Oficina Brasil Sul novembro 2011

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Oficina Brasil Sul ANO VIII NÚMERO 154 - NOVEMBRO 2011

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Medidores de fluxo do ar admitido Para realizar o cálculo da quantidade de ar admitido, é possível analisar o fluxo do ar de diversas formas. Conheça como funcionam os diferentes tipos de medidores de fluxo que equipam os veículos em circulação. Pág. 5

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Para anunciar Ligue para (11) 2764-2871 DIRETOR GERAL Cassio Hervé DIRETOR COMERCIAL Eduardo Foz SECRETÁRIA Solange Ferreira Roberto GERAÇÃO DE CONTEÚDO Editor: Marco Antonio de Souza Silvério Jr. (MTB 63422-SP) Jornalista: Vivian Martins Rodrigues (MTB 55861-SP) COMERCIAL Aliandra Artioli aliandra.artioli@oficinabrasil.com.br Carlos Souza carlos.souza@oficinabrasil.com.br Ernesto de Souza ernesto.souza@oficinabrasil.com.br Shelli Braz shelli.braz@oficinabrasil.com.br Estagiária - Briza Gomes briza.gomes@oficinabrasil.com.br PRODUÇÃO Assistente - Lucas Martinelli producao@oficinabrasil.com.br ONLINE Analista – Tiago Lins tiago.lins@oficinabrasil.com.br FINANCEIRO Gerente - Junio do Nascimento Assistente - Mariana Tarrega Auxiliar - Rodrigo Castro financeiro@oficinabrasil.com.br GESTÃO DE PESSOAS Daniela Accarini rh@oficinabrasil.com.br ASSINATURA E DATABASE Gerente: Mônica Nakaoka monica.nakaoka@oficinadireta.com.br Coordenador: Alexandre P. Abade alexandre.abade@oficinadiretal.com.br Assistente: Giovana Consorti giovana.consorti@oficinadireta.com.br CENTRAL DE ATENDIMENTO AO LEITOR Luana Cunha e Talita Araújo De 2ª a 6ª, das 8h30 às 18h Tels.: (11) 2764-2880 / 2881 leitor@oficinabrasil.com.br PRé-IMPRESSÃO E IMPRESSÃO Gráfica Oceano

Publicação mensal do Grupo Oficina Brasil, dirigida a todo segmento de reparação de veículos nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.Tiragem para distribuição gratuita pelo correio: 16.500 exemplares. É permitida a reprodução das matérias desde que citada a fonte.

Filiado a:

Keko fecha contrato com a Volkswagen Alemanha Fabricante gaúcha de acessórios de personalização foi homologada pela montadora para fornecer capota marítima para a picape Amarok CD no mercado alemão. Foi homologada pela

Volkswagen alemã para o fornecimento de capotas marítimas originais para customizar a picape Amarok modelo cabine dupla. O primeiro lote de 900 capotas marítimas acaba de em-

barcar para Frankfurt, na Alemanha. O contrato de fornecimento do acessório deve se prolongar durante o período em que a picape permanecer em linha no mercado alemão.

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Entre os dias 12 e 14 de outubro, o Kartódromo de Interlagos, na cidade de São Paulo, se tornou o maior laboratório de pesquisa energética do país a céu aberto. Cerca de 500 professores e alunos, representando sete estados brasileiros e 22 instituições de ensino superior, deram uma aula de sustentabilidade e economia durante a oitava edição da Maratona Universitária da Eficiência Energética. A prova foi marcada pela qualidade dos projetos e duas quebras de recordes. Na categoria dos veículos movidos à gasolina, a mais

Divulgação

Catarinenses, paranaenses, gaúchos e paulistas vencem maratona universitária

Universitários de 7 Estados participaram da maratona universitária

tradicional da competição, a vitória ficou com os catarinenses da Universidade da Região

de Joinville, com a marca de 594,394 km/l. Superaram por larga margem o antigo recorde

da pista, os 367,050 km/l obtidos pela Unicamp em 2007. Foram seguidos pela equipe da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (com 420,293 km/l) e pelos antigos recordistas de Campinas, que alcançaram 211,953 km/l. Nos carros a etanol, os paranaenses da Unioeste superaram todas as expectativas e outro recorde ficou no passado. O consumo que alcançaram, de 736,395 km/l, é uma referência em qualquer prova de eficiência energética do mundo, ainda mais diante do relevo e traçado da pista. Os estudantes da


