Jornal Oficina Brasil - edição de maio 2012

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ANO XXII NÚMERO 255 MAIO 2012

Caderno Premium

Substituição de rolamento e cubo de roda da

Toyota FJ Cruiser

Pág. 64

Em breve na sua oficina

Entenda o sistema de injeção direta do

Volkswagen Tiguan FSI

Pág. 62

Confira o resultado da enquete Limpeza de Bicos

Lançamento IVECO Daily

Pág. 42

Pág. 96

Conheça a linha diesel de comerciais leves 2012

Pág. 94

Consultor OB > Saiba porque a falta de manutenção causou desgaste na caixa de direção do Ford Fusion


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Maio 2012

DIRETOR GERAL: Cassio Hervé DIRETOR COMERCIAL: José Renato Raposo DIRETORA DE OPERAÇÕES: Mônica Nakaoka SECRETÁRIA: Solange Ferreira Roberto GERAÇÃO DE CONTEÚDO: Jornalista Responsável: Vivian Martins Rodrigues (MTB 55861-SP) Consultor Técnico: Alex Haverbeck COMERCIAL: Aliandra Artioli (aliandra.artioli@oficinabrasil.com.br) Carlos Souza (carlos.souza@oficinabrasil.com.br) Ernesto de Souza (ernesto.souza@oficinabrasil.com.br) Erika Peixoto (erika.peixoto@oficinabrasil.com.br.) Estagiária: Briza Gomes (briza.gomes@oficinabrasil.com.br) PRODUÇÃO: Assistente: Lucas Martinelli (producao@oficinabrasil.com.br) ONLINE: J1 Agência Digital de Comunicação Analista: Tiago Lins (tiago.lins@oficinabrasil.com.br) FINANCEIRO: Gerente: Junio do Nascimento (financeiro@oficinabrasil.com.br) Coordenadora: Mariana Tarrega Assistente: Rodrigo Castro GESTÃO DE PESSOAS: Daniela Accarini (rh@oficinabrasil.com.br) ASSINATURA E DATABASE: Coordenador: Alexandre P. Abade (alexandre.abade@oficinadireta.com.br) Assistente: Giovana Consorti (giovana.consorti@oficinadireta.com.br) CENTRAL DE Atendimento ao leitor: Luana Cunha e Talita Araújo De 2ª a 6ª, das 8h30 às 18h Tels.: (11) 2764-2880 / 2881 leitor@oficinabrasil.com.br

:: Editorial

Já que Wall Street não fica aqui...

E

ste mês, como faço há mais de dez anos viajo para Chicago para participar do Global Automotive Aftermarket Symposium, o maior evento voltado para o segmento de reposição dentro dos EUA e que atrai a atenção de profissionais do mundo todo. Olhando o programa do congresso, dentre os inúmeros assuntos de interesse, me chama a atenção o painel de “Wall Street”, onde um especialista da rua das finanças faz sua avaliação sobre o desempenho da indústria do aftermarket. No comentário sobre esta palestra há a promessa de que o expert de mercado Tony Cristelo vai avaliar “quanto tempo devem durar os bons ventos da reposição”. A preocupação da turma do aftermarket de lá, é que desde a crise de 2008 a reparação é um mercado em alta representando um dos poucos setores a apresentar desempenho satisfatório no auge da crise e ter se sustentado com crescimento positivo nos anos posteriores. O que está preocupando os americanos é a retomada do crescimento das vendas de carros novos e o impacto na reparação, o que comprova que o aftermarket funciona em sentido inverso a exuberância do desempenho da venda de carros novos. Esta é uma boa notícia quando já tem gente preocupada com a queda na venda de carros novos recentemente divulgada pela FENABRAVE. Porém, por lá eles tem um mensageiro de Wall Street que vai ajudar os executivos do aftermarket a montarem suas expectativas para os próximos anos. E por aqui? Com quem podemos contar para nos ajudar a entender o dinamismo e as reais forças geradoras de demanda do mercado de reposição? Dispomos de excelentes estudos de frota, porém como estimarmos a

velocidade com que o mercado potencial se concretiza na oficina, e mesmos aonde o reparador está comprando as peças? Neste sentido, e amparados neste importante benchmark que é o mercado Norte Americano, nossa CINAU tem auxiliado bastante, pois desde que implementamos o IGD (Índice de Geração de Demanda) que mede o volume de serviços nas oficinas de linha leve desde 2009 (e os canais de compra da oficina), muita coisa tem sido esclarecida sobre o desempenho do mercado de reposição. Outro tema importante programado no encontro de Chicago envolve um painel que vai reunir especialistas para encontrar resposta e entender por que as oficinas estão comprando mais nas concessionárias: qualidade ou disponibilidade? Neste sentido, quem acompanha nossas matérias de mercado poderá verificar que a CINAU, por meio de suas pesquisas, já ofereceu esta resposta para o mesmo fenômeno observado no mercado brasileiro. Quanto ao que acontece por lá, prometo que no próximo editorial, conto a vocês a versão dos gringos para esta situação. Nesta comparação entre os mercados, fica claro uma coisa: Brasil e Estados Unidos têm muitos pontos em comum quando o assunto é aftermarket. Agora, como Wall Street não é aqui, precisamos contar com nossos próprios recursos para encontrar explicações e fazermos previsões sobre o mercado de reposição e neste sentido nossa CINAU continuará contribuindo bastante. Ilustração: Ronald Teixeira Martins

:: Expediente

Boa leitura! Cassio Hervé Diretor

Pré-impressão e Impressão: Plural Indústria Gráfica

Jornal Oficina Brasil é uma publicação do Grupo Oficina Brasil. Trata-se de uma mídia impressa baseada em um projeto de marketing direto para comunicação dirigida ao segmento profissional de reparação de veículos. Circulando no mercado brasileiro há 21 anos, é considerado pelo Mídia Dados como o maior veículo segmentado do país. Esclarecemos e informamos aos nossos leitores, e a quem possa interessar, que todos os conteúdos escritos por colaboradores publicados em nosso jornal são de inteira e total responsabilidade dos autores que os assinam. O jornal Oficina Brasil verifica preventivamente e veta a publicação do material que recebe, somente no que diz respeito à adequação e ao propósito a que se destina, e quanto a questionamentos e ataques pessoais, sobre a moralidade e aos bons costumes. As opiniões publicadas em matérias ou artigos assinados não apresentam a opinião do jornal, podendo até ser contrária a ela. Nós apoiamos: Filiado a:

DADOS DESTA EDIÇÃO • Tiragem: 61 mil exemplares • Distribuição nos Correios: 58.012 (até o fechamento desta edição) • Percentual de distribuição auditada (IVC): 95,10%

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COMPROMISSO COM O ANUNCIANTE O Oficina Brasil oferece garantias exclusivas para a total segurança dos investimentos dos anunciantes. Confira abaixo nossos diferencias: 1º. Auditoria permanente do IVC (Instituto Verificador de Circulação) garante que o produto está chegando às mãos do assinante; 2º. Registro no Mídia Dados 2008 como o maior veículo do segmento do País; 3º. Publicação de Balanço Anual (edição de fevereiro 2008 e disponível em nosso site) contendo uma informação essencial para a garantia do anunciante e não revelada pela maioria dos veículos, como o custo de distribuição (Correio); 4º. No Balanço Anual é possível conferir as mutações do database de assinantes comprovando permanente atualização dos dados de nossos leitores; 5º. Oferecemos mecanismos de marketing direto e interativo, que permitem mensuração de retorno por meio de anúncios cuponados e cartas resposta; 6º. Certificado de Garantia do Anunciante, que assegura o cancelamento de uma programação de anúncios, a qualquer tempo e sem multa, caso o retorno do trabalho fique aquém das expectativas do investidor; 7º. Anúncios do tipo Call to Action (varejo), em que é possível mensurar de forma imediata o retorno da ação. Para anunciar ou obter mais informações sobre nossas ações de marketing direto fale com o nosso departamento comercial pelo telefone (11) 2764-2852.


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ÍNDICE

LANÇAMENTO Iveco Daily Divulgação

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:: TéCNICAS

Capa Especial: Limpeza de Injetores - a polêmica continua Divulgação

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68

CADERNO DUAS RODAS Paulo José de Sousa

70

SISTEMA DE IGNIÇÃO EM MÓDULOS DICAS E CARACTERÍSTICAS - pARTE 2 André Luis Bernardo e Albino B. Filho

74

TRANSMISSÃO AUTOMATIzADA DSG (DIRECT ShIfT GEARbOx) Carlos Napoletano Neto

78

CONfECCIONE AGULhAS pARA TESTES DE CIRCUITOS ELéTRICOS Flávio Xavier

81

SISTEMA DE fREIO AbS - DICAS pARA O ALfA ROMEO 156 2.0 16v Scopino

82

CATALISADOR REDUTOR SELETIvO – SCR pARA vEÍCULOS A DIESEL Humberto Manavella

84

DIAGRAMAS ELéTRICOS DOS MOTORES fIAT pALIO fIRE fLEx Válter Ravagnani

Divulgação

:: CARROS

5

:: COLUNAS 62

EM bREvE NA SUA OfICINA Tiguan

96

CONSULTOR Ob Ruído na caixa de direção do Fusion

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AvALIAÇÃO DO REpARADOR Mecânica Fire

:: REpORTAGENS 10 50 54

ENTREvISTA Diego Tricci - Diretor Comercial e de Marketing da TOTAL Lubrificantes Tv Ob A Heliar em parceria com a TV OB amplia nos SENAIs os pontos de transmissão da TV REpARADOR DIESEL Automec Pesados & Comerciais

Confira o resultado da enquete sugerida na matéria da edição de março. Apresentamos as respostas positivas e negativas dos reparadores.

:: Opinião do leitor Corpo de borboleta Li a reportagem do Oficina Brasil datada de 23/11/2011 sobre os problemas do corpo de borboleta motorizado utilizado pela Fiat e GM no motor 1.8. Tenho um Stilo 2010/2011 que já foi à concessionária por duas vezes para troca do potenciômetro. O defeito persiste (falha de aceleração, trancos em reacelerações, oscilação da marcha lenta, etc). Agora a Fiat diz o “problema” é normal do carro. Gostaria de saber se o novo corpo de borboleta desenvolvido pela Delphi solucionou de vez o problema e como posso identificar a nova peça em uma possível troca para não comprar gato por lebre. Engenheiro Nelson kazuo Uchida Curitiba / por e-mail

:: Números CAL (Central de Atendimento ao Leitor) Resposta Delphi: Os corpos de borboleta Delphi, produtos originais, foram desenvolvidos com materiais de alta qualidade, proporcionando maior resistência e durabilidade ao componente. A Delphi disponibiliza no mercado, desde início de 2011, um novo sensor de posição da válvula borboleta para os motores Fam I 1.8 (GM e Fiat) que elimina as falhas mencionadas. O código da nova peça Delphi para o mercado de reposição é SS10788, ou para a Fiat, o código é 007087940. Outra opção neste caso específico, onde pode haver algum dano na interface dos componentes devido a trocas sucessivas do sensor, é a substituição da válvula de aceleração. A peça para aplicação em seu veículo pode ser identificada pelo novo código TB10040 ou Fiat 7087938, que apresenta melhorias de construção, inclusive com relação a fixação do componente que irá garantir o funcionamento duradouro e que, certamente, não irá trazer problemas futuros.

CONTATO Cartas.....................................................................0 E-mails............................................................20 Telefonemas...........................................53 Fax...................................................................0 Site..............................................................1.090 Total...........................................................1.163

SOLICITAÇõES Assinaturas....................................................606 A l t e r a ç õ e s d e c a d a s t r o. . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 9 3 Outras............................................................216 Total..................................................1.215 Dados referentes ao período de 01/03 à 30/03/2012

:: Orientações sobre assinaturas para receber o Oficina brasil Nosso jornal é distribuído gratuitamente para profissionais que atuam no aftermarket automotivo brasileiro. Para recebê-lo siga as instruções: 1) acesse o site www.oficinabrasil.com.br; 2) antes de iniciar o processo de preenchimento do cadastro, tenha o nº do seu CPF em mãos; 3) no menu da página principal, na parte da “Central de Atendimento ao Leitor”, selecione a opção “Para receber o Jornal”; 4) preencha todos os campos da ficha corretamente. Obs: Após a avaliação dos seus dados, em uma operação que leva em média 30 dias, caso esteja tudo correto com seu cadastro, você passa a receber o jornal no endereço indicado. Aos que já são assinantes É importante avisar a Central de Atendimento ao Leitor, pelo telefone e e-mail indicados abaixo ou por meio do site, qualquer alteração de endereço ou dados. Esse procedimento é indispensável para que você continue recebendo o jornal. Neste caso você deve acessar o site e clicar na opção “Alteração de cadastro” e seguir as instruções. Caso receba uma carta solicitando seu recadastramento, faça-o imediatamente acessando a área “Recadastramento no Jornal”, caso contrário sua assinatura será cancelada. Para mais informações, entre em contato com a Central de Atendimento ao leitor, de 2ª a 6ª das 8h30 às 18h nos telefones (11) 27642880 ou (11) 2764-2881, ou envie um e-mail no endereço leitor@oficinabrasil.com.br Oficina Brasil: Rua Joaquim Floriano, 733 – 1º andar – Itaim Bibi – São Paulo SP – CEP 04534-012


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SANGRIA DO SISTEMA DE DIREÇÃO HIDRÁULICA MODELOS FIAT T.T. O objetivo da sangria no sistema hidráulico de direção é a retirada completa do ar que entra no sistema. O ar absorve a energia necessária para a compressão do fluído, com isso ocorre perda parcial ou integral de assistência podendo causar ruído. Após qualquer intervenção no sistema de direção hidráulica em que houver drenagem do circuito hidráulico, é necessário depois do abastecimento, efetuar a sangria conforme indicado abaixo: 1. Restabelecer o correto nível do óleo no reservatório; 2. Com as rodas dianteiras suspensas do chão, e com o motor desligado, esterçar a direção para a esquerda e para direita por 10 vezes;

4. Dar a partida no motor e repetir a operação do item 2;

3. Verificar o nível do óleo no reservatório e completar conforme necessário;

5. Abaixar o veículo, verificar novamente o nível do óleo, completar se necessário;

6. Com o motor ligado, efetuar novamente a manobra da direção com as rodas apoiadas no solo; 7. Completar reservatório.

o

nível

do


Job: Fiatvarejo-maio -- Empresa: Leo Burnett -- Arquivo: 24796-002-Fiat-Maio-Anuncio-CicloDePalestras-265x300_pag001.pdf


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EM FOCO

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OFICINA_BRASIL

OficinaBR

Funcionamento da Injeção Direta - Ciclo Otto e Manutenção em sistemas de Embreagens Vimos na seção “Em Breve na Sua Oficina”, a avaliação do Volkswagen Tiguan, dotada de injeção direta de combustível (FSI). Por se tratar de um assunto bastante comentado no Fórum de discussões do site Oficina Brasil, escolhemos o tema para elaborar uma das matérias mensais, escritas exclusivamente para o site e complementar o conhecimento técnico dos leitores JOB.

Saiba detalhes de como funciona esse sistema de injeção de combustível e entender quando um veículo com este sistema chegar à sua oficina. Esse sistema permite um motor mais eficiente, garantindo assim, maior torque e menor consumo de combustível e, consequentemente, menor emissão de poluentes.

INJEÇÃO DIRETA

O objetivo de escrevermos esta matéria é para apresentar aos reparadores automotivos a importância da correta manutenção e substituição dos itens deste sistema, crucial para a direção agradável e segura na condução de um veículo.

Nesta matéria, descrevemos o funcionamento e as principais caracteristicas da injeção direta no ciclo otto, desenvolvidos por diversos fabricantes automotivos.

SELO NO SITE

NOVIDADE

Para ler as matérias Injeção Direta e Sistemas de Embre-

Em breve, disponibilizaremos no site Oficina Brasil o campo SUGESTÕES, mais uma novidade criada para garantir ao leitor interatividade e participação no conteúdo técnico da grade do Jornal. Queremos saber quais são as dificuldades encontradas no dia a dia e as matérias que seriam úteis para auxiliar o trabalho na oficina. Participe, escreva uma sugestão de pauta, quais temas gostaria de ler, comente matérias técnicas divulgadas, enfim, sua sugestão será muito bem vinda.

SISTEMAS DE EMBREAGEM

agem: procure no site o selo acima, que diferencia as matérias que foram especialmente escritas para o site.

Dica do Mês Se você estiver usando um filtro de lixo eletrônico, adicione o e-mail leitor@oficinabrasil.com.br em seu catálogo de endereços para garantir o recebimento de nossas mensagens.

Navegue no site pelo seu smartphone utilizando um Leitor de QR-Code


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entrevista

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entrevista

total busca aproximação com as oficinas independentes Fotos: Divulgação

vivian Martins rodrigues

A

Total Lubrif icantes é hoje uma das principais empresas petrolíferas do mundo, com faturamento de 200 bilhões de dólares anuais e presença em 130 países. Reconhecida na África e na Europa, a empresa busca agora conquistar seu espaço no mercado latinoamericano. Com 12 anos de experiência na Total mundial, o venezuelano Diego Tricci, que há um ano está na Total Brasil como Diretor Comercial e de Marketing, foca sua estratégia de crescimento na América Latina, com a comercialização de produtos da marca. Brasil Jornal Oficina Brasil: Qual o foco da Total no mercado brasileiro? Diego Tricci: No Brasil o nosso principal produto é o lubrificante e o País é polo de crescimento nesta área. O mercado brasileiro representa 4% do share mundial de lubrificantes. Só o estado de São Paulo possui o mesmo tamanho do volume de

Dividindo a estratégia de comunicação em quatro pilares: gama de produtos, capacidade de logística, acompanhamento do crescimento das montadoras parceiras e presença nas competições automotivas, o executivo Diego tricci aposta no relacionamento com as oficinas de reparação independentes do Brasil para aumentar participação da marca no mercado nacional de lubrificantes

consumo de toda a Argentina. Quando falamos em consumo no Brasil, o mercado automotivo representa 70% do total. Para que haja crescimento, analisamos o ciclo de vida do carro no consumo de lubrificantes e foi assim que entendemos a importância da oficina mecânica, analisando o crescimento da frota. JOB: Explique esta estratégia. Diego Tricci: O segmento automotivo representa em torno de 920 mil toneladas de lubrificantes consumidos. O lubrificante que é usado no veículo quando ele sai de fábrica representa 5% do mercado automotivo. Como o cenário mostra um crescimento do mercado, será necessário para suprir essa demanda de forma proporcional, mais lubrificante. Outro canal em crescimento é o concessionário, que hoje é o segundo colocado no ciclo de vida desse veículo, muitas vezes pelo aumento de anos de garantia dos veículos novos. Além disso, quando o veículo sai do período de garantia, normalmente a busca pelo serviço migra para outros canais: o mercado de postos de combustíveis, que representa 30%

continua >>



do consumo e, o maior volume de consumo, 50% dos serviços de troca de óleo, vai para rede de oficinas independentes. Hoje, a participação das oficinas é maior que a do posto de combustíveis porque cada vez mais a tecnologia empregada no carro exige que o profissional que realiza a troca do lubrificante tenha amplo conhecimento técnico; essa é a tendência pela sofisticação dos sistemas veiculares. Outro ponto de atenção é que o usuário do produto, ou seja o dono do carro, delega a escolha do lubrificante ao reparador e 70% do fator de compra é por delegação. Tendo estes dados, a TOTAL se preocupa em estar no primeiro enchimento desse veículo, para atestar sua qualidade e performance, depois trabalhar mos fortemente com as redes concessionárias parceiras, afinal nosso produto foi recomendado pela sua própria montadora. Esse cliente saindo da concessionária e migrando para as oficinas levará em conta o óleo original de fábrica, e é aí um dos focos da TOTAL, pois 20% dos carros vendidos no Brasil recomendam ou utilizam o uso de nossos lubrificantes para diferentes aplicações, como para motor, transmissão, freio, etc., ou seja, estando em uma das pontas, refletiremos na outra. JOB: O senhor pode citar algumas destas montadoras e explicar o que significa uma marca homologada e uma recomendada? Diego Tricci: Sim. Renault, Peugeot, Citroën, Kia, Kasinski, utilizam e recomendam em seus manuais nosso produto. Para outras montadoras como Honda, Nissan, Scania, fornecemos produtos da marca TOTAL, seja com nosso próprio nome ou como “Ge-

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“Hoje, a participação das oficinas é maior que a do posto de combustíveis porque cada vez mais a tecnologia empregada no carro exige que o profissional que realiza a troca do lubrificante tenha amplo conhecimento técnico; essa é a tendência pela sofisticação dos sistemas veiculares. Outro ponto de atenção é que o usuário do produto, ou seja o dono do carro, delega a escolha do lubrificante ao reparador e 70% do fator de compra é por delegação” nuine Oil”. Ser recomendado significa não somente estar presente nos manuais do carro como o melhor óleo a ser utilizado. Também significa contribuir diretamente no desenvolvimento do motor em uma parceria de longo prazo, com pesquisas e implementação de novas tecnologias, que são testadas nas mais severas condições, como por exemplo, na Fórmula 1, no WRC, em endurances, etc. JOB: Como está dividido o mercado e quais as estratégias? Diego Tricci: Se analisamos o parque circulante no Brasil, notamos que os carros têm um peso importante, equivalente a 58% da frota. O mercado de motocicletas teve um grande incremento nos últimos anos e hoje representa 25% dos veículos em circulação. Já o percentual do número de caminhões está em torno de 5%. Tendo isso em conta, nossa estratégia no segmento de carros é além de permanecermos presentes com as montadoras parceiras e estreitar nosso relacionamento com as oficinas em nível nacional, apresentando qualidade de serviço e produto, o oferecimento de treinamento especializado e uma logística diferenciada. Para os ou-

tros segmentos tendo em conta a diversidade, temos uma estratégia específica para cada uma. estrutura JOB: Como é a estrutura da empresa no segmento automotivo? Diego Tricci: É feita por diferentes canais. Existe um canal que atende concessionário e primeiro enchimento, outro que atende venda direta e outro de distribuidores oficiais em diferentes locais do Brasil. Os principais desafios são a cobertura nacional e o desenvolvimento de distribuidores no interior do Brasil. Quando o carro chegar a qualquer ponto do Brasil, queremos que a oficina conheça o produto e a correta aplicação. JOB: Quais são as marcas comercializadas pela TOTAL no Brasil? Diego Tricci: São duas marcas: A marca TOTAL, que possui produtos para motores a diesel, gasolina, álcool, GPL, óleos para transmissão, arrefecimento, além da linha industrial. E a marca ELF, destinada principalmente para motos e veículos Renault.

