Jornal Oficina Brasil - novembro 2010

Page 1

www.oficinabrasil.com.br

Auditoria de Tiragem e Circulação: IVC

ANO XX - Nº 237

NOVEMBRO DE 2010

marketing direto

SUPERMÁQUINAS Os carros que vendem pouco, mas chamam toda atenção

Salão do

Automóvel As montadoras apresentam os carros que logo mais estarão disponíveis nas concessionárias; destaque para as chinesas que agora somam 9 marcas no Brasil, e para o Ford Fusion Hybrid, primeiro híbrido com preço acessível ao consumidor brasileiro - Pág. 87

caderno

Premium O pequeno Fiat 500 encara o dinamômetro e a avaliação de oficina: bom de pista e de manutenção fácil, apesar de apresentar grande quantidade de eletrônica embarcada- Pág. 83

Técnicas CONSULTOR OB

Especial suspensão: a simplicidade eficiente do eixo rígido e do eixo de torção - Pág. 72

HUMBERTO MANAVELLA

O especialista em motores apresenta as vantagens do ciclo Atkins - Pág. 74

IGD-P

OUTUBRO

2,01



Novembro 2010

:: Editorial

:: Expediente DIRETOR GERAL Cassio Hervé SECRETÁRIA Solange Ferreira Roberto REDAÇÃO Jornalista responsável: Alexandre Akashi - MTB 30.349 editor@grupogerminal.com.br Repórter: Bruna Paranhos bruna.paranhos@grupogerminal.com.br Consultor Técnico: Marco Antônio Silverio Jr. marco.antonio@grupogerminal.com.br Tel: (11) 2764-2862 Conselho editorial: Aleksandro Viana Amauri Cebrian D. Gimenes André Bernardo Carlos Bernardo Danilo José Tinelli Eduardo Freitas Topedo Fábio Cabral Francisco Carlos de Oliveira José Claudio Cobeio Julio César Paulo Pedro B. Aguiar Jr. Sérgio Sehiti Torigoe PRODUÇÃO/INTERNET Coord. de Marketing: Daniela Pelosi Assistente: Eduardo Muniz Analista Web: Tiago Lins Estagiário Web: Murilo Santiago producao@grupogerminal.com.br DIRETOR COMERCIAL Eduardo Foz eduardo.foz@grupogerminal.com.br ATENDIMENTO Gerente: Ernesto de Souza ernesto.souza@grupogerminal.com.br

COMERCIAL Contatos Comerciais: Alessandra Macedo

Nasce um novo mercado

alessandra.macedo@grupogerminal.com.br

Aliandra Artioli aliandra.artioli@grupogerminal.com.br Carlos Souza carlos.souza@grupogerminal.com.br Assistente: Shelli Braz shelli.braz@grupogerminal.com.br Estagiária: Alessandra Del Moro alessandra.delmoro@grupogerminal.com.br SUCURSAL REGIÃO SUL Diretor: Eduardo Seger eduardo.seger@grupogerminal.com.br (51) 3337-8758 FINANCEIRO Gerente - Junio do Nascimento Assistente - Mariana Tarrega Auxiliar - Rodrigo Castro financeiro@grupogerminal.com.br GESTÃO DE PESSOAS Daniela Accarini rh@grupogerminal.com.br ASSINATURA E DATABASE Gerente: Mônica Nakaoka monica.nakaoka@grupogerminal.com.br Assistente: Alexandre P. Abade alexandre.abade@grupogerminal.com.br Auxiliar: Giovana Consorti giovana.consorti@grupogerminal.com.br CENTRAL DE ATENDIMENTO AO LEITOR Luana Cunha e Talita Araújo De 2ª a 6ª, das 9h às 17h30 Tels: (11) 2764-2880 / 2881 leitor@oficinabrasil.com.br PRÉ-IMPRESSÃO E IMPRESSÃO Prol Editora Gráfica Ltda.

Jornal Oficina Brasil é uma publicação do Grupo Germinal. Trata-se de uma mídia impressa baseada em um projeto de marketing direto para comunicação dirigida ao segmento profissional de reparação de veículos. Circulando no mercado brasileiro há 21 anos, é considerado pelo Mídia Dados como o maior veículo segmentado do país. Esclarecemos e informamos aos nossos leitores, e a quem possa interessar, que todos os conteúdos escritos por colaboradores publicados em nosso jornal são de inteira e total responsabilidade dos autores que os assinam. O jornal Oficina Brasil verifica preventivamente e veta a publicação do material que recebe, somente no que diz respeito à adequação e ao propósito a que se destina, e quanto a questionamentos e ataques pessoais, sobre a moralidade e aos bons costumes. As opiniões publicadas em matérias ou artigos assinados não apresentam a opinião do jornal, podendo até ser contrária a ela. marketing direto

Nós apoiamos: Filiado a:

3

O Salão do Automóvel deste ano mostrou algo um pouco maior do que os próximos lançamentos para o Brasil da indústria automotiva. Deixou claro que o mercado brasileiro está mais sofisticado, maduro, pronto para receber carros de uma categoria mais elevada, além de novas tecnologias, como a dos veículos híbridos, porém a preços mais acessíveis ao consumidor. Este é um alerta à comunidade de reparação, pois significa que será preciso, cada vez mais, manter-se atualizado tecnicamente para conseguir efetuar corretamente os reparos dos modelos que começam a ganhar as ruas já este mês, como é o caso do Ford Fusion Hybrid. Se por um lado, há 20 anos a injeção eletrônica revolucionou o mercado da reparação, e até hoje causa certo furor entre os profissionais do setor, por outro iniciamos uma nova fase com a introdução do veículo híbrido no nosso mercado. Há aqueles que não acreditam na evolução desta tecnologia, assim como outros que dizem que o carro elétrico no Brasil não vai vingar, mas há uma certeza: todas as montadoras têm veículos elétricos desenvolvidos e prontos para entrar em produção de massa. E quando isso acontecer, não tenho dúvidas de que a popularização deste tipo de veículo será vertiginosa. Esta é a evolução natural das tecnologias. No início do século passado (anos 1920), inventaram a televisão, que demorou 25 anos para ganhar cores (anos 1950), e mais 30 anos para se popularizar (anos 1980). No início dos anos 1990, a grande inovação tecnológica foi o telefone celular. Hoje, pouco mais de 20 anos depois, é comum carregar mais de um aparelho no bolso. Com o carro elétrico, a tendência é este ciclo

ser mais curto ainda. E isso vai obrigar as montadoras a aumentar a capacidade produtiva. O carro elétrico está pronto, só não é vendido em larga escala pois a indústria não tem capacidade produtiva para atender a todo o mercado. Assim, convido o leitor a ler atentamente a reportagem especial de cobertura do Salão do Automóvel, que dá várias dicas de como o mercado brasileiro começa a se tornar cada vez mais diversificado em modelos e tecnologias. Isso pode ajudar a decidir os próximos investimentos da oficina. E, por falar em investimentos, neste último mês participei de uma discussão bastante interessante com a diretoria da AESA (Associação das Empresas de Serviços Automotivos do Estado de São Paulo), sobre os benefícios do Cartão BNDES (www.cartaobndes.gov.br) Trata-se de um serviço de crédito oferecido pelo Governo Federal às micro, pequenas e médias empresas (com faturamento bruto anual de até R$ 90 milhões), que apresenta taxas de juros mais baixas e possibilidade de financiamento em até 48 meses, na compra de autopeças, equipamentos e ferramentas, além de outros produtos relevantes para a oficina. Assim, se tudo que vimos no Salão do Automóvel deste ano se concretizar, nosso setor da reparação vai precisar de um bom crédito para acompanhar a evolução tecnológica dos automóveis que já não são mais do futuro. Este é, portanto, um novo mercado. Alexandre Akashi Editor

DADOS DESTA EDIÇÃO • Tiragem: 65.000 exemplares • Distribuição nos Correios: 62.928 (até o fechamento desta edição) • Percentual de distribuição auditada (IVC): 96,81% COMPROMISSO COM O ANUNCIANTE O Oficina Brasil oferece garantias exclusivas para a total segurança dos investimentos dos anunciantes. Confira abaixo nossos diferencias: 1º. Auditoria permanente do IVC (Instituto Verificador de Circulação) garante que o produto está chegando às mãos do assinante; 2º. Registro no Mídia Dados 2008 como o maior veículo do segmento do País; 3º. Publicação de Balanço Anual (edição de fevereiro 2008 e disponível em nosso site) contendo uma informação essencial para a garantia do anunciante e não revelada pela maioria dos veículos, como o custo de distribuição (Correio); 4º. No Balanço Anual é possível conferir as mutações do database de assinantes comprovando permanente atualização dos dados de nossos leitores; 5º. Oferecemos mecanismos de marketing direto e interativo, que permitem mensuração de retorno por meio de anúncios cuponados e cartas resposta; 6º. Certificado de Garantia do Anunciante, que assegura o cancelamento de uma programação de anúncios, a qualquer tempo e sem multa, caso o retorno do trabalho fique aquém das expectativas do investidor; 7º. Anúncios do tipo Call to Action (varejo), em que é possível mensurar de forma imediata o retorno da ação. Para anunciar ou obter mais informações sobre nossas ações de marketing direto fale com o nosso departamento comercial pelo telefone (11) 2764-2852.


4

Novembro 2010

:: Índice

:: Opinião do leitor Parabens Gostaria de parabenizá-los pela matéria sobre a desmontagem da caixa de câmbio do Fiat Uno (Setembro/2008). Vendo esta matéria, passei a querer saber como se faz para desmontar a caixa de câmbio do Corsa Wind 97. Tiago Knupp, por e-mail

AVALIAÇÕES CARROS 100 Avaliação do reparador - Ford Ka 1.0l 8v Flex 83

Caderno Premium - Fiat 500

106 Comparativo técnico - Chevrolet Meriva Premium Easytronic x Fiat Idea Sporting Dualogic 80

Obrigado

Em breve, na sua oficina - Nissan Tiida Sedan 1.8l 16v flex

Estou orgulhoso de receber as notícias automobilísticas com a qualidade que recebo. Estão de parabéns e a revista tem muitas infornações privilegiadas! Obrigado pelo trabalho. Auto Elétrica Paschoal, por e-mail

COLUNAS 52

Agenda do Carro - São Paulo ganha guia de oficinas

105 Coluna do Conselho - Treinamento, demanda e falta de mão de obra 6

IGD - Demanda bate recorde em setembro

8

Fórum Oficina Brasil - Os 5 tópicos mais debatidos, sob o ponto de vista do administrador

40

Direito Preventivo - As responsabilidades da empresa reparadora

79

Padrão de qualidade - O ganha-ganha do bom relacionamento com fornecedores

86

Reparadores, eu vi - Tecnologia do futuro, hoje

Bíbila do reparador O jornal está de parabéns, pois é uma publicação maravilhosa. Para nós é como se fosse a Bíblia do reparador. Não existe um assunto que não vale a pena ler, pois tudo é válido no Jornal. João Jorge Flach, da Oficina Mecânica Flach’ s Car Luiz Augusto Pesce de Arruda, por e-mail

REPORTAGENS 12

Entrevista - Armando Carvalho, gerente de Marketing Pós-Vendas, Peças e Acessórios da Fiat

87

Especial Salão do Automóvel - Mercado mais sofisticado

76

Meio Ambiente - As vantagens das peças remanufaturadas

TÉCNICAS 58

Alexandre Pandolfi Peres - Conheça mais sobre os relés automotivos

60

Andre Luis Bernardo e Albino Buzolin Filho - Dicas sobre o módulo do Chrysler Stratus

68

Carlos Napoletano - Procedimento de reparo da caixa automática 4L30E - parte 6

72

Consultor OB - Os diferentes tipos de suspensão - parte 3 (Eixo rígido e de torção)

99

Dicas do Conselho - Problemas com Fiat Marea 1.6l

74

Humberto Manavella - Ciclo Atikson

48

Paulo José - Veja como agir na hora de entregar a moto ao cliente - parte 2

66

Pedro Luiz Scopino - Sistema ABS do Mitsubishi Pajero 2000

44

Rino Liciane Jr. - Treinamento em 2 Rodas: uma necessidade

62

Válter Ravagnani - Diagrama elétrico do novo Fiat Uno - parte 3 (final)

100 Boletim técnico

:: Números CAL (Central de Atendimento ao Leitor) MEIOS DE CONTATO Cartas.......................................................................5 E-mails............................................................268 Telefonemas........................................124 Fax...................................................................5 Site..............................................................1.193 Total...........................................................1.595

SOLICITAçõES Assinaturas....................................................883 Alterações de cadastro.........................535 Outras............................................................215 Total..................................................1.633 Dados referentes ao período de 01/10 a 30/10/2010

:: Orientações sobre assinaturas Para receber o Oficina Brasil Nosso jornal é distribuído gratuitamente para profissionais que atuam no aftermarket automotivo brasileiro. Para recebê-lo siga as instruções: 1) acesse o site www.oficinabrasil.com.br; 2) antes de iniciar o processo de preenchimento do cadastro, tenha o nº do seu CPF em mãos; 3) no menu da página principal, na parte da “Central de Atendimento ao Leitor”, selecione a opção “Para receber o Jornal”; 4) preencha todos os campos da ficha corretamente. Obs: Após a avaliação dos seus dados, em uma operação que leva em média 30 dias, caso esteja tudo correto com seu cadastro, você passa a receber o jornal no endereço indicado. Aos que já são assinantes É importante avisar a Central de Atendimento ao Leitor, pelo telefone e e-mail indicados abaixo ou por meio do site, qualquer alteração de endereço ou dados. Esse procedimento é indispensável para que você continue recebendo o jornal. Neste caso você deve acessar o site e clicar na opção “Alteração de cadastro” e seguir as instruções. Caso receba uma carta solicitando seu recadastramento, faça-o imediatamente acessando a área “Recadastramento no Jornal”, caso contrário sua assinatura será cancelada. Para mais informações, entre em contato com a Central de Atendimento ao leitor, de 2ª a 6ª das 8h30 às 18h nos telefones (11) 2764-2880 ou (11) 2764-2881, ou envie um e-mail no endereço leitor@oficinabrasil.com.br Oficina Brasil: Rua Joaquim Floriano, 733 – 1º andar – Itaim Bibi – São Paulo SP – CEP 04534-012



6

Novembro 2010

demanda cresce e atinge maior índice da história Em outubro, o movimento nas oficinas bateu novo recorde ao registrar IGD de 2,01 pontos; resultado revela crescimento de 175% em relação a fevereiro, número muito próximo ao projetado pela CINAU em julho deste ano Alexandre Akashi O IGD (Índice Gerador de Demanda) cresceu 9,8% em outubro em relação a setembro ao marcar 2,01 pontos, ante 1,83 ponto registrado no mês passado. Este resultado indica novo recorde no movimento das oficinas. Medido pela CINAU (Central de Inteligência Automotiva), unidade de pesquisas do Grupo Germinal, o IGD avalia a demanda nas oficinas de reparação automotiva da cidade de São Paulo e Região Metropolitana. De fevereiro deste ano, quando 100% da frota circulante da cidade de São Paulo começou a ser inspecionada pela Controlar, a outubro, o crescimento da demanda foi de 175,34%. Assim, é possível dizer que a inspeção ambiental veicular é a principal responsável pelo aumento de movimento nas oficinas. Este resultado vem ao encontro das previsões realizadas

pela CINAU. Assim, na região metropolitana de São Paulo, o aftermarket não é mais uma “caixa preta”. Peças Com as vendas de veículos zero km aquecida, a indústria de autopeças tem voltado a produção para atender aos pedidos das montadoras, o que pode explicar parte da dificuldade que o reparador tem encontrado para comprar peças no mercado de reposição. Tanto que pelo segundo mês consecutivo 46% dos entrevistados afirmaram ter sentido falta de peças. Em relação ao perfil de compra, o canal Varejo apresentou leve aumento na preferência do reparador, e fechou outubro com 60% do total das peças adquiridas pela categoria, ante 53% medido em setembro. O canal Distribuidor perdeu 11 pontos percentuais, caiu de 24% para 13%, enquanto o canal Concessionário voltou a subir: de

Realização CINAU: CONRE 3ª/5616 - Responsável técnico: Alexandre Carneiro – CONRE 3ª/6691-A/SP

igd

Com 2,01 pontos, o IGD de outubro representa crescimento de 175,34% sobre fevereiro, mês de início da inspeção ambiental veicular para 100% da frota circulante da cidade de São Paulo 16% da preferência em setembro, para 19%, em outubro. As peças recebidas apresentaram crescimento de 14% em outubro, em relação a setembro, subiu de 7% para 8%. IGD O IGD é produto de cálculo estatístico extraído do número

de ordem de serviços abertos, da quantidade de atendimentos efetuados pela oficina, da quantidade de horas trabalhadas por dia, do número de dias trabalhados, da variação dos preços das autopeças adquiridas no período e o total de orçamentos apresentados aos clientes. Quanto mais elevado o IGD, melhor a deman-

da de serviços na oficina. A pesquisa contempla um universo de 50 pontos de serviços na macro região da Grande São Paulo. A coleta é feita mensalmente. Realização CINAU: CONRE 3ª/5616 - Responsável técnico: Alexandre Carneiro – CONRE 3ª/6691-A/SP



8

Novembro 2010

Fórum

Saveiro e dúvidas sobre trocas de correias centralizam atenções Posição

murillo Fontana Administrador do fórum Dando continuidade ao nosso ranking de tópicos mais comentados no fórum do Jornal Oficina Brasil, no mês de Outubro o tópico “Saveiro flex 1.6 estoura nas retomadas” foi o campeão. Neste tópico, o usuário “fernandes1293” informou sobre possíveis entradas de ar, entretanto o autor do tópico resolveu o problema com a troca do módulo. No tópico “Corsa Wagon”, que foi o vice-campeão, um Corsa 1.6 1997 apresentava baixa potência após a troca da correia e da bomba d’água.

O usuário “Paulista” informou o procedimento correto para sincronizar o motor, e o autor corrigiu o sincronismo do motor, resolvendo o problema. No terceiro colocado, “Corsa 1.8 corta aquecimento da sonda”, o motor apresentava falha durante o funcionamento após atingir a temperatura de trabalho e luz de injeção acesa (com o código P0135 – Falha no circuito de aquecimento da sonda lambda). Os usuários “miros” e “master” informaram sobre o modelo correto de sonda, pois o veículo somente aceita o item original GM. O autor informou que substituiu a peça e o problema foi resolvido.

Tópico

Saveiro flex 1.6 estoura nas retomadas

respostas

Data

usuários que mais contribuíram

18

21/10

Fernandes1293

17

25/10

Paulista_

Em quarto lu2° Corsa Wagon gar, “L200 hpe 3° Corsa 1.8 corta aquecimento da sonda 2006 dúvida vál4° L200 hpe 2006 duvida válvula wastegate vula wastegate”, o 5° Golf 1.6 Motor EA111 motor do veículo apresentava funto do sensor de rotação) após cionamento irregular acima de 2.000rpm. O aquecimento. O usuário “veteusuário “Rgalvão” enviou o rano” informou o procedimento procedimento de regulagem de teste de continuidade do da válvula wastegate ao autor sensor, porém o problema foi do tópico, que substituiu a solucionado somente quando turbina e fez o procedimento o aterramento entre a bateria de regulagem, solucionando o e a lataria foi refeito. No mês de outubro, uma problema. O tópico “Golf 1.6 Motor dúvida bastante comum dos EA111” foi o quinto colocado reparadores foi sobre o correto e apresentava funcionamento sincronismo do motor quando irregular e luz de injeção acesa for necessária a troca da correia (com código de falha no circui- (dentada, poly-V ou micro-

15

25/10

Miros e master

14

17/10

Rgalvão

14

10/10

veterano

V), em diversos modelos de veículos. Quando estiver com este tipo de dúvida, o reparador pode entrar em contato com as empresas fabricantes de correias, pois a maioria disponibiliza manuais técnicos ou informativos sobre os procedimentos corretos para montagem e sincronia do motor, que irão garantir que o serviço seja efetuado de maneira adequada. Um abraço e até o mês que vem.



FAIXA ADESIVA DE RECOBRIMENTO DAS COLUNAS DAS PORTAS LATERAIS REMOÇÃO/MONTAGEM Modelo: Fiat T.T.

Remoção:

Montagem:

01 - Com as portas fechadas, marcar com uma fita antes de retirar as faixas a serem substituídas, conforme indicado;

01 - Limpar o local de aplicação da faixa usando álcool isopropílico conforme indicado, não se esquecendo da parte posterior da porta (depois de limpo, evitar colocar as mãos no local);

Obs.: A espátula deverá atingir toda a extensão da faixa para evitar bolhas.

07 - Depois de colar toda a faixa, retirar o protetor externo da mesma usando as mãos; 02 - Remover a pestana externa de sua sede;

03 - Retirar parcialmente a guarnição do vão do vidro;

04 - Com um soprador térmico, pré-aquecer a faixa para facilitar sua retirada (não ultrapassar 50ºC);

02 - Retirar parcialmente o liner da faixa para inicio da aplicação;

08 - Colar a aba posterior da faixa usando as mãos; 03 - O chanfro superior da faixa tem que ficar na aleta da porta, conforme indicado;

04 - Começar a colagem da faixa na parte superior, tomando como base a fita colada anteriormente, conforme indicado;

09 - Remontar a guarnição do vão do vidro;

05 - Com a espátula plástica (Cod. 7077520), descolar as partes dobradas da faixa;

06 - Abrir a porta e, com as mãos, retirar a faixa.

05 - Descer a faixa até o final sem retirar o liner. O chanfro inferior da faixa deverá ficar na aleta da porta, conforme indicado;

06 - Para colar a faixa, retirar o liner gradativamente e, com o auxilio de uma espátula plástica, pressionar a faixa contra a porta;

10 - Remontar a pestana externa da porta.



12

Novembro 2010

DA AGÊNCIA BEST CARS

“Um pós-venda bem trabalhado é também uma pré-venda” Em entrevista exclusiva ao jornal Oficina Brasil, o gerente de Marketing Pós-Vendas, Peças e Acessórios da Fiat Automóveis, Armando Carvalho, fala sobre as vantagens para a montadora em manter um bom relacionamento com as oficinas independentes, e também da nova campanha Clássicos do Futebol que vai sortear um novo Uno zero km aos reparadores Alexandre Akashi O mineiro Armando Carvalho assumiu em abril deste ano a difícil tarefa de dar continuidade ao trabalho iniciado por Virgílio Silva, no cargo de gerente de Marketing Pós-Vendas, Peças e Acessórios da Fiat Automóveis, com o desafio de participar da implantação do novo sistema informatizado de Gestão de Peças para a rede de concessionárias, além de trazer também sua sinergia com o parque de fornecedores

da Fiat. Seis meses depois, Carvalho mostra que a tarefa não era assim tão difícil, mas, sim, trabalhosa. Porém, nada que um pouco de criatividade não desse jeito. Afinal, a Campanha Clássicos Fiat, lançada por Silva, foi um sucesso e, para repetir – e até mesmo superar – os resultados obtidos, somente com algo novo. Assim nasceu a Campanha Clássicos do Futebol, que Carvalho anunciou no início de setembro e no final do ano sorteará um carro zero km

Fotos: Oficina Brasil

ENTREVISTA



14

entrevista

Novembro 2010

entre os participantes, além de distribuir diversos outros prêmios. “A expectativa é termos um aumento de 30% nos cadastros das Notas Fiscais e também na participação dos reparadores, reforçando o sucesso da iniciativa”, afirma Carvalho. Segundo ele, em 2009, a campanha Clássicos Fiat obteve resultados muito satisfatórios, com mais de 46 mil notas fiscais cadastradas e 4.5 mil reparadores participantes. A mecânica da nova promoção é simples. Até o dia 31 de dezembro deste ano, o reparador deve cadastrar as notas fiscais das compras com valor a partir de R$ 100 no site www.reparadorfiat.com. br. Cada R$ 100 dá direito a um cupom para participar do sorteio do carro que ocorre no dia 18 de fevereiro de 2011. Além disso, cada R$ 1 é transformado em 1 ponto e a soma dos pontos pode ser trocada por brindes. Os 32 reparadores que acumularem mais pontos nas suas respectivas regiões ganham ainda uma viagem para Betim (MG), para conhecer a fábrica da Fiat. Acompanhe abaixo a entrevista concedida por Carvalho com exclusividade ao jornal Oficina Brasil em que ele fala sobre

as promoções e também da importância do reparador para a marca.

Investir no pós-venda é um grande passo que pode facilitar uma próxima compra

Jornal Oficina Brasil – Há um ano, a Fiat inovou ao abrir para o mercado de reparação informações técnicas dos veículos da marca. Qual o balanço a montadora faz deste primeiro ano de funcionamento do Portal do Reparador Fiat? Armando Carvalho – O balanço é extremamente positivo, tendo em vista o grande número de cadastros, com milhares de acessos só no primeiro ano que ele entrou no ar. Tivemos várias reportagens da imprensa especializada confirmando o sucesso da iniciativa, além de retorno dos próprios usuários através do nosso “fale conosco”. JOB – Quantos reparadores há cadastrados? AC – Já temos 28 mil cadastros no nosso site JOB – Aproveitando que estamos falando de balanço, quais resultados da Campanha Clássicos Fiat?

AC – A Campanha Clássicos Fiat foi um sucesso, tivemos a adesão maciça tanto dos reparadores quanto de nossa rede de concessionárias, que também usa esta ação para fidelizar e atender bem nossos cliente. JOB - Quais as expectativas da nova campanha Clássicos do Futebol? AC – Neste ano, utilizamos o tema Clássicos do Futebol, tendo em vista a afinidade do público com o mesmo, além disto, uma novidade é a possibilidade da escolha dos prêmios de acordo com o gosto

do participante. A expectativa é termos um aumento de 30% nos cadastros das Notas Fiscais e também na participação dos reparadores, reforçando o sucesso da iniciativa. JOB – O principal negócio da Fiat é desenvolver, montar e vender automóveis zero km. Por que investir no pós-venda? É bom negócio? Quanto a montadora investe neste segmento anualmente e quanto colhe de frutos? AC – O pós-venda não deve ser tratado somente após a venda do carro, mas em todo o ciclo de relacionamento com

o cliente. Investir no pós-venda é um grande passo que pode facilitar uma próxima compra. Na verdade um Pós-venda bem trabalhado é também uma “pré venda”. Investimos muito e constantemente neste segmento, pois trata-se de um setor estratégico para a Fiat que aproxima e fideliza o cliente da marca. JOB – Neste último ano, a Fiat fez diversos lançamentos (Novo Uno e nova família de motores, principalmente). Ao mesmo tempo, tem ampliado a oferta de programas de treinamento com os repa-



16

entrevista

Outubro 2010

radores multimarcas. Quais as novidades nos programas de 2010 e quais serão as novidades para 2011? AC – O Ciclo de Palestras para Reparadores Fiat teve em 2010 vários novos temas sugeridos pelos próprios reparadores, além de novas concessionárias que estão ministrando as palestras de modo a atingir mais clientes. Trazemos também alguns reparadores para conhecer nossa fábrica em Betim onde podem comprovar a atenção e cuidado que dedicamos aos nossos produtos e clientes. Para 2011 estamos desenvolvendo mais novidades que em breve serão divulgadas, aguardem. JOB – Quais foram os novos temas inclusos no Ciclo de Palestra? AC – Este ano incluímos os temas Reparação Stilo, com um maior enfoque na parte eletro-eletrônica, e Comparativo de Peças, mostrando as vantagens da utilização de peças genuínas e das possíveis consequências em utilizar um produto não recomendado pela montadora. Além destes dois temas, atualizamos o conteúdo dos anos anteriores como Redes Veiculares e Eletrônica de Bordo, Motores Flex e Tetrafuel, Lubrificantes e Novas Tecnologias e Site Reparador. JOB - Quantas concessio-

nárias participam do programa? Como o reparador pode fazer para participar? AC – Tivemos 72 concessionárias participantes em todo Brasil. E para participar do próximo Ciclo o reparador deve procurar a sua concessionária de atendimento ou verificar a agenda no site reparador Fiat. O próximo Ciclo esta previsto para maio de 2011. JOB – Além do Portal do Reparador, a Fiat tem outras estratégias para estreitar ainda mais o relacionamento com o reparador multimarca? Quais? AC – Nossas estratégias passam por treinamento de nossa rede para um atendimento diferenciado junto a este público, disponibilidade de peças, rapidez na entrega, condições comerciais adequadas, disponibilização de informações técnicas. E além de todo este trabalho diferenciado, temos também o Ciclo de Palestras Fiat mencionado anteriormente, as Ações de Relacionamento com participação da Rede de Concessionárias Fiat, onde realizamos diversos eventos de integração. JOB – A rede concessionária sempre foi um desafio, quando o assunto é reparação multimarca, pois muitos enxergam o reparador como um concorrente. Como a

Com as ações que criamos conseguimos mostrar que o reparador é um cliente e parceiro da rede rede tem encarado o Portal do Reparador? AC – No passado existia esta visão, mas com as ações que criamos conseguimos mostrar que o reparador é um cliente e parceiro da rede que complementa nosso trabalho de atendimento ao cliente. JOB – Conhecer mecânica e toda a tecnologia que envolve os automóveis de hoje já não é mais um diferencial competitivo, tanto que as oficinas mais bem estruturadas têm voltado esforços em conhecer melhor as necessidades do cliente. Qual o posicionamento da Fiat sobre este mudança de mentalidade do setor? AC – É muito importante saber as necessidades e desejos dos clientes, que buscam produtos inovadores e com diferenciais tecnológicos. Por isto fazemos constantes investimentos em treinamento e disseminação de conhecimento para suportar esta constante inovação. JOB – Qual a opinião da Fiat a respeito da Inspeção Ambiental Veicular de São Paulo?

AC – A inspeção veicular trará reflexos positivos na segurança, no meio ambiente e nas condições de fluidez do trânsito. JOB – Ainda sobre este assunto, alguns reparadores tiveram dificuldades em enquadrar veículos ano 2006 com motor Fire 1.3l nos limites de emissões de CO e HC,

principalmente com quilometragem acima de 100.000km. Existe algum canal para os reparadores pedir ajuda em casos como este? AC – Não temos conhecimento destas dificuldades, de qualquer forma nossa rede de concessionárias Fiat está sempre disponível para atender eventuais casos e orientar os clientes.



18

em foco

Novembro 2010

em foco

oficinas do Alto Tietê realizam revisão solidária O 5º Check-up Solidário realizado pela Romat (Rede de Oficinas Mecânicas do Alto Tietê), no município de Itaquaquecetuba, em São Paulo, inspecionou 72 veículos em uma única tarde, no ultimo dia 16. Liderado Francisco Severiano Alves, da Mecânica Chiquinho, a Romat conta com 12 participantes: Auto Mecânica Edilson, Carlão Auto Car, JS Serviços Automotivos, Show Motors, Paraná Car, Pé Car, Guenas Car, Universo Peças e Serviços Automotivos, MK High Torq, Nova Auto Manutenção Automotiva, Fortcar e Mecânica Sérgio. A ação também foi solidária. Para participar, cada cliente doou três qui-

los de alimento não perecível, que foi doado a uma instituição

assistencial da cidade. Ao todo foram 278 quilos de alimentos arrecadados. Segundo Chiquinho, a ação visa conscientizar os motoristas. “Não é uma atividade com visão de lucro e sim para orientar os clientes do quanto a manutenção preventiva e corretiva é importante para a frota municipal e da região”, afirmou.

Inspeção Veicular supera números no Mato Grosso A Inspeção Veicular Gratuita promovida pelo Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Sul de Mato Grosso (Sindimec-Sul/ MT) superou em 39,5% o número de atendimentos em relação a 2009. Somente no fim de semana de 23 de outubro, a ação atendeu 160 motoristas. O IVG tem parceria com o Sebrae, e objetiva o incentivo ao cuidado e à manutenção preventiva dos veículos. No percurso da inspeção

foram verificados itens fundamentais para a segurança e o bom funcionamento do veículo, como o sistema elétrico, faróis e lanternas, correias, embreagem, análise de gases, lataria, freios, escapamentos, rolamentos e pneus. Os motoristas dos carros puderam acompanhar e foram orientados por técnicos durante a inspeção. Ao final da vistoria, foi emitido um laudo com o resultado dos testes dos itens avaliados.

160 carros foram vistoriados em ação de outubro



20

em foco

Novembro 2010

Goe destaca parceria com Delphi e Syl De 20 a 25 de setembro, todos os colaboradores das reparadoras do Grupo de Oficinas Especializadas (GOE) vestiram a camisa da Delphi, para divulgar aos clientes os produtos da fabricante de cabos de ignição, filtros, componentes de injeção eletrônica, bomba d´água e muito mais, que puderam conhecer melhor sobre a marca e as peças que fornece. Todos foram presenteados com chaveiros e brindes, além de receberem também informações sobre as ações sociais e ambientais que as oficinas do GOE realizam. Todas as oficinas do grupo GOE são Centro Autorizado Delphi (CAD) para solucionar questões de aplicação e garantia também. As oficinas foram decoradas com balões e banners promo-

A equipe da Megacar, durante a Semana GOE-Delphi

Os colaboradores da Peghasus, com a camisa da Syl

cionais. “Esta é uma parceria consistente e muito boa para as duas pontas do aftermarket, a indústria e o aplicador”, afirma Natal, da Megacar. “Além disso, para a Delphi, é mais uma for-

tubro, as oficinas do GOE fizerma ação especial de divulgação da marca Syl. Assim como ocorreu com a Delphi, todas as oficinas do grupo estiveram com camisas especiais, e foram distribuídos

ma de mostrar sua marca ao proprietário do carro e divulgar sua marca”, diz o reparador. Syl Já na semana de 4 a 9 de ou-

brindes Syl aos Clientes que tiveram aplicação de pastilhas e discos de freio em seu veículo. Mais uma vez foi feito um marketing direto entre fabricante, aplciador e proprietário do veículo.



