Linha Francesa 483 acessos 5º - Sistema de freio antiblocante ABS - Sistema ABS Audi A6 QUATTRO 97 2.8. - Aula 39 460 acessos



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entrevista

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entrevista

Maldição do pônei trouxe bênção para Nissan Fundada no Japão em 1933, a Nissan é reconhecida mundialmente pela qualidade dos produtos, excelência em engenharia e por desempenhar um papel importante em diferentes áreas, utilizando avançada tecnologia. Em 1999, uma aliança com a Renault permitiu a união de forças e o estabeleciment o de u ma pa rce r ia sól id a , que tornou o grupo a terceira maior montadora de veículos do mundo. Somente em 2010, por exemplo, a Renault-Nissan vendeu 7,276 milhões de veículos. A aliança permitiu ainda o compartilhamento de plataformas, fábricas e componentes, promovendo uma importante sinergia operacional. Atualmente a Nissan produz veículos e componentes, como transmissões e motores, em 40 fábricas em mais de 20 países, incluindo o Japão. A empresa conta com mais de 10 mil pontos de vendas, oferece serviços e produtos em mais de 160 países. Também possui 13 Centros de Pesquisa e Desenvolvimento e 5 estúdios de Design, espalha-

Fotos: Divulgação

Vivian Martins Rodrigues

A Nissan recebeu durante o ano de 2011 diversos prêmios na área de comunicação e entrevistamos Murilo Moreno, diretor de marketing, que em dezembro recebeu o prêmio personalidade de marketing do Top de Marketing, entregue pela ADBV-PR dos pelos 5 continentes. Para toda esta estrutura funcionar, a Nissan emprega mais de 155 mil pessoas.

A empresa tem preocupação de liderar mundialmente discussões sobre as vantagens dos veículos elétricos, que não

emitem poluentes. Com um histórico de pesquisas sobre o tema, a Nissan lançou, em dezembro de 2010, o Nissan

LEAF, primeiro veículo 100% elétrico a ser comercializado em grande escala, que vendeu mais de 20 mil unidades em seu primeiro ano de mercado. Utilizando baterias de íon-lítio, o modelo elétrico tem autonomia para percorrer até 160 km, sem nenhuma emissão de poluentes - não tem sitema de escape. Ao mesmo tempo, a Nissan está à frente do movimento que busca parcerias com o poder público e a iniciativa privada para incentivar o uso deste tipo de veículo, firmando acordos em diversas cidades e países. Um deles foi assinado em abril de 2010 com a Prefeitura Municipal de São Paulo, com o objetivo de encorajar o desenvolvimento de infraestrutura e de oportunidades necessárias para colocar o Nissan LEAF nas ruas da cidade. No brasil Presente no Brasil desde 2002, quando começou a fabricar a picape Frontier em São José dos Pinhais (PR), a Nissan tem crescido significativamente nos últimos anos. A empresa pretende atingir 5% de participação de mercado até

continua >>



2014. Para isso, deve lançar dez produtos no mercado brasileiro até 2016. Lançados em 2011, o Nissan March e o Nissan Versa marcaram a entrada da empresa nos dois segmentos de maior volume do mercado brasileiro, o de hatches compactos e o de sedãs compactos. A expansão da rede de concessionárias da Nissan no Brasil também vai contribuir muito para a maior competitividade. A Nissan opera hoje com 122 lojas em todo o País e tem planos de aumentar esse número para mais de 239 até 2016. Outro pilar deste plano de crescimento é a nova fábrica da Nissan em Resende, cidade no sul do Estado do Rio de Janeiro, cuja construção foi anunciada em outubro de 2011. Prevista para entrar em operação em 2014, e com capacidade de produzir 200 mil carros por ano, a nova unidade terá o investimento de R$ 2,6 bilhões, criando 2 mil postos de trabalho diretos e quase a mesma quantidade indiretamente. A linha de montagem de São José dos Pinhais (PR) continuará a produzir os modelos da família Livina, Frontier e Frontier Attack. A Nissan recebeu durante o ano de 2011 diversos prêmios na área de comunicação e entrevistamos Murilo Moreno, diretor de marketing, que em dezembro recebeu o prêmio personalidade de marketing do Top de Marketing, entregue pela ADBV-PR. Jornal Oficina Brasil: Fale sobre a sua história com a Nissan e sua atual posição na empresa.

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entrevista

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“Os resultados da Nissan em 2011, tanto em vendas como de campanhas de marketing como “Pôneis Malditos”, comprovam que estamos no caminho certo”.

Murilo Moreno: Sou form a do e m pu bl icid a de p ela Universidade Federal de Minas Gerais, e mestre em marketing pela Universidade Federal de Santa Catarina. Entrei na Nissan do Brasil em janeiro de 2010, quando assumi o posto de diretor de marketing, com importantes m issõ e s: ajud a r a t or n a r a marca mais con hecida para o consumidor brasileiro e a atingir 5% de participação de mercado até 2014. Os result ados da Nissan comprovam. Em 2011, a marca vendeu 67.284 ca r ros, 88% mais que em 2010. Outro ponto forte foram as campanhas de varejo, como a dos “Pôneis Malditos”, que ajudou a vender mais picape Frontier.

JOB: Qual o nível de naciona l i z aç ão do s ve ícu lo s comercializados no Brasil? Murilo: Dos veículos comercializados pela Nissan do Brasil, dois são produzidos localmente: a linha Livina e a picape Frontier. A família Livina (Livina, Grand Livina e X-Gear) tem 75% de índice de nacionalização, enquanto na Frontier é de 66%. Ambos são produzidos em nossa linha de montagem em São José dos Pinhais (PR), que tem capacidade para 59 mil veículos/ano. JOB: Os lançamentos dos últ imos anos aumentaram a participação da Nissan no mercado brasileiro. De quanto foi este crescimento? Murilo: A Nissan do Brasil

tem apresentado um constante e v igoroso c re sci me nt o no mercado nacional nos últimos anos. Em 2010, por exemplo, o crescimento foi de 54,6%. E, no ano passado, crescemos 88% sobre este resultado. A Nissan atingiu, em dezembro de 2011, a inédita marca de 11.700 unidades vendidas em um mês e 3,6% de market share (no mês). Para se ter uma ideia, em dezembro de 2009 a marca vendeu pouco mais de 1.700 carros e tinha 0,8% de participação. O crescimento neste período nos levou da 13ª colocação entre as marcas mais vendidas para a 7ª em dezembro de 2011, depois dos lançamentos do March e do Versa. Junto com o March, primei-

ro compacto popular japonês do Brasil, e com o sedan compacto Versa, também primeiro representante japonês neste segmento, f izemos diversas ações de marketing, como os “Gritos”, campanhas de varejo curtas e com forte impacto, e propagandas marcantes. Um “Grito” famoso é o dos “Pôneis Mald itos”. Soma ndo isso à qualidade de nossos veículos, atingimos esse crescimento expressivo. Como a Nissan entrou em novos segmentos no ano passado, atingimos um público maior. Em out ubro, mês de lançamento do Nissan March ve nd e mo s 1. 221 u n id a d e s , marca 38% superior às nossas expectativas iniciais. Em novembro, o March alcançou 2.261 carros e, em dezembro, 3.232 unidades. O Versa emplacou 824 unidades em novembro, com apenas 15 dias de vendas, resultado muito acima de outro concorrente direto lançado na mesma época. E o sucesso se confirmou em dezembro, com 2.394 unidades emplacadas. São números que deixam a Nissan do Brasil ainda mais otimista com


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Gasolina Àlcool Gasolina Gasolina Àlcool Gasolina Àlcool Sem ar Com ar Gasolina Gasolina

1.3 1.3 1.3 MPI Fire

1.5 1.5 1.5 SPI 1.5 SPI 1.5 MPI 1.5 MPI

1.6 1.6 MPI

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ANO

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Novas Embalagens!

**VT350.87 REFIL

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N/A 4052

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SENSOR PAINEL****

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3041-3042-3046-3071 3041-3042-3046-3071 N/A

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SENSOR PAINEL****

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itens em nossos Catálogos!

Confira outros

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MÓDULO

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PARTIDA frio

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708 (s/ar) - 727 (c/ar) 708 (s/ar) - 727 (c/ar) 726 726 726 726

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708 (s/ar) - 727 (c/ar) 708 (s/ar) - 727 (c/ar) N/A

VT 208.82 VT 208.85 VT 349.87**

INTERRUPTOR-RADIADOR

708 (s/ar) - 727 (c/ar) 708 (s/ar) - 727 (c/ar) 726 726 726 726 N/A N/A

VT 208.82 VT 208.85 VT 210.82 VT 210.85 VT 269.87* VT 270.87* VT 349.87** VT 349.87**

TERMOSTATO

INTERRUPTOR-RADIADOR

TERMOSTATO

*VT244.87 REFIL

Flex Flex

1.0 EVO Fire 1.4 EVO Fire

N/A não se aplica

COMBUSTÍVEL

MOTOR

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/95 /95 95/99 95/99 99/00 99/00 00/08 06/

ANO

UNO

Gasolina Àlcool Gasolina Àlcool Sem ar Com ar Gasolina Flex

1.0 1.0 1.0 SPI 1.0 SPI 1.0 MPI 1.0 MPI 1.0 MPI Fire 1.0 MPI Fire

NOVO

COMBUSTÍVEL

MOTOR

N/A N/A

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N/A N/A 7429

N/A N/A 7452 7452 7446 7446 7429 7429

IAC

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BOBINA

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7950 7950 7950 7950 7950 7950 -

BOBINA

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LAMBDA

N/A 7813.45.035

N/A N/A 7813.40.030 7813.40.030 7834.40.097 7834.40.097

N/A N/A 7834.40.097

N/A N/A 7813.40.030 7813.40.030 7813.40.030 7813.40.030 7834.40.054 7834.40.035

LAMBDA

* Imagens meramente ilustrativas.

N/A N/A

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entrevista

12 relação ao seu futuro.

“Para alcançar a marca de 5% de participação no mercado brasileiro de automóveis, a Nissan aposta no sucesso de lançamentos como o compacto March e do sedã compacto Versa, e na expansão da rede de concessionárias”

JOB: Com a chegada do Nissan March, qual a projeção de crescimento? Murilo: A Nissan do Brasil tem o objetivo de conquistar 5% de market share até 2014 e se tornar a maior empresa asiática atuando no mercado nacional. O March e o Versa têm papel fundamental nesse crescimento, pois são os responsáveis por levar a qualidade e a tecnologia da Nissan a muito mais brasileiros. JOB: O presidente da Fenabrave (Federação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Sérgio Reze, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo em 10 de novembro de 2010, afirmou que as concessionárias têm capacidade de atend i mento de 25% a 30% dos carros que representam. Esses dados tendem a aproximar a montadora do reparador independente? Fale sobre isso. Murilo: A Nissan ainda não tem um relacionamento direto com reparadores independentes, que realizam serviços em carros da Nissan. A frota circulante da marca é pequena, o que faz com que o porcentual de fora da rede Nissan não seja representativo. Eventualmente o que acontece é a troca de óleo ser feita em postos ou oficinas independentes. Estamos trabalhando para termos preços

cada vez mais acessíveis e uma disponibilidade ainda maior de peças. JOB: Qual é o número de concessionárias hoje? Murilo: A Nissan do Brasil possui atualmente 122 concessionárias em todo o país. Nosso objetivo é chegar a 180 até o fim do ano. JOB: A Nissan foi muito feliz com a agência de publicidade que produziu a campanha “Pôneis Malditos” para a Frontier. Qual foi a proporção desta ação publicitária? Murilo: A campanha dos ‘Pôneis Malditos’ foi realmente um sucesso, conquistando 13 importantes prêmios da comu-

nicação e ajudando a Nissan a receber o prêmio ‘Caboré’ na categoria ‘Anunciante’, que é considerado o ‘Oscar’ da publicidade brasileira. Também recebeu o ‘Yahoo! Big Idea Chair 2011’. Sem falar o sucesso na internet, com mais de 14 milhões de views no YouTube. O mais importante, no entanto, é que a campanha ajudou muito as vendas da Frontier. Para se ter uma ideia, a campanha foi ao ar dia 29 de julho. Naquele mês foram vendidas 1.144 unidades da Nissan Frontier. Em agosto, este nú mero saltou para 1.487. Agora em dezembro batemos o recorde, com 1.663 emplacamentos da nossa picape.

JOB: Fale sobre as metas e desafios da montadora para 2012. Murilo: Em 2010, a Nissan traçou um consistente plano de crescimento para o mercado brasileiro e os resultados já começam a aparecer. Para 2012, nosso principal desafio é o crescimento da nossa rede, aumentando ainda mais a nossa cobertura geográfica. Para sustentar seu crescimen-

to, a Nissan também aposta nos compactos March e Versa, na qualidade dos produtos de sua linha e em lançamentos - serão 10 modelos até 2016. Outro pilar deste plano é a nova fábrica da marca, anunciada em outubro pelo CEO da Nissan, Carlos Ghosn. Ela será construída no município fluminense de Resende e começa a operar no primeiro semestre de 2014 com a produção do Nissan March.



EM FOCO

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EM FOCO

Heliar lança socorro 24 horas Mais, para carro e moto com atendimento móvel Em mais uma ação inédita e diferenciada no mercado brasileiro, a Baterias Heliar anuncia o lançamento do socorro Heliar 24 Horas Mais, criado para carros e motos que apresentem pane elétrica ou mecânica. O 24 Horas Mais é destinado, principalmente, a veículos e motos que não contam com a cobertura de seguro e que, por isso, podem ficar sem atendimento imediato nas ruas congestionadas das cidades ou mesmo nas estradas. Além dessa cobertura, o socor ro 24 Horas Mais apresenta out r a s i novações i mpor t a ntes, como a aquisição pela internet e a disponibilidade a veículos e motos equipados com bateria de qualquer

marca. É apresentado em quatro opções de serviço: Socorro Elétrico Heliar 24 Horas Mais Auto; Socorro Mecânico Heliar 24 Horas Mais Auto; Socorro Elétrico e Mecânico Heliar 24 Horas Mais Auto, e Socorro Elétrico Heliar 24 Horas Mais Moto. O ser viço foi idealizado em parceria com a Mondial Assistance, empresa de prestígio internacional em serviços de atendimento aos usuários de veículos. Outro beneficio é a facilidade de aquisição com pagamento dividido em 12 parcelas. O custo mensal de cada programa individual é de R$ 14,58, enquanto o socorro combinado, para cobertura de pane elétrica e de mecânica, é de R$ 16,58.

COMO FUNCIONA A compra do Heliar 24 Horas Mais deve ser feita por intermédio do site www.heliar.com.br com acesso pelo link correspondente e seguindo as orientações disponíveis. Em caso de pane do veículo ou da motocicleta, deve-se ligar para o telefone 0800-707-0359 e informar o número da apólice e a localização do veículo. Se não for possível finalizar o atendimento, o veiculo será transportado para um local de preferência do proprietário num raio de 200 quilômetros da ocorrência. O socorro mecânico não inclui possíveis custos com reparos e peças e o atendimento é limitado a duas chamadas durante o período de vigência do contrato.


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em foco

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De 21 a 26 de Novembro ocorreu a semana do parceiro do grupo GOE, e a SYL fabricante de grande renome de sistemas de freio, com destaque para as pastilhas de freio e o site com aplicativo. Todas as oficinas integrantes do Grupo GOE estiveram caracterizadas com camisas SYL, com folders sobre a importância da manutenção dos sistemas de freio e banners destacando os produtos da empresa. Uma dica sobre o produto do parceiro e que deve ser destacada a todas oficinas mecânicas do Brasil é o site da SYL, (www. syl.com.br) que através de um simples aplicativo instalado em qualquer computador ligado à internet, permite sempre a consulta do componente fabricado pela SYL como as pastilhas, sapatas e discos, e é possível fazer buscas por código original ou de outro fabricante, além de visualizar a peça e suas dimensões. Assim fica muito mais fácil e exato pedir pelo

A li n ha de lubr if icantes ACTEVO, para motos 4T, que já contava com a revolucionária tecnologia TRIZONEä, desenvolvida pela Castrol para garantir adequada proteção do motor, embreagem e transmissão, aperfeiçoa ainda mais sua fórmula que contém agora, Moléculas de Proteção Ativa, que protegem até quando a moto est á desl iga d a. A lém disso, a linha ACTEVO ganha mais um lubrificante, Castrol ACTEVO EXTRA 4T 10W-30 que proporciona economia de combustível e menor emissão de gases poluentes. Para motos quatro tempos (4T), a Castrol oferece uma linha de óleos lubrif icantes adequada a cada finalidade de uso - desde as mais potentes até as para transporte diário - que garante sua perfomance, durabilidade e resistência. Todos os lubrificantes que já contavam com a exclusiva tecnologia TR IZON Eä gan ham, agora, moléculas de proteção ativa. A nova e exclusiva tecnologia desenvolvida pela Castrol, com Moléculas de Proteção At iva , prop or cion a efet iva proteção contra o desgaste e maior vida do motor, através da formação de película de lubrificação permanente, mesmo quando a moto está desligada. Isto significa proteção constante, em todas as situações, principalmente durante a partida, responsável pela maior parte do desgaste do motor. A família ACTEVO com tecnologia TRIZONEä e moléculas de proteção ativa conta com três lubrificantes: Castrol ACTEVO GP 4T 20W-50, óleo de base mineral, o semissintético Castrol ACTEVO EXTRA 4T 20W-50 e o novo Castrol ACTEVO EXTRA 4T 10W-30. Castrol ACTEVO EXTRA 4T 10W-30 é um lubrificante semissintético também com a exclusiva tecnologia de moléculas de proteção ativa, desen-

Semana SYL - PEGHASUS

código SYL. E ainda a atualização é constante e automática.

Os parceiros GOE para o ano 2011 são:

As oficinas integrantes do GOE são:

MTE-THOMSON, Dayco, Sabó, SYL, Delphi, Viemar, TC Chicotes, Power Clean, SKF, Sachs, NGK e Ecosolution.

Auto Mecânica Scopino, Servicar, Peghasus, Foxcar, Tecnicar, Pardal Motores, Vera Lúcia, Megacar, João Alberto, Jorde Hidemassa, Brasil, Auto Check-up e Mingau.

Contato para ser parceiro GOE 2012 em marta@goe.etc.br ou no site: www.portalgoe.com.br

Legislações ambientais fazem do turbo o principal equipamento para a redução da emissão de dióxido de carbono. A Honeywell Turbo Technologies anunciou que vai superar a produção de 10 milhões de sistemas de turbocompressores em 2012. Segundo José Rubens Vicari, diretorgeral da Honeywell na América do Sul, o crescimento é motivado pela necessidade de as fábricas de automóveis e veículos comerciais atenderem aos limites de emissões dos motores de combustão impostos em todo o mundo. O Brasil participará desse volume com cerca de 300 mil unidades. Vicari acrescenta que a adoção do turbocompressor será crescente pelas vantagens que proporciona ao meio ambiente.

Divulgação

Honeywell anuncia que vai produzir mais de dez milhões de turbos em 2012

Para reforçar a previsão de ampliação do uso do turbo para os próximos anos, o dirigente explica que, no último Salão do Automóvel de Frankfurt (Alemanha), 75% dos novos modelos apresentados pelas fábricas tinham motores equipados com sistema de turboalimentação.

Salienta que os limites impostos aos fabricantes de veículos determinaram o processo de downsizing, que é a redução do tamanho e da capacidade cúbica dos motores com o auxílio do turbocompressor e do sistema de injeção direta de combustível.

Divulgação

Linha Actevo da Castrol para motos é reformulada Divulgação

SYL é o destaque da Semana do Parceiro GOE

Semissintético Castrol ACTEVO EXTRA 4T 20W-50

volvido para atender a demanda de alguns dos principais fabricantes de motos, que produzem motores com menores folgas, que trabalham sob condições severas e que também estão empen hados na redução do consumo de combustível e em produzir emissões mais limpas. Castrol ACTEVO EXTRA 4T 10W-30 oferece maior resistência às altas temperaturas e ao envelhecimento, mantendo suas características originais de desempenho por mais tempo. Proporciona ef icaz proteção contra o desgaste e otimiza o funcionamento do conjunto motor, embreagem e transmissão. O novo lubrificante atende às especificações API SJ e JASO MA2 e está disponível em embalagem de 1 litro. A n ov a l i n h a AC T E VO AG OR A AT E N DE TODAS AS ESPECIFICAÇÕES DAS MAIOR ES MONTADOR AS DE MOTOS e pode ser encontrada, em todo o país, em lojas Castrol Moto Point, postos de gasolina, concessionárias, oficinas, pontos de troca de óleo, oficinas de motos e lojas de moto peças.


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EXPERT X-8 - Equipamento de múltiplas funções

MONOGÁS-TESTER Analisador de gases

TOV 7000 - Equipamento para troca de óleo à vácuo ou gravidade

MVC 5000 - Equipamento para medir vazão de cilindro de motor

HAND-VÍDEO SCOPE/GII Endoscopia automotiva

TOTAL SANITIZADOR HL Higienizador do ar condicionado e do sistema de ventilação

MFU R134 - Manifold R134 para gás

BVM 6000 - Gerador de vácuo manual

BVM 8000 2 em 1 - Gerador de vácuo e pressão

LANÇAMENTO

LIMPEZA DE INJETORES

LIMPEZA DE INJETORES

VAZÃO DE BOMBA

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RADIADOR

TQ 500 - Torquímetro

LB 10000 - Testes e limpeza ultrassônica de bicos injetores

LB 10200 - Testes e limpeza ultrassônica de bicos injetores

TVP 4000 - Equipamento de teste de pressão da bomba

TVPA 4500 - Equipamento para medir pressão e vazão da bomba elétrica

SA 700 - Equipamento para teste de arrefecimento para radiadores comuns e selados

Corpo de borboleta eletrônico

Corpo de borboleta semi-eletrônico

Acelerador eletrônico

Motor de Passo

TPS AML, inclusive Astra

Pulsador bicos

LANÇAMENTO

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BOBY GII - Testador de corpo de borboleta eletrônico

D 1500 - Decibelímetro Equip. digital para medir nível sonoro, para inspeção veicular

DT 100 - Detector de espessura

Cuba de 1 L

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ou

ou

Corpo de borboleta eletrônico

Corpo de borboleta semi-eletrônico

Cuba de 3 L

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RADIADOR SA 2000 - Equipamento para teste de arrefecimento

RADIADOR TAR 3000 - Equipamento elétrico para limpeza e troca do liquido de arrefecimento

RUÍDOS ES 1000 - Estetoscópio

MOTOR PASSO/ATUADOR

TERMÔMETRO TIR 5000 - Termômetro infravermelho Mira a Laser

CABO DE VELA TCV 1000 - Testador de cabo de vela estilo caneta

LAVAGEM VEICULAR SHP 5000 - Shampoozeira eletrônica

AR-CONDICIONADO IVAC 2000 - Identificador de vazamento de Gás de Ar-Condicionado

DECADA RESISTIVA DRT 3500 - Simulador decada resistiva por tela

INJETORES SA 2000 - Equipamento para teste de arrefecimento

CÂMARA DO PISTÃO CVT VACUM - Gerador de vácuo pneumático

FAROL ALF 3000 - Alinhador de farol

ILUMINARIA LAF - Pendente Fluorescente

CONSUMO CAS 1000 - Medidor de consumo e socorro para motores injeção eletronica

FREIO SG 1200 - Sangrador de freios por controle de fio

FREIO FF 1500 - Teste de fluido de freio

SONDA LAMBDA MFL 3000 - Analisador e simulador de sonda lambda

BATERIA AP 1000 - Auxiliar de partida

MPA 4000 - Testa e aciona o Motor de Passo e Atuador da Marcha Lenta

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Possuímos Assistência Técnica em vários Estados do Brasil

CONVERSOR COMBUSTÍVEL

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ROTAÇÃO MOTOR

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BIOFLEX ECO - Conversor Bicombustível Multiponto

ECONOPOWER - Exclusivo sistema de pontencialização na faísca da vela

MPO 500 - Medidor de pressão de bomba de óleo

CLB 750 - Calibrador digital para pneus de parede

ADM 8000 - Analisador digital de motores

ADM 8700 - Analisador digital de motores

PP 2000 - Pistola de ponto indutiva com avanço digital

IDS 1000 - Injetor de sinal simulador do sensor de rotação

TSI 1000 - Teste de sensores

DETECTOR DE RUÍDOS

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INJETORES

APLICADOR

BATERIA

CUBAS ULTRA-SÔNICA

CABO DE VELA

SCANNER

ETE 2000 - Estetoscópio eletrônico

SVD 1000 - Simula e testa sensores com voltímetro digital

PHOTOCAN USB Endoscopia

LI 3000 - Limpador de injetores no local

ALC 001 - Aplicador de mangueira espiral na tampa e bomba de combustível

TB 1000 - Teste de bateria de 500 amperes

Cuba ultra-sônica com pulsador de RPM variável

CT 001 - Centrelhador

SC 7000 - Sistema de comunicação e analise da injeção eletrônica

LINHA DIESEL CM 1000 - Pulsador eletrônico para bicos a Diesel

LINHA DIESEL CM 1400 - Equipamento pneumático para teste de pressão

Cuba de 1 L

MEDIDOR DE COMPRESSÃO MC 1000 - Medidor de compressão

VAZÃO CILINDRO MVC 3000 - Equipamento para medir vazão de cilindro

POLARIDADE DE CABOS CPO 200 - Caneta de polaridade com LED

LINHA MOTO LB MOTO - Teste e limpeza ultrassônica de bicos injetores

LINHA MOTO LB 14000 MOTO - Teste e limpeza ultrassônica de bicos injetores

LINHA MOTO TVP MOTO - Equipamento de teste de pressão

Cuba de 3 L

LINHA DIESEL CM 60 - Teste de bico Diesel Mecânico e Commom Rail

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LINHA DIESEL

M 2000 - Equipamento para medir a pressão da linha de combustível

LINHA DIESEL

TCR 300 - Teste de válvulas injetoras Diesel, sistema Commom Rail

LINHA DIESEL

MBA 500 GII - Medidor de pressão da bomba auxiliar

LINHA DIESEL

SA 3000 - Equipamento para teste de arrefecimento

LINHA DIESEL

TID 500 - Testador de intercooler para caminhões

LINHA DIESEL

PP 3000 - Pistola de ponto indutiva para Gasolina e Diesel

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MPO 2000 - Medidor de pressão da bomba de óleo

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MCD 2000 - Medidor de compressão

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SC 9000 - Sistema de comunicação e analise da injeção eletrônica caminhões

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17 - Funções

Atuador de marcha lenta

Corpo de borboleta eletrônico

Acessórios Inclusos ou não nas máquinas de limpeza de bicos Acessórios inclusos:

Estrobo: Melhora a visualização do leque.

Marcador comparativo para antes e após limpeza.

Adaptador Honda Suzuki e Yamaha

Flauta Padrão

Suporte Retrolavagem

Adpatador Monoponto

Chicote Atuadores Astra

(*)

(*) - (**) - (***)

(*)

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(*) - (**) - (***)

TPS

Tampa da cuba

(*) - (**) - (***)

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Adaptador Palio/ MI

Suporte Injetores

Adpatador Tipo / Golf

Chicote Motor de Passo

Marcador comparativo

Chicote corpo de borboleta

Manual

Estrobo

(*) - (**) - (***)

(*) - (**) - (***)

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(*) - (**)

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Testes efetuados: Pedal eletrônico (*) - (**)

Motor de Passo

TPS (*) - (**)

(*) - (**) - (***)

Atuador de marcha lenta (Astra)

Atuador de marcha lenta (*) - (**) - (***)

(*) - (**) - (***)

Pulsador bicos (*) - (**) - (***)

Acessórios Opcionais: Suporte de bico gás | Adaptador Blazer | Adaptador Subaru | Adaptador Nissan | Adaptador Kia, Sephia e Suzuki | Supfer Blazer | Kit Moto | Kit cabos do corpo de borboleta | Cabo do pedal eletrônico | Cabo TPS

(*) Inclusos na LB - 25000/GII -

(**) Inclusos na LB - 14500/GII - EST - (***) Inclusos na LB - 14000/GII - EST

LB-14.500/GII - EST

Melhor CUSTO X BENEFÍCIO

NOVIDADE: Contador eletrônico de uso do equipamento. (Patente requerida)

Ver acessórios pertencentes às LBs

Motor de passo Atuador de marcha lenta (Astra)

17 - Funções

Atuador de marcha lenta

LB-14.000 /GII - EST

Corpo de borboleta eletrônico Estrobo: Melhora a visualização do leque.

Marcador comparativo para antes e após limpeza.

Estrobo: Melhora a visualização do leque.

Marcador comparativo para antes e após limpeza.

Pedal eletrônico

Atuador de marcha lenta (Astra)

Atuador de marcha lenta

Funil

(*) - (**) - (***)

(*) - (**)

Escoamento do líquido da cuba.

Motor de passo

Chicote Universal

Suporte Zetec

(*) - (**)

Pré-filtro. Evita que a sujeira chegue ao reservatório da bomba.

Querosene, Líquido de limpeza para cuba (*) - (**) - (***)

Corpo de borboleta eletrônico

Pedal eletrônico

Mede Resistência dos bicos.

Fone: (11) 2141-4891 E-mail: venda@planatc.com.br Site: www.planatc.com.br

Pré-filtro. Evita que a sujeira chegue ao reservatório da bomba.

TPS Escoamento do líquido da cuba.

Pré-filtro. Evita que a sujeira chegue ao reservatório da bomba.

16 - Funções

Mede Resistência dos bicos.

NOVIDADE: Contador eletrônico de uso do equipamento. (Patente requerida)

Escoamento do líquido da cuba.

Mede Resistência dos bicos.

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GAEQ - Grupo Automotivo Excelência e Qualidade

Já nesta primeira reunião o GAEQ contou com o apoio da L. Carletti, distribuidora dos produtos Mobil para a região de São Paulo, grande São Paulo, Litoral e Vale do Paraíba, e da Careca Autopeças, tradicional varejista

da zona leste da capital paulista. Integram o GAEQ as seguintes empresas: Alto Astral Mecânica, Auto Center Fabricar, Auto Elétrico Torigoe, Elétrica Luizinho, Souza Car e Mapcar Instrumentos.

Formado em Administração de Negócios, pós-graduado em Mar­ keting, bacharel em Matemática e com experiência de mais de 20 anos no setor, Rogério Arruda (foto) é o novo gerente nacional de Vendas da Dayco Power Transmission no Brasil. Reportando-se à diretoria, uma de suas funções será a de reafirmar a transparência da política comercial d a empresa , a ssi m como o cumprimento dos objetivos de vendas e lançamentos de linhas de produtos. Rogério ainda traz um excelente relacionamento comercial e pessoal com os principais dist ribuidores de

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Com o apoio do Projeto Empreender e muita disposição de seus integrantes, o GAEQ – Grupo Automotivo Excelência e Qualidade – realizou sua estréia no mercado da reparação automotiva estabelecendo claramente seus objetivos: atuar como referência em qualidade na prestação de serviços automotivos. Em cer i môn ia reali za d a na sede Distrital Tatuapé da ACSP – Associação Comercial de São Paulo, as seis oficinas integrantes do GAEQ receberam seus certificados de início de implantação do Programa 5S e comemoraram a primeira reunião do grupo, com a presença de proprietários, colaboradores, familiares e convidados.

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Novo Grupo de Oficinas nasce com foco Dayco com novo gerente na qualidade nacional de vendas

autopeças do país. Segundo Ronaldo Teffeha, vice-presidente de Aftermarket da Dayco Power Transmission na América do Sul e, cumulativamente, superintendente de OEM e Aftermarket da empresa no Brasil, “trata-se de uma nova fase de trabalho, sempre em busca do melhor atendimento aos nossos clientes”.