Temos a linha mais completa, com cerca de 250 diferentes produtos. É importante ressaltar que as informações sobre cada um dos modelos atendidos pelas marcas ELF e TOTAL são disponibilizadas para oficinas. Existe a ficha técnica dos lubrificantes e uma tabela de aplicação disponível para os reparadores no site www. totalbras.com.br. JOB: Sabe quantos litros de lubrificantes em média são consumidos por uma oficina mecânica? Diego Tricci: Considerando as pesquisas da GIPA o consumo médio de uma of icina mecân ica gi ra em tor no de 150 litros/mês. Já se olhamos uma super-troca de óleo essa demanda aumenta para 1.230 litros/mês;

Diferenciais JOB: Quais os principais diferenciais que a Total oferece para as oficinas de reparação? Diego Tricci: Oferecemos a mais completa gama de produtos, treinamento e proximidade com o canal. São mais de 14 diferentes módulos de treinamento. Temos proximidade com a oficina mecânica e buscamos sempre entender suas necessidades específicas, oferecendo qualificação desde um entendimento básico de lubrificantes para carros, motos, caminhões e indústria, até informações sobre lançamentos de lubrificante e dúvidas técnicas referentes a freio e viscosidades, por exemplo. O departamento técnico treina os profissionais de distribuição para serem multiplicadores das


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entrevista informações, pois quando falamos de motores, a demanda por informações é cada vez maior. As necessidades dos treinamentos surgem da própria oficina mecânica.

durante o funcionamento. Para os combustíveis, cada um dos tambores deve também ser analisado para verificação da conformidade regulamentar. Se faltar um componente no combustível ou se estiver com qualidade reduzida

controle: o cromatográfico, para o combustível e o espectrômetro, para os lubrificantes. P r ova d e s s e e mp e n ho e sucesso no trabalho em pista são as conquistas de 10 campeonatos de const r utores e

JOB: Seria a F1 uma bancada de testes para melhorar os desempenhos dos lubrificantes das gamas comerciais e dos combustíveis disponíveis nas bombas? Diego Tricci: Absolutamen-

competições JOB: A TOTAL está presente nas principais competições. Qual é o papel da TOTAL durante um fim de semana de corridas? Diego Tricci: Temos um laboratório de análises colocado à disposição de cada equipe que utiliza produtos da TOTAL. Coletamos amostras antes e depois de cada parada, assim como, obviamente, ao final de cada teste de pista para analisar os diversos fluidos. Os volumes retirados são ínfimos – não mais que poucos centímetros cúbicos, e nos permitem acompanhar os metais de desgaste, gerados pelo atrito entre as peças mecânicas

“Hoje no Brasil temos 35 pontos de ROC (Rapid Oil Change ou Troca de Óleo Rápida). É um conceito do Grupo TOTAL desenvolvido para os países onde não temos postos de gasolina. Procuramos parceiros que acreditam no projeto e possuam interesse em desenvolver nossa marca na oficina mecânica. Oferecemos treinamento técnico, abastecimento direto da fábrica, promoções para o cliente final, e isso nos permite ter esse contato com estes donos de veículos” por causa da evaporação, por exemplo, as escuderias correriam o risco de uma exclusão. Portanto é essencial verificar tudo, de modo a poder detectar imediatamente um problema eventual. São utilizadas duas ferramentas de

9 de pilotos da Fórmula 1, 8 campeonatos com a dupla Sébastien Loeb e Daniel Elena no WRC, o abastecimento, apoio e infraestutura para o Dakar, e a conquista do campeonato na Moto GP.

te. Nossa filosofia consiste em mobilizar as mesmas equipes de especialistas que desenvolvem nossos produtos de competição para a concepção da nossa gama de produtos para veículos de passeio. Nós nos empenhamos em

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desenvolver métodos inovadores em Fórmula 1, que transpomos em seguida para o campo do grande público, para fazer com que evoluam os ajustes dos produtos. Tudo se baseia em nossos colaboradores, suas competências, sua reação, sua motivação, muito frequentemente sua paixão pelos esportes automobilísticos. O fato que sejam as mesmas cabeças que tenham que ajustar os produtos da gama e resolver os problemas oriundos do ajuste de motores de desempenho extremo utilizados em competições, cria uma mistura de idéias e, em permanência, transferências, soluções, de um campo ao outro. Portanto, cada campo enriquece o outro com a sua experiência, e esta fertilização cruzada dentro das mesmas equipes acelera a concretização das soluções e sua implantação nos produtos acabados. O que se traduz por combustíveis, lubrificantes, graxas de maior desempenho para os usuários da estrada


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entrevista

14 – em termos de manutenção do motor, de confiabilidade, de consumo e de vantagem global.

pantes e temos intenção de, até 2015, ampliar para 150 o número de ROC’s no Brasil.

serviços

JOB: Qual o investimento que a oficina faz para ter o ROC? Diego Tricci: O investimento não é o mais importante, pois pode variar de R$5.000,00 a

JOB: Há um projeto de postos de serviços da marca nas oficinas mecânicas? Diego Tricci: Sim, hoje no Brasil temos 35 pontos de ROC (Rapid Oil Change ou Troca de Óleo Rápida). É um conceito do Grupo TOTAL desenvolvido para os países onde não temos postos de gasolina. Procuramos parceiros que acreditam no projeto e possuam interesse em desenvolver nossa marca na oficina mecânica. Oferecemos treinamento técnico, abastecimento direto da fábrica, promoções para o cliente final, e isso nos permite ter esse contato com estes donos de veículos. Há um investimento do parceiro e a demanda é bastante importante, porém, nos preocupamos em selecionar os partici-

R$30.000,00. O que mais importa é a parceria de longo prazo, pois cada projeto é feito de forma customizada. Fizemos alguns desenvolvimentos e há novidades para o futuro, os leitores JOB saberão em breve. JOB: O gargalo para o reparador é o treinamento?

Com mais de 40 anos de experiência na mais famosa categoria do automobilismo, a TOTAL é fornecedora oficial da das equipes Lotus e RBR.

Diego Tricci: Acredito que o grande ponto da parceria é a atualização da dinâmica que está havendo. A tendência que o mercado está vivendo está dividida em três pontos diferentes: primeiro ponto é a evolução muito rápida do produto e as viscosidades menores que buscam economizar o combustível; segundo ponto é a

tendência do canal oficina mecânica, que cresce e se desenvolve cada vez mais em lubrificantes e tem capacidade de oferecer assistência ao cliente final; e o terceiro ponto são os carros asiáticos, com tendência a crescer e conquistar o mercado. treinamentos JOB: Qual a carga horária ideal de treinamento para um reparador se manter atualizado em lubrificação automotiva? Diego Tricci: A TOTAL acredita que no mínimo os 10 módulos de treinamento hoje feitos pelos nossos técnicos são suficientes para que o reparador possa entender e absorver o impacto das novidades. A duração máxima para um curso de todos os módulos completos não passa de seis meses. Mas enfatizo que mais importante que a carga horária ideal é o comprometimento desse reparador em querer aprender.



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em foco

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em foco

Um grupo de 80 profissionais da reparação automotiva teve a oportunidade de conhecer a fábrica da Fiat Automóveis na cidade de Betim, município próximo a capital mineira. Estes privilegiados participaram do ciclo 2011 das palestras Reparador Top realizado pela FIAT, em conjunto com as revendas da marca em todo o país. Foram mais de 5.700 profissionais treinados em 396 palestras, organizadas por 115 concessionárias Fiat em todo o Brasil, e foram sorteados para, no mês de fevereiro, participarem de dois dias de visita à linha de produção dos veículos Fiat, além de uma intensa

Fotos: Divulgação

Reparador Top fiat leva grupo para visita à fábrica em minas Gerais

Grupo de profissionais da reparação em visita às instalações da Fiat Além de conhecimento técnico, muita confraternização, como no desafio do kart

agenda de atividades recreativas e sociais. Para o casal Vanessa Martins

e Sergio Sehiti Torigoe, proprietários da Auto Elétrico Torigoe e convidados da Concessionária

FIAT Destaque, este intercâmbio com as equipes da montadora e outros colegas de of icinas é muito rico e ajuda na tarefa de atender bem os clientes da oficina, especialmente os que possuem um modelo Fiat. “É muito importante conhecer detalhes da montagem do veículo. Isso nos torna mais responsá-

veis quando o cliente solicita uma opinião sobre determinado modelo ou marca”, explica a administradora Vanessa. O cronograma do ciclo 2012 das palestras Reparador Top será divulgado no site www.reparadorfiat.com.br. Para participar, procure a concessionária Fiat mais próxima e informe-se.



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Em um tempo recorde, a Senhor estamos inteiros e pronequipe Gramacho Competições tos para próxima a batalha!”, reconstruiu a Montana da Valeo comenta Coelho. Motorsports a tempo do início Ao cont r á r io d a cor r id a das atividades para a terceira passada na capital paranaense, etapa da temporada, que acon- o fim de semana no Velopark tece neste fim de semana no consistirá de três dias, com a circuito do Velopark, localiza- sexta-feira reservada a apenas do em Nova Santa Rita, cidade um treino livre e uma sessão a 30 km de Porto Alegre (RS). para novatos. O sábado terá o O carro número 15 condu- segundo treino livre para vetezido por Aluizio Coelho sofreu ranos e novatos além da tomada avarias sérias na parte traseira, de tempos, enquanto a corrida após o piloto ser abalroado por está marcada para as 13h23 (de trás na confusão da largada da Brasília). corrida em Curitiba, quando O projeto Valeo Motorslargava na primeira fila. Coelho ports é administrado e gerensequer conseguiu completar ciado pelas empresas Blue Way a pr i mei r a cu r va , t a ma n ha Motorsport e Siciliano Duek. a força do i mpacto sof r ido na caçamba de sua Montana. “Aquela corrida foi uma grande decepção, pois nosso carro era fantástico e tínhamos tudo para brigar pela vitória. Mas isso é página vi rad a e a equipe está de parabéns por conseguir recuperar toda a parte traseira do carro, que havia ficado muito danificada, pois a pancada foi forte. Graças ao A Montana reconstruida da Valeo Motorsports

Fotos: Divulgação

copa montana: com o veículo da Valeo motorsports reconstruído, coelho acelera no RS

Equipe Gramacho Competições destacou-se com tempo recorde

Aluizio Coelho



A Heliar tem o craque Neymar como o novo garoto-propaganda da marca no País. O contrato de publicidade com o atacante santista foi assinado na última quinta feira e tem validade até agosto de 2014. O patrocínio das Baterias Heliar representa o mais recente acordo publicitário de Neymar até a Copa do Mundo do Brasil. “É uma honra participar desta escalação de patrocinadores que garantirão a continuidade do atleta no País”, diz José Ranieri, gerente de Marketing das Baterias Heliar. “Como especialistas em energia, estamos bastante animados com essa parceria. Contar com um garoto-propaganda com o carisma e energia do Neymar será fundamental para alavancar

Helena Passarelli

Baterias HELIAR assina contrato de patrocínio com Neymar

Neymar Jr.

ainda mais a imagem das Baterias Heliar no Brasil”, completa. Para Ranieri, associar a imagem do melhor jogador do Brasil à bateria é algo verdadeiro e “casa” com

os atributos da marca: inovação, inspiração e liderança. “Estou muito feliz em ter mais um parceiro desse nível para ajudar a minha carreira. Na verdade sempre fui muito agitado e acho que já tinha uma bateria Heliar dentro de mim e não sabia (risos)”, afirma o jogador. A escolha do Neymar como garoto-propaganda foi a estratégia com a qual a agência Repense ganhou a conta da Heliar em uma concorrência. “Neymar é sinônimo de energia, de resistência, partidas rápidas, arrancadas surpreendentes. São as características que fazem dele o melhor jogador do Brasil e que têm tudo a ver com a Heliar”, diz Valmir Leite, VP de Criação e Sócio da Repense.

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Seminário de Linha pesada da Rede Âncora A rede Âncora realizou no dia 12 de abril, em paralelo a Automec, um seminário para os associados atuantes no ramo de Linha Pesada. O tema principal do evento foi Rede de Serviços, aonde foi pontuado facilitadores e estratégias sobre esse segmento. Seminário da Rede Âncora falou Além das palavras do principamente de Redes de Serviços presidente da Rede Âncora Ogeny Pedro Maia Neto e do de serviços da Linha Pesada no coordenador de Linha Pesada da mundo, e os associados da rede Rede Eduardo Pletsch, ambos lo- registraram as novas tendências jistas atuantes nesse segmento, as e tiraram suas dúvidas. Cerca de empresas TRW e Magneti Marelli 60 associados participaram do também tiveram participação no evento que elegeu uma comissão evento. As fábricas deram suas composta por 07 lojistas, cuja contribuições no tema através responsabilidade será coordenar de apresentações sobre produtos a rede de serviços e seus encae maquinários usados nas redes minhamentos na Rede Âncora.

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Fluídos de freio Bosch certificados pelo Inmetro

Com a recente confi rmação do lançamento do A1 quattro® no Brasil, a Audi passa a oferecer a tração permanente quattro® integral para todos os modelos de sua linha de produtos: do compacto Premium de entrada A1 ao super esportivo R8.

A linha de fluídos de freio da divisão Automotive Aftermarket da Bosch conquistou certificado de conformidade para líquidos de freio, atendendo requisitos do Sistema Brasileiro de Avaliação de Conformidade e antecipando-se à exigência do Governo Federal, instituída pela portaria Inmetro nº 301, de 21/07/2011. Este certificado garante que a Robert Bosch implementa e mantém, satisfatoriamente, um processo de envase de “Líquidos para Freios Hidráulicos para Veículos Automotores”. “Essa conquista ref lete o empenho da Robert Bosch em garantir e comprovar a qualidade dos produtos fabricados, além de reafirmar o comprometimento da empresa com o consumidor”,

DIfeReNcIAL O diferencial de engrenagem tipo coroa, mais uma vez projetado como um diferencial puramente mecânico, é o mais recente estágio da tração quattro® permanente em todas as rodas. Os componentes principais são duas engrenagens tipo coroa, quatro engrenagens de compensação e dois conjuntos de placas de pressão. O novo e compacto

Sistema de tração quattro®

diferencial tem a mesma divisão dinâmica e assimétrica de torque de seu antecessor. Se necessário, ele redireciona o torque de maneira flexível, bem rápida e absolutamente consistente. A Audi combina o diferencial de coroa com torque vetorizado, uma inteligente solução de software.

Ele neutraliza o subesterço a um mínimo por meio de frenagem seletiva nas quatro rodas, dificilmente percebível. Esse pacote de alta tecnologia resulta num comportamento controlável com total precisão e numa extraordinária tração para um desempenho excepcional.

afi rma Carlos Alberto Barbosa, diretor da divisão de Automotive Aftermarket da Robert Bosch no Brasil. A certificação será obrigatória a partir de 1º de janeiro de 2013 para autopeças de reposição, destinadas a veículos nacionais ou importados. Divulgação

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Sistema de tração quattro® disponível para todos os modelos Audi no Brasil

Linha de fluídos de freio


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Kits de reparo - vedação 2º Fórum de reparadores de transmissão de motor e eixo dianteiro automática do Brasil

Produtos Dana

A Dana lança linhas de produtos para o mercado de reposição das marcas Spicer (para eixos dianteiros) e Victor Reinz (vedação). No segmento de vedação, são duas famílias de produtos destinadas para aplicações em motores de automóveis e comerciais leves e pesados. Para eixos dianteiros, são os kits de embuchamento do pino mestre (king pin kits) para veículos comerciais. Os kits de reparo de motores para o segmento pesado serão compostos por junta de cabeçote MLS e insertos elastoméricos em aço inoxidável. Já os kits de embuchamento incluem pino mestre, buchas que reduzem os esforços, rolamentos axiais

de longa durabilidade, retentor e anel. Para o segmento leve, os kits destinam-se a veículos como Volkswagen Gol (1,0l 8V), Gol/ SpaceFox (1,4/1,6l), Chevrolet Celta (1,0l), Meriva (1,8l SOHC 8V) e Renault Mégane e Scénic (K4M 16 V), além de comerciais/ pick-ups, equipados com motores International-MWM (HS 2,5l/HS 2,8l, NGD 3,0 l e Sprint 4.07). Para o segmento pesado, motores Mercedes-Benz OM (352, 366, 457, 314, 364, 447, 449, 906, 904 e 924); MWM Série 10; Cummins 4B/4BT, Cummins 6B/6BT; Scania DS/DSC 11, Scania Série 4-360, Série 4 360/400, e Volvo TD 102 F, Volvo DC12C340 e Volvo D12A340, entre outros.

A Associação de Profissionais Técnicos em Transmissão Automática do Brasil, APTTA, em conjunto com a empresa RODAKSUL – Transmissões Automáticas de Porto Alegre – RS, está promovendo o 2º Fórum de Reparadores de Transmissão Automática do Brasil. O evento é dirigido para todos os reparadores do segmento automotivo e podem participar profissionais de todos os pontos do País. O Fórum será realizado em

Curitiba, PR nos dias 25 e 26 de Agosto de 2012 e as inscrições já estão abertas para este evento. Para isto, o reparador deve se conectar ao site da Associação (www.apttabrasil.com) ou ao site da RODAKSUL Transmissões (www.rodaksul.com.br) para maiores informações sobre o evento e acesso ao formulário de inscrição. Este 2º Fórum (o primeiro foi realizado em 2009) contará com aproximadamente 300 participantes.

O evento ocorrerá no Hotel Rockfeller, na capital do Paraná. Será uma ótima oportunidade para troca de informações entre os participantes, bem como a obtenção de novidades técnicas e uma visão geral do panorama de caixas automáticas no país e no mundo, visto que o evento contará com palestrantes dos Estados Unidos e Brasil. Mais informações sobre o programa do fórum poderão ser obtidas nos sites acima.


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Com mais de 10 anos de experiência e vivência no mercado de reparação automotiva, João Eduardo Fonseca Seger, representante regional do Oficina Brasil para a região Sul do País, se desliga do Grupo e desde o inicio de março empresta agora seus conhecimentos ao Sincopeças gaúcho. Em sua nova função, Eduardo Seger passa a ser o responsável pelo relacionamento comercial d a ent id ade com fabricantes de autopeças, montadoras e demais empresas do aftermarket automotivo, inclusive agregando novos parceiros para o quadro associativo da entidade e para o informativo mensal do Sincopeças-RS.

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eduardo Seger assume Magneti Marelli firma joint venture funções no Sincopeças-RS com empresa chinesa A Magneti Marelli e a Changchun Fudi Equipamentos, fabricante chinesa de componentes e sistemas automotivos, assinaram um acordo para estabelecer uma joint venture para a produção de componentes de powertrain para automóveis na China. Com investimento inicial € 14 milhões, a Magneti Marelli ficará com 51% do capital da Changchun Magneti Marelli Powertrain Components Co. Ltda., enquanto o parceiro chinês manterá os 49% restantes. A nova empresa, que conta com uma área de 4 mil m² e deve empregar cerca de 300 colaboradores, vai produzir coletores de

admissão, corpos de borboleta, galerias de combustível e módulos de conversores bicombustíveis para aplicações automotivas, buscando primeiramente montadoras operando na área. A planta industrial será localizada em Changchun, uma das áreas estratégicas para o setor automotivo da China, onde as principais empresas do setor também estão instaladas. “Como um sinal da continuidade do compromisso da Magneti Marelli com a China, esta joint venture amplia ainda mais a presença da empresa no país”, afirma Eugenio Razelli, CEO mundial da Magneti Marelli.

A Mag net i Ma rel l i e st á presente na China desde 1996, c o m u n id a d e s Powe r t r a i n , Sistemas de Exaustão e Iluminação Automotiva e centros de P&D próximos a Xangai, além da joint venture com a empresa SAGW para produção de componentes hidráulicos para o câmbio automatizado Free Choice. Na cidade de Wuhu, a empresa conta com as unidades Iluminação Automotiva e Powertrain, em Guangzhou com Sistemas Eletrônicos e em Hangzhou com a unidade Amortecedores, também fruto de uma joint venture com a chinesa Wanxiang Qianchao.

Eduardo Seger

a partir dos anos 60, período denominado como tempos modernos dessa atividade profissional. O setor automotivo foi o que o teve maior número de jornalistas honrados.

Ton Ferreira assume o cargo de Gerente de Contas para a divisão automotiva da Veyance Technologies, fabricante exclusiva da Goodyear Engineered P roduct s. Com exper iência de 20 anos na área comercial, sendo 16 no segmento automotivo, Ton chega para substituir Ivan Furuya que foi promovido a Gerente de Produto Automotivo & Industrial para toda a América Latina, reportando-se diretamente para o presidente da Veyance Technologies América Latina, Sr. Renaldo Calderini.

Fotos: Divulgação

Luiz Carlos Secco, diretor da Secco Consultoria de Comunicação, foi um dos 71 profissionais destacados na comemoração do Dia do Jornalista, ocorrido no último dia 7 deste mês, pelo site Jornalistas&Cia., criado para divulgar as atividades de Imprensa de todo o País. De acordo com o site, Secco distinguiu-se na cobertura do setor automobilístico e recebeu homenagem, juntamente com outros profissionais que fizeram história no jornalismo

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Veyance/Goodyear engineered Diretor da Secco Consultoria products tem novo gerente de contas é homenageado

Ivan Furuya

Ton Ferreira



Delphi lança velas aquecedoras diesel Fiat, Toyota, Mercedes-Benz, SsangYong, Peugeot, Kia e Iveco e podem ser encontrados no mercado com os respectivos códigos: HDS273 e HDS375 (ambos da Fiat), HDS262 (Toyota), HDS352 (Mercedes-Benz e SsangYong) , HDS375 (Peugeot), HDS394 (Kia) e HDS434 (Iveco).

Delphi - Vela Aquecedora - corte

Estão disponíveis para distribuidores, varejistas e mecânicos, novas versões digitais dos catálogos DPL e BAUEN, marcas do Grupo Forcecar. “O acesso é simples e gratuito. O usuário baixa o arquivo, o instala e a partir desse momento terá acesso às linhas completas de BAUEN e DPL. Além disso, todo lançamento será incluído automaticamente no catálogo virtual” explica Renan Prates, gerente de marketing do Grupo Forcecar. A empresa também oferece aos seus clientes duas outras opções de catálogos. A mais tradicional é a versão impressa, que pode ser solicitada via site do grupo ou retirada em um distribuidor da marca. Há também a opção de baixar

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DPL e BAUEN lançam novo catálogo virtual

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A Delphi apresenta para seus clientes, complementando seu portfólio de soluções para o mercado de reposição, novas velas aquecedoras com tecnologia exclusiva da empresa. Com a finalidade de aumentar a temperatura do ar em partidas a frio, as novas velas garantem rápida ignição e redução de emissões. Estes benefícios são obtidos pela inovadora e exclusiva tecnologia de aquecimento rápido desenvolvida pela empresa. Além disso, as velas Delphi fazem parte de um portfólio desenvolvido por engenheiros especializados, seguindo um rígido padrão de qualidade para atender às exigências das montadoras. Os produtos atendem a aplicações de veículos das plataformas

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a versão em “pdf ” no próprio site e salvá-la em seu próprio computador.

Ambos os catálogos estão disponíveis no site www.forcecar. com.br.