22

EM FOCO

Novembro 2010

Bosch disponibiliza velas Super Plus na reposição A Bosch já disponibilizou para o mercado de reposição velas de ignição Super Plus dos modelos Sp 45 e Sp 46. As velas atendem as especificações técnicas dos veículos Fiesta 1.0l Flex; Fiesta Sedan 1.0l Flex; Focus 1.6l 16V Flex; Focus Sedan 1.6l 16V Flex; Ka 1.0l 8V Flex;

Fit 1.4l 8V Flex e Pajero TR4 2.0l 16V Flex . A vela Super Plus possui eletrodo-massa fabricado em liga de níquel-ítrio e conta com a novidade da cavidade em formato de “V”, denominada V-Groove (do termo “ranhura”, em inglês) - que facilita a igni-

ção sob quaisquer condições e garante partidas mais seguras e rápidas para carros movidos a gasolina, álcool, flex e Gás Natural Veicular (GNV). Outra novidade das velas Super Plus é a nova geometria especial no pé do isolador, que agora está mais fino. Esta nova

configuração confere à vela maior elasticidade térmica e permite atingir a temperatura ideal de trabalho em até dois segundos mais rápido que a vela convencional. Isto garante melhor rendimento em motores multi-

Div

ulg

açã

o

c o m bustíveis e redução do efeito de carbonização.

Belotta lança martelo Tec A Belotta lançou o novo martelo Tec, feito de cabo bi material e antideslizante, e que chama a atenção pelas cores. O produto também evita a vibração durante o golpe e é ergonômico, oferecendo conforto de uso. Além do martelo Tec, a Bellota conta também com o martelo Bola Belotta, utilizado na indústria mecânica, ferra-

CONSUMIDOR, EXIJA O PREENCHIMENTO DO NÚMERO DA SÉRIE DA MÁQUINA EM SEU DOCUMENTO FISCAL

Saiba onde comprar:

www.portercable.com.br ou 0800 703 4644

As ferramentas pneumáticas Porter Cable são projetadas para ajudar os profissionais do segmento automotivo a fazer seu trabalho melhor, mais rápido e com segurança total. Uma linha completa que não pode faltar em nenhuma oficina. É por isso que todo mundo prefere Porter Cable. Precisou de agilidade, está na mão: Porter Cable.

AF_AN_PorterCable1_14,8x19cm.indd 1

4/5/10 5:24 PM

mentaria, serralheria e caldeiraria para endireitar peças e chapas planas e côncavas. A empresa também produz o martelo de Nylon Bellota, fabricado com borracha especial para não deixar marcas na superfície.



24

em foco

Novembro 2010

Delphi oferece treinamentos em Piracicaba A Divisão Aftermarket da Delphi realizar até o fim do ano mais dois treinamentos para reparadores e aplicadores em sua oficina especializada, localizada na unidade de Piracicaba (SP),

onde também está localizado o Centro de Distribuição da companhia. Nos dias 25 e 26 de novembro, o treinamento será sobre Injeção Eletrônica e nos dias 2 e 3

Cobra participa de evento do Senai Ipiranga

de dezembro será Climatização. Os interessados em obter mais informações ou fazer inscrições devem entrar em contato através do Delphi Atende no 0800 0118135.

Empresa lança manuais sobre transmissões automáticas A Brasil Automático disponibiliza mais de 80 manuais em português, em formato impresso ou CD, sobre reparação de câmbios automáticos. Segundo a empresa, para produzir cada manual há um intenso trabalho de pesquisa

sobre as particularidades do sistema e a tecnologia empregada, com consultas em literaturas disponíveis em português ou outros idiomas. Além disso, os manuais passam por validação técnica, em que a Brasil Automático

adquire a transmissão em estudo e executa, passo a passo, todos os procedimentos descritos no texto. Mais informações pelo site www.brasilautomatico. com.br ou pelo telefone (11) 4227-6742.

A Cobra Rolamentos participou da Semana Tecnológica do Senai-Ipiranga, em São Paulo. A empresa promoveu as palestras “Desafio da profissão piloto”, com o piloto de Stock Car Nonô Figueiredo, e “Sincronismo de motores – procedimentos e tendências”, ministrada por um

técnico da Cobra Automotiva. As apresentações foram assistidas por alunos do Senai, instrutores e mecânicos convidados. Além disso, a Cobra expôs o carro da Stock Car usado por Nonô Figueiredo e um motor em funcionamento com as polias da empresa.



26

em foco

Novembro 2010

Com uma transmissão interativa no sistema da RTA – Rede Técnica Automotiva, realizada no último 7 de outubro, foi inaugurado oficialmente o Canal Corporativo JOHNSON CONTROLS – HELIAR, com um reunião de lançamento da tecnologia PowerFrame. A transmissão de inauguração da TV HELIAR teve a participação do diretor geral, Carlos Zaim; do vice-presidente para as Américas, Jaime Vargas; do diretor de aftermarket, Fábio Trigo; e do gerente de marketing da América do Sul, José Wilson Ranieri Júnior, além dos distribuidores da marca em todo o Brasil.

Segundo José Wilson Ranieri Júnior, a TV é uma ferramenta de comunicação interna, que tem como objetivo estreitar ainda mais o relacionamento da empresa com a cadeia de vendas. “Com ela, podemos realizar videoconferências e interagir, seja pelo canal de texto ou pelo de voz, com todos nossos parceiros em tempo real e simultaneamente. É um canal de comunicação de duas vias, onde nós e nossos distribuidores conversamos com maior freqüência e sem intermediários. Sem dúvida, é uma ferramenta de acesso rápido, que vai contribuir – e muito – para a nossa comuni-

cação”, destaca o gerente da Johnson Controls. A RTA – Rede Técnica Automotiva -, responsável pela gestão do Canal Corporativo – TV HELIAR, emprega neste sistema de treinamento e reuniões corporativas a nova tecnologia de sinal digital, cuja transmissão de vídeo e áudio é feita por meio do satélite Star One C1, que abrange todo o território da América do Sul, além de canal de voz e texto em linhas dedicadas para a interação com os pontos de recepção. A TV HELIAR abrange os distribuidores da marca com salas de videoconferência instaladas por todo o Brasil, inclusive

Divulgação

Heliar lança primeira TV corporativa no segmento de baterias

A partir da esq.: Fabio Trigo, José Ranieri Jr., Carlos Zaim e Jaime Vargas, conversam com distribuidores da marca em todo o Brasil durante a transmissão inaugural da TV HELIAR.

nas dependências da fábrica, na cidade de Sorocaba (SP), e realiza transmissões mensais a

partir do estúdio de TV, instalado em Alphaville, na grande São Paulo.



28

em foco

Novembro 2010

filtros de ar saturado eleva consumo em até 20%

Mineira é 1ª vencedora de concurso da Dayco

A MANN+HUMMEL, fabricante de filtros MANN-FILTER e Purolator Premium Plus, alerta para a necessidade de troca periódica dos filtros de ar, pois, quando saturados, provoca entupimentos, fazendo com que o motor tenha que fazer mais força para aspirar o ar, elevan-

A mineira Luceni Rosa de Oliveira, da Alinhauto de Monte Carmelo, foi a primeira ganhadora do “Concurso Pergunta Premiada” promovido pela Dayco, e levou para casa uma TV de LCD 42 polegadas. A promoção é voltada para mais de 30.000 profissionais da área (entre distribuidores, varejistas e aplicadores da marca). Além de Luceni, foram premiadas mais nove frases e os ganhadores foram Humberto dos Santos (Salvador – Servpeça), Almir C. dos Santos (Taguatinga – Planetas), Eugênio Fraga

do o consumo de combustível em até 20%. Segundo a empresa, isso possibilita ainda, dependendo da gravidade do caso, a entrada de impurezas que atingem de forma agressiva as peças móveis do motor como o anel de vedação, a biela, a bronzi-

na, o pistão etc. Além disso, a performance do automóvel é afetada, havendo perda de potência nas retomadas de velocidade. Assim, lembre-se sempre de verificar o filtro de ar do carro do cliente, e recomendar a troca sempre que necessário.

Filho (Santa Maria – Bassan Centro Automotivo), Adéliton M. de Souza (Colatina – Injecar), Valdemiro D. Gibin (Limeira – Gibin Auto Center), Fabrício H. Teixeira (Londrina – Mecbras), Túlio M. da Silva (Barueri – Oficina do Túlio), Rogério S. Silva (São Gonçalo – IVC Mecânica Automotiva) e Júnior G. Magela Silva (Patos de Minas – Dicave). O concurso escolhe por meio de jurados as melhores respostas para a pergunta “Por que trocar tensionadores e polias?” e terá continuidade até fevereiro de 2011.

HipperFreiosvende Matrix divisão de cilindros representa mais hidráulicos duas marcas A Hipper Freios vendeu a divisão de cilindros hidráulicos para a Freios Controil. Com a operação, a empresa foca agora seu expertise e reforça as linhas de disco de freio, tambor de freio, cubo de roda e pastilha de freio. Com uma linha de mais de mil itens, a Hipper Freios atende todo o território nacional e exporta seus produtos para mais de dez países da América Latina, Europa e Ásia.

O mercado de acessórios automotivos está aquecido com o aumento na venda de carros novos. De olho nesse mercado, a Matrix passou a representar mais duas marcas: o navegador Apontador GPS e a Selenium. A empresa já comercializa alarmes, vidros e travas elétricas, multimídia, falantes, amplificadores, antenas, engates, frisos, protetores de cárter, defletores e palhetas do parabrisa, entre outros acessórios.



30

em foco

Novembro 2010

Reparadores brasileiros visitam Automechanika, na Alemanha Bruna Paranhos

Três reparadores brasileiros foram à feira Automechanika, que aconteceu em Frankfurt, na Alemanha, em setembro. Lá, eles viram as novidades e as tendências de mercado para o futuro. Os visitantes brasileiros fizeram uma viagem internacional pela primeira vez. José Ricardo Nasser, da RJR Pneus e

Peças, José Fraga, da Poliservice, e Marcos Henrique Rizzato, da PiraVolks, são da rede Ecocar e foram a convite da Tecnomotor para o evento alemão. Já César Samos, da Mecânica do Gato, vai à feira desde 1998. José Ricardo Nasser, da RJR, de São José do Rio Pardo, comenta que viu muitas novidades tecnológicas. “O ferramental é muito superior ao que temos no

Brasil, como os macacos movidos a ar. Estou na expectativa de que os importadores tragam para cá”, afirmou. Como profissional, Nasser diz que a experiência foi singular e que percebeu que falta incentivo ao reparador independente. “Pude esclarecer muita coisa, conheci carros novos, com tecnologias avançadas e percebi que as concessionárias no exterior têm mais valor que o reparador independente e essas peças chegam primeiro para ele”, afirmou. Para Paulo Fraga, da Poliservice de Ribeirão Preto, a tecnologia híbrida dos carros europeus chamara a atenção. “Carros híbridos e tecnologia voltada à linha diesel são muito valorizados, e a Europa está muito a nossa frente nesse sentido. Tivemos contato com carros diesel com funcionamento e índice de poluição muito reduzido, é algo que deve se começar a

pensar aqui no Brasil comercialmente. Eles não devem demorar para chegar por aqui e os reparadores precisam preparar para trabalhar em carros híbridos, vai ser necessário”, disse. (Da esq. para direita) Os reparadores José

Fraga, Marcos Henrique Rizzato Paschoal Ferramentas Na linha ferramen- e José Ricardo Nasser na Automechanika tal, Fraga notou uma grande variedade de ferramenOutra novidade destacada tas chinesas. “Há muita novidade por Paschoal é o exaustor de e o mercado chinês de ferramen- escape usado nas oficinas, tas bem forte. Dentro da própria que é caro aqui, mas que lá é Mercedes-Benz alemã compra- muito utilizado, principalmenmos souvenirs “made in china”. te por ser ambientalmente Os produtos chineses estão correto. Profissionalmente, convivendo tranquilamente na Marcos afirma que tudo foi Europa”, ressaltou. As novidades um aprendizado. “Na Europa urdercar também impressiona- o acesso aos equipamentos e ram. “Sistemas de alinhamento às informações é muito mais mais fáceis, com aparelhos com- fácil”, finalizou. pactos, sofisticados e com nível de exatidão confiável chamaram Veterano minha atenção”, afirmou. O veterano César Samos O piracicabano Marcos Hen- disse que a tecnologia híbrida rique Rizzato Paschoal, da dos veículos chamou a atenPiraVolks, ressaltou a opor- ção, além da invasão chinesa tunidade de estar próximo à nas ferramentas. “Vi que nas realidade do europeu. “Carro ferramentas da China, pelo melá não é tratado como um Deus nos no visual, houve melhoras como aqui no Brasil e isso me significativas”. A dificuldade na impressionou”, disse. Marcos precisão dos scanners também destacou como novidade os foi sentida pelo reparador. “Os dinamômetros europeus. “Esse equipamentos não fazem tudo equipamento é caro aqui no o que o original das montaBrasil e lá é usado com muita doras fazem, principalmente freqüência pelos reparadores”, pelo travamento eletrônico nos afirmou Paschoal, ao comentar carros. Os reparadores europeus que a Tecnomotor em breve sentem as mesmas dificuldalançará um dinamômetro por- des que os brasileiros nesse tátil. “Muito bacana”, disse. sentido”.



32

em foco

Novembro 2010

São Paulo ganha nova oficina de câmbio automático

A Total Lubrificantes lançou no mercado o óleo lubrificante Quartz 5000 SM 15W40, multiviscoso, de alto desempenho para motores a gasolina e álcool de automóveis e pick-ups. O produto atende as especificações internacionais, do API (Instituto de Petróleo Americano) SM. Por ser de base sintética, o produto tem uma larga amplitude de viscosidade, satisfaz todas as condições de uso, em estradas e na circulação urbana, além de proteger as peças mecânicas por assegurar lubrificação imediata na partida. Além disso, tem aditivação detergente e dispersante, que preserva a limpeza das partes internas do motor, mesmo as mais sensíveis.

O colaborador do jornal Oficina Brasil e especialista em câmbio automático, Carlos Napoletano Jr., está em novo endereço e com nova oficina, a Clínica dos Automáticos.

Divulgação

Total lança lubrificante de alto desempenho

Novo produto tem aditivação detergente e dispersante

Localizada na rua José do Patrocínio, 296, no Centro de São Caetano do Sul, a nova oficina de Napoletano realiza serviços de suporte técnico e treinamento a reparadores, além de atender

também proprietários de veículos com câmbio automático. Mais informações por telefone (11) 2376-0686 e no site www.clinicadosautomaticos. com.br.

Forcecar apresenta novidades em bobinas automotivas Uma parceria exclusiva entre o Grupo Forcecar e a francesa Bougicord trouxe novidades ao reparador brasileiro. A marca europeia disponibilizou no mercado nacional três novos modelos de bobina de ignição para

os veículos das montadoras Audi, Citroën, Fiat, GM, Peugeot, Seat e Volkswagen. Para carros vendidos no Brasil, os pedidos podem ser feitos por códigos. Para modelos Peugeot 206 SW 1.4 16v e 206 1.4i, estão

disponíveis as bobinas BOG 154302. Para Fiat Stilo 1.8 16v, GM Astra 1.6 16v e Meriva 1.8 16v, o identificador é BOG – 156300. Os modelos Volkswagen Bora, Passat e Golf 1.8 (turbo) o número é BOG – 15-157500.



34

em foco

Novembro 2010

Volvo e Audi querem dobrar as vendas em 2011 Divulgação

Honda chama para recall do New fit e city

A Honda anunciou reccall dos modelos Honda City, chassis93HGM2660AZ100032 a 93HGM2620BZ110022 e New Fit, chassis 93HGE87709Z100001 a 93HGE6760BZ103544. No procedimento, a montadora aplicará gratuitamente uma proteção suplementar no

sensor do pedal do acelerador. O motivo é que em função do modo de limpeza interna do veículo, pode ocorrer a transferência de sujeira e detritos do assoalho para parte interna do sensor do acelerador e em casos extremos, isso pode provocar dificuldade em reduzir a

rotação do motor e levar a risco de acidente. Os proprietários dos veículos devem fazer agendamento online pelo site www.honda. com.br/reccall ou pela central 0800- 775-5346. O reccall se estenderá até 18 de abril de 2011.

A Volvo Cars Brasil espera atingir em 2011 um desempenho superior ao obtido no ano passado, quando registrou o expressivo crescimento de 96% e praticamente dobrou as vendas na comparação com 2008. Apoiada na combinação entre o lançamento de novos produtos – como o Novo S60, V60 e a linha R-Design para os modelos C30 e XC60 – e a ampliação da rede de distribuidores, a meta da empresa é atingir a marca de 5 mil unidades vendidas no mercado brasileiro no próximo ano. Audi Assim como a Volvo, a Audi também espera ven-

der mais em 2011. Com o mercado favorável e uma consolidada estratégia de negócios, a Audi Brasil deve encerrar as vendas deste ano acima da previsão. “Setembro foi um mês histórico para a Audi. Entregamos a nossos clientes 398 veículos, 129% a mais que em 2009”, disse o presidente da montadora, Paulo Kakinoff. Até o momento, a Audi emplacou 2.345 veículos e a previsão para o ano era comercializar 2.500 unidades, meta que deve ser superada já no próximo mês. Para aumentar a participação de mercado, a Audi acaba de lançar o compacto A1, que deverá ser responsável por 40% das vendas em 2011.





38

em foco

Novembro 2010

Produtos da mTe-Thomson ganham nova embalagen Para adequar as linhas de produtos e manter o mesmo padrão, a MTE-Thomson atualizou e modernizou todas as suas embalagens. Todos os produtos das linhas “Temperatura”, “Injeção”, “Lambda” e “Série Ouro” agora possuem o mesmo padrão de cores e leiaute, facilitando a identificação e a busca dos produtos. Com mais de 3.000 itens, a nova embalagem inclui a etiqueta de aplicação resumida para cada produto e nas Válvulas Termostáticas Série Ouro uma etiqueta AMARELA para diferenciar da válvula normal. A raspadinha do Programa Fidelidade Mecânico MTE está aplicada no corpo seguindo as cores conforme o produto. A garantia está impressa no interior da embalagem com todos os procedimentos e todos os telefones e e-mail de contato com a empresa.

Schaeffler forma nova turma do Projeto Formare O Grupo Schaeffler promoveu a formatura da 11ª turma do Projeto Formare, considerado a primeira franquia “social” do país. No total, 20 alunos completam o curso de Mecânico de Montagem de Produtos, sendo que 19 deles já estão empregados pela Schaeffler. Até hoje, a Schaeffler já formou cerca de 220 alunos no Projeto Formare, que teve início

na empresa em 2002, com o objetivo de promover a inserção social dos jovens das comunidades locais. O curso é realizado no Centro de Treinamento na própria Schaeffler, estruturado com oficinas e salas, além de contar com vários profissionais da empresa que ministram aulas como educadores voluntários durante o horário de trabalho.

SKF investe R$ 13,5 mi em produção no Brasil

Mais informações sobre os produtos já podem encontrados

pelo site:www.mte-thomson. com.br

A SKF investirá R$ 13,5 milhões no Brasil para a criação de uma nova linha de produção, em sua unidade de Cajamar (SP), destinada à fabricação de rolamentos de rodas automotivos HBU-2 com ABS integrado. O início das operações está previsto para setembro de 2011 e a nova linha de produção terá capacidade deverá atingir a marca de 2,1 milhões até 2014.

Com este investimento, a tecnologia de rolamentos de rodas automotivos HBU-2 com ABS integrado poderá ser aplicada por qualquer montadora brasileira. A Fiat foi a primeira a assinar contrato com a SKF. Além disso, a unidade de rolamento será utilizada nos modelos sedan, hatch, perua e pequena picape, com opção ABS dependendo do modelo do carro.



40

direito preventivo

Novembro 2010

A responsabilidade pelos serviços que oferece É o dever contraído pelo causador de um dano de assumir, perante a esfera pública, seja judicial ou extrajudicialmente, o prejuízo decorrente de seus atos. É a obrigação de dar, fazer ou não fazer alguma coisa, de Alessandra Milano Morais ressarcir ou reparar os danos ou advogada OAB/SP 168.797 prejuízos causados injustamente alessandra@advocaciamilanomorais.com.br a outrem, respondendo, assim, por seu ato danoso ou ilícito. Aproveitando, ato ilícito é a ação ou ATO ILÍCITO omissão voluntária, negligência, ou Alguém sob sua proteção/ Próprio agente imprudência vigilância que viola direito ou cauPREJUÍZO Moral sa prejuízo a Material alguém. Então, a responsabiRESPOSABILIDADE lidade pode

ser originada da prática de ato ilícito do próprio agente , que é obrigado a repará-lo, ou decorrer de algo alheio à sua vontade, mas de algum modo sob sua proteção e vigilância, por exemplo, ato de um funcionário. Não há responsabilidade se não houver prejuízo (material ou moral). Não há como se responsabilizar civilmente uma pessoa sem a prova real e concreta de uma lesão certa a determinado bem ou interesse jurídico. Responsabilidade Existem algumas medidas de precaução que devem ser tomadas pelo Reparador para evitar ser responsabilizado civil ou criminalmente caso haja um vício em algum serviço que prestou na oficina. São elas: - informar ao cliente, exata-

mente, qual o serviço que será executado; - discriminar todos os itens que serão verificados e quais serão trocados, para que o consumidor adquira um adequado discernimento a respeito do serviço; - certificar-se que o profissional responsável, que realizará o trabalho – seja um funcionário ou o próprio dono da oficina – tenha sido preparado para isso, treinado em escola de capacitação profissional e possua conhecimentos acerca das particularidades do sistema em que trabalhará, além de certificação que mostre sua competência nesse segmento; - que sejam seguidas as normas ABNT referentes ao serviço executado. As normas ABNT (Associação

Brasileira de Normas Tecnicas – www.abnt.org.br), são documentos técnicos que servem para uniformizar e aprovar produtos, processos, procedimentos e serviços. Apesar de não serem legalmente obrigatórias, elas descrevem as etapas a serem seguidas para a correta manutenção do veículo, dando respaldo legal e técnico para quem as executa. O objetivo da normatização ABNT é garantir a qualidade desejada pelo cliente. Dessa forma, conhecendo e seguindo as normas, a empresa reparadora deixará seu cliente satisfeito e estará de acordo com o que prevê o Código de Defesa do Consumidor, além de estar se enquadrando aos padrões internacionais referentes às atividades do setor. Até a próxima.


Faça revisões em seu veículo regularmente.




Parte 2 - Suzuki Intruder 125: A moto zero que parecia usada Paulo José de Sousa Consultor Técnico pjsou@uol.com.br

Na primeira parte da matéria comentamos os problemas ocorridos na motocicleta decorrentes da falta de revisão de entrega da concessionária vendedora. Agora, na finalização, vamos comentar detalhes importantes que refletem o nosso comprometimento com os clientes. Também vamos dar dicas para que haja um bom relacionamento entre as partes e com a comunidade. É importante ter em mente que não é porque o cliente comprou a moto nova que ele ficará satisfeito para sempre,

devemos quebrar este paradigma. A compra é apenas um início do que pode ser um feliz relacionamento ou um longo pesadelo para ambas as partes. O consumidor acredita que a moto nova significa zero problemas. Ledo engano. O controle de qualidade da fábrica pode falhar, mesmo quando no final da linha de montagem a motocicleta seja submetida a testes de várias modalidades. É bom ter em mente que apesar dos cuidados, toda motocicleta zero Km deve passar por uma boa revisão de entrega.

Para enriquecer a matéria solicitei junto ao fabricante o check list original da motocicleta, lamentavelmente até a finalização do trabalho eu não havia recebido nada e nem tão pouco um contato telefônico, então, por este motivo vou receitar uma lista de procedimentos que devem ser seguidos antes e durante a entrega da motocicleta. Portanto o check list foi baseado no manual do proprietário do modelo, e é apenas um lembrete. O reparador deve seguir rigorosamente o manual

de serviços de cada motocicleta e fabricante, e para quem não possui os manuais de serviços a dica é acessar a internet e baixar o que for de interesse. A informações devem ser seguidas com o objetivo de evitar incômodos aos usuários.

Folga da corrente de transmissão 25~35mm



Garantir a satisfação do cliente dever ser a nossa meta. Lições básicas para as oficinas • Realize sempre um check list de revisão antes da entrega da motocicleta; • Utilize ferramentas e equipamentos em boas condições e sempre os recomendados pelo fabricante do veículo; • No ato da entrega técnica da motocicleta explique todos os detalhes de funcionamento, as condições de garantia e a importância das revisões; • Não devemos medir esforços para superar as expectativas dos clientes; • Toda venda deve ter um acompanhamento, por isso após alguns dias é necessário entrar em contato com o cliente e ver se ele está satisfeito com o produto, a regra também vale para os serviços prestados. Todo contato é uma oportunidade de novos negócios; • Devemos entender que no mercado a competição é enorme, por isso o cliente tem sempre a oportunidade de comparar o produto e o serviço que oferecemos com as ofertas dos nossos concorrentes; • É mais saudável resolver os nossos problemas do que justificá-los; • O atendimento é tão importante quanto o conhecimento técnico de cada produto. • Antes de entregar uma motocicleta nova ou usada ao cliente devemos conferir todos os itens da lista

CHECK LIST - APÓS A MONTAGEM DA MOTOCICLETA BATERIA – ativar (completar com o eletrólito), medir a densidade e a tensão, carregar se necessário, limpar e instalar. SISTEMA ELÉTRICO – checar o funcionamento: farol, lanterna,luz de freio, iluminação de painel, piscas, buzina, indicador de marchas e etc.. ÓLEO DO MOTOR – checar o nível, completar se necessário, verif. Parafuso do dreno e bocal de abastecimento - Lubrax GP 20 W 50 API SG TANQUE DE COMBUSTÍVEL – checar tubulação, registro, vazão , limpar bocal e abastecer com gasolina de boa qualidade. ACELERADOR – checar o funcionamento dos cabos e se necessário ajustar- folga de 2,00 ~ 4,00mm EMBREAGEM – ajustar o cabo (folga padrão na alavanca de 10 ~ 15mm)e testar. DEMAIS CABOS DE CONTROLES, CHICOTE E FIAÇÃO – ajustar folga, passagens e posições. FREIO DIANTEIRO – verificar passagem do flexível, limpar o disco, checar quanto ao nível do fluído e o funcionamento. FREIO TRASEIRO- verificar funcionamento e folga do pedal ( 5 a 15mm) ARTICULAÇÕES- verificar funcionamento cavalete central, lateral e demais alavancas e lubrificar. CORRENTE DE TRANSMISSÃO – checar, ajustar e lubrificar se necessário.( folga padrão 25 a 35 mm) PNEUS – calibrar - dianteiro 25psi - traseiro 29 psi para uma pessoa ou 33 psi para duas pessoas. SUSPENSÃO DIANTEIRA – Verificar o funcionamento, vazamentos e fixações. SUSPENSÃO TRASEIRA – checar as regulagens de pré-carga da mola e realizar os ajustes se necessário. FIXAÇÕES – Fazer aperto geral de porcas e parafusos conforme conforme especificação de torque. AFOGADOR – checar o funcionamento se necessário revisar o sistema. CARBURADOR – checar e ajustar a marcha lenta se não der ajuste efetue a limpeza. FILTRO DE AR – checar a espuma e se necessário aplicar o óleo de motor. CHECK LIST - TEST DRIVE DA MOTOCICLETA CONTROLES – checar o funcionamento: acelerador, interruptor de ignição, PAINEL - checar funcionamento do velocimetro e conta-giros. INTERRUPTORES - “engine stop”, freios, pedal do câmbio, neutro e indicador de marchas. FAROL- ajuste a altura do facho do farol MOTOR – checar o sistema de partida, funcionamento normal do motor de arranque, engates de marchas e embreagem. VAZAMENTOS – verif. vazamentos de combustível, óleo, fluído de freio e gases do escape INSPEÇÃO VISUAL – verificar: a estética, a técnica e a limpeza da motocicleta. CHECK LIST - ENTREGA TÉCNICA DA MOTOCICLETA AO CLIENTE* APRESENTAÇÃO - apresentar a motocicleta ao cliente para diminuir a ansiedade. FUNCIONALIDADE – explicar ao cliente a forma de operar todos os comandos inclusive abertura da tampa do reservatório de gasolina, e etc... RETROVISORES – o ajuste é pessoal, porém o cliente deve posicionar os espelhos da maneira que obtenha um maior campo de visão. ATRIBUIÇÕES DO CLIENTE - explicar, mostrar no manual de proprietário os itens que a ser checados, ex.: óleo de motor, bateria e demais regulagens. Explicar detalhadamente as regras de segurança. Informar os direitos e deveres do cliente, certificando-se que há compreensão integral do assunto. REVISÕES – explicar quanto a importância das revisões periódicas e a obrigatoriedade das revisões de garantia e informar como funciona o agendamento na oficina ACOMPANHAMENTOS DA MOTOCICLETA- entregar o manual do proprietário devidamente prenchido, ferramentas e chaves da ignição COMPARTIMENTOS – demonstrar, como instalar as ferramentas originais na motocicleta. INSPEÇÃO GERAL– checar junto ao cliente quanto ao estado geral da motocicleta e nível de óleo do motor. DOCUMENTAÇÕES- entregar documentos e solicitar assinatura dos devidos termos e recibos. DESPEDIDA Obs.: local adequado*

Ajuste do cabo do acelerador

Nível do fluido do freio

Folga da Embreagem

Altura do facho do farol



Rino Liciani Jr. Tel: (19) 3867-0444 www.brubicar.com.br

A tecnologia aplicada nas motocicletas atuais é, sem dúvida alguma, fascinante, e está traçando um novo mercado na linha duas rodas. Vivendo neste universo de grandes e constantes mudanças tecnológicas, posso dizer que a velocidade das inovações é muito rápida, e as empresas têm investido cada vez mais em produtos com qualidade e sofisticação. Infelizmente, ainda são poucos os que investem para acompanhar essas implementações, porém, aqueles que já estão se preparando com equipamentos adequados e conhecimentos atualizados irão, sem dúvida, se sobressair neste mercado e garantir “um lugar ao sol” num futuro bem próximo. Como instrutor e consultor, tenho observado que muitos reparadores não dão a importância necessária quando o assunto é tecnologia, e por vezes, ouço comentários como “Injeção Eletrônica não é coisa para se preocupar agora; é coisa para daqui a cinco anos”. Enganam-se aqueles que pensam assim, pois há grandes possibilidades de que em cinco anos esses reparadores estejam fora do mercado. Assim como ocorreu na

Divulgação

Atento ao mercado de duas rodas

Curso de injeção eletrônica em motocicletas: reparador deve se atualizar desde já

linha de automóveis, com a introdução da injeção eletrônica, o mercado precisou obter rapidamente esclarecimentos sobre abordagem ao cliente, atendimento, métodos de trabalho, conhecimentos técnicos, etc. Agora é a vez desses assuntos serem direcionados para a linha de duas rodas. É fundamental que os reparadores estejam atualiza-

dos para poder oferecer serviços qualificados e confiáveis e as empresas de treinamento têm a obrigação de estarem “antenadas” às tendências de mercado, a fim de transmitirem essas informações aos reparadores. As motocicletas estão recebendo sistemas de gerenciamento eletrônico para controle de emissões, e cada montadora define o protocolo

e estratégias dos sistemas utilizados por elas. A Honda, líder de mercado, tem praticamente toda sua linha com injeção eletrônica; A Yamaha implementou melhorias no sistema de seus modelos que já eram injetados; a Dafra lançou seu segundo modelo que, além de injetado, traz um novo conceito em Scooter (Citycom 300cc) e a Kasinski, que está crescendo



e se consolidando cada vez mais no mercado, já conta com grandes investidores estrangeiros e hoje define o Brasil como n° 1 para futuros investimentos. A montadora inaugurou mais uma fábrica com Scooter elétrica da Kasinski modernidade suficiente para alnas com diferenças de estilo cançar os objetivos focados Naked e Sport. em qualidade e quantidade. Se observarmos, todas Trouxe para o Brasil a Scooter as montadoras de motocielétrica e tenham a certeza de cletas estão se preocupando que assim que o consumidor em manter em sua lista de enxergar o custo/benefício produtos modelos injetados desse tipo de veículo ocorrerá que atendam às normas de uma explosão nas vendas. É emissões. Ou seja, o que ansó identificar o foco de uti- tes era uma tendência, hoje lização a que este veículo se é uma realidade e também destina. uma prioridade para atender A Shineray, ainda muito o mercado. tímida no mercado nacional, E assim será na reparação: está entrando com dois novos a necessidade de informação modelos injetados, a XY 200- não será daqui a cinco anos, 5 e a XY 200-5 - praticamente mas é para já! a mesma motocicleta, apeAcredito que, em curto

Na oficina, o uso do scanner para ler os parâmetros da injeção eletrônica já é uma realidade

espaço de tempo, a maioria dos modelos circulantes em nossas ruas será injetada.

