O Poente - Belo Horizonte, 25 de Janeiro, de 2013. Ano I Nº 1 Foto: Rafaela Gomes
Resistência e Organização: Definem os 50 anos da Associação no Cabana, Pág.5
Foto pertencente ao acervo do saudoso Sr. José Martins, cedida gentilmente por sua família.
História: Moradores antigos do Cabana, relatam momentos da luta pela moradia Pág. 4
Pelada Tradicional Clássico entre Peladeiros completa 35 anos de muita amizade, alegria e tradição. Pág. 8
Sonhando com Títulos De presidência e treinador novos, IX de Março promete competitividade em 2014. Pág. 7
Crescer com Amor: Cuidar do presente para um futuro melhor. Pág.6
O Poente - Belo Horizonte, 25 de Janeiro, de 2013. Ano I Nº 1
Editorial: A voz e a vez do povo da Cabana e Região
Foto: Rafaela Gomes Por: Renata Gomes
O ano de 2014 inicia e com ele a renovação e a esperança de dias melhores. É com esse sentimento que a equipe do jornal, O Poente, apresenta aos moradores do Cabana e região suas identidades, seus movimentos urbanos, seu trânsito, mas principalmente seu povo e suas histórias. Este jornal é parte de um sonho antigo que está se concretizando, e neste primeiro número apresentamos realidades e lugares impor-
tantes, mas que pelo corre-corre do cotidiano, não observamos da maneira merecida. Através da linguagem jornalística, pretendemos dar visibilidade aos eventos, ao comércio, aos artistas locais, às obras sociais e a qualquer movimento que faça parte da nossa realidade, então só temos a dizer: Sejam Bem Vindos! E Boas Leituras!
Expediente O Poente : Jornal do Cabana e Região Direção: Renata Gomes da Silva Supervisão: Jean Jonathan R. da Silva Diagramação e Arte : Hemerson Morais e-mail: jornaloponte@gmail.com Telefone: (31) 8449 38 80 Tiragem: 2.000 exemplares Impressão: Editora FUMARC
O Poente - Belo Horizonte, 25 de Janeiro, de 2013. Ano I Nº 1
O Poente - Belo Horizonte, 25 de Janeiro, de 2013. Ano I Nº 1
O início de uma bela história
Moradores antigos compartilham histórias de luta e conquistas dos primeiros anos do Cabana
Associação do Cabana completa 50 anos Ao completar suas “bodas de ouro”, a ASMAC é símbolo de resistência e organização política na busca por melhorias do Cabana e defesa dos direitos de seus moradores.
Por: Hemerson Morais
Muitos moradores do Cabana não sabem a riqueza da história da luta travada, para que hoje ela fosse o que é. Vamos contar um pouco dessa história agora. “Naquela época a dificuldade era imensa, eu tinha saído da polícia por causa de desentendimento com meus superiores, a princípio a polícia não trouxe a gente pra cá, o pessoal não tinha invadido aqui, invadiu uma área lá na região do bairro Alto dos Pinheiros. Disseram não podia invadir lá, a prefeitura ia construir, tinha a questão do colégio Padre Eustáquio, o Seminário e tal. Então nos colocaram em um caminhão e trouxeram pra cá.”, conta o mestre de obras aposentado Zé do Carmo, um dos primeiros moradores e líderes da Cabana do Pai Tomaz. Independência em oito de setembro de 1963... “Aqui era tudo eucalipto, ali (aponta para onde hoje fica a Farmácia da Rose) tinha uns quatro lotes só. Aí eles pegaram e dividiram um lote para nove pessoas, você veja bem, trezentos e sessenta metros para nove pessoas, nós não consolidamos. Quando foi no dia sete de setembro, enquanto eles estavam lá na parada, nós invadimos, eu entrei aqui e fiquei escondido, aí nos cortamos os eucaliptos e arrastamos.”, lembra Zé do Carmo. Ele,Raimundo Gil e outras lideranças organizava os moradores na época da ocupação, se havia necessidade de reivindicar algo, eles se colocavam a frente para defender os direitos da comunidade: “No dia oito, eles vieram para remover a gente daqui, o governador Magalhães Pinto foi o último a chegar. Então o Raimundo Gil subiu no palanque e começou a falar. Nós estamos aqui é pra fazer revolução! O Antônio Luciano tinha tomado posse disso tudo aqui e plantado eucalipto, ele era deputado, por que ele tem direito e nós não? Ao fim do discurso a polícia recebeu ordem para acabar com o movimento. Eu fui até o secretário, que representava o governador e perguntei: - Será que o senhor me deixa dizer umas palavras? Ele disse: _ Você tem dez minutos! Então eu retruquei tudo o que ele (Raimundo Gil) havia dito. “Eu quero dizer às autoridades que nós estamos aqui
não é por nada disso que foi falado. Nós não queremos revolução! Nós queremos é lugar pra ficar! Nós estamos todos desempregados, não temos como pagar aluguel, nós não temos onde colocar a nossas famílias. Nós queremos é um lugar para colocar nossa família! Enquanto eu dizia isso, o carro do governador foi chegando, ele ouviu as minhas palavras, logo em seguida o
e minha irmã, pra ajudar a tomar conta, a gente tava no Rio de Janeiro.”, relata a dona de casa, mais conhecida como Dona Zica. Mesmo após a autorização para permanecer os moradores, tiveram que resistir à repressão policial, como conta Dona Zica, “Nós ficamos aí tomando conta debaixo de choça, mas na primeira semana da invasão a gente enfrentou muita polícia.”, conta a dona de casa. Igreja São Geraldo, década de 70.
Por: Jean Jonathan e Renata Gomes
Foto: Rafaela Gomes
Graças aos esforços dos primeiros moradores, gente batalhadora e politizada que se uniu para lutar por seus direitos, foi o que tornou possível o reconhecimento público do nosso bairro. De acordo com o jornal Diário de Minas de outubro de 1963, a história de resistência do povo do Cabana é decidida com a criação da Associação dos Moradores da Cabana. Em estudos e entrevistas feitas com os moradores e também associados naquela época, a Associação teve papel fundamental para a organização, resistência e luta por melhorias para o Cabana. Segundo senhor Raimundo Apolinário em entrevista para Alisson Veloso da Cunha, professor e estudioso da história do Cabana, “Aqui (na Associação) nós discutimos tudo, organizamos tudo e lutamos por tudo...”
“A Associação é a comunidade organizada. A Associação é a instituição que representa o Cabana. Uma comunidade que não se organiza, não conquista seus direitos.” (Geraldinho)
Foto pertencente ao acervo do saudoso Sr. José Martins, cedida gentilmente por sua família.
secretário subiu no palanque e disse: A ordem que eu tinha era pra retirar vocês, mas depois das palavras ditas por esse homem aqui, conversei com o governador e ele disse que vocês podem ficar. Aí o momento virou um carnaval, as pessoas começaram a pular e a comemorar, a partir dali pudemos tocar nossas vidas.”, narrou o mestre de obras aposentado. O companheirismo era algo constante entre os que lutavam por moradia, “Através de muitos amigos que a gente toda vida teve, veio minha mãe e minha irmã mais nova, e invadiu com outra senhora, um pedaço onde hoje moram meus irmãos. Ela escreveu dizendo que era pra vir (pro Cabana) eu
O site da Urbel define assim o grupo de pessoas que formou a Cabana do Pai Tomaz: Tendo sua ocupação iniciada juntamente e na mesma época em que outras ocupações em Belo Horizonte, [...], a “Favela Cabana do Pai Tomás”, situada na região oeste de Belo Horizonte, próxima ao Centro Industrial, tem ao longo de sua história marcas de sua alta capacidade de organização e resistência na luta pela posse da terra e pelo sonho de conquistar moradia.
Em 1964 o país passava por momentos de medo constante devido à ditadura militar e qualquer organização popular era desfeita, assim os membros da Associação foram oprimidos pela violência e pelo medo. Mas, ainda assim, os moradores do Cabana se encontravam pra decidir o futuro político da Associação, segundo os senhores Raimundo Apolinário e Abdias Silva, as atas de reuniões da fundação da Associação foram queimadas num incêndio misterioso, porém isso não foi suficiente para diminuir a vontade de participação do povo. Senhor José Martins, que era um dos representantes da Associação na época da sua criação, relatou para entrevistas antigas, que a estratégia era chamar os “donos” das terras onde estavam sendo invadidas pelo povo e dizer que queria negociar, mas não negociavam nada, pois o povo já havia estabelecido uma comunidade e não abririam mão de suas conquistas. Com o tempo a participação popular na Associação aumentava cada vez mais. Assim a Associação ganhou em importância e em responsabilidade. Pode atuar junto às secretarias municipais e demais órgãos públicos para conquistar melhorias nas condições sociais da comunidade: por exemplo, canalização de esgoto, abertura de ruas e becos e a criação da sede da Associação.