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Alunos de aprendizagem em mecânica automotiva do SENAI Conde José de Azevedo, reuniram-se no parque da Independência no bairro do Ipiranga, em São Paulo, para apresentar projetos de conclusão de curso. As aulas teóricas sobre sistema de injeção, freio e tecnologia dos materiais, serviram de base para a construção deste projeto. O desafio das equipes foi construir um carrinho sem motor, com base nos conceitos aplicados no curso. Houve uma competição que avaliou o design, as idéias inteligentes para suspensão e o tempo na descida. “O carrinho deveria ter basicamente direção, suspensão, freio e força livre a favor da descida. O desafio foi fazer os

cálculos e construir um carrinho que fizesse o percurso em menor tempo e com segurança”, contou o técnico de ensino José Reinaldo Baraldi. Transformando uma idéia em produto Para o aluno do convênio SESI-SENAI, Abílio Martins Silva, técnico em manutenção automotiva, o projeto procura envolver todas as disciplina nesta atividade prática. “Verificamos que algumas idéias funcionam e outras não, pois só na prática é que podemos testar nossos conhecimentos”, ressalta o estudante. Da equipe Scuderia Burrari, o aluno Rafael da Silva explica

que a intenção era copiarem um carro de F1. “Estudamos o sistema de segurança mais compacto possível e priorizamos bastante as medidas, isso foi o nosso diferencial na construção, pois a estrutura está bem resistente. O sistema de direção é simples, usamos o terminal e o braço de direção do palio. Conseguimos regular convergência e divergência para melhorar nas curvas. O freio é de bicicleta e o carro ficou bem compacto, para fazer a curva com menor raio”, enfatiza Rafael. Aprendizagem “O curso de aprendizagem é um dos principais do SENAI. Há nos egressos do ensino médio o curso técnico que também tem duração de 2 anos. O de a p r e nd i z a gem possui 1.600 vagas e o técnico

Divulgação

Carrinhos descem a rampa do Parque da Independência

1.200. O aluno pode também completar a carga com estágio, a diferença é que no curso técnico, o aluno tem o direto de participar do conselho de classe, que no nosso caso é o CREA.Na regularização da área, por exemplo, o técnico pode ser o profissional responsável na oficina por diversos trabalhos e atuar em vários segmentos da área automotiva, como reparação, manutenção, diagnóstico, área operacional, entre outros”, relata o coordenador de atividades técnicas do SENAI, Ricardo Zaia

Estágio Ilari Kozemekinas, ressalta a importância do estágio para a primeira experiência profissional. “Esta pequena prática pode alavancar a carreira dos alunos. Hoje, o profissional recém-formado, às vezes não consegue oportunidades no mercado porque não tem nenhuma experiência”, conclui o técnico de ensino e orientador de estágio. Alunos interessados em estágio podem obter mais informações no site www.sp.senai.br



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em foco

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Em ambiente descontraído e sob o forte calor baiano, os distribuidores das baterias ACDelco Freedom realizaram a Convenção de Vendas 2011, na Praia do Forte, em Salvador. Apesar da beleza local, foram dois dias de intenso trabalho, com apresentações sobre o a frota brasileira, o mercado de reparação automotiva e as tendência s no comé rcio de baterias, sempre sob o enfoque “Novos Rumos – Em busca de novas conquistas”, com trabalhos conduzidos pelas equipes da General Motors do Brasil, proprietária da marca ACDelco, e da Johnson Controls Power Solutions, responsável pela produção e comercialização das baterias ACDelco Freedom no mercado de reposição. Como estímulo a ref lexão, Luiz Sergio Alvarenga, diretor do Sindirepa-SP e assessor do Sindipeças, apresentou uma panorama do mercado automotivo brasileiro, onde a frota nacional registra 32,5 milhões de veículos, com idade média de 8 anos e 8 meses e 42% destes estão na faixa de até cinco anos de fabricação. No cenário de duas rodas, a frota contabiliza 10,6 milhões de unidades, com idade média de 4 anos e 11

Fotos: Divulgação

Baterias ACDelco comemoram em Convenção de Vendas o crescimento da marca em 2011

Paulo Cesar, gerente comercial de Pós Vendas GM, apresenta os planos 2012 para a marca

meses e 65% foram fabricados após 2006, ou seja, até 5 anos de idade. “Segundo estudos do Sindipeças, em 2015 a previsão é que a frota de veículos no Brasil seja de 46,5 milhões e 15,5 milhões de motocicletas. Na ótica da reposição, três temas terão forte impacto no mercado: meio ambiente, certificação de autopeças e certificação profissional”, adianta Alvarenga e completa: “bateria já está definido como item de certificação e já está em estudo o processo de certificação pelo Inmetro”. Segundo a equipe de ma-

Equipes Johnson Controls e GM junto com Distribuidores ACDelco Freedom

rketing da Johnson Controls, que tem gestão compartilhada com a General Motors para posicionamento da marca ACDelco Freedom, a melhora na performance da marca no ano de 2011 se deu principalmente pelo lançamento da bateria ACDelco Freedom com 18 meses de ga-

rantia e o engajamento da rede em programas como a Certificação da rede de distribuidores e a realização de treinamentos de gestão como foram os MiniBas . Seg u ndo Paulo Cesar de Souza, gerente comercial de Pós Vendas da GM, relatou aos participantes, serão feitos fortes in-

vestimentos em Peças Genuínas e ACDelco pela General Motors do Brasil. “Podem contar que teremos forte presença na mídia e isso com certeza vai resultar em vendas para os Distribuidores das baterias ACDelco Freedom. Teremos um bom ano em 2012”, conclui ele.



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EM FOCO

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Shiro Nakamura, vice-presidente sênior/diretor de Criação de Design e Gestão de Marca da Nissan, esteve em São Paulo para revisar os oito projetos dos alunos de pós-graduação de Design em Transporte (Transportation Design), primeiro curso de design automotivo do Istituto Europeo di Design de São Paulo (IED-SP), que tem o apoio da Nissan do Brasil. Juntamente com Alfonso Albaisa, vice-presidente do estúdio Nissan Design América (NDA), Nakamura avaliou os trabalhos de conclusão de curso dos alunos, que criaram protótipos da linha de 2025 da Nissan, de subcompactos a esportivos movidos a eletricidade para o mercado brasileiro.

Profissionais do NDA mantiveram, ao longo do curso, estreita colaboração com os estudantes, oferecendo-lhes uma visão profissional no período de pesquisas de mercado, que indicou o perfil do futuro consumidor brasileiro, e também no desenvolvimento dos desenhos-conceito e na criação das maquetes ¼ em clay (argila). Os alunos foram desafiados a criar os carros da linha Nissan em 2025. Para os alunos do curso, foi uma forma de concretizar a sinergia dos estudos com a realidade da indústria. “A troca de informações com os especialistas da Nissan fez com que tivéssemos um ponto de vista a mais no trabalho, o que resultou em projetos ainda mais viáveis e

Divulgação

Alunos de design automotivo do IED apresentam projetos para Nissan

de acordo com uma realidade sob o ponto de vista rentável”, comenta Felipe S. Müller, que desenvolveu o projeto Concept Interior. “A Nissan tem um compromisso com o Brasil e, por isso, está investindo recursos e expertise de seus profissionais para ajudar a desenvolver as mentes jovens e criativas brasileiras. Por meio do

apoio a este programa do IED-SP, a Nissan pretende conhecer ainda mais a paixão do brasileiro pelo design automotivo”, afirma Alfonso Albaisa. DESIGN EM TRANSPORTE O curso de pós-graduação em “Transportation Design”, do IED

de São Paulo, promove a especialização dos profissionais do setor automotivo, capacitando-os a desenvolver soluções próprias, inovadoras, criativas e ancoradas na sustentabilidade. O programa é dividido em três etapas, além da gestão de projeto e planejamento avançado, que são tópicos desenvolvidos em todas as disciplinas do curso. A primeira trata da compreensão avançada de como pensar o design. Na segunda fase, desenvolve-se a criatividade como estratégia para o setor. Na última etapa, aprofunda-se o gerenciamento estratégico para a inovação. Neste semestre, todas as etapas foram acompanhadas por designers do Nissan Design América (NDA).


EM FOCO

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Bridgestone desenvolve pneu que não utiliza ar vel para as presentes e futuras gerações. Os pneus sem ar geram um menor impacto para o meio ambiente em relação aos tradicionais, mas os protótipos deste tipo desenvolvidos anteriormente eram inviáveis para a produção em larga escala. Por isso, a Bridgestone desenvolveu esta tecnologia com o objetivo de implementá-la na prática. CARACTERÍSTICAS ESPECIAIS Com uma estrutura flexível única que se estende ao longo do interior dos pneus e que suporta todo o peso do veículo, não há necessidade de calibrá-los periodicamente, o que significa que exigem menos manutenção. Ao mesmo tempo, a preocupação

com p e r f u r ações é eliminada. Além disso, a estrutura interna é produzida a partir de resinas termoplásticas reutilizáveis, e assim como a borracha da banda de rodagem, estes são mater iais 10 0 p or c e n to recicláveis. Como resultado, os pneus estabelecem um Tecnologia ecológica é a tendência para pneus do futuro novo pa d r ão em ter mos de compatibilidade senvolvimento tecnológico com o recursos, transformando os pneus ambiental, segurança e conforto. objetivo de alcançar um processo usados em pneus novos por meio A Bridgestone busca este de- que maximiza o uso cíclico de de materiais recicláveis.

Divulgação

De Tókio, no Japão, a Bridgestone Corporation anunciou o desenvolvimento de um pneu conceito, que dispensa o uso de ar e que pode ser uma alternativa viável e ecologicamente correta aos pneus tradicionais no futuro. Apresentada durante a 42ª edição do Tokyo Motor Show, salão do automóvel japonês, a novidade vem ao encontro da Missão Ambiental da Bridgestone, que visa contribuir com uma sociedade mais sustentável, com ênfase em três pilares principais: a preservação do meio-ambiente, a conservação dos recursos naturais e a redução de emissões de carbono. Para apoiar sua missão, a Bridgestone trabalha em vários projetos como o do pneu sem ar, com o objetivo de colaborar com um meio ambiente mais saudá-


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eM Foco

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concessionária cresce na preferência da oficina

eVolUção Como podemos perceber, quem, efetivamente teve ganho de share no abastecimento de peças foi a rede concessionária das montadoras, pois se considerarmos que a média de compra neste canal era por volta de 8%, quando do inicio do indicador da CINAU em janeiro de 2009, os valores de agora demonstram crescimento. Ainda que consideremos o pico histórico de 30%, identificado em dezembro, como atípico, fica claro que a média

perfil de aquisição de peças nos últimos 23 meses

MiX De coMpRa De peças LOJAS AUTOPEÇAS CONCESSIONÁRIA DISTRIBUIDOR RECEBIDA

JaN/10 FeV/10 MaR/10 abR/10 Mai/10 JUN/10 JUl/10 aGo/10 set/10 oUt/10 NoV/10 DeZ10 JaN/11 FeV/11 MaR/11 abR/11 Mai/11 JUN/11 JUl/11 aGo/11 set/11 oUt/11 NoV/11 DeZ/11 63% 13% 16% 8%

74% 11% 15% 0%

74% 12% 13% 1%

dos últimos 12 meses já pulou para mais de 21%, o que comprova o avanço deste canal em mais de 200% nos últimos dois anos, o que é muito expressivo! Ainda invocando o modelo da cascata, a participação da concessionária pode ser ainda maior no mercado de reposição, pois é sabido que aproximadamente 10% das compras das lojas de autopeças já acontecem junto a este novo player. Como é possível constatar pelo indicador da CINAU, o modelo de abastecimento de autopeças no mercado independente de reposição está muito mudado e mais transformações devem vir por ai, afi nal o mercado está cada vez mais competitivo e nesta configuração de livre escolha mandam a imutáveis leis da economia, principalmente a elementar regra da oferta e

67% 18% 14% 1%

59% 20% 16% 6%

48% 22% 28% 2%

58% 22% 19% 1%

53% 24% 16% 7%

53% 16% 24% 7%

60% 19% 13% 8%

procura. Assim, para melhor entendermos o que irá acontecer no futuro com nossa cadeia, nada melhor do que estudar a composição das curvas de oferta e procura e considerando que a de oferta hoje já é dividida entre a cadeia tradicional e o novo player representado pela rede de concessionárias das montadoras, porém a curva de demanda ainda é 100% formada a partir da oficina. Aliás, esta é a missão da CINAU, oferecer aos executivos das empresas que atuam no mercado de reposição informações que os ajudem a entender as necessidades das oficinas, o ambiente onde se forma a curva de demanda do mercado, e que no mês de dezembro comprou quase um terço de sua matéria prima nas concessionárias.

55% 18% 17% 10%

53% 18% 29% 0%

62% 18% 19% 1%

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57% 21% 16% 6%

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preferência de compra

56% 22% 13% 9%

55% 20% 15% 10%

50% 30% 15% 5%

Fonte: CINAU - Pesquisa IGD Grande São Paulo

Indicador da CINAU, que mensura mensalmente os canais de preferência da oficina na hora de adquirir peças, registrou u m cresci mento expressivo das concessionárias no mês de dezembro, quando a fatia das montadoras chegou a 30%! Houve um tempo em que a cadeia de autopeças obedecia de forma disciplinada a seguinte sequência: havia um fabricante, que vendia para um distribuidor atacadista, que vendia para um lojista e que vendia para a oficina. Esta “cascata” era a fotografia do processo de distribuição de autopeças no mercado independente de reparação de veículos no Brasil. Este modelo, que durou por décadas, foi responsável pelo processo de abastecimento das oficinas que desde os primórdios desta indústria no nosso País sempre foi dominado pelas oficinas independentes. Pois, depois de décadas de atuação, as oficinas independentes continuam contando com a preferência do dono do carro na hora da manutenção e a fatia do aftermarket independente corresponde a mais de 75% do bolo todo. Porém, quanto ao modelo “cascata”, não há mais nem sombra dele, e o caminho que a peça percorre desde sua fabricação até chegar à oficina mudou muito, como prova o indicador da CINAU.


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aValiação Do RepaRaDoR

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capa especial

pesquisa Marcas preferidas

Fonte: CINAU - Pesquisa IGD Grande São Paulo

Nesta edição especial, revelamos o resultado do tradicional estudo de mercado que chega à sua sétima edição. A pesquisa é conduzida pela CINAU e foi realizada no mês de novembro passado, envolvendo 1,4 mil entrevistas de reparadores automotivos. Conheça a seguir as marcas preferidas destes profissionais.

A

ntes de revelar as marcas preferidas dos reparadores automotivos, é fundamental esclarecer alguns pontos sobre este trabalho de pesquisa, que, por suas características de estudo de mercado, não envolve premiações em eventos sociais. “Marcas Preferidas” é realizado pela CINAU – Central de Inteligência Automotiva, unidade de estatística e pesquisa do Grupo Oficina Brasil que existe desde 1999 e tem a missão de estudar o aftermarket nacional. “Nosso mercado de reposição carece de informações sobre a base geradora de demanda, que é a oficina, e o trabalho da CINAU tem por objetivo gerar dados estatísticos e indicadores seguros sobre este ambiente para que os executivos das empresas que atuam neste segmento tomem decisões amparados em dados e fatos”, explica Cassio Hervé, Diretor do Grupo Oficina Brasil. Imbuídos desta missão, a equipe da CINAU tem disponibilizado ao mercado estudos inéditos sobre o comportamento da oficina, como o IGD – Índice

de Geração de Demanda, que acompanha mensalmente e desde janeiro de 2009 o desempenho da oficina (serviços realizados, canais de compra, ticket médio, entre outras informações relevantes). Todo este acervo de informações está à disposição dos executivos das empresas que atuam no aftermarket para melhor compreenderem a dinâmica deste mercado e como se forma efetivamente a demanda de autopeças, desde a oficina. Assim, a pesquisa “Marcas Preferidas” dá uma contribuição importante, pois evidencia as marcas que estão na cabeça dos profissionais responsáveis pela formação da curva de demanda dos produtos. O estudo inova também ao agregar outro dado relevante, ao perguntar, além da marca mais lembrada, qual a preferência de compra. Aparentemente, não faz muito sentido perguntar a um profissional que marca ele lembra de determinado item e, na sequência, qual prefere comprar.