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Univille de São Bento do Sul ficaram em segundo lugar (com 113,044 km/l) e os gaúchos do Colégio Técnico Industrial de Santa Maria foram os terceiros, atingindo 89,591 km/l. Campeã em 2007 e 2008, a equipe da Universidade Federal de Santa Maria voltou a dominar a competição dos elétricos. Seu modelo percorreu 13,668 km com uma bateria de moto (12V 4Ah). Por pouco, o recorde seguiu com o Instituto Mauá de Tecnologia, que registrou 14,578 km no ano passado, dentro das mesmas regras. A Universidade Federal de Itajubá, imbatível em 2009, conquistou o vice com a distância de 12,256 km. A Unioeste completou o pódio com 12,060 km. Na avaliação dos melhores projetos, os paulistas se des-

Veículos movidos a gasolina, etanol e elétricos foram avaliados

tacaram. Os engenheiros do Instituto Mauá ficaram em primeiro e os alunos da Escola Politécnica da USP foram os terceiros. Novamente, a Unioeste surpreendeu e ficou em segundo lugar, além de ser a única equipe a compensar suas emissões de

gases de efeito estufa. A MELHOR PREMIAÇÃO UNIVERSITÁRIA Realizada desde 2004, a Maratona Universitária da Eficiência Energética é a quarta

maior competição do gênero no mundo e a única organizada na América Latina. A oitava edição teve o patrocínio da Fiat Automóveis, Fiat Powertrain, NSK Rolamentos e Radix Engenharia e Software, além de apoio da Tramontina Pro, Baterias Heliar e VZAN. É a prova estudantil com a melhor premiação do país. As duas universidades que alcançaram o menor consumo (em cada categoria) ganharam veículos para uso didático. As terceiras colocadas receberam três motores cada. Todos os alunos integrantes das três equipes que desenvolveram os melhores projetos levaram conjuntos de ferramentas profissionais para casa e as universidades ganharam carrinhos completos com centenas de itens.


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medidores de fluxo de ar

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ntre os muitos tipos de sensores utilizados no sistema de injeção eletrônica, pode-se destacar o sensor MAF (medidor de massa do fluxo de ar) ou VAF (medidor do volume do fluxo de ar) que tem como função informar à ECU qual a massa de ar admitida. Como não é possível a medição direta da massa do ar, utilizase normalmente a relação: Massa De Ar Admitida = Volume Do Ar X Densidade Do Ar A densidade do ar é calculada em função de sua temperatura (quanto menor a temperatura, maior a densidade), e o volume é estimado pelo fluxo de ar. Com

estas informações, a ECU é capaz de definir quanto de ar foi admitido e, assim, regular o tempo de injeção. O princípio de funcionamento deste sensor é similar, nos diversos tipos construtivos existentes: é feita a medição da quantidade de ar admitido e, com base na temperatura do ar externo, é calculada a densidade do ar e a massa do ar é estimada. Normalmente, a medição da temperatura do ar é feita por um ACT integrado ao corpo do sensor e pode-se também incluir um sensor de pressão atmosférica, para aumentar a precisão do valor de densidade. Os tipos mais comuns são: medidor de palhetas, medidor de Karman-Vortex, fio aquecido

Sensor MAF tipo palheta (também chamado de sensor VAF)

e filme aquecido. Leia, a seguir, um resumo dos principais tipos existentes e as suas aplicações. medidor de Palheta: O medidor de palhetas pode

ser simplificado como um tubo contendo uma palheta rígida. Conforme o fluxo de ar passa, a palheta é movimentada e desloca a agulha de um potenciômetro, alterando a tensão. Em algumas aplicações (caso do Gol GTi), uma


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segunda câmara com a entrada para o ar externo e que possui um parafuso em sua extremidade é utilizada, servindo como uma “alternativa” para o fluxo de ar. Assim, é possível aumentar ou diminuir a quantidade de ar admitida pelo motor, alterando os níveis de CO no escape. Existe também uma palheta secundária, ligada à principal, que cria uma câmara que absorve pequenas oscilações no fluxo. Este tipo de sensor foi amplamente utilizado no Brasil na década de 90, nos veículos equipados com injeção eletrônica analógica Bosch LE Jetronic e alguns modelos digitais com Bosch Motronic, como Tempra Turbo, Kadett GSi, Monza MPFI, Uno MPI, Gol GTi,