Em entrevista ao Jornal O Poente, senhor Geraldo Majela, conhecido como Geraldinho, presidente da Associação durante dois mandatos, reforça que, “A Associação é a comunidade organizada. A Associação é a instituição que representa o Cabana. Uma comunidade que não se organiza, não conquista seus direitos.”, diz ainda, que as pessoas deveriam procurar saber mais da história do seu bairro e da sua luta, pois, a Associação sempre mobilizou os moradores para que o Cabana, como um todo, fosse beneficiado com melhorias sociais e políticas. Com os anos a Associação fez parceiras importantes para o crescimento do Cabana, por exemplo, com a Copasa, tornando possível a canalização do esgoto em todos os becos; a parceria com a URBEL e a criação do CREAR (Os Centros de Referência em Área de Risco), implantados com o objetivo de aproximar e agilizar o atendimento e os serviços da Prefeitura aos moradores das áreas de risco de deslizamento e inundação. E a mobilização dos moradores para o Orçamento Participativo, programa criado com intenção que a população se organize para levantar demandas de melhorias para suas comunidades. O Cabana foi beneficiado com várias obras do OP, como criação da Escola Municipal Cabana do Pai Tomaz (o Cabaninha), abertura do
Beco Monsenhor Paulo Brasil, abertura do Beco da Mina e muitas outras obras conquistadas com a mobilização dos Membros da Associação, em destaque a Senhora Silvânia Gomes (primeira mulher a assumir a presidência da Associação), o Senhor Amado Valentim de Amorim e Dona Ilda Maria Pereira. Atualmente a Associação, cuja presidência está com Lúcio Bocão, busca novas parcerias para garantir a continuidade dos seus trabalhos. Essa história de lutas e conquistas não pode se perder no tempo e no espaço, participe! Se quiser saber mais sobre a Associação procure a sede à Rua São Geraldo, 265 e associe-se, faça parte ativamente da vida política e social da sua comunidade!
“Aqui (na Associação) nós discutimos tudo, organizamos tudo e lutamos por tudo...” (Sr. Raimundo)
O Poente - Belo Horizonte, 25 de Janeiro, de 2013. Ano I Nº 1
O Poente - Belo Horizonte, 25 de Janeiro, de 2013. Ano I Nº 1
Há 35 anos educando com Amor!
Foto: Jean Jonathan
Creche Crescer com Amor comemora 35 anos de um belo serviço prestado aos moradores do Cabana
Joselito “Cabelo” e seu filho, ele se dedica há anos pelo clube, amor que passa de pai para filho.
Promessa de competitividade e luta por títulos Bocão e Edinho prometem trabalhar muito, para o IX de Março levantar troféus em 2014. Por: Jean Jonathan Foto: Renata Gomes Por: Jean Jonathan e Renata Gomes
Localizada na Comunidade da Pedreira, no Alto Vista Alegre, a Creche Comunitária Crescer com Amor possui 35 anos de história e dedicação. Desempenhando ao longo desses anos todos, um importante trabalho social e educacional. A creche focaliza o atendimento às crianças de famílias carentes da região proporcionando uma alternativa educacional repleta de amor e carinho na luta contra as durezas da realidade nua e crua dos menos favorecidos. A instituição garante às crianças o acesso a direitos fundamentais: refeições coletivas diárias, espaço limpo e organizado e as queridas professoras que ensinam às crianças, com pedagogia e paciência, a conviverem melhor. Portanto, trabalha para que o saudável desenvolvimento físico e mental das crianças seja respeitado. Em 2013 foram atendidas 79 crianças de 2 a 5 anos. De acordo com a Coordenadora Administrativa da Crescer com Amor, Débora Marcondes, está previsto para este ano de 2014 a ampliação do número de atendidos. A Creche Comunitária Crescer com Amor que está sob a responsabilidade da ASMAC e conveniada à Prefeitura de Belo Horizonte, conseguiu se manter com dignidade, sendo preciso também muito sacrifício e trabalho árduo. Segundo a Senhora Maria de Fátima Marcondes, acompanhante da Gerência de Educação da Regional Oeste de Belo Horizonte, a comunidade da Pedreira precisa se conscientizar da importância que a Creche tem para as crianças e famílias que ali estão, ressalta
ainda que o local é um espaço para educação e não para assistência social, “As crianças precisam de um espaço para o aprendizado, lazer, socialização e crescimento e a Creche Crescer com Amor se propõe a ser esse lugar. Além da verba da Prefeitura, a Creche é mantida com doações de parceiros muito importantes, como a Lokamig, a Associação Municipal de Assistência Social (AMAS) e varios outros, mas ainda assim é pouco, dessa forma a equipe da Crescer com Amor faz campanhas de conscientização e sensibilização dizendo da importância das doações e contribuições. É com prazer imenso que o Jornal O Poente conta um pouco dessa história, com personagens importantes que vai desde a Dona Lourdes, fundadora da Creche juntamente com a Igreja Católica, que cedeu o espaço para
a construção da creche, e à todas as crianças que fazem parte dessa belíssima história.