Porém, na prática e pelos resultados, pode-se concluir que efetivamente o reparador às vezes lembra em primeiro lugar de uma determinada marca, mas, quando questionado sobre a marca que prefere comprar, indica outra diferente da que se referiu no item “lembrança”. Tal realidade, evidenciada no primeiro trabalho realizado em 2005, nos permitiu identificar que o índice que é apurado na segunda resposta (que marca mais compra?) está mais próximo do market share da empresa no mercado de reposição que tem a oficina como origem da demanda. Neste ponto, a equipe da CINAU faz questão de ressaltar que o índice de participação alcançado pelas marcas “tende” a refletir o market share, mas não significa que efetivamente o seja. A explicação para isso é simples: o reparador pode até preferir comprar determinada marca (que é diferente da que ele pensa em primeiro lugar), mas, na hora de adquiri-la, ou na loja, ou no distribuidor ou na concessionária, pode ser que ela não esteja disponível e assim ele acaba comprando outra. coNcessioNÁRia eM alta Já que estamos falando em disponibilidade de encontrar a peça preferida pelo reparador, vale fazer um parêntese para apresentar outro dado relevante identificado pela CINAU, referente ao pacote de informações mensais do IGD e que revela o canal preferido de compra do reparador.

Neste aspecto, importa ressaltar que a preferência do reparador pelo canal concessionária cresceu 200% desde que o índice foi criado, o que justifica o expressivo crescimento da preferência do reparador pela peça “genuína”, ou seja, por aquela fornecida pela montadora e comprada no balcão da concessionária. Também chama a atenção o fato de que, em média, 10% das peças aplicadas nas oficinas são adquiridas pelo próprio dono do carro e fornecidas ao reparador. Porém, este “desvio” no processo de geração de demanda de autopeças não tira a importância do reparador como decisor da marca, pois esta peça é comprada sob a estrita recomendação do mecânico. QUeM DeciDe? Ainda antes de passar aos resultados finais deste trabalho, importa recapitular a importância do reparador no processo de decisão da marca da peça a ser aplicada. Hoje, mais do que nunca, fica claro que a decisão da aplicação da peça é um atributo do reparador, mesmo nos casos (10% do mercado) vistos acima, em que o dono do veículo se incumbe de comprar os componentes por economia (de dinheiro, pois há sempre desperdício de tempo e para quem tempo é dinheiro este hábito não é o mais econômico certamente). Neste cenário, podemos colocar na discussão o papel da loja de autopeças, que, segundo o entendimento da equipe da CINAU,

amparado em pesquisas, perdeu relevância na hora da definição da marca de autopeças. Tal percepção é amparada em dados estatísticos que demonstram que as lojas totalmente dedicadas ao abastecimento da oficina estão diminuindo e é mais fácil encontrar lojas que buscam cada vez mais o cliente dono do carro, seja para vender um portfólio de produtos diferente do público profissional (uma vez que o brasileiro não tem o hábito do “do it yourself”), seja para agregar baias de serviços. Esta “reação” da loja tem explicação na percepção (também detectada em pesquisa) de que hoje a loja encara como seu maior concorrente o próprio fornecedor (distribuidor) e se encontra nestas saídas (quando presta serviços) concorrendo com seu próprio cliente, o reparador. Outro indicador destes movimentos da cadeia de geração de demanda de peças é o fato de que muitas lojas já compraram itens diretamente das concessionárias das montadoras. Pois este novo cenário da cadeia de autopeças, ditado pela velha lei da sobrevivência e busca de rentabilidade, apesar de subverter o que seria a missão inicial de cada elo desta cadeia, evidencia como são soberanas as forças de mercado e como se mantêm, ao mesmo tempo, a força e a importância do reparador no processo de geração de demanda das peças, pois mais do que nunca é ele quem decide a marca que será aplicada. Tal realidade reforça a importância dos resultados que apresen-


tamos a seguir, pois estas são as marcas que estão na cabeça do público responsável pela formação da curva de demanda do aftermarket automotivo brasileiro. Acompanhe os resultados e, caso você seja o executivo de alguma empresa citada e não concorde com os resultados ou tenha dúvidas sobre o processo de levantamento de dados, por favor, entre em contato com a equipe da CINAU pelo e-mail cinau@cinau. com.br e peça para agendar uma reunião. O trabalho lhe será apresentado em detalhes e sem nenhum custo, afinal, a intenção da equipe da CINAU não é promover uma grande festa de entrega de prêmios, mas sim um trabalho eminentemente técnico, que ajude a todos nós que operamos neste mercado a entender melhor a dinâmica que impacta nossos negócios, mas amparados em dados e fatos.

Entenda cada item da pesquisa

Análise técnica do trabalho “Marcas Preferidas” Desde que foi iniciado o trabalho “Marcas Preferidas” a equipe da CINAU – Central de Inteligência Automotiva – sempre procurou deixar claro alguns pontos: o trabalho não visa premiar ess a ou aquela marca; o foco é a opinião do reparador, que é o responsável pela geração da demanda de peças, e o buy trend share não significa market share, p orém se aproxima muito dele. Ao longo dos anos em que o trabalho é realizado, ele se mostra adequado e retrata de maneira isenta o que se passa na cabeça daquele que é um dos grandes formadores de opinião, quando o assunto é peças para automóveis.

HEART SHARing Neste item do estudo perguntamos aos profissionais qual a marca de autopeças (de maneira geral) ele lembra em primeiro lugar. marca mais lembrada Esta parte do estudo é o resultado da pergunta sobre a marca mais lembrada, mas estratificado por tipo de peça conforme as tabelas a seguir. maior intenção de compra Neste item, a pesquisa revela o resultado da pergunta: “Qual marca costuma comprar ”, e segundo os técnicos da CINAU, a síntese das respostas oferece indicador um pouco mais próximo (ainda que não o represente ) do Market Share, por produto de cada fabricante.

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METODOLOGIA A metodologia siste matizada dá força à CINAU divulgar os resultados, pois a representatividade e a confiança estatísticas dizem que ela é confiável. Ao analisar os dados obtidos, CINAU procurou montar estatísticas de apreensão direta, divulgando um comparativo dos últimos 3 anos para mostrar a consolidação das marcas, o quanto os players lutam entre si pela lembrança e preferência de compra, e como as peças originais conquistam espaço. O que se publica agora é um quadro sinótico dos resultados aferidos no le-

vantamento. Maiores aprofundamentos são possíveis, desde que solicitados e verificados serem exequíveis com os dados obtidos.

feridas” é um levantamento, feito com base amostral, junto à base na qual a demanda é gerada: os Reparadores.

A metodologia, como toda técnica estatística, é suscetível a ponderações e ajustes. CINAU reconhece isso. Mas, reitera-se, o intuito não é premiar. É informar ao mercado o que pensam os reparadores; é fazer ver que há um agente influenciador e que não é ouvido; é mostrar que o Mercado exerce, mais do que nunca, a força pull – o mercado se baseia na demanda, e que o Reparador é o principal agente que e xerce essa força.

A representatividade dos dados é apoiada no cuidado com o qual os dados obtidos são processados e as estatísticas geradas. As estatísticas foram calculadas em uma base de 1.400 participações e apresentam erro máximo igual a 4% e a proporcionalidade é igual a 95%.

O trabalho “Marcas Pre-

Resultados Nas páginas seguintes acompanhe os resultados por categoria de peças dos grupos “Marca Mais Lembrada” e “Maior Intenção de Compra”

Nota: os resultados desta pesquisa estão disponíveis no site www.oficinabrasil.com.br desde o dia 19 de dezembro.

CINAU e o resp ons á vel técnico estão registrados no Conselho Regional de Estatística da 3ª região (CONRE-3ª) com os números 5616/06 e 6991-A/SP, respectivamente.


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em foco

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mercado

No mês de dezembro de 2011, as entidades que representam o aftermarket automotivo, juntamente com os principais representantes das fábricas de autopeças e distribuidores, reuniram-se para comemorar os 40 anos da Andap - Associação Nacional dos Distribuidores de Autopeças. A instituição congrega os principais atacadistas de autopeças do País e tem como um dos seus objetivos reunir e orientar as atividades das empresas responsáveis pela distribuição de peças no mercado de reparação independente. O encontro ocorreu na sede da Fecomercio, no centro de São Paulo, e, além do caráter festivo do almoço para os participantes, foi marcado pela apresentação de uma palestra motivacional com o empresário David Portes, que iniciou suas atividades em marketing como camelô e hoje possui uma agência de promoção e ministra cursos em técnicas de vendas.

Fotos: Oficina Brasil

Encontro do setor de reposição automotiva enfatiza metas para 2012

Renato Gianinni e atual diretoria da Andap

Renato Giannini, que em 2010 assumiu a presidência da Andap e do Sicap (Sindicato do Comércio Atacadista, Importador, Exportador e Distribuidor de Peças, Rolamentos, Acessórios e Componentes para a Indústria e para Veículos no Estado de São Paulo) para o período que se encerra em 2014, ressaltou aos convidados presentes que a cadeia gerou, em 2010, consideráveis R$ 69 bilhões. O presidente da entidade falou ainda da expressiva atuação da Andap ao longo do ano na área de tributos, questão de extrema relevância para o setor da distribuição automotiva devido à implantação da substituição tributária. Giannini relembrou a trajetória da Andap e sua representatividade, alem da criação do Sicap em 2001, enfatizando que o idealizador desta iniciativa foi Mário Penhaveres Baptista, diretor da Distribuidora Auto-

continua >>



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mercado

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Renato Gianinni

motiva e primeiro presidente do sindicato. ”A entidade nasceu em função do mercado independente de autopeças e foi fundada para defender este mercado. Queremos preparar sempre os funcionários das empresas, sejam varejistas , sejam atacadistas”, esclareceu Penhaveres, que integra o Conselho Consultivo da Andap/Sicap.

Alfredo Bastos

Impressões do mercado em 2011 e metas para 2012 – a opinião dos principais executivos do setor Para Antônio Fiola, presidente do Sindirepa-SP, o ano não foi tão marcante para o setor como observado no ano passado, isto

baseado nos resultados apresentados em 2010. “Foi um ano relativamente instável, com pequeno crescimento do setor. Em 2012, queremos difundir a inspeção técnica veicular em outros municípios e estados. A certificação profissional, a criação do Sindirepa Nacional e outras providências serão tomadas para valorizar cada vez mais o reparador independente”, analisa Fiola. Luis Sérgio Alvarenga, diretor de assuntos institucionais do Sindirepa-SP e assessor do Grupo de Reposição do Sindipeças, julgou positivo o balanço dentro da cadeia em termos de mercado e movimentação. “O volume de venda de carros e a própria inspeção veicular em algumas regiões do país agitaram o mercado e a reposição está intensa, pelo menos na base, onde estão as oficinas. Do ponto de vista do aftermarket, a percepção é que poderia ter sido muito melhor, porém, houve

Da esquerda para direita Ronaldo Teffeha, Sérgio Alvarenga, Mário Penhavares Baptista e Antônio Fiola

um crescimento modesto, não no patamar que esperávamos”. Alvarenga acredita que alguns elos do canal não tiveram o crescimento desejado. Já para Francisco De La Torre, diretor do Sincopeças, o desempenho do setor esteve dentro do previsto e em 2011 a entidade obteve conquistas importantes,

como um projeto de combate à pirataria e falsificação, que já está formatado e entregue. De La Torre também enfatizou que, em 2012, o sindicato travará uma luta ferrenha para impedir o aumento do MVA (substituição tributaria nas operações com peças, componentes e acessórios para autopropulsores e outros afins). “Estamos

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NOVO

O CLICK DA INFORMAÇÃO AUTOMOTIVA



A Sab贸 茅 maioria esmag

Eleita por 92,5% dos reparadores. N


Faça revisões em seu veículo regularmente.

agadora no TOP OF MIND.

s. Não tem comparação.

A Sabó foi eleita, de novo, a marca mais lembrada em retentores (92,5%) e juntas de motor (75,6%) . Sem falar que alcançamos o 2º lugar em

Essa conquista é para celebrar com você:

mangueiras. São vitórias consecutivas, com larga vantagem, que reafirmam a Sabó, não apenas como a líder de mercado, mas também como a marca reconhecida por ele. As razões, você também já sabe: o maior portfólio, a mais alta qualidade e, claro, a confiança Sabó que não dá para esquecer.

w .ws w www a .bsoagbr oo gu rpo. uc po .mc .obmr . b r

TECNOLOGIA DA PERFEIÇÃO


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Almoço de confraternização 40 anos Andap

Coquetel de recepção

trabalhando em conjunto com o Sicap, o atacado e a indústria e, caso não consigamos impedir, vamos brigar para que tenhamos o mesmo MVA das concessionárias, pois essa diferença tem causado assimetria entre os preços comercializados nos balcões das autopeças e os produtos vendidos nas concessionárias”, explicou. Para Rodrigo Carneiro, di-

retor comercial da Distribuidora Automotiva, uma empresa do Grupo Comolatti, o mercado brasileiro conseguiu acompanhar a evolução macroeconômica brasileira. Já Carlos Alberto Barbosa Filho, diretor de aftermarket da Robert Bosch Brasil, não ficou tão satisfeito com o resultado obtido, mas comparou o crescimento com o PIB do País, que foi em torno

de 3%. Na opinião de Fernando Passos, diretor-geral da Valeo Service América do Sul, o mercado ainda sofre reflexos da desaceleração da economia, mas informou que a Valeo teve crescimento significativo de 10% no mercado de reposição. A Sabó, que foi representada pelo diretor de aftermarket

Da esquerda para direita Douglas Lara Júnior, Milton Oliveira, Sérgio Alvarenga e Mário Penhavares Baptista

América Latina, Marcus Vinicius Silva, atingiu um crescimento de 6%, sendo que o projetado havia sido 10%. O executivo demons-

trou otimismo para os próximos anos e ressaltou a crescimento da frota e o aumento da demanda na reposição. Marcus Vinicius


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Objetivos e ideais em comum

O

Francisco De La Torre

Rodrigo Carneiro, Delfim Calixto e Carlos Alberto Barbosa Fernando Passos e Tales Miranda

também foi enfático ao afirmar que os planos para 2012 devem se concentrar no treinamento, uma vez que a realidade do mercado aponta que tem aumentado a quantidade de produtos que retornam do campo em função de má aplicação ou carência de informação no momento de aplicar a peça. Na ZF Sachs o clima era de comemoração comedida com o crescimento de 8,5% em 2011. O diretor de aftermarket da empresa, Douglas Lara Júnior,

estava um pouco mais otimista com o mercado de reposição de autopeças e agora projeta 10% de incremento nos negócios para o ano de 2012. Na avaliação do gerente de marketing da MTE- Thomson, Alfredo Bastos, com a competitividade acirrada do mercado, a melhor estratégia para o ano que se inicia é manter a rentabilidade e vencer desafios, principalmente com a quantidade de carros novos no mercado. Isso, na opinião

dele, atrapalha a reposição em função da diversificação de part numbers, tanto para o comércio, quanto para os reparadores, uma vez que o número de itens cresce e o estoque tem que ser muito bem estudado para suprir essa demanda variada. Na questão de qualificação profissional, Bastos informou que já está em fase final o programa de bolsas de estudo via SENAI e Sindirepa para o reparador independente em 2012.

mercado de reposição independente, pelo seu dimensionamento e abrangência geográfica, comprovados pelo alto número de pontos de venda no varejo e no atacado, além da pulverização das empresas de reparação automotiva, esta conseguindo cumprir aquilo que é sua missão, a manutenção da frota brasileira de veículos. O setor é hoje responsável pela “saúde” de cerca de 80% do total de veículos que circulam no Brasil. Durante o evento, os participantes ressaltaram duas grandes preocupações do segmento: a regulamentação das autopeças, que já está em curso com a certificação Inmetro; e a inspeção e segurança veicular, já que ainda é grande o número de mortes por acidentes de transito. Outros pontos de atenção são a tributação fiscal no segmento, assunto bastante discutido nas mesas durante o almoço, além da necessidade de reciclagem e aperfeiçoamento do profissional da reparação automotiva. Levar informação, qualificação e instrumentar o aplicador parece ser um projeto de todos os elos da cadeia de reposição de autopeças para 2012.