Basta observar o crescimento de motocicletas novas em nossa frota.

Fica um alerta para aqueles que acham que daqui cinco anos ainda há tempo para começar.



NOVAS NA REDE Oficinas aprovadas

www.oficinabrasil.com.br/agendadocarro

São Paulo ganha Guia de Oficinas São mais de 450 reparadoras mecânicas, extraídas do Programa Agenda do Carro, parceria entre o Grupo Germinal e o site WebMotors Os proprietários de automóveis do Estado de São Paulo contam com mais uma comodidade na hora de procurar uma oficina mecânica. Acaba de ser lançado o Guia de Oficinas da Agenda do Carro – Estado de São Paulo, catálogo impresso que tem como base as reparadoras listadas no Programa Agenda do Carro, parceira entre o Grupo Germinal e o site WebMotors, para incentivar a prática da manutenção preventiva entre os proprietários de automóveis. No formato A5 (148mm x210mm) – ideal para guardar no porta-luvas, o guia conta com 451 oficinas localizadas no Estado de São Paulo, organizadas por regiões da Capital, Grande São Paulo e Interior. Traz ainda informações sobre serviços que as oficinas realizam, endereço, telefone e formas de pagamento, além de dicas de manutenção de como cuidar bem do carro. Busca de Oficinas A base do Guia de Oficinas é o Busca de Oficinas do Programa Agenda do Carro, hospedado no site da Agenda do Carro (www. agendadocarro.com.br) ou ainda pelo link ‘Manutenção do Seu Veículo’ do site WebMotors (http:// www.webmotors.com.br). Ao todo são mais de 1.000 oficinas referenciadas em todo

o Brasil, a partir de um processo de avaliação técnica realizada por especialistas das empresas patrocinadoras do Programa Agenda do Carro: Dayco, EcoCar, Heliar, Osram, Sabó, MTETHOMSON e Valeo. “Trata-se das oficinas mais bem preparadas do País e referenciadas por grandes fabricantes do setor automotivo”, afirma o diretor do Grupo Germinal, Eduardo Foz. O Busca de Oficinas está disponível gratuitamente para todos os internautas, que podem, inclusive, acessá-lo pelo celular

(m.webmotors.com.br). Na internet, o motorista seleciona a oficina por Estado, Cidade e Bairro, e visualiza os serviços oferecidos, o telefone de contato e detalhes das diferentes formas de pagamento, além da opção de enviar um e-mail para a oficina. Check-list Como forma de incentivar a manutenção preventiva, o Programa Agenda do Carro disponibiliza, gratuitamente, o download de um check-list para impressão. O internauta pode imprimir o documento e levar para uma oficina participante do programa. Além disso, uma cópia do check-list está disponível na terceira capa do Guia de Oficinas Agenda do Carro – Estado de São Paulo. Onde encontrar O Guia de Oficinas Agenda do Carro – Estado de São Paulo está disponível para download gratuito em arquivo PDF no site da Agenda do Carro. No futuro, serão lançados outros guias, dos demais estados brasileiros. Em breve, estará disponível também um aplicativo com o Guia completo para todos os telefones com tecnologia 3G.

Cidade

Estado

Pare e Repare Serviços Automotivos

Mirandopolis

SP

Machado Pneus

Holambra

SP

Carburato Peças e Serviços

Tatuí

SP

Toyócar Serviços Automotivos

São Paulo

SP

Alternativa 4x4

São Paulo

SP

Centro Automotivo Paris - Dacar

São Paulo

SP

Oficina Mecânica Bimmer

São Paulo

SP

Auto Mecânica WM

São Paulo

SP

Oficina Rally

Cosmopólis

SP

Check Up Automotivo

Nova Friburgo

RJ

Auto Center Roberto Lubrificantes

Rio de Janeiro

RJ

Lumatel Eletromecânica

Mesquita

RJ

Barão Auto Center

Paranagua

PR

Oficina S/A

Londrina

PR

Motorkar

Ponta Grossa

PR

Gonçales GD Serviços Automotivos

Apucarana

PR

Injecar Auto Center

Guaira

PR

Renova Serviços Automotivos

Serra

ES

Alinhacar Reparação Automotiva

Vitória

ES

Alfa Pneus

Alfenas

MG

Apa Centro Automotivo

Amambai

MS

Mecânica Douber

Joinville

SC

Classic Auto Center

Parobé

RS

Beto Reguladora

Brasilia

DF

Pare e Repare Serviços Automotivos

Mirandopolis

SP

Machado Pneus

Holambra

SP

Carburato Peças e Serviços

Tatuí

SP

Toyócar Serviços Automotivos

São Paulo

SP

Alternativa 4x4

São Paulo

SP

Centro Automotivo Paris - Dacar

São Paulo

SP

Oficina Mecânica Bimmer

São Paulo

SP

Auto Mecânica WM

São Paulo

SP

Oficina Rally

Cosmopólis

SP

Check Up Automotivo

Nova Friburgo

RJ

Auto Center Roberto Lubrificantes

Rio de Janeiro

RJ

Lumatel Eletromecânica

Mesquita

RJ

Barão Auto Center

Paranagua

PR

Oficina S/A

Londrina

PR

Motorkar

Ponta Grossa

PR

Gonçales GD Serviços Automotivos

Apucarana

PR

Injecar Auto Center

Guaira

PR

Renova Serviços Automotivos

Serra

ES

Alinhacar Reparação Automotiva

Vitória

ES

Alfa Pneus

Alfenas

MG

Apa Centro Automotivo

Amambai

MS

Mecânica Douber

Joinville

SC

Classic Auto Center

Parobé

RS

Beto Reguladora

Brasilia

DF

Pare e Repare Serviços Automotivos

Mirandopolis

SP

Machado Pneus

Holambra

SP

Carburato Peças e Serviços

Tatuí

SP

Toyócar Serviços Automotivos

São Paulo

SP

Alternativa 4x4

São Paulo

SP

Centro Automotivo Paris - Dacar

São Paulo

SP

Oficina Mecânica Bimmer

São Paulo

SP

Auto Mecânica WM

São Paulo

SP

Oficina Rally

Cosmopólis

SP

Check Up Automotivo

Nova Friburgo

RJ

Auto Center Roberto Lubrificantes

Rio de Janeiro

RJ

Lumatel Eletromecânica

Mesquita

RJ

Barão Auto Center

Paranagua

PR

Oficina S/A

Londrina

PR

Motorkar

Ponta Grossa

PR

Gonçales GD Serviços Automotivos

Apucarana

PR

Injecar Auto Center

Guaira

PR







58

técnicA

Novembro 2010

técnicA

Colaborou com este artigo Alexandre Pandolfi Peres Alekareka Assistência 24 Horas alekarekaassistencia@hotmail.com Alekareka é consultor técnico e ministra cursos sobre eletrônica embarcada

Parte 8 - De maneira simples aprenda parte elétrica Dando seqüência a esta série de matérias sobre o be a bá da parte elétrica, falaremos agora sobre relés. Como funcionam, onde ficam e para que servem. Ao olhar uma base de fusíveis com vários relés, você se pergunta qual é o acessório que estes relés estão auxiliando. Olha e não encontra nenhuma identificação. Você abre o capô lá tem mais relés, também debaixo do porta luva, nas laterais e etc. E quando precisamos localizar os relés da ventoinha de alta e baixa velocidade,

bomba de combustível, dentre outros, alguns deles ficam na base de fusíveis, outros ao lado da bateria, próximo ao motor e outros ao lado da central do módulo de injeção. Mesmo com a prática não temos muita informação sobre os relés, pois são muitos. Então vamos a algumas dicas de funcionamento e identificação: O relé auxiliar é um amplificador de corrente. Isto é, através de uma pequena corrente fluindo na bobina que está conectada aos terminais

85 e 86 do relé é possível controlar uma corrente de até 70 ampères, dependendo do tipo e aplicação do relé, nos contatos 30 e 87. Utiliza-se o terminal 30 como entrada de sinal positivo da bateria, passando pela base de fusível, e o terminal 87 como saída para o acessório. A bobina não tem polaridade, isto é, qualquer um deles pode ser entrada negativa ou positiva proveniente de uma linha 15, pós chave. Algumas montadoras trabalham com o terminal 86 da bobina recebendo sinal da

linha 15 pós chave e outras o 85, mas isso é fácil identificar com uma simples lâmpada de teste, exceto alguns relés auxiliares especiais que possuem diodo de proteção, nesse caso o terminal 86 é pós chave, linha 15 e o terminal 85 é negativo. Lâmpada de teste 12V Dica Importante: Nunca teste alimentação de bomba de combustível e ventoinha com multímetro e nem com caneta de polaridade. Já peguei vários casos em oficinas em que o reparador mesmo


TÉCNICA

Novembro 2010

Ligação do relé auxiliar:

utilizando Scanner, multímetro e lâmpada de polaridade sem encontrar o defeito. Com essa lâmpada de teste descobri no ato o que acontecia. O multímetro marca os 12V e a lâmpada de polaridade acendia a luz vermelha indicando que havia corrente. Mas que era na verdade um retorno de corrente. Para identificar o acessório que um relé auxiliar esta operando é muito fácil, basta fazer um jump entre os terminais 30 e 87, assim o acessório que ele estiver operando irá ligar. Antes de fazer o jump, verifique se há alimentação com a lâmpada de teste 12V. Desta forma você irá identificar para que serve o relé que você tirou da base de fusível. Atenção: Esse teste só ser-

ve para relés com essa numeração de terminais, mais para frente vamos aprender sobre os relés temporizadores das travas e vidros elétricos. Na parte elétrica de um automóvel, não importa as cores dos fios ou dos reles, nem onde ficam, o que importa para nós é saber como funciona. Eu já fiz vários chicotes com todos os fios azuis, pretos, etc., então vamos nos apegar a aprender a identificá-los. Referente à lâmpada de teste 12V, como algumas pessoas falam que queima módulo, não é verdade, e lógico, um leigo queima até trocando uma bateria. O Profissional sabe onde pode trabalhar com a lâmpada de teste 12V e onde deve utilizar a caneta de polaridade.

30 =Corrente direto da bateria 86 =Pós chave - linha 15 85 =Negativo, passando por uma chave liga e desliga, que pode ser o próprio modulo, cebolão, sensores, chave de seta ou até por outro rele, por exemplo, relé de potência. 87 =Saída para o acessório, por exemplo, buzina, Ventoinha, farol, Bomba de Combustível, Ar condicionado e etc.

Toda vez que ligar um relé, as alimentações de corrente tem que passar pela base de fusível ou por um porta fusível externo (foto).

59


60

téCniCA

Novembro 2010

Dicas sobre o módulo do Chrysler Stratus V6 Andre Luis Bernardo e Albino Buzolin Filho Especialistas em reparo de módulos automotivos (19) 3284-4831 www.designmecanica.com.br contato@designmecanica.com.br

Placa do Stratus ainda com gel

Abordaremos nesta edição o sistema de injeção eletrônica do Chrysler Stratus V6 com e sem code, que apresenta bastante problema no módulo de injeção por conta do gel protetor que é utilizado na caixa da ECU. Os problemas ocorrem pelo simples fato de o nosso clima ser bem mais quente do que o dos Estados Unidos. A cada variação de temperatura, esta massa comprime e expande. Além disso, apesar de ser um veículo com bastante idade em nosso pais, muitas pessoas desconhecem seu funcionamento. Assim, apresentaremos alguns detalhes por nós diagnosticados até este momento. Este veículo apresenta distribuidor, em que é possível extrair sinal de fase, proveniente de um sensor localizado dentro dele. Possui também um amplificador de sinal da faísca e bobina, sendo transferida a faísca através da tampa pra os demais cabos. É preciso tomar muito cuidado ao diagnosticar este veí-

A mesma placa sem gel de proteção

culo porque ele possui algumas características diferentes da que conhecemos. Quando medimos a tensão de alimentação no sensor de rotação (pinos B44 e B43) temos de medir também a tensão em torno de 8 volts e não 12 volts ,como acontece nas maiorias dos carros nacionais. O mesmo teste aplica-se quando medimos o sensor de fase (pinos B44 e B43). Eles têm de apresentar a mesma alimentação do sensor de rotação, em torno de 8 volts entre os dois terminais. O retorno do sensor de rotação para o módulo dá-se pelo pino A32, e do sensor de fase, pelo pino A33, conforme mostrado na figura 1. É importante observar que nunca se deve aplicar 12 volts nos fios destes sensores, pois do contrário pode-se danificar o módulo. Outro defeito característico deste veículo apresentase no momento que viramos a chave de ignição e a luz do painel (check engine) não acende. Neste caso, procedemos da seguinte

forma: medimos a alimentação blema é dentro da central de do módulo (pinos A10 ,B47 e injeção. Já houve um caso aqui B50) onde iremos visualizar terra. na oficina em que tínhamos 4,6 Em seguida, medimos a ten- volts na saída do módulo. Medisão no pino B46 onde teremos mos e isolamos os dois sensores 12 volts contínuo. O próximo e foi constatado também que era passo é medir a tensão no pino problema na central da injeção. A20, onde encontraremos 12 Este módulo apresenta mais volts quando virarmos a chave de uma característica que é o conignição. Se todas estas condições trole da carga do alternador. As estiverem conforme comentado centrais de injeção com conector anteriormente, o problema é no preto no módulo identifica que módulo de injeção havendo a ele é sem code, e com conecnecessidade de reparo ou troca. tor cinza, é com code. Possui É preciso lembrar que não exis- controle ventoinha alta e baixa, te mais módulo novo para este comandadas pelo módulo. veículo, há somente recondicionado pelo fabricante, que é a Mopar. Outro defeito comum nesta central é que não sai a tensão de 8 volts para os sensores de rotação, sendo que o pro- A tensão correta neste sistema é de 8V e não 12V



62

Novembro 2010

técNica

Parte 3 (Final) - Diagramas elétricos do Novo Uno Fire Evo 1.0l e 1.4l 8v Flex

Colaborou com este artigo Válter Ravagnani Esta dica foi retirada da enciclopédia automotiva Doutor-ie. Para saber mais sobre a enciclopédia ou sobre a consultoria técnica automotiva prestada pela Doutorie, ligue para (48) 3234 6781 ou visite a loja virtual www.doutorie.com.br

Finalizando a série de matérias sobre os diagramas do novo Fiat Uno, apresentamos a seguir os diagramas dos seguintes sistemas: alarme e travas, sonorização e vidros elétricos. Na próxima edição, devido ao grande número de solicitações, apresentaremos os diagramas e particularidades de uma caminhonete com motor eletrônico diesel. Até lá.


tĂŠcnica

Novembro 2010

63




66

técnicA

Novembro 2010

Sistema de freio antibloqueante (ABS) Mitsubishi Pajero 2000 Colaborou com este artigo Pedro Luiz Scopino, proprietário da Auto Mecânica Scopino, consultor do jornal Oficina Brasil, vicepresidente da AESA-SP e integrante do Grupo GOE

Neste nosso encontro mensal, o vigésimo quinto sobre ABS, iremos abordar o sistema utilizado na linha Mitsubishi Pajero, com uma aplicação mundial, muitas vezes utilizando o nome de Montero. Neste sistema teremos variáveis em relação ao tipo de tração utilizado, e ainda com ou sem o controle de tração ESP. O sistema ou programa eletrônico de estabilidade (ESP) corrige eventuais falhas de dirigibilidade, mantendo o veículo com uma condução segura, alterando a pressão de freio em determinada roda para correção de uma possível derrapada. O sistema tem no mesmo controle do freio ABS, uma programação específica que tem a capacidade de processar e interpretar o comportamento do veículo através dos mesmos sensores do ABS e um sensor de ângulo de inclinação. É mais um complemento de ações que a eletrônica faz para melhorar ou corrigir a direção do veiculo. Assim, vamos aos detalhes do Pajero ano 2000. Alimentação elétrica O aterramento da ECU de 52 pinos é feito pelos terminais 12,

25, 26 e 42. A linha 30 de alimentação elétrica é pelos pinos 31 e 13. A linha pós-chave de ignição chega ao pino 50 após passar por um fusível F5 de10A. Estes fusíveis de proteção estão na caixa auxiliar dentro do vão do motor, identificados na tampa plástica de fechamento. Componentes Unidade eletrônica Com 52 pinos, tem a possibilidade de ter ou não a unidade ESP incorporada. Localizada próximo ao cilindro mestre de freio apresenta bom espaço de trabalho, testes e manutenção. Faz a ligação dos sinais de entrada como alimentação elétrica, interruptor de pedal, quatro sensores do tipo indutivo, comunicação com o painel de instrumentos e comanda os atuadores do sistema: as solenóides de retenção ou diminuição de pressão, e bomba de recalque. ECU Pinos/Sistema Pajero Aterramento 12 – 25 – 26 – 42 Positivo 31 – 13 – 50 Unidade hidráulica

Trabalhando de forma incorporada à unidade eletrônica, tem seis tubos de ligação hidráulica, sendo dois tubos de alimentação do cilindro mestre e mais quatro tubos de ligação com cada um dos circuitos hidráulicos das rodas. Temos, portanto, um sistema do tipo 4S4K, com quatro sensores e quatro canais de controle. A bomba hidráulica é comandada pela Unidade através do relé interno na unidade eletrônica. Quando aplicado com controle de tração teremos duas solenóides a mais que os sistemas sem o ESP. As dez solenóides estão dentro e são moduladas pela unidade hidráulica: • Controle ESP • Controle ESP • Isolamento traseira direita • Diminuição traseira direita • Isolamento traseira esquerda • Diminuição traseira esquerda • Isolamento dianteira direita • Diminuição dianteira direita • Isolamento dianteira esquerda

• Diminuição dianteira esquerda Sensores Temos quatro sensores identificados em cada uma das rodas do tipo indutivo, e com roda dentada junto a cada cubo de roda. Como o controle é individual fica mais fácil a identificação e comparação de valores em cada roda do veículo. Os sensores estão ligados à ECU eletrônica da seguinte forma: Dianteiro direito – pinos 10 e 23 Dianteiro esquerdo – pinos 07 e 20 Traseiro direito – pinos 08 e 21 Traseiro esquerdo – pinos 09 e 20 Comentários A Pajero tem várias versões dependendo do ano, tamanho e modelo. O sistema ABS também apresenta variações sendo cada vez menos, mais rápido e eficiente. O foco da nossa matéria foi o ABS aplicado no ano 2000 até 2002. A dica mais interessante neste sistema de controle de freio


técnica

é relação ao diagnóstico de falhas, e quantidade de água ou simplesmente umidade acumulada no conector da

Novembro 2010

ECU eletrônica, gerando mau contato e acendimento repentino e sem falha relacionada da lâmpada de anomalia no

67

painel. Chamo a atenção para um diodo instalado entre o relé de alimentação e o pino 50 da ECU.

GA-0002-10J - An 10x27.indd 1

22/10/10 17:34


68

téCNiCa

Novembro 2010

Parte 6 – Procedimento para reparo na caixa automática 4L30E (GM Omega e BMW Série 3)

Colaborou por este artigo, Carlos Napoletano Neto Especialista em transmissões automáticas e-mail: contato@clinicadosautomaticos.com.br telefone: (11) 2376-0686

conforme mostra a figura 1.

anel trava do pistão do acumulador 3-4 (49) conforme indicado pela figura 2.

quete de 10 mm conforme mostrado na figura 3. Gire a transmissão 180 graus na posição vertical com a extensão traseira voltada para cima.

Dando continuidade à seria de matérias sobre a transmissão 4L30-E, utilizada nos veículos Omega até 1998, BMW Série 3 importados dos Estados Unidos e Honda Passport, seguiremos com a montagem e os cuidados a serem tomados por parte dos técnicos reparadores, para um perfeito funcionamento desta transmissão automática. Instale o compressor da tampa do acumulador 3-4 na carcaça intermediária,

Aperte o parafuso do dispositivo e comprima da tampa do acumulador (48). Utilizando um alicate de travas apropriado, instale o

Coloque somente com as mãos o parafuso de fixação do tubo de enchimento (51) e aperte-o utilizando o cabo manivela e uma chave so-

Instale a junta da carcaça da extensão (56), engrenagem motriz do velocímetro (58), e engrenagem impul-

Figura 1

Figura 2

Figura 3

Figura 4

NOTA: Certifique-se que a ferramenta compressora esteja instalada corretamente alinhando o pino localizador no furo da carcaça e apertando a borboleta do dispositivo na rosca do parafuso de fixação do tubo de enchimento.

Remova o dispositivo compressor. Instale o anel vedador do tubo de enchimento (50) na carcaça principal (54).

Instale a engrenagem trava do “park” (55) no eixo de saída conforme indica a figura 4.



70

técnica

Novembro 2010

Figura 5

sora do sensor de velocidade (57), conforme indicado pela figura 5. NOTA: A engrenagem motriz do velocímetro poderá não ser utilizada em todas as versões desta transmissão (58). Instale o conjunto da extensão (59) na carcaça principal (60) conforme indica a figura 6. NOTA: A haste atuadora (61) deverá ser posicionada em “park” para que a garra de estacionamento e sua respectiva mola dentro da carcaça estejam aplicadas. (figura 6). Instale os 7 parafusos que fixam a extensão (62) e aperte-os utilizando o torquí-

Figura 6

metro e uma chave soquete de 14 mm. Instale o flange do eixo de saída (64) ao eixo de saída e posicione a porca com a mão (63). Aperte a porca de fixação do flange do eixo de saída(63) utilizando o cabo manivela e uma chave soquete de uma polegada e meia conforme mostra a figura 8. NOTA: Posicione a alavanca seletora de marchas na posição “park” (posição totalmente para baixo). Isto irá travar o eixo de saída e evitar que ele gire ao apertar a porca do flange de saída. Instale o conjunto da engrenagem motriz do velocímetro (66) ao conjunto da extensão (65) conforme

Figura 7

indicado pela figura 9. Fixe o conjunto do velocímetro (66) ao conjunto da extensão (65) com um parafuso (67), utilizando o cabo manivela e uma chave soquete de 10 mm. NOTA: Para verificar a correta instalação do conjunto motriz do velocímetro gire o flange de saída e o eixo do velocímetro deverá girar livremente dentro do conjunto. Instale o sensor de velocidade (68) e o anel o-ring (69) ao conjunto da extensão (65) conforme mostrado na figura 10. Fixe o sensor de velocidade (68) ao conjunto da extensão (65) com um parafuso (70) utilizando o cabo manivela e uma chave soquete de 10 mm.

Gire a transmissão para a posição horizontal, com o cárter voltado para cima. Instale o posicionador do pistão do servo no alojamento do servo. NOTA: Certifique-se que a cinta do freio esteja posicionada corretamente antes da instalação do servo. Gire o eixo de saída se necessário e com o auxilio de uma chave de fenda empurre a cinta para a frente até que o furo na cinta esteja alinhado com o alojamento do servo. Instale a haste de aplicação do pistão do servo (72) com o lado redondo voltado para a carcaça, mola de retorno do pistão do servo (73) e o conjunto do pistão do servo (71) no dispositivo posicionador do pistão conforme mostra a figura 11. Instale o compressor da tampa do servo conforme mostrado na figura 12. Comprima o pistão do servo(71) girando o manipulo da ferramenta no sentido horário.


técnica

Figura 8

Utilizando um alicate apropriado, instale o anel trava na tampa do pistão do servo (74). Remova o compressor da tampa do servo e o dispositivo posicionador do pistão do servo. NOTA: Ressalto da ferramenta voltado para a traseira da carcaça. Instale as duas esferas de controle (75) nas passagens hidráulicas da carcaça da transmissão conforme indica a figura 13. Posicione o conjunto do corpo de válvulas principal (78) na carcaça (79) conforme

Novembro 2010

Figura 9

Figura 10

indica a figura 14, conectando a haste da válvula manual (77) à válvula manual (76) e encaixando o corpo de válvulas (78) em seu lugar. NOTA: A válvula manual deverá estar estendida, pois o lado mais curto da haste da válvula manual está conectado à alavanca seletora de marchas, e seu lado mais longo vai conectado à válvula manual.

Figura 11

No próximo número, daremos seqüência à montagem final da transmissão 4L30-E atendendo aos cuidados necessários para um trabalho sem retorno. Até lá!

Figura 13

Figura 12

Figura 14

71


72

consultor ob

Novembro 2010

consultor ob – EspEcial suspEnsão

parte 3 - os diferentes tipos de suspensão: Eixo rígido e eixo de torção Nos modelos que serão apresentados neste capítulo, o eixo é o principal item da suspensão, por isso o nome está relacionado ao tipo construtivo dos mesmos. Os dois modelos são de simples construção e também de compreensão de seu funcionamento, mas nem por isso deixam de ser eficientes nos casos onde são empregados, e muitas vezes levam vantagem sobre sistemas mais complexos, claro respeitadas às limitações de uso. O eixo rígido é o mais antigo sistema de suspensão, desde as aplicações em charretes e outros tipos de transporte não motorizados de carga e pessoas, assim não podiam ser diferentes nos primeiros veículos motorizados, permanecendo assim por longos anos até aparecerem os sistemas independentes e semi-independentes. Sua principal desvantagem e o motivo de criticas quando aplicado em suspensões de veículos modernos esta relacionado à

Fotos: JP Magazine

Marco antonio silvério Junior

A grande vantagem do eixo rígido é a robustez

Nos modelos off-road o eixo rígido é utilizado também na dianteira

grande massa não suspensa, que como citado na parte dois desta série, exige elementos de ligação mais robustos, como buchas e bandejas, o que torna o conforto limitado. Por isso nos veículos de característica mais luxuosa, são adotados sistemas de suspensão independente, conhecidos como IRS - Independent Rear Suspension (Suspensão Traseira Independente). Nos veículos com tração traseira, o sistema IRS exi-

Outros veículos com números ainda mais altos como os 70kgfm e quase 2t de um Ford Mustang GT500, não tem grande demanda de conforto, o requisito mais desejado é a forte aceleração e robustez, típico gosto Norte Americano, então os eixos rígidos se tornam uma excelente opção, por reduzirem drasticamente os custos e constantes manutenções. O porém ficaria por conta da capacidade de contornar cur-

ge grande desenvolvimento e peças de altíssima qualidade com relação aos elementos de ligação e, principalmente, dos elementos de transmissão, que nos veículos onde costumam serem aplicados, como BMW e Mercedes-Benz, suportam torques acima de 30kgfm para ‘empurrar’ cerca de 1,5t, mas podem chegar a mais de 60kgfm e 2,3t como em uma SUV Mercedes-Benz ML63 AMG que acelera de 0 a 100 Km/h em 5s.

vas, onde certamente um bem desenvolvido sistema IRS daria mais conta do recado, mas uma análise mais cuidadosa fará ver que apenas pilotos experientes e em pistas apropriadas conseguem levar uma suspensão de eixo rígido moderna ao limite, e ainda assim existem diversas possibilidades de ajuste, para melhorar o desempenho como instalar barras estabilizadoras e modificar a carga das molas e amortecedores, o que as tornam


Consultor oB – EspECial suspEnsão até mais eficientes que algumas IRS pouco ou mau desenvolvidas. As maiores desvantagens são a rolagem da carroceria e controle da cambagem em curvas, que implicará mais na forma da ‘tocada’ do carro do que com o desempenho em si, vejamos o exemplo dos modernos Mustang’s que competem na categoria GT4 e fazem bonito com um moderno eixo rígido na traseira. Atualmente temos em produção no Brasil apenas picapes com eixo traseiro rígido e foras de estrada como o Troller que os possuem também na dianteira. Tivemos no passado ‘carrospônei’ como o Maverick e o Opala, que quando substituído pelo Omega passou a ter suspensão traseira independentes. Tivemos também o pequeno Chevette, além dos Jipes e picapes que em alguns casos tinham também o eixo dianteiro rígido. A preferência de quem pratica Off - Road pesado é por esse tipo de eixo, alegando maior robustez e capacidade de transpor obstáculos. Neste tipo de suspensão normalmente são encontradas molas helicoidais ou feixes de mola que quando utilizados também servem de elementos de ligação que são as bandejas dos sistemas dotados de molas helicoidais. Para controlar o deslocamento transversal da carroceria nos veículos que não utilizam feixe de molas é utilizada a chamada ‘Barra Panhard’ ligada do eixo a carroceria diagonalmente, mas ainda permite a rolagem da carroceria e um leve deslocamento lateral em relação ao eixo quando há oscilação do piso em curvas fazendo a traseira balançar, onde é necessária malícia do motorista para manter a calma e o controle do veículo. Melhorias no sistema Existem as chamadas Watt’s Link, que substituem a barra Panhard e permitem um melhor controle da rolagem sem permitir o deslocamento lateral entre o eixo e a carroceria. Para melhorar e desempenho e aumentar as possibilidades de acerto nos veículos de competição também podem ser utilizados sistemas

Novembro 2010

73

Watt’s link, que leva o nome do inventor, pode ser utilizada para substituir a Barra Panhard e melhorar o desempenho da suspensão

Exemplo de adaptação de um sistema Four-link (quatro elementos de ligação) e Three – link (três elementos de ligação)

‘four-link’ ou ‘three link’, ou seja, quatro ou três pontos estratégicos de fixação. Também existem diversos kits de adaptação para instalar suspensão independente no lugar do eixo rígido, porém exigem grande perícia tanto do instalador quanto do piloto para conseguir superar o desempenho anterior. Nem o kit IRS fornecido pela própria Ford é bem visto por preparadores mais experientes, pois foi desenvolvido para ser plug and play (perfeitamente adaptável no lugar da original utilizando as mesmas fixações) então possui um sub chassis que limita o acerto da geometria de suspensão. Seguindo a linha de pensamento onde o simples pode ser melhor seguimos para o eixo de torção, largamente utilizado na traseira de hatches e sedãs compactos vem sendo usado também em sedãs médios como o Toyota Corolla e Chevrolet Vectra, opções a primeira vista medíocres que aparentam mera economia da montadora, mas se mostram muito eficientes e poupam o bolso do proprietário na hora da manutenção, pois possuem menos pontos de ligação que podem apresentar problemas. A suspensão do Vectra B ficou famosa pelas buchas hidráulicas que tornava cara a manutenção da suspensão traseira, enquanto a suspensão do novo Vectra assim como num VW Gol possuí poucas probabilidades de quebra. A maioria dos veículos que tivemos no Brasil com suspensão

independentes, principalmente em modelos europeus mal adaptados a nossa realidade. Ao rodar em condições normais em um Honda New Civic e no novo Toyota Corolla, praticamente não se percebe diferença de comportamento em relação a conforto ou estabilidade,

traseira independente foram modelos Europeus com pouca ou nenhuma tropicalização, portanto eram frágeis ao nosso asfalto. Apesar de simples o eixo de torção traz uma característica muito interessante. Ao transpor obstáculos, se mostra macio, porém nas curvas, apresenta resistência à torção do eixo e diminui a rolagem da carroceria mantendo certa independência entre os eixos, por isso a maioria dos carros equipados com esse eixo dispensa o uso da barra estabilizadora na traseira sendo aplicada, na maioria dos casos em veículos de maior desempenho. A s s i m como no eixo rígido, por diversas vezes os eixos de torção também podem ser até superiores em desempenho com relação a sistemas

mesmo o Civic possuindo um complexo sistema IRS na traseira e o Corolla um simples eixo de torção. Portanto, cuidado ao julgar os sistemas pela simplicidade, e adquirir um produto teoricamente superior, lembre-se que muitas vezes, menos é mais.