Janeiro de 2014 marca o início de uma nova gestão para o time de futebol amador IX de Março. Lúcio Bocão será o presidente do time e como não poderia ser diferente, para comemorar esta nova fase e iniciar os próximos projetos com boa sorte, foi realizada uma celebração com direito a muita alegria. Reuniram-se centenas de pessoas, todas elas com suas histórias de vida marcadas pelo IX de Março. Como exemplo, temos José Carlos que durante 10 anos assumiu a presidência do time, estava no encontro juntamente com toda a sua família. Ele que durante 18 anos viveu noi Cabana, hoje reside em Ibirité, região metropolitana de Belo Horizonte, sem compromenter seu envolvimento com o IX de Março. O que o inspira tanta motivação é a amizade entre os companheiros de time e o importante trabalho na formação de categorias de base com crianças e adolescentes.
A mesma motivação está presente em Joselito, “Cabelo”, um dos fundadores e personagem indispensável em toda a história do time. Com muitos anos de trabalho no futebol, Cabelo sempre se dedicou ao trabalho social com crianças e jovens. Para ele, o esporte, além de ocupar o tempo das crianças e dos jovens de maneira saudável, lhes permite ter um incentivo e uma confiança maiores, para assim poderem enfrentar com dignidade e força os problemas da vida. Na próxima temporada, o IX de Março, conta muito com o trabalho de seu novo treinador Elinho, ex-jogador profissional, que atuou no Vila Nova e em outros 16 times. Foi convidado por Lúcio a assumir o cargo de técnico. Com muita disposição Elinho garante realizar no IX de Março, um trabalho sério e competitivo através de planejamento. Elinho afirma que não está para brincadeiras e por isso mesmo quer
títulos. Modéstia à parte, Elinho tem a certeza de possuir no time, excelentes jogadores e sendo assim possuir um time que joga muito. Elinho comenta que se sente motivado pois sabe do excelente trabalho realizado dentro do time, por Renan, Tiago, Elder e Lúcio. Boa sorte a todos!
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O Poente - Belo Horizonte, 25 de Janeiro, de 2013. Ano I Nº 1
Futebol, confraternização, tradição e amizade Tradicional “Pelada”, une amigos há mais de 35 anos, o momento crucial é a disputa do clássico entre amigos cruzeirenses e atleticanos.
Fotos: Jean Jonathan Por: Jean Jonathan
Foi realizado no dia 08 de dezembro, pelo grupo de peladeiros, no bairro Vista Alegre, o tão aguardado clássico anual Cruzeiro e Atlético. Tradicionalmente disputada no mês de Dezembro, e como sempre foi finalizada com churrasco de confraternização. A primeira partida foi disputada em 1978.
presenças ao ano.”, informa. O grupo possui 63 integrantes, 15 sócios (torcedores), a mensalidade gira em torno dos 20 reais. Todo ano é realizada em um sítio para os integrantes e seus familiares uma grande festa, contando com aproximadamente 250 convidados.
A disputa serve como forma de alimentar a paixão que todos do grupo têm pelo esporte, “A pelada foi criada por quem não conseguiu jogar profissionalmente, mas, a paixão pelo futebol é tão grande, que esses atletas não conseguiram ficar longe do campo. Daí o surgimento dos Peladeiros”, conta Ari Rodrigues, 67 anos, um dos fundadores da Pelada. Segundo Ari, que há 34 anos se dedica à pelada, não é tão fácil participar do clássico, “Para estar dentro de
Para Leco, de 32 anos e atual presidente do grupo, a festa anual vai além de simplesmente se encontrar para jogar bola. Ele diz que é um importante momento de lazer, pra quem trabalhou duro o ano todo, e mora na periferia.
Garantia de Lazer
possível a continuidade da Pelada. Como bem disse o membro da diretoria do Peladeiros Devair, (55anos), “a pelada une as pessoas e as gerações”. Ele tem bisneto dentro de campo, para Devair a pelada garante a oportunidade de praticar esporte e fazer amizade com pessoas de bem.
Marcelo (35anos), também integrante da Diretoria, viu no seu pai Raimundo toda a dedicação e compromisso para com o grupo de peladeiros. Ele resume bem em uma frase o que é esse grupo para Ronaldo, um dos fundadores, ainda se ele, “Domingo nosso, é a pelada.” lembra da primeira festa da Pelada, organizada no ano de sua fundação, e Legado realiza na Rua Betel, na rua onde sua mãe morava. É fácil perceber além da E o que seria dos peladeiros se identificação com o futebol, a união e a não fosse a simpatia e a alegria do amizade que todos possuem, a partici- Luiz, “Careca” (78 anos) com seus campo no clássico, o integrante do pação da família dos integrantes torna 14 filhos, 17 netos, 13 bisnetos? Peladeiros, tem que ter ao menos 23 Assim como outro Luiz, o churrasqueiro da turma, que garante a comemoração no final do jogo, Domingo a Domingo. Cada integrante com a sua participação, valoriza a amizade, a união, e a confraternização e assim mantêm a significativa tradição do Pe-