Não estrague as férias do seu cliente: Cuide do Carro dele Porta-malas lotado, crianças no banco de trás, óculos escuros na mão e... o carro parado no acostamento. As oficinas Cuide do Carro devem ter o compromisso de evitar esse dissabor para o cliente, com uma boa revisão de férias. Já se passaram as festas de fim de ano e agora vem o período de férias de verão, ocasião em que muitos donos de carros fazem a revisão do veículo, para assegurar uma viagem tranquila e evitar uma despesa não prevista com guincho, socorro mecânico e reparação corretiva. Segundo dados da ABCR – Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias, são realizados mais de 2 milhões de socorros mecânicos nas autoestradas controladas pelas empresas afiliadas da entidade. Dados coletados por operações realizadas por autoridades de trânsito nas estradas federais indicam as seguintes ocorrências como as mais frequentes nos veículos que apresentaram panes e foram socorridos: 1. problemas na conservação ou fixação deficiente das correias auxiliares; 2. problemas na conservação ou fixação deficiente da correia dentada; 3. limpador e lavador do para-brisas

danificados ou sem funcionamento; 4. vazamento de óleo; 5. falta de aditivo no sistema de arrefecimento; 6. uma ou mais lâmpadas dos faróis principais “queimada(s)”; 7. emissão de CO2 acima do limite previsto; 8. extintor de incêndio com validade vencida; 9. folga ou falhas no pedal da embreagem; 10. bateria com carga insuficiente ou vencida. O QUE VERIFICAR? Motor – Uma revisão geral do estado das correias de acionamento, tensionadores e polias pode evitar um passeio de guincho e uma despesa 10 vezes superior ao trabalho de substituição destes componentes. Correias com desgastes, rangidos ou folgas podem ocasionar a perda de sincronismo do comando de válvulas e danos sérios ao motor. Outro ponto de atenção são os vazamentos no motor. Arrefecimento – Superaquecimento é um dos problemas mais frequentes, segundo dados da ABCR. A checagem do líquido de arrefecimento e condições

gerais do radiador, mangueiras e componentes de controle da temperatura, como termointerruptor, sensores, válvula termostática e demais componentes, é a segurança de uma viagem sem paradas não previstas. Ar-condicionado – Embora seja um item de conforto, também vale a pena avaliar o sistema de ar-condicionado do veículo, se houver, verificando possíveis vazamentos de gás no sistema, o estado do filtro de pólem (cabine), o estado e a tensão da correia do compressor e a eficiência de resfriamento do ambiente. Transmissão – o principal componente e item de maior desgaste é o sistema de embreagem. Testar o conjunto de acionamento e verificar as condições gerais da embreagem são avaliações que podem ser efetuadas com um teste dinâmico de uso do veículo. Pedal duro, dificuldade de engate das marchas, patinação ou trepidação podem ser indicativos de problemas e irão exigir uma análise mais detalhada de todo o sistema. Sistema elétrico – O principal componente do sistema elétrico a ser checado é a bateria (ela é um armazenador de energia e responsável por fornecer carga no acionamento do motor). Um teste realizado com a bateria pode indicar a

vida útil do componente e prevenir uma pane elétrica, além de indicar problemas existentes em outros componentes, do sistema eletroeletrônico. Checar também o alternador, verificando o estado e a tensão da correia do alternador e a tensão de carregamento do alternador na bateria, que deve estar entre 13,5 e 14,5 V, podendo variar levemente entre diferentes modelos de veículos. O uso de equipamentos de diagnóstico, como o scanner automotivo, multímetro e osciloscópio, facilita este trabalho. Suspensão – Amortecedores, molas e barras estabilizadoras e demais componentes do sistema são itens obrigatórios na revisão no sistema de suspensão. A eficiência comprometida de qualquer dos componentes pode gerar condições inseguras de dirigibilidade do veículo e riscos aos ocupantes. A vida média de um amortecedor gira em torno de 40 mil km, porém, em condições abusivas de uso, sua vida útil pode ser reduzida e em condições leves de uso, sua vida útil pode ser maior. Freios – Itens de segurança e alto desgaste, discos, tambores, pastilhas, hidráulicos e fluido de freio devem ser checados e avaliados, de forma a

garantir uma frenagem segura e eficiente. Verifique a espessura dos discos e tambores (diâmetro interno) e veja se não apresentam ondulações nas faces, sulcos, riscos, trincas ou trepidações. É recomendável realizar uma inspeção periódica nas pastilhas a cada 5.000 km, verificando o desgaste da pastilha e espessura do disco. Na linha hidráulica, devem ser checados todos os itens, como cilindro de roda, cilindro mestre, servo freio e reparo de pinça. Estes componentes devem ser verificados semestralmente. Iluminação – Analisar o funcionamento e eficiência das lâmpadas internas e externas, avaliando se a aplicação é a correta para o modelo do veículo em inspeção; verificar o alinhamento dos faróis, com uso do reguloscópio; verificar as superfícies das lentes e se os defletores internos (parte metalizada) não estão opacos, oxidados ou danificados. Palhetas - A palheta deve ser trocada a cada 12 meses ou a qualquer momento se verificar que a borracha está ressecada, rasgada ou deformada. No sistema de acionamento da palheta, sempre verificar o alinhamento dos braços de fixação das palhetas e se há folgas no mecanismo de acionamento.

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Entenda o CVT do scooter e da motoneta - Parte 2 Paulo José de Sousa pjsou@uol.com.br

Transmissão CVT - Yamaha NEO

Gabarito de inspeção da correia

Verificação de trincas na correia

Polia secundária

Visor de inspeção da correia

Vista explodida embreagem centrifuga

N

a primeira parte da matéria apresentamos o CVT (Transmissão Variável Contínua) passamos o processo de desmontagem do mecanismo. Nesta segunda parte vamos fazer o diagnóstico da correia de transmissão sem a necessidade de desmontagem e a análise de todo o conjunto. Para facilitar o diagnóstico é necessário entender o funcionamento do sistema. Funcionamento Marcha lenta (ponto morto): Durante a marcha lenta a potência do motor não é transmitida a roda traseira pois não há rotação suficiente para gerar força centrífuga capaz de fazer o acoplamento do conjunto polia, embreagem centrifuga e roda traseira e o veículo não anda. Baixa velocidade: quando o motor estiver em baixa rotação há um aumento no diâmetro da polia secundária e uma diminuição no diâmetro da primária e numa dada rotação é gerada a força centrifuga que produzir a expansão das sapatas da embreagem centrifuga que ao conectar-se a sede da polia secundária transmite rotação a roda traseira, desta forma a força produzida pelo motor faz a motoneta sair da inércia e iniciar seu movimento. Velocidade média: Nesta condição o veículo tem torque e é capaz de subir ladeiras pois as polias assumem diâmetros aproximados e há um equilíbrio entre torque e velocida



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duas rodas

48 Alta velocidade: Quando a rotação do motor aumenta há uma inversão nos diâmetros das polias e a polia secundária tem seu diâmetro reduzido e a polia primária têm seu diâmetro expandido, nesta condição a rotação que chega na roda traseira é ampliada e o veículo atinge altas velocidades e sobe ladeiras íngremes.

gastos ou engripados.

Conjunto polia primária

Condição para média velocidade

Dicas de manutenção básica Para cada veículo equipado com este modelo de transmissão seja ele motoneta, scooter e até quadriciclos os fabricantes recomendam uma manutenção preventiva e determina um período para verificação de seus componentes: como espessura da correia de borracha, aspecto das polias e desgastes das demais partes móveis. O problema mais comum é quando correia esta patinando algo facilmente perceptível pois a rotação do motor sobe e a velocidade do veículo não o acompanha na mesma proporção e as causas deste sintoma geralmente são as infiltrações de óleo, graxa , água e os desgastes do conjunto e que provocam um baixo desempenho do veículo e consumo excessivo de combustível. Outra dica importante e cuidar bem da manutenção dos filtros de ar da correia para evitar a infiltração de poeira que por abrasão acelera o desgaste de todo o conjunto. Também podem ocorrer com menos freqüência ruídos internos do conjunto característicos dos elementos que excederam seu limite de uso e por isso estão com folga ex.: roletes, molas e rolamentos. Para o sistema de transmissão que foi utilizado de forma imprópria, ex.: como parar o veículo na subida e tentar controlá-lo sem o uso dos freios, apenas mantê-lo parado pela rotação do motor é provável que haja super aquecimento no de todo o conjunto e que a sede da embreagem centrifuga fique com uma cor azulada e a correia desgaste excessivamente e todo o conjunto tenha sua vida útil diminuída.

Condição para baixa velocidade

Condição para alta velocidade

É importante manter em dia a bateria (ver edições de manutenção das baterias) assim como os sistemas de partida elétrica e o a pedal de partida pois em caso de pane o usuário ficará impossibilitado de ligar o motor pois não é possível dar um tranco no veículo visto que a roda traseira vai estar livre.

desgaste excessivo ou sulcos profundos. Correia de transmissão gasta ou contaminada por lubrificante Polia secundária com pouca pressão na mola ou conjunto travado por ferrugem.

Principais sintomas de defeitos

Pressão excessiva nas molas da sapata da embreagem. Espessura das lonas das sapatas abaixo do especificado. Correia de transmissão quebrada ou com dimensões abaixo do limite. Roletes da polia primária

Consumo excessivo de combustível, desempenho abaixo do esperado ou perda de potência. Faces da polia primária com

A rotação do motor não chega na roda traseira

Avaliação da correia através do visor O diagnóstico mais básico da correia pode feito com o auxílio de um gabarito,não é necessário desmontar o conjunto basta abrir a tampa do visor e com o auxilio de um gabarito aferir a espessura da correia. Peças que devem ser avaliadas durante uma revisão do sistema Todo o diagnóstico deve ter como base os dados descritos no manual de serviços de cada modelo.

Verifique : • Espessura da correia. • Espessura dos roletes. • Espessura da lona da sapata. • Comprimento livre da mola. • Faces da polia primária e secundária. • Diâmetro interno da sede da embreagem centrifuga. Comprimento da mola da polia secundária (movida).


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técnica

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técnica

Transmissão automatizada DSG – Direct Shift Gearbox — veículos Audi/VW a partir de 2005 Carlos Napoletano Neto contato@clinicadosautomaticos.com.br

maior clareza, mostramos os componentes da transmissão e st e nd idos nos de se n hos a seguir:

2ª marcha Embreagem 2, eixo de entrada 2, eixo de saída 1, diferencial

4ª marcha Embreagem 2, eixo de entrada 2, eixo de saída 1, diferencial

6ª marcha Embreagem 2, eixo de entrada 2, eixo de saída 2, diferencial

Figura 1

Figura 3

Figura 5

Figura 7

1ª marcha Embreagem 1, eixo de entrada 1, eixo de saída 1, diferencial

3ª marcha Embreagem 1, eixo de entrada 1, eixo de saída 1, diferencial

5ª marcha Embreagem 1, eixo de entrada 1, eixo de saída 2, diferencial

E S T U D O D OS CO M ­P O ­ NENTES INTERNOS E ES­T RA­ TÉGIA DE FUN­CIO­N A­M ENTO Conforme estamos estudando, desde matérias anteriores, a transmissão DSG de engates diretos proporciona maior rendimento do que a transmissão automática convencional, e com um tempo de engate pelo menos dez vezes menor do que da transmissão manual normal. Hoje veremos o caminho do torque percorrido desde o motor até as rodas motrizes, pela sequência abaixo. O torque na transmissão é transmitido tanto pela embreagem de entrada K1 externa, qu a nto pela embreagem de entrada interna K2. Cad a embreagem aciona um eixo de entrada. O eixo de entrada 1 (interno) é movido pela embreagem K1 e o eixo de entrada 2 (externo) é movido pela embreagem K2. A força é transmitida adicionalmente ao diferencial através do eixo de saída 1, que recebe a 1ª, 2ª, 3ª e 4ª marchas, e o eixo de saída 2, que recebe a 5ª, 6ª e ré. Para

Marcha a ré Embreagem 1, eixo de entrada 1, eixo da ré, eixo de saída 2, diferencial A mudança de direção da rotação para a marcha a ré é executada pelo eixo de ré. MÓDULO MECATRÔNICO

Figura 2

Figura 4

Figura 6

As transmissões de hoje não utilizam mais um módulo de controle eletrônico separado da sua carcaça, com chicote, conectores elétricos e outros itens que poderiam gerar maus


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TÉCNICA

50 contatos e falhas no decorrer do tempo. Hoje os módulos são integrados com o cor po de válvulas, ou seja, a unidade hidráulica responsável pelas mudanças e a unidade de controle formam um único bloco, con hecido como U NIDADE MECATRÔNICA, e vão instalados dentro da própria transmissão. Neste câmbio DSG, a unidade mecatrônica vai instalada dentro da transmissão, circundada pelo f luido DSG. É composta, conforme explicado, de uma unidade hidráulica e uma unidade eletrônica, formando uma só unidade eletrohidráulica. A unidade mecatrônica recebe os si nais de t odos os sensores da transmissão DSG, bem como os sinais de outros módulos de controle do veículo, sendo processados desde esta unidade.

Encapsulados dentro desta unidade compacta estão doze sensores. Somente dois sensores do sistema estão localizados fora da unidade mecatrônica. Por meio da hidráulica, ela controla ou regula oito atuadores através de seis válvulas moduladoras de pressão (solenoides operados por pulsos) e cinco válvulas seletoras (solenoides ON/OFF) e também controla a pressão de aplicação e f luxo do f luido de arrefecimento de ambas as embreagens. A unidade de controle mecatrônica aprende (se adapta) a posição d a s embreagen s, a posição dos atuadores das marchas, quando uma marcha é engatada, e a pressão principal. UNIDADE DE CONTROLE MECATRÔNICA Unidade de controle eletrohidráulica

de controle. Temperaturas de -40ºC até +150ºC e vibrações mecânicas até 33g não devem afetar a dirigibilidade do veículo. (g = aceleração da gravidade, aceleração de um objeto influenciado pela força gravitacional da terra até seu centro. 1g = 9,81 m/s2).

Figura 8

Figura 9

Conector principal ao veículo As vantagens de unidade compacta são:

num conector central.

- A maioria dos sensores está dentro da unidade. - Os at uadores elét r icos estão ligados diretamente à unidade mecatrônica. - As interfaces elétricas necessárias ao veículo estão todas

Como resultado destas medidas, a quantidade de conectores e de chicotes foi drasticamente reduzida. Isto significa maior eficiência elétrica e menor peso. Também significa que um alto grau de estresse mecânico e térmico é aplicado à unidade

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Figura 10 - Unidade de controle eletrônico


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técnica

cimento) N233 – Válvula de controle de pressão 5 (segurança 1) N371 – Válvula de controle de pressão 6 (segurança 2) A – Válvula de alívio de pressão B – Circuito impresso

UNIDADE DE CONTROLE ELETRO-HIDRÁULICO A unidade de controle eletro-hidráulico é integrada ao módulo mecatrônico. A f i xad as na u n id ade de controle estão todas as válvulas solenoides e seletores hidráulicos e ainda o multiplexador. N88 – Válvula solenoide 1 – (Válvula atuadora de marcha) N89 – Válvula solenoide 2 – (Válvula atuadora de marcha) N90 – Válvula solenoide 3 – (Válvula atuadora de marcha) N91 – Válvula solenoide 4 – (Válvula atuadora de marcha) N92 – Válvula solenoide 5 – (Válvula multiplexadora) N215 – Válvula de controle de pressão 1 (Embreagem 1) N216 – Válvula de controle de pressão 2 (Embreagem 2) Adicionalmente, existe uma válvula de alívio de pressão no

Figura 11

módulo hidráulico. Ela evita o aumento excessivo de pressão, que poderia danificar os seletores hidráulicos.

N217 – Válvula de controle de pressão 3 (pressão principal) N218 – Válvula de controle de pressão 4 (f luido de arrefe-

As válvulas possuem características diferentes, dependendo de suas funções. São elas: - Válv ulas seletoras ON/ OFF; e - Válvulas moduladoras ou operadas por pulsos. As válvulas ON/OFF são dest i na d a s ao cont role dos atuadores e da válvula seletora do multiplexador. As válvulas operadas por pulsos são destinadas a regular a pressão principal, a regulagem do f luido de arrefecimento, a atuação das embreagens e operações de segurança do

51

sistema. Com o circuito impresso removido, as válvulas atuadoras das marchas N89, N90 e N91 podem ser vistas. Na próxima edição, estudaremos o circuito de lubrificação e arrefecimento da transmissão DSG presente nos veículos AUDI/VW a partir de 2005. Até lá e lembre-se: treinamento continuado gera qualidade de serviço e aperfeiçoamento profissional!