74

técnicA

Novembro 2010

Propulsores de ciclos alternativos - Atkinson

Humberto José Manavella Autor dos livros "Controle Integrado do motor", !Eletro-eletrônica Automotiva" e "Diagnóstico automotivo avançado". Mais informações: (11) 3884-0182 www.hmautotron.eng.br

A presente matéria, elaborada com informações retiradas de uma futura publicação, tem por objetivo apresentar o ciclo alternativo de Atkinson. Num motor de ciclo Otto ou Diesel convencional a relação de compressão é igual à relação de expansão após a combustão. Assim, se a mistura é comprimida com uma determinada taxa (por exemplo, 10:1), após a ignição, os gases se expandem com a mesma taxa. No entanto, a melhor taxa de expansão para máxima extração de energia permitida pelas características do combustível é maior que a taxa de compressão. Reparar que ao abrir a válvula de exaustão, a pressão dos gases dentro do cilindro é superior à atmosférica. Nesse momento, esta energia disponível é perdida pelo escapamento. Portanto, uma expansão adicional dos gases poderia aumentar o trabalho realizado a cada ciclo. Em teoria, para o aproveitamento total de energia, ao abrir a válvula de exaustão, a pressão dentro da câmara deveria ser igual à atmosférica. Na prática, verifica-se que para um motor com taxa de

compressão de 10:1, a taxa de expansão máxima, para um aproveitamento razoável, está em torno de 17:1. Como será analisado a seguir, este efeito taxas diferentes é conseguido diminuindo artificialmente, a taxa de compressão (diminuição do curso de compressão), atrasando o fechamento da válvula de admissão. Ciclo Atkinson Ainda que tenha sido patenteado em final do século 19, o ciclo utilizado no motor de Atkinson atualmente encontra aplicação em carros Figura 1 híbridos, como no Prius da Toyota. É caracterizado por manter a válvula de admissão aberta por um tempo maior que aquele correspondente a um motor ciclo Otto. Com isto a fase de compressão resulta na redução, mesmo acontecendo com a taxa de compressão. Como resultado: - Como o ciclo de expansão

permanece o mesmo, a taxa de compressão resulta menor que a taxa de expansão. - A energia da combustão impulsiona o pistão fazendo com que o volume de ar se expanda além do volume que tinha no começo da fase de compressão. - Quando maior for a taxa de expansão (até certo limite) com relação à de compressão,

maior será a energia convertida em trabalho mecânico útil (e menor a perda de energia calórica pelo escape), aumentando assim, a eficiência do motor. Um motor com ciclo Atkinson pode ser até 10% mais eficiente que um similar de ciclo Otto convencional, em plena carga. O ganho de ren-


técnica

Novembro 2010

Figura 2

dimento resulta da redução do trabalho de compressão e do maior aproveitamento da energia dos gases durante o ciclo de expansão. A desvantagem de um motor com ciclo Atkinson, em comparação com o de ciclo Otto de igual cilindrada, é a diminuição de eficiência volumétrica. Como uma porção menor

do curso do pistão é dedicada à compressão, um volume menor de ar é comprimido. Ou seja, não todo o volume da câmara é preenchido com mistura. Assim, a densidade de potência é sacrificada em função do aumento de eficiência. Histórico do motor de Ciclo Atkinson

Figura 3

O motor de ciclo Atkinson é um motor de combustão interna patenteado por James Atkinson em 1882. A principal característica é que possui uma taxa de compressão menor que a taxa de expansão. Isto é conseguido mecanicamente, através do uso de um

complicado sistema de bielas, diminuindo o curso real do ciclo de compressão com relação ao de expansão. Em função das perdas mecânicas por fricção impostas pelo complicado sistema de bielas, este motor não teve aplicação prática.

75

Operação - A figura 1 mostra um exemplo de calagem convencional de um motor ciclo Otto como comparativo com a calagem do ciclo Atkinson. As figuras 2 e 3 apresentam a operação do comando variável (VVT-i) do motor a gasolina do veículo híbrido Prius da Toyota. - A figura 2 representa a calagem com o máximo atraso de 105o DPMI das válvulas de admissão. Esta é a condição de menor taxa de compressão. - A figura 3 representa a calagem para o caso de máximo avanço (72o DPMI). Nesta condição, a taxa de compressão é a máxima para este motor e, portanto, a de máxima potência. - O uso do sistema VVT-i permite ajustar continuamente, a calagem das válvulas de admissão entre a correspondente ao ciclo Atkinson (figura 2) e aquela de um comando mais convencional (figura 3). No caso deste motor, a ação VVT-i é de 33o. O importante a ser salientado é que desta forma, pode ser maximizada a eficiência sempre que for possível, produzindo máxima potência quando requerido.


76

padrão de qualidade

Novembro 2010

meio ambiente

de olho na peça remanufaturada Fotos: Divulgação

Além de ajudar na preservação do meio ambiente, produtos são sinônimos de economia e qualidade na hora do reparo por bruna paranhos

A compra de peças remanufaturadas, além de ajudar na preservação do meio ambiente, é uma maneira de economizar na hora do reparo. Os produtos têm custo mais baixo e não deixam a desejar no quesito qualidade. Mas, você sabe onde comprar peças confiáveis? A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) classifica peças remanufaturadas como “aquela de produção original usada que foi submetida ao processo industrial pelo próprio fabricante original deste produto ou em estabelecimento autorizado por este fabricante para que sejam restabelecidas as funções e requisitos técnicos originais. Podem ser usadas na manutenção do veículo desde que o proprietário saiba que são remanufaturadas e conheça a procedência da peça”. As empresas especializadas em autopeças e montadoras são as mais recomendadas na hora de comprar um produto remanufaturado. Elas fazem o condicionamento correto das

Câmbio remanufaturado da Mercedes-Benz Turbos remanufaturados da Borgwarner custam até 70% mais barato

peças e garantem a qualidade do produto. Os itens descartados são reciclados de maneira apropriada, uma ação que preserva o meio ambiente. No processo de remanufatura, a peça é desmontada e seus componentes internos são vistoriados. O que está desgastado é retirado da peça e substituído por novos itens. Os procedimentos obedecem às normas estabelecidas pela empresa e pelas montadoras. Alguns fabricantes contam com sistemas a base de troca, onde o reparador entrega sua peça usada e obtém desconto na peça remanufaturada. “É mais confiável comprar peças

remanufaturadas das fabricantes. Elas oferecem maior qualidade e garantia”, ressalta Antônio Gaspar, diretor do Sindirepa- SP. Gaspar também orienta o reparador quanto à transparência com o cliente. “É importante que o cliente saiba que a peça é remanufaturada, tem qualidade e garantia, mas talvez não tenha o tempo de vida útil de uma nova”, ressalta. Para assegurar que a peça comprada é de qualidade, a Anrap (Associação Nacional dos Remanufaturadores de Autopeças) criou um selo de qualidade que colocado juntamente com os itens remanu-

faturados pelas empresas associadas. Para obter esse selo, as empresas precisam atender os padrões de tecnologia, qualidade e preocupação com o meio ambiente exigidos. “O fabricante é responsável pela vida útil do produto, é dever dele assegurar a qualidade e o preço acessível”, ressalta o presidente da Anrap, Jefferson Germano. Germano ainda acredita que a imagem do produto remanufaturado tende a se consolidar. “A preocupação com o meio ambiente é cada vez maior. Além disso, já temos legislações, como a inspeção técnica veicular, que irão for-

talecer a fiscalização dos veículos e com isso, o mercado terá a necessidade de disponibilizar peças de qualidade. A tendência é buscar qualidade com custo reduzido”, afirma. De quem comprar A Knorr Bremse fornece peças para pesados e oferece todo o portifólio de componentes também em versões remanufaturadas, que vão desde compressores, válvulas e parte de atuação. Os produtos possuem todas as especificações exigidas pelas montadoras e custam 40% mais barato. A empresa ainda dá seis meses de garantia e os


meio ambiente

Novembro 2010

77

Aquisição da peça remanufaturada da Sachs é somente à base de troca Mercedes-Benz remanufatura o motor

produtos chegam ao reparador por meio da rede de centros técnicos da empresa. A Mercedes-Benz possui a linha RENOV de peças remanufaturadas, que conta com motores mecânicos e eletrônicos, câmbios e conjuntos de embreagem (disco e platô) e tem 12 meses de garantia. No motor, por exemplo, há reaproveitamento de cerca de 70% do metal utilizado na fabricação. Os demais componentes são descartados para a reciclagem adequada e controlada pela montadora. As peças podem ser adquiridas em qualquer concessionário da Mercedes- Benz no país. A Volvo possui a Linha de Produtos Reman, que conta com mais de 300 itens remanufaturados, como turbos, bomba d’água, unidades in-

jetoras, disco de embreagem, entre outros. A média de custo das peças da montadora é de 35% e o reparador obtém desconto na entrega da carcaça da peça usada. “O importante é tudo o que está atrelado à peça Reman tem impacto na diminuição do custo da manutenção, além da preocupação da empresa com o meio ambiente”, disse Felipe Battistella, coordenador de marketing de pós vendas da Volvo. O reparador encontra as peças remanufaturadas nas concessionárias Volvo em todo o Brasil, encontradas pelo site www.volvo.com.br. “Nossos concessionários são orientados a oferecer primeiramente a peça Reman, justamente para manter o ciclo de remanufatura, quando se entrega da peça usada na troca”,

ressalta Battistella. A Arvinmeritor remanufatura diferenciais de eixo de caminhões. As peças passam pela avaliação do controle de qualidade da empresa, onde todos os itens são inspecionados para garantir a qualidade de produto novo. As peças possuem a mesma garantia de um item novo, que varia de acordo com a peça. Desde que o reparador retorne o produto usado, as peças podem custar em média 40% menos que a nova. “Hoje as peças remanufaturadas têm mais saída do que as novas, principalmente pelo quesito custo e benefício”, afirmou o diretor de aftermarket da América do Sul, Ângelo Morino. A empresa também tem preocupação com o descarte. “O que não é usado nas peças

Honeywell dá garantia de seis meses

é aproveitado de outra maneira ambientalmente correta e de acordo com os padrões da empresa”, ressalta Morino. Os diferenciais de eixo da Arvinmeritor podem ser adquiridos nas concessionárias Ford

e Man e pelos distribuidores da empresa pelo Brasil. (www. arvinmeritor.com). A BorgWarner remanufatura toda a linha turbos disponível no mercado, que chegam a custar 70% mais


78

meio ambiente

Novembro 2010

barato que as novas. Para obter a peça remanufaturada, o reparador deve devolver a carcaça usada. “Essa troca é importante para manter o ciclo ecológico, evitando que as peças velhas tenham um fim incorreto”, ressalta do gerente de vendas da empresa, David Dias Patricio. As peças passam por um rigoroso processo de análise que avaliam as condições de uso das carcaças e são substituídas por em sua totalidade por nova, a maioria das vezes em peças com maior desgaste, como mancais, eixos, prato, colar e arruelas. A empresa faz uma reavaliação dos componentes a serem aproveitados e novos componentes da qualidade são montados, no mesmo processo de um turbo novo. O processo segue padrões internacionais de qualidade de fabricação. A garantia da peça é pelo mesmo período de um modelo similar novo e permitem a rastreabilidade em caso se falha. O reparador encontra os itens nos distribuidores Borgwarner (www.borgwarner.com.br

ou pelo telefone 0800-7225701). A Honeywell Turbo Technologies tem turbos remanufaturados que custam em média 50% abaixo do preço de um componente novo e tem seis meses de garantia. O reparador pode entregar o componente usado como parte do pagamento, desde que seja da marca Garrett e apresente condições técnicas de reaproveitamento. As peças remanufaturadas envolvem exclusivamente veículos com motor a diesel, que dependem do sistema de turboalimentação para acentuar o desempenho, principalmente em baixas rotações. aquisição pode ser feita na rede de assistência técnica do País, que tem mais de 200 postos. “Atendemos todas as exigências de fabricação para garantir para o cliente final o mesmo padrão de qualidade do produto novo”, afirma Ricardo Rampaso, gerente de vendas e marketing da Honeywell. A ZF Sachs remanufatura as peças que são produzidas para a todas as montadoras,

com intenção de suprir a reposição com peças novas ou remanufaturada. As peças custam em torno de 50% de uma peça nova e a garantia é a mesma de um produto original. A ZF Sachs só vende peça remanufaturada à base de troca. O reparador pode comprar itens da Sachs pelos distribuidores especializados e a empresa oferece assistência técnica pelo 0800- 019 44 77. A Luk remanufatura platôs e discos de embreagem. Os preços são competitivos, podem chegar a 70% da peça nova, e têm garantia e assistência técnica do fabricante. As peças encontradas nas lojas de varejo de autopeças. Para saber os endereços, o reparador pode entrar em contato pelo número 0800 11 10 29 ou pelo email sac.br@ schaeffler.com. A Cummins ReCon remanufatura motores completos e parciais, cabeçotes, injetores, bomba de água, bomba de óleo, polia tensora, entre outros componentes. A empresa também trabalha com base de troca, desde que a carcaça da

peça esteja em condições de uso e não apresente tentativas de reparação. Todas as peças e motores remanufaturados da Cummins Brasil tem garantia de fábrica de um ano para motores a nível nacional. A fabricante oferece os produtos em sua rede de distribuidores e dispõe de auxílio profissional pelo telefone 0800 12 33 00. A marca TRW Varga produz mais de 70 itens remanufaturados entre mecanismos de direção (hidráulica e mecânica) e compressores de ar (freios) das linhas leve e pesada, que atendem veículos nacionais e importados. O tempo de garantia é o mesmo das peças novas e a empresa trabalha com o sistema a base de troca, desde que o cliente adquira outra peça remanufaturada. Mais informações sobre os produtos e onde encontrá-los estão disponíveis pelo telefone 0800 11 11 00.

Davi Patricio, da Borgwarner

Felipe Battistella, da Volvo

Ricardo Rampaso, da Honeywell

Jefferson Germano, da Anrap

Não confunda Atenção para não confundir peça remanufaturada com peça recondicionada. As pe-

Vantagens • As peças remanufaturadas possuem garantia e são feitas conforme normas de qualidade • A durabilidade média é de 85% em relação à peça nova • Podem custar de 30% a 50% menos que um item novo • Produto avaliado por profissionais especializados em rigorosos testes • Preserva o meio ambiente • Produção segue critérios de fabricação, segurança e qualidade das fabricantes Maior vida útil do equipamento

ças recondicionadas não possuem especificações genuínas ou padrões de qualidade. Nas recondicionadas são trocados apenas itens com defeito, sem a orientação do fabricante original. Não se iluda pelo baixo preço, elas têm menor durabilidade e não possuem garantia. O barato pode sair caro.


PADRÃO DE QUALIDADE

Novembro 2010

79

PADRÃO DE QUALIDADE Siga as dicas:

Saber escolher fornecedor ajuda no trabalho do dia a dia

- Visite não só o dono da loja, mas também o vendedor no balcão - Pesquise para saber se o fornecedor é de confiança - Faça um cadastro dos seus fornecedores - Mantenha uma relação cordial com o fornecedor, isso trás benefícios

Por Bruna Paranhos

Manter um bom relacionamento com o fornecedor dos produtos da oficina é um papel fundamental na rotina de trabalho. É importante que haja um entrosamento cordial, não somente técnico e profissional entre as partes, para que a relação comercial seja bem sucedida e que todos saiam ganhando. O bom relacionamento tem que partir do fornecedor, porque é ele quem tem que sempre estar preocupado com o cliente. Por outro lado, o reparador deve estar preocupado com quem é o seu fornecedor. Uma das dicas dadas pelo auditor do IQA (Instituto de Qualidade Automotiva), José Palacio, é procurar informações sobre a reputação do fornecedor na hora da negociação. “É uma avaliação inicial de procedência, com uma pesquisa no mercado, para saber se esse fornecedor inspira confiança para fechar o negócio”, explica Palacio. O IQA prega que deve-se

fazer um cadastro de avaliação dos fornecedores e que o reparador precisa se atentar de que é importante conhecer o fornecedor, para saber as vantagens, a qualidade do produto, o comportamento nos prazos de entrega. Outra dica do IQA é manter contatos periódicos ou temporários com o fornecedor, conhecendo o vendedor que o “Na Jaguarauto os fornecedores são cadastrados”, diz Veríssimo atende pessoalmente. O relacionamento não menor. “Um exemplo prático é O perfeito relacionamento só com o dono, mas também na compra de peças. Se você entre reparador e fornecedor com os funcionários do balcão mantém um relacionamento gera fidelidade, e às vezes, é importante para auxílio em adequado com o atendente por conta disso o reparador horas extremas. Isso acaba do balcão do fornecedor, por consegue preços melhores com o hábito do estresse na exemplo, quando há um pro- ou prazos estendidos de pahora da reclamação. blema, por menor que seja, gamento. “O cliente final da A tendência de ter difi- evita um desgaste de ficar oficina acaba ganhando com culdade na hora da compra procurando com quem falar”, isso também, pois não há ou da troca da peça é muito ressalta Palacio. atrasos na entrega das peças,

Bruna Paranhos

Cordialidade entre profissionais pode render bons frutos na oficina e para o cliente

gera atendimento de qualidade, menos estresse. Qualquer melhora vem em função de conhecer o fornecedor pessoalmente”, disse o auditor do IQA. A Jaguarauto, em São Paulo, seguiu à risca a orientação do IQA. A oficina conta com um cadastro de mais de mil fornecedores, que é atualizado conforme pesquisas no mercado e confiabilidade no fornecedor, desde 2002. “Nosso cadastro é informatizado e vai desde a loja de autopeça até o entregador de água. Todos prestaram serviço de alguma maneira e são confiáveis”, disse José Antonio Veríssimo – dono da oficina. Veríssimo ressalta que as visitas feitas pelos fornecedores à oficina também são uma maneira de se manter um relacionamento. “Temos uma relação cordial. Em alguns casos, consegue-se benefícios e isso acaba ajudando na negociação com o cliente final. Se acontece algo, conhecendo o vendedor, sabemos de quem cobrar na hora do problema”, afirma.


80

Novembro 2010

EM BREVE, NA SUA OFICINA

EM BREVE, NA SUA OFICINA

Não é bonito, mas agrada no comportamento e é barato Apesar de custo de manutenção ser um pouco mais alto, o Tiida Sedan ainda entrega muito por pouco

O Tiida Sedan não é atraente, mas é um carro grande, confortável e com um bom pacote de equipamentos com preço de compacto Premium, como publicado no comparativo técnico da ultima edição, onde também demonstrou que o custo de manutenção se mantém como o de um médio. Agora, como feito com o Tiida Hatch, no Em Breve da edição de Junho, o Sedan foi avaliado na oficina, para conhecermos o funcionamento dos sistemas e algumas estratégias adotadas no gerenciamento do motor. O Tiida já passou pelo Brasil rapidamente em 2008, no Salão do Automóvel, porém com o logotipo da Chrysler, com quem a Nissan tinha uma parceria, chamado de Trazo C, porém as pesquisas de opinião fizeram o projeto de comercializá-lo por aqui ir abaixo. Agora o Sedan retorna e deve ser um veículo muito bem aceito para uso em frotas, inclusive as de serviço público e taxistas devido a seus atributos funcionais. A condução é prazerosa, o carro acelera suavemente e a altura da embreagem está bem ajustada. O comando variável

Fotos: Oficina Brasil

Marco Antonio Silvério Junior

Preço e simplicidade de compacto premium, mas com tamanho e custo de médio


EM BREVE, NA SUA OFICINA

81

Fotos: Oficina Brasil

Novembro 2010

Motor 1.8 16v com sistema CVVTCS rende 126cv e utiliza injeção Bosch ME 7.9.20

faz o motor acelerar bem desde as baixas até altas rotações, onde se comporta melhor ainda fazendo a velocidade subir rapidamente o porém fica por conta do engate da sexta marcha que por diversas vezes fez confundir e engatar quarta. O escalonamento bem próximo da quinta e sexta marcha, talvez devido ao longo diferencial com relação de 3,933:1, também estranha, pois diminui a vantagem de se viajar em velocidade constante a baixas rotações o que não chega a afetar a economia e o silêncio no habitáculo, que é um ponto forte, mas também não os torna melhor. A suspensão traseira com eixo de torção possui barra estabilizadora, porém não evita certa rolagem da carroceria em curvas mais fortes. Motor e Injeção eletrônica O motor 1.8 16v flex tem sincronismo feito por corrente

de transmissão e utiliza duplo comando de válvulas no cabeçote com sistema de controle continuo da abertura das válvulas de admissão, chamado de CVVTCS que funciona por pressão hidráulica e é controlado pelo sistema de injeção Bosch ME 7.9.20 desenvolvido no Japão em parceria com a Nissan. O Tiida está equipado com dois sensores de oxigênio, um no coletor de admissão e outro entre os dois catalisadores. A injeção é sequêncial e trabalha em modo de malha fechada (ajustando a mistura ar/ combustível de acordo com a leitura feita no sensor de oxigênio) durante o funcionamento normal do motor, porém em algumas situações esta situação muda. Durante a fase de aquecimento do motor, nas partidas, acelerações, motor com temperatura alta, carga plena e altas velocidades o sistema trabalha em malha aberta enriquecendo a

Acesso ao filtro de ar é prático

mistura e empobrecendo nas desacelerações e rotação próxima do limite. Em caso de falha ou durante o aquecimento do sensor de oxigênio o sistema também opera em malha aberta (dosando a mistura ar/ combustível de acordo com parâmetros pré-estabelecidos). Logo após a partida ou quando há falha grave e o sistema precisa operar em modo de emergência a injeção é feita de modo banco a banco, ou seja, de dois em dois cilindros. Na rotação de corte e desacelerações fortes a injeção de combustível é temporariamente cancelada. O sistema de ignição utiliza velas de platina acionadas por bobinas individuais com um Power transistor (módulo de ignição) em cada. O controle é feito levando em consideração, entre outros, o sinal do sensor de detonação, posição da borboleta, fluxo de ar e tensão da bateria. Em marcha

Eletroválvula de purga do canister não atua em marcha lenta e desacelerações

lenta, partida, aquecimento e tensão baixa da bateria o sistema irá utilizar um ponto determinado em projeto. Segundo André Bernardo, da design Mecânica onde o veículo foi avaliado, o sistema de partida a frio entra em funcionamento

quando há quantidade considerável de álcool no tanque e a temperatura ambiente está abaixo de 18 graus. A purga do canister é controlada pela ECM e a abertura da solenóide é feita de acordo com o fluxo de ar no coletor


82

EM BREVE, NA SUA OFICINA

Novembro 2010

CUStOS dE MANUtENçãO CEStA BáSICA dE pEçAS Componente

Potência medida nas rodas do Tiida, 99,4cv a 51119 rpm

de admissão, quanto maior o fluxo maior a quantidade de vapor de combustível liberada, levando em consideração também a informação do sensor de pressão do canister. Nas situações de marcha lenta e desacelerações a purga não é executada. O sistema de fixação do motor que aparentava ser de muito boa qualidade no Tiida Hatch da matéria do mês de Junho, onde foi dito que só o tempo diria se realmente era bom, já mostrou suas fragilidades. Na unidade avaliada o coxim superior do motor já apresentava uma considerável rachadura onde provavelmente em pouco tempo irá pedir manutenção.

Dinamômetro Na Design Mecânica, de Campinas, dos conselheiros André Bernardo e Carlos Bernardo foi possível conferir não só a potência do motor, mas também as perdas no sistemas de transmissão, e descobrir qual a real potência que chega as rodas do Tiida. Essa avaliação possibilitará compararmos posteriormente quais veículos tem sistema de transmissão que proporcionam menos perdas de potência. A ótima linearidade do torque que as 3400 rpm já é de 16,5 kgfm e só começa a cair desse valor após as 5000 rpm é obtida graças ao comando variável e pode ser sentida na condução. No geral a potência

nas rodas ficou em 99,4cv contra 126 cv declarados pela montadora no motor, ou seja, 21% de perda no sistema de transmissão, perfeitamente dentro do normal para os padrões estabelecidos que é de cerca de 20% de perda. Aproveitamos o dinamômetro e realizamos testes com o ar condicionado para verificar o aumento de consumo de combustível e novamente os valores foram bem acima do que se encontra normalmente. No computador de bordo a média a 60 km/h foi de 16,5 km/l sem o equipamento ligado passando a 10 km/l quando acionado, não é um valor real, mas mostra um aumento em torno de 30% no consumo.

Código

R$ Unit.

Filtro ar (elemento do filtro)

16546ED000

67,07

Filtro de combustível

16400ZT50A

10,64

Filtro de óleo motor

152089F600

46,18

Filtro de ar-condicionado

27891EL00A

43,47

Correia dentada / Corrente

13028ET000

232,09

Correia Poli-V

11720EL00A

86,74

Coxim superior (ou frontal) do motor

11210EL00A

473,47

Velas (Jogo) PLATINA

22401CP51B

91,26

Bobina individual

22448ED800

465,89

Pastilhas de freio dianteiro

41060AX085

222,12

Pastilhas de freio traseiro

44060ED026

228,45

Discos de freio dianteiro (Par)

40206AZ60A

161,26

Discos de freio traseiro (Par) TAMBOR

43206EL00A

327,39

Lona de freio (Sistema a tambor)

44060ED026

228,45

Cilindro de roda traseiro (Sistema a tambor) D4100CX085

72,87

Amortecedores dianteiros

E4302EL00B

909,19

Amortecedores traseiros

E6210EL00A

220,40

Silencioso traseiro

20100ZR81A

822,39

bomba de combustível

17040AZ70A

543,95

diferentemente do publicado na edição do mês de Outubro (Ano XX nº236), na página 108, da reportagem Comparativo técnico, a tabela de preços da Cesta Básica de peças para o modelo Nissan tiida é a que editamos nesta edição.

Com o controle de emissão de poluentes em alta, vale lembrar o procedimento de avaliação do filtro de carvão ativado ou canister.

Coxim do motor já apresenta trinca considerável

Suspensão traseira: Apesar do uso da barra estabilizadora ainda permite certa rolagem

Dois catalisadores e dois sensores de oxigênio auxiliam no controle de emissões

Correia auxiliar tem manutenção simples pela parte inferior do motor

1. Tampe a porta B. 2. Sopre ar na porta A e verifique se o fluxo de ar passa livre pela porta C. 3. Libere a porta B . 4. Aplique vácuo na porta B e verifique se o mesmo chega ás portas A e C. 5. Tampe as portas A e B. 6. Aplique ar comprimido na porta C e verifique se não há vazamentos.


Fotos: Alexandre Akashi

caderno

Eletrônica e sofisticação no menor carro da Fiat

Premium

Alexandre Akashi

Sonho de consumo da maioria das mulheres brasileiras, o 500 é um verdadeiro carro de nicho: caro, refinado e de bom gosto. Mecanicamente, porém, é simples, e não apresenta grandes mistérios. O segredo: possuir um equipamento de diagnose à altura

A primeira informação que o leitor precisa saber a respeito do novo Fiat 500 (lêse Cinquecento, 500 em italiano) é que o motor deste pequeno e compacto veículo urbano tem 1.4l de capacidade volumétrica, e não 479cc como o 500 dos anos 1950, que serviu de inspiração para os designers da Fiat. Mas então, por que se chama Cinquecento? Uma homenagem a um dos maiores sucessos da montadora, que foi produzido de 1957 a 1975 e projetado por Dante Giacosa, designer italiano autor de outros tantos sucessos, como o Topolino, de 1936. No Brasil, a Fiat apresentou ao novo 500 em 2009, em duas versões, Sport e Lounge, ambos com motor 1.4l 16v gasolina, de 100cv de potência a 6.000rpm e torque máximo de 13,4kgfm a 4.250rpm, com duas versões de câmbio: manual de seis velocidade e Dualogic (automatizado) de cinco velocidades. A versão avaliada nesta reportagem é a Lounge, com câmbio manual. A diferença para a versão Sport é pequena; alguns pou-


caderno

Premium cos detalhes como teto fixo de vidro, arcondicionado automático digital, banco do motorista com regulagem de altura, banco do passageiro com porta-objetos, retrovisores externos elétricos com calotas cromadas, frisos cromados, interior Lounge e volante exclusivo em couro com comandos do rádio. Powertrain O motor, como dito anteriormente, é um quatro-cilindros em linha com 1.4l de capacidade volumétrica, quatro válvulas por cilindro (16v), o mesmo que equipa o Punto T-Jet, porém sem o turbocompressor. Na Europa há uma versão Abarth do modelo, com motor T-Jet de 140cv de potência a 5.000rpm e torque máximo de 206Nm a 2.000rpm. Segundo a Fiat, esta versão apimentada faz de 0-100km/h em apenas 8,1 segundos. Existem ainda outras opções de motorização que não estão disponíveis para o consumidor brasileiro, sendo duas a gasolina (1.2l e 0.9l turbo com multiair) e duas diesel (ambas de 1.3l, uma de 75cv e outra de 95cv). Infelizmente o consumidor brasileiro ainda não tem acesso a estas versões, pois a Fiat não demonstrou, por enquanto, interesse em aumentar a gama de modelos importados. Acoplado ao motor 1.4l, está o melhor câmbio manual de todos os veículos que a Fiat já comercializou no Brasil. Com seis velocidades à frente e uma a ré, as trocas de marchas são suaves e precisas, ale de ser muito bem escalonado, o que permite extrair toda potência e torque do motor tornando o 500 um carro muito divertido de dirigir. Infelizmente este câmbio não é compatível com outros modelos da Fiat, porém seria bastante interessante se houvesse

algo similar no Punto T-Jet, por exemplo, uma vez que a troca de marchas é a única parte que pode melhorar muito no hatchback esportivo. Torque e potência Durante o período de teste com o 500, analisamos o rendimento do motor em dinamômetro, oferecido pela oficina Design Mecânica, de Campinas, dos irmãos André e Carlos Bernardo, ambos membros do Conselho Editorial do jornal Oficina Brasil. Na avaliação do especialista em injeção eletrônica André Bernardo, o Fiat 500 entrega o que promete. “No dinamômetro, em todas as medições, o carro apresenta bem as características de um motor 16v, pois o torque melhora bastante em altas rotações”, avalia André. Ao todo, realizamos mais de 15 puxadas no dinamômetro, e em todas a potência nominal do motor foi acima de 100cv de potência. Na melhor passagem, medimos potência máxima de 102,9cv a 6.187rpm, com torque máximo de 13,4kgmf, a 4.893rpm. Na roda, a potência máxima revela pelo dinamômetro foi de 90,3cv a 5785rpm. Eletrônica O Fiat 500 é pequeno, curto e fácil de dirigir por contar com uma extensa lista de recursos eletrônicos, como freios antibloqueante (ABS) com sistema de estabilidade (ESP), controle de tração (ASR) e auxílio em rampa (hill holder), que mantém os freios acionados por 3 segundos sempre que o motorista para totalmente o veículo em um aclive ou declive, impedindo assim que o carro dê aquelas famosas escorregadinhas para trás no momento da partida. Além disso, no sistema de segurança é equipado com sete air bags: dois na frente,

No dinamômetro, o Fiat 500 provou que tem 100cv de potência

dois window bags, dois side bags e um knee bag, que evita lesões aos joelhos do motorista em caso de impacto. A direção é elétrica com um dispositivo batizado pela Fiat de Dual Drive. Ao selecionar o botão Sport, no console, a direção fica mais pesada, e responde com mais agilidade ao comando. O botão Sport faz, no entanto, muito mais do que isso. Muda o mapa de aceleração do carro e o torna muito mais ‘esperto’, apesar de as curvas de torque e potência permanecerem as mesmas. Assim ocorre que no modo Sport, o acelerador responde muito mais rápido ao comando, privilegiando arrancadas e também retomadas de velocidade. Outro dispositivo que o Fiat 500 tem de série e que chamou muita atenção é o sensor de estacionamento. Com pouco mais de 3,5m de comprimento, este poderia ser item totalmente dispensável, porém, como se trata de um veículo de nicho, o equipamento está presente em todas as versões. No motor, o veículo apresenta todos os sensores possíveis e imagináveis, para permitir o melhor aproveitamento energético do combustível. Para rodar no Brasil, a Fiat realizou algumas alterações no projeto ori-

ginal, para que os 22% de etanol contida na nossa gasolina não prejudicasse o desempenho e não corroesse os componentes diretamente ligados ao combustível. Vale ressaltar que o 500 já apresenta sistema de diagnose OBD2, com duas sondas lambdas, uma para corrigir a queima e outra para avaliar a eficiência do catalisador. Assim, é recomendável a utilização de combustível de qualidade, para evitar eventuais falhas de combustão. Manutenção Na oficina, nossa primeira curiosidade era saber se os sistemas eletrônicos embarcados eram facilmente detectados por algum aparelho de diagnose, assim como os parâmetros do motor. Com auxílio de um Bosch KTS 570, foi possível identificas os módulos do ABS (ESP


caderno

Premium FICHA TÉCNICA MOTOR Posição Número de cilindros Diâmetro x Curso Cilindrada total Taxa de compressão Potencia máxima (ABNT/regime) Torque máximo (ABNT/regime) Número de valvulas por cilindro Eixo de comando de válvulas IGNIÇÃO Tipo ALIMENTAÇÃO Combustível Injeção eletrônica CÂMBIO Número de marchas Relações de transmissão

Internamente, o 500 é bem confortável e, apesar de pequeno, leva quatro passageiros 8.0 var.2), air bag (AB Siemens EP-Proxi), áudio (Áudio/telemática 4.0), da direção elétrica (Direção assistida 5.0), da Eletrônica central (ZE 4.1 HVAC), sistema de gerenciamento do motor (Motronic ME 7.9.10), painel (Painel instrumentos 4.1), do sensor de estacionamento (Sist.aux. estacionamento 2), ar-condicionado (A/C automático 4.1) e reset do intervalo de manutenção. “É muito interessante este acesso ao diagnóstico do sistema do sensor de estacionamento”, afirma André Bernardo, da Desgin. De fato, o equipamento de diagnose mostrou bastante versatilidade neste veículo, sendo possível realizar diversos testes dos sistemas de eletrônicos embarcados. As leituras do funcionamento do motor também não apresentaram dificuldades. O equipamento mostrou diversos parâmetros, desde os básicos, como tempo de injeção, tensão de alimentação, temperatura do ar aspirado, do óleo do motor,

rotação do motor, posição da borboleta, tensão de sonda lambda, entre outros, até, posição da alavanca do câmbio, nível do tanque de combustível, tempo de funcionamento, temperatura do catalisador, entre outros. No elevador, descobrimos que o Fiat 500 é de manutenção muito simples. O sistema de suspensão e câmbio é apoiado em subchassi de fácil remoção, e os componentes de troca mais frequente, como filtro de óleo e de ar, e alguns dispositivos e sensores são bastante acessíveis, apesar do pequeno compartimento do motor. Assim, com toda a eletrônica embarcada no veículo, o diagnóstico é bastante simplificado com o uso do scanner, e a engenharia da Fiat conseguiu com o pouco espaço, montar o carro de manutenção simples. Porém, o 500 é importado da Europa, assim como os principais componentes e peças de reposição. Assim, o custo deve ser compatível com o preço do veículo: a partir de R$ 61.420, na versão avaliada.