Alfa Romeo 164 3.0, Omega/Suprema 2.0 e 3.0, VW e Ford entre 1988 e 1994, entre outros. Karman-VorteX: O medidor de Karman-Vortex efetua a leitura do fluxo através da turbulência do ar. Assim: na entrada de ar é colocado um prisma (uma coluna em forma de triângulo) que forma uma barreira para a passagem do ar. Conforme o ar passa pelo prisma, seu fluxo é alterado e gera uma turbulência. Se medirmos a frequência desta turbulência, é possível saber qual o fluxo de ar, pois quanto maior o volume de ar admitido, maior a turbulência. A captação da frequência nas

Medidor de Karman-Vortex (na figura, um modelo do tipo ótico)

mudanças do fluxo, pode ser feita através de sistema ótico (leitura na mudança de reflexão de um feixe de luz sobre um espelho móvel), acústico (uma frequência de ultrassom é emitida e passa pelo vortex, alterando a recepção) ou por fio aquecido (um fio é aquecido e, conforme o fluxo de ar resfria o frio, é feita a interpretação proporcional do volume de ar).

Na figura 2, está exemplificado um sensor utilizado no Brasil em modelos Mitsubishi (como Lancer Evolution e Eclipse). fio aquecido: O sensor de fio aquecido é o mais utilizado e conhecido dos reparadores. Neste tipo de construção, existem dois fios acopla-


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dos: um que será aquecido e um que será mantido em temperatura ambiente. O fio aquecido é mantido 100° C e 200° C acima da temperatura ambiente e, conforme ocorre a passagem de ar, este resistor começa a ser refrigerado. Para manter a diferença de temperatura com relação ao ambiente, é necessário aumentar a corrente que passa pelo fio (figura 3). É através da diferença de corrente que é obtido o fluxo de ar que foi admitido. Por ficar exposto ao ambiente, é muito comum o acúmulo de resíduos de poeira, óleo ou outras impurezas no fio aquecido. Assim, existe um procedimento de segurança que é adotado pela ECU: logo que o motor é desli-

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gado, a corrente é elevada por alguns segundos para que o fio se superaqueça e, assim, qualquer contaminação será vaporizada e não comprometerá a leitura. Este tipo de construção teve ampla aplicação de modelos nacionais, tais como Marea 2.4 (Motronic ME 3.1), Astra 2.0 (Motronic M 1.5.2) Omega 4.1 (Motronic 2.8 e 2.8.1), Ka/Fiesta 1.0/1.3 Endura, entre outros. Película aquecida: O sensor do tipo película aquecida (ou filme aquecido) tem funcionamento similar ao fio aquecido. Ao invés de um fio, este tipo de construção emprega um resistor envolvido em uma

Sensor MAF tipo fio aquecido

cápsula plástica. O sensor fornece tensão variável para a ECU e, como o material resistivo não está exposto ao meio ambiente, a contaminação é menor, não sendo necessário sistema de superaquecimento. Entre alguns veículos com este tipo de sensor, podemos citar Gol/Parati 1.0 16V Turbo (Motronic M3.8.3), Golf/Passat 1.8 20V Turbo (Motronic M3.8.3), Volvo 740 e 760 (LH-Jetronic), entre outros. Em alguns modelos com injeção eletrônica, o sensor MAF é aplicado em conjunto com o sensor de pressão do ar (MAP), aumentando a precisão do cálculo da quantidade de ar admitido. Como exemplo, temos F-1000 4.9, Ranger 4.0 até 1997, Escort 1.8 16V Zetec, Gol 1.0/1.6/1.8 de 1995 a 1996 (FIC EEC-IV e EEC-V), entre outros. Procedimentos de diagnóstico de falhas: Se o motor apresentar mistura rica ou funcionamento irregular,

principalmente em acelerações, pode haver problemas no sensor de fluxo de ar. A principal maneira de testar este tipo de sensor, além de efetuar a medição de tensão de alimentação e do aterramento, é verificar o sinal de saída. Dependendo do tipo de sistema de injeção, o sinal emitido pelo sensor irá variar. Em sistemas analógicos, é utilizado um sinal de tensão variável, em geral entre 4,5 e 5,5 volts, ao passo que em um sistema digital utiliza-se um sinal de frequência variável (PWM). Visualmente, também é possível avaliar o estado do sensor. Em sensores do tipo palheta, esta deve estar plana, sem rachaduras ou empenos e, quando acionada com a ignição desligada, deve retornar sozinha e sem travamentos; em sensores do tipo fio aquecido. Fique atento a acúmulo de impurezas, pois podem alterar os valores de medição e também ao sistema de aquecimento, confirmando que, ao desligar a ignição, o sensor seja superaquecido por alguns instantes.


Cartaz 3 Festa do Reparador fechado quinta-feira, 15 de setembro de 2011 13:29:48


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