Figura 12


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técnica

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Controle das Emissões – Cancelamento de Cilindro Humberto Manavella humberto@hmautotron.eng.br

Autor dos livros “Controle integrado do motor”,“Eletroeletrônica automotiva”, e “Diagnóstico Automotivo Avançado”. Mais informações: (11) 3884-0183 www.hmautotron.eng.br

N

os dias de hoje as montadoras estão cada vez mais preocupadas com os índices de emissões e consumo dos motores. Tal preocupação tem se ref letido na concepção dos propulsores que ganham menores cilindradas e recurso que aumentam sua eficiência como comando de

válvula variável, admissão de geometria variável, turbo ou compressor entre outros sistemas, porém, os motores de grande cilindrada ganharam um mecanismo eletrônico que simplesmente cancela a ignição em determinados cilindros o que pode “reduzir a litragem” do motor (em circunstâncias

de utilização especiais) pela metade. Entenda como funciona este sof ist icado meca n ismo que reduz consumo e emissões de motores de grande cilindrada e que coloca estes grandões na linha do “ecologicamente correto”. Introdução Os principais fatores que nortearam o desenvolvimento de veículos desde os anos 80, foram: Redução das emissões e diminuição do consumo de combustível E isto, mantendo níveis de desempen ho aceitáveis. Em grande parte esses objetivos foram atingidos com a aplicação intensiva de tecnologias de controle eletrônico. O motor foi o primeiro sistema automotivo a receber tais avanços tecnológicos. Em particular, com relação às emissões, existem três fontes geradoras ligadas ao trem de força do veículo:

• Os gases de escape. • A evaporação de combustível armazenado no tanque e na cuba do carburador (emissões evaporativas em ciclo Otto) e os vapores de combustível que escapam durante o reabastecimento. • Os vapores de combustível não queimado, acumulados no cárter, resultantes do vazamento de mistura através da folga existente entre os anéis e as paredes dos cilindros. Cabe salientar que, em paralelo com as emissões, a redução do consumo é o outro fator determinante da evolução tecnológica no desenvolvimento do motor de combustão interna. É precisamente, durante a fase de projeto do motor que são implementadas as medidas específicas à redução de consumo. Controle das Emissões no Escape Em função dos prejuízos causados pelas emissões, e na procura de uma maior eficiência nos motores produzidos nos últimos anos, fez-se necessário

Este “big block” da Chrysler um HEMI com 5,7 litros, graças ao mecanismo “Cylinder Shutoff” opera com apenas 4 cilindros em regime constante, numa estrada por exemplo, o que reduz o consumo e as emissões deste parrudo propulsor.


o

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técnica o desenvolvimento de sistemas de controle mais sofisticados e precisos. Os desenvolvimentos mais relevantes podem ser classificados em 4 grupos: 1. Os relacionados diretamente com o projeto do motor 2. Os relacionados com o sistema de admissão da carga 3. Os que fazem parte do sistema de pós-tratamento 4. Os relacionados ao uso de combustíveis alternativos

ba lanci m de acionamento da válvula e do balancim de comando, este, por sua vez, acionado pelo ressalto do eixo comando. Um pino de engate, a cion a d o h id r au l ic a me nt e, produz o acoplamento do balancim da válvula com o de comando. A posição do pino, para ativar/desativar o cilindro, é controlada pela UC, através

de uma válvula solenóide. A dimi nuição no consumo resulta da eliminação das perdas de bombeamento corre sponde nt e s a os cil i nd ros desativados como resultado de que estes não admitem ar. Ainda que a compressão de ar no cilindro fechado consuma potência, esta é, em grande par te, recuperada durante a

expansão. Por outro lado, as perdas de bombeamento nos cilindros ativos, também diminuem em função de que, para manter a potência requerida pelas condições de funcionamento, a borboleta deve abrir um ângulo maior; isto, com relação à posição que teria no caso do motor operar com todos os cilindros.

Um destes desenvolvimentos, relacionado com o projeto do motor, é o de desativação ou cancelamento de cilindro (cylinder shutoff). Desativação de Cilindros P r i ncipal mente aplicado em motores de 8 e 6 cilindros, este sistema tem por objetivo cancelar (desativar) cilindros mantendo as válvulas fechadas. Na maioria dos casos, são desativados um terço ou a metade dos cilindros. Desta forma, a desativação equivale a operar o veículo com um motor de menor cilindrada o que resulta em menor consumo e, consequentemente, na diminuição das emissões, principalmente, de CO2. Du rante a par tida e alta carga, o motor opera com a tot alid ade dos cili nd ros. O cancelamento de cilindros nas condições de 1) carga parcial com velocidade estabilizada, 2) aceleração moderada ou 3) pendentes suaves, contribui para a economia de combustível. O cancelamento consiste em manter as válvulas de admissão e de escape fechadas e, ao mesmo tempo, desativar a alimentação de combustível do cilindro cancelado. A título de exemplo, será analisado o sistema aplicado em motores Honda 3.0/3.5 V6. Deriva do sistema VTEC de comando variável, que será abordado numa próxima edição. O mecan ismo de desativa ção (f ig u r a 1) con st a do

Figura 1

Figura 2

As figuras 1 e 2 mostram o caso de cilindro desativado no qual, só o balancim de comando é movimentado pelo ressalto

Figura 3

Figura 4

As figuras 3 e 4 mostram o caso do sistema na posição de funcionamento normal, ou seja, com os balancins acoplados (cilindro ativado)

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Válter Ravagnani www.drieonline.com.br

Fotos: Doutor-IE

Diagramas Gol geração 5 e Voyage 1.0 8V VHT Total Flex “INSP” por aproximadamente 15 segundos. Tal sinalização indica a necessidade de se realizar uma revisão no veículo. PROCEDIMENTO PAINEL DE INSTRUMENTOS - RESET DA INDICAÇÃO DE SERVIÇO Assim como em outros veículos da VW, o Gol Geração 5 e o Voyage possuem indicação periódica de inspeção (“INSP”) no painel de instrumentos. Após atingir os 15.000 km, toda vez que é ligada a ignição, aparecem (piscam) no display do hodômetro parcial as letras

Após a revisão, para apagar a indicação de inspeção (“INSP”), proceda da seguinte forma: 1. Ligue a ignição sem dar partida. Aguarde alguns instantes até que a indicação INSP desapareça e dê lugar a indicação do hodômetro parcial. 2. Desligue a ignição. 3. Pressione e manten ha pressionado o botão de ajuste

Painel Gol, Geração 5 / Voyage

do hodômetro parcial. 4. Ligue a ignição, sem soltar o botão de ajuste, e aguarde até que as letras INSP parem

de piscar e sejam substituídas pela indicação do hodômetro parcial. 5. Solte o botão de ajuste do

CONECTORES DA UCE - LADO DO CHICOTE

Visão geral do motor

Conector A

Conector B

Conector A UCE

Conector B

hodômetro parcial. 6. Desligue a ignição. 7. Feito isso, a indicação de revisão estará “resetada”.


técnica DIAGRAMA ELÉTRICO INJEÇÃO ELETRÔNICA - MAGNETI MARELLI IAW 4GV GOL GERAÇÃO 5 E VOYAGE 1.0 8V VHT TOTALFLEX 72/76CV (CCN)

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TÉCNICA

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TÉCNICA

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Defeito intrigante: Veículos atingidos: VW Gol, Parati e Kombi com motorização 1.0 8/16 V e 1.6 com sistema Bosch: MP 9.0. e Marelli: IAW 1AVS

DEFEITO: Oscilação brusca na marcha lenta após manutenção, revisão ou troca de alguns componentes eletrônicos como, corpo borboleta (TBI), distribuidor de ignição, bateria ou Central de Injeção Eletrônica. DICA: Mu it os veícu los cit a dos acima quando realizamos a manutenção não apresenta este tipo de defeito, isto é, aceita o ajuste básico pelo scanner e funciona nor malmente. Mas sempre aparecem alguns veículos na oficina que nos faz perder muito tempo técnico para ajustar o funcionamento correto até terminar o serviço.

Divulgação

Marcos Sarpa contato@dicatec.com.br

Após a subst it uição dos componentes eletrônicos ou outros componentes que venham apresentar este o tipo de feito e não consegue ajustar o controle da marcha lenta através de equipamento eletrônico (scanner), recomenda-se um procedimento para ajuste básico manualmente (sem scanner). PROCEDIMENTOS: 1 – Aquecer o motor até disparar o eletro ventilador por 2 vezes, não há problema se está oscilando a marcha lenta; 2 – Rastrear o sistema com scanner, resetar todos os códigos de falhas memorizados e re set a r pa r â met ros aut o adaptativo (quando disponível); 3 – Desligar (romper) a alimentação da Central de Injeção Eletrônica (negativo da bateria, fusíveis ou conector da Central) por 10 minutos; 4 – Após 10 minutos, alimentar novamente a Central de Injeção, ligar o motor e aguardar seu aquecimento até acionar novamente o eletro ventilador

por 2 vezes; 5 – Acelerar o motor em 3.000 RPM por 30 segundos; 6 – Após 30 segundos deixar estabilizar a marcha lenta por 1 minuto (não tem problema se a marcha lenta está oscilando); 7 – Fazer 10 vezes os itens 5 e 6; 8 – Após o item 7, ligar o farol alto e deixar funcionando na marcha lenta por 40 minutos;

9 – Após 40 minutos procedimentos ok. OBSERVAÇÃO: Antes de realizar o procedimento verifique o sincronismo da correia dentada, ajuste correto do cabo do acelerador e ajuste o ponto de ignição (distribuidor) em 6 graus. Ao deixar o motor funcio-

nando na marcha lenta com farol alto ligado por 40 minutos, instale o scanner em leitura (modo contínuo) e acompanhe e veja os parâmetros se enquadrar novamente com as configurações originais. Próximo mês voltaremos a comentar as falhas de difícil diagnóstico e referentes a linha VW, grande abraço.


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2.040,

• BLOCO • BOMBA DE ÓLEO • VIRABREQUIM • BIELAS • PISTÕES • ANÉIS • BRONZINAS DE BIELA • BRONZINAS DE MANCAL CÓD.: 24579316

Imagens ilustrativas. Respeite a sinalização de trânsito.

ALPHAVILLE: (11) 2078.9487/9488

CEASA: (11) 3649.2145/2134/2016

SÃO PAULO (BARUERI)

SÃO PAULO (CAPITAL)

BUTANTÃ: (11) 3724.9080/9106

CENTRO: (11) 3224.5154/5183

SÃO PAULO (CAPITAL)

SÃO PAULO (CAPITAL)


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técnica

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Fotos: Divulgação

Sistema de freio antiblocante ABS - Sistema ABS Pajero TR4 2.0 16V 2004 - Aula 40 Pedro Luiz Scopino scopino@automecanicascopino.com.br

E

m nosso encontro mensal do Jornal Of icina Br a si l a n a l i s a r e m o s mais um sistema de freio ABS e m u m a l i n h a c om g r a nde cresci mento de merca do, a Mitsubishi Pajero TR4, em um momento em que estes veículos são cada vez mais frequentes nas oficinas independentes. Modelo em estudo: TR4 2.0 16V ano 2004: Componentes: Unidade Eletrônica - ECU Em um local diferente que o comu m, temos a u nidade eletrônica incorporada à unidade hidráulica, mas fixa em um suporte junto à longarina dianteira direita do veículo, em um local de fácil acesso e

Roda dentada dianteira

visualização, mas que obriga a utilização de tubos de freio mais longos em razão da distancia do cilindro mestre de freio. Temos na unidade eletrônica um conector central de 34 pinos, distribuído em três fileiras do 1 ao 12, do 13 ao 22 e do 23 ao 34. A alimentação é constante (lin ha 30) nos ter minais 12

Sensor traseiro

e 34, a ligação pós chave de ignição é pelo pino 32 e o aterramento nos pinos 11 e 33. A linha de comunicação com o scanner via conector de diagnose padrão OBD2 terminal 7 é pelo pino 21. Temos ainda a ligação com o interruptor da luz de freio pelo pino 03, e o controle da luz de anomalia no painel pelo

pino 22. Alimentação elétrica da ECU eletrônica: PINOS / SISTEMA TR4 ATERRAMENTO 11 – 33 POSITIVO 12 – 32 – 34

Unidade Hidráulica Temos neste veículo uma

unidade hidráulica de quatro canais, todos controlados individualmente com suas respectivas solenóides, que hora podem isolar um circuito, ou podem permitir a redução da pressão. Para o controle de isolação ou redução de pressão temos oito solenóides que estão dentro da unidade hidráulica:


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técnica

Unidade eletrohidráulica

• Isolamento dianteira direita • Diminuição dianteira direita • Isolamento dianteira esquerda • Diminuição dianteira esquerda • Isolamento traseira direita • Diminuição traseira direita • Isolamento traseira esquerda • Diminuição traseira esquerda Sempre que houver falha no sistema, ou o ABS não está em

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Reservatório do fluído

ação teremos o circuito livre, ou seja, a passagem do f luído de freio é direto como se não existisse a unidade hidráulica do ABS. Sensores Por ser um sistema do tipo 4S4K (quatro sinais e quatro canais) temos um sensor de velocidade (rotação) por roda, sendo do tipo indutivo. Nas rodas dianteiras temos as rodas dentadas fixas no anel externo da junta homocinética fixa, e no eixo traseiro o sensor está no eixo do diferencial, um de cada lado, próximo ao espe-

lho de freio. Os sensores estão ligados à ECU eletrônica da seguinte forma: DIANTEIRO ESQUERDO – pinos 26 e 27 DIANTEIRO DIREITO – pinos 04 e 05 TRASEIRO ESQUERDO – pinos 23 e 24 TRASEIRO DIREITO – pinos 01 e 02 O Valor de resistência diretamente no sensor ou no próprio conector da ECU deve estar entre 1,3 a 1,5 Kohms.

Painel TR4

COMENTÁRIOS DO SCOPINO AO REPARADOR Falhas nos sinais dos sensores tem se mostrado como a maior incidência de problemas neste veiculo, principalmente

no eixo traseiro, a formação de limalha de aço dos desgastes dos rolamentos que se encontram no lubrificante do eixo diferencial, ficam presas no ímã do sensor, alterando seu sinal e fazendo com que a ECU entenda uma velocidade diferente da real. Também por se tratar de um veículo com estilo e espírito aventureiro e utilização off road é comum termos os cabos dos sensores danificados. Na próxima edição, veremos SISTEMA ABS BLAZER 2.8 DIESEL.


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lançamento

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em breve na sua oficina

Fotos: Oficina Brasil

Crônica de uma consumidora na oficina Ao buscar o Volkswagen Space Cross Fox na concessionária, tinha como missão, levá-lo à oficina para escrever o “em breve na sua oficina”. Como editora do jornal Oficina Brasil, acompanho as avaliações dos reparadores e julguei que esta seria uma tarefa fácil.

Por Vivian Martins Rodrigues

A

o entrar no carro pela primeira vez, tive uma confortável surpresa: senti-me mais alta que o normal (o que era de esperar para uma per ua cross). Foi à primeira situação que me agradou, já que o regulador de altura me foi útil. Os comandos são fáceis de manusear, o volante confortável e o câmbio, manual, responde rápido e macio. Notei todos os detalhes, inconscientemente, como consumidora e lembro-me de ter pensado que era um carro que compraria. Externamente os faróis, com máscara negra, chamam atenção. Internamente, espaçoso, bancos com tecido Malharia Sound e com acabamento interno que aprovei. Ao guiá-lo, senti estabilidade nas curvas, o que pode ser efeito dos pneus mais largos. O destino era o

bairro Chácara Santo Antônio, em São Paulo. No caminho, fui sur preendida por um Honda Civic que comportava um motorista nada habilidoso. Freei bruscamente, pois o individuo parou de repente na minha frente e, em plena marginal, senti o poder do ABS. Agradeci pela resolução que exige, a partir de 2014, a obrigatoriedade deste item de segurança. No asfalto, o Space Cross desempenha seu papel com desenvoltura, espero um dia testá-lo na terra. Chegando à oficina, o grande desafio estava por vir: desvendar o que o Space Cross oferecia de vantagens e desvantagens ao reparador que, em breve, verá esse modelo em sua oficina. Após analisar o carro de todos os ângulos, inclusive ao ser erguido no elevador, tive a experiência que todo consu-

midor deveria ter. Análise do reparador O reparador afirmou que a suspensão dianteira aumentou 33 mm, a traseira aumentou 35 mm, sendo 5mm em ambas apenas pelo novo perfil dos pneus aro 15, que agora são 205/55. O motor, EA 111 VHT, com 1.6 L e 104 CV (quando abastecido com etanol), possui o sistema drive-by-wire, eletrônica aplicada ao acelerador, que é a tendência dos carros f lex. Os bicos injetores estão posicionados como no modelo anterior e o sensor de temperatura encontra-se no cabeçote, que continua sendo de alumínio. Também aler ta que, para reparar este carro, é necessário entender de injeção eletrônica e possuir scan ner at ualiza-

do. O espaço do motor permanece igual, a s si m c omo a lg u n s componentes: vaso do reser vatór io, sensor de pressão do cole tor, modo de ignição localizado na própria bobina, sensor de fase, cabos de vela e correia dentada. O veículo possui 2 sondas lambdas: a primeira diz respeito à eficiência do motor conforme a queima; a segunda, mede a eficiência do catalisador. Normalmente, quando este veículo passa por um buraco grande ou uma lombada capaz de danificar a roda, a bandeja entorta. O reparador, quando troca a bandeja, não consegue enquadrar a geometria do veículo. O reparador indica trocar o quadro completo, as buchas, mangas e rolamento.

Dica: O lubrificante correto a ser utilizado e a quantidade estão especificados no manual do proprietário. A classificação adequada é a que vem descrita e vai atingir o torque sugerido.

Impressões Ponto positivo: o aterramento está bastante resistente. Ponto negativo: Os fusíveis, que apresent avam problemas de oxidação nas oficinas, não foram alterados neste modelo.


em breve na sua oficina

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Cofre do Motor EA 111, VHT, com 1.6 L e 104 CV (quando abastecido com etanol)

Fusíveis que antes oxidavam, criando resistência, não foram substituídos neste modelo

Bieleta, para manter o veículo estável

ABS

São duas Sondas Lambda, uma antes e outra depois do catalisador

Suspensão mais alta nesta versão cross


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Lancer GT, Sportback e Evolution X – trio que impõe respeito

Os carros apresentados neste luxuoso lançamento, não passarão tão logo por sua oficina, mas quem sabe, em breve estarão na sua garagem

A

marca Lancer, da Mitsubishi já é conhecida por aqueles que são admiradores de carros potentes e imponentes. O novo Mitsubishi Lancer GT é a versão sedan do conforto oferecido por esta linha de modelos, que possui motor de alumínio a gasolina 2.0 L MIVEC de 16 válvulas e 160 cv e transmissão automática de 6 velocidades . A versão Sportback Ralliart apresenta motor de alumínio a gasolina Mivec Turbo Intercooler de 250 cv com 35 kgf.m

de torque e transmissão Twin Clutch SST e dupla embreagem, que reduz o tempo de troca de marcha. O Mitsubishi Evolution X, ref lete a esportividade da marca e é sinônimo de vitórias nas pistas do WRC (World Rally Championship) e do P-WRC (Production Car World Rally Championship). Equipado com um completo conjunto de itens para segurança possui Air bags frontais, laterais, de cortina e de joelho para o motorista, isso sem contar o invejável

motor MIVEC Turbo Intercooler de 295 cv com 37.3 kgf.m de torque e freios Brembo com pinças dianteiras com 4 pistões e traseiras com 2 pistões. Sem estepe, vem equipado com o Kit reparo. Entrevista O Jor nal Of icina Brasil, curioso como sempre, encaminhou para os técnicos automotivos da Mitsubishi algumas perguntas sobre curiosidades da linha lancer GT, Sportback e Evolution X. Lancer GT Está previsto versão f lex para este modelo? O que temos hoje é movido à gasolina e não temos nada definido. Qual é o consumo urbano

e rodoviário? Urbano: 9,2 km/l Rodoviário: 12,4 km/l Lancer Sportback Ralliart Como funciona o sistema de partida em rampa (HSA)? O HSA (Hill-Start Assistance) auxilia o motorista durante

a partida em rampa, mantendo os freios acionados para evitar que o carro se desloque antes que o motorista pise no acelerador. O motor 2.0 16V aspirado será disponibi l i zado neste modelo de carroceria? Não. A versão que estamos comercializando é u ma das

Fotos: Divulgação

lançamento


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Fotos: Sergio Schvaicer

Fotos: Divulgação

lançamento

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lançamento

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Lancer Evolution X

Como funciona o kit reparo, caso um dos pneus fure? Deve-se aplicar o kit através da válvula do pneu furado e depois enchê-lo com a bomba que também faz parte do kit.

mudanças em relação à geração anterior, tanto na motorização, que passou a ter 295cv, como também no sistema de suspensão, freios, etc, sem contar com a mudança visual.

Os sistemas de controle de estabilidade e controle de tração podem ser desligados? Sim. Há um botão no console onde o motor ista pode optar por desligar a qualquer momento esses recursos.

Qual a principal diferença de motorização e controles eletrônicos, em relação ao modelo anterior? O Lancer Evolution X é a versão mais atual deste conceituado veículo e teve inúmeras

VALORES: Lancer GT a partir de R$ 85.990,00 Lancer Spor tback Ralliar t a partir de R$ 149.990,00 Lancer Evolution X a partir de R$ 199.990,00

mais moder nas do mercado e equipada com motor turbo, dupla embreagem e preparação Ralliart.

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Avaliação do Reparador

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avaliação do reparador

VW Gol G5 é velho conhecido das oficinas Sem grandes novidades nas rotinas de reparação, a geração 5 do modelo Volkswagen mais vendido no Brasil apresenta pouca complexidade na manutenção e boa disponibilidade de peças, seja na rede independente, seja na rede de concessionárias da marca

Lançado em 2008 e carrochefe de vendas da montadora alemã no Brasil, o VW Gol Geração 5, também conhecido como G5, não t raz g randes modificações em relação a seus antecessores e continua com boas condições de manutenção, uma vez que o Gol já é um velho conhecido das empresas de reparação. Com a motorização EA111, a mesma utilizada em outros veículos Volkswagen, como o Polo, o Golf e o Fox, a grande mudança na Geração 5 é o posicionamento do motor no cofre: deixa de ser longit udinal e passa a ser transversal, além da opção do câmbio automatizado na versão 1.6 litro. O veículo utilizado para esta “Avaliação do Reparador”, realizada em conjunto com os conselheiros e colaboradores t é c n icos do jor n al Of ici n a Brasil, foi um VW Gol 1.0, ano 2010, que usa o mesmo motor do G4, porém traz as melhorias aplicadas na linha Fox, com mais torque, bat i za do pela VW como VHT (Ver y High Torque). São 9,7 kgfm com o motor operando a gasolina e 10,6 kgfm utilizando álcool, que manifesta seu pico (tanto para álcool quanto gasolina) a 3.850 rpm e 72 cv na gasolina e 76 cv de potência no álcool a 3.850 rotações. Já no Gol 1.6, o motor AP foi substituído pelo EA111, o mesmo utilizado no Polo 1.6 Flex, avaliado por esta seção na edição de Outubro de 2011. Este motor tem torque máximo de 15,4 e 15,6 kgfm a 2.500 rpm. A potência máxima é de 101 cv com gasolina e 104 cv com álcool, sempre a 5.250 rpm.

Fotos: Oficina Brasil

Ernesto de Souza

Poucas surpresas para o reparador sob o capô do Volkswagen Gol Geração 5 - motor EA111 no modelo 1.6 litro e VHT no 1.0 litro

O si s t e m a i mobi l i z a d or agora é o Immo 4, de cinco algoritmos de criptografia, o mesmo utilizado nas versões d o Au d i A8 , t a mb é m u m a montadora integrante do Grupo Volkswagen e que compartilha tecnologia com outros veículos. Um ponto de atenção aos reparadores independentes é o recall de freios anunciado logo após o lançamento do G5, com a convocação de proprietários dos modelos Fox, Novo Gol e Voyage equipados com motor

1.0. Segundo a montadora, foi constatado que, em condições de t rânsito u rbano, o pedal do freio poderia sofrer endurecimento após ser acionado repetidamente, dificultando a parada do veículo e podendo causar acidentes. Os clientes envolvidos no recall deviam comparecer à rede autorizada da VW para atualizar a calibração da unidade de comando do motor. Os seguintes veículos com

números de chassis estavam envolvidos na chamada para reparo: Fox 1.0 2009: 94 000001 a 94 109465; Novo Gol 1.0 2009 e Voyage 1.0 2009: 9P 000001 a 9P 0 4 680 0 e 9T 0 0 0 0 01 a 9T 185645. Undercar O i n st r ut or e re pa r a dor Amauri Gimenes observa que o sistema de escapamento do VW

Gol G5 é formado por cinco (5) partes: 1) Catalisador 2) Cano com f lexível ou tubo de extensão 3) Conjunto intermediário ou abafador 4) Tubo intermediário 5) Conjunto traseiro ou silencioso traseiro 1) O catalisador fica localizado na parte frontal do motor, entre o motor e o radiador, juntamente com o coletor de escapamento, em uma única


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avaliação do reparador

peça. Isso se deve ao fato de o catalisador funcionar com 100% de sua eficiência apenas a partir dos 300°C. Nos modelos anter iores, o catalisador era montado no cano do motor após o coletor de escapamento. A montadora percebeu que, em determinadas situações, o catalisador perdia eficiência devido ao seu rápido esfriamento. Quando o catalisador vem localizado entre o motor e o radiador, sua temperatura de trabalho é atingida rapidamente e permanece por mais tempo.

Catalisador próximo ao motor mantém a temperatura ideal de trabalho

2) O cano flexível ou tubo de extensão serve para absorver e minimizar os movimentos do motor e não transferi-los para o escapamento. Este, apesar das borrachas de fixação, tem movimentos limitados e pode ter os prisioneiros do coletor/catalisador quebrados, caso o movimento do motor não seja amenizado. 3) Conjunto intermediário ou abafador é o componente responsável por diminuir os ruídos mais agudos provocados pela combustão interna do motor (explosões). No motor 1.0 8V, o abafador é tubular de dimensão menor que no motor 1.6 L 8V, que é em forma triangular.

Detalhe do sistema de escapamento, que já inclui o catalisador

No VW Gol G5 o catalisador está posicionado entre o motor e o radiador

Cano flexível evita transferir os movimentos do motor ao escapamento

Abafador de ruidos em formato tubular do modelo 1.0 litro

4) Tubo i ntermed iár io: Serve de ligação entre o abafador e o silencioso, e sua vedação é feita por uma luva com duas abraçadeiras. 5) Conjunto traseiro ou silencioso traseiro: Componente responsável por diminuir os ruídos graves provocados pelo funcionamento do motor. Veículos que andam por períodos curtos de funcionamento tendem a acumular água em seu interior. Eletrônica embarcada – Sistema de ignição C om a c ola b or a ç ã o d o s engenheiros e empresários da reparação automotiva Fábio

Cabral e Sergio Seihiti Torigoe, avaliamos o sistema elétrico e de ignição do VW Gol G5. Segundo Cabral, o sistema de ignição do modelo avaliado é constit uído das seg uintes peças: 1) Módulo de comando 2) Roda fônica 3) Sensor de posição d a manivela (CKP) 4) Bobina de ignição 5) Cabos de ignição 6) Velas de ignição

1) Módulo de comando: Após a liberação do sistema de imobilizador (code), começa a gerenciar todos os controles do avanço, ângulo de permanência e ponto inicial de ignição, através de parâmetros predefinidos em sua memória e por meio de informações fornecidas pelos sensores. 2) Roda fônica: São três sistemas de roda fônica: BRUSS, SABÓ e FREUDENBERG. Os t rês sistemas possuem u ma

marcação diferente e precisam estar instalados corretamente e no ponto preciso, pois todos os cálculos partem daí. É muito comum um V W Gol G5 ser trazido para a oficina com tempos de ignição e injeção fora de parâmetros, isto decor rente da sincronização errada entre a roda fônica e a f lange. 3) Sensor de posição da manivela (CKP): É um sensor do tipo hall, que infor ma a

posição da árvore de manivela (virabrequim). Não é exagero dizer que é um dos sensores mais importantes do veículo, já que o módulo de comando necessita de suas informações para realizar tanto o tempo de ignição quanto o de injeção de combustível. Na ausência desta informação, por motivo de defeito ou falha do componente, e se o condutor insistir na partida, o veículo entra em funcionamento de emergência, o que permite o funcionamento


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avaliação do reparador

A ligação entre o abafador e o silencioso é feita pelo tubo intermediário

Luva com duas abraçadeiras são responsáveis pela vedação da ligação

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como pen-drives e é sempre impor te examiná-las a cada dez mil quilômetros. Ele faz esta analogia, pois, observando as velas de ignição, é possível identificar diversos aspectos de funcionamento do motor, como se o combustível é de má qualidade, se o motor está superaquecendo, se a mistura está rica ou pobre, se a ignição está atrasada ou adiantada e se ela está adequada ao motor. Por isso, é sempre importante consultar o manual de reparação e verificar as velas de ignição adequadas a cada motor. Câmbio

Vista total do silencioso traseiro, onde os ruídos graves são abafados

Pode haver acúmulo de água no silencioso traseiro

bem aterrado à vela de ignição, pois o próprio projeto do motor facilita esse mau contato entre os dois. No alojamento das velas de ignição, há depósito de muita sujeira e quando o motor é lavado, a água acaba ficando entre as velas e os cabos de ignição, criando ferrugem nos terminais. Isso ocasiona fuga de corrente e gera a necessidade de substituí-los.

Durabilidade (depende do modo de utilização): Conjunto robusto e muito bem programado proporciona prazer e conforto ao dirigir, especialmente no trânsito intenso das cidades. A dica para o cliente proprietário de um veículo com este tipo de câmbio é que, se utilizado como um câmbio automático convencional, os componentes do sistema tendem a se desgastar muito rapidamente, pois numa parada em subida, por exemplo, se for mantido o pé no acelerador, mesmo que de leve, o atuador da embreagem fica acionando parcialmente o conjunto e acelerando o desgaste da embreagem.

6) Velas de ignição: Para Cabral, as velas de ignição são

Manutenção: Como já é sabido, toda a linha de veículos

Base de fusíveis sobre a bateria, similar a do VW Polo e Audi

O VW G5 possui um relê central no qual estão inseridos todos os relês do sistema elétrico

do motor para que o veículo chegue até uma oficina especializada e lá seja realizada uma manutenção corretiva.

veículos. Isso não pela construção técnica dos cabos, mas sim pela fragilidade do módulo de comando em absorver campos magnéticos e interferências por radiofrequência (R.F.I.) geradas pelos cabos de ignição. São comuns esses veículos sofrerem panes de corte de ignição após os cabos de ignição terem sua temperatura elevada ou mesmo por falta de aterramento. Mesmo nesse modelo de cabo de ignição, é muito importante que o cabo de ignição esteja

4) Bobina de ignição: É um modulo composto de duas b obi n a s de ig n içã o e ncap suladas em uma única peça. Tem uma ótima durabilidade e confiabilidade. Hoje é muito comum verif icar que alguns reparadores estão utilizando bobinas importadas da China, que, pela nossa experiência na

oficina em carros trazidos para manutenção com a bobina de ig nição produ zidas naquele país asiático, são de péssima qualidade. O principal defeito que apresentam é o superaquecimento ou deixam o circuito aberto, fazendo com que o motor pare de funcionar em dois dos cilindros. 5) Cabos de ignição: Esse é sem dúvida nenhuma o cabo de ignição mais complexo e sensível que temos hoje em nossos

Para a avaliação do sistema de transmissão do VW Gol G5, contamos com a experiência do engenheiro Carlos Napoletano, experiente reparador e instrutor responsável pela formação de centenas de profissionais especializados em transmissão. Napoletano explica que, nos modelos convencionais, a transmissão é a mesma utilizada nos modelos Polo e Golf com câmbio manual de 5 velocidades. A grande dica é nos modelos equipados com a transmissão automatizada disponível somente nos modelos I-Motion 1.6., desenvolvido pela Magneti Marelli Powertrain.


FICHA TÉCNICA Modelo MOTOR Comando Alimentação de Combustível Número de Cilindros/ Disposição Válvulas por Cilindro Diâmetro X Curso (mm) Volume Total em cm3 Taxa de Compressão Potência Máxima Gasolina/Álcool (cv/rpm)

1.0 litro 8 válvulas 1.6 litro 8 válvulas Dianteiro transversal Fixo, SOHC de 8 válvulas Injeção multiponto sequencial Magneti Marelli 4GV 4/em linha Duas 67,1 X 70,6 999 13:1

76,5 X 86,9 1.598 12,1:1

72/76 cv a 5.250 rpm

101/104 cv a 5.250 rpm

9,7/10,6 kgfm a 3.850 rpm

15,4/15,6 kgfm a 2.500 rpm

Câmbio MQ200 Manual/5/Dianteira

Câmbio MQ 200 Manual/5/Dianteira ou Automatizado Sequencial de 5 marchas (I-Motion)

Torque Máximo Gasolina/Álcool (kgfm/rpm) TRANSMISSÃO Tipo (Construção/Marchas/ Tração) SUSPENSÃO Dianteira

Traseira Rodas e Pneus Freios (dianteiro/traseiro) Dimensões e Capacidades Comprimento (mm) Largura (mm) Altura (mm) Distância entre Eixos (mm) Peso Total (kg) Peso/Potência (kg/cv) Peso/Torque (kg/kgfm) Capacidade de Carga (kg) Tanque de Combustível (L) Porta-malas (L) Direção Tipo

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avaliação do reparador

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Suspensão independente, tipo McPherson, com mola helicoidal, amortecedor pressurizado e barra estabilizadora Barra de torção – Semi-independente, com braço longitudinal, mola helicoidal e amortecedor pressurizado Aço – 5J x 13″ – 175/70 R13 Disco ventilado/Tambor

Custo das peças de reposição: Varia ligeiramente entre as concessionárias, visto que ainda não há disponibilidade de peças no mercado de reposição independente. As concessionárias cobram entre R$ 450,00 e R$ 550,00 pela troca e reprogramação do conjunto; já o conjunto de embreagem pode ser adquirido por valores entre R$ 600,00 e R$ 700,00. Disponibilidade de peças de reposição: Nas concessionárias VW pesquisadas em de

3.900 1.660 1.460 2.470 934 12,3 88,1

VW prima pela facilidade de reparo e o VW Gol I-Motion não é diferente. A remoção e recolocação dos componentes mecânicos, em caso de reparo, é muito simples, não exigindo ferramentas especiais. Porém, por ser um sistema relativamente novo, carece de informações e softwares disponíveis fora da rede de concessionárias da marca para reprog ramação. Exemplo disso seria a necessária reprogramação após a troca do conju nto d a embreagem ou sangria do sistema eletrohidráulico.

São Paulo e na região do ABC Paulista, não existem peças em estoque, e o prazo para entrega, no caso de uma encomenda, é indeterminado (varia em função do estoque da fábrica). Sistema de Direção No novo Gol Geração 5, há dois fabricantes de caixa de direção hidráulica: uma é a TRW e a outra, a JTEKT GROUP. Nos modelos equipados por um dos dois fabricantes, observamos as seguintes falhas mais frequentes ocorridas em veículos que chegam às oficinas: TRW: Problemas com bar ul ho e va za mento de óleo hidráulico. JTEKT: Problemas com barulho e folga interna na caixa. Dica: Sempre que estiver fazendo uma revisão neste veí­ culo, verifique se existe folga na abraçadeira da coifa da caixa de direção hidráulica, pois, se houver folga nesta abraçadeira, poderá ocorrer entrada de

água para dentro caixa e, desta forma, haverá a corrosão da cremalheira interna da caixa hidráulica, o que reduzirá a sua durabilidade. Já existem veículos semelhantes ao utilizado nesta Avaliação do Reparador (ano 2010) chegando para reparo na oficina, com uma quilometragem próxima dos 20.000 km. Custo aproximado de manutenção com caixa hidráulica recondicionada. TRW: R$ 810,00 JTEKT: R$ 950,00 Serviços inclusos neste s va lore s: Re pa ro d a caixa hidráulica, troca do óleo hidráulico – Dexron III, alinhamento de direção e mão de obra para retirada e instalação da caixa. Custo de manutenção com caixa nova comprada na concessioná r ia – R $ 1.990,00. Nota para avaliação do sistema de direção do VW Gol G5 – 3,0

944 9,1 60,5 440 55 285

Pinhão e cremalheira com assistência eletrohidráulica

Detalhe da flauta de alimentação

Motor transversal sob o capô do Volkswagen Gol G5

Detalhe do reservatório de gasolina próximo ao reservatório de expansão do liquido do sistema de arrefecimento


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AvAliAção do RepARAdoR

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comentáRioS SobRe o SiStemA de AR-condicionAdo do vW Gol G5

mario meier ishiguro ishi@ishi.com.br

O

Gol G5 compartilha várias peças do arcondicionado do seu “primo” Fox. É modelo de carro em que muito se instala kit de arcondicionado. O sistema de ar-condicionado do Gol G5 é equipado com um compressor CVC (Compressor Variável Compacto), de fabricação da Delphi, com seis cilindros e 125 cm³, de cilindrada variável, com 150 ml de óleo PAG (Poly Alquileno Glicol) 46 (viscosidade) e cerca de 450 g de fluido refrigerante R134a. Este modelo de compressor dispensa a utilização de termostato ou sensor anticongelamento do evaporador, pois quando o fluido refrigerante retorna para o compressor com baixa temperatura, próximo de zero grau, o compressor diminui sua cilindrada, e seu fluxo é reduzido por uma válvula compensadora termostática (torre). Reduzindo a vazão de fluido refrigerante, a eficiência no evaporador diminui momentaneamente, evitando o seu congelamento. O condensador possui filtro secador com cartucho na lateral do condensador (interno). Na troca do compressor, devido às limalhas e óleo contaminado, a recomendação é trocar todo o condensador com filtro secador. Mas pode ser encontrado para venda apenas o cartucho com o elemento dissecante e filtrante. Cabe ao reparador avaliar a condição de saturação interna do condensador e trocá-lo ou tentar lavar o condensador, trocando apenas o refil do filtro secador. Devido à dificuldade de limpeza deste modelo (Multi Flow), recomenda-se sempre a troca do condensador. Isto deve ser considerado no orçamento. Na saída do condensador, há

Compressor CVC DELPHI GOL G5

Filtro secador cartucho GOL G5

Transdutor de pressão Volkswagen

Engate rápido Volkswagen

uma mangueira de alta que, em caso de vazamento e reparo, pode quebrar o engate giratório durante o procedimento de retirada. Esta peça já se encontra no mercado de reposição para a troca. O transdutor de pressão é responsável por “comunicar” ao módulo de injeção a pressão na linha de alta (líquido) entre o condensador e a válvula de expansão. Desta forma, o módulo de injeção permite ligar ou não o compressor, ligando o eletroventilador somente quando for necessário. Este transdutor pode apresentar vazamentos internos ou deixar de funcionar. O resistor da ventilação tem o acesso bem “escondido”, em cima da caixa de ventilação, antes do alojamento do filtro antipólen. Este modelo (até 2010) vem sem o filtro antipólen, mas algu-

mas oficinas “adaptam” filtros antipólen. A falta deste filtro ocasiona acúmulo de sujeira no evaporador, resultando em diminuição da ventilação, falta de eficiência e até mau cheiro nos difusores. O evaporador é um ponto que tem procura no mercado, pois pode apresentar vazamentos. Mas cuidado: existem dois modelos, um é fabricado pela Denso e outro, pela Behr. Em geral, o da Behr tem mais procura nos distribuidores.

Transdutor de pressão GOL G5

Caixa de ventilação GOL G5 - resistor

tAbelA de pontoS

notA

Sistema de ar-condicionado

4

MARIO ISHIGURO

Custo de peças de reposição Disponibilidade de peças de reposição Incidência de problemas

Legenda: 1- Péssimo, 2- Ruim, 3- Regular, 4- Bom, 5- Ótimo.

4 4 4

cAnAl pARA compRA de peçAS (conceSSionáRiA oU RepoSição) Distribuidoras de peças de reposição já possuem todas as peças de manutenção


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consultor ob

Fotos: Divulgação

Carbonização em motores - Parte 2 Arthur Rossetti

N

a matéria anterior, con hecemos u m pouco sobre a origem da carbonização no sistema de alimentação e da contaminação do óleo lubrificante, problemas que estão diretamente ligados um ao outro, mas necessitam de diferentes soluções para a eliminação. Sabemos que a desmontagem parcial ou completa de um motor na maioria das vezes não é muito apreciada pelo proprietário do veículo, e em tempos de oficinas lotadas, que necessitam finalizar o quanto antes suas demais tarefas, isto pode ser um transtorno também para o reparador. Pensando nisso, muitas empresas atualmente produzem produtos que ajudam a eliminar estes problemas, com fórmulas capazes não só de remover os depósitos de carbonização no sistema de alimentação ou borra quando o óleo está contaminado, mas também de prevenir a longo prazo estas formações. Aprendemos que toda queima gera resíduos e estes são os grandes vilões dos motores modernos. Para a devida eliminação, o produto aplicado deverá dissolver estes resíduos de modo que componentes, como a sonda lambda, as juntas de vedação, catalisador e válvula EGR, não sejam negativamente afetados. É melhor prevenir do que remediar Para que o reparador tenha menos trabalho para desmontar o motor, é recomendada a utilização de produtos do tipo “preventivo”, ou seja, aditivos que são adicionados ao tanque de combustível para que haja uma constante manutenção da limpeza interna dos motores. Há alguns anos, este tipo de produto não recebia a devida atenção, mas atualmente, com

Cabeçote carbonizado

as condições de funcionamento dos motores cada vez mais severas em função do downsize (tendência de diminuição do tamanho do motor e exploração máxima de sua eficiência) e do trânsito cada vez mais intenso, é recomendada a aplicação desta linha de produto. Questionado se o método preventivo de limpeza compete com o método tradicional de limpeza de bicos injetores em máquinas de ultrassom, Rodrigo Bonadia, Diretor Comercial da STP, comenta: “Na verdade, a limpeza de bico via ultrassom não pode ser considerado um processo corretivo nem preventivo à carbonização do sistema de injeção, pois este método limpa somente a válvula injetora, não agindo na câmara de combustão onde a carbonização é encontrada e que afeta o funcionamento dos motores. Os produtos da STP não competem com as máquinas de limpeza de bicos, pois a proposta é fornecer produtos que limpem não só os bicos injetores, como também as válvulas e câmara de combustão, realizando a limpeza em toda linha de alimentação”. Em testes práticos com o auxílio do analisador de gases, o Conselho Técnico do Jornal tem se beneficiado da utilização de produtos que combatem a

Cabeçote de um veículo AUDI carbonizado

carbonização, principalmente quando o assunto é a inspeção ambiental veicular, presente em algumas capitais do país, como São Paulo e Rio de Janeiro. A grande maioria dos proprietários de veículos não está habituada a adquirir este tipo de produto e aplicá-lo no tanque do veículo, como um sistema de “faça você mesmo”. Está aí um grande nicho de mercado para que nós reparadores possamos aproveitar dentro das oficinas. Segundo o técnico da Isotech Helber Pasinato, com a chegada da tecnologia Flex, os proprietários primam sempre pela economia e se esquecem de realizar a ciclagem do combustível. “Como o etanol ultimamente tem sido mais atraente devido ao preço, é comum encontrar veículos que rodam há anos somente com o combustível vegetal. Como consequência, os resíduos da queima do etanol se depositam nas partes internas formando uma espécie de verniz, conhecido popularmente como caramelo. Por isso é recomendada a aplicação de produtos compatíveis com ambos os combustíveis”. Posição das montadoras A grande maioria das montadoras recomenda a utilização de

Pistão carbonizado

Válvulas carbonizadas

produtos que promovem a limpeza dos sistemas de alimentação dos seus veículos. Marcas como General Motors, Mitsubishi, Hyundai e Nissan utilizam há anos dentro de suas oficinas. A recomendação de maneira geral é a aplicação de 1 frasco

de 200ml para tratar 50 litros de combustível a cada 10 mil km rodados. Desta maneira, dificilmente os motores terão problemas de perda de rendimento e aumento da quantidade de gases nocivos emitidos na atmosfera.



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Janeiro 2012

boletim técnico

Mais casos para você aprender e guardar Colecione as dicas práticas extraídas do cotidiano das oficinas e enviadas pelos leitores e colaboradores do Oficina Brasil. Você também pode enviar a sua dica e auxiliar no crescimento do acervo de informações das reparadoras.

Dica: 530

Dica: 532

Veículo: Fiat Uno Magneti Marelli Defeito: Veículo não aceita aceleração

Veículo: Corsa 1.0 8V Defeito: Veículo morre após rodar um longo período

Diagnóstico: A falha era percebida acelerando o veículo partindo de marcha lenta, até um regime maior do motor. Instalamos um manômetro e verificamos se havia queda de pressão de combustível. Rastreamos o veículo e a resposta da UCE: sistema sem códigos de defeito. Realizamos uma inspeção no corpo de borboletas de aceleração e limpamos. Remontamos e o problema persistia. Rastreamos novamente e observamos que a pressão no coletor de admissão não correspondia plenamente. Quando verificamos o sensor de pressão absoluta, constatamos que a mangueira instalada no coletor de admissão ao sensor, estava obstruída. Solução: Substituímos a mangueira que vai do coletor de admissão ao sensor de pressão absoluta (MAP).

Diagnóstico: O veículo perdia potência após rodar longo percurso. Ao testarmos com auxílio do manômetro, percebeu-se que a pressão de combustível diminuía no momento da falha. Foi feita a substituição da bomba, filtro de combustível, teste de alimentação elétrica da bomba e o problema não foi solucionado. Observamos que o tanque de combustível estava aquecendo devido a um furo no escapamento, que passa por baixo, fazendo com que o combustível também esquentasse causando um aumento na temperatura de trabalho e resistência de funcionamento da bomba elétrica de combustível (localizada dentro do tanque).

Wernier Cesar da Silva - Sete Lagoas - MG

Jamersom Antônio da Silva Lima

Solução: Substituímos o escapamento e o problema foi solucionado.

Dica: 531

Dica: 533

Veículo: Palio 8V Fire Defeito: Funcionamento irregular do motor

Veículo: Palio 1.0 IAW 1G7 Defeito: Motor bate pino em baixa rotação

Diagnóstico: Conectando o veículo ao EDI, percebi que vários parâmetros estavam fora de especificação, entre eles o tempo de injeção e a depressão do coletor. Retirei a proteção plástica do motor, fiz uma verificação visual nos sensores e atuadores e liguei o motor. O coletor de admissão estava furado no lugar onde vão os parafusos de fixação da proteção, isso aconteceu porque não havia mais os limitadores de aperto e o parafuso atravessou o coletor, deixando uma entrada falsa de ar. Solução: Substituir o coletor de admissão e colocar os limitadores na proteção. Ao retirar a proteção muitas vezes os limitadores de aperto caem da borracha, portanto deve-se tomar muito cuidado para não correr o risco de furar o coletor.

Diagnóstico: O motor batia pino em pequenos esforços. Verificamos o sensor de detonação quanto a seu aperto que deve corresponder a 2,5 Kg/m2, depois quanto à integridade da ligação dos fios do sensor ao módulo, a malha de blindagem, a qualidade do combustível, câmara de combustão, pressão da bomba, aterramentos, cabos e velas.Testamos a depressão do coletor de admissão com o vacômetro e ao acelerar a leitura na escala do instrumento não era compatível com o especificado. Observamos a cápsula cilíndrica que estava entupida por carbonização, gerando um aumento de pressão. Solução: Substituir o respiro do motor que estava entupido. É recomensável trocar este respiro a cada 30.000 Km.

Omar Rodrigues Pereira - Monte Negro – RS

João Antônio Siqueira – Capela Alta – SP




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