Relação de transmissão do diferencial Tração EMBREAGEM Tipo SISTEMA DE FREIOS Serviço Dianteiro Traseiro

Fiat 500 Transversal, dianteiro 4 em linha 72mm x 84 mm 1.368 cm³ 10,8:1 100 cv / 6.000 rpm 13,4 Kgfm / 4.250 rpm 4 Dois no cabeçote Bosch, eletrônica digital incorporada ao sistema de injeção Gasolina Bosch, multiponto, seqüencial 6 à frente e uma à ré (Mecânico) e 5 à frente e uma à ré (Dualogic) 1ª - 3,545 / 2ª - 2,158/ 3ª - 1,480 / 4ª - 1,121/ 5ª - 0,921 /6ª - 0,766 / Ré - 3,818 (Mecânico) e 1ª - 3,909 / 2ª - 2,158 / 3ª - 1,480 / 4ª - 1,121 / 5ª - 0,897 / Ré - 3,818 (Dualogic) 4,071 (Mecânico) e 3,733 (Dualogic) Dianteira com juntas homocinéticas Monodisco a seco com mola a disco e comando mecânico Hidráulico com comando a pedal e ABS A disco ventilado (Ø de 257 mm) com pinça flutuante A disco rígido (Ø de 240 mm) com pinça flutuante, com acionamento mecânico de estacionamento

SUSPENSÃO DIANTEIRA Tipo Amortecedores Elemento elástico SUSPENSÃO TRASEIRA Tipo Amortecedores Elemento elástico DIREÇÃO Tipo Diâmetro mínimo de curva RODAS Aro Pneus PESO DO VEÍCULO Em ordem de marcha (Std A) Capacidade de carga Carga máxima rebocável (sem freio) DIMENSÕES EXTERNAS Comprimento do veículo Largura do veículo Altura do veículo (vazio) Distância entre-eixos Bitola dianteira Bitola traseira Altura mínima do solo (vazio) Volume do porta-malas Tanque de combustível DESEMPENHO Velocidade máxima 0 a 100Km/h Consumo (Norma NBR 7024) Ciclo estrada Ciclo urbano

MacPherson com rodas independentes, braços oscilantes inferiores a geometria triangular e barra estabilizadora Hidráulicos, telescópicos, fixação elástica na carroceria Mola Helicoidal Com rodas semi-independentes, eixo de torção, com barra estabilizadora Hidráulicos, telescópicos, fixação elástica na carroceria Mola longitudinal Elétrica com pinhão e cremalheira 10,6 m 6.0JX15� 185/55 R15 930 kg (Mecânico) e 935 kg (Dualogic) 320 Kg

3.546 mm 1.627 mm 1.492 mm 2.300 mm 1.414 mm 1.408 mm 185 litros (550 litros com o banco rebatido) 35 litros 182 km/h 10,5 s 17,0 km/l 13,0 km/l


86

Novembro 2010

reparadores eu vi

os avanços da tecnologia automotiva: há o que temer? alexandre akashi editor do jornal Oficina Brasil editor@oficinabrasil.com.br

Outubro foi um mês cheio de novidades e anúncios de inovações por parte da indústria automotiva. Nos primeiros dias, os engenheiros da SAE BRASIL apresentaram os dispositivos que estarão nos automóveis do futuro, como os cabos de alumínio, propostos pela Delphi, o sistema ABS de nona geração, apresentado pela Bosch, ou ainda os recursos de telemetria, mostrados pela Magneti Marelli. Devemos respeitar, e muito, as iniciativas apresentadas pela SAE BRASIL, uma vez que trata-se de uma associação que reúne a nata dos desenvolvedores de tecnologia automotiva nacional e também de outros países, pois este é um organismo internacional. Uma década antes de o automóvel flexfuel ganhar o mercado, engenheiros mostravam no Congresso SAE BRASIL como a eletrônica podia tornar realidade esta tecnologia. A troca de todos os cabos de cobre por alumínio, conforme propõe a Delphi, é algo ainda inusitado e se ocorrer vai obrigar o reparador a mudar a forma de como encara a parte elétrica do veículo, pois o alumínio tem propriedades diferentes de maleabilidade e se rompe com mais facilidade que o cobre. A substituição de uma matéria-prima por outra pode ocorrer, pois o alumínio é muito mais leve que o cobre, apesar de necessitar de uma bitola maior para conduzir a mesma corrente e tensão elétrica. Os sistemas ABS de nona geração da Bosch são menores, mais leves, e com maior capacidade de processamento e redução da vibração do pedal na hora da frenagem. Já o recurso de telemetria proposto pela Magneti Marelli, batizado de Eco Driving, mostra ao con-

dutor formas mais eficientes de dirigir (evitando acelerações e frenagens bruscas). Bateria Um dos destaques da mostra de engenharia do Congresso SAE BRASIL foi o lançamento da tecnologia PowerFrame, da Johnson Controls, fabricante das baterias Heliar. Trata-se de uma nova forma construtiva de grades de baterias automotivas, que segundo a Johnson Controls, proporciona mais energia, reduz a possibilidade de falhas prematuras, aumenta o fluxo elétrico e diminui sensivelmente o impacto ambiental da produção deste componente. Para conseguir tal resultado, a empresa se fez valer da tecnologia de modelagem por computador, o que permitiu a visualização do melhor fluxo elétrico, alta condutividade elétrica, menor risco de corrosão e circuitos-curtos, com aumento da resistência à vibração e carga e descarga mais eficientes. Esta tecnologia já está presente nos produtos da marca, e faz parte do programa de investimentos de US$ 51 milhões que a Johnson Controls anunciou recentemente para aumentar a produção de baterias automotivas. Salão do Automóvel Não posso deixar de comentar também um pouco das novidades vistas no Salão do Automóvel deste ano. O que é importante frisar é a chegada da tecnologia de veículos híbridos ao mercado brasileiro. Um Fusion híbrido por R$ 133.900 ainda é caro, mas é muito mais acessível do que os R$ 500 mil de um Mercedes-Benz S400 Hybrid ou um BMW Hybrid7. A tecnologia da injeção direta de gasolina aliada aos

oportunidade de conversar com quem faz pedro Luiz scopino Não é nada fácil deixar a empresa de reparação automotiva, em plena quinta-feira à tarde por algumas horas para investir em conhecimento. Mas é necessário. O Congresso SAE BRASIL, como o próprio nome diz é para os engenheiros automotivos, mas neste mesmo evento, há lugar para estudantes e claro reparadores e a entrada é gratuita. Nos stands temos como recepção muitos engenheiros dos principais sistemistas com centros técnicos em solo brasileiro, e diferente de feiras como AUTOMEC, RIO PART´S entre outras, não há vendedor. Isto mesmo, ao invés de sermos recepcionados por vendedores temos a possibilidade de conversar diretamente com os engenheiros que projetam, executam e testam as peças dos veículos. Nesta edição 2010, pude conversar com os engenheiros da TRW sobre as novas caixas de direção elétricas do Novo Fiesta e Focus, além de ver a peça, aprendi sobre a aplicação de um módulo eletrônico junto com a caixa de direção e o ajuste de altura e profundidade da coluna incorporados. No stand da Delphi, recebi a informação dos novos sensores e atuadores do corpo eletrônico da linha Idea, Meriva, Corsa e Celta com novo formato e com o problema de falha com mau contato resolvidos. Ainda um motor simulador com injeção Diesel e etanol simultâneos. Já no stand da Bosch além de entrar em um excelente simulador de freios ABS (é possível perceber muito bem a falta que o ABS faz) pude notar os sistemas de injeção Diesel cada vez menores, e peças de reposição para atender a crescente demanda de mercado. A exploração da utilização do etanol combustível esteve muito exposta em vários estandes. No congresso SAE BRASIL é possível ver e conversar sobre o futuro da reparação automotiva, é uma grande oportunidade de aumentar o seu conhecimento! Não perca o próximo Congresso em 2011! Programa-se!

turbocompressores também começa a avançar. Se antes era apenas Audi e os modelos mais caros da Volkswagen que tinham esta tecnologia, hoje os principais modelos das marcas importadas Premium a utilizam, e a Peugeot já anunciou que o crossover 3008 utilizará este dispositivo. Outra tecnologia que começa a ganhar mais fôlego no mercado é o Start/Stop, que desliga e liga o carro automaticamente em congestionamentos. Em outras palavras, trata-se do avanço

da eletrônica na operação do motor a combustão interna, com o objetivo de tornar mais eficiente a transformação da energia térmica em energia cinética. Assim, é preciso se manter atualizado, pois tudo isso um dia vai chegar às portas da oficina e, quando isso ocorrer, será preciso saber muito mais do que apenas ler informações na tela do scanner. Será necessário saber interpretar estes resultados, a partir do conhecimento básico do funcionamento do veículo.


SALÃO DO AUTOMÓVEL

Mercado mais sofisticado

Montadoras anunciam o lançamento de veículos com maior conteúdo tecnológico a preços mais acessíveis no Salão do Automóvel 2010 Além de mostrar os próximos lançamentos, as montadoras trouxeram diversas outras atrações, como o Bumblebee, o transformer originado do Chevrolet Camaro

Conceitos: o Salão recebeu os principais carros conceitos desenvolvidos pelas montadoras, como o BWM Vision EfficientDynamics


88

lançamento EspEcial salão do automóvEl - consultor oB

Novembro 2010

oficina do futuro: Os carros já estão prontos...

marco antonio Silverio Jr. Consultor Técnico do jornal Oficina Brasil marco.antonio@grupogerminal.com.br

Motor Hybrido e baterias do Honda Insignia

Câmbio DSG exposto no stand da VW

Há 50 anos, o Salão do Automóvel mostra o que estará nas ruas no próximo ano, dita as tendências para os anos seguintes e mostra alguns conceitos para um futuro mais distante, tudo isso guiado pelas mudanças do modo de vida e poder econômico do consumidor, e do meio ambiente que sempre mostrou a necessidade de poupar os recursos naturais e principalmente o ar que respiramos. Assim, vimos a cada edição as tecnologias para tornar os carros mais leves e os motores mais eficientes, até finalmente a eletrônica ser adotada para controlar a injeção de combustível dos veículos fabricados no Brasil, o que revolucionou a reparação automotiva de forma espantosa, fazendo muitos até desistirem da profissão. Os que ficaram e se dispuseram a aceitar o desafio matam um leão por dia até hoje, mais de 20 anos depois. Minha sensação após visitar esta edição do Salão do Automóvel foi a de estar passando por uma nova revolução, e esta muito mais rápida e impactante. Sempre vi nas edições anteriores carros conceito com motores híbridos e elétricos, e mesmo ciente de que a maioria das montadoras estava em ritmo acelerado no desenvolvimento dessa tecnologia, não acreditava que a reparação independente brasileira estivesse tão próxima de receber um modelo híbrido. Ao volante do Ford Fusion Hybrid pude ver os indicadores de carga das baterias no painel de instrumentos formado por duas telas de LCD com o velocímetro ao meio e conhecer o sistema que desliga o veículo ao ficar parado por alguns segundos com o pé no freio, o veículo ainda pode ser deslocado por pequenos trechos apenas com o motor elétrico, religando o motor de combustão quando necessário. Então percebi que a contagem regressiva para um desses entrar pela porta de uma oficina independente começou, pois o modelo já está a venda, e por R$133.900.

Apesar de custar 50% mais caro que o modelo de entrada (Fusion quatro cilindros de 2.5l), não duvido que o Hybrid caia rapidamente no gosto do público, principalmente das empresas que poderão ter na frota um veículo de alto luxo com uma infinidade de tecnologia embarcada e cortar grande parte dos custos com combustível, além de aproveitar o apelo de utilizar veículos ecologicamente corretos. Mas a Ford apenas se antecipou ao inevitável, pois praticamente todas as grandes montadoras apresentaram veículos híbridos em fase muito adiantada, entre eles o Toyota Prius, hibrido mais vendido no mundo, que ainda utiliza mais um diferencial que é o ciclo Atkinson, abordado na coluna do colaborador Humberto Manavella, na pag. 74 desta edição do Jornal. Transmissão E as mudanças na oficina não ficarão por conta apenas do motor, os câmbios CVT chegam aos compactos, a Nissan, precursora do sistema no Brasil equipa o pequeno March, além de compartilhar a tecnologia com o Renault Fluence, onde irá contar com posições pré programadas para trocas manuais. A Mitsubishi também adota o câmbio de variação continua no ASX que será produzido no país, no entanto o Honda Fit deixa de utilizar o sistema alegando dificuldade de adaptação com o sistema flex. Os câmbios de dupla embreagem, que tanto admiro, já não se limitam aos superesportivos e já chegaram a veículos que estamos acostumados a ver nas oficinas como o Audi A3 e agora o VW Jetta, que utilizam o sistema DSG. As trocas de marcha com o DSG são muito rápidas, a Volks declara 3 a 4 centésimos de segundo, a impressão que tive ao guiar pela primeira vez o Audi A3 com este câmbio foi de que o sistema tinha trocado sozinho um pouco antes de eu apertar a borboleta, a troca é instan-

tânea. No stand da VW havia uma vista em corte do sistema para familiarizar o público que pouco conhece do funcionamento. Ao lado do câmbio DSG estava o motor TFSI, com injeção direta de com- Painel do Ford Fusion Hybrid bustível e turbocompressor, combinação utilizada de equipamentos não para de também no novo Peugeot 3008 crescer, além de projetores de 1.6l, por permitir maior eficiência informações do painel de insvolumétrica e assim diminuir o trumentos no pára-brisa e em tamanho dos propulsores. A in- telas de policarbonato, sensores jeção direta foi adotada também crepusculares e de chuva, agora no novo Hyundai Sonata com os sensores e câmeras de esmotor 2.4l de 200 cv (GDI) e no tacionamento já não são mais Chevrolet Omega V6 de 292 cv o suficiente. Para aumentar a (SIDI) entre diversos outros. segurança os veículos ganhaA utilização desse sistema no ram monitoramento dos pontos Brasil só não é maior devido a não cegos dos retrovisores, que termos ainda normas mais rigo- detectam pedestres, motos e o rosas de emissões para veículos que mais estiver fora da visão novos, até por termos limitações do motorista. quanto a qualidade do nosso E podemos esperar mais da combustível, mas também esta- segurança para os próximos mos nos desenvolvendo rapida- anos quando teremos normas mente neste quesito, tendo como mais exigentes, entre elas a obriexemplo os veículos comerciais gatoriedade do sistema ABS para Diesel que a partir de 2012 terão todos veículos comercializados emissões controladas por norma por aqui, então o cerco está se baseada na Euro 5, quando es- fechando, ou se abrindo, depentaremos equiparados aos países de do ponto de vista de cada um. mais desenvolvidos, inclusive em Tenho certeza que seria muito relação ao combustível, já não interessante para as montadoras acho mais impossível a mesma antecipar algumas evoluções, equiparação com os veículos mas devido a falta de incentivos movidos a gasolina e etanol. fiscais, só será possível quando Saindo um pouco do power- for obrigatório para todas, pois train quero dizer que hoje um ve- do contrario, trará aumento de ículo denominado ‘topo de linha’ custo, e o consumidor brasileiro precisa ter uma tela touch screen ainda não está acostumado a no meio do painel com sistema de pagar mais por segurança. navegação, som com Bluetooth, e Fiquei muito satisfeito em atendimento de celular por viva participar desta edição histórica voz, e tudo integrado, ou seja, do Salão do Automóvel, que o som e a navegação são co- acredito será mais um divisor de mandados por voz e o celular se águas, mostrando o que teremos conecta com o som por Bluetooth. no próximo ano: lançamentos de Nos mais sofisticados, como no veículos híbridos e mais modeFusion, até o ar-condicionado é los com injeção direta, turbocomandado por voz. alimentados e muita eletrônica E os auto elétricos que acom- embarcada; nos próximos anos: panharem a evolução dos carros aumento dos equipamentos do futuro que ganham as ruas a de segurança ativa e passiva; e partir de já, podem se nomear para o futuro não tão distante: auto eletrônicos, pois a lista veículos elétricos.


ESPECIAL SALÃO DO AUTOMÓVEL

Novembro 2010

Omar Matsumoto

Este ano, o Salão do Automóvel completou 50 anos de realização, um marco na história dos eventos automotivos internacionais, uma vez que este é o único no mundo a ocorrer de por tanto tempo de forma ininterrupta. Além disso, o 26º Salão Internacional do Automóvel de São Paulo teve como principal destaque o anúncio de diversos lançamentos no Brasil de veículos mais sofisticados, potentes e incrementados, que em edições anteriores da feira eram mostrados apenas como curiosidades, e deixavam muitos visitantes com ‘água na boca’. Este fato demonstra maturidade do mercado e, ainda que a crise internacional tenha ajudado as matrizes das montadoras na decisão de investir no consumidor brasileiro, é bom ganhar tamanha visibilidade mundial. Se antes éramos vistos como subdesenvolvidos, hoje emergimos tal como um iceberg, e se tudo continuar assim, logo teremos base para quem sabe uma montadora 100% brasileira (sonhar não custa nada). Mas, enquanto este tempo não chega, vejamos o que as principais montadoras e importadoras de veículos instaladas aqui nos reserva para os próximos meses e também 2011. As novidades são muitas, e as notícias até que boas, pois alguns modelos que antes só tínhamos acesso via importação independente (e com consequentemente

Ford Edge

Ford A Ford apresentou recentemente para a imprensa especializada o New Fiesta e o Salão marcou o lançamento oficial do modelo no Brasil, apesar de já haver algumas unidades em circulação pelas ruas. O motor é o Sigma 1.6l Flex, que gera 110cv/115cv de potência máxima a 6.250rpm (gasolina/ etanol), e torque máximo de 155Nm/159Nm a 4.250rpm (gasolina/etanol). Visto de longe (e de perto também), o sedan lembra o Honda City, e as semelhanças não são meras coincidências uma vez que o modelo foi lançado justamente para competir de igual com o rival japonês, inclusive

Ford New Fiesta

Omar

sem garantia de fábrica), passam a ser trazidos pelas próprias montadoras, e o melhor: com preço mais acessível. Claro que um carro de 400cv e R$ 185 mil, como o Chevrolet Camaro SS, não é para qualquer um, mas já é melhor do que os R$ 220 mil que os importadores independentes pedem no modelo. Há alguns anos, a única opção que o consumidor tinha nesta mesma faixa de preço era o Chevrolet Ômega, um bom carro, mas quem compraria um Ômega se pelo mesmo preço pudesse levar um Camaro? Assim, o Salão do Automóvel 2010 trouxe esperança ao consumidor brasileiro, e se você não teve a oportunidade de visitar a feira, veja nas próximas páginas um resumo das novidades que vem por ai.

Omar Matsumoto

Alexandre Akashi

Alexandre Akashi

Ford Fusion inaugura Era do automóvel híbrido no Brasil

89

no preço: a partir de R$ 49.900, com direito a ar-condicionado, direção elétrica, vidros, travas e espelhos elétricos, rodas de liga leve de 15 polegadas, CD-player MP3, com entrada auxiliar para conexão de dispositivos eletrônicos, computador de bordo e alarme perimétrico de série. Além desta versão, há outras duas, sendo uma com todos os equipamentos acima mais freios ABS, por R$ 51.150, e a terceira traz ainda bancos de couro, 7 airbags, direção com raios em acabamento metálico e descansa-braço das portas em vinil, por R$ 54.900. Todos com 3 anos de garantia. Uma surpresa agradável anunciada pela Ford foi o reposicionamento de preço do SUV Edge, que na versão 2011 chega mais potente e barato. São 20cv a mais e R$ 7 mil a menos, em resumo (a potência subiu para 289cv – era 269cv, e o preço caiu para R$ 122 mil – era R$ 129.287, segundo a tabela Fipe do dia 26 de outubro, mas quando foi lançado, no começo de 2009, custava R$ 149.700). O powertrain (motor e câmbio) continua o mesmo 3.5L Duratec 35 V6 e transmissão automática sequencial de seis velocidades, mas as rodas aumentaram de 18 polegadas para 20”. Mas a grande vedete da montadora mais tradicional do mun-

do foi o anúncio do início da comercialização do Fusion Hybrid, ao preço de R$ 133.900. No momento que for disponibilizado para compra, em meados deste mês, será o veículo híbrido mais barato do Brasil (por enquanto, o único concorrente (será mesmo?) é o Mercedes-Benz S400 Hybrid, que custa US$ 253 mil). A tecnologia empregada no Fusion é similar ao do MercedesBenz. Da partida até uma determinada velocidade (75km/h no Fusion e 40km/h no S400) quem manda é o motor elétrico, que no Fusion ambos propulsores são interligados na transmissão, sendo que o elétrico é acoplado a um gerador e uma bateria de níquel-metal. Acima desta velocidade o motor a combustão entra em funcionamento. Aqui surgem diferenças significativas: o S400 Hybrid conta com um V6 de 279cv, enquanto o Fusion Hybrid é equipado com o Duratec de quatro-cilindros em linha e 2.5l de capacidade volumétrica, que rende 158 cv de potência a 6.000rpm e torque máximo de 184Nm a 2.250rpm. Os motores do Fusion Hybrid são Os motores elétricos de ambos veículos também são bastante distintos, uma vez que o do Mercedes-Benz gera apenas 20cv e o do Ford, 107cv e torque de 225Nm. No Fusion, isso significa que juntos, a potência

combinada de 193cv, o que faz o sedan acelerar de 0 a 100km/h em 9,1 segundos. Nada mal. Assim, com este lançamento, o reparador já precisa começar a pensar em se atualizar tecnologicamente, pois em breve, pode ser que um destes dois carros apareça na oficina, apesar de o modelo ter 3 anos de garantia e 8 anos para bateria. E, mesmo que seja para trocar uma simples pastilha de freio, será preciso tomar cuidado especial, pois a quantidade de eletrônica embarcada neste tipo de veículo é muito grande. Dessa forma, o futuro se antecipa, uma vez que a grande maioria dos especialistas diziam que tal tecnologia somente seria viável no Brasil a longo prazo. Pode ser que apenas algumas unidades sejam vendidas neste primeiro momento, mas pelo preço anunciado pela Ford, é provável que muita gente arriscaria ser pioneiro nesta empreitada. Fiat A principal novidade apresentada pela Fiat foi o Bravo, hatchback médio que chega para substituir o Stilo. O lançamento oficial será realizado no final do mês, assim a apresentação foi um ‘avant-première’ do modelo que chegará com duas opções de motor (E.torQ 1.8l 16v Flex e T-Jet 1.4l 16v) três versões de


EspEcial salão do automóvEl

Novembro 2010

Omar Matsumoto

Alexandre Akashi

90

os 30kg a mais do Sporting, que pesa 955kg. No entanto, as rodas da Sporting são de 15 polegadas (ante as de 14” das demais versões 1.4l), cobertas por pneus 185/60. O câmbio é idêntico às demais versões: manual de cinco marchas à frente e uma a ré.

Fiat Uno Sporting

Fiat Bravo

acabamento: Essence, Absolute e T-Jet. O Bravo é um modelo já comum em outros mercados e os motores já figuram entre os carros da marca vendidos no Brasil. Assim, com este lançamento,

a Fiat alinha todos os produtos em torno de um estilo comum, inaugurada com Punto, Linea e mais recentemente com o facelift do Idea. Outra novidade foi o lançamento da versão Sporting do

novo Uno, com motor 1.4l Fire EVO Flex (o mesmo da versão Attractive e Way 1.4l), de 85cv/88cv de potência máxima a 5.750rpm (gasolina/etanol) e torque máximo de 12,4kgfm/12.5kgfm a 3.500rpm (gasolina/etanol). Curiosamente a relação de diferencial é a mesma da versão Way, um pouco mais curta do que a Attractive, mas, apesar disso, a velocidade máxima informada pela Fiat é a mesma da Attractive : 170km/h (gasolina) / 172km/h (etanol), mesmo com

General Motors A Chevrolet, assim como a Ford, mostrou o último lançamento nacional da marca, a picape Montana, que ganhou a frente do Agile e uma caçamba bem espaçosa, conquistando assim o título de picape leve com maior capacidade de carga do mercado: 758kg. O motor é o Econo.Flex 1.4l 8v de 97cv/102cv de potência máxima a 6.000rpm (gasolina/etanol) e torque máxi-

mo de 13,2kfgm/13,5kgfm a 3.200rpm (gasolina/etanol), com câmbio manual de cinco velocidades à frente e uma a ré. Mas a grande sensação foi o anúncio do início das vendas no mercado brasileiro do Camaro SS, via importação oficial, por R$ 185 mil. O modelo disponibilizado é o topo de linha, com motor de alumino (bloco e cabeçote) V8 6.2l 16v, que rende 406cv de potência máxima a 5.900rpm e torque máximo de impressionantes 55.6kgfm a 4.600rpm. Com câmbio automático sequencial de 6 velocidades à frente e uma a ré, o Camaro SS acelera de 0 a 96km/h em 4,8s, e tem velocidade máxima limitada eletronicamente em 250km/h. As rodas são de alumínio de 20 polegadas, revestidas por pneus de 245/45 na frente e 275/40

Se em 2008 o Salão do Automóvel de São Paulo contou com a participação de duas montadoras chinesas (Effa e Hafei), neste ano foram nada menos do que nove o número de marcas sínicas, sendo que algumas delas estrearão no mercado no ano que vem, como JAC Motors, Brilliance Jinbei e Haima. As demais já atuam no mercado nacional, com destaque para Chery, Haffei Motor, Effa Hafei, Chana, Effa Changhe, Lifan e Jinbei Automobile. A JAC Motors é a que chega com mais fôlego, e projeta vendas de 35 mil unidades para 2011, ano de estreia da marca. Para tanto, terá três produtos: o J3 (sedan e hatch), com motor 1.4l VVT em bloco de alumínio de 108cv de potência e torque de 138Nm a 4.500rpm, que chega em março, o sedan médio J5, com motor de 1,5 litro, VVT, em bloco de alumínio, que desenvolve 125cv de potencia e tem torque de 161Nm a 4.000rpm (chega em setembro de 2011), e a minivan J6, que chega em junho, com motor 2.0l de 136cv de potência e torque máximo de 187Nm a 4.000rpm. Segundo o presidente do

Grupo SHC e representante oficial da JAC Motors no Brasil, Sergio Habib, a montadora já estuda o desenvolvimento do sistema flexfuel, que deve ser feito pela Delphi. Em relação a preço, o J3 hatch tem custo previsto de R$ 37.900, enquanto o sedan deve sair por R$ 39.900. Brilliance Jinbei Pertencente ao mesmo grupo da CN Auto, empresa controladora e importadora oficial dos veículos utilitários Towner e Topic, a Brilliance Jinbei tem estreia prometida para 2011, com quatro modelos: os hatchbacks compacto FRV e FRV Cross, o sedan médio FSV, e o sedan de luxo Splendor. A expectativa é comercializar 1.500 unidades no primeiro ano. O hatch FRV chega com motor de quatro cilindros 1.5l, que rende 102cv de potência a 6.000rpm e torque máximo de 141Nm a 4.000rpm, com câmbio manual de cinco velocidades, assim como o FRV Cross, porém como o carro é 30mm mais comprido, o motor 1.5l desenvolve um pouco mais de potência: 104cv a 6.000rpm. O torque é

o mesmo. Já o sedan médio FSV chega com o mesmo motor do 1.5l que equipa o FRV Cross, mas com câmbio automático, e o Splendor, com motor 1.8l de 134cv de potência a 5.000rpm e torque máximo de 165Nm a 4.500rpm, e duas opções de câmbio: manual de cinco velocidades ou automático de quatro. Haima A terceira estreante é a Haima, marca que será importada pela Districar, que representa a sul-coreana SsangYong (no Brasil, desde julho de 2001) e a também chinesa Chana (desde junho de 2007). Os modelos que desembarcarão no Brasil são o hatch compacto Haima 2, o hacth e sedan médio Haima 3, e o SUV Haima 7. O primeiro terá duas versões de motorização: 1.3l, de 92cv de potência a 6.000rpm e torque máximo de 126Nm a 4.000rpm, e 1.5l de 105cv de pot~encia a 6.000rpm e torque máximo de 141Nm a 4.000rpm, ambas com transmissão manual de cinco marchas. O sedan Haima 3, versão

Fotos: Divulgação

Invasão chinesa: nove montadoras marcam presença

Lifan 320

GLS, traz motor de 1.8l, de 122cv de potência a 6.000rpm e torque máximo de 160Nm a 4.000rpm, com câmbio manual ou automático, enquanto o Haima 3 Hatchback, também na versão GLS, tem duas opções de motores, uma de 1.6l, de 115cv de potência a 6.000rpm e torque máximo de 158Nm a 4.500rpm, com câmbio mecânico de cinco marchas, e outra de 1.8l, que rende 122cv de potência a 6.000rpm e torque máximo de 160Nm a 4.000rpm, com câmbio automático CVT. Já o SUV Haima 7 tem visual inspirado nos carros da Mazda, montadora com a qual a Haima tem parceria tecnológica. O Haima 7 traz motor 2.0l 16V VVT com 150 cavalos de potência

a 6.000rpm e torque máximo de 195Nm a 4.000rpm e com transmissão manual de cinco velocidades. Chery Entre as marcas chinesas instaladas no Brasil a Chery é a mais avançada. Estreante no Salão do Automóvel, já comercializou neste primeiro ano de operações quase 3.500 veículos, desde que lançou o Tiggo, em agosto do ano passado. A grande novidade foi a confirmação da instalação da linha de montagem em Jacareí, interior de São Paulo, onde investirá US$ 400 milhões para iniciar a produção de 50 mil veículos por ano, em 2013. Enquanto isso, em março de


EspEcial salão do automóvEl na traseira. Entre as diversas tecnologias embarcadas, destaque para o AFM (Active Fuel Management) ou desligamento automático dos cilindros, que desabilita a injeção de combustível em quatro cilindros em viagens tranquilas, para reduzir o consumo. Outro destaque é o sistema batizado de Head-Up Display (HUD), que reflete algumas informações no para-brisa do veículo, como velocidade, rotação do motor e até a estação de rádio, com possibilidade de regulagem da altura e intensidade das imagens. Outro veículo de destaque no estande foi o bom e velho Omega importado da Austrália, agora em versão desenvolvida em parceria com o ex-piloto Emerson Fittipaldi. Assim, ficou mais esportivo, com motor

mais apimentado. O conhecido Alloytec V6 3,6 litros ganhou injeção direta de combustível e quase 40cv de potência a mais do que o antecessor. Passou de 254cv para 292cv a 6.200rpm e torque máximo de 36,72kgfm a 2.900rpm. Além disso, ganhou transmissão automática sequencial de seis velocidades à frente e uma a ré, e novas rodas de alumínio 17” com pneus 225/55. O novo Omega acelera de 0 a 100km/h em 6,8 segundos e alcança velocidade máxima de 235km/h (limitada eletronicamente). O Chevrolet Omega Fittipaldi chega com preço de R$ 128 mil. Volkswagen Assim como as principais concorrentes, a montadora alemã mais antiga no País destacou

Novembro 2010

91

Chevrolet Omega

os veículos importados nesta edição do Salão do Automóvel. O principal foi o novo Jetta, que ganhou nove centímetros de comprimento, motor 2.0l TSI (turbo com injeção direta), de 200cv de potência máxima a 5.100rpm e torque máximo de 28,6kgfm a 1.700rpm. O câmbio é mecânico, de seis velocidades. A previsão é começar a vender o modelo no início do ano que vem. Em 2011, segundo a Volkswagen, o consumidor brasileiro também terá acesso à sé-

Chevrolet Camaro

tima geração Passat, que começa a ser vendido este mês na Europa. O motor é o mesmo 2.0l TSI, porém com 210cv de potência a 5.300rpm e torque máximo de 28,6kgfm a 1.700rpm. O câmbio é o DSG de dupla embreagem,

Lifan 620

Brilliance FRV

Chery S18D

Chery QQ

Chery S18

Haima 2

Haima 3

Haima 7

2011, promete trazer o Chery QQ, subcompacto que tem como principal atrativo o preço: R$ 22.900, com ar-condicionado, direção hidráulica, trio elétrico, painel digital, faróis de neblina, sensor de ré, airbag duplo, vidros, travas e retrovisores elétricos e rádio AM/FM com CD Player MP3 com entrada USB. O motor, desenvolvido pela própria Chery, é um 1.1l ACTECO a gasolina, 16 válvulas, que rende 68cv de potência e torque de 90Nm a 3500rpm. Além de todos itens acima, vem também com freios ABS. No salão, a Chery apresentou

ainda outros três modelos que devem desembarcar em maio no Brasil: o Fulwin 2, nas silhuetas hacth e sedan, com motor flex 1.5l 16v ACTECO, desenvolvido em parceria com a Delphi (será o primeiro veículo chinês bicombustível do mercado). São 111cv/116cv de potência (gasolina/etanol) e torque máximo de 145Nm a 3.000rpm. Os outros dois modelos são o S18 e S18D. O primeiro é um hatchback compacto e o S18D um crossover compacto, ambos equipados com motor 1.3l 16v ACTECO gasolina que produz potência de 84cv e torque de

122Nm a 3500rpm.

de 70 funcionários, e vai produzir cerca de 3.000 veículos este ano. Em 2011, a montadora projeta produção de 25.000 unidades e, a partir de 2012, com um investimento adicional de US$ 15 milhões, 40.000 carros por ano. Os planos são ambiciosos, uma vez que 85% da produção da planta de San José destinase ao Brasil, e o restante para o mercado uruguaio. Entre outubro e dezembro deste ano, a meta da empresa é vender cerca de 2.500 veículos da Lifan no País. O hatch 320 tem aparência similar ao Mini Cooper, tanto que no estande da Lifan um sósia do

Lifan Representada com exclusividade no Brasil pelo Grupo Effa, a Lifan aproveitou o Salão do Automóvel para lançar oficialmente a marca com a apresentação de dois modelos: o hatchback compacto 320 e o sedã médio 620. Ambos são montados no Uruguai, em planta construída pelo Grupo Effa com investimento de US$ 25 milhões. Inaugurada em abril deste ano, em San José, Região Metropolitana de Montevidéu, a planta da Lifan conta com cerca

seis velocidades, a mesma tecnologia empregada nos Audi. O novo Passat chegará com um pacote bem interessante de tecnologias embarcadas, muitas delas comuns nos veículos da Audi, como o sensor de fadiga,

ator Rowan Atkinson, caracterizado de Mr. Bean, posava ao lado do carro. Porém, as semelhanças param por ai. O Lifan 320 vem equipado com motor quatro cilindros de 1.3l 16v, gasolina, que rende potência máxima de 88cv a 6.000rpm e torque máximo de 110Nm a 5.000rpm, com câmbio manual de cinco velocidades à frente e uma a ré. Custa R$ 29.980, e chega com dois airbags de série, direção hidráulica, ar-condicionado, “trio elétrico”, sistema de som, rodas de liga leve de 14”, travamento automático das portas após 20 km/h, destravamento automático das portas em caso de colisão e sistema de freios ABS com EBD. Lifan 620 O sedan médio 620 tem preço sugerido de R$ 39.980 motor gasolina de quatro cilindros, 1.6l 16v, que rende potência máxima de 106cv a 6.000rpm e torque máximo de 137Nm a 4.800rpm. Assim como o 320, quer conquistar pelo pacote de equipamentos, como duplo airbags, freios a disco nas quatro rodas com ABS com EBD, acendimento automático dos faróis, e sensor de estacionamento.


EspEcial salão do automóvEl

Divulgação

VW Jetta

que lança um aviso sonoro caso perceba sonolência do motorista, e faróis inteligentes que reduzem o nível do feixe de luz dos faróis ao detectar veículos no sentido contrário ou aproximação de um carro à frente. Outra novidade será a integração do Park Assist, tecnologia que por enquanto só está disponível no Tiguan. A Volkswagen levou também

a Touareg 2011, apresentada recentemente na Europa. Por lá, a marca alemã começa a produzir em série o modelo com propulsão híbrida (gasolina/elétrico), com potência total de 380hp. O conjunto é mais potente que o motor V8 usado na versão anterior, e promete consumir menos que um V6. Tanto o híbrido com a versão normal, que tem motor

Divulgação

Novembro 2010

Omar Matsumoto

92

VW Passat

VW Amarok Cabine Simples

V6 TSI com compressor e injeção direta de combustível, são equipados com câmbio automático de oito marchas, que também é o primeiro do tipo produzido pela Volkswagen. Entre os nacionais, a montadora apresentou duas novidades na linha BlueMotion, que chegarão ao mercado no próximo ano, o Fox 1.6l BlueMotion e o Gol 1.0l BlueMotion Technology. Os dois vão se somar ao conhecido Polo BlueMotion 1.6l. Para atingir melhora na eficiência no uso do combustível – seja ele gasolina, etanol ou qualquer mistura de ambos – o Fox BlueMotion, por

exemplo, passou por modificações na carroceria que reduzem a resistência aerodinâmica, um fator que influencia no consumo mesmo em velocidades moderadas. Teve a relação final da transmissão alongada, o que, além de diminuir o gasto de combustível e as emissões, contribui para diminuição do ruído interno e aumento do conforto de rodagem, sobretudo na estrada. A picape Amarok também marcou presença no estande. A montadora aproveitou para apresentar a versão Cabine Simples, voltada principalmente para o trabalho e que chegará ao

mercado no primeiro semestre do próximo ano. Com o mesmo comprimento total da Cabine Dupla, a grande diferença da Cabine Simples é a caçamba, 65cm mais longa. O motor é um turbodiesel 2.0l de 122cv de potência a 3.750rpm e torque máximo de 34,7kgfm a 1.750rpm. O câmbio é manual de seis velocidades à frente e uma a ré. Toyota A principal novidade da Toyota para o mercado brasileiro é a confirmação de uma nova fábrica no País, em Sorocaba, interior de São Paulo, onde produzirá um veículo compacto em 2012. Segundo o vice-presidente senior da Toyota Mercosul, Luiz Carlos Andrade Junior, a nova planta vai produzir 400 mil carros por ano, para competir com Volkswagen Gol e Fiat Palio. A montadora japonesa apresentou também uma nova versão da RAV4, com tração 4x2, que

Se por um lado as chinesas marcaram presença, as marcas japonesas Suzuki, Mitsubishi e Subaru também mostraram a que vieram, assim como as coreanas Hyundai e Kia Motors. Esta última com uma longa lista de novidades, e das boas, sendo a principal o Kia Soul Flex, que desembarca no Brasil ainda este ano. Com este lançamento, a Kia se posiciona ainda mais como líder de mercado entre as marcas importadas. Segundo o presidente da Kia Motors do Brasil, José Luiz Gandini, o preço será o mesmo do modelo a gasolina, que deixará de ser comercializado. Um detalhe que chamou atenção foi o aumento de potência do motor, quando abastecido apenas com etanol: 130cv a 6.300rpm e torque máximo de 16,5kgfm a 5.000rpm. Na gasolina, mantém os atuais 124cv de potência e torque máximo de 15,9kgfm a 4.200rpm. Antes do Kia Soul Flex, as

concessionárias da marca já dispõem para venda o novo Sportage e o Cadenza, sedan de luxo que substitui o Opirus. O SUV Sportage passou por uma grande reformulação, com visual semelhante ao Hyundai ix35, mas isso não é uma coincidência uma vez que os dois modelos dividem a mesma plataforma, inclusive o motor quatro-cilindros 2.0l 16v gasolina de 166cv de potência a 6.200rpm e torque máximo de 20,1kgfm 4.600rpm. Haverá versões com câmbio manual de cinco velocidades e automático de seis veolcidades, com tração 4x2 e 4x4, e uma versão com tração 4x4 full-time com distribuição automática de torque para o eixo traseiro. O preço parte de R$ 83.900. Já o Cadenza chega com motor V6 3.5l de 290cv de potência a 6.600rpm e torque máximo de 34,4kgfm a 5.000rpm, à gasolina, com transmissão automática sequencial de seis velocidades, por R$ 119.900. Há uma opção com teto solar, por R$ 124.900.

Em janeiro de 2011 chegam os Cerato Hatch e Koup, e o sedan médio Optima, evolução do Magentis. O Hatch acompanha a motorização do Cerato Sedan: 1.6l de 126cv com opções de câmbio manual de cinco marchas ou automático sequencial, de seis. Já o Koup é um cupê de duas portas, com motor 2.0l de 156cv e câmbio automático sequencial de seis marchas. O novo Optima chega com motor de 2.4l de 180cv e câmbio automático sequencial de seis velocidades. Hyundai A sul-coreana Hyunday aposta na nova geração do sedã Sonata, best-seller na Coréia desde seu lançamento em 1985. O novo Sonata tem motor ThetaII, quatro cilindros a gasolina de 2.4l 16v, que rende 198 cavalos de potência, e câmbio automático de seis marchas sequencial. O carro está completamente novo e segundo a marca, o design foi baseado em conceitos da natureza.

Divulgção

Mais orientais: japoneses e coreanos apresentam novidades

Kia Soul Flex

O novo Sonata tem 2.795mm entre eixos, suspensão McPherson na dianteira e Multi-link na traseira, seis air-bags e freios ABS com EBD. O ESP (Programa de Controle de Estabilidade) é opcional, incluindo o Start- Hill Assist Control e funções Brake Assist System. O Sonata estará a venda em 2011. Subaru A japonesa Subaru trouxe para o Salão do Automóvel o compacto Impreza XV e a versão

mais esportiva, o Impreza WRX/ STI. O primeiro modelo tem rodas de liga leve aro 16, grade desenhada e revestimento no corpo dos paralamas, além de faróis de neblina dianteiros e suspensão estável. Além disso, o carro está equipado com SRS (Sistema de Restrição Suplementar), airbags, cortina SRS e cintos de segurança de três pontos. O motor é um quatro cilindros Boxer a gasolina, de 2.0l 16v que gera 160cv a 6.400rpm e torque máximo de 196Nm a


EspEcial salão do automóvEl Alexandre Akashi

Divulgação

Renault Fluence

Nissan Ainda sem data certa para estrear no Brasil (provavelmente no segundo semestre de 2011), o Nissan March é a aposta da montadora para alavancar vendas e dobrar a participação no mercado brasileiro até 2012. Será o primeiro veículo compacto de uma montadora japonesa no Brasil. Assim como o Tiida e o Sen-

Alexandre Akashi

Alexandre Akashi

mais que os carros híbridos. O veículo foi o primeiro no mundo certificado pelos principais órgãos de proteção ambiental dos Estados Unidos (EPA - Environmental Protection Agency; e CARB - California Air Resources Board) a ser produzido e comercializado em larga escala. Nenhum destes modelos tem prazo para chegar ao Brasil. Apesar de lá fora a Honda ter política de vanguarda tecnológica, aqui, por enquanto, impera a cautela. Vale lembrar que a montadora foi uma das últimas a aderir à tecnologia bicombustível (gasolina/etanol).

Mitsubishi ASX

Subaru Impreza WRX STI Divulgção

Hyundai Sonata

93

Nissan March

Divulgção

Divulgção

Kia Cerato Koup

Alexandre Akashi

Divulgção

Honda A Honda levou os carros híbridos que produz e comercializa no exterior, como a segunda geração do Insight, considerado o Carro Verde 2009 pela entidade britânica Environmental Transport Association (ETA). Por lá, rodam mais de 1.300 unidades do modelo. O Insight possui motor a gasolina 1.3l i-VTEC, acoplado a um outro elétrico, que fornece energia extra em momentos de alta demanda, como arrancadas, retomadas e aceleração. Outra atração foi ao Honda CR-Z, um esporte cupê híbrido

projetado para oferecer eficiência e economia. Segundo a Honda, foi o primeiro híbrido da história equipado com uma caixa de seis velocidades com câmbio manual. É equipado com motor i-VTEC 1.5l 16V de 122 cv de potência e propulsor elétrico de 13 cv de potência e 8 kgfm. O visitante pode conferir também o FCX Clarity, veículo equipado com célula de combustível operando conjuntamente a uma bateria íon-lítio e um tanque de hidrogênio, de 134cv de potência. A reação de hidrogênio com o oxigênio atmosférico ocorre dentro dessa célula, que é a principal responsável por produzir a energia que faz com que o carro se locomova. Assim, o veículo só emite água pelo escapamento. Segundo a Honda, o FCX Clarity é duas a três vezes mais econômico que veículos a gasolina, e uma vez e meia a

Divulgção

tem planos de chegar às concessionárias ainda este mês. O motor é o mesmo da versão 4x4: um qautro-cilindros a gasolina, 2.4l 16v VVT-i, que gera 170cv de potência máxima a 6.000rpm e torque máximo de 22.8kgfm a 4.000rpm. A transmissão é automática, de quatro velocidades.

Novembro 2010

Suzuki Jimny

Kia Optima

Kia Cadenza

Kia Sportage

3.200rpm, com bloco e cabeçote de alumínio. Vem com duas opções de câmbio: automática sequencial de quatro velocidades (por R$ 75 mil), ou mecânica, de cinco velocidades, com alavanca de redução (por R$ 70 mil). A tração é 4x4 integral, com diferencial dianteiro, central e traseiro com escorregamento limitado (LSD) Já o esportivo Impreza WRX/ STI chega finalmente na versão sedan, com motor Boxer gasolina de quatro cilindros, 2.5l 16v,

turbo intercooler que rende 310 cavalos de potência a 6.000rpm e torque máximo de 407Nm a 4.000rpm. A tração é integral, 4x4, com diferencial central e traseiro com LSD por acoplamento multidisco viscoso, com controle eletrônico do diferencial central e sistema de controle dinâmico do veículo. Com a nova silhueta, o consumidor pode escolher dois tipos de câmbio: mecânico de seis velocidades, por R$ 215 mil, ou automático sequen-

cial de cinco velocidades, com borboletas no volante, por R$ 220 mil. Os destaques no carro incluem acabamento cromado e um grande aerofólio com ponta tridimensional.

160cv de potência. Na versão manual (2WD), o veículo possui câmbio de cinco marchas, enquanto na versão automática o câmbio é o exclusivo INVECS III CVT (Transmissão de Variação Contínua), com sistema sequencial Sports Mode de 6 velocidades.

Mitsubishi O novidade foi a apresentação do crossover ASX, que terá preço entre R$ 80 mil e R$ 100 mil, e versões 4x2 e 4x4, ambas com motor 2.0l de 4 cilindros, 16v com comando variável – MIWEC com injeção direta e

Suzuki A Suzuki apresentou os veículos que já comercializa no Brasil, desde 2008 quando a marca voltou a ser vendida. A

tra, será importado do México e segundo reportagem da Folha de S.Paulo, o vice-presidente de design da Nissan, Alfonso Albaisa, “deixou escapar que o March será vendido aqui com motor 1.0 “flex””. Além da apresentação do compacto, a Nissan lançou uma nova versão da Livina, batizada de Night & Day, e a Frontier

principal novidade foi o anúncio da produção no País a partir de 2012, ainda sem local definido. No estande, foi possível conferir a terceira geração do Grand Vitara, com design mais clean, motor de alumínio 2.0l (DOHC) a gasolina e 16 válvulas, de 140cv de potência, com torque de 187Nm. Outro modelo exposto foi o jipinho compacto Jimny, que ganhou destaque ao ser apresentado com uma versão personalizada para enfrentar trilhas off-road. O motor é de alumínio de 1.3l (DOHC) com 16 válvulas, comando de válvulas variável (VVT), gasolina, com potência de 83cv e torque máximo de 110Nm. Destaque para a tração 4x4 que pode ser acionada com o carro em movimento, a velocidades de até 100km/h. O terceiro modelo era o SX4, com design assinado por Giorgetto Giugiaro. O SX4 chega com motor 2.0l 16v DOHC, à gasolina, em alumínio, que gera 145cv de potência e 187Nm de torque, além de coletor de admissão variável.


94

EspEcial salão do automóvEl

Novembro 2010

Strike. A série especial Night & Day traz motor 1.6l 16V, câmbio manual e duas opções de cores metálicas, preta e prata, que inspiram o nome da série. O modelo está posicionado entre a versão “S” e a “SL”, e traz novas rodas de liga leve, grade frontal e uma faixa horizontal cromada na tampa do portamalas e rack estrutural no teto. Internamente apresenta revestimento dos paineis das portas e dos bancos em couro, e air bag para o passageiro. O custo é de R$ 47.990. A Frontier Strike tem como base a versão “SE”, mais rack de teto, estribos, grade cromada, protetor de caçamba e um ex-

clusivo conjunto de adesivos com as marcas Frontier e Strike. No interior, para completar o pacote, a série Strike ganha CD player com AM/FM estéreo e entrada auxiliar (para iPod). O preço: R$ 92,790 (na versão 4x2) e R$ 99,390 (4x4). Renault O grande momento da Renault foi a pré-apresentação do sedan médio Fluence, que tem início de vendas programadas para fevereiro de 2011. Fabricado na Argentina, o Fluence será oferecido com motor 2.0l 16v flex e câmbio CVT (o mesmo conjunto do Nissan Sentra, fruto da parceria com Renault-Nissan).

Assim, o motor é um quatro-cilindros em linha, com bloco e cabeçote de alumínio, que desenvolve a potência de 140cv/143cv (gasolina/etanol) a 6.000rpm e torque máximo de 20,3kgfm/19,9kgfm (gasolina/ etanol) a 3.750rpm. O destaque é a arquitetura multiplexada, que gerencia todos os sistemas do veículo, desde o controle dos freios ABS, ao volante com assistência elétrica, ajustando por exemplo o “peso” da direção conforme a velocidade do veículo, e o acionamento dos vidros. Com o equipamento de diagnóstico original será possível visualizar todo o histórico do veículo.

Além do Fluence, a Renault apresentou uma versão com apelo esportivo do Sandero, batizado de GT Line. O motor é o velho conhecido 1.6l 16v Hi Flex K4M, que desenvolve potência máxima de 107cv/112cv a 5.750rpm (gasolina/etanol) e torque máximo de 15,1kgfm/15,5kgfm a 3.750rpm (gasolina/etanol). As diferenças ficam por conta da estética e acabamento interno, concebidas pela equipe do Renault Design América Latina (RDAL), o primeiro estúdio de design da marca no continente americano. Os destaques são os faróis com máscara negra e faróis de neblina com moldura preta, os retrovisores na cor

preto brilhante, e as rodas 15 polegadas confeccionadas em liga leve, também na cor preta. O preço sugerido é de R$ 42.590, e por mais R$ 1.000 é possível equipar o veículo com freios ABS. Peugeot A francesa Peugeot preparou três boas novidades. A primeira chega este mês, em duas versões de acabamento: Allure, por R$ 79.900, e Griffe, topo de gama, por R$ 86.900. Trata-se do 3008, crossover de tamanho generoso, que vira equipado com motor gasolina 1.6l 16v de injeção direta de combustível com turbocompressor, desenvolvido em cooperação com a BMW, que

O que se viu no Salão do Automóvel 2010 foram carros conceito totalmente ligados em sustentabilidade e economia de combustível. Carros compactos e híbridos foram expostos em praticamente todos os estandes. Alguns já foram mostrados em eventos no exterior antes de chegar aqui. A aposta é principalmente em veículos que economizam combustível, com baterias íon de lítio e recarregáveis em tomadas domésticas. No design, muitos compactos que seguem a tendência mundial e jovial, como no Mio, da Fiat, e o Start, da Ford. Alguns foram desenhados para apenas duas pessoas, como o L1, da Volkswagen, que também promete ser o carro mais econômico do mundo. A Toyota apresentou três conceitos, um inclusive já disponível no mercado europeu. Na categoria Racing, a Citroën apostou em um carro totalmente esportivo, assim como a GM. Confira todas as novidades conceito do Salão 2010. O mais econômico A Volkswagen levou o conceito L1. Totalmente híbrido, o carro tem motor diesel de alta

tecnologia e motor elétrico, carroceria plástica reforçada com fibra de carbono, pesa apenas 124kg e com velocidade máxima de 160km/h. Segundo a Volkswagen, o L1 faz 72,4km com um litro de diesel, sendo considerado o carro mais econômico do mundo. O carro tem dimensões muito parecidas com veículos que já temos no mercado: com 3.813mm de comprimento, o L1 está próximo de um Volkswagen Fox, enquanto sua altura, de 1.143mm, é quase igual à do Lamborghini Murciélago. A largura é de 1.200mm, totalmente diferenciada das medidas dos carros de produção atuais. Ford: O próximo Ka? Apontado por muitos europeus como substituto do Ka, a Ford trouxe para o Salão o Start. Com linhas suaves e motor EcoBoost 1.0l, que tem baixas emissões e transmissão manual de cinco marchas, o carro também conta com turbocompressor e injeção direta de combustível. Com a estrutura em liga de alumínio, o carro tem célula de segurança de alta resistência, os painéis externos pré-coloridos, deformável e reciclável. Os fa-

róis, lanternas e luzes auxiliares possuem uma linha fina de LEDs, de alta potência luminosa e estilo aerodinâmico. O Fiat dos internautas A Fiat apresentou o conceito FCCIII, batizado de Mio, desenvolvido totalmente no polo industrial da montadora em Betim, Minas Gerais. A criação do carro conceito contou com a participação dos internautas, que puderam dizer o que gostariam de ver em um veículo. O Mio tem menos de três metros de comprimento, um design moderno e futurista e possui várias soluções tecnológicas internas, como integração com celular, media player, GPS e outros gadgets via um sistema operacional próprio. Para complementar, tela de controle touch screen, head-up display (HUD) e autodiagnóstico. Esportivo jovem da GM A General Motors trouxe um carro de linhas agressivas. O hatch Aveo tem motor Ecotec 1.4l Turbo de 138cv e câmbio manual de seis marchas. O carro é equipado com grades duplas, farois de dupla parábola, lanternas traseiras arredondadas e para-

Alexandre Akashi

Compactos e sustentáveis: conceitos privilegiam tecnologia híbrida

GT by Citröen

lamas alargados. O para-choque do conceito tem duas grandes entradas de ar – que funcionam como dutos para refrigerar o sistema de freio, com faróis de neblina em destaque integrados. As maçanetas traseiras embutidas na coluna C, que dão uma impressão de um carro com duas portas. No interior, o console central integrado contém um mostrador digital, os controles do ar-condicionado e o sistema de som, que inclui até uma entrada USB e iluminação ice-blue. Crossover da Hyundai O Crossover Nuvis da Hyundai já havia sido apresentado no Salão de Nova Iorque. O conceito é híbrido, com conjunto de baterias de lítio polímero. O carro tem rodas aro 22, portas em formato de “asa de gaivota”, uma

luz azul que ilumina a carroceria, dando um aspecto imponente ao veículo. Internamente, o Nuvis tem comunicação TouchSense e estofado ecologicamente correto. O carro tem 4,78 metros de comprimento e possui motorização híbrida com motor elétrico de 30kW com torque de 205Nm, transmissão automática de seis velocidades, gerador de ignição integrado, sistema de freios com frenagem regenerativa e compressor elétrico. O compacto elétrico da Honda O protótipo EV-N da Honda tem visual baseado no histórico N360, produzido pela montadora nos 1960. O carro tem motor elétrico e baterias íon de lítio recarregáveis em tomadas de energia convencionais e possui teto que armazena energia solar


EspEcial salão do automóvEl

Peugeot RCZ

proporcional. Citroën O destaque da Citroën no Salão foi o recém-lançado AirCross, SUV compacta derivada do C3, produzido no Brasil (na planta de Porto Real), em três versões (GL, GLX e Exclusive), equipado com motor 1.6 16V Flex, que rende

113cv de potência a 5.800rpm com álcool e 110cv a 5.800rpm com gasolina, e torque máximo

Fiat Mio

Ford Start

L1, da Volkswagen

HR1, da Peugeot

para alimentar as baterias, gerando ainda mais economia. O carro tem quatro lugares e os encostos bancos podem ser trocados. A iluminação da grade dianteira é de Lead.

200 cavalos de potência com torque máximo de 28,5kgfm a 2.600rpm. O câmbio é manual de seis marchas e a alavanca lembra um joystick.

seis velocidades (com comandos no volante ou na alavanca), suspensão dianteira do tipo pseudo-McPherson, e barra de torção na suspensão traseira.

brisa informações importantes relativas à direção, tais como a velocidade ou as indicações do sistema de navegação (no campo visual direto do motorista).

Peugeot híbrido Voltado ao público jovem, o HR1 da Peugeot foi criado a partir do cruzamento de cupê, SUV e carro urbano. O carro mede 3.68 metros de comprimento e 2,31 metros entre eixos. Tem rodas de 19” e portas de abertura elétrica. Os faróis e luzes são de tecnologia full lead. O carro tem ainda um sistema de reconhecimento de movimento, que pode controla o áudio, navegação e climatização do veículo. Dotado de propulsão híbrida, o HR1 é equipado com um motor a combustão interna de três cilindros a gasolina, 1.2l THP de 110cv, que traciona as rodas dianteiras, e um elétrico de 37cv na traseira. Juntos, oferecem um potencial de 147cv, consumo misto de apenas 28,5km/l e 80g/km de CO2 de emissões. O carro tem caixa de

Citroën e o conceito PS 3 O GTbyCitröen foi baseado nos jogos de Playstation 3. Um carro esportivo que lembra aqueles carros vistos nos jogos do famoso videogame da Sony ou no filme Velozes e Furiosos. O GTbyCITROËN é volumoso. Tem 4.960mm de comprimento, largura de 2.080mm e altura de 1.090mm. As rodas são de 21 polegadas com aros em alumínio diamantado. As portas são do tipo asa-de-gaivota e o carro tem ainda defletores e extratores de ar. O carro foi feito para duas pessoas e tem características Racing, os assentos de corrida são de couro escuro, assim como os painéis de porta e piso. O carro tem um mostrador virtual no pára-brisa, e ainda leds de cor vermelha, que permitem projetar sobre o pára-

Os 3 conceitos da Toyota A Toyota trouxe para o Salão do Automóvel três modelos de carros-conceito. O Prius PlugIn é o híbrido mais vendido no mundo. Tem baterias de íon de lítio que podem ser recarregadas em tomada comum em apenas três horas. O carro roda até 21 quilômetros apenas no modo elétrico com velocidade máxima de 96km/h. Para percorrer em longas distâncias, o Prius pode ser revertido para o modo híbrido, movido a gasolina. Outra novidade é o conceito FT-EV. O modelo tem a mesma plataforma do subcompacto IQ, é dotado de motor de baterias íon de lítio, mede menos de três metros de comprimento, e transporta até quatro passageiros adultos em bancos individuais. Atinge 112km/h e

Renault CZX1 Coupé Concept O ZX1 Coupé Concept da Renault tem 4,51 metros de comprimento e carroceria de alumínio. A esportividade do carro fica por conta das rodas aro 21” de liga leve, de sete raios e em dois tons, calçadas pelos pneus Michelin Pilot Sport de perfil baixo e 245 milímetros de largura. O estilo futurista é garantido pela ampla área envidraçada, formada pelo pára-brisa, janelas laterais, teto e vidros traseiros. O carro tem duas câmeras instaladas nas laterais no lugar dos retrovisores. O painel tem entradas para equipamentos de navegação, conectividade, rádio e música, além de sistema de vídeo e telefonia Bluetooth. O motor é 2.0l turbo, movido a gasolina e gera até

95

Divulgação

Alexandr e Akashi

De acordo com a Peugeot, o sedan será oferecido apenas com motor quatro-cilindros 2.0l 16v de 151cv de potência máxima a 6.000rpm e torque máximo de 19,8kgfm a 4.000rpm (o mesmo dos Citroën). Uma pena, pois quem compra um carro deste porte gosta também de motores fortes. Mas, para isso a Peugeot promete trazer o RCZ, cupê esportivo compacto 2+2 lugares, que na Europa custa 20% menos do que o Audi TT (vendido aqui por cerca de R$ 200 mil). O modelo do RCZ para o Brasil terá o mesmo motor do crossover 3008, porém como o peso do RCZ é baixo, a prazer de dirigir deve inversamente

Fotos: Omar Matsumoto

gera 156cv de potência máxima a 6.000rpm e torque máximo de 24kgfm a 1.400rpm. O câmbio é automático sequencial de seis velocidades à frente e uma a ré. Outra tecnologia de destaque do modelo é o Head Up Display, que projeta em uma tela translúcida informações do painel como velocidade e regulador/limitador de velocidade. A segunda e terceira boas novidades ainda não têm data certa para estrear no Brasil, mas já se sabe que virão para o nosso mercado. Uma é o sedan de luxo 408, que irá substituir o 407. A previsão de início de comercialização é no primeiro trimestre de 2011.

Novembro 2010

de 155Nm a 4.500rpm com álcool e 142Nm a 4.000rpm com gasolina.

tem potência de 45KW. O Fines-S é alimentado por células de hidrogênio para alta performance. A célula de combustível usada no carro é de combustível-pilha é o único desenvolvido e construído pela montadora. O interior do carro tem habitáculo de quatro lugares e mede 4,41 metros. Nissan Leaf “O primeiro carro elétrico para atender os requisitos de viabilidade financeira”, é assim que a Nissan apresentou o conceito Leaf. O carro é movido a bateria íon de lítio e atinge velocidade máxima de 140km/h e autonomia de 160km. O motor tem potência de 80kW e torque de 28,5kgfm. As baterias podem ser recarregadas em 80% em apenas 30 minutos com carregador rápido ou em oito horas com tomadas comuns. O Leaf mede 4.44 metros de comprimento e tem 2.70 metros entre-eixos. Os faróis são de led e possui sistema de ajuda. O painel exibe a potência restante, a autonomia e as estações de carregamento nos arredores. O ar condicionado e as funções de carga podem ser ligados pelo telefone celular, mesmo com o carro desligado. O hatch tem lugar para cinco pessoas. (Bruna Paranhos)


96

EspEcial salão do automóvEl

Novembro 2010

Ferrari 599 GTO

Fotos: Divulgação

Para quem dinheiro não é problema, o Salão do Automóvel foi uma forma bastante interessante de escolher a próxima aquisição, sem precisar andar muito. Este ano, todas as marcas Premium compareceram ao evento, e mostraram os lançamentos mundiais. Tinha de tudo, mas o principal lançamento foi o Bugatti Veryon, que tem motor de 8 litros em W, 16 cilindros, quatro turbos que rende singelos 1.001cv de potência máxima a 6.000rpm, e torque máximo de 127,1kgfm a 2.000rpm. Vai de 1 a 100km/h em 2,7 segundos e alcança a velocidade máxima de 406km/h. Custa R$ 7.700.000 (vou escrever por extenso para ajudar a ler: sete milhões e setecentos mil reais). Pra que ir tão rápido? Mas, para quem quer mais, na Europa tem: o Veyron Super Sport, com 1.200cv e torque de 153kgfm, graças a turbocompressores e resfriadores de ar diferenciados. Chega a 431km/h, mas a versão comercial foi limitada em 415km/h, por medida de segurança. Para quem achou o preço do Veryon salgado, a Platinuss apresentou um modelo que chega aos mesmos 415km/h por apenas R$ 6 milhões, o Koenigsegg CCXR E100 Platinuss Special, um superesportivo bicombustível, que foi projetado especialmente para a importadora brasileira e pode ser abastecido com 100% etanol ou gasolina de 98 octanas. O motor do CCXR E100

Alexandre Akashi

As cerejas do bolo: os carros mais rápidos do mundo aqui no Brasil

Mercedes-Benz Classe E Cabrio

Lamborghini Gallardo Superleggera

Audi R8 Spyder

Platinuss é um V8 de 4.7l biturbo que rende 1.100cv de potência. Segundo a Platinuss, o aumento de potência do CCXR, em comparação com o CCX, no qual foi baseado, é resultado das propriedades de resfriamento de etanol em câmaras de combustão do motor permitindo uma maior pressão dentro do cilindro e do biocombustível com maior octanagem. Mas a grande atração do estande da Platinuss foi o lançamento do Vorax (cupê e roadster), projetado pela Rossin-Bertin, a primeira fábrica 100% brasileira de automóveis superesportivos, nascida a partir da associação do projetista Fharys Rossin (ex-GM) e do fundador da Platinuss, Natalino Bertin Junior. O Vorax é um bólido com carroceria em fibra de carbono

Porsche Panamera

BMW Active Hybrid

e chassi space-frame de alumínio, com motor BMW V10 de 5 litros, que rende 570cv e câmbio sequencial de sete marchas, que promete velocidade máxima de 330km/h e 0 a 100km/h em 3,8 segundos. Será oferecido também uma versão Supercharger, com 750 cv, velocidade de 372km/h e 0 a 100km/h em 3,6 segundos. O preço é uma pechincha em comparação aos modelos apresentados anteriormente: R$ 700 mil (estimado). Ferrari A Ferrari mostrou o mais rápido carro de rua já produzido pela marca: a 599 GTO, baseada no 599 XX, carro conceito utilizado para desenvolvimento tecnológico. A sigla GTO remete a dois clássicos, de 1962 e 1984, assim com está irá se tornar já que terá apenas

Volvo S60

599 unidades. A 599 GTO é totalmente dedicada a alta performance e conta com tecnologia extraída das pistas, como manda a política da marca, entre elas freio de carbono-cerâmica, aerodinâmica que produz downforce de 144kg a 200km/h e o motor V12 de 670cv que atende a norma Euro5 de emissões. O preço deve ficar em torno de R$ 2,25 milhões. Lamborghini A principal atração da Lamborghini foi a Gallardo LP570-4 Superleggera que possui diversos componentes em fibra de carbono para reduzir o peso do carro 70kg em comparação a Gallardo LP560-4. Com 1340kg, é a Lamborghini mais leve já feita para as ruas. O motor V10 5.2l tem 570cv e leva o Superleggera de 0 a 200km/h em apenas 10,2s, sem dis-

pensar o ar-condicionado e os vidros elétricos. Porsche Os Porsche Cayenne e Panamera representam 60% das vendas da marca no país, e agora passarão a contar com a versão de entrada V6 ao valor de R$ 269 mil para a Cayenne e R$ 389 mil para o Panamera que praticamente domina o mercado de alto luxo modelo GT, com cerca de 50% da fatia do mercado. Este ano a Porsche pode quebrar o recorde de vendas no Brasil chegando a marca de 800 veículos. As estrelas do estande eram o modelo híbrido da Cayenne, produzido com o conceito Porsche Intelligent Performance, que está em fase de homologação e pesquisa de aceitação do público, e o Carrera GT2 RS, o modelo de produção


Fotos: Divulgação

EspEcial salão do automóvEl Fotos: Divulgação

Novembro 2010

mais rápido já produzido pela Porsche. O motor seis cilindros 3.6l com duas turbinas de geometria variável e injeção direta de combustível produz 620cv de potência e leva o GT2 RS de 0 a 100km/h em 3,5s, chegando a máxima de 330km/h. Se desejar um entre na fila, pois o modelo terá apenas 500 unidades produzidas, e todas já foram vendidas. Audi O rei Roberto Carlos foi o primeiro a comprar o R8 Spyder no Brasil, e o playboy Tony Stark, personagem do filme Homem de Ferro 2, também se deliciou com o modelo. Por alguns minutos, este repórter se igualou a eles, em um rápido teste drive oferecido pela marca, durante o Salão. Impressiona como é fácil se acostumar com os 525 cavalos de potência gerados a 8.000rpm e os 530Nm de torque máximo oferecidos a 6.500rpm pelo propulsor V10 de 5.2l, aspirado, de injeção direta. O bólido é manso e suave quando preciso, mas basta apertar o pedal da direita com um pouco mais de força que toda a cavalaria se solta e o corpo cola no banco enquanto os ponteiros do conta-giros e velocímetro travam uma briga para ver quem sobe mais rápido. Em pouco mais de 4 segundos a velocidade superava os 100km/h e antes de acionar os freios, estava em 140km/h em um curto e sinuoso trecho de reta. Tudo isso sem nenhum susto, pois a tração Quattor faz todo o trabalho. Segundo a Audi, o R Spyder leva 12,7 segundos para chegar a 200km/h e alcança a velocidade máxima de 313km/h. Vem calçado por rodas de 19 polegadas, com pneus 235/35 na dianteira e 295/30 na traseira, com a opção de pneus 305/30. Com seria bom se eu tivesse R$ 785 mil... BMW O BMW ActiveHybrid 7 foi o destaque da marca alemã no

Range Rover Evoque

estande, pois confirmaram que o carro poderá ser adquirido por consumidores brasileiros. Chega para tirar da MercedesBenz S400 Hybrid o posto de único sedan de luxo Premium a oferecer versão híbrida. Mas, assim como o concorrente, não é um carro para qualquer um. O ActiveHybrid 7 tem motor V8 a gasolina de injeção direta, com tecnologia BMW TwinPower Turbo, combinado com um motor elétrico trifásico síncrono, que somados resultam em potência de 465CV e torque máximo de 700Nm. O motor elétrico é pequeno, assim como no Mercedes-Benz, gera 20cv e está presente apenas para evitar que o propulsor a combustão trabalhe em rotações baixas, momento que apresenta pior rendimento. Dessa forma, o pesado sedan de mais de 2 toneladas consegue rodas em média 9,4km/l (ciclo misto), segundo a BMW. Jaguar A Jaguar traz como principal lançamento o XJ, maior carro da marca com 5,12m de comprimento, porém com apenas 1800kg, por ter a carroceria totalmente em alumínio, assim o motor V8 supercharger de 510cv pode o levar a 100km/h em apenas 4,8s. A pretensão é vender 12 Jaguar XJ que custa R$580 mil em um mercado de 60 carros por ano. A linha XF

Vorax

Aston Martin Rapide V12

terá motorização V6, V8 aspirado e V8 supercharger, com valores de R$ 278 mil a R$ 405 mil. O modelo esportivo XKR possui a mesma motorização do XJ e custa R$ 489 mil. Aston Martin A marca ficou mundialmente conhecida como o carro do Agente Secreto mais famoso do mundo, James Bond, o 007. Chegou ao Brasil em agosto, com a expectativa de vender 25 carros por ano. Vendeu tudo em dois meses e por

isso o presidente do Grupo SHC, Sergio Habib, titular da operação da Aston Martin no Brasil, elevou os objetivos em 400%: quer comercializar 100 veículos por ano. Para tanto, trouxe quatro modelos ao salão: o Vantage V8 conversível, o DB9 V12 cupê, o DBS V12 cupê, e o primeiro cupê quatro portas da marca, lançado recentemente, o Rapide V12, que chega com motor de 12 cilindros em V, de 6.0l, 470cv a 6.000rpm e torque máximo de 61,2mkgf

97

a 5.000rpm. Pesa quase 2 toneladas e vem com câmbio automático de 6 marchas que o impulsiona de 0 a 100 km/h em 5,2 segundos. A velocidade máxima é de 296km/h. Para guardar um na garagem é preciso ter mais de R$ 960 mil no bolso. Mercedes-Benz A marca da estrela mais cobiçada do mundo apresentou o conceito Shooting Break que inspirou a nova geração do Classe CLS, equipada com motor de injeção direta V6 de 3,5l, que rende 306cv de potência e 370Nm de torque máximo. O modelo conta com tecnologias do conceito BlueEFFICIENCY como o sistema Star/Stop, que desliga e liga o motor quando o carro para. Segundo a marca, a economia de combustível chega a 35%. O destaque comercial da marca foi o Classe E-Cabrio, variante conversível do E350, que tem motor V6 de 272 cv de potência e transmissão automática 7G-TRONIC de sete velocidades. Ainda sem preço definido, chega no final do ano. O E-Cabrio apresenta duas tecnologia s o AirSCARF que ventila ar quente na direção da cabeça e do pescoço dos passageiros, funcionando como um verdadeiro cachecol invisível, e o AirCAP, que usa defletores expansíveis para desviar o ar da cabeça dos ocupantes. Juntos, o AirSCARF e o AirCAP criam uma bolha de ar quente no veículo, garantindo temperatura agradável, mesmo com o clima mais frio. Bentley A Britsh Cars do Brasil é a responsável pela comercialização dos veículos Bentley no país, e trouxe como estrela para o Salão do Automóvel o Bentley Continental SuperSports, que vem equipado com um motor bi-turbo de 6.0l que desenvolve 621cv a 6.000 rpm, e pode ser abstecido tanto com álcool como gasolina, isso mesmo ele é flex, assim como todos os modelos da marca


EspEcial salão do automóvEl

Novembro 2010

Volvo A novidade da Volvo é o novo S60 que introduz a tecnologia de detecção de pedestres e, em caso de emergência, aciona o freio automaticamente. Até a velocidade de 35km/h, o sistema para o carro sem que haja interferência do condutor. O V60 será oferecido com duas opções de motor: T6 3.0l turbo gasolina, de seis cilindros em linha, 304cv de potência e 44,9kgfm de torque, e T5 2.0l de quatro cilindros, também movido a gasolina, que entrega 203cv de potência e 33,2kgfm de torque. Land Rover O destaque da marca é o Range Rover Evoque com design futurista de muito bom gosto. É difícil não gostar do novo modelo, que chega ao Brasil em 2011, com motor Si4 de 2.0l e 240cv de potência, que combina um sistema de injeção direta de combustível, motor turbocharging e uma válvula variável dupla de precisão, o que proporciona grande eficiência no consumo de combustível aliada a uma excepcional dirigibilidade. (Alexandre Akashi e Marco Antonio Silvério Jr.)

Nem só de superesportivos vivem as marcas topo de linha. Audi, BMW e Mercedes-Benz disputam acirrada briga pelo mercado de compactos Premium, veículos pequenos com preço entre R$ 50 mil a R$ 120 mil equipados com muita tecnologia embarcada. No Salão, a Audi anunciou o lançamento do A1, modelo para até quatro pessoas com preço a partir de R$ 90 mil que chega no final de fevereiro. Fizemos um rápido teste drive e constatamos que o motor quatro cilindros 1.4l 16v TFSI (turbo e injeção direta) com 122cv de potência e 200Nm de torque é suficiente para deixar a tarefa de ir e voltar do trabalho todos os dias mais interessante. O câmbio automatizado de dupla embreagem batizado de S-tronic, com sete velocidades explora bem o motor, permitindo que ele trabalhe na melhor faixa de consumo/ desempenho. As trocas são suaves, quase imperceptíveis. Com peso de 1.200kg , o A1 acelera de 0 a 100km/h em 8,9 segundos, atinge a velocidade máxima de 203km/h e consumo declarado pela Audi de 15,4km/l na cidade e 21,7km/h na estrada. Só faltou ser flex.

Para rodar só em pista Duas marcas extrapolaram e trouxeram carros de corrida. Um deles tem até preço: R$ 10 milhões. Trata-se do Pagani ZondaR, que por enquanto conta com apenas 10 unidades em todo mundo. O SondaR é o recordista no famoso circuito de 22km da pista de Nürburgring com Pagani o tempo de 6m47s. ZondaR O carro não é homologado para corridas, mas é totalmente dedicado as pistas e não pode ser utilizado nas ruas. Possui carroceria em fibra de carbono e estrutura em carbono e alumínio pesando meros 1070kg em seus 4,88m de comprimento e 2m de

C180 CGI Na Mercedes-Benz, o destaque é o Classe C 180 que ganhou sistema de injeção direta de combustível (gasolina) e um sobrenome, a sigla CGI (Charged Gasoline Injection, ou injeção de combustível sob carga). O motor é o quatro cilindros de 1.8l, que rende 156cv de potência, torque de 250Nm e atinge uma velocidade máxima de 220km/h, com aceleração de 0 a 100km/h em 9 segundos, e o consumo médio de combustível de 14,3km/l. O preço: R$ 144.900 Smart Os admiradores de citycars têm mais uma opção de versão do smartfortwo, batizada de grey style mhd. Apenas 100 unidades serão comercializadas, 50 na versão cupê, por R$ 65.200, e 50 na conversível, por R$ 73.900. Assim como o fortwo Brazilian Edition, lançado em julho, o grey style tem motor de 71cv e tecnologia mhd (micro hybrid drive, que pode ser traduzido como micro condução híbrida): um gerador que substitui o tradicional sistema composto por alternador e motor de partida. Por meio do módulo independente que possui sensores

Fotos: Divulgação

Compactos Premium: cerejas menores, mas ainda cerejas

deverão ser a parti de 2011. O preço do coupé de duas portas é R$1,25 milhão.

Audi A1

Mercedes-Bens C180 CGI

espalhados por diversos componentes do motor, a tecnologia mhd tem a habilidade para desligar o motor do smart toda vez em que a velocidade do veículo for inferior a 8 km/h e o motorista estiver pressionando o pedal de freio. Mini A atração do estande foi o

Mercedes-Benz CLS AMG GT3

largura, utiliza motor Mercedes-Benz AMG V12 com 750hp e faz de 0 a 100km/h em 2,7s. Já a Mercedes-Benz apresentou um CLS AMG GT3 prateado que estará nas pistas no campeo-

lançamento do Countryman, um MiniCooper de 4 portas com design fora de estrada e tração opcional 4x4. Chega em duas versões: Cooper, de 122cv, e Cooper S, de 184cv. O motor é o mesmo para ambos: 1.6l 16v com injeção direta e gerenciamento de válvulas totalmente variável e dispositivo Start/Stop.

Fotos: Divulgação

98

nato de GT3 do ano que vem. Sob o capô há um motor V8 de 6,3l com cárter seco, que leva o carro de 0 a 100km/h em 3,8 segundos e ultrapassa os 300km/h. O câmbio é sequencial de seis marchas.


consultor ob

Novembro 2010

99

dicas do conselho

Marea 1.8l 16v dá trabalho para reparador Divulgação

Usuário do Fórum Oficina Brasil tem dificuldades para diagnosticar falha e tem apoio do Conselho Editorial O reparador José Vilmar Varela, participante do Fórum do site Oficina Brasil busca ajuda para solucionar problema intrigante em um Marea 1.8l 16v, que já se estende por algum tempo. Segundo o Varela, o veículo inicialmente não pegava, devido a roda fônica estar empenada. Após a troca da peça o motor funcionou, porém com uma falha chegando a apagar às vezes, além de apresentar estouros pelo coletor de admissão. Já foram testados bomba de combustível, sensor de fase, sensor de temperatura da água, map e o chicote, sem identificar a causa da falha. No scanner acusa tempo de injeção alto e sonda lambda fora da faixa, porém a mesma já foi substituída. O caso foi encaminhado para o conselho editorial do Jornal oficina Brasil, que apresentou algumas possibilidades para o problema.

Veja a seguir algumas dicas comentadas pelos conselheiros editoriais Já tive um caso parecido na minha oficina, onde a causa era folga nos pinos do módulo de injeção, que fica localizado atrás do coletor de admissão

Júlio cesar de souza souza car - (11) 2295-7662 conselheiro.julio@oficinabrasil.com.br

Verifique novamente o enquadramento do motor e fique atento também ao estado da ferramenta utilizada para posicionar os comandos de admissão, pois se estiverem danificadas por mau uso ou forem de má qualidade podem deixar o motor fora de ponto aleksandro Viana Grupo sahara - (11) 2731-2000 conselheiro.aleksandro@oficinabrasil.com.br

Verifique o enquadramento correto deste motor e confira se a ferramenta utilizada é a correta para este motor, pois na linha Fiat é possível confundir e o ponto não ficará correto carlos eduardo bernardo design Mecânica - (19) 3284-4831 conselheiro.andre@oficinabrasil.com.br

Mesmo já tendo substituído a sonda lambda desconfie, tanto em relação à qualidade do produto quanto à instalação, caso tenha sido utilizada uma sonda universal

eduardo topedo ingelauto serviços automotivos - (11) 3892-8838 conselheiro.eduardo@oficinabrasil.com.br

Este veículo, assim como o Brava HGT que tem a mesma motorização utilizam módulo de ignição Hitachi, que costuma apresentar diversos problemas

Paulo Pedro bueno aguiar Júnior engin engenharia automotiva - (11) 5181-0559 conselheiro.paulo@oficinabrasil.com.br


100

AvAliAção do RepARAdoR

Novembro 2010

AvAliAção do RepARAdoR

Nova geração do Ford Ka é melhor que anterior, porém antigos defeitos permanecem Fotos: Oficina Brasil

Conselho editorial e reparadores de todo o Brasil, através do fórum OB, comentam os problemas do Ford Ka que permanecem desde a primeira geração Marco Antonio Silvério Junior O Ford Ka 1.0 flex produzido a partir de 2008 chegou com a responsabilidade de substituir a primeira geração muito elogiada por seus proprietários por seu interessante visual e prazer ao dirigir. O carro era “divertido”, como diziam algumas revistas do segmento, devido às respostas rápidas da direção e ótima sensação de controle do carro. O novo Ka teve significativas melhorias, o carro cresceu, a suspensão se tornou ainda melhor, porém no quesito manutenção manteve os mesmos problemas que falaremos a seguir. O tamanho ajudou no volume do porta-malas, que agora pode carregar bagagens, sendo que anteriormente levava no máximo miudezas, e no espaço interno, principalmente traseiro, que abriga duas pessoas de 1,90 com mais tranquilidade para a cabeça, apesar de a caixa de roda diminuir o espaço para os quadris. O estepe se manteve no mesmo lugar e continuaram as queixas de facilidade de furto, apesar da Ford ter reforçado a estrutura do suporte. O Ford Ka da nova geração ainda aparece pouco nas oficinas, mas quando aparece é quase sempre pelos mesmos motivos. Vejamos agora por sistemas quais são os pontos que exigem frequente manutenção e as soluções apresentadas pelo conselho editorial e membros do fórum Oficina Brasil que apresentaram suas experiências durante o mês de outubro no tópico ‘Paredão’.

Ford Ka 1.0 8v Flex fabricado a partir de 2008 recebeu nota 6,2 do conselho editorial

Habitáculo O habitáculo, que desde novo já não é silencioso devido à falta de um isolamento acústico eficiente, apresenta barulhos provenientes do suporte do estepe ou quando o acabamento das portas e porta malas começam a ficar folgados, exigindo um exercício de paciência para encontrar os pontos onde ocorrem os barulhos. O conselheiro Eduardo

Topedo, da Ingelauto, informou que já presenciou um caso onde a solda na região do para lama se quebrou ocasionando estalos parecidos com os provocados por coxim danificado. O sistema de ar quente pode parar de funcionar, situação onde conselheiro Sérgio Torigoe recomenda inspeção do funcionamento da válvula solenóide, caso esteja em ordem. Sérgio diz já ter precisado substituir todo o painel do

comendo de ventilação. Direção A caixa de direção hidráulica é proveniente da EcoSport, que recebeu algumas críticas quanto a apresentar folgas e segundo o conselheiro Aleksandro Viana, é de suma importância fazer o alinhamento a cada 10 mil Km para evitar sobre esforços nas buchas de bandeja e braços axiais da caixa.

Suspensão Aqui está a maior modificação em relação ao antigo Ford Ka, a parte da frente do monobloco é derivada do Fiesta, e como no carro de origem abriga um sub chassis que é ponto de fixação do coxim do câmbio e das bandejas da suspensão, antes ligadas diretamente a longarina. Essa nova estrutura deu ao Ka rigidez 7% maior, isso sig-


Ford Ka

101

Fotos: Oficina Brasil

Novembro 2010

O acesso ao estepe é fácil, porém pode ser facilmente furtado

nifica que como a carroceria sofre menos deformação, interfere menos nos ângulos programados de trabalho da suspensão, o novo conjunto se tornou tão eficiente que possibilitou até a eliminação da barra estabilizadora sem aumentar a rolagem. Apesar da maior rigidez, a suspensão está mais macia e a direção que tinha respostas bem ariscas se tornou mais progressiva, porém não significa que perdeu a agilidade e sim que transmite menos as irregularidades do solo tornando a condução mais suave. Os conselheiros informaram casos de folga nos batentes superiores e recomendaram não substituir apenas as buchas e sim as bandejas completas, para evitar problemas de rangido. Na suspensão traseira o eixo traseiro, que é de torção continua o mesmo, mas se tornou 11% mais rígido devido ao aumento de peso da carroceria. Freios O sistema de freios também foi redimensionado e agora utiliza cilindro mestre também derivado do Fiesta com duas tubulações para a traseira e o novo integrante do conselho editorial Fabio Cabral, da Box Mecauto,

lembra que houve um recall referente à tubulação do fluído de freio que fica em atrito com a abraçadeira do radiador, correndo o risco de haver vazamento de fluído e perda do freio. Aleksandro recomenda não retificar os discos de freio desse carro para não ter problemas com vibração do pedal durante as frenagens, quando os mesmos estiverem danificados, substitua por novos. Injeção eletrônica Segundo André Bernardo da Mecânica Design, de Campinas, o sistema utilizado pode ser o 4CFR ou 4AFR, ambos Magneti Marelli e citou casos de queima de módulo devido a problemas com a bobina de ignição, nesses casos o módulo tem concerto, mas recomenda a troca da bobina por uma original. Sérgio Torigoe informou que certa vez precisou socorrer um Ka que não pegava e a luz do imobilizador permanecia acesa. O defeito foi solucionado substituindo o fusível 15. Veja esquema elétrico na pag... Sérgio também recomendou atenção nos casos de falha e alto consumo onde o problema pode ser contaminação do sensor de fluxo de ar por óleo lubrificante

Coxim de câmbio e bandejas agora são fixados no sub chassis instalado no monobloco dianteiro derivado do fiesta

oriundo do respiro do motor. A tubulação do sistema de partida a frio pode se soltar na retirada e instalação da caixa de ar, o conselheiro Júlio Cesar disse já ter atendido um caso desses na oficina. Herança dos modelos Ford, os cabos de alimentação da bateria costumam descascar com a temperatura do cofre, por isso Danilo Tinelli recomenda atenção ao efetuar reparos próximo a eles. Ignição Um dos pontos críticos do carro. Os problemas de queima da bobina de ignição são constantes e a causa chegou a ser discutida no tópico Paredão do fórum OB entre os membros GNOATO e Mateus01, chegando a um acordo de que o problema poderia estar relacionado ao desgaste das velas de ignição que trabalham com um ‘gap’(folga), grande em condições normais, que aumenta com o desgaste provocando o aumento de tensão dentro da bobina, quando passa a existir uma fuga de corrente interna. Isto serve para qualquer veículo, mas no caso do Ka o problema é frequente e também pode ser causado por cabos de vela com resis-

Maior rigidez do novo conjunto dispensa o uso de barra estabilizadora

tência acima do normal ou testes impróprios de falha de cilindro sem o centelhador. Em qualquer caso, a recomendação do conselheiro Amauri Gimenes é de efetuar sempre a troca dos três itens por componentes originais, e Carlos Bernardo, da Design Mecânica lembra que deve ser tomado cuidado ao remover os cabos quando for analisar as velas, pois podem se quebrar facilmente. Arrefecimento Outro ponto fraco do Ford Ka está no sistema de arrefecimento que está sujeito a desgaste prematuro dos componentes por onde circula o líquido de arrefeci-

mento formando uma ‘lama’ que causa diversos problemas ao sistema. O primeiro é o travamento da válvula termostática eletrônica que provoca superaquecimento do motor, caso em que devem ser substituídos a válvula termostática, que é uma peça cara, tampa do reservatório, aditivo, de preferência original, e o reservatório, se já estiver com a aparência muito ruim. A carcaça da válvula termostática também pode apresentar vazamento em sua carcaça e até a quebra do bocal de saída para o ar quente. Fique atento, pois veículos que trabalham por algum tempo com a tempe-


102

AVALIAÇÃO DO REPARADOR

Novembro 2010

Ka 2008, comentários sobre o sistema de ar condicionado:

Mario Meier Ishiguro ISHI AR CONDICIONADO AUTOMOTIVO CURSOS & SERVIÇOS Bal. Camboriu - SC 55 (47) 3264-9677 ishi@ishi.com.br Skype: mario.meier.ishiguro Acesse o site e conheça nossa empresa: www.ishi.com.br

O Ka é equipado com um sistema de ar condicionado similar ao seu modelo anterior. O sistema utiliza tubo de orifício calibrado “OT” próximo a entrada do evaporador e um filtro acumulador na linha de retorno do fluido para o compressor. Este sistema oferece boa eficiência, porém não é equipado com termostato e para evitar o congelamento do evaporador, o sistema possui um pressostato na linha de baixa pressão (linha de retorno do fluido refrigerante, que liga o evaporador ao compressor). Este pressostato é responsável por “desligar ” o compressor, quando a pressão na linha de retorno (linha de baixa) estiver inferior a cerca de 1,9 bar, o que equivale a temperatura do fluido refrigerante a cerca de 0 ºC. Este pressostato também não habilita a ligação do compressor no caso de pouco fluido refrigerante

no sistema. O sistema trabalha com cerca de 540g de fluido refrigerante e cerca de 180ml de óleo PAG 46 O compressor é de 5 pistões duplos de cabeças opostas (10 pistões) com cerca de 150 cc, sem variação de cilindrada, modelo Ford FX 15 Visteon. Este compressor, eventualmente pode apresentar vazamentos no lip Seal e quando é feita a troca deste componente, se recomenda substituir também o rolamento da polia do compressor. A válvula de ar quente e o comando de ar quente podem apresentar problemas de funcionamento, como no modelo anterior do Ka. O ventilador interno e resistor da ventilação interna, também são componentes que são comuns de troca neste modelo. Reciclo, é acionado por motor elétrico e eventualmente trava e deixa de funcionar. O acesso ao filtro antipólen é pelo lado de fora, retirando-se a carenagem abaixo do parabrisas, do lado do passageiro. A recomendação é de troca do filtro antipólen, a cada 6 meses ou anualmente, dependendo do uso. O Resistor do eletroventilador do radiador pode apresentar derretimento de terminais ou mal contato, desta forma o eletroventilador funciona apenas na 2ª velocidade. O que afeta a eficiência do sistema.

ratura acima do normal costumam apresentar trincas no reservatório de expansão. Uma falha grave neste veículo, que chegou a causar a indignação de Fabio Cabral foi a falta do ponteiro indicador da temperatura do liquido de arrefecimento, “onde já se viu, em pleno século 21, um veículo sair de fábrica sem indicador de temperatura, quando aquela lâmpada acende significa que o motor já ferveu e foi danificado”, explica Cabral. Ainda no sistema de arrefecimento, Paulo Aguiar, da Engin, diz já ter tido problemas com a queima do maxi fusível da ventoinha, que segundo André Bernardo também pode parar de funcionar por falha do módulo, que pode ser reparado, e Francisco Carlos, da Stilo Motores, informou que teve alguns casos de entupimento da mangueira de retorno para o reservatório que possui um limitador de fluxo. Motor e Câmbio O conjunto de motor e câmbio, assim como a maioria dos itens já citados derivam do Fiesta, com a diferença do acionamento das marchas que no Ka é feita por cabos, que permitem engates mais precisos e suaves além de possuir regulagem para quando for necessário. Os atuadores hidráulicos do Ford Ka de primeira geração têm fixação igual a do moderno, porém o encaixe da tubulação hidráulica é diferente e pode haver confusão na hora da venda, por isso Danilo Tinelli recomenda que seja confirmado e se for o caso contatar o fabricante para confirmar a aplicação, pois se for feita a aplicação

Eixo de torção traseiro está mais rígido para suportar maior peso da carroceria

incorreta pode haver necessidade de nova remoção do câmbio. Os problemas causados pelo sistema de arrefecimento se refletem no motor, o membro do fórum OB, Marcos disse já ter feito dois motores devido a quebra da base da válvula termostática na saída para o ar quente. Como a luz de alerta sobre a temperatura não acendeu, o cliente só parou quando o motor começou a fazer barulho, ai já não havia mais o que fazer. Segundo Eduardo Topedo, devido aos cames do comando de válvula

serem prensados, quando ocorre um superaquecimento, eles podem patinar sobre eixo e sair da posição correta devendo ser substituído. Danilo Tinelli dá uma dica: caso haja vazamento de óleo pela junta do cabeçote após um superaquecimento, significa que o mesmo foi comprometido e deve ser substituído. Paulo Aguiar diz ter resolvido um problema de barulho no motor ao acionar o pedal de embreagem substituindo as arruelas de encosto do virabrequim que sofreram desgaste.

Redimensionamento dos freios trouxe cilindro mestre do Fiesta

Mais no site O leitor que acessar a matéria no site www.oficinabrasil.com.br terá acesso ao esquema elétrico de injeção do motor 2.0 8v Flexpower com sistema Bosch Motronic ME 7.9.6 a partir de outubro de 2005 de no formato PDF, cedidos pelo CDI (Centro de Documentação e Informação) do Sindirepa – SP. Para mais informações sobre como se tornar sócio do CDI ligue 0800 - 55 44 77 ou acesse www.sindirepa-sp.org.br


Ford Ka

Novembro 2010

103

Ficha técnica Motor Posição........................................................................................................dianteiro,.transversal Cilindros...........................................................................................................................4.em.linha Cilindrada............................................................................................................................999.cm3 Diâmetro.x.curso............................................................................................. 62,68.x.67,4.mm Comando.................................................................................................................. fixo,.SOHC.8V Taxa.de.compressão............................................................................................................ 12,8:1 gasolina Potência.............................................................................................................69.cv.a.6000.rpm Torque..........................................................................................................8,9.kgfm.a.4750.rpm álcool. Potência.............................................................................................................73.cv.a.6000.rpm Torque..........................................................................................................9,3.kgfm.a.5000.rpm Transmissão Tipo.............................................................................................................manual.de.5.marchas 1ª................................................................................................................................................... 4,083 2ª................................................................................................................................................... 2,292 3ª................................................................................................................................................... 1,517 4ª................................................................................................................................................... 1,108 5ª................................................................................................................................................... 0,878 Ré.................................................................................................................................................. 3,615 Diferencial....................................................................................................................................4,25

Sistema de ignição apresenta constante queima da bobina

Carroceria Direção Diâmetro.de.giro.................................................................................................................... 9,6.m Número.de.voltas............................................................................................................................... Eixo.dianteiro........................................................................................................................................ Suspensão.....................................................................................independente,.McPherson Freios..............................................................................................................................disco.sólido Diâmetro.e.Espessura................................................................................................239.x..mm Rodas..................................................................................................................Aro.13.polegadas Pneus...................................................................................................................Pirelli.165/70.R13 Eixo traseiro Suspensão...................................................................semi-independente,.eixo.de.torção Freios.......................................................................................................................................tambor Diâmetro.e.Espessura................................................................................................180.x..mm Rodas..................................................................................................................Aro.13.polegadas Pneus...................................................................................................................Pirelli.165/70.R13 Capacidades Peso.em.ordem.de.marcha.............................................................................................905.kg Carga.útil..................................................................................................................................467.kg Tanque.de.combustível................................................................................................. 45.litros Porta-malas........................................................................................................................263.litros

Sistema de cabos para engate mais suave preciso das marchas possui regulagem

Cuidado ao remover a caixa do filtro de ar para não desencaixar a mangueira do sistema de partida a frio

Dimensões Externas Comprimento.....................................................................................................................3,836.m Largura...................................................................................................................................1,641.m Altura.........................................................................................................................................1,42.m Entre.eixos............................................................................................................................2,452.m Bitola.dianteira...................................................................................................................1,425.m Bitola.traseira......................................................................................................................1,391.m Altura.do.solo.....................................................................................................................0,163.m

Reservatório de arrefecimento costuma apresentar trincas


104

AvAliAção do RepARAdoR

Novembro 2010

Avaliação do Conselho editorial Com a avaliação do conselho editorial podemos perceber que a manutenção do Ford Ka não tem segredos, mas exige manutenção constante dos mesmo itens, que já poderiam ter sido revistos pela Ford. O outro porém fica por conta do alto custo das peças de manutenção, além da dificuldade para encontrá-las. O conselho também criticou a falta de informação técnica cedida pela montadora. No resumo o Ford Ka é um bom carro e é recomendado pela maioria com restrições, e a falta do indicador de temperatura não deu para engolir. indiCe de duRAbilidAde e ReComendAção: FoRd kA 1.0 Flex 2008 Tópicos

itens

Acessibilidade

Disponibilidade de Peças Processo de diagnóstico Durabilidade Informações técnicas TOTAL: MEDIA: Recomenda? Média final:

nOTA: 5,6

nOTA: 6

nOTA: 7,2

nOTA: 6,4

nOTA: 5,4

nOTA: 6,2

Filtro de ar Filtro de óleo Filtro de combustível Filtro do ar-condicionado Reservatório do sistema de arrefecimento Tensores Correias Coxins de motor e câmbio Sensores do sistema de injeção e ignição Cabos e velas de ignição Bateria Conjunto de embreagem Amortecedores da suspensão Discos e pastilhas de freio Válvulas injetoras de combustível Bomba de combustível Concessionária Autopeças Geral Geral Geral

nota Alex Amauri André Carlos bern. Carlos Stilo danilo eduardo Julio paulo Torigoe Fabio Cabral Claudio Cobeio 5 7 8 7 8 6 8 4 7 8 5 9 6 7 8 7 8 6 7 8 7 7 8 8 6 7 8 8 7 6 7 8 7 8 8 8 5 5 6 4 4 5 6 4 4 7 5 5 8 6 9 6 8 1 3 8 9 5 5 7 8 7 3 5 5 9 1 4 4 10 5 7 9 7 8 4 5 9 7 4 4 9 5 7 7 5 7 5 5 7 8 7 6 7 5 7 7 7 8 5 7 8 7 7 8 8 6 4 7 5 4 4 7 4 5 8 3 5 6 7 8 7 9 6 8 8 7 7 9 9 5 4 7 8 7 6 6 7 6 7 7 7 5 6 7 7 8 7 6 7 5 8 6 6 6 7 7 8 8 7 8 7 7 8 7 8 5 7 8 8 8 6 8 5 7 7 9 9 5 6 8 5 2 5 5 7 7 5 7 8 6 4 5 5 7 6 5 3 3 4 4 6 6 6 5 5 6 6 6 3 5 4 8 5 7 7 6 9 6 7 0 8 7 6 6 7 5 7 9 6 6 0 5 7 7 7 6 4 7 0 0 3 0 6 8 8 8 117 126 151 116 135 108 131 110 124 137 143 155 5,6 6 7,2 6,4 6,4 5,4 6,2 5,2 5,9 6,5 6,8 7,4 Sim Não Sim Sim Sim Não Sim Não Sim Sim Não Sim

6,2

AlekSAndRo viana - Grupo Sahara (11) 2731-2000 - conselheiro.aleksandro@oficinabrasil.com.br Recomendo, pois é bem prático devido ao seu tamanho e durável em relação a manutenção.

AmAuRi Cebrian domingues Gimenes - vicam Centro Técnico Automotivo (11) 2601-9501 - conselheiro.amauri@oficinabrasil.com.br Não recomendo, devido ao alto custo e dificuldade para encontrar peças de reposição originais.

AndRÉ luis bernardo - design mecânica (19) 3284-4831 - conselheiro.andre@oficinabrasil.com.br www.designmecanica.com.br André Luis Bernardo: Recomendo, apesar do alto custo das peças de reposição.

CARloS eduARdo beRnARdo - design mecânica (19) 3284-4831 - conselheiro.andre@oficinabrasil.com.br Recomendo, mas atenção especial ao sistema de arrefecimento e ignição. Carro pequeno, com boa dirigibilidade e motor com desempenho satisfatório. dAnilo José Tinelli - Auto mecânica danilo (11) 5068-1486 - conselheiro.danilo@oficinabrasil.com.br Não recomendo, pois há muita dificuldade para encontrar peças de reposição e quando encontra os preços são muito altos, além da falta de informações técnicas. eduARdo Topedo - ingelauto Serviços Automotivos (11) 3892-8838 - conselheiro.eduardo@oficinabrasil.com.br Recomendo, porém com restrição, pois há grande dificuldade para encontrar peças de reposição e as informações técnicas são precárias.

nOTA: 6,8

FAbio CAbRAl (11) 2919-8363 - fabiocabral01@hotmail.com Não recomendo, pois apesar da manutenção ser simples e de fácil diagnóstico, o alto custo de peças e o sumiço das concessionárias dos bairros aceleram sua desvalorização.

Francisco CARloS de oliveira - Slito motores (11) 2977-1124 - stilo@stilomotores.com.br - www.stilomotores.com.br Recomendo, por ter fácil manutenção e ser muito econômico. nOTA: 6,4

nOTA:

7,4

nOTA: 5,2

José Claudio Cobeio - Cobeio Car (11) 5181-8447 - conhelho.cobeio@oficinabrasil.com.br www.cobeiocar.com.br Recomendo como segundo carro, pois apesar do baixo valor de compra, possui alto custo nas peças de reposição. Júlio Cesar de Souza - Souza Car (11) 2295-7662 - conselheiro.julio@oficinabrasil.com.br Não recomendo. É um veículo novo moderno, mas a falta de um indicador de temperatura no painel é imperdoável.

nOTA: 5,9

pAulo pedro bueno Aguiar Júnior - engin engenharia Automotiva (11) 5181-0559 - conselheiro.paulo@oficinabrasil.com.br Recomendo, apesar dos problemas de suspensão e arrefecimento, o motor é eficiente para o tamanho do veículo. Mas saiba que é um veículo que precisa de manutenção.

nOTA: 6,5

Sergio Sehiti ToRiGoe - Auto elétrico Torigoe (11) 7729-2667 - conselheiro.torigoe@oficinabrasil.com.br Recomendo. A proposta da Ford desde o seu lançamento é de um carro urbano (pequeno, baixo consumo e manutenção), e para este propósito e um pouco mais, ele atende perfeitamente.


COLUNA DO CONSELHO

Novembro 2010

105

COLUNA DO CONSELHO

Treinamentos: tática para encarar a alta demanda e a falta de mão de obra

Paulo Pedro Bueno Aguiar Jr. Engenheiro Automobilístico e consultor técnico do jornal Oficina Brasil há 13 anos

Muito se fala nos últimos tempos sobre a alta demanda nas oficinas e as dificuldades para se encontrar mão de obra especializada, além da falta de informação fornecida pelas montadoras, onde apenas a Fiat demonstrou tal preocupação ao montar o site Reparador Fiat. O conselho Editorial mostra algumas formas de se ter acesso a informações valiosas e alguns caminhos para que a reparação de automóveis tenha menos segredos e mais procedimentos de trabalho definidos. Na última reunião mensal do conselho editorial foram apresentadas algumas formas de compartilhar informações, sendo uma delas a própria reunião, onde cada um traz diversos casos ocorridos na oficina durante o mês e comenta como solucionou e onde conseguiu material necessário para resolver o problema. Muitos desses casos vêm parar nas páginas do Jornal Oficina Brasil, assim como os enviados pelos próprios leitores, onde é compartilhado com milhares de outros reparadores. Assim, quem leu a dica já saberá o caminho a seguir quando tiver o mesmo problema. A grande vantagem desse modo de adquirir conhecimento é ter acesso a informações de acesso restrito, como exemplo um recall branco (recall de sistemas que não interferem na segurança por isso são realizados apenas quando o veículo é levado até a concessionária e muitas vezes sem informar o cliente), ou uma necessidade de reprogramação da central,

principalmente de sistemas de partida a frio, casos em que André Bernardo, da Design Mecânica é especialista, e compartilha nas reuniões do conselho editorial. Apenas o compartilhamento entre reparadores não substitui os treinamentos dos fabricantes de autopeças, equipamentos de diagnóstico e dos sistemistas de injeção eletrônica, mas nem sempre as palestras ou treinamentos oferecidos por eles ocorrem em uma data ideal ou aborda o assunto de interesse de todos, por isso muitas empresas aceitam solicitação de palestras, desde que seja solicitado por um grupo organizado e com um espaço disponível, podendo ser a própria oficina de um dos integrantes. Para suprir a carência de informação na região onde estão situados, os conselheiros Eduardo de Freitas, da Ingelauto, e Aleksandro Viana, do Grupo Sahara, ambos com oficina situada na zona leste de São Paulo tiveram a iniciativa de promover cursos de acordo com a necessidade dos reparadores que se interessarem em participar. Após uma pesquisa sobre o assunto de maior interesse, Eduardo e Aleksandro buscam profissionais especializados no assunto que montam a grade conforme a solicitação dos participantes, assim o curso se torna muito mais interessante, uma vez que estarão aprendendo o que realmente queriam. A primeira experiência foi um treinamento de dois dias sobre estratégias do sistema flex apresentado gratuitamente pelo representante da Magne-

Confira um exemplo de reprogramação do sistema de partida a frio compartilhado por André Bernardo da Design Mecânica. Dificuldade na partida a frio nos GM Corsa, Meriva, Montana com motores 1.4 EconoFlex Foi constatado que ao virar a chave, o corpo de borboleta abre um pouco fechando em seguida, então no momento em que o proprietário da partida com a borboleta fechada o veiculo afoga. Por isso foi feita nova calibração para quando girar a chave, a borboleta fechar e abrir um pouco, com isso foi resolvido problema de partida a frio. Esses veículos não precisam necessariamente da injeção de gasolina para funcionar nas partidas a frio, mas sim ter esta nova calibração. Nas primeiras tentativas de resolver este problema quando carro chagava as concessionárias com essa reclamação, a GM instalava um filtro de combustível na entrada do canister no corpo de borboleta, com a intenção de formar uma bolsa de ar no primeiro momento da partida e assim evitar o ‘afogamento’ do motor, mas não resolveu completamente, então houve a necessidade desta nova calibração. ti Marelli, Wilson Tomaz. Em seguida foi planejado um curso de eletroeletrônica com duração de 15 dias que será realizado no Grupo Sahara, onde foi montada uma sala de palestras, mas a oficina também poderá ser usada como sala de aula, para demonstrações e simulações de defeitos. No mesmo dia foram confirmadas 20 inscrições para o curso, com o custo de R$400,00 por participante, para cobrir custos com instrutor, material didático e coffe break. Outra iniciativa muito válida foi a de reavivar o projeto Oficina Escola, possível graças ao mais novo integrante do conselho editorial Fabio Cabral, da Box Mecauto, situada também na zona leste de São Paulo, que se prontificou a ceder a estrutura necessária e ministrar os cursos com

base no material didático do SENAI, que já cedeu autorização para tal. Os colaboradores mais antigos deram todo apoio e se dispuseram inclusive a absorver os formandos desse projeto, que pode em curto prazo ajudar a minimizar o problema de falta de mão de obra nas oficinas da região. O projeto Oficina Escola tem como finalidade oferecer cursos de mecânica automotiva, com durabilidade de seis meses, para jovens de certa faixa etária utilizando a estrutura de uma oficina, para aulas práticas e teóricas, assim os jovens menos favorecidos começam a ter vivência em oficina já nos primeiros dias de aula, facilitando muito a inclusão no mercado de trabalho. Em breve traremos mais detalhes e novidades sobre o andamento do projeto.


106

Novembro 2010

Fotos: Oficina Brasil

COMPARATIVO TÉCNICO

Minivans automatizadas ainda podem ser melhores

O tranco é inevitável, principalmente porque a troca de marchas é feita sob carga; apesar disso, o sistema é uma mão na roda para quem utiliza o carro em centros urbanos com trânsito intenso Alexandre Akashi

No trânsito intenso, poder contar com troca automática de marchas é um conforto muito bom. As montadoras já entenderam que o consumidor merece este benefício e ampliaram a oferta de modelos com transmissão automatizada, uma opção mais barata ao câmbio automático, uma vez que aproveita o sistema convencional de embreagem, com disco, platô e rolamento. Os fornecedores desta tecnologia no Brasil são Magneti Marelli e Luk, e as montadoras pioneiras, foram General Motors, com a minivan Meriva Easytronic, e Fiat, em diversos modelos, mas para este comparativo técnico, destacaremos a minivan Idea Sporting, veículo recém-lançado que conta, inclusive, com o novo motor E.torQ. Vale lembrar que a versão esportiva da minivan da Fiat

é uma novidade em si, pois até então a montadora italiana não contava com um veículo familiar com apelo esportivo. Na redação do jornal, o monovolume recebeu o carinhoso apelido de carro para ‘Tiazinhas Modernas’. Mercado Minivans têm público cativo, geralmente formado por mulheres casadas com filhos e taxistas. Em outras palavras, pessoas que precisam de um veículo espaçoso para transportar pessoas, em trajetos curtos, com conforto. Por isso são carros pequenos, altos e de bom aproveitamento interno. No caso da Meriva, o câmbio automatizado, batizado de Easytonic, está presente apenas na versão topo de linha, a Premium, com motor 1.8l 8v Flexpower, que rende 114cv/112cv de potência a 5.400rpm (etanol/gasolina) e torque máximo de 17,7kgfm a 2.800rpm (e/g),

ao preço de R$ 52.350 (FIPE). Já a Fiat ampliou as apostas neste tipo de transmissão e equipou quase toda a linha do Idea com o câmbio Dualogic. Apenas a versão com motor 1.4l 8v não dispõe do dispositivo eletrônico de troca de marchas. Na versão avaliada nesta reportagem, o carro tem custo a partir de R$ 59.601 (FIPE). Os preços são similares, a tecnologia de transmissão também, os motores têm a mesma capacidade volumétrica (apesar de o E.torQ ser mais potente e desenvolver maior força), e o perfil da carroceria é a mesma. Compartilham o mesmo público e, assim, merecem ser comparados. Powertrain Enquanto 2012 não chega, o consumidor brasileiro tem de comprar o que a GM oferece. No caso de minivans, a opção é a Meriva, com duas opções de motores (1.4l e 1.8l), ambas

bicombustível e 8 válvulas. A 1.4l desenvolve 105cv/99cv de potência a 6.000rpm (etanol/gasolina) e torque máximo de 13,4kgfm/13,2kgfm a 2.800rpm (etanol/gasolina), enquanto a 1.8l apresenta um pouco mais de potência e torque: 114cv/112cv a 5.400rpm (etanol/gasolina) de 17,7kgfm a 2.800rpm (e/g). Já a Fiat acaba de renovar a linha Idea, com nova frente, novas lanternas traseiras e novos motores E.torQ, 1.6l e 1.8l, ambos 16 válvulas com um único eixo de comando. Além disso, manteve a versão de entrada, com motor 1.4l 8v,

que rende potência máxima de 81cv/80cv a 5.500rpm (e/g) e torque máximo de 12,4kgfm / 12,2kgfm a 2.250rpm (e/g). O modelo avaliado era equipado com motor 1.8l 16v, que rende potência máxima de 132cv / 130cv a 5.250rpm (e/g) e torque máximo de 18,9kgfm / 18,4kgfm a 4.500rpm (e/g). Pelos números é possível verificar que os engenheiros de desenvolvimento de motores da FPT Powertrain Technologies realizaram um bom trabalho na reforma dos antigos motores Tritec. Se este comparativo levasse em conta apenas os valores de


Comparativo téCniCo

Componente Filtro ar Filtro de combustível Óleo de câmbio (automático) Filtro de óleo motor

CuStoS DE manutEnção Cesta básica de peças preço meriva 1.8 8v Flexpower Fiat idea 1.8 16v Sporting Easy tronic Dualogic R$ 31,00 R$ 44,46 R$ 21,00 R$ 13,22 R$ 52,00

R$ 210,00

R$ 66,00

PEÇA NÃO DISPONÍVEL NA FÁBRICA R$ 30,00 R$ 84,16 PEÇA NÃO DISPONÍVEL NA FÁBRICA PEÇA NÃO DISPONÍVEL NA FÁBRICA R$ 43,73

R$ 252,00

R$ 239,70

R$ 55,00 R$ 277,00

R$ 77,52 R$ 288,70

R$ 29,00

R$ 35,00

R$ 220,00

R$ 217,96

R$ 350,00

R$ 304,56

R$ 170,00

R$ 180,45

R$ 18,00

Óleo motor Filtro de ar-condicionado

R$ 23,00 R$ 45,00

Correia dentada / Corrente

R$ 84,00

Tensores da correia dentada Correia Poli-V Coxim superior (ou frontal) do motor Velas (Jogo) Bobina individual Liquido de arrefecimento (Litro) Pastilhas de freio dianteiro Discos de freio dianteiro (Par) Lona de freio (Sistema a tambor) Cilindro de roda traseiro (Sistema a tambor) Fluido de freio (Litro) Amortecedores dianteiros (Par) Amortecedores traseiros (Par) Jogo de batentes em "PU" da haste Silencioso traseiro bateria bomba de combustível Pneu (Cada)

Novembro 2010

R$ 173,00

FiCha téCniCa Fiat Idea Sporting 1.8l 16v E.torQ Dualogic

Chevrolet Meriva Premium 1.8l 8v Easytronic

motor Posição Número de cilindros Diâmetro x Curso Cilindrada total Taxa de compressão

Transversal, dianteiro 4 em linha 80,5 x 85,8mm

80,5 x 88,2mm

1.747cm³

1796cm³

11,2:1

10,5:1

Potencia máxima (ABNT/regime)

132cv/130cv a 5.250rpm (etanol/gasolina)

114/112 a 5.400rpm (etanol/gasolina)

Torque máximo (ABNT/regime)

18,9kgfm/18,4kgfm a 4.500rpm (etanol/ gasolina)

17,7kgfm a 2.800rpm (etanol e gasolina)

Número de valvulas por cilindro

4

2

Eixo de comando de válvulas

Um no cabeçote

ignição Tipo

Magneti Marelli, eletrônica digital incorporada ao sistema de injeção

Dephi

alimentação Combustível Injeção eletrônica

Gasolina/Etanol Magneti Marelli, multiponto, sequencial

Dephi

Câmbio Número de marchas Relações de transmissão Relação de transmissão do diferencial Tração

5 à frente e uma à ré 1ª - 3,909 / 2ª - 2,238 / 3ª - 1,520 / 4ª - 1,156 / 5ª - 0,872 / Ré - 3,909

1ª - 3,73 / 2ª - 1,96 / 3ª - 1,32 / 4ª - 0,95 / 5ª - 0,76 / Ré - 3,31

3,73

4,19

Dianteira com juntas homocinéticas

Embreagem Tipo

Monodisco a seco com mola a disco e comando hidráulico

Sistema de Freios Serviço

Hidráulico com comando a pedal (ABS opcional)

Dianteiro

A disco ventilado (Ø de 257 mm) com pinça flutuante

Discos ventilados

Traseiro

A tambor (Ø de 228 mm) com sapata autocentrante e regulagem automática de jogo

A tambor

R$ 52,00

R$ 50,53

R$ 70,00

R$ 15,00

R$ 440,00

R$ 377,74

Suspensão dianteira

R$ 228,00

R$ 236,68

Tipo

R$ 317,00

R$ 98,04

R$ 487,00 R$ 375,00 R$ 1.100,00 R$ 475,00 Contato: Gabriel AleConcessionária Nova Santo Amaro Tel-3040-5500 Descontos Negociados no Momento da Compra

R$ 334,10 R$ 395,00 R$ 648,33 R$ 565,00 Contato: Eduardo MaltaConcessionária Grand Brasil- Butantã Tel-3767-2633 Descontos Negociados no Momento da Compra

Amortecedores Elemento elástico

MacPherson com rodas independentes, Independente, McPherson, com braço de controle ligado ao braços oscilantes inferiores transversais e barra sub-chassis e barra de torção ligada à haste tensora estabilizadora Hidráulicos, telescópicos de duplo efeito

amortecedores telescópicos hidráulicos pressurizados a gás

Mola Helicoidal

molas helicoidais com compensação de carga lateral

Com rodas semi-independentes, travessa de torção de seção aberta

Semi-independente, viga de torção soldada com 2 braços fundidos de controle

Hidráulicos, telescópicos de duplo efeito

amortecedores telescópicos hidráulicos pressurizados a gás

Mola Helicoidal

molas tipo barril com diâmetro variável e progressiva

Suspensão traseira Tipo Amortecedores Elemento elástico Direção Tipo Diâmetro mínimo de curva

Hidráulica com pinhão e cremalheira 10,5 m

rodas Aro Pneus

6,0JX16”

6,0JX15"

195/55 R16

185/60 R15

peso do veículo Em ordem de marcha (Std A)

O Idea vem com computador de bordo e indica a marcha mesmo no modo automático

Ao lado, o painel do Meriva: indicação da marcha somente no modo manual

107

1285 Kg

1280Kg

Capacidade de carga

400 Kg

Carga máxima rebocável (sem freio)

400 Kg

Dimensões externas Comprimento do veículo

3.96m

4,04m

Largura do veículo

1,70m

1,69m

Altura do veículo (vazio)

1,70m

1,62m

Distância entre-eixos

2,51m

2,63m n/d

Bitola dianteira

1,46m

Bitola traseira

1,45m

n/d

Altura mínima do solo (vazio)

1,6m

n/d

Volume do porta-malas

380 litros / 1500 litros (com banco rebatido)

360 litros/ 1.610 litros (com banco rebatido)

Tanque de combustível

48 litros

52,5 litros

185km/h / 184km/h (etanol/gasolina)

182km/h (etanol/gasolina)

10,2 s / 10,6 s (etanol/gasolina)

12,4 s /12,5 s (etanol/gasolina)

Ciclo estrada

10,2km/l / 15km/l (etanol/gasolina)

10,4km/l / 14,7km/l (etanol/gasolina)

Ciclo urbano

7,8km/l / 11,3km/l (etanol/gasolina)

8km/l / 11,5km/l (etanol/gasolina)

Desempenho Velocidade máxima 0 a 100Km/h Consumo (Norma NBR 7024)


108

Comparativo téCniCo

Novembro 2010

potência e torque dos motores, o mais correto seria realizar a avaliação com o E.torQ 1.6l 16v, que rende 117cv / 115cv a 5.500rpm (e/g) e torque máximo de 16,8kgfm / 16,2kgfm a 4.500rpm (e/g). Já no quesito câmbio, apenas a versão topo de linha do Chevrolet Meriva dispõe da tecnologia automatizada, fornecida pela LuK, empresa do Grupo Schaeffler. No sistema ASG (Auto Shift Gerabox) da LuK, três motores elétricos realizam todo o trabalho de acionar a embreagem, selecionar e engatar a marcha. O sistema ASG da LuK utiliza um atuador eletro-hidráulico, responsável pelo acionamento da embreagem, que é autoajustável (SAC). O atuador é composto por um motor elétrico, um dispositivo mecânico para acionar o cilindro mestre hidráulico e um módulo de controle da transmissão (TCM), que contém um software com as calibrações das funcionalidades do sistema, que decide o momento ideal para trocar a marcha, e qual a marcha certa a ser utilizada, a partir de informações como velocidade do veículo e posição do pedal do acelerador. Além disso, dois motores ficam alojados na transmissão, e atuam na seleção e engate das marchas. Dualogic No caso do Fiat, o câmbio automatizado é fornecido pela Magneti Marelli, e diferencia-se do concorrente LuK pela forma de atuação: eletro-hidráulico. Assim, todo o conjunto atua com base em fluido hidráulico pressurizado, que tende a tornar a operação mais suave. Uma vez montado sobre a embreagem e a caixa de câmrelação das marChas meriva idea 1ª 3,73 3,909 2ª 1,96 2,238 3ª 1,32 1,52 4ª 0,95 1,156 5ª 0,76 0,872 ré 3,31 3,909 diferencial 4,19 3,733

O motor E-torQ do novo Fiat Idea Sporting tem 1.8l 16v. Posicionado na transversal, fica apertado no cofre, e apresenta certa dificuldade de acesso ao filtro de óleo; abaixoi, detalhe do eixo traseiro, com sistema de suspensão e freio a tambor

bio, o sistema, batizado pela Magneti Marelli de Free Choice, que nos carros da Fiat ganhou o nome de Dualogic, opera a partir da troca de informações entre a ECU (Engine Control Unit) e a TCU (Transmission Control Unit), que envia sinal para as eletro válvulas atuarem sobre a embreagem e transmissão. Os sensores de posição da embreagem e de troca de marcha avisam quando a operação está concluída. O que determina a velocidade de troca é o software do sistema, que é regulado pela montadora, a partir de informações como velocidade do veículo, rotação do motor, entre outros. Segundo a Fiat, o fluido dispensa manutenção específica e o conjunto é auto-adaptativo, tal como nas embreagens hidráulicas. No site Reparador Fiat, é possível encontrar todos os detalhes do conjunto Dualogic, porém em uma versão anterior do Fiat Idea. Relações de marchas Com motor mais potente, o Idea poderia ter relação de marchas mais longas, porém não é isso que se verifica. Apesar de a relação peso/potência ser 15% melhor no Fiat do que no Chevrolet, apenas a primeira marcha do Idea é mais longa do que a do Meriva, em torno de 7%. As demais são mais curtas, principalmente a quarta, com 8,4% de diferença. Percebe-se com isso que relação peso/potênCia Idea 9,73kg/cv~9,88kg/cv Meriva 11,23kg/cv~11,43kg/cv

a Fiat projetou o carro para andar na faixa de 1.500rpm a 2.500rpm, em que o motor consegue melhor aproveitamento do torque. Segundo a fabricante do motor, a FTP Powertrain Technologies, a 1.500rpm o motor E.torQ entrega 80% do torque máximo e, aos 2.500rpm, 93%. Isso iguala as faixa de torque de ambos motores, uma vez que o GM fornece torque máximo de 17,7kgfm a 2.800rpm. Ao comparar as relações de marcha, com a relação peso/ potência dos veículos fica evidente que a Fiat desenvolveu o Idea para privilegiar a economia de combustível em rotações mais baixas, situações típicas de quem anda em centros urbanos, com mais trânsito. O câmbio automatizado, neste sentido, é ideal, pois oferece ao motorista um conforto a mais. Porém, o motor E.torQ mostrou ser bem esperto em rotações acima de 4.000rpm, o que não favorece o consumo, pelo contrário, torna o Idea beberrão. Uma sexta marcha, mais longa, resolveria este problema, mas, ai, o custo seria outro. Comportamento dinâmico Dirigir minivans é sempre uma aventura, pois são carros altos e nem sempre com uma

posição muito confortável, pois a frente curta obriga a instalação de uma coluna de direção com ângulo mais aberto. Mas esta é uma opinião pessoal e não é uma regra, pois há aqueles que preferem dirigir em posição mais elevada. O interessante no comparativo destes dois modelos é verificar o comportamento do câmbio automatizado, nas mais diversas situações do dia a dia. A conclusão que se chega é que em ambos, o tranco é inevitável, mesmo porque as mudanças de marchas


Comparativo téCniCo

Novembro 2010

Detalhes do cofre do motor do Chevrolet Meriva: o propulsor 1.8l 8v Flexpower é velho conhecido do reparador; abaixo, a sonda lambda pós-catalisador indica que o modelo já está apto ao OBDBr2; no final da página, conjunto de mola, amortecedor e freio a disco do eixo dianteiro

na maioria das vezes são realizadas sob carga, sem alívio do pé no acelerador. No Fiat, o sistema trabalha sob pressão, e, por isso, ouve-se a todo momento o chiado da bomba. As trocas são mais suaves do que no Chevrolet, mas em ambos o sentimento é o mesmo: o motorista fica refém do programa. Tanto em modo manual quanto automático as reduzidas de marchas são limitadas pelo programa, para evitar sobregiro do motor. Mesmo que em primeira a velocidade máxima seja

50km/h, estando em segunda, a 40km/h, o programa não permite o retrocesso. Isso exige certa paciência do motorista, principalmente nas ultrapassagens em subidas. Outra crítica é a demora de reduzir quando se está em uma marcha mais pesada, em baixa velocidade. Ao invés de o sistema cambiar para a marcha mais apropriada de uma só vez, perde valiosos segundos experimentando a marcha anterior. Uma característica do Meriva é a facilidade com que o câmbio entra em modo de emergência. Com a alavanca em neutro (N), basta pisar levemente no acelerador e engatar drive (D). O motor gira e a marcha não entra. Além disso, o programa do GM realiza reduções em alta velocidade, com o carro embalado, mesmo sem precisar. Um exemplo: na decida, em quinta marcha, a 120km/h, basta pisar um pouco mais fundo no acelerador que o sistema engata a quarta, e nem é preciso dar quickdown. Já o Idea consegue diferenciar este tipo de situação, apesar de não ter pedal com interruptor tipo quickdown. Porém, o Fiat somente troca as marchas em carga. Por diversas vezes, no modo automático,

experimentamos acelerar, tirar o pé do acelerador e voltar a acelerar suavemente para ver se o Idea cambiava para uma marcha acima. A resposta sempre foi negativa. O Meriva, no entanto, entendia este movimento como uma vontade de andar mais suave, e sempre engatava uma marcha acima, mesmo que instante depois voltávamos a pisar fundo no acelerador. Na oficina Quando foi lançado em 2007, o Meriva Easytronic tinha como público alvo as mulheres, porém o dispositivo automatizado caiu no gosto dos taxistas, que encontraram um aliado para enfrentar o trânsito intenso das grandes cidades. Ocorreu que muitos reclamaram da pouca durabilidade da embreagem. Já houve casos, inclusive, de motoristas que instalaram GNV, porém tiveram de retirar, por incompatibilidade com o sistema da transmissão. Sob o capô do Meriva, encontramos o motor 1.8l 8v Flexpower que já é velho conhecido do reparador (veja detalhes sobre os principais problemas deste modelo na matéria Avaliação do Reparador, publicado na edição de junho deste ano). Já o Idea chega com o novo motor E.torQ e algumas mudanças em relação ao antigo propulsor da parceria Fiat-GM. Uma delas é o filtro de óleo, que agora é do tipo ecológico (troca-se apenas o elemento filtrante). Localizado na parte posterior do motor (que é posicionado na transversal), tem

109

acesso apenas por cima e, como o cofre é pequeno, será necessário certo contorcionismo para efetuar a troca do elemento. Outra é o acionamento do comando de válvulas, feito por corrente, que teoricamente dispensa manutenção. O sistema de injeção eletrônica é o 7GF da Magneti Marelli, assim como os coletores. Custos No geral, o custo de peças do Chevrolet Meriva é 20% superior ao do Fiat Idea. Dos 25 itens da nossa Cesta Básica de Peças, o Meriva tem preço mais elevado em 13, com destaque para a bomba de combustível, quase 70% mais cara do que a do Fiat (R$ 1.100, no GM ante R$ 648,33, no Fiat). Outro item que merece destaque é o jogo de batentes em “PU” da haste, que no GM custa mais de 300% do que no Idea (R$ 317, ante R$ 98,04). O Fiat leva vantagem ainda no fato de utilizar corrente de comando metálica, ao invés de correia de borracha. Isso possibilita certa economia, pois o componente de metal tem menor índice de manutenção. Por outro lado, o filtro de ar-condicionado do Idea é 50% mais caro que o do concorrente (custa R$ 84,16 na Fiat, ante R$ 45, no Chevrolet), assim como o filtro ar e o jogo de velas, que são 30% mais caros na Fiat do que na GM. Na manutenção do sistema de freios e amortecedores, o Fiat leva vantagem de 5% e 8,7%, respectivamente. Os preços das peças GM foram cotados na concessionária Nova Santo Amaro (11.30405500) e segundo o atendente Gabriel Ale há descontos para reparadores, que devem ser negociados no momento da compra. Já os valores de componentes Fiat foram cotados na concessionária Grand BrasilButantã (11.3767-2633 – com Eduardo Malta), que também oferece descontos para reparadores (até 15% dependendo do volume de compra).


110

Novembro 2010

bolETIM TéCnICo

Mais casos para você aprender e colecionar Colecione as dicas práticas extraídas do cotidiano das oficinas e enviadas pelos leitores e colaboradores do Oficina Brasil. Você também pode enviar a sua dica e auxiliar no crescimento do acervo de informações das reparadoras.

Dica: 474

Dica: 475

Toyota Corolla 2005 Defeito: Travamento de roda dianteira

Fiat Uno 1.0 SX ano 1996 IAW 1G7

Após a montagem de um par de discos novos o veículo apresentou o travamento em uma das rodas dianteiras. Diagnóstico: O aplicador nos acionou alegando que os discos estavam fora de medida e travava a pinça de freio contra o disco, ao verificarmos o sistema em detalhes descobrimos que um dos pinos guia estava totalmente travado não deixando a pinça de freio ter o seu curso normal de flutuação.

Diagnóstico: Intermitente, às vezes o motor não pega. O veículo chegou à oficina guinchado com o motor sem funcionar. Durante os testes constatamos que havia combustível e centelha nas velas, mas ao verificar se havia pulso no conector do bico injetor, o motor funcionou. Com o motor em funcionamento, movimentamos o conector e o pulso era interrompido, ficando um sinal positivo direto, assim o bico travava aberto e afogava o motor. Solução: Trocamos o fio que sai da UCE e vai ate o conector do bico injetor, solucionando assim o defeito.

Solução: Substituir o conjunto de pinos guias, pois os anteriores estavam já muito danificados podendo apresentar novo travamento.

Jairton Pietro Lorenço - Araraquara

José Roberto Silveira – Consultor Técnico da Hipper Freios

Dica: 476

Dica: 477

Fiat Palio 1.0 16V Fire com sistema ME7.3 H4

Gol 1.8 ano 1994

Diagnóstico: Falha intermitente após a instalação de som mais potente. Após a instalação do som o cliente reclamou de falhas e acendimento da luz de injeção, junto com a perda da aceleração. Durante os testes na oficina o defeito não apareceu. Tempo depois chegou rebocado em nossa oficina com a falha P0220 - Falha no circuito do potenciômetro do pedal do acelerador. Após a substituição do pedal e corpo de borboleta, a falha desapareceu, mas logo voltou, a partir daí no scanner os valores da pista 02 não se alteravam ficando em 0%. Detectamos uma interrupção no fio de sinal da pista 02 do pedal, e para ganhar tempo, fizemos uma ponte do pedal até a central para teste, porém sem sucesso. Fomos mais a fundo na verificação do chicote e para nossa surpresa, quando instalaram o som,colocaram também uma bateria de maior capacidade no compartimento e não se atentaram no chicote que passa bem ao lado dela, que estava prensado e todo descascado causando assim a interrupção de alguns fios e curto em outros. Fizemos o reparo e o carro ficou novo em folha.

O motor aquecia excessivamente quando o carro estava parado e no anda e para do trânsito. Mesmo com o ventilador ligado, a temperatura só baixava mantendo o motor um pouco acelerado. Revisando o sistema, identificamos que o a válvula termostática havia sido removida para tentar solucionar este problema. Reinstalamos a válvula, eliminamos o ar do sistema e o problema foi resolvido. Obs.: A válvula termostática dos motores AP é do tipo duas vias, ou seja, quando o motor aquece, o liquido de arrefecimento é direcionado para o radiador e quando frio, é direcionado para o motor. Se a mesma for removida, apena uma parte do liquido vai para o radiador, dificultando a troca de calor. Paulo Pedro B. Aguiar Jr. – Engin Engenharia Automotiva

Emerson Ricardo Ferreira Mendes (Paulista) membro do fórum Oficina Brasil

Envie a sua dica sobre soluções e cuidados práticos para ser publicada nesta seção Rua Joaquim Floriano, 733 - 4º andar - São Paulo, SP - CEP 04534-012 ou redacao@oficinabrasil.com.br Acesse o www.oficinabrasil.com.br e veja a coleção completa do Boletim Técnico que já foi publicado no jornal.


Se você torce por goleada,

o time SACHS é insuperável. A SachS é fornecedora original de embreagens para as maiores montadoras do mundo. Afinal, só quem tem tecnologia de ponta e o melhor suporte técnico-comercial do mercado consegue engatar um sucesso atrás do outro. Embreagens SachS. Sempre presente nos seus caminhos.

SACHS é uma marca da ZF

Faça revisão em seu veículo regularmente. Central ZF Sachs: 0800 019 4477 • www.zfsachs.com.br



Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.