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Comercialização de peças automotivas ilegais

A Hydro Z, Divisão de negócio do Grupo Zeppini, anuncia uma parceria com o Sindirepa, para oferecer treinamento profissional dentro do programa de capacitação “Empresa amiga da oficina”, entidade que representa quase 15 mil oficinas em todo o estado de São Paulo. Assim, milhares de profissionais da reparação automotiva terão acesso a informações importantes sobre como destinar corretamente os resíduos oleosos, comuns nas oficinas, bem como conhecer tendências e soluções para o tratamento de resíduos sanitários e reaproveitamento de água da chuva. Um dos objetivos da parceria é instruir reparadores e empresários, sobre o descarte correto

A DNA Security – empresa do Grupo DEKRA especialista em marcação de peças para o mercado automotivo – tem um sistema que incide sobre um dos maiores motivadores de roubos e furtos de veículos no Brasil: a venda ilegal de peças. O DNADot, consiste na aplicação de até 7.000 micro pontos em mais de 40 partes do veículo, o que torna sua remoção praticamente impossível. Esse sistema reduz drasticamente a abordagem dos criminosos, pois para eles uma peça identificada é uma peça perdida, pois a comercialização se torna economicamente inviável no mercado paralelo. Fácil de usar, o sistema é aplicado em forma de spray e como é

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Zeppini anuncia parceria com o Sindirepa e oferece treinamentos

Caixa separadora

de resíduos oleosos. Toda água utilizada na limpeza e lavagem de peças, veículos e o piso da empresa (contaminados por óleo, graxa, combustíveis ou querosene) devem passar pela caixa separadora antes de ser descartados na rede de esgotos. Este tratamento de efluentes

atende a Resolução Conama 357/2005 em que a quantidade de hidrocarbonetos não pode ser superior a 20ppm (parte por milhão). Para informações de datas e temas dos treinamentos: www. sindirepa-sp.org.br/pdfs/empresamiga.pdf

praticamente impossível remover todos os milhares de micropontos, o sistema garante a rastreabilidade em qualquer parte do mundo do objeto marcado e permite sua rápida identificação, por meio de uma consulta no banco de dados disponível na internet. Por isso, é uma ferramenta eficaz para inibir o roubo e inviabilizar a venda de peças no mercado clandestino, já que elas podem ser rastreadas e recuperadas. “Um dos pontos mais fortes dessa tecnologia é fazer com que criminosos percam o interesse em realizar o roubo/ furto deste veículo, agindo de forma preventiva”, afirma José Aurélio Ramalho, consultor do Grupo DEKRA Brasil. Informações: www.meudna. com.br ou no (11) 4418-7281.



e expandir seus mercados com o GOE e a associação, com ações pontuadas durante todo o ano e

ainda o portal que permite a oficinas se associarem ao GOE (www. portalgoe.com.br).

os parceiros 2012 são:

Instrutherm apresenta calibrador para dosímetro Há 27 anos no mercado de instr umentos de medição, a empresa apresenta o calibrador modelo CAL 4000. Trata-se de um gerador de pressão sonora padrão fabricado para calibração de decibelímetro e dosímetro de ruído, ideal para garantir a segurança do trabalhador. O medidor atende a norma IEC-942/ Classe 2, com níveis de pressão sonora de 94d B e 114dB e o CAL-4000 gera um ruído padrão que permite rápida e fácil calibração de medidores de nível de som e sistemas de medição, sendo apropriado para uso em campo e laboratório. O equipamento tem freqüência de 1000 Hz, precisão de 0,5dB e alarme de bateria fraca. Se alimenta com

bateria de 9V, operando em temperatura de -10 a 50°C e com temperatura de coeficiente de 0 a 0,01dB °C. Informações: (11) 2144-2800 ou através do e-mail instrutherm@instrutherm.com.br. Divulgação

encontro do Grupo de oficinas especializadas divulga parceiros 2012 Após um encontro familiar em um hotel fazenda no interior de São Paulo, o GOE, Grupo de Oficinas Especializadas, pla ntou u ma árvore ipê amarelo para iniciar as comemorações de seu 10º aniversário, que será no mês de agosto deste ano. E por falar em parceiros, para o ano de 2012 o grupo mantém os parceiros 2011 em sua maioria e apresenta novas empresas, que visam crescer

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Baterias HELIAR: a primeira Dayco elege novo Diretor com tecnologia AGM comercial de aftermarket

Bateria para motos. Disponível no segundo semestre para automóveis

A Johnson Controls, anuncia a disponibilidade para o mercado automotivo brasileiro de reposição a chegada desta tecnologia. A s bat e r ia s AGM se r ã o utilizadas em veículos de altaperfor mance com exigência elétrica e capacidade de ciclagem maiores. Devido à sua concepção de construção, as bater ias AGM também oferecem melhor desempenho e maior vida útil quando comparadas às tradicionais baterias chumbo-ácido. “A Joh nson Cont rols foi pioneira na produção de baterias com tecnologia AGM em larga escala para motocicletas no Brasil, em 2005. Acredit a mos que a AGM t a mbém trará vantagens para o mercado automotivo e estamos entusiasmados em poder liderar este segmento com um produto de qualidade comprovada”, disse Allen Martin, vice-presidente e gerente geral da divisão Power Solutions da Johnson Controls nas Américas. A t e c nolog ia d a bat e r ia Heliar AGM contribuirá para o c r e s ci me nt o do s e t or d e carros de luxo e premiuns no Br a sil. De acordo com d ados d a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores - Fenabrave, a importação de veículos de luxo ou de alto desempenho aumen-

tou aproximadamente 270%, de 57.600 unidades em 2008, para 154.600 unidades, em 2011. A Johnson Controls pretende inicialmente importar as baterias Heliar AGM para atender o mercado brasileiro. Globalmente, em resposta à crescente demanda por veículos mais eficientes em termos energéticos, a Johnson Controls continua a expandir sua capacidade de produção da linha AGM, com o anúncio de mais de US$ 520 milhões de investimentos até 2015 para atender à de m a nd a p r i ncip a l me nt e dos veículos com a tecnologia Start-Stop, que ajuda o veículo a atingir de 5% a 12% de melhora na economia de combustível do veículo e de emissões.

Silvio R. Alencar

A cidade de São Paulo é, desde o último dia 2 de abril, a nova sede da Diretoria Comercial Aftermarket da Dayco Power Transmission na América do Sul, com a nomeação do diretor Sílvio R. Alencar de Almeida para a divisão. Formado em Administração de Empresas pelo Mackenzie, MBA em Administ ração de Vendas na FGV e com pósgraduação em Marketing pela Escola Superior de Propaganda e Marketing, o novo diretor enfrentará o desafio de integração de todas as ações comerciais na América do Sul. Porém, experiência não lhe falta. Como gestão

comercial e de negócios em empresas do segmento automotivo, abrangendo toda a cadeia produtiva e de comercialização nas áreas de administração e finanças. Agrega, ainda, experiência em infraestrutura industrial, desenvolvimento de produtos e mecanismos de exportação. “Temos certeza que o novo companheiro de diretoria contribuirá ativamente para a consolidação de nossa empresa, tanto no Brasil como nos demais países da América do Sul” – disse Ronaldo Teffeha, diretor superintendente OEM e Aftermarket da Dayco no Brasil e vice-presidente de Aftermarket para a América do Sul.

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Ledriving: novos LeDs automotivos da osram Divulgação

Nova linha de LEDs automotivos da OSRAM

A OSRAM, acaba de lançar no mercado brasileiro a linha de produtos Ledriving, lâmpadas automotivas com tecnologia LED para faróis e iluminação interna em porta-luvas e de leitura, além das placas do veículo. Os lançamentos possuem excelente efeito visual, com luz homogênea, sem deixar os pontos do LED visíveis. Econômico, os dispositivos podem vir a consumir até 80%

menos de energia que os convencionais. A novidade também tem efeito branco e brilhante por conta de sua alta temperatura de cor, de 6.000K. Ficha Técnica Modelos: W5W, T4W e C5W Temperatura de cor: 6000K Potência: 1W Voltagem: 12V

No mês de Abril, em São Paulo, a diretoria eleita da Associação Paulista de Retífica de Motores – APAREM – tomou posse para a gestão de 2012 a 2015, com a seguinte composição: Presidente: Zauri Candeo (Retífica Motor Vidro), 1° Vice-Presidente: Pedro L. Árias (Retifort Retífica), 2° Vice-Presidente: Gilmar A. Rosa (Retífica Standard); 1° Tesoureiro: Carlos W. Costa (Retífica Elite), 2° Tesoureiro: José M. F. Spínola (Retífica São Paulo); 1° Secretário: Jaime C. Pereira (Retimotores), 2° Secretário: Adenilson Brescansin (Retífica JF); Conselho Fiscal - Membros Efetivos: Pasqual Quintana (Retífica Pasquin); Jefferson J. Papa (Retífica JJ Papa) e Roberto P. Araújo (Dimello Retífica), Conselho Fiscal - Membros Suplentes: Sílvio B. Ferreira (Retífica Beira

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Diretoria eleita toma posse na APAREM

Zauri Candeo

Mar), Ézio Ronca (Retífica Ipiranga) e Lauro Somaggio (Retífica Somaggio). No evento da posse, Zauri Candeo, reeleito como presidente, e que também ocupa a presidência do SINDIMOTOR, declarou: “A concorrência predatória é o mais grave problema que aflige o nosso setor. Não podemos mais permitir que as retíficas de motores trabalhem com preços abaixo do custo, situação causada pela concorrên-

cia desleal de outros setores como o do comércio dos desmanches clandestinos, que fornecem motores completos e peças usadas para as oficinas mecânicas. Isso precisa ser resolvido. Afinal, quem consegue competir com os preços dos motores e peças usadas, quando de procedência duvidosa e praticamente sem custos?”. Finalizando, explicou: “As retíficas de motores, mais do que nunca, precisam se unir, principalmente para conseguirmos acionar o nosso projeto ‘PróMotor, o Programa de Incentivo à Retífica e Reparação de Motores’, que tem como objetivo maior a expansão da base de consumidores e, como reflexo direto, um aumento significativo da clientela dentro das retíficas de motores.” Mais informações sobre a entidade em www.aparem.org.br

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DICA TÉCNICA

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DICA TÉCNICA

O reparador Antonio Humberto Gomes, através de nosso fórum, enviou este problema.

a aceleração novamente e voltou o código P1112 - monitor alto de pressão de combustível presente.

DEFEITO

SOLUÇÃO

O cliente reclamou da luz de anomalia acesa e o carro perdendo a aceleração. Desligando e ligando o motor, ele acelera por alguns minutos e volta o defeito novamente.

Ao retirar o coletor de admissão estava cheio de óleo. Havia óleo dentro do compartimento onde estão os sensores do corpo de borboleta (tampa preta de plástico) e nos dois conectores do corpo de borboleta. Pensei que o defeito estaria ali, o respiro do motor estava completamente entupido. Para limpar esse respiro é complicado mas, uma pessoa que trabalhou na Peugeot ensinou como: fazer uma ferramenta e remover com cuidado a tampa retangular. Ao tirar a tampa estava completamente entupido. Limpei tudo, colei a tampa, limpei os dois conectores do corpo, montei tudo mas nada resolveu. Coloquei o scanner e registrou P0105 - falha no circuito do MAP presente. Substitui o MAP mesmo assim o scanner registrava o código P0105. A Unidade de Comando estava com defeito.

DIAGNÓSTICO O scanner acusou as seguintes falhas: P0105 - falha no circuito do MAP não presente, P0106 - circ. MAP prob. faixa / desempenho não presente, P1112 - monitor alto pressão de combustível não presente, P1156 - falha borboleta motriz 2 não presente, P0262 - desconhecido não presente, P0271 - desconhecido não presente, P0268 - desconhecido não presente, P0265 - desconhecido não presente. Apaguei a memória, funcionei o motor novamente. Ficou normal e depois de alguns segundos, a luz de anomalia acendeu e perdeu

Problema na Hilux 3.0 diesel virou oportunidade de negócio em oficina A oficina Qualicar, localizada em São João de MeritiRJ, solucionou um problema encontrado frequentemente na Toyota Hilux 3.0 D-4D e também em outras caminhonetes com motorização diesel. DEFEITO O veículo perdia aceleração em retomadas. DIAGNÓSTICO Com scanner verificamos os códigos de defeitos e apresentou o seg ui nte: P20 08 -

vá lv u l a d e c ont r ole d o a r. Verificamos também todos os parâmetros de funcionamento e não encontramos nenhuma irregularidade, durante viagem de teste com scanner ligado, c o n s eg u i m o s r e p r o d u z i r o defeito. Ao reduzir a velocidade e fazer uma rápida retomada de aceleração, obser vamos que a luz da injeção acendeu e o pedal do acelerador ficou sem resposta, ou seja, aceleramos e o motor não respondeu. Com scanner verificamos que a UCE recon hece acionamento total do acelerador, Divulgação

Motor do Peugeot 206 1.0 16V encharcado de óleo

Toyota Hilux 3.0 diesel

mas o corpo de borboleta fica limitado a 30% de abertura. Ao desligar e ligar o motor, volta a funcionar normalmente até fazermos uma rápida retomada de aceleração. SOLUÇÃO Devido ao código de defeito que apresentava, trabalhamos em cima do corpo de borboleta, válvula de controle de pressão da turbina, não encontrando nenhuma irregularidade. Fizemos contato com dois colegas de of icinas de diferentes concessionárias Toyota e ambos nos deram a mesma infor mação: “o defeito é no módulo da injeção”. Por causa da grande dificuldade de conseg uir mos u m módulo para teste, continuamos fazendo contatos com outros colegas, e também com o suporte técnico da enciclopédia Doutor I E. Nela havia a infor mação de um defeito desses e o problema estava nas borboletas do coletor variável, que ficavam presas por causa de excesso de borra. Ba sea do nessa i n for mação, retiramos o coletor de admissão e constatamos este excesso, fizemos uma limpeza no coletor de admissão, depois de instalado fizemos outra viagem de teste e não apresentou mais o defeito. Com esse defeito causado pelo excesso de borra no coletor de admissão, gerado p elo a r m a l f i lt r a do e que vem com poeira (por causa do filtro saturado e o resíduo de óleo que passa para a admissão pela t urbina), passamos a oferecer como prevenção o serviço de limpeza do coletor de admissão. O valor cobrado em algumas regiões do Brasil pode chegar à R$400. O problema é resolvido e o cliente f ica satisfeito.


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DICA TÉCNICA

Divulgação

Santa Fé 2.7 V6 2008 comprada em loja estava soltando fumaça azulada O reparador Ricardo Simplício Rodrigues, da Auto Mecânica Portuga, de Mogi das Cruzes – SP, descreve uma situação frequente para muitos consumidores que adquirem veículos em loja de automóveis usados. PROBLEMA Um cliente dele comprou um Hyundai Santa Fé 2.7 V6 2008, com 66.400 km. Quando ele foi buscar o carro na agência, percebeu uma fumaça saindo do escapamento. O vendedor disse que era água acumulada no escapamento, porque ficou parada por muito tempo enquanto estava na loja. DIAGNÓSTICOS Fiz um teste: deixei-a desligada por um tempo e depois liguei o motor. Realmente saía fumaça, mas não de vapor e sim uma fumaça densa e azulada, como de óleo queimando. Desmontei o coletor, pois desconfiei que os bicos pudessem não estar vedando bem. Fiz o teste de estanqueidade, os bicos estavam perfeitos. Percebi um grande acumulo de óleo no coletor quando o desmontei e esse óleo vinha da mangueira do respiro do motor. Fiz outro teste: limpei todo o óleo do coletor, montei o mesmo isolando as duas mangueiras do respiro, colocando-as dentro de um galão do lado do motor.

Hyundai Santa Fé 2.7 V6 2008

Por uma semana o cliente usou o carro e a fumaça havia desaparecido, não havia óleo no galão e o coletor permaneceu sem óleo. Pensando que o problema era apenas o óleo acumulado no coletor, conectei novamente as mangueiras de respiro e liberei o carro. No dia seguinte, já pela manhã, o cliente retornou dizendo que o carro voltou a soltar fumaça e ainda, que havia piorado. SOLUÇÃO Intrigado com o defeito, fui a uma concessionária Hyundai saber se já haviam recebido um caso igual a este. Disseram que na concessio-

nária não, mas outro reparador da cidade (de Mogi das Cruzes) já. Para eliminar definitivamente esta emissão de fumaça, ele descarbonizou as tampas de válvulas. Problema resolvido. CONCLUSÃO O uso de óleo incorreto no motor ou a falta de troca deste lubrificante podem ter causado a formação de borra nos defletores da tampa de válvulas, fazendo com que o óleo acumulado no defletor não escorra e, consequentemente, seja sugado pela admissão. Foi feita a descarbonização das duas tampas e colocado o óleo correto, 5W30 sintético.

Honda Fit 1.4 falha e acende a luz da injeção O reparador Eduardo Miranda, de Varginha - MG, recebeu um Honda Fit 1.4 2006 com câmbio CVT.

no motor, cortes de ignição, chegando até parar na rua.

DEFEITO

A luz da injeção acendia. Passei o scanner e o defeito registrado na memória foi sensor CKP (sensor de rotação do motor).

Peguei um sensor de outro carro para testar e o defeito continuou. Troquei as 8 velas e não resolveu.

DIAGNÓSTICOS SOLUÇÃO

O veículo estava com a luz da injeção acesa e apresentava falha

Após a substituição de uma das oito bobinas o defeito foi solucionado.

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DICA TÉCNICA

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Dica técnica: Aplicação do torque de fixação ou soltura da articulação axial O Grupo Técnico da DHB preparou uma dica para o Jornal Oficina Brasil sobre a aplicação do torque de fixação ou soltura da articulação axial do sistema de direção hidráulica. Confira, em alguns passos, como executar essa operação corretamente: - Nunca aplique o torque de fixação ou soltura da articulação axial diretamente sobre a cremalheira apoiada no pinhão da caixa de direção. - Para executar essa operação, recomenda-se utilizar duas chaves fixas, uma fixando a cremalheira pelo rebaixo faceado (ou pelo próprio dentado), e outra no rebaixo faceado da articulação axial, conforme a figura 1. Lembre-se que, ao fixar a cremalheira pelo dentado, você deve utilizar uma chave que não irá danificar os dentes da cremalheira, como a da figura 2.

Figura 2

Dica importante:

Figura 1

Aplique duas gotas de Loctite® 262 na rosca da cremalheira e/ou terminal. O torque de aperto deve estar entre 60 e 80 Nm. Desta maneira, você garantirá a correta fixação da articulação axial, evitando possíveis folgas, ruídos, desgastes prematuros e também a segurança do usuário do veículo.


DICA TÉCNICA

NGK dá dicas para substituição de sensores de oxigênio Atenta às necessidades do mercado e do reparador, a NGK, principal fabricante de velas, cabos de ignição e sensores de oxigênio do mundo, esclarece mitos e verdade sobre o sensor de oxigênio, também conhecido como sonda lambda. O sensor de oxigênio é um dos componentes do sistema de injeção eletrônica e responsável por identificar a condição de mistura de ar e combustível que foi queimada, enviando esta informação à unidade de controle do veículo (ECU). Com os dados recebidos, este módulo verifica a necessidade de corrigir a mistura para promover uma melhor relação entre o desempenho do motor, consumo de combustível e controle de emissões. Nos veículos com sistema Flex, a sonda ainda desempenha a função de auxiliar o módulo para identificação do combustível que está sendo utilizado. Apesar de sua importância, o sensor de oxigênio ainda gera muitas dúvidas para o reparador, sendo que em muitos casos encontramos no mercado informações incorretas sobre este item. No mercado, são encontrados alguns principais tipos de sonda lambda. Entre eles, os do tipo dedal, que podem ser com sistema de aquecimento convencional ou com sistema de aquecimento rápido - que inicia seu funcionamento a partir de oito segundos. Além deles, também é comercializado o sensor em formato de pastilha, conhecido como Planar. Uma dúvida recorrente no mercado reparador é se todos os veículos Flex utilizam sensores de oxigênio tipo planar, Na verdade, além deste tipo de sonda, mais de 50% da frota circulante dos carros flex utilizam sensores do tipo dedal de aquecimento rápido. Para a correta aplicação no veículo a NGKNTK

recomenda que o reparador consulte sempre a sua tabela de aplicação que está disponível em seu site www. ngkntk.com.br ou através de seu SAC 0800 197 112. DICAS E CUIDADOS Internamente a sonda é fabricada de cerâmicas especiais, portanto deve-se evitar impactos durante o seu transporte e manuseio, sob riscos de danificar o sensor, mesmo novo, durante o seu processo de instalação e remoção. Não se deve emendar o fio do sensor de oxigênio, pois emendas dificultam a passagem o oxigênio de referencia do sensor, bem como possibilitam a infiltração de água e mau contato elétrico. A aplicação de produtos como óleo em spray, limpa contato ou a presença de óleo e água no conector contaminam o ar de referência, o que afeta o correto funcionamento do sensor de oxigênio. Outra atitude a ser evitada é a remoção da graxa que é aplicada na

rosca do sensor de oxigênio. Os sensores NGKNTK possuem uma graxa especial chamada de Never Seeze que evita a oxidação, melhora o aterramento e facilita a instalação e desinstalação. Resistente a altas temperaturas (acima de 1300 graus Celsius) esta graxa não deve ser substituída por outros tipos de lubrificantes que podem derreter e contaminar o elemento sensor ou até mesmo inflamar-se devido às altas temperaturas. Outro cuidado a ser tomado é o de não puxar o sensor pelos fios, pois uma ruptura interna da fiação pode causar mau contato elétrico. Este tipo de procedimento pode também deslocar o vedador, possibilitando a infiltração de água. Para remover a sonda deve-se primeiro desconectar o sensor para depois desrosqueá-lo do veículo. Ao tentar primeiro remover o sensor pode-se danificar o fio por torção ou tracionamento. Alguns veículos possuem locais específicos para passagem do fio do sensor. Deve-se passar os fios pelas presilhas para evitar que fiquem soltos, possibilitando que se danifiquem por atrito ou contato com partes aquecidas do motor. Durante a instalação, o torque de aperto do sensor recomendado é de 3,5 a 4,5 Kgfxm, se deixarmos o sensor solto se soltar e permitir a fuga de gases. Se apertado demais, também há risco de danificar o sensor. Pode-se encontrar no mercado ferramentas apropriadas para remoção e instalação de sensores de oxigênio. Não existe manutenção de sensores de oxigênio e no caso de falhas de funcionamento e tempo de resposta lenta, os mesmos devem ser substituídos. Também não se deve tentar limpá-los para evitar choques ou a remoção da graxa aplicada da rosca do sensor.

