HU no limite
Ano 2 - 1ª Edição - 12 a 18 de Setembro de 2014
O déficit de funcionários virou doença crônica e sem perspectivas concretas de solução
Questões universitárias foram foco de debate na UEL Pag. 05
Atléticas disputam a sexta edição do JIA Pág. 11
Perfil - Dorian Guerra: fundadora da ONG Viver Pág. 12
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Opinião
12 a 18 de setembro de 2014
EDITORIAL
Jornal Laboratório produzido pelo 4º ano do Curso de Comunicação Social, habilitação Jornalismo, da Universidade Estadual de Londrina Coordenação Editorial (docentes responsáveis): Emerson S. Dias Paulo César Boni Lauriano Benazzi Editor-Chefe: Ana Maria Simono Chefe de Redação: Vanessa Tolentino Projeto Editorial: Emerson S. Dias Fábio Silveira Gisele Rech Lauriano Benazzi
Excesso de burocracia ou falta de investimento?
A
tendimento. Assistência. Recursos. Qualidade. Com déficit de 10% no número de funcionários e a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) permanentemente lotada, o Hospital Universitário continua aguardando a contratação de novos profissionais. No primeiro semestre deste ano, o juiz Marcos José Vieira, da 1ª Vara da Fazenda Pública de Londrina, determinou que fossem admitidos 63 enfermeiros e 61 técnicos de enfermagem, mas, em razão da burocracia, as contratações ainda não foram efetivadas e, quando o forem, serão insuficientes para suprir a demanda. Os 2,1 mil trabalhadores do HU se desdobram para atender pacientes de 250 cidades do país. Entre junho de 2011 e maio de 2012, o hospital realizou mais de 11 mil internações, 36 mil consultas no pronto-socorro e quase nove mil cirurgias, considerando os procedimentos realizados pelo Hospital das Clínicas (HC). Em 2013, a Secretaria de Estado da Saúde sinalizou a liberação de R$ 6 milhões para novos investimentos, mas, até agora, o dinheiro não
chegou. Atualmente, os usuários do Sistema Público de Saúde se aglomeram em longas filas. A UTI neonatal opera com ocupação de 120% de sua capacidade. Infelizmente, essa nova realidade ofusca o prêmio nacional de “Qualidade Hospitalar”, auferido pelo hospital em 2000. Descaso? Problema de saúde pública? Falta de investimento? Excesso de burocracia? Parece clichê. A falta de subsídios na área da saúde não causa espanto à população, virou “problema cotidiano”, parte da agenda local. É sempre mais fácil “lamentar o descaso” e afirmar que a questão é “histórica”, uma “demanda antiga”. Enquanto a Secretaria Estadual de Saúde se exime de suas responsabilidades sob o pretexto de que a liberação dos recursos está garantida, mas o repasse da verba depende da Secretaria de Estado da Fazenda, o que pode ser feito? Nesta edição, acompanhe as expectativas para amenizar a situação do maior hospital público do Norte do Paraná. Boa leitura!
Projeto Gráfico: Erick Lopes Lais Taine Lauriano Benazzi
MEMÓRIA PRETEXTO
Diagramação: Alessandra Galletto Lucas Nabesima Rafael Gratieri Chefe do Departamento de Comunicação: Mário Benedito Salles Coordenador do Colegiado de Jornalismo: Ayoub Hanna Ayoub Correspondência: Coordenação do Curso de Jornalismo UEL – Universidade Estadual de Londrina Rodovia Celso Garcia Cid, BR 445, Km 380 CEP 86057-970 Londrina – PR Tel.: (43) 3371-4328 E-mail: jornalpretexto@gmail.com
Afinal, o que é belo? Na edição de nº 35, publicada em agosto de 1997, o Jornal Laboratório “PreTexto” aborda as manifestações artísticas que questionaram os padrões estéticos do pós-guerra e, no âmago de suas reflexões sobre o cenário social, se transformaram nos “movimentos de contracultura”. A edição, intitulada de “A Estética do Não-Belo”, discute movimentos de contracultura e as expressões artísticas da “arte marginal”.
PreTexto na Internet: facebook.com/JornalismoUEL www.issuu.com/jornalpretexto www.jornalismouel.com
CRÔNICA
Sommelier
A
Rafael Gratieri
internet criou um fenômeno semelhante àquele de visitações de alienígenas, lá pelos idos dos anos 90. De repente todo mundo tinha visto seres de outro planeta, as provas pipocavam feito o Araketu (opa, mais uma referência). O conteúdo publicado na internet é basicamente um disco voador, onde todo mundo aponta o dedinho, mesmo sem saber para onde ou o quê estão apontando exatamente. Mas o dedo está lá, mais em riste que noivo em lua de mel. Isso gerou toda sorte de comentários que são uma releitura moderna do “cara de quem comeu e não gostou”. Agora é “comentário de quem viu e não gostou” - isso quando não é simplesmente um “nem vi e nem gostei”, numa ponte com o passado, exatamente igual à criança que olhava um lindo jiló no seu prato de almoço, mas sequer se atrevia a experimentá-lo. Nessa o especialista em ufologia que ia ao programa do Gugu tomou vida e forma. Os estudiosos que estavam no palco todo domingo e diziam qualquer coisa vagamente profunda sobre algo que não tinham muita noção se adaptaram para comentaristas de portais, numa espécie de darwinismo tecnológico (com a diferença que não houve evolução nenhuma). E, como se fossem Gremlins debaixo de uma cachoeira, se multiplicaram. Basicamente todo conteúdo da internet
é como o cidadão que andava na Ponte do Rio que Cai (do Faustão, lembram-se?), e os comentaristas de internet são piranhas violentas que estão só esperando um pequeno deslize. Especialistas de todo e qualquer tema surgiram. Sommeliers de tudo. Um tipo em específico me agrada, o sommelier de humor. Ele não curte muito a piada, mas quer fazer toda uma análise socio-psicosabedeusmaisoquê-pedagógica, ao invés de rir - ou não. Ou seja, a internet é o documentário “O Riso dos Outros” em tempo real. “Essa foi boa”, “essa foi fraca”, “com Deus não se brinca”, “era pra ter graça?”, “prefiro o outro humorista”, são frases que são praticamente especializações do sommelier. Assim como o de vinhos pode cheirar notas de carvalho à distância, esse sabe avaliar se a piada foi boa ou ruim. E a palavra dele é a final, pois conseguem identificar tudo certinho de uma distância incrível e de olhos vendados, como pede o manual. Fico esperando o dia em que eles se assumirão definitivamente sommeliers: “Essa piada é boa. Tem toques de Chico Anysio, mas também sinto um leve aroma de Jerry Lewis”. “Que excelente piada! Envelhecida em barris de Costinha.” “Hm, horrível, essa amarra a boca feito uma esquete do Zorra Total.” E assim seguem, aprovando e reprovando piadas, sem de fato de embriagarem com o vinho que elas realmente gostam.
Opinião
12 a 18 de setembro de 2014 DEBATES
Esparamágico
N
Rafael Gratieri
o dia 25 de agosto desse ano, a Rede Bandeirantes veiculou em seu programa vespertino “Tá na Tela”, apresentado por Luiz Bacci, uma reportagem sobre um curandeiro que se utilizava de um método diferente. O milagreiro, chamado de professor Hirota, faz algumas rezas e, em seguida, pede que os doentes adentrem um local específico para que possam ser curados com... esparadrapos. O professor abençoa o enfermo enquanto cola uma pequena tira da fita no local onde está o problema. E cura qualquer coisa: pessoas já desesperançadas, com câncer e até aquelas com doenças sem causa ou cura conhecidas, A cura com esparadrapos é só como a fibromialmais uma na imensa lista de gia, são facilmente curadas pelo propromessas mágicas que acompanham a humanidade. fessor Hirota. A cura com esparadrapos é só mais uma na imensa lista de promessas mágicas que acompanham a humanidade. No Brasil, também não é surpresa. Terra de sincretismo religioso, onde o mesmo cristão que acredita na Santíssima Trindade também acredita em reencarnação e, de vez em quando – por que não? – faz uma oferenda a Iemanjá no Ano Novo. No meio de todas essas crenças, um dado: de acordo com a primeira edição do Índice de Letramento Científico (ILC) mostraram que apenas 5% da população são proficientes em ciência. Na pesquisa, 2002 pessoas entre 15 e 40 anos, com pelo menos o ensino fundamental completo, foram entrevis-
tadas em oito capitais estaduais e no Distrito Federal. O questionário era composto por 60 perguntas com o intuito de avaliar a capacidade de identificar informações explícitas em texto, tabela ou gráfico (como consumo de energia, por exemplo), comparar informações simples para a tomada de decisões, entre outras habilidades. O estudo foi feito em parceria com o Instituto Abramundo, o Instituto Paulo Montenegro e a ONG Ação Educativa. Dados estatísticos sobre medicina alternativa no Brasil, porém, são menos evidentes. Mas quem não tem uma tia que está sempre com aquela dorzinha nas costas e já parte logo para a homeopatia, uma reza ou um curandeiro? Sempre acompanhado de “os médicos não conseguiram nada, mas eu fui ao homeopata e melhorei”, como se simples relatos de caso fossem o suficiente para validar todo um método alternativo. Por que não levamos o professor Hirota ao Instituto Nacional do Câncer (INCA) promover uma cura em massa? Porque isso tem implicações éticas e morais tão grandes que mal caberiam nesse espaço. Não existe diferença prática entre levá-lo ao INCA e levar estes mesmos pacientes até ele. O doutor David Gorski, da Escola de Medicina da Wayne State University, e o doutor Steven Novella, da Universidade de Yale, ambos dos Estados Unidos, disseram em um novo estudo que não é ético estudar terapias de medicina alternativa em pessoas se elas violarem leis e teorias científicas já estabelecidas, confirmadas e comprovadas. Sobre o funcionamento da homeopatia, por exemplo, Gorski afirma que “Muito do que nós entendemos sobre física e química teria de estar não apenas errado, mas espetacularmente errado.”
REGISTRO A Universidade Estadual de Londrina promoveu um debate entre os candidatos ao governo do estado no dia 03/09, no Centro de Ciências Biológicas. Durante as considerações finais de Gleisi Hoffmann, diversos estudantes se levantaram e ergueram os braços pedindo a palavra em frente à candidata. Depois de uma discussão entre a organização, os estudantes e as assessorias políticas dos candidatos, um representante do DCE (Diretório Central dos Estudantes) foi autorizado a perguntar. Ele questionou a proposta dos candidatos para o Restaurante Universitário da UEL, que é o mais caro do país.
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Parecer Vanessa Tolentino
CAVALETE ELEITORAL Em vésperas de eleições, a luta para conquistar o voto do eleitor é cada dia mais acirrada. Os cavaletes com as fotos dos candidatos estão espalhados pelas rotatórias e canteiros da cidade. Alguns locais têm tantas placas que fica até difícil enxergar cada um. Além disso, certos candidatos fazem questão de manter a placa em um lugar que dificulta a visão dos motoristas. FOMINHA Os cavaletes espalhados de norte a sul da cidade denunciam candidato da capital querendo abocanhar votos de Londrina. Como se a influência do famoso pai já não fosse suficiente para conquistar o cargo. VOTO CONSCIENTE O Ministério Público do Paraná lançou uma página com informações úteis aos cidadãos para as eleições de 2014. Na página, é possível encontrar informações para o exercício do voto consciente, regras da propaganda e do horário político eleitoral, o que configura crime ou infração eleitoral e como podem ser denunciados. Poderão consultar, ainda, a legislação eleitoral e as normas e direitos especiais para o dia das eleições, além de ter acesso direto a links com informações dos locais de votação e sobre os candidatos.
NAS REDES Confira o PreTexto e as produções dos estudantes do curso de Jornalismo da UEL na internet. Mande seus comentários e sugestões de pauta através do Facebook e do Twitter. Acompanhe também a versão digital dos jornais laboratórios e as produções das demais séries no portal de notícias do curso.
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Rafael Gratieri
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Londrina CIDADE LIMPA
Ronda
Propaganda em excesso tem causado poluição visual
Paola Cuenca Moraes
AGRESSÃO
A quantidade de cavaletes expostos nas vias públicas não tem agradado os eleitores
Um morador de rua foi agredido na madrugada da última terça-feira (09/09) no Calçadão de Londrina. Um morador da área que registrou a cena em vídeo, disse, em depoimento à Polícia Militar, que a violência ocorreu sem motivo aparente. Segundo a Folha de Londrina, a vítima foi presa, mesmo com cortes na cabeça e machucados pelo corpo, por possuir diferentes mandados de prisão em aberto. Apenas um jovem, dos cinco acusados pelo ato admitiu ter quebