Jornal Oficina Brasil SUL - março 2012

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Oficina Brasil Sul ANO IX NÚMERO 158 - MARÇO 2012

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REPARADORES DE SANTA CATARINA APOSTAM EM CRESCIMENTO AUMENTO NAS VENDAS DE VEÍCULOS IMPULSIONAM DEMANDA NAS OFICINAS

COMIL LANÇA ÔNIBUS DE DOIS ANDARES


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Publicação mensal do Grupo Oficina Brasil, dirigida a todo segmento de reparação de veículos nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.Tiragem para distribuição gratuita pelo correio: 15.000 exemplares. É permitida a reprodução das matérias desde que citada a fonte.

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Double Decker é destaque da Comil A Comil inicia 2012 com boas perspectivas de vendas para o mercado externo após o lançamento do seu primeiro ônibus de dois andares, o Campione Double Decker. O

veículo, criado para atender as demandas de transporte de luxo, agradou principalmente o Peru, para onde a Comil deve enviar nos próximos meses 60 carros. Em 2011, a empresa,

com sede em Erechim, exportou no total 548 unidades. Os veículos mais procurados foram os da família de rodoviários Campione, da qual faz parte o Double Decker.

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Reparadores catarinenses preveem crescimento de 15% para o ano de 2012 Cristina Cinara

Setor desenvolve projetos para a atualização tecnológica, qualificação profissional e destino correto dos resíduos

O

setor de reparação teve crescimento no volume de negócios de 12% em 2011 no Estado de Santa Catarina. O indicador foi estimado pelo Núcleo Estadual de Automecânicas (NEA-SC), que também prevê aumento superior a 15% neste ano. “Foi produtivo para o segmento, que cresce a cada ano impulsionado pelas vendas de veículos, que traz como consequência maior demanda de manutenção”, af ir ma o coorde na dor do N EA- SC, Odair José Borges de Freitas, que também é proprietário

da ABF Auto Mecânica, estabelecida em Jaraguá do Sul. O Núcleo foi criado em 1997 motivado pela busca em solucionar alguns problemas

que a categoria enfrentava. “A d if iculd ade na prest ação de melhores serviços e a falta de infor mação técnica, pois o acesso a elas também era monopolizado pelas autorizadas e grandes redes com poder de barganha como as montadoras, além da falta de ferramentas, pois cada veículo que é lançado no mercado exige uma inst r u mento diferente para o seu reparo”, aponta Freitas. Conforme o coordenador, outro propósito para a organização dos reparadores era a recuperação da credibilidade


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dos empresários desse segmento, “já que muitos prestavam um serviço de baixa qualidade, pouco se importando com a satisfação do cliente, sem darem garantia do atendimento. O automecânico era tido como autônomo, sem ser reconhecido como empresário do setor automotivo”, depõe. At ualmente, a entidade

cont a com 420 e mpre sa s, 27 núcleos setoriais em 64 cidades do Estado. Segundo Freitas, o setor, assim como em outros estados, sofre com a falta de qualif icação da mão de obra e a concorrência desleal que se desencadeia pela informalidade. Para tentar dirimir as dificuldades, o Núcleo criou, no ano passado,

um programa de capacitação técnica permanente, onde os nucleados passam, periodicamente, por treinamentos realizados por profissionais qu al if ica dos ju nt o à s fábr icas. “Também estamos implantando testes para certificações dos nossos técnicos com v ist a na A ssocia çã o Brasileira de Normas Técnicas, com a normatização da análise de diagnóstico técnico, o check-list”, coment a o empresá r io. A atualização tecnológica também tem sido paut a de or ient ação d a i n st it u ição aos re pa r adores cat a r i nenses. “O NEA tem orientado seus nucleados para que busquem, const a ntemente, a modernização de seus equipamentos e a aferição dos mesmos. Na busca de i ncent ivos para aquisição de tecnologia, temos parcerias com o Proger [Programas de Geração de Emprego e Renda] e o BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social], como facilitadores de financiamentos”, ressalta Freitas. Em Santa Catar ina também foi criada a “Garantia Estadualizada”. São 108 empresas que participam do projeto, que prevê a garantia dos serviços realizados pelas associadas

“O setor, assim como em outros estados, sofre com a falta de qualificação da mão de obra” ao programa em todo o território estadual. “Se um serviço é realizado em determinada região, o mesmo será garantido por toda a rede. Caso seja necessário reparar algo, o serviço poderá ser feito em qualquer outra empresa associada. Para essas, trata-se de um excelente diferencial competitivo”, explica o coordenador. ReGiOnALiZAÇÃO Com foco regionalizado, a Associação dos Reparadores de Veículos do Planalto (Assorveplan) apostou em uma promoção para incrementar o volume de negócios no ano passado. A proposta também era incentivar a fidelização dos clientes de 40 empresas associadas por meio do sorteio de uma motocicleta entre os consumidores participantes da iniciativa. “O resultado foi excelente para quem aderiu ao projeto. Foram entregues 80 mil cupons”, depõe o presidente da Associação, Nereu da Silva Neto. Conforme o presidente, a instituição – fundada em 1987 com i nt uito de aproxi ma r os reparadores de veículos do pla nalto cat a r i nen se e facilitar a participação em cursos, palest ras técnicas, capacitação dos colaboradores, visitas técnicas e novas tecnologias –, tem, atualmente, 92 sócios patrimoniais e 120 sócios contribuintes. A abrangência da associação é a Região Serrana de SC. Neto t a mbém apont a a


falta de profissionais especializados na área de reparação como dificuldades dos empresários da região. “Neste ano, firmamos parceria com o Senai e o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas Mecânicas e do Material Elétrico de Lages. Obtivemos junto à prefeitura de Lages, um terreno que conta com uma const r ução em alvena r ia. O Senai fará a reforma para transformarmos em um centro automotivo especifico para treinamento de profissionais do setor e possibilitará descontos nos cursos para os associados e parentes”, elucida. Ambiente Os empresá r ios cat a r i-

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Divulgação

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“já que muitos prestavam um serviço de baixa qualidade, pouco se importando com a satisfação do cliente, sem darem garantia do atendimento. O automecânico era tido como autônomo, sem ser reconhecido como empresário do setor automotivo” nenses têm se preocupado com o destino cor reto dos resíduos. “Temos o compromisso com o ambiente. Nos últimos 5 anos, foram retiradas, do meio ambiente, 250 mil toneladas de resíduos das mecânicas e enviadas pela Assorveplan à Central de Tratamento de Resíduos Sólidos Industriais e Comerciais de

Chapecó Ltda.”, conta Neto. De acordo com ele, a ideia é proporcionar às empresas e indústrias da região um local seguro e confiável para a disposição final dos resíduos, permitindo a elas que atendam a legislação ambiental, “garantindo transparência ao processo e segurança ao meio ambiente”, conclui o presidente.

Odair José Borges de Freitas

informações sobre os projetos do núcleo em www.nea-sc.com.br


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A empresa de acessórios e personalização automotiva está em clima de festa. A empresa localizada em Flores da Cunha (RS), acaba de ser recomendada e certificada na norma automotiva mundial ISO/TS 16949. A certificação é uma importante credencial para o fornecimento às montadoras de veículos e promove a Keko ao patamar de qualidade e competitividade dos grandes players mundiais do segmento, tendo a melhoria contínua como foco principal. O proce sso vem se ndo implementado na companhia desde o início de 2011, com a est r ut u ração d a área d a qualidade e a cont rat ação de um gerente da qualidade, responsável por estruturar as bases para os procedimentos da cer tif icação. Foram

feitas análises de todas as ferramentas necessárias e a capacitação e conscientização dos 430 funcionários para a importância da certificação. Os mult iplicadores e á re as diretamente envolvidas passaram por treinamentos específ icos, como FM EA, APQP, PPAP, MSA, e CEP. Com a ISO/TS a Keko passa a monitorar continuamente seus processos de produção e a utilizar mecanismos de controle visando processos mais estáveis e com menor índice de retrabalho e perdas. A certificação também direciona a empresa a apoiar os fornecedores de insumos que impactam na qualidade do produto final para o aprimoramento dos seus sistemas de gestão da qualidade. Para as montadoras e os

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Keko recebe credencial para fornecer às montadoras de veículos

Certificado ISO/TS 16949 foca a melhoria contínua e credencia a Keko para o fornecimento às montadoras de veículos

clientes atendidos pela empresa, a certificação confere maior qu al id a de dos pro dutos, pois assegura que os processos estão organizados atendendo aos requisitos es-

pecíf icos de cad a cliente. “Já somos homologados por diversas montadoras e a ISO/ TS no s t or n a m a i s c omp et it ivo s no me r c a do automotivo mundial, uma vez que o nosso enfoque passa a ser cada vez mais preventivo, redu zindo o desperdício e assegurando produtos com qualidade superior”, destaca o diretor de mercado e inovação Julia no Ma ntova n i. A Keko mantém foco na qualidade dos seus processos e produtos desde 1999, quando foi certificada na norma ISO 9001, sendo pioneira no segmento de personalização automotiva no país a certificar seu Sistema de Gestão da Qualidade e adotar os padrões da norma internacional. Para mais infor mações: www.keko.com.br


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Dica técnica TECNIPEÇAS

Motor de Partida Como esta peça funciona apenas por alguns segundos durante a partida e, depois, não é mais utilizada podese dizer que é um componente de baixa manutenção e alta durabilidade. Porém, também pode apresentar defeitos que em geral, estão ligados à má utilização. Entre as situações mais comuns que geram danos ao motor de partida, estão: insistência em manter o motor de partida funcionando quando o motor não pega e acionamento do motor de partida quando o motor já está funcionando. Quando é necessário que o motor de partida mantenha-se acionado por

mais de 10 segundos, significa que há algum problema dificultando a ignição do motor principal do carro. Insistir com o motor de partida, pode causar superaquecimento e a consequência queima dos componentes internos. Geralmente, estes problemas podem estar ligados ao combustível (ou a falta de dele), bobinas de ignição ou velas de ignição. Alguns sintomas podem ser identificados pelo motorista, antes de levar o carro ao mecânico para a reparação: Se você ouvir muitos estalos rápidos durante a partida, indica que o impulsor (também conhecido como “Bendix”) está desgastado. Se

Seus principais componentes são: 1. Mancais; 2. Impulsor (Bendix); 3. Induzido; 4. Bobina de Campo; 5. Porta Escovas; 6. Solenóide (automático)

você ouvir um zunido forte, indica que o motor de partida esta girando solto, sem engatar no volante do motor. Possivelmente, a chave magnética (solenóide ou automático) não está acionando o pinhão. Se ao acionar a chave e nenhum ruído acontecer, indica problemas na bateria ou nas escovas. Estes são os sintomas mais comuns de defeitos envolvendo o motor de arranque. A remoção do motor de ar-

ranque deve ser feita pelo seu mecânico, pois não é tão simples assim. Em alguns modelos de carros, como o Fiat Tempra, é necessário remover a suspensão dianteira antes de retirar o motor de partida, que é fixado na parte externa do motor, onde ficará em contato com o volante do motor ao ser acionado.

T E C N I PEÇAS


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