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artigo

Sistemas de propulsão automotivos e impacto de partida para motores de combustão interna

Por alvaro Canto michelotti*

O discurso geral dos dirigentes do setor automotivo aponta que existe futuro para o motor de combustão interna nos veículos, mesmo que para isso ele tenha que ser mais eficiente e menos poluidor do que é hoje. Mesmo tendo que compartilhar o mercado mundial do futuro com outros tipos de sistemas de propulsão, como os sistemas híbridos e veículos elétricos, ainda se manterá por longo período como o principal trem de força

(powertrain) dos automóveis no mundo todo. Pesquisas recentes indicam que as emissões de gás carbônico (CO2) originadas de veículos de passeio foram responsáveis por 7% do total de emissões de gases que causam o efeito estufa em 2006. E projetam um aumento de mais de 54% até 2030, atingindo cerca de 4,7 giga toneladas de CO2 devido ao aumento no número de veículos – de 730 milhões para mais de 1,3 bilhão nesse período. O desenvolvimento de motores e combustíveis alternativos para aplicações em automóveis tem focado no uso do hidrogênio como fonte de energia para motores que utilizam o conceito de células de combustível, os veículos elétricos puros e os veículos híbridos nos quais coexistem um motor de combustão interna e um motor elétrico, além de novas tecnologias para aumento da eficiência dos atuais motores de combustão interna. Mas a expectativa é que não haverá uma única solução que será mundialmente adotada, e que tenha condições de fornecer a necessária redução de emissões de poluentes a um custo

competitivo. Tal fato irá garantir a coexistência de uma gama variada de alternativas tecnológicas de sistemas de propulsão por um longo período, dependendo das características particulares dos países e regiões do mundo. Várias tecnologias estão sendo introduzidas para aumento da eficiência dos motores de combustão interna, entre as quais pode-se citar a HCCI, do inglês Homogeneous Charge Compression Ignition, na qual o aumento de eficiência do motor do ciclo Otto é obtida pela compressão e aquecimento da mistura arcombustível até o seu ponto de auto-ignição, fazendo com que um motor movido à gasolina ou álcool tenha uma eficiência similar à de um motor diesel; ou a estratégia de downsizing, conhecida pelo aumento da potência específica do motor em kW/litro, ou seja, é o desenvolvimento de um motor 1.0 litros com potência de 1.6 ou mais; além da Injeção Direta de Combustível, na qual o bico injetor é posicionado de forma que o combustível seja injetado e misturado ao ar dentro do próprio cilindro, gerando uma combustão mais limpa e eficiente do que aquela obtida

no coletor de admissão. Uma característica dos motores de combustão interna é a necessidade de assistência para a partida até atingirem o seu funcionamento autônomo. Os sistemas de partida inicialmente eram acionados manualmente, e depois o uso do motor elétrico com algumas funções adicionais (como o impulsor de partida) se tornou largamente utilizado tanto para motores do ciclo Otto (motores à gasolina/álcool) quanto para os motores do ciclo diesel. Os sistemas de partida utilizados at ualmente também começam a evoluir, após mais de um século de poucas alterações desde a invenção do motor de partida convencional. Alguns conceitos inovadores começam a surgir, como o motor-gerador integrado, que é acoplado ao motor de forma contínua por meio de correia, no qual um único sistema tem a dupla função de motor de partida e de alternador. Esses novos conceitos de sistemas de partida não-convencionais podem também contribuir para o aumento da eficiência dos motores de combustão interna, através da economia de com-

bustível, e também na redução das emissões de gases poluentes. A tecnologia conhecida como start-stop, por exemplo, permite que em situações de congestionamento usuais em grandes cidades, a economia de combustível possa atingir cerca de 8%, medida que pode variar dependendo do ciclo urbano considerado na avaliação, mas que se torna um fator decisivo para a adoção desse tipo de sistema de partida. Torna-se bastante evidente que há grandes oportunidades para a pesquisa de novos conceitos de sistemas de partida, os quais possam fornecer baixo custo e maior eficiência. Tais iniciativas podem contribuir para a adoção de sistemas de partida não-convencionais (do tipo start-stop) em mercados emergentes como Brasil, Índia e Rússia, já que o maior custo de tais sistemas inviabilizam hoje sua aplicação em mercados direcionados pelo baixo custo.

* Alvaro Canto Michelotti é Analista de Pesquisa e Desenvolvimento da empresa Zen S/A Indústria Metalúrgica


artigo

Capacitação técnica: motivos para investir

Por lucia Cuque*

Mais segurança, mais conforto, mais potência. Tudo isso é o que os atuais motoristas desejam, sem abrir mão do mínimo impacto no meio ambiente. Para conseguir atender todos esses requisitos, a indústria automotiva tem desenvolvido sistemas cada vez mais complexos que trabalham de forma integrada. Por isso, a adoção e o aprimoramento das novas tecnologias é uma tendência, sem volta, que traz para o reparador um grande desafio: estar sempre atualizado.

Se antigamente o reparador detectava um problema apenas com um bom ouvido e não precisava utilizar tantos equipamentos, agora ele precisa conciliar bons equipamentos com a expertise profissional. Hoje, o bom mecânico precisa saber fazer diagnósticos complexos e também traduzir seu conhecimento para sua clientela. Por isso, a capacitação profissional é cada vez mais essencial nesse segmento. Segundo dados do SENAI, no ano de 2011 foram registradas 2,3 milhões de matrículas para cursos em todo o País, sendo 377 mil destinadas à cursos de qualificação. Isso porque os profissionais já perceberam que quanto mais elevado for o nível de educação, maior é a chance de encontrar colocações com melhores salários. Assim, muitos profissionais estão em busca de qualificação, em áreas como elétrico-eletrônica e informática, mas ainda assim são poucos profissionais para atender a demanda de atualização tecnológica dos veículos, que possuem cada vez mais componentes eletrônicos. Conhecimentos em eletrônica, eletricidade e metrologia, para desenvolver o trabalho, matemática, usada na interpretação de dados,

além do português essencial na comunicação com o cliente, servem de base para o sucesso profissional dos reparadores. Diante desse cenário de mudanças, o principal desafio é a transformação de mecânicos para mecatrônicos. É necessário que os profissionais adquiram conhecimentos de eletrônica, elétrica automotiva e informática, pois conhecer apenas os motores não será mais suficiente para diagnosticar uma falha. A busca por informações e conhecimento deve ser constante, e os centros de treinamentos, palestras e cursos são boas opções para se diferenciar no mercado. O Centro de Treinamento Técnico Automotivo Bosch oferece cursos online e presenciais, além de workshops nas próprias oficinas. Para mais informações sobre esses e outros produtos do Centro de Treinamento acesse: www.bosch. com.br/autopecas/treinamentos, ou entre em contato com a Bosch pelo telefone (19) 2103-1419 e email: treinamento.automotivo@ br.bosch.com. * Lucia Cuque é Chefe de Treinamento Técnico e Comercial da divisão Automotive Aftermarket da Robert Bosch Brasil

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evento

Jovens carentes recebem bolsas de estudo do Senai Conde José de azevedo O curso de três meses da primeira turma de 32 alunos que tiveram a oportunidade de adquirir uma formação básica por conta de bolsas de estudo oferecidas em parceria do SENAI com a empresa de autopeças Carbwel, foi finalizado com frequência excelente e alunos satisfeitos. Valdir de Jesus, agente de treinamento do Senai Conde José de Azevedo, localizado no bairro do Ipiranga em São Paulo, é enfático ao afirmar que a principal insatisfação das oficinas mecânicas é a falta de mão de obra ou profissionais qualificados. “Partindo desse príncipio, jogamos a responsabilidade para as oficinas e passamos a elas a missão de indicar jovens desempregados ou de baixa renda para que fossem contemplados com bolsas de estudo para o curso de Qualificação Básica. Solicitamos que fossem adolescentes com até 18 anos e do convívio: filho do mecânico, sobrinho, vizinho, para que fosse dado um curso de qualificação”, explica Valdir. Houve uma seleção desses garotos indicados e montaram duas

Fotos: Oficina Brasil

O SENAI Ipiranga, em parceria com a empresa de autopeças Carbwel, possibilitou estudo de qualificação básica automotiva para alunos carentes. A empresa arcou com custos de alimentação, transporte e mensalidade.

Turma de alunos com o professor instrutor

turmas com 32 jovens. Apenas uma desistência foi registrada dentre as inscrições, isso porque o garoto recebeu uma oportunidade de emprego. A formatura da primeira turma foi realizada no mês de Abril e o SENAI espera que assim como a Carbwel, que foi a patrocinadora da primeira turma de alunos comtemplados com as bolsas de estudo, que outras empresas aju-

dem a possibilitar inserção social e qualificação técnica para jovens oriundos de classes sociais menos favorecidas. CaRBWel Carlos Gomes de Moraes, Diretor Comercial da Carbwel, há 2 anos verificou a falta de mão de obra nas oficinas mecânicas. Recentemente o SENAI

disponibilizou as bolsas de estudo para que o projeto, idealizado por ele, saísse do papel. “Para recrutar alunos, percorri igrejas e centros comunitários da região e em dezembro de 2011, convoquei as oficinas locais para conhecerem o projeto”, afirma. Carlos conta ainda que as oficinas gostaram muito da iniciativa e se comprometeram a contratar os garotos após o curso. “Alguns indicaram aprendizes que estavam tendo a oportunidade de trabalhar na oficina, eles estudam meio período e trabalham meio”, explica Carlos. A Carbwel pagou a condução de ida e volta dos alunos ao curso, um investimento de aproximadamente R$ 10.000,00. “Joguei a semente, agora espero que outras empresas e fábricas façam o mesmo, pois com essa ação social, damos oportunidade de estudo a jovens que não possuem condições de arcarem

com a mensalidade do curso”, finaliza orgulhoso o idealizador do projeto. QUalIFICaçÃo BÁSICa O primeiro curso foi de motor e agora o SENAI oferece um curso de injeção eletrônica gratuito, como sequência do estudo. Para esse ano, Valdir de Jesus informa que aos poucos as bolsas serão disponibilizadas, mas para isso precisa da ajuda de empresas que tenham intenção de ajudar neste projeto social. Informações com Valdir de Jesus: vjesus@sp.senai.br FaCUlDaDe SenaI Outro projeto que deu certo foi a implantação da Faculdade de Tecnologia, que está instalada nas dependências da Escola SENAI Conde José Vicente de Azevedo. Tem como objetivo atender com mão-de-obra qualificada a indústria automotiva e oferecer à população curso superior de tecnologia de alta qualidade.


evento

Alunos do Curso gratuito

Laboratório de Colorimetria

Alguns alunos já trabalham em oficinas e aplicam na prática o que aprendem nas oficinas do SENAI

Aulas práticas em laboratórios fazem a diferença e completam o ensino teórico

Aulas teóricas completam a grade de formação

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em foco

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capa especial

limpeza de injetores: fazer ou não fazer? a polêmica continua! Apresentamos o resultado da enquete sugerida na matéria da edição de Março, onde solicitamos aos leitores que dessem sua opinião pelo site, sobre este polêmico assunto. Surpreendentes 718 respostas em um período de duas semanas constataram que 546 praticam essa modalidade em sua oficina, contra 172 que afirmaram não praticarem pró e contra essa prática:

Fotos: Divulgação

U

ma completa reportagem do JOB de março tratou do tema de limpeza de bicos onde, na oficina, acompanhamos o procedimento de limpeza de um Fiat Punto e após, o caso foi solucionado. Na ocasião, a matéria lançou no site do Jornal, enquete com o polêmico questionamento: “Você pratica?” com o objetivo de “captar na fonte” a opinião de quem lida com essa realidade diariamente, o reparador independente. A grande maioria das respostas apontou a má qualidade do combustível como responsável por diversas falhas nos motores. Selecionamos no site a opinião destes profissionais e apresentamos os pontos de vista

faZem limpeZa: “Devido à má qualidade dos combustíveis e a não manutenção preventiva (troca de filtros, óleo e velas)”. Luis Carlos Maroldi - Centro Técnico Automotivo Jaçanã – São Paulo - SP D e u m a fa m í l ia de e m p r e e nd e d or e s , Lu i s C a rlo s Maroldi comprou seu primeiro car ro usado e, como muitos reparadores, interessou-se pela mecânica mexendo no seu próprio automóvel. “Isso há quase 30 anos atrás. Fiz cursos de freios e elétrica inicialmente, áreas que me interessavam. Fui aprendendo na prática e pedia

Luis Carlos Maroldi com os filhos Bruno e Junior

ajuda a outros mecânicos quando não sabia. Montei uma loja de peças de motos, mas não me identifiquei e fui trabalhar de empregado em oficinas. Hoje, tenho a minha oficina. Investi em equipamentos, ferramentas e cursos e me especializei em inspeção veicular”, conta Luis. Trabalham na oficina ele e dois filhos, Bruno e Junior. Um

deles é Tecnólogo em Mecatrônica pela Faculdade Getúlio Vargas. O outro está fazendo Tecnologia da Informação. O filho Bruno, braço direito na oficina, já se decidiu em continuar na empresa, pois percebeu que o que vai dominar a oficina é a informatização. Luis é a favor da limpeza de bicos injetores. “O principal problema que encontramos nos veículos hoje é causado por

“O principal problema que encontramos nos veículos hoje é causado por combustível adulterado. Quando fazemos os testes, pegamos até 80% de alteração no combustível e isso causa grandes danos no motor e consequentemente, nos bicos” Luis Carlos Maroldi


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combustível adulterado. Quando fazemos os testes, pegamos até 80% de alteração no combustível e isso causa grandes danos no motor e consequentemente, nos bicos. Alg u ns clientes me procuram querendo fazer a limpeza quando a luz de anomalia da injeção acende. Procuro explicar que a luz de injeção acesa não indica “bico” e sim, que há algum problema fora do parâmetro de funcionamento do motor que a central do carro detectou. É preciso diagnosticar a causa, por meio

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44 de um rastreamento no veículo, leitura com scanner, e ver o que está fora do padrão de fábrica. Pode-se fazer o teste na gasolina e ver se está de acordo”, explica o reparador. Luis também afirma que preventivamente, só indica a limpeza se o carro estiver com muita quilometragem. “Temos diversos casos na oficina em que a limpeza foi a melhor solução, principalmente na linha Corolla. Em um dos casos, o dono do veículo alegou falta de rendimento e o veículo parecia ter sintomas de ignição,

mas na verdade era falta de equalização e limpeza de bicos. Tenho um cliente que mora no bairro Sumaré e trabalha no Jaçanã, percorrendo assim uma grande distância diariamente. Q u a ndo n ã o r e st ava q u a se nenhuma alternativa, tirei os bicos e coloquei na máquina. Resultado: estava tudo errado. Limpei algumas vezes, equalizei e coloquei no carro. No dia seguinte à limpeza, o cliente ligou e brincou: você abriu o motor do meu carro e colocou mais 30 cavalos lá dent ro?

Paulo Sergio Luzetti e sua filha, na oficina Luzetti

pois ele nunca andou tão bem quanto agora! Isso por causa de uma simples limpeza de bicos”, ressalta. “Em outro caso, um Palio com 28.000 km, o cliente afirmou que o carro não pegava e não rendia bem. O veículo era usado muito pouco e ficava bastante tempo parado causando oxidação e carbonização. Após a limpeza de bicos, o car ro ficou mais econômico com partida rápida. Hoje trabalhamos muito em cima de diagnóstico, corremos a parte de alimentação, ignição e motor, válvula e o bico é um dos últimos itens a ser checado”, finaliza. “Sou a favor da limpeza de bicos haja vi s to que já deparei com uma EcoSport 1.6 Flex com pouca potência. Verifiquei velas, cabo de velas, bobina e o defeito persistia, então resolvi tirar os bicos para averiguação. Colocando na máquina constatei que um deles injetava menos do que os outros. Coloquei-os no ultrassom para limpeza e em seguida, testei novamente e verifi-

quei que, aquele que injetava menos estava igualado com os demais, provando a eficiência do ultrassom e resolvendo o defeito do carro. Depois disso quando vem algum cliente na minha oficina com o carro falhando cilindro e o mesmo me fala que é coisa simples como uma vela ruim eu digo: Não é tão simples assim pois tem mais de 5 itens que ocasionam a mesma falha e tenho que verificar um a um.”Oficina Luzetti – Paulo Sérgio Luzetti – Guarulhos - SP Bancário por 18 anos, Paulo Sérgio Luzetti decidiu vender uma casa no litoral e um comércio de outra natureza, e com o capital montar a sua oficina, após ser demitido. “Comprei algumas ferramentas na Rua Florêncio de Abreu, no centro de São Paulo e guardei-as na Saveiro.Parei no banco para pagar um imposto e quando voltei, havia sido furtado. Levaram as ferramentas e o carro. Voltei na Florêncio de Abreu e o vendedor falou: Você de novo aqui?”, brinca o reparador, que não desistiu do seu objetivo.

“O bico estava entupido, não injetava e falhava cilindro. Esse eu tive que limpar duas vezes para que ele igualasse com os outros. O certo é fazer a limpeza de bicos entre 15.000 km e 20.000 km, foi o que aprendi no curso de injeção eletrônica no SENAI” Paulo Sérgio Luzetti


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“Fiz alguns cursos para me especializar e conseguir tocar o negócio. Estou desde 2003 com a minha of icina. Em alguns casos, aconselho a limpeza de bicos”, explica Paulo. Ele conta que cer ta vez, além do Ford Ecosport citado, ele também atendeu um Corsa. “O bico estava entupido, não injetava e falhava cilindro. Era o bico também e esse eu tive que limpar duas vezes para que ele igualasse com os outros. O certo é fazer a limpeza de bicos entre 15.000 km e 20.000 km, foi o que aprendi no curso de injeção eletrônica no SENAI”, finaliza Paulo Sérgio. NÃO FaZeM liMpeZa “Para meu entendimento, qu a n d o t e mo s u m ve í c u l o com consumo de combustível dentro da média (cliente não reclama de consumo ou falha) e análise de gases conforme especificação das normas de poluição, não se faz necessária a limpeza ou descarbonização dos injetores. Podemos fazer serviços de maior importância para a segurança de nossos clientes ou não cobrar por ser viço de snece ssário, fidelizando-o ainda mais na oficina”. Igor Giacomet – Auto Mecânica Confiança –Caxias do Sul - RS Com o apoio do pai, Igor Giacomet decidiu fazer u m curso automotivo no SENAI. Aos 16 iniciou como auxiliar em uma concessionária Renault e ficou por 7 anos, até atingir o cargo de chefe de oficina.Com 25 anos, foi gerente de pósvenda de uma concessionária Volkswagen, e hoje, com 28 anos, é proprietário da Mecânica Confiança, que atende aproximadamente 250 veículos por mês e possui 7 colaboradores. Igor conta que o foco da oficina são as marcas Renault, Peugeot e Citroën, isso porque eles se especializaram para atender estas marcas que já conhecem bem, pois para a Confiança, atender todas as montadoras exige gastos com equipamentos e diferentes especializações.

“Podemos vender serviços úteis para a segurança, como palhetas ou uma verificação eletrônica de sinalização que serão visíveis aos olhos do cliente e geram o mesmo lucro com a venda da peça” Igor Giacomet Auto Mecânica Confiança - Caxias do Sul - RS

Na opinião de Igor, clientes não afirmam que o carro precisa de limpeza de bicos, apenas afirmam que consome muito e não anda como antes.“Na maioria dos casos atendidos, o problema do cliente é resolvido com substituição de peças eletrônicas como sensores e ignição ou mecânicas como velas, filtros, sincronismo, e bomba de combustível. A limpeza de injetores, fazemos após o teste de equalização apresentar que algum injetor possui diferença em relação aos outros ou tabela de calibração”, enfatiza Igor. Ele também acredita que vender o serviço de limpeza de bicos é desnecessário. “Podemos vender serviços úteis para a segurança, como palhetas ou uma verificação eletrônica de sinalização que serão visíveis aos olhos do cliente e geram o mesmo lucro com a venda da peça”, informa Igor. “Caso alguma partícula sólida passe pelo f iltro, ou mesmo o surgimento de alguma borra por desprendimentos ou deterioração das mangueiras do sistema de alimentação provocados devido ao contato de s o lve n t e s d i s p e r s o s e m combustíveis de má qualidade, ou ainda a cabornização das válvulas do cabeçote por falta de troca do óleo ou velas de ignição no tempo correto, podem provocar problemas de ent upimento dos bicos . Caso contrário, abastecendo com combustível de boa qualidade, trocando o filtro de combustível no tempo correto, periodicamente fazendo

uso de aditivo para gasolina/ álcool, não se faz necessário o proce s so de limpeza dos bicos injetores, haja vista que o fluxo constante do combustível pelos orifícios dos bicos por si só os mantem limpos”. Ubirajara Placido de OliveiraPariquera-açu - SP O primeiro carro de Ubirajara foi um Fusca, motor 1.500 cc., e quase toda a manutenção mecânica, com o auxílio de artigos e ferramentas específicas para o tipo de motor, procurava realizar pessoalmente, desde a regulagem das válvulas, colocação do motor no ponto de ignição, regulagem do platinado, limpeza e regulagem da folga dos eletrodos das velas, etc. O tempo foi se passando, o conhecimento de mecânica aumentou, e sempre a manutenção de motores veiculares despertou interesse. Aos 18 anos, ingressou no serviço militar na FAB – Força Aérea Brasileira, prestando serviços no 1º/11º GAV (Grupo de Aviadores), no Guarujá/SP, ocasião em que foi trabalhar na sessão de motores, especializando-se na manutenção de motores a reação, utilizados em helicópteros, alimentados a querosene de aviação, diferentemente dos motores automotivos, que são motores a combustão de 2 ou 4 tempos, alimentados tanto

por álcool, gasolina, diesel, gás, ou outro derivado do petróleo. Foram quase cinco anos de trabalhos nessa área, de 1987 a 1992. Nessa época, iniciou um curso superior de Engenharia Industrial Mecânica, pela U N ISA N TA , c onclu i ndo 7 semestres. Trancou a matrícula, pois havia sido aprovado em concurso público, em área totalmente oposta à mecânica, no cargo de Oficial de Promotoria, o qual até hoje exerce, já que é formado em Direito. “Provavelmente não retorne para a área da mecânica, mas ainda continua sendo uma paixão, e como forma de sempre estar atualizado no ramo automotivo, tanto quanto aos novos sistemas de injeção, como aos novos equipamentos que auxiliam o profissional reparador, a leitura do Jornal Oficina Brasil para mim é uma ferramenta valiosa nessa empreitada do conhecimento”, conta emocionado Ubirajara. Para ele, a polêm ica em torno da questão limpeza de bicos, está nos cuidados quanto à correta manutenção preventiva que o cliente deve ter com o veículo. “Na maioria das vezes a limpeza do sistema de injeção se procede tendo em vista que o cliente, na correria do dia a dia, não mantém controle efetivo da manutenção veicular, não faz a leitura do manual do veículo,

não respeita o intervalo correto para a troca de óleo, velas, filtros, etc. Não observa certos cuidados quanto ao combustível, nem mantém fidelização dos ser viços do veículo em uma só oficina, sendo assim, nenhum reparador, mesmo com os aparelhos de diagnósticos mais sofisticados, possui a capacidade de enxergar o interior do sistema, optando na dúvida, pela execução dos serviços de limpeza dos bicos injetores”, enfatiza Ubirajara, que também acredita que a utilização de combustível de procedência e de qualidade comprovada, a substituição do filtro combustível no devido tempo, e regularmente o uso de aditivo no combustível, por si só, mantém os bicos limpos.

Fórum Entre no nosso Fórum de discussões: categoria “Reparador para Reparador”, procure o post “Limpeza de Injetores” e deixe seu comentário. O Jornal Oficina Brasil gostaria de saber a sua opinião sobre a questão da má qualidade dos combustíveis brasileiros. Sabemos que muitos reparadores apontaram esta como a principal causa de se fazer necessária a limpeza de bicos. Participe!

“Na maioria das vezes a limpeza do sistema de injeção procede tendo em vista que o cliente, na correria do dia a dia, não mantém controle efetivo da manutenção veicular...” Ubirajara Placido de Oliveira


Os líderes em amortecedores e componentes para suspensão.

Cada veículo equipado com amortecedores Monroe signiica mais segurança e tranquilidade nas ruas e estradas. AAnal, a Monroe inventou o amortecedor e produz equipamentos compatíveis com 95% dos carros existentes no mundo. De cada 10 automóveis produzidos, 6 usam Monroe, o que a torna líder mundial em amortecedores.

Produzidas dentro do mais alto grau de qualidade exigido pelas montadoras, as peças Monroe Axios são as preferidas pelo mercado para controle de choques, ruídos e vibrações. Monroe Axios. Líder de vendas no Brasil e a número 1 na cabeça de quem mais entende de automóveis.




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tV ofIcIna BraSIl

A parceria inédita reúne a Heliar, marca líder de baterias na América Latina, o SENAI, a mais conceituada instituição de ensino profissionalizante do país e o sistema de treinamento à distância de alta tecnologia da TV Oficina Brasil

O

mais completo sistema de transmissão de TV por sinal digital via satélite garante alta qualidade de i magem e de seg u r a nça na transmissão, com sistema de criptografia direto. A TV Oficina Brasil já contribuiu no aperfeiçoamento de milhares de reparadores, que encontram nos pontos de transmissão da TV os mais variados cursos de atualização profissional. Com a parceria firmada entre a Johnson Controls, detentora da marca de baterias Heliar, o SENAI e o Grupo Oficina Brasil, 22 unidades SENAI já disponibilizam os módulos de treinamento Heliar, composto de sala de treinamento com equipamentos de diagnóstico em sistema de carga e partida e baterias Heliar, além de professores do SENAI treinados na fábrica, em Sorocaba (SP), para dominarem todo o conhecimento sobre como avaliar corretamente a vida útil da bateria e seus consumidores, processo de fabricação, além de rotinas de diagnóstico e substituição, entre outros. “Este pacote de treinamento e transferência de conhecimento se completa com

a instalação das salas da TV Oficina Brasil, que irão receber os treinamentos Heliar e ainda os demais programas da TV do reparador brasileiro. “Com a crescente i mpor t ância d a bateria na tecnologia automotiva, nosso entendimento é que é fundamental disseminar as informações sobre os serviços preventivos com bateria e a TV é uma forma rápida e abrangente de tornar toda a tecnologia que envolve o sistema de carga e partida assunto de domínio do maior número de reparadores em todo o Brasil”, ressalta José Ranieri, Gerente de Marketing e Novos Negócios da Heliar. A parceria Heliar, SENAI e TV Of icina Brasil já está no processo de instalação dos kits de recepção de sinal de satélite em 18 Escolas SENAI, como Manaus (AM), Fortaleza (CE), Recife (PE), Natal (RN), Aracaju (SE) e Rio de Janeiro (RJ) que estarão finalizados em maio, e Maceió (AL), João Pessoa (PB), Salvador (BA), Belém (PA), Campo Grande (MS), Brasília (DF), Goiânia (GO), Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Por to Alegre (RS), São José (SC), Linhares (ES), em junho. Para Edmilson Oliveira, coordenador do projeto na Escola SENAI Waldemiro Lustoza, em Manaus (AM), a parceria é mu ito i mpor t a nte porque consegue transmitir aos reparadores da região conhecimento sobre manutenção de baterias, prevenção de acidentes e responsabilidade ambiental. “Com a iniciativa do treinamento à distância informações de ponta e alta tecnologia chegarão aos reparadores amazonenses com maior rapidez”, enfatiza. Edmilson também afirma que os treinamentos da TV Oficina Brasil suprirão a necessidade

Fotos: Divulgação

a Heliar em parceria com a tV oB amplia nos SenaIs os pontos de transmissão da tV

Treinamento: interatividade ao vivo com a audiência em todo Brasil

José Wilson Ranieri e Alberto Sá em transmissão da TV Heliar

de atualização técnica das 80 oficinas integrantes do projeto SENAI-SEBRAE, do qual é o gestor. Em São Paulo, a Escola SENAI Conde José Vicente de Azevedo, no bairro do Ipiranga, é antigo parceiro tanto da Heliar, quanto da TV Oficina Brasil e os programas da TVOB na Instituição de Ensino estão sempre com as salas de aula lotadas.

objetivos: • Complementar os módulos de treinamento presencial da Heliar já existentes nos SENAIs e ampliar o volume de informação sobre baterias e sua influência na eletrônica embarcada para os alunos do SENAIs; • Serão realizados outros treinamentos nos SENAIs para públicos específicos; • Disponibilizar os treinamentos técnicos gratuitos da TVOB para os alunos Heliar e para os reparadores das regiões atendidas pelo SENAI; • Transferir tecnologia e conhecimento para os instrutores do SENAI.





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reparador diesel - especial automec

automec pesados & comerciais 2012, serviços para o mercado de reposição Fotos: Divulgação

E

ntre os dias 10 e 14 de Abril, reparadores automotivos, executivos e empresas do setor prestigiaram a 3ª edição da Feira Internacional de Peças, Equipamentos e Serviços para Veículos Pesados e Comerciais, no pavilhão de exposições do Anhembi em São Paulo, a Automec Pesados. O evento reuniu 542 marcas do setor de autopeças de mais de 13 países em 36 mil m². O tom foi otimista durante a feira. “O Brasil será um dos poucos países que crescerá mais que no ano passado – acima de 4% em 2012. O mercado de consumo brasileiro continuará se expandindo”, afirmou o ministro da Fazenda Guido Mantega, demonstrando otimismo, na abertura do evento. Também explicou que o Brasil, desde a crise econômica de 2008, enfrentou grandes desafios, agravando problemas já existentes, como competição c om p a í s e s q ue t ê m ba i xo custo de mão de obra e países que praticam uma desvalorização artificial do câmbio, ou que oferecem subsídios. “A indústria mundial encolheu e os mercados consumidores estagnaram. Só houve expansão no mercado de commodities e não em manufaturados”, disse o ministro. Segundo Mante-

A abertura da Automec contou com a presença do Ministro Guido Mantega e representantes de Entidades

ga, o gover no tem feito sua parte tomando medidas para estimular a produção local e a competitividade, como a do novo regime automotivo, que impõe consumo crescente de peças brasileiras, prorrogação do PIS/COFINS para o setor de autopeças, programa de defesa comercial (operação maré vermelha para evitar fraudes),

Francisco Della Torre (dir.), Presidente do Sincopeças

novo PSI com maior volume de crédito, menores juros e aumento de prazos para intensificar vendas de caminhões e ônibus, entre outras. “O nosso mercado é disputado, um dos poucos que cresce. Temos que ir atrás de competitividade, preços e custos, pois já possuímos qualidade”, afirmou. A Secretária do Desenvol-

vimento da Produção, Heloísa Menezes, ressaltou que o novo regime foi concebido levando em consideração toda a cadeia automotiva, trazendo competitividade ao setor, criando condições de médio prazo para o desenvolvimento de fornecedores, estímulo à eficiência energética dos veículos; elevação de investimentos em engenharia e

Os reparadores Benedito G. Martins e José Geraldo em visita a feira

inovação, estimulando o setor de autopeças. As empresas que atenderem às exigências, como a certificação do INMETRO, investimento em engenharia e em inovação, podem ser beneficiadas com redução de até 30% no IPI, de acordo com a quantidade de conteúdo nacional nos produtos fabricados. Ainda é possível conseguir desconto de mais 2% para as empresas que investem em tecnologia. Paulo Butor i, presidente do Sindipeças, falou sobre a expectativa de modernização do parque industrial e elogiou as medidas do governo para amenizar as diferenças entre o Brasil e o restante do mundo, provocadas pelo câmbio, custo Brasil e mercado internacional. “Precisamos de desoneração. Os governadores devem seguir o exemplo do Governo Federal para que o setor continue impulsionando o Brasil”, enfatizou. Durante a abertura, também estiveram presentes na abertura do evento os dirigentes de entidades que representam o setor, comoSi ncopeças-SP, Sicap/ Andap e Sindirepa-SP. Visitantes Benedito Gregório Martins, bombista em Belo Horizonte na Retífica de Motores Standard, durante visita a feira afirmou que suas expectativas estavam sendo atendidas. “Na realidade, vim buscar novidades em injeção eletrônica Diesel, principalmente Commom Rail que é a minha área de atuação”, informa o reparador. Também de Minas Gerais, o reparador José Geraldo de Moura trabalha em uma oficina de bomba injetora e visitou o evento pela primeira vez. “Estou aqui para adquirir conhecimento sobre alguns equipamentos e empresas, pois quero fazer o investimento correto.

continua na pág. 59 >>






reparador dieSel - eSpecial automec aperfeiçoamento empresarial do setor. Os associados também puderam conferir as condições especiais para adquirir um computador que já vem com o software para gestão de oficinas da Ultracar instalado gratuitamente. A entidade também participou de fórum sobre área fiscal. BoSch

Luiz Mauro C. S. Alvarenga, Diretor Comercial

Sou de Capelinha, uma região carente de Minas Gerais e me preocupo com a assistência técnica do fabricante e se ele vai poder me atender naquela região”, finaliza José Geraldo, profissional especializado em injeção eletrônica.

Sindirepa Durante a feira, milhares de visitantes passaram pelo estande do Sindirepa-SP para conhecer o novo portal “Oficina Ideal”, que disponibiliza diversos recursos para o desenvolvimento profissional e

Sindirepa -SP lançou na Automec o portal “Oficina Ideal”

No segmento de equipamentos de diagnose, a Bosch destacou a Bancada de teste diesel EPS 708. Projetada especificamente para trabalhar com injetores e bombas de injeção common-rail, a bancada, de fabricação alemã, está preparada para atender as demandas de pressões de injeção em motores diesel. Atualmente, o padrão de pressão desses sistemas é de 1800 bar, mas a nova bancada consegue manusear testes com até 2200 bar podendo chegar até 2500 bar. “A bancada proporciona ao cliente mais rapidez e precisão na aferição dos sistemas eletrônicos diesel Common Rail. O estande da Robert Bosch é sempre referência para quem busca o que há de novo no mundo de autopeças. Fiquei bastante satisfeito com a feira e com as informações agregadas para nossa empresa”, ressalta Luiz Mauro C. S. Alvarenga, Diretor Comercial. A Bosch também levou à feira o EPS 200, que permite determinar, em um tempo mínimo (aproximada-

mente 8 minutos por injetor, além do set up da máquina), se o componente testado pode continuar a ser utilizado ou se deve ser substituído, economizando tempo no diagnóstico. De maneira eletrônica e automática o EPS 200 permite efetuar a medição do fluxo de marcha lenta, do fluxo de retorno e do fluxo de plena carga em injetores diesel common rail de veículos utilitários e pesados. “O segmento diesel é muito importante para a Bosch e queremos mostrar para os visitantes da feira nossas soluções em peças, acessórios, equipamentos de reparação e diagnose”, diz Clécio Sanches, gerente de vendas de equipamentos de teste da divisão Automotive Aftermarket da Bosch. Além disso, os visitantes também puderam conferir a Família KTS, uma linha completa de scanners automotivos (KTS 340, KTS 200, KTS 570 e KTS 540) e o Analisador de Gases BEA 734, que é destinado para testes de emissões dos gases de exaustão dos veículos a álcool, gasolina, GNV e Diesel e a recicladora de ar condicionado ACS 650. O novo programa de Lonas de Freio pesadas também foi um dos destaques. São três linhas de produtos de alto desempenho BX, BE e BD -, fabricadas com material de fricção de alta qualidade e formulações específicas para atender às necessidades de cada tipo de veículo.

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corteco

Linha Airspring

A Corteco amplia o seu portfólio com o lançamento de 29 itens da linha Airspring. O diretor de marketing da empresa na América do Sul, Luiz Freitas, explica que esta linha é composta por molas pneumáticas que isolam a vibração e regulam a altura da carga e da cabine de veículos pesados, gerando maior conforto e estabilidade aos caminhões e ônibus que circulam nas estradas brasileiras e sul-americanas.Freitas informa que a linha Airspring é o principal lançamento da Corteco em 2012 para o segmento de veículos pesados. Ele ressalta se tratar de uma linha inovadora e alinhada à tendência dos principais mercados do mundo de substituir as molas helicoidais e feixes de molas das suspensões convencionais por molas pneumáticas que ampliam a absorção da transmissão de vibração do


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reparador dieSel - eSpecial automec

Tecnomotor apresentou a versão Truck do Analisador de Performance TM900

Estande da Corteco

asfalto. “Estabilidade e conforto são fundamentais para a segurança dos motoristas de caminhões e ônibus que rodam milhares de quilômetros e, portanto, estes veículos devem ter um sistema de suspensão eficiente e robusto para absorver as trepidações e

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impactos”, comenta Freitas; segundo ele, esta tendência tem ganhado espaço também no segmento de veículos leves, embora ainda restrita aos automóveis de luxo.De acordo com Freitas, a tendência de os veículos pesados substituírem as

suspensões convencionais pelas pneumáticas, ou a ar, ainda tem outros pontos positivos, como a manutenção da altura constante do veículo, redução dos danos à carga, aumento da vida útil de diversos componentes, entre outros. “São muitas

as va nt agens deste sistema que confirma a tendência de substituição das suspensões convencionais. Desta forma, a Corteco está preparada para atender a reposição dos veículos que já vêm equipados com esta tecnologia”, ressalta.

tecnomotor Para a Tecnomotor, a Automec Pesados superou as expectativas. Dentre os lançamentos, destaque para a versão Truck do T M90 0 - A nalisador de performance, onde o mecânico


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reparador dieSel - eSpecial automec

Spicer lançou os Postos Autorizados

ganha um grande aliado para demonstrar aos seus clientes o resultado de qual é a situação real em torque e potência do seu veículo diesel, garantindo o serviço de qualidade. Lançaram também a TM 507- III , teste de unidades Common Rail, onde incrementaram novos testes das unidades injetoras, como pré-aquecimento dos bicos, teste de pré-injeção. A TM 508, uma máquina que testa as bombas de alta pressão do sistema Common Rail e que funciona acoplada a TM 507 III, também foi uma das novidades. “Com esses lançamentos e um trabalho de equipe conseguimos bater nosso record histórico de

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Rede Pit Stop mostrou o conceito Top Truck

vendas. Nossos objetivos foram alcançados e as metas já tinham sido atingidas no penúltimo dia da feira. De terça a sextafeira, o movimento estava um pouco abaixo do esperado, o que nos possibilitou dar um atendimento de qualidade aos nossos clientes e certamente esse foi o diferencial para atingirmos nossos objetivos. Já no sábado, foi aquela avalanche de movimento”, informa Lorenzo Picolli, Diretor de Marketing da empresa. Para o executivo, qualidade e quantidade são fatores que em caminharam juntosna feira. “Em nossa visão, eventos como a Automec são de ext rema

importância para potencializar o relacionamento com os clientes, mostrar as novidades e consequentemente realizar parcerias efetivas resultando em excelentes negócios”, finaliza Lorenzo.

especializados e ferramentas adequadas para um resultado seg u ro pa ra seus clientes”, af ir mou Sergio Montagnoli, diretor de vendas e marketing da Affinia Automotiva. iQa

Spicer A Spicer, marca da Affinia de componentes de transmissão de linhas leve e pesada (eixo cardan, junta homocinética e eixo diferencial), lançou na Automec Pesados, os Postos Autorizados Spicer, uma rede nacional de vendas e serviços especializados em cardans para veículos comerciais, incluindo picapes, caminhões e ônibus. As primeiras cidades a receber os postos são Caxias do Sul (RS) e São Paulo (SP), mas, em breve, a rede cobrirá as principais artérias de transporte de todo o País. A escolha das empresas que farão parte da rede é criteriosa para garantir qualidade no atendimento. “A manutenção do eixo cardan merece atenção especial do reparador, especialmente, no balanceamento do eixo e no uso de componentes de qualidade, que garantam a segurança de todo o serviço executado. Esta manutenção precisa de conhecimento técnico, equipamentos

O IQA participou do evento com foco na Portaria Inmetro nº 301 de 21/07/2011, que instituiu a obrigatoriedade da certificação de mais oito componentes automotivos, para serem comercializados no mercado de reposição. Os novos produtos com certificação compulsória sã o a mor t e ce dore s de su spensão, bombas elétricas de combustível para motores do ciclo Otto, buzinas ou equipamentos similares utilizados em veículos rodoviários automotores, pistões de liga leve de alumínio, pinos e anéis de trava (retenção), anéis de pistão, bronzinas e lâmpadas para veículos automotivos. Mario Guitti, superintendente do IQA, explica que de acordo com a portaria, fabricantes e importadores destes componentes devem iniciar já o processo de certificação, para que estejam aptos a iniciar a produção e importação das peças certificadas a partir de janeiro do ano que vem.

rede pitStop A Rede PitStop apresentou o conceito Top Tr uck pa r a pontos de venda do segmento de lin ha pesada. O estande com a loja virtual, que tem a nova marca para linha pesada, mostrou como serão as fachadas das empresas credenciadas que atuam nesse segmento. “A mudança visa estabelecer um posicionamento diferenciado para cada mercado e faz parte de um trabalho de evolução de construção de marca que também facilita a identificação de atuação das lojas. Com o conceito Top Truck para empresas que trabalham com autopeças para a linha pesada e a EuroGarage para veículos leves, haverá divisão de marcas definidas por segmento, facilitando as estratégias da Rede de acordo com as necessidades de cada mercado”, explica o diretor comercial da Distribuidora Automotiva, Rodrigo Carneiro. São segmentos distintos, c om ne c e s sid a d e s t a mb é m diferentes e que, por isso, precisam ter identificação própria. “Não poderíamos ter melhor oportunidade do que a Automec para lançar esse conceito para linha pesada”, afirma o diretor adjunto da Rede PitStop, Paulo Fabiano Navi.


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em bReve na Sua ofIcIna

Fotos: Oficina Brasil

avaliação tiguan 2.0 tSI. turbocompressor e injeção direta geram desempenho e economia Testamos o modelo Tiguan 2.0 TSI 16V 4Motion. Entenda mais no decorrer da matéria as nomenclaturas deste modelo surpreendente, com recursos tecnológicos que otimizam a potência e diminuem a emissão de poluentes. Da redação

L

ançado mundialmente em 2007, o Volkswagen Tig u a n recebeu u ma reestilização no final do ano passado e chega, em detalhes, para o leitor do Jornal Oficina Brasil. O modelo testado vem equipado com teto solar pa norâ m ico, Pa rk Assist I I (assistente de estacionamento em vagas paralelas e também transversais), sistema KESSY

(abertura, fechamento e partida do veículo sem uso de chave), freio de estacionamento com acionamento eletrônico e sistema auto-hold (mantém o veículo parado em aclives por alguns segundos, depois de tirar o pé do pedal do freio). Fomos à Auto Mecânica Scopino, na zona nor te de São Paulo e o consultor técnico Roberto Passos de Almeida Jr. nos apresentou as principais características técnicas. 2.0 tSI O motor 2.0 Turbo TSI 16 válvulas do Tiguan, (TSI: Turbo Fuel Stratified Injection, em

1

2

português, injeção estratificada de combustível com turbo) nada mais é que um motor FSI (o mesmo do Passat), somado a um turbocompressor (foto 2), que eleva a potência em cerca de 50 cv. Em nossa avaliação, not amos u ma reação ext re mamente forte e imediata do motor quando se pisa fundo no acelerador eletrônico, graças aos 200 cv de potência a 5.100 rpm e 28 kgfm de torque, entre

1.700 e 5.100 rpm. Com peso do Tiguan de 1.585 quilos, temos uma relação peso/potência de 7,92 kg por cv. InJeçÃo DIReta Em motores de sistema indireto, a injeção de combustível é feita no coletor de admissão, durante a descida do pistão, onde a válvula abre e injeta o combustível, t rabal hando


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em bReve na Sua ofIcIna para realizar qualquer manutenção, é preciso conhecer os procedimentos corretos, de acordo com a literatura técnica Volkswagen ou Audi. Leia mais sobre “Injeção Direta” na matéria exclusiva do site Oficina Brasil.

motoR

2.0 litros, tSI

Combustível

Gasolina (E22)

Cilindrada (cm³)

1.984

Diâmetro dos cilindros x curso dos pistões (mm)

82,5 x 92,8

N° de cilindros / disposição / válvulas por cilindro

4 / em linha / 4

Posição

Transversal

Potência máxima - kW (cv) / rpm (NBR ISO 1585)

147 (200) / 5.100

63

Torque máximo - Nm (kgfm) / rpm (NBR ISO 1585) 280 (28,5) / 1.800 Taxa de compressão

9,8:1

Formação de mistura - Injeção eletrônica direta de combustível (Multiponto Bosch MED)

HomoGÊnea X eStRatIfIcaDa

4

Na injeção homogênea, o combustível se mistura ao ar de forma uniforme pela câmara de combustão e entra em combustão com a centelha da vela. Na estra-

tRanSmISSÃo Conjunto câmbio-diferencial - Automático de seis marchas com conversor de torque Rodas motrizes - Tração Integral Permanente - 4Motion Relações de marchas - 1ª - 3,949:1; 2ª - 2,303:1; 3ª - 1,556:1; 4ª - 1,164:1; 5ª - 0,86:1; 6ª - 0,688:1; ré - 3,422:1 Relação de diferencial

3,688

elÉtRIca Bateria

72 Ah

Alternador

140 A

SuSPenSÃo Dianteira - Suspensão independente, Mc Pherson com mola integrada, Mola helicoidal Traseira - Suspensão interdependente, Braço transversal e longitudinal, Mola helicoidal DIReçÃo Tipo

Eletro-hidráulica Servotronic

Diâmetro mínimo de giro (m)

12

Relação de direção (média)

15,40:1

Voltas no volante (batente a batente)

2,71

fReIoS Sistema ABS com assistência de frenagem e ESP (Programa eletrônico de estabilidade) com ASR, EDS e MSR, Freio de estacionamento eletrônico, Freio auxiliar em rampas Dianteiros - Disco de freio ventilado, diâmetro de 312mm Traseiros - Disco de freio, diâmetro de 282mm RoDaS e PneuS

Injeção homogênea x Injeção Estratificada

3 com u ma pressão ent re 2,5 e 3,0 bar. No sistema TSI, a injeção da gasolina também pode ocorrer diretamente na câmara de combustão, mesmo durante a fase de compressão. Para isso, possui duas bombas de combustível: uma elétrica pr incipal, de baixa pressão (localizada dentro do tanque) e uma mecânica de alta pressão (foto 3) e ativada pelo came do comando de válvulas. Este sistema de injeção direta trabalha com uma pressão maior (50 bar em marcha lenta e 110 bar em exigência total), oferecendo uma maior quebra de molécu-

las e melhorando a mistura ar/ combustível. Resultado: maior potência e torque (desde as bai xas rot ações), econom ia de combustível e redução de emissão de poluentes. Na foto 4 temos: 1) Alimentação da bomba mecânica; 2) Retorno; 3) Canister. Na foto 5, a entrada do canister. Estas linhas, de baixa e alta pressão, são monitoradas pela unidade de controle do motor. Os vapores residuais do óleo formados pelo calor são enviados, através de um respiro, voltam para o coletor de admissão e são queimados novamente na mistura com o combustível. Na foto 6, o sensor de pressão do óleo. A montadora informa que

Roda de liga leve (7JX17 ET43) com Pneu (235/55 R17)

tificada, formam-se áreas com diferentes proporções da mistura de ar e combustível. tRaçÃo e tRanSmISSÃo O VW Tiguan é um SUV (Sport Utility Vehicle) médio que utiliza a plataforma do Golf. A versão 2.0 TSI 16V (única disponível no Brasil) tem sistema de tração integral permanente “4Motion”, que distribui a força do motor para as quatro rodas e se adapta às condições de uso, garantindo melhor tração e mais segurança. Dispõe de transmissão automática tiptronic de 6 velocidades (caixa de câmbio de embreagem dupla DSG) e shift paddles atrás do volante.

DImenSÕeS eXteRnaS (mm) Comprimento

4.427

Largura (com / sem espelho retrovisor)

2.041 / 1.809

Altura

1.665

Distância entre eixos

2.605

Bitola dianteira/traseira

1.549 / 1.551

Especificações de SUV (°) - ângulo de entrada: 18,0 / ângulo de saída: 25,0 aeRoDInÂmIca Coeficiente aerodinâmico (Cw)

0,37

Área frontal (m²)

2,54

Cw x A (m²)

0,94

caPacIDaDeS (litros) Porta-malas (banco normal / banco rebatido)

470 / 1.510

Tanque de Combustível

63,5

PeSoS (kg) Em ordem de marcha

1.585

Carga útil

645

Peso máximo rebocável com freio/sem freio

2.200 / 750

DeSemPenHo Aceleração 0-100 km/h (s)

8,5

Velocidade máxima (km/h)

207

manutençÃo Revisões, km

10.000 / 6 meses

Troca de óleo do motor, km/tempo *

10.000 / 6 meses

Troca de óleo da transmissão, km/tempo

Não aplicável (Óleo Life Time)

* No caso de uso severo, a cada 5.000 km ou 6 meses prevalecendo o que ocorrer primeiro. (Para maiores informações consulte o Manual do Proprietário)

SIte Veja mais detalhes deste modelo e fotos exclusivas em nosso site www.oficinabrasil. com.br.

5

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caderno

Folga no conjunto de rolamento e cubo de roda emitiu ruído e colocou em risco a segurança do Toyota

Fotos: Oficina Brasil

Premium Toyota Land Cruiser FJ40

Este modelo Toyota FJ Cruiser, com 62.000 km, compareceu à Oficina do Gato, na zona leste de São Paulo, para realizar a substituição de rolamento e cubo de roda – neste modelo um é acoplado ao outro, que apresentava ruído e folga. Demonstraremos a seguir o processo e cuidados desta reparação

N

ão é coincidência. O Toyota FJ Cruiser é uma releitura atual do lendário Toyota Land Cruiser FJ40 (no Brasil chamava-se Bandeirante), porém o novo Cruiser não tem nada a ver com o desconforto e simplicidade de seu antecessor. Construído sobre a plataforma do 4Runner, possui tração integral inteligente nas quatro rodas e diferencial Torsen, que distribui a força do motor para a roda conforme a condição do terreno. Seu peso em ordem de marcha (1,948 kg), distribuídos em 4,67 m de comprimento e 1,90 m de largura, são empurrados pelo motor (denominando 1GR-FE) V6 de 4 litros (3956 cc) e comando de válvulas variável VVT-i. Entrega 242 cv a 5.200 rpm e 38,4 kgm a 3.700 rpm. Dentre os muitos itens de série, está o ABS com distribuição eletrônica de frenagem (EBD).


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caderno premium REPARAÇÃO AO CUBO 1) Retire a roda e solte os dois parafusos que seguram a pinça de freio. Deixe apenas um destes parafusos, pois a pinça ficará suspensa pelos flexíveis do freio e este parafuso o segurará na posição.

5) Com um alicate universal, remova o contrapino (cupilha) e também a trava da porca.

8) Solte os 4 parafusos do cubo da roda com uma chave fixa. Retire o cubo da roda somente após retirar o sensor do ABS, pois ao retirar o cubo antes, pode-se danificar este sensor.

12) É necessário separar o rolamento e o cubo usados para utilizar os quatro parafusos do cubo. Só é possível retirar estes parafusos separando os dois componentes

5 8 1 2) Retire o parafuso do suporte do flexível de freio. Em seguida, solte o outro parafuso da pinça e afaste-a.

5a 6) Retire o parafuso central, fixado na ponta de eixo.

9) Sem aplicar muita força, com uma chave de fenda remova os resíduos de sujeira e graxa. 10) Com o auxílio de uma prensa hidráulica, separe o conjunto rolamento-cubo de rodas. Esta ação é necessária para o aproveitamento de algumas peças que não acompanham o novo kit de peças. Para este procedimento, utilize sempre equipamentos de proteção.

6

12

12a 13) Utilizando uma chave de fenda, faça uma alavanca embaixo do guarda-pó do rolamento usado, com cuidado para não danificá-lo. Este será reutilizado, após uma limpeza com um pano.

7) Atrás do espelho da roda, está localizado o sensor do ABS. Solte seu parafuso e desencaixe o sensor.

13

2 3) Retire o disco de freio e recoloque a pinça e seu respectivo parafuso, para mantê-la na posição.

7a 3 4) Utilizando uma chave de fenda, retire a tampa do cubo de roda.

4

10

7 11) Remova o rolamento usado, geralmente é necessário destruir sua carcaça plástica, mas não há problema, pois não será reutilizado.

13a 10a

14) Monte o guarda-pó no rolamento novo, utilizando uma chave com fenda grossa, para não danificá-lo. São necessários dois operadores para esta operação.

7B

7c

11

14

65


caderno

Premium 15) Novamente utilizando a prensa, monte o cubo ao rolamento. Verifique se ambos estão alinhados perfeitamente em seu eixo. Atenção: é imprescindível muito cuidado para não bater ou danificar a lateral do rolamento, onde está o sensor do ABS. Esta parte é muito sensível, se danificada, o rolamento deve ser inutilizado (15A).

18) Encaixe o anel de vedação no entorno do rolamento. Verifique se no O-ring há trincas ou quebras, se houver, substitua-o.

21) Aperte os parafusos e, para o aperto final, utilize uma alavanca.

25) Monte e aperte os dois parafusos da pinça.

25 18 19) Retire a pinça do freio e transpasse uma haste qualquer através da mesma. Encaixe esta haste em algum lugar da suspensão, para manter a pinça apoiada e não deixá-la presa apenas pelos dutos de freio.

21 22) Coloque o parafuso da ponta de eixo. O aperto final ainda será feito em seguida.

26) Monte o suporte do flexível e aperte o parafuso.

26 27) Faça o aperto final do parafuso do cubo, utilizando uma alavanca.

15 22 23) Encaixe o sensor do ABS e coloque o parafuso.

15a 16) Remova a proteção plástica na parte interna do rolamento, com cuidado para não riscar a pista interna do rolamento. Evite utilizar ferramentas ou objetos pontiagudos.

27

20) Posicione o espelho juntamente com o cubo da roda. Rosqueie os quatro parafusos. Pode haver alguma dificuldade em encaixar os parafusos, então faça com as duas mãos.

16 17) Aplique uma boa quantidade de DESENGRAXANTE e limpe com um pano limpo, para remover todos os resíduos e partículas de sujeira.

28) Recoloque a trava da porca e o contrapino (cupilha). (Dependendo da condição em que esta se encontra, recomendo substituí-la).

19

23 24) Coloque o disco de freio. DICA: aperte uma porca da roda, juntamente com uma porca de calço. Isto manterá o disco de freio na posição durante a montagem da pinça.

28 29) Coloque a tampa do cubo.

20

29 17

20a

24

30) Recoloque a roda.



Fotos: PJS

amaciamento de motor: lendas, mitos e a verdade. Veja as recomendações dos fabricantes Suzuki (YeS 125cc) paulo José de Sousa pjsou@uol.com.br

O

amaciamento de uma motocicleta zero quilômetro ou usada que teve seu motor retificado é necessário. O que muda entre elas são as regras que devem ser ditadas pelos fabricantes, orientadas pelos vendedores ou prestadores de serviços e seguidas pelos clientes, porém essa relação não é tão simples assim. Como amaciar a moto? Durante a “entrega técnica”, que é o momento onde o cliente recebe a orientação sobre a motocicleta ou o serviço executado, ele deveria ter acesso aos procedimentos de amaciamento e saber as vantagens para a vida útil do motor e também para o seu bolso, mas nem sempre isso acontece. A informação do manual de proprietário é uma boa dica, porém às vezes não é passada. O que se observa é que o polêmico assunto “amaciamento de motor” não é tão importante como deveria e a cada dia ganha uma versão nova. Algumas práticas populares que não estão no manual do fabricante: Amaciar o motor conduzindo o veículo só em velocidades altas, amaciar somente andando em marchas mais curtas com a rotação do motor mais elevada, ou conduzir a moto sempre em velocidades baixas. Veja o que dizem alguns fabricantes sobre o amaciamento de motor: Fonte: manuais do proprietário

Nos 800 km iniciais rodar abaixo de 5.000 rpm. Até 1.600 km rodar abaixo de 7.500 rpm. Acima de 1.600 km rodar abaixo de 10.000 rpm. Yamaha (crYpton 2010) De 0 km a 150 km, evite funcionamento prolongado acima de um terço de volta do acelerador, após cada hora de funcionamento desligue o motor e deixe esfriar por cinco a dez minutos, varie a velocidade do motor. De 150 a 500 km evite o funcionamento prolongado acima de meia volta do acelerador. De 500 a 1000 km evite o funcionamento prolongado acima de três quartos de volta do acelerador. honda (c100 Biz) Durante os primeiros 500 quilômetros, conduza a motocicleta de modo que o motor não seja solicitado excessivamente, evitando acelerações bruscas e esforços desnecessários. O que acontece no motor durante o funcionamento: O padrão das folgas internas é importante para reduzir ruídos e vibrações, também assegurar vida longa ao motor. O motor funciona da seguinte maneira: o conjunto pistão-anéis, em seu movimento alternado, sofre as forças laterais atuantes que são responsáveis pelo aumento das resistências passivas entre o conjunto em movimento e o cilindro. Quanto maior for o seu valor, menor será sua potência efetiva, com a finalidade de diminuir o atrito. Os engenheiros calculam os ajustes entre as peças móveis

Sequência completa - motocicleta Honda 125 cc

prevendo um espaço para o óleo e a dilatação térmica. Para a montadora fabricar um motor com inúmeras peças que geralmente são produzidas por diferentes fornecedores, é muito complicado e caro assegurar uma medida exata em cada componente, por isso é adotada a tal da tolerância, onde cada peça considerada “em conformidade” pode ter diversos tamanhos, porém não visíveis a olho nú. A diferença é de milésimos. Sendo assim, a montagem do motor é assegurada e confiável, porém requer um período de utilização mais branda para que haja uma acomodação perfeita do conjunto, por que as folgas são muito reduzidas. Para se ter ideia das solicitações impostas ao conjunto de pistão e anéis em uma Yamaha 125 YBR, quando o motor atinge 10.000 rpm, a velocidade média do pistão é próxima aos

65 km/h, motivo suficiente para não se acelerar a altas rotações quando o motor estiver em neutro. Motos submetidas a estas condições apresentam riscos no cilindro e pistão, e por volta dos 3000 km passam a consumir muito óleo de motor e carbonizar o pistão. Por outro lado, localizar a

informação de como amaciar o motor nem sempre é fácil, e os manuais não são muito objetivos. Problemas diagnosticados nos motores pós-reparados: Fazer o motor é relativamente fácil, diagnosticar a causa do problema e saber qual a folga de ajuste recomendada pelo fa-

Manutenção do filtro centrífugo - motocicleta Honda 125 cc


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duaS rodaS

69

tabela de ajuste de tolerâncias de motor - motocicleta

Localização do desgaste - falha no amaciamento, motor com menos de 50km rodados

bricante para o conjunto pistão e cilindro em cada modelo de moto muita gente desconhece. Normalmente o serviço é terceirizado para oficinas retificadoras que padronizam um valor de folga de ajuste e adotam para todos os motores que são trabalhados no dia a dia e o resultado só poderá ser: motor que irá durar pouco, queima de óleo, aumento nas emissões acarretando até reprovação na inspeção de gases e o pior o cliente insatisfeito. Dicas de pré e pós-reparo de motor: Antes de retificar um motor, analise a causa do defeito, não proceda imediatamente o reparo, pois pode ser que o problema volte após a retifica.

conFira: Folga entre os rotores da bomba de óleo; Pressão do óleo; Use peças de boa qualidade, pistões de marcas desconhecidas podem deformar-se na dilatação e provocar ruído no motor ou até travar; Antes de montar as peças que chegaram da retífica é necessário conferir a folga de ajuste. Nunca monte um motor fora da tolerância. Motor muito justo pode travar; motor muito folgado faz barulho e queima óleo; Monte o motor com todas as peças limpas; Troque o óleo e o filtro do motor; Limpe o filtro centrífugo de óleo.

Fabricante

moto

cilindrada

ano

Honda Honda Honda Honda Honda Honda Honda Honda Honda Honda Yamaha Yamaha Yamaha Yamaha Yamaha Suzuki Suzuki Suzuki Dafra Dafra Kawasaki

Lead Biz Fan Mix CBX Twister XR Tornado CB XR NX-4 Falcon Hornet Crypton Neo YBR/XTZ Fazer/ Lander XT AN Burgman Yes Intruder Smart Apache Ninja

110 125 125 150 250 250 300 300 400 600 115 115 125 250 660 125 125 125 125 150 250

ND 2009/2010 2011 2011 2009 2009 ND ND 2007/2010 2008/2010 2010 2008 2009 2009 2009 2005 2004 2004 2010 2010 2010

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Preocupação do fabricante com o produto - motocicleta Suzuki 125 cc

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técnica

70

técnica

Fotos: Divulgação

Sistema de ignição em módulos - algumas dicas e características de sistemas - parte 2 andre Luis Bernardo e albino Buzolin Filho contato@designmecanica.com.br

E

m continuação às dicas e características, abordaremos nesta edição outros sistemas de ignição, suas características e problemas que apresentam em campo. FORD Um d efe it o f r e q u e nt e é conhecido como “pulso fraco” na bobina, onde há um pulso, m a s n ã o o s u f icie nt e p a r a termos uma faísca no veículo. Para diagnosticar, o cor reto é utilizar um osciloscópio de boa qualidade de si nal. Ao verificar com bastante atenção utilizando a “canetinha”, na maioria dos casos consegue-se detectar este pulso alterado. Ge r al me nt e qu a ndo o cor re este pulso fraco, consegue-se reparar o módulo, sanando o defeito e não sendo necessária a substituição. Lembrando que é importante conferir a bobina posteriormente. Alguns sistemas que apre-

Injeção EEC Ford

Injeção EEC 5 Ford

Módulo Omega (original etanol)

Injeção EEC 6 Ford


Módulo Kombi sistema mp9.0

sent a r a m este problema de pulso fraco foram: - Sistema Ford EEC 6: aplicado nos veículos Ford EcoSport e Fiesta a gasolina. - Sistema Ford EEC 5: aplicado em veículos Ford Ka, Fiesta, Courier, entre outros a gasolina. Os módulos da Ford sofrem bastante queima na parte de potência, causados por problemas na bobina. OMEGa À EtanOL Apresenta problema na saída de bobina, que é de alta potência e o disparo do módulo é muito exigido pela mesma. KOMBi SiStEMa MP9.0 Um defeito bastante comum neste veículo ao remover o motor ou fazer sua manutenção é ficar sem aterramento no módulo. Existem alguns problemas relacionados com esta falta de aterramento na unidade de comando: - O módulo fica sem aterramento, por falta de aterramento do motor ou do módulo, sendo necessário o reparo ou substituição. Também pode acontecer de os relés embaixo do painel ficarem vibrando. - Quando temos o mesmo problema descrito acima, pode causar um defeito no módulo em que a bobi na esquent a ,

apenas com a chave de ignição ligada ou com o veiculo funcionando, provocando queima quase imediata da mesma. Neste caso é necessário reparar o módulo e, na maioria dos casos também trocar a bobina. Nunca utilizar bobinas de procedência duvidosa, esta bobina é bastante critica. - Sempre melhorar o “terra” nestes veículos e de preferência colocar um “terra” extra no suporte do módulo de injeção para evitar sua queima. Reforçar também na carcaça do motor. - Já tivemos alguns casos do veiculo onde a Kombi causava a queima da bobina subitamente. Verificamos módulo, aterramento e tudo em ordem. Depois da queima de duas bobinas em poucos minutos, conseguimos detectar que o alternador dava picos de tensão chegando a 18 V e queimando a bobina de ignição. Tomar cuidado com reg u la dores que não seja m originais, pois podem provocar este pico de tensão. Renault Sirus 32 1.6 16v e 2.0 16v - Importante erro no diagnóstico de faísca bobina em série nos motores 1.6 16v e 20 16v Neste sistema de injeção temos u ma par ticular idade, onde 2 bobinas trabalham em série em cada disparo. Este é um caso raro em que as bobinas trabalham em série, preste muito atenção ao executar o diagnóstico. • Nos veículos Renault com

motores 1.6 16v (k4m) e 2.0 16v (f4r), os enrolamentos primários das bobinas de ignição dos cilindros 1 e 4 / 2 e 3 são ligados em série. Confira na figura abaixo. • Por isso, se por alg um mot ivo for descone ct a do o conector elétrico das bobinas 3 e 4, consequentemente a sua cor respondente (interligada) também irá parar de funcionar. • Obs.: ao soltar o conector da bobina 1 e 2, mata o funcionamento do mesmo cilindro, e ao soltar o conector das bobinas 4 e 3, mata o funcionamento de 2 cilindros (o que está sendo desconectado e sua correspondente). Ao utilizarmos caneta de polaridade, teremos pulso nos pinos 1 e 32. Se quiser medir pulso na outra bobina que está em série, não será possível observar canetinha de polaridade piscando.

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Diagrama elétrico das bobinas em série - sistema Sirus 32 Ilustração: Marcos Sarpa - Dicatec

técnica


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técnIcA

72

Cabeçote superior

Cabeçote do motor

Marcos Sarpa contato@dicatec.com.br

Fotos: Divulgação

Defeito intrigante: VW Gol 1.0 16V Power com sistema Magneti Marelli: IAW 4LV

E

ste veículo apresenta um defeito que têm nos dificultado no diagnóstico e até mesmo ao término do serviço gerado um grande prejuízo para o proprietário da oficina. Motor não pega ou quando pega fica com marcha lenta totalmente instável após quebra da correia dentada. Esse motor com duplo comando de válvulas sem dúvidas empena as 16 válv ulas com rompimento dos dentes ou da correia dentada. Naturalmente o mecânico retira o cabeçote e encaminha para a retífica para realizar o ser viço completo necessário, isto é, troca das válvulas, das guias, assentamento das válvulas e sedes, plaina do cabeçote, jateamento e ban ho químico. Enquanto isso, o mecânico já realiza uma revisão completa no veículo, pr i ncipal mente na par te de alimentação de combustível e sistema de ignição como trocas das velas, cabos de velas, filtros, óleo, correia dentada, tensor da correia, limpeza dos bicos injetores, limpeza do

Comando de válvulas

cor po borboleta, sistema de arrefecimento, etc. Após a montagem e revisão, perceberá duas reações diferentes dependendo da maneira da quebra da correia dentada. Primeiro Caso: Motor tem d if iculd ade pa ra ent ra r em funcionamento, isto é, só entra em funcionamento com pedal do acelerador totalmente acionado e persistindo na partida. Quando pegar, notará que não sobe o giro e ao aliviar o pedal do acelerador o motor apaga. Segundo Caso: Nesse caso são os mais comuns, motor entra em funcionamento e após aquecimento fica com marcha

lenta totalmente instável (marcha lenta quadrada). Funciona normalmente, pega bem, sobe giro mas quando a marcha lenta estabiliza trepida o motor e o veículo todo. Ambos os casos são os mesmos sintomas, como o mecânico não sabe o funcionamento a nter ior ao rompi mento d a cor reia dentada, inicia-se o quebra-cabeça para ajustar o funcionamento do motor sem resultado. Todos que passam por este defeito fazem a mesma coisa, tiram pela segunda vez o cabeçote para examinar e tentar descobrir algo junto com a retífica que realizou o serviço. Não descobrindo nada de anormal, feito novamente o

teste de vedação das válvulas, montam pela segunda vez o cabeçote no motor tendo o mesmo funcionamento. Após essa situação e nesse ponto que chegou, o mecânico não sabe mais se o defeito é eletrônico ou mecânico. Quero chamar atenção para os leitores dessa matéria como tenho comunicado com todos os alunos e parceiros em todos os nossos treinamentos: Primeiramente o início dos testes independente do equipamento eletrônico que têm na oficina, poucos mecânicos fazem a análise da alimentação positiva e negativa dos sistemas no veículo. Com toda tecnologia eletrônica introduzida no veículo os

mecânicos esqueceram da parte mecânica do motor, isto é, sempre deixam para a análise final e está errado. Antes da análise eletrônica, analise o funcionamento mecânico do motor, com poucos procedimentos e rápido você tem o resultado mecânico do motor sem desmontar. Primeiramente meça a compressão do motor e compare com as tabelas de compressão e depois analise a vazão dos cilindros. Com vacuômetro também meça o vácuo do coletor. O motor com funcionamento normal apresenta próximo de 460 mmHg (exceto alguns motores 16V próximo de 420 mmHg). Caso as leituras estejam fora do especif icado, verif ique o


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técnIcA

sincronismo da correia dentada fechando totalmente a análise mecânica. Por que estou questionando a

análise mecânica, neste defeito apresentado no Gol 1.0 16V Power. Vamos analisar: 1º - Se o motor não entra

em f uncionamento ou ent ra e não sobe giro pode medir a compressã o que nã o t em compressão suficiente, isto é, vai apresentar próximo de 6 bar enquanto que o normal é próximo de 11 bar. 2º - Se o motor entra em funcionamento e a marcha lenta fica instável meça o vácuo do coletor que está abaixo do normal próximo de 320 mmHg. Os dois parâmetros identificam que o defeito é mecânico, agora resta descobrir em que parte está concentrado e causando o defeito. Vamos pela lógica do fato, acontecimento e análise. Se o motor funcionava normalmente antes do rompimento da correia e após a retífica do cabeçote não funcionou mais, não tem nada a ver com a parte eletrônica. O problema é mecânico, e se no teste constatou-se que a compressão está baixa, só pode

estar relacionado ao cabeçote. Você poderia pensar ou perguntar: o defeito então pode estar concentrado nos pistões e anéis já que o cabeçote foi retificado? Seria uma boa pergunta! A lóg ica most r a que a nt e s do acontecimento funcionava normal indicando que pistões e anéis estão em ordem, após retirar o cabeçote também é visível alguns detalhes a danos nos pistões. Em algumas oficinas já houve até a troca por outro cabeçote que não é o caso, porque o defeito e a solução est ão totalmente concentrados nos comandos de válvulas. Com a quebra da correia dentada os comandos torcem, mudando a posição de abertura das válvulas. Mas você pode questionar que t ro c ou o cab e ç ot e p or outro e o defeito continuou. Si m , cont i nuou , p orque os

73

comandos estão montados no castelo superior que o separa do cabeçote, são duas peças. Estes comandos são muitos frágeis a trancos, pois sua construção é de formato “oco” internamente, facilitando a torção, por isso, substitua os dois comandos. Este defeito já consta em nosso Manual Eletrônico Dicatec há mais de oito anos. São defeitos registrados com experiências e muitas vezes o mecânico não acredita que é o comando que apresenta esse defeito. Já houve caso do mecânico buscar apoio junto as retíficas e eles mesmos confundirem a cabeça dos mecânicos comentando que pode ser tudo no motor, menos a torção dos comandos de válvulas. Espero ter colaborado com essa informação no dia a dia na oficina.


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TÉCNICA

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Carlos Napoletano Neto suporte@apttabrasil.com www.apttabrasil.com

N 216

N 215

Ilustrações: Napoletano

Transmissão automatizada DSG (Direct Shift Gearbox) - estudo dos atuadores N 218

C

ontinuando nossa série de artigos sobre a transmissão automatizada DSG presente nos veículos Audi / Vol kswagen 6 velocidades, a partir de 2005, nesta edição, para auxiliar reparadores automotivos, estudaremos o restante dos atuadores que realizam as funções de engate das marchas automaticamente, gerenciadas pela unidade mecatrônica DSG. Válvula de controle de pressão 1 N215 e válvula de controle de pressão 2 N216 (válvulas da embreagem). As válvulas de controle de pressão N215 e N216 estão localizadas na unidade de controle eletro-hidráulica mecatrônica. São válvulas que operam por pulsos (PW M) e geram a pressão de controle para as embreagens multidiscos. A válvula N215 controla a pressão de aplicação da embreagem K1 e a válvula N216 controla a pressão de aplicação da embreagem K2. A base de cálculo para a pressão cont rolada depende do sinal de torque do motor. A unidade de controle adapta

a pressão das embreagens de acordo com as var iáveis de fricção dos discos no momento. FALHA DA N215 E N216 No caso de falha na válvula de controle de pressão, a seção correspondente da transmissão será isolada E s t a s e r á i n for m a d a a o reparador e ao proprietário do veículo através do painel de instrumentos.

CONTROLE DO FLUIDO A válvula de controle de pressão 4 – N218 (de controle do f luido de arrefecimento da transmissão) está localizada na unidade de controle eletrohidráulica. É uma válvula que opera por pulsos e controla o volume de f luido para arrefecimento d a s embreagens at r avés de uma válv ula deslizante tipo carretel.

A unidade de controle utiliza o sinal do sensor de temperatura das embreagens G509 para controlar esta válvula.

muito frios, além de excessivo consumo de combustível.

EFEITOS DA FALHA

As quatro válvulas solenoides 1 N88, 2 N89, 3 N90 e 4 N91 (válvulas atuadoras das mudanças de marcha)estão localizadas na unidade de controle eletro-hidráulica mecatrônica. São válvulas ON/ OFF (Liga/desliga). Cont rola m a pre ssã o de f luido para os atuadores das

Se esta válvula falhar em seu funcionamento, será direcionado o volume máximo de f luido para arrefecimento para as embreagens multidiscos. Isto resultará em dificuldade nas mudanças em ambientes

ATUADORAS


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TÉCNICA

N 90 N 91

N 89 N 88

de chegar até os atuadores das marchas. Válvula solenoide 1 N88: controla a pressão hidráulica para selecionar a 1ª e 5ª marchas. Válvula solenoide 1 N89: controla a pressão hidráulica para selecionar a 3ª marcha e o neutro. Válvula solenoide 3 N90: controla a pressão hidráulica para selecionar a 2ª e 6ª marchas.

75

N 92

Válvula solenoide 4 N91: controla a pressão hidráulica para selecionar a 4ª marcha e a marcha à ré. FALHAS N88, N89, N90 E N91

marchas através de uma válvula dosadora deslizante. As válvulas solenoides permanecem

na posição “fechada”, a menos que sejam alimentadas, assim o fluido sob pressão é impedido

Na eventualidade de falha em algumas destas válvulas solenoides, a seção correspondente da transmissão controlada

por ela será isolada. O veículo somente poderá ser conduzido

em 1ª e 3ª marchas ou apenas em segunda marcha.


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TÉCNICA

76

5 N92

5 N233 E 6 N371

FALHA DO SINAL

A válvula solenoide 5 N92 (multiplexadora) está localizada na unidade de controle mecatrônica eletro-hidráulica. Ela controla a ação multiplexadora da unidade de controle mecatrônica. Quando a válvula solenoide está ativada, as marchas 2, 4 e 6 podem ser selecionadas. Quando a válvula está inativa, as marchas 1, 3, 5 e ré podem ser selecionadas.

As válv u la s de cont role de pressão 5 e 6 (válvulas de segurança) estão localizadas no modulo de controle mecatrônico. São válvulas que trabalham moduladas por pulsos (PWM). Controlam as válvulas hidráulicas deslizantes no corpo de válvulas hidráulico. As válvulas hidráulicas de seg u rança isolam a pressão hidráulica na seção correspondente da transmissão afetada pela falha relacionada à segurança do sistema. A válvula solenoide 5 N233 controla a válvula deslizante de segurança para a seção 1 da transmissão, enquanto a 6 N371 controla a válvula deslizante de segurança para a seção 2 da transmissão.

Na eventualidade de uma falha da válvula de controle de pressão, as marchas não poderão mais ser selecionadas na seção correspondente delas na transmissão. Se a seção 1 da transmissão falhar, o veículo somente poderá ser conduzido em 2ª marcha. Se a seção 2 da transmissão falhar, o veículo somente poderá ser conduzido em 1ª ou 3ª marchas.

FALHA DA SOLENOIDE A válvula multiplexadora, quando não puder ser atuada, permanecerá na posição de descanso. Não podendo ser atuada pela pressão hidráulica, poderá permitir a aplicação de uma marcha incorreta, podendo ocorrer danos à transmissão do veículo. N 371

N 233

Na próxima edição, finalizaremos este artigo estudando o diagrama elétrico do sistema DSG e a conexão dos diferentes módulos de controle através da rede CAN BUS, no sentido de facilitar o diagnóstico dos técnicos reparadores em caso de falha.



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técnicA

78

Aprenda as etapas para confeccionar suas agulhas para testes de circuitos elétricos Flavio Xavier flaviocursos@flaviocursos.com.br

T

enho recebido de vários colegas de prof issão pedidos de alternativas de medições elét r icas, para que, durante estas medições, não seja necessário “furar” os fios, provocando problemas de oxidação e falhas de funcionamento destes circuitos. Sabe-se que água, em contato com fios de cobre com corrente elétrica circulando, provoca formação de hidrocarboneto de cobre, ou o famoso “zinabre” (quem não se lembra das velhas baterias, onde o ácido provocava este zinabre nos terminais?) – foto 1. Isto pode ocorrer durante testes do sistema eletroeletrônico do veículo, se os fios do chicote forem f u rados para

“captar” este sinal que desejamos analisar. Esta condição de furar os fios não deve ser usada, para evitar este problema. Imagine termos um cliente pela primeira vez e, ao efetuar um rápido teste em seu veículo, furamos os fios do chicote para efetuar uma análise de sinal. O cliente ao visualizar a nossa ação, pode se sentir incomodado ao fazermos isso. Ele pode ser uma pessoa com conhecimento técnico e saber que isso é danoso ao seu veículo e que isto pode provocar problemas futuros de falhas de chicote elétrico. A seguir, ensinaremos pas-

so a passo a fabr icação de pequenas agulhas de testes, que permite analisar os sinais colocando esta agulha paralela mente ao f io, passa ndo pelo isolador de borracha do terminal, o que não danificará nenhum componente, e com a mesma qualidade durante as medições. Mãos à obra.

partes, não serão usadas;

de 2 mm, faça um furo na parte indicada na foto;

1) Compre um borne “fêmea”, conforme o modelo da fot o. Vo cê e ncont r a r á e st e borne em uma boa casa de materiais eletrônicos;

3) Apl iq ue u m p e q ue no arame no furo do borne. Para evitar acidentes ao executar o processo de furação, use luvas e óculos de proteção;

2

4

4A

1 2) Remova a porca e os 2 anéis plásticos e descarte estas

3 4) Em uma furadeira de coluna, com uma pequena broca

5) Adquira um arame de aço-mola de 0,90mm de espessura em uma loja de ferragens, e corte um pedaço de comprimento adequado às suas necessidades. Cabos de acelerador,


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técnicA arame de solda MIG, agulha de costura e vários outros produtos foram testados, mas este aço-mola foi o mais eficiente e seguro produto já testado e comprovado. O intuito é ajudar o reparador a construir de forma barata e simples estas agulhas de testes;

6) Passe uma das pontas do arame na pedra do esmeril; 7) Fixe os bornes que foram furados em uma pequena régua de madeira, para não danificar a rosca de fixação do terminal plástico. Com u m soprador tér mico, aplique estanho no furo efetuado anteriormente no borne;

retido no furo do borne, fixe na parte áspera do aço-mola;

9) Após esf r ia r a sold a , remova a agulha e rosqueie nova mente o a nel plá st ico. Afie a ponta da agulha para um melhor encaixe durante as

5

medições;

10 8

79

10) O c ompr i me nt o d a s agulhas fica a critério de sua necessidade;

11A 12) Isto permite um correto encaixe do borne na agulha. Você pode isolar parte do corpo da agulha com “espaguete” termo-retrátil, para um melhor acabamento e isolação durante a medição;

7

6

8) Feito isso, coloque a ponta da agulha que foi esmerilada, nos furos cheios de estanho. Isto permite que o estanho der-

11 9

11) Os cabos do multímetro, ideias para os testes possuem borne macho nas pontas;

12


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técnicA

80 criar uma correta ligação com o ponto que desejamos efetuar as medições no sistema, sem danificar os fios de ligação;

12A 13) Dê preferência aos bornes que possuem furo, confor me a imagem, por serem melhores para trabalhar. Permitem a fixação das ponteiras do multímetro com segurança, quando necessário;

per mitindo agilidade e alta qualidade de diagnóstico;

15F

17B

15G

17c

16) Ao efet uar medições com ponteiras de multímetro, o contato é deficiente. As medições podem gerar erros de leituras;

18) Os bornes duplos “macho-fêmea” para ligações permitem a fixação de outros aparelhos de medições;

20) Não esqueça que bons cabos de multímetro não ind u z e m a o e r r o d u r a nt e a s medições;

15

15A

20 21) E t udo isto pode ser corretamente guardado em um pequeno estojo escolar, sem o perigo de perder estas ótimas ferramentas de testes.

13

15B

16

18

Agradeço aos amigos José Lopes e Nivalda, da of icina Mecauto, em Piracicaba/SP, pela atenção dedicada durante a montagem desta reportagem. Um abraço e até a próxima matéria.

13A 14) Durante as medições no veículo, isto permite a total liberdade das mãos. Use uma garra para fixá-la a um bom ponto de aterramento;

16A 15c

17) As ga r r a s per m item estas mesmas ligações, mas de forma eficiente aos pontos de medições;

18A 19) Os adaptadores de testes são ótimas ferramentas para nos auxiliar durante os testes,

14 15D

17

19

17A

19A

14A 15) A confecção das agulhas de testes tem como intuito

15E

21


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tÉCnICA

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Fotos: Divulgação

sistema de freio antiblocante ABs - Dicas para o Alfa Romeo 156 2.0 16V 2001 - Aula 44 pedro Luiz scopino scopino@automecanicascopino.com.br

V

eremos neste espaço mensal sobre informações do freio antiblocante, o sistema de quatro canais utilizado em uma linha italiana. Vamos aos detalhes da ALFA ROMEO 156 ano 2001: Vista cilindro de freio ALImentAÇÃo eLÉtRICA DA eCU eLetRÔnICA PINOS / SISTEMA 156 ATERRAMENTO 16 – 19 POSITIVO 15 – 17 – 18

Painel

Componentes: Unidade Eletrônica - ECU A unidade de comando eletrônico do ABS possui 30 pinos, localizada abaixo do cilindro mestre de freio. Tem a parte hidráulica incorporada junto com a bomba de recalque. É do tipo digital controlando a lâmpada de anomalia do ABS no painel e se comunica com scanner automotivo. Através dos pinos 16 e 19 temos a ligação com a linha 31 do veículo, e a linha 30 aos pinos 17 e 18 passando pelo maxi-fusível F9 de proteção de 50 ampères, e a linha 15 ligada ao pino 15 passando pelo F10 de 10 ampères.

Unidade Hidráulica - Está acoplada à unidade eletrônica, e faz as ligações hidráulicas pelo sistema de 4K, ou seja, quatro canais de saída, se comunicando de forma individual com cada circuito de freio por roda do veículo. Com oito solenóides a unidade hidráulica recebe os comandos de abertura e de fechamento das válvulas de isolação ou redução e ainda o controle da bomba de recalque, que também faz parte deste conjunto. As oitos solenóides são: • Isolamento dianteira direita; • Redução dianteira direita; • Isolamento dianteira esquerda; • Redução dianteira esquerda;

Unidade eletrohidráulica

• Isolamento traseira esquerda; • Redução traseira esquerda; • Isolamento traseira direita; • Redução traseira direita.

TRASEIRO ESQUERDO – pinos 08 e 09 TRASEIRO DIREITO – pinos 01 e 02

Sensores - Junto de cada roda temos um anel dentado ou magnetizado e um sensor perpendicular, que faz a medição de sua velocidade de deslocamento. Trata-se de um sistema do tipo 4S4K, que significa que há quatro sensores de velocidade, um por roda, e quatro canais controlados pela ECU hidráulica. São do tipo indutivos, com apenas dois fios.

ComentÁRIos Do sCopIno

Os sensores estão ligados à ECU eletrônica da seguinte forma: DIANTEIRO ESQUERDO – pinos 06 e 07 DIANTEIRO DIREITO – pinos 04 e 05

Como destaques e dicas deste sistema da Alfa 156 podemos citar a ligação com a ECU Motronic da Injeção Eletrônica pelos pinos 29 e 30, e ainda o controle do interruptor de pedal de freio pelo terminal 14, onde a ECU recebe alimentação positiva com o pedal acionado. É através da ECU do

Conector sensor

ABS que chega o sinal de velocidade ao painel de instrumentos, que através do pino 22 envia a velocidade do veículo. Mais um detalhe importante, como a unidade eletrônica está abaixo do cilindro mestre de freio, devemos ter cuidado e sempre limpar os terminais da unidade, pois em vários casos vemos umidade neste terminal que está voltado para cima. Na próxima edição, veremos SISTEMA ABS DODGE DAKOTA 3.9.

Detalhe sensor na manga de eixo


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TéCNICA

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Conceito e funcionamento do Catalisador Redutor Seletivo – SCR para veículos a diesel Humberto Manavella humberto@hmautotron.eng.br

O

catalisador redutor seletivo - SCR é, basicamente, um catalisador de NOX para aplicações diesel. O processo consiste na injeção, de forma controlada eletronicamente, de um reagente químico líquido no f luxo dos gases de escape. A composição é 32,5% de ureia numa solução aquosa. O líquido é atóxico, inodoro e não inf lamável. A ureia é composta de nitrogênio, hidrogênio, carbono e oxigênio; sua principal utilização é como fertilizante. A pequena quantidade de solução de ureia injetada no f luxo dos gases de escape (com temperatura superior a 170°C - 200°C), em contato com o

vapor de água a alta temperatura, se transforma em amoníaco (NH 3) e dióxido de carbono (CO 2). A ureia se decompõe em amoníaco através de dois processos: 1. Hidrólise: o vapor de água é o agente para a decomposição. 2. Termólise: a alta temperatura dos gases é o agente para a decomposição. Dentro do SCR, com temperaturas entre 200°C e 450°C, o amoníaco ou amônia (NH 3), p or su a vez , re age com os óxidos de nit rogênio ( NOX ) liberando nit rogênio ( N 2) e água (H 2O). A f ig u r a 1 m o s t r a u m a configuração típica de sistema SCR, e a forma como se processam as reações químicas assim que os gases de escape percorrem os elementos do sistema. - O catalisador oxidante [1] trata as emissões de CO, HC

Figura 1

residual e parte do material particulado. A ação do catalisador oxidante [1] combinado com uma dosagem maior de combustível permite atingir a temperatura adequada de máxima conversão. A maior dosagem pode ser obtida através da injeção atrasada no cilindro ou

através de um injetor dedicado no escapamento, antes do catalisador oxidante. Por outro lado, o catalisador oxidante cont ribui para converter o NO (monóxido de nitrogênio) em NO2 (dióxido de nitrogênio), o qual resulta mais favorável à conversão em ni-

trogênio livre no sistema SCR. - O vapor de água resultante, tanto da combustão como da ação do catalisador oxidante [1], é utilizado, na câmara de h id rólise, pa ra decompor a ureia injetada em amoníaco e dióxido de carbono. Para que a hidrólise se processe cor-


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TéCNICA

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Figura 2

retamente, a temperatura dos gases deve ser superior a 170°C ou 200°C. - No interior do catalisador SCR o amoníaco reage com o NO 2 para for mar nitrogênio livre (N2) e água. Em função de ser o amoníaco (NH 3), um composto altamente tóxico, o catalisador oxidante [2] tem por objetivo eliminar todo resíduo de amônia que não foi utilizado pelo SCR, transformando-o em água e nitrogênio livre. A figura 2 apresenta a configuração genérica do sistema SCR. Não representa nenhuma aplicação em particular e seu único objetivo é mostrar, de forma ampla, a funcionalidade dos elementos do sistema que podem ser encont rados nas aplicações de mercado. - O sensor de temperatura [1] é utilizado para controlar a janela de máxima eficiência de conversão do catalisador seletivo, que está na faixa de 200°C a 450°C. - O sensor de temperatura [2], quando presente, tem como função monitorar a temperatura dos gases de saída do catalisador SCR com o objetivo de avaliar o seu funcionamento. - Os sensores de NOX [1] e [2] têm por objetivo o ajuste correto da dosagem de ureia na proporção estequiométrica.

Ou seja, injetar a quantidade de ureia para obter: 1) máxima eficiência de conversão de NOX e 2) níveis mínimos de amoníaco na saída do catalisador SCR. Em particular, o sensor de NOX [2] permite controlar a injeção de ureia em malha fechada. O sensor de NOX pode estar integrado com o sensor de O2 de banda larga num único dispositivo. SENSOR DE AMONÍACO Dispensa o uso do sensor de NOx [2]. Tem por função avaliar a eficiência de conversão do catalisador SCR e evitar a emissão indesejada de amoníaco, já que permite implementar a injeção de ureia em malha fechada. Ou seja, injetar ureia na proporção estequiométrica para obter: 1) máxima eficiência de conversão de NOx e 2) níveis de amoníaco na saída do catalisador SCR inferiores a 10 ppm (partes por milhão). O uso de sensor de amônia permite eliminar o catalisador oxidante [2], um componente de alto valor. INJEÇÃO DE UREIA É composto por reservatório de ureia, unidade de dosagem, bomba de injeção, compressor de ar e módulo de controle. O

ar comprimido serve para propiciar uma injeção adequada da ureia no escapamento. No entanto, já há no mercado sistemas SCR que dispensam o uso de ar comprimido. O sensor de ureia no reservatório tem por objetivo verif icar a qualidade do líquido redutor utilizado. No caso de reservatório vazio ou com o líquido inadequado, o motor passa a trabalhar com potência reduzida. A solução utilizada (32% de ureia) recebe várias denominações: AdBlue na Europa, DEF nos Estados Unidos, Arla32 (Agente Redutor Líquido de NOX Automotivo) no Brasil. A solução é dosada no escape em aproxi mad amente, 2% a 5% do consumo de combustível; tipicamente, 1 litro de solução a cada 1.000 km, aproximadamente. Isto implica, portanto, na existência de um reservatório extra no veículo, pelo que o sistema SCR é utilizado, principalmente, em pesados e comerciais leves. Um dado a ser salientado é que o sistema SCR precisa obrigatoriamente, de óleo diesel S50 (50 ppm de enxofre) ou preferivelmente, S10 (10 ppm de enxofre). Também, tornase necessário a implantação de uma rede de distribuição de Arla32.

Nas configurações de póstratamento diesel encontradas no mercado, o sistema SCR está, na maior parte dos casos, associado a um filtro de particulado o qual pode estar instalado antes ou depois do cat alisador redutor seletivo SCR. CONTROLE DA INJEÇÃO Em função de ser o amoníaco um composto altamente tóxico, o controle da injeção de ureia, na relação estequiométrica, é de fundamental importância. Este controle pode ser feito através de : MALHA ABERTA Neste caso não há monitoramento da presença de amoníaco na saída do catalisador SCR. Em função disto, a UC, com base na infor mação de sensores (massa e temperatura do ar admitido e concentração de óxidos de nitrogênio) estima o f luxo de gases de escape e injeta ureia com uma margem de segurança o que implica que a redução de NOX não se processa com eficiência máxima. Nesta configuração, após o SCR, há um catalisador oxidante que tem por função reduzir qualquer resto de amoníaco não utilizado no processo.

MALHA FECHADA Neste caso há monitoramento da presença de amoníaco na saída do catalisador SCR. Isto permite ajustar a dosagem da solução de ureia (AdBlue, DEF, Arla32) na relação estequiométrica com o NOX presente nos gases de escape, de forma que, na saída do catalisador, não se verifique nem excesso de NOX nem de amoníaco acima dos limites f ixados pela legislação. Ou seja, em teoria, todo o amoníaco é utilizado para reduzir todo o NOX , restando na saída do catalisador, só Nx, água e CO2 . Como resultado, pode ser eliminado o catalisador oxidante pós-SCR. O controle em malha fechada é necessário para atender a norma EURO 5 (Proconve 7). Para o controle em malha fechada pode ser utilizado o sensor de NOX ou o de amônia, se presente.

Humberto Manavella é autor dos livros “Controle integrado do motor”, “Eletroeletrônica automotiva” e “Diagnóstico Automotivo Avançado”. Mais informações: (11) 3884-0183 www.hmautotron.eng.br


TéCNICA

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Diagramas elétricos da Injeção Eletrônica dos motores Fiat Palio Fire flex a partir de 2008 Válter Ravagnani www.drieonline.com.br

A

presentaremos nesta edição os diagramas elétricos da linha Fiat Palio Fire f lex, sem e com ar condicionado. Entenda o funcionamento da Unidade de Comando do Mot or - UC E , si s t e m a s d e partida a frio e painel de instrumentos.

LOCALIZAÇÃO UNIDADE DE COMANDO ELETRÔNICO - UCE



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técnica

DiaGRaMa ELétRicO inJEÇÃO ELEtRÔnica - MaGnEti MaRELLi iaW 4GF PaLiO (2008...) FiRE 1.0 8V FLEX 73/75cv (310a1011)

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DiaGRaMa ELétRicO inJEÇÃO ELEtRÔnica - MaGnEti MaRELLi iaW 4GF PaLiO (2008...) FiRE 1.0 8V FLEX 73/75cv (310a1011)

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lançamento

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lançamento Fotos: Divulgação

Iveco daily: personalidade em 30 versões diferentes Nova geração de caminhões leves apresentou novidades para ampliar as vantagens competitivas. A renovação da gama apresenta como principal diferencial os motores Euro V, mais econômicos e menos agressivos ao meio ambiente.

Produtos

Vivian martins rodrigues

A

linha de caminhões Iveco Daily apresenta-se em diversas versões para atender as necessidades de todos os perfis de consumidores. “Novos motores, estofados sofisticados, nova transmissão ZF de 6 marchas e economia de 9% em relação a geração anterior, são os principais diferenciais”, ressalta Marco Mazzu, presidente da Iveco na América Latina. Tecnologias foram apresentadas para gerar potência e diminuir o consumo. Vitor Americano, gerente de veículos leves e médios da Iveco, afirmou que os modelos foram desenvolvidos após ouvirem as necessidades do cliente e avaliarem dados do mercado. “Um ponto de partida foi que 70 % dos clientes do mercado de 3,5 a 7 toneladas são microempresários, donos do próprio negócio, que escolhem eles mesmos os produtos e que quase sempre dirigem os caminhões. Prezam o conforto, pois o caminhão é também o seu escritório e o diesel é o maior custo na sua operação no final do dia. A pesquisa também indicou que a grande maioria dos clientes roda até 130 km por dia,

Atendendo aos limites de emissões do Proncove P7, destaque para o novo motor FPT F1C DS

ou seja, fica em zona urbana, para e anda, sobe e desce do caminhão várias vezes, carrega e descarrega”, explica o executivo. O piloto Iveco na Fórmula Truck, Fred Marinelli, avaliou o câmbio ZF. “Praticamente um câmbio de rua no caminhão. As novas concepções dos motores fizeram com que, além de mais econômico e menos poluente, ficassem mais potentes”, conta o piloto após test-drive. motor O coração desta geração é o novo motor FPT F1C Dual Stage (DS), que atende aos limites de emissões do Proconve P7 com a adoção do sistema EGR (Recirculação dos Gases de Escape) com gerenciamento totalmente eletrônico pela central de injeção, além de oferecer melhor desempenho, com 10% a mais de potência máxima, dispensa o uso do agente Arla 32. A geração anterior apresentava motores de 136 cv e 156 cv e a nova linha, oferece 147 cv e 170 cv de potên-

cia com aumento de torque que agora chega a rotações mais baixas. Com esse motor foi lançada a transmissão de 6 marchas, com alavanca de mudanças no painel. Com o conjunto motortransmissão, a nova geração Daily é até 9% mais econômica. Com quatro cilindros em lin ha e quat ro válv ulas por cilindro, o novo F1C tem como destaque duas t u rbinas que funcionam em série, conferindo mais elasticidade ao desempenho do motor. Com uma válvula “wastegate”, a turbina menor funciona todo o tempo. Já a turbina maior passa a atuar quando o motor atinge rotações mais

F1C Dual Stage

altas, garantindo que seu torque permaneça na faixa máxima por mais tempo (de 1250 rpm a 3000 rpm). Com isso, além de melhorar o desempenho como um todo, o consumo e as emissões de CO2 também são reduzidos. Outra mudança no novo motor F1C Dual Stage é o uso de uma nova central de injeção com interface eletrônica de comunicação (CAN) integrada que oferece uma troca de informações mais eficiente e monitoramento de parâmetros de funcionamento de todo o conjunto veículo/motor. Com a novidade, é possível avaliar, por exemplo, o nível de deterioração do óleo motor pela indicação no painel do veículo. Em função da adoção do sistema EGR, o F1C possui ainda novos coletores de escape e de aspiração. O propulsor tem também uma polia eletromagnética do ventilador nova, que passou de duas para três velocidades, reduzindo o nível de ruído e mel hor a ndo a pe r for ma nce do sistema de refrigeração do veículo.

Daily 35S14: Para até 3,5 toneladas de PBT. Liberado para rodar em zonas urbanas com restrição de circulação, este modelo é equipado com motor FPT F1C DS de 147 cv e torque de 350 Nm a 1.250 rpm. Daily 45S17: Versão de 4,5 toneladas, possui motor FPT F1C DS de 170 cv de potência e torque de 400 Nm a 1.400 rpm. Daily 55C17: Entre 3,51 e 6 toneladas é indicado pela montadora para transporte de 3 mil quilos de carga mais carroceria. O motor FPT F1C DS tem 170 cv de potência e torque de 400 Nm a 1.400 rpm. Daily Truck 70C17: Com freio a ar, é o único 7 toneladas Euro V do mercado. O motor FPT F1C DS oferece potência de 170 cv e torque é de 400 Nm a 1.400 rpm. Tem capacidade de até 4.520 kg. Daily Vetrato: Com a função de transportar passageiros, pode ser utilizado como ambulância, transporte coletivo, posto de atendimento móvel, entre outras. Fornece 170 cv de potência no motor FPT F1C DS e 400 Nm de torque a 1.250 rpm. Daily Minibus: Implementado de fábrica. Disponível nas versões Turismo, Executivo e Fretamento. Têm como principal finalidade o transporte de passageiros. Sofisticado, o modelo disponibiliza como opcional o bagageiro traseiro e possui três configurações: 45S17 – 15 +1 passageiros; 55SC17 – 14+1 passageiros; 55C17 – 18+1 passageiros. Seu motor de 170 cv FPT F1C DS entrega 400 Nm de torque a 1.250 rpm.


lançamento

Com quatro cilindros em linha e quatro válvulas por cilindro, o novo F1C tem como destaque duas turbinas em série

“Praticamente um câmbio de rua no caminhão. As novas concepções dos motores fizeram com que, além de mais econômico e menos poluente, ficassem mais potentes” Fred Marinelli

Diversos modelos, entre chassi cabine, furgão e minibus, apresentam várias combinações de versões

Opcionais disponíveis para atender o mais alto padrão de conforto e tecnologia

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consultor ob

ruído na caixa de direção do Fusion pode ter sido provocado por falta de manutenção preventiva O cliente levou o veículo à oficina apresentando ruído e desgaste na caixa de direção hidráulica. Acompanhe o procedimento de desmontagem e entenda porque um simples reaperto poderia ter evitado esta anomalia Fotos: Oficina Brasil

Alex Haverbeck

O

barulho na direção podia ser notado mesmo quando o Ford Fusion 2008, com 78.000 km rodados, andava em uma trajetória retilínea. No fim de curso da direção, não ocorria. Acompanharemos o reparador Gilmar Salgueiro, da Oficina do Gato, localizada na zona leste de São Paulo, executando a remoção da caixa de direção. Em seguida, um especialista em direção hidráulica, que fará o reparo, expõe as possíveis causas deste problema. rEtIrADA DA cAIXA

1) Remova a roda do carro e solte o parafuso do terminal de direção.

1

direção. 3) Solte a contra-porca e

2) Com o au xílio de u m sacador, separe o terminal de

desrosqueie o terminal de direção. 4) Utilizando um alicate de corte diagonal, remova as presilhas plásticas que seguram os revestimentos da caixa de rodas, com cuidado para não danificá-las.

suspensão e remova-a. Pa ra d a r cont i nuid ade e ter acesso à caixa de direção, é necessário desparaf usar e baixar o agregado (quadro) da suspensão. Acompanhe. 6) “Desligue” a extremidade inferior das bieletas. Solte a

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4

5) Solte os paraf usos da proteção plástica do cárter e da

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consultor ob

contra-porca e retire o parafuso alen (6A).

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zando um prolongador na pistola pneumática ou catraca (fotos 10 e 10A). Baixe o agregado até ficar apoiado.

1 2

13 6A 7) Solte e remova o parafuso que segura o coxim do câmbio.

10

14) Com o auxílio de uma vasilha para escoar o f luido da direção, solte a mangueira e “sangre” todo o líquido.

18 18) Itens que compõe a caixa de direção do Ford Fusion. 18A) Ao lado, a bucha substituída. A parte preta indica a superfície que recebeu o revestimento em Teflon®

No detalhe, o alojamento da bucha que sofreu desgaste e causou o ruído (foto 17A).

7 8) Solte os três parafusos e retire os dois suportes do quadro da suspensão.

11) Solte o primeiro dos três parafusos que seguram a caixa de direção hidráulica.

14 15) Solte as duas porcas dos dutos do f luido da direção. Remova o terceiro e último parafuso que segura a caixa de direção (em destaque).

8 9) Retire os dois parafusos que unem o def letor plástico frontal ao def letor da caixa de rodas. Afaste-os para ter acesso aos dois parafusos (um de cada lado) que sustentam o agregado da suspensão (etapa 10).

10) Solte os dois parafusos do quadro da suspensão, utili-

17

11 12) Solte o segundo parafuso da direção hidráulica, restando assim apenas o terceiro, para manter a caixa posicionada em seu lugar.

15 16) Retire a caixa de direção pelo lado do motorista.

12 9

18A

10A

13) Utilizando um alicate, retire a presilha metálica que segura a mangueira do f luido de direção hidráulica.

16 17) A caixa já fora do carro.

17A cAIXA DE surPrEsAs Entenda a seguir a origem do r u ído e s u a soluç ã o. A caixa de direção foi enviada para a HandorTec, também na zona leste de São Paulo. Quem explica os detalhes técnicos é o especialista em direções hidráulicas, Dillen Yukio. “Quando se faz a revisão per iódica, a concessionár ia executa o reaper to na caixa de direção. Sem este reaperto, primeiro ocorre uma folga do

lado esquerdo da caixa, onde está a castanha e a porca de aperto (1). Em seguida, pode ocorrer a folga na bucha (2) do lado direito. Na foto em detalhe (18A), é possível ver a bucha que foi substituída e o tratamento em Tef lon® que ela recebe. São inseridas camadas de Tef lon® à frio e à quente, intercaladas. “Se o reparo não for executado em tempo, o que sofre desgaste então são os dentes da cremalheira, que são irrecuperáveis e é necessár ia a sua substituição ou da caixa completa, que custa mais de R$ 3.000. No caso deste Fusion os dentes ainda estão perfeitos. A manutenção preventiva sempre é melhor e mais barata que a corretiva”, finaliza Dillen. MontAGEM Normalmente o serviço de reparação da caixa de direção é terceirizado pelo reparador. Pa r a exe cut a r a mont age m no veículo, siga as etapas de procedimentos da montagem em ordem inversa à mostrada na RETIRADA. Lembre-se de substituir o f luido da direção hidráulica.


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AvAliAção do RepARAdoR

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AvAliAção do RepARAdoR

Mecânica Fire é confiável, econômica e de manutenção simples, mas requer cuidados Lançada em 2000, a família de motores Fiat Fire substituiu a antecessora linha Fiasa que equipava os modelos Uno, Palio, Siena, Palio Weekend e Strada. Descubra o funcionamento desta linha de motores e de seus componentes agregados Fotos: Oficina Brasil

Alex Haverbeck

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entre as versões Fire já fabricadas estão: 1.0 8V de 55 cv, 1.0 16V de 69 cv, 1.3 8V de 72 cv, 1.3 16V de 80 cv, 1.4 8V flex de 81/85 cv e as atualmente utilizadas 1.0 8V flex EVO de 73/75 cv e 1.4 8V flex EVO de 85/88 cv. As versões Fire mais recentes possuem sistema de injeção eletrônica Magneti Marelli IAW 4SF com sistema “drive by wire” (controle de aceleração por corpo de borboletas motorizado). O módulo de injeção recebe informações do potenciômetro do pedal do acelerador, identificando qual a posição do pedal e junto com a informação dos outros sensores, comanda a borboleta de aceleração de acordo com a necessidade do motor. O consultor técnico Amauri Gimenes descreve alg umas caracter ísticas desta motorização. O motor Fire (fotos 1 e 2) tem como estratégia de funcionamento o princípio Speed-Density: o tempo básico de injeção é calculado, indiretamente, em função do fluxo de massa de ar

pRiNCipAiS pRoBleMAS admitido. O fluxo de massa de ar é determinado pela rotação do motor, pelo volume dos cilindros e pela densidade do ar, e este é calculado segundo a pressão no coletor de admissão e a temperatura do ar pelo conjunto medidor de densidade (MAP e sensor de temperatura do ar - IAT). iNJeção O controle da injeção é feita de forma sequencial e o fasamento é calculado virtualmente via

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a função Power Latch: o módulo de IE mantem o relê principal energizado por 30 segundos após a ignição ser desligada, para que possa verificar nesse tempo todos os sensores e atuadores fazendo uma comparação com parâmetros pré-estabelecidos em sua memória para efetuar correções no funcionamento mantendo o sistema em perfeito estado de funcionamento. A estratégia de funcionamento da injeção de combustível na partida ocorre com todos os bicos injetando simultâneamente (ao mesmo tempo) e após uma pequena elevação da rotação (+1200) o sistema adota a estratégia de injeção sequencial (a injeção ocorre em um bico por vez quando o cilindro tiver no tempo de admissão).

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software, não possuindo sensor de fase. A ordem deste controle 1-3-4-2, contados a partir da roda fônica com 60 menos 2 dentes onde o módulo de injeção, reconhece o PMS (ponto morto superior) dos cilindros 1 e 4 pela passagem do 17º dente após a falha (foto 3 - pistão Fire 1.0). O sistema de ignição funciona com bobina estática com o princípio de centelha perdida para os cilíndros gêmeos 1-4 e 2-3. O sistema de injeção possui a estratégia de parâmetros auto-

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adaptativos que corrigem desgaste, envelhecimento das peças e defeitos. Após cada manutenção torna-se necessário o reset desses parâmetros através de scanner. Esse sistema também possui

Perda do sinal do potenciômetro do pedal do acelerador (desgaste da pista do potenciômetro – provoca falta de aceleração ou até oscilação de marcha lenta); Desgaste do sistema mecânico do controle do corpo de borbole-

Motor Fire e seus componentes, em processo de retífica


www.oficinabrasil.com.br Maio 2012

AvAliAção do RepARAdoR tas motorizado (quebra de dentes das engrenagens plásticas do corpo de borboletas – Falha de aceleração); Falha da bobina de ignição (desgaste das velas – abertura do eletrodo muito grande, forçando a bobina de ignição e comprometendo o sistema); Obstrução parcial das válvulas injetoras (quando o motorista usa constantemente etanol como combustível, ocorre uma obstrução parcial nos furos de saída de combustível das válvulas injetoras, alterando o leque ou jato de combustível e provocando assim pequenas falhas quase que imperceptíveis); Sonda Lambda: o sistema utiliza como referência para cálculo do A/F (relação ar/combustível) o sinal de resposta da sonda, e em caso de defeito da sonda o sistema desconsidera o sinal da mesma; Conjunto medidor de densidade: quando ocorrem falhas nesse sensor o sistema assume o modo de emergência (recovery) travando a borboleta motorizada em +- 1300 a 1400 rpm; Sensor de temperatura do líquido de arrefecimento: quando o sistema detecta defeito nesse sensor o módulo adota a última informação para que o motor trabalhe razoavelmente;

mas semanas, o veículo retorna para oficina com o mesmo problema. Solução: substituir os bicos injetores”. MÓdUlo O especialista em reparação de módulos de injeção, André Bernardo, da Design Mecânica, em Campinas - SP, explica uma falha que pode ocorrer nos sistemas Magneti Marelli IAW 4AFB, 4SF, 59FB, 49FB,1.0 e 1.4, gasolina e flex. “O veículo demora a dar partida somente pisando no acelerador. Foi encontrado um problema na central, que não enviava pulso para o motor de passo e também a bateria que baixava a tensão para menos de 10 volts na partida”. lUBRiFiCAção “Deve-se respeitar a classificação do óleo do motor recomendado pelo fabricante. O uso do óleo lubrificante errado causa desgastes prematuros das guias de válvulas. A linha Fire tem capacidade de apenas 3 litros de óleo lubrificante, onde a maioria dos veículos trabalha com 4 litros ou mais. Portanto, não se deve estender muito a troca de óleo. O ideal é que a troca de óleo e filtro (foto 4) seja realizada a cada 5.000km (máximo)”, comenta Paulo Pedro Aguiar Jr., da Engin.

Sensor de rotação tipo indutivo: quando esse sensor apresentar defeito, podem ocorrer falhas no veículo e até parada total do motor. Falta de desempenho proveniente de vácuo baixo no motor devido a problema no cabeçote, na maioria dos casos, resolveuse regulando as válvulas. O reparador Paulo Pedro Aguiar Jr., da Engin Engenharia Automotiva, de São Paulo, complementa: “Já tivemos casos de veículos flex que, com apenas 20.000 km, apresentavam falhas e estouros. O reparador deve verificar os bicos injetores. Às vezes, efetua-se a limpeza de bicos e o problema parece ter sido resolvido. Mas após algu-

o veículo não aciona o eletroventilador, é necessário reparo no módulo”, complementa o reparador André Bernardo, da Design Mecânica.

4 ARReFeCiMeNto “Fique atento ao sistema de ar refecimento. A bomba de água pode se danificar por não executar a troca constante do líquido de ar refecimento (água + aditivo). Sempre que verificar o sistema de arrefecimento, checar os dois selos de motor. Estes apresentam vazamentos constantemente”, alerta Paulo Pedro Aguiar Jr., da Engin Engenharia Automotiva, de São Paulo. “Quando

iNSpeção veiCUlAR “Muitas vezes os motores Fire não se enquadram nos níveis de emissões (CO e HC) permitidos na inspeção por causa da folga das válvulas. O reparador deve ficar atento na regulagem das mesmas, que deve ser executada preventivamente a cada 30.000 km. Folga: admissão 35 mm; escape 40 mm. Outro item a ser observado é o catalisador, que inicia a diminuição de sua perfeita ef icácia catalítica a partir dos 50.000 km. Recomendo executar a avaliação a cada 70.000 km e, se necessário, substituir o catalisador, para que o veículo se enquadre nos índices de emissões exigidas pela Inspeção Veicular”, explica Paulo, da Engin. diReção HidRÁUliCA O especialista em direção hidráulica, Dillen Yukio, da HandorTec, de São Paulo, explica os principais problemas neste conjunto. “A caixa de direção da família Palio Fire é a mesma utilizada nas linhas Idea, Dobló e Novo Uno (a única diferença da caixa do Dobló e Novo Uno é o tamanho dos braços axiais). Esta caixa pode apresentar problemas de vazamento e barulho, mesmo em veículos com baixa quilometragem. Uma bucha plástica em nylon sofre um desgaste que cria ranhuras. Estas ranhuras riscam a cremalheira que, por sua vez, desgastam um dos lados do retentor, onde ocorre o vazamento”. Para completar, Dillen sugere: “Se esta bucha fosse fabricada com um material que gerasse menos atrito, a durabilidade seria maior”. AR CoNdiCioNAdo O bom sistema de ar cond iciona do é con he cido na s oficinas principalmente pela frequente troca do f iltro de

cabine (antipólen). Ele vem equipado originalmente por um filtro de cabine com uma manta de carvão ativado, que tem como um dos objetivos reduzirem odores do ar que passam por ele. Geralmente no mercado eles são substituídos por filtros comuns sem carvão ativado, o que os torna menos eficazes, porém mais baratos. Possuem compressores rotativos (foto 5) caracterizados pelo alto desempenho e baixa cilindrada, o que acarreta em menor consumo de combustível no sistema (“pesa” menos ao motor).

5 Esses compressores rotativos são de cilindrada fixa. O de pal het as CA LSON IC, 60cm³ e o DENSO SCROLL até 80cm³. Sendo compressores de capacidade volumétrica fixa, precisam um controle de temperatura no evaporador para não congelar o evaporador. Esses dois compressores são compatíveis nos motores Fire, podendo-se trocar um pelo outro, mudando apenas o ângulo da tubulação de alta, fácil de resolver. A carga de fluido refrigerante fica em torno de 380g e utilizam cerca de 150 ml de óleo PAG 46. Os compressores rotativos da família Fire não são tão “vazadores” quanto os compressores CVC DELPHI dos motores 1.8, mas na troca do Lip Seal recomenda-se a troca do rolamento da polia do compressor, aproveitando a mesma mão de obra, pois o óleo que vaza pelo eixo do virabrequim do compressor atinge e invade o rolamento, diluindo sua graxa e afetando sua durabilidade. Se o compressor est iver com ruído interno, oriundo do desgaste das par tes móveis, recomenda-se a troca do mesmo (incluindo o filtro secador, condensador – se o filtro secador

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for com cartucho e com tampa soldada, compressor novo e limpeza “FLUSH” interna da tubulação). O rolamento da polia do compressor (foto 6) r uidoso pode causar aqueci mento e afetar (diminuir) resistência da bobina do compressor. O conjunto de polia embreagem eletromagnética para o acoplamento, sofre desgaste e com o tempo essas superfícies vão se distanciando, a medida de afastamento recomendada é cerca de 0,5mm entre elas. A bobina destes compressores

6 tem polaridade, pois possuem um diodo e não devem ser ligados com polaridade invertida. As válvulas de serviço das linhas de alta e baixa são de fácil acesso. O sistema de ar condicionado possui válvula de expansão, com seu acesso pelo lado de fora do painel, mas esta peça raramente apresenta problemas. A tubulação de alta, próximo ao compressor eventualmente trinca ao atrita em outros comp one nt e s e p o de va z a r f luido refrigerante. O sistema possui um transdutor de pressão na linha de alta na saída do filtro secador o filtro secador, que informa o módulo de injeção a pressão do fluido refrigerante nesta linha, em caso de pressões muito altas ou ausência de pressão, o módulo desabilita o compressor por segurança (o transdutor não mede a quantidade de fluido refrigerante no sistema (foto 7).

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100 O eletroventilador é colocado atrás do radiador, ele possui duas velocidades, a 1ª velocidade liga quando a pressão do fluido refrigerante atinge cerca de 16 bar passando por um resistor. Este resistor pode apresentar problemas de queima do fusível térmico ou derretimento dos seus terminais. É um detalhe que passa despercebido por muitos reparadores.É de fácil diagnose e manutenção e afeta muito o desempenho do sistema. A 2ª velocidade é acionada pelo aumento de pressão na linha de alta, por volta dos 20 bar. O transdutor percebe esta pressão e informa o módulo de injeção. Isso ocorre para manter o fluido refrigerante numa faixa de pressão e temperatura que facilite a condensação (mudança de estado de vapor quente para líquido “morno”). Caso a pressão na linha de alta fique muito elevada, por volta dos 28 bar, o transdutor de pressão desarma o compressor. O filtro antipólen (fotos 7A e 7B) é um item muito comum de troca em oficinas. Seu fácil acesso é feito pelo lado do passageiro no

8 ar quente “torneira”, que apresentavam muitos problemas). Um componente que eventualmente vaza é o radiador de ar quente (foto 9), para trocá-lo não é

9 necessário remover o painel, ele sai pela lateral da caixa de ventilação próximo ao pedal do acelerador. Para acessar o ventilador interno (foto 10), em caso de substituição, é necessário remover o painel e abrir a caixa de ventilação.

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Em nosso site estão disponíveis a Ficha Técnica do Palio Fire 1.0 8V além de outras fotos

10 7B final do console, junto á caixa de ventilação. Para retirá-lo é necessário retirar dois parafusos Philips. Sua troca é recomendada a cada 6 meses, dependendo do uso. O sensor de temperatura do evaporador (foto 8) tem seu acesso próximo do filtro antipólen. O sistema de ar quente não possui válvula e é liberado apenas por portinhola (DAMPER) acionada por cabo de aço do painel de comando (os modelos anteriores eram equipados com válvulas de

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O acesso ao resistor da ventilação é por dentro do carro, por baixo do porta-luvas junto à caixa de ventilação, o terminal pode derreter ou o fusível térmico pode queimar, afetando o funcionamento da ventilação. Colaborou ISHI AR-CONDICIONADO AUTOMOTIVO CURSOS & SERVIÇOS Balneário Camboriú (SC) (47) 3264-9677 Acesse o site da empresa: www.ishi.com.br

pARtiCipe! Você quer colaborar com a Avaliação do Reparador da próxima edição? O modelo abordado no mês de junho será o Honda New Civic. Para isso, descreva os problemas que você já encontrou neste veículo, os procedimentos de diagnóstico, reparação e de solução. Envie, juntamente com o texto, seu nome completo, cidade, nome e telefone de sua oficina. Envie seu texto para redacao@oficinabrasil.com.br. Sua participação é muito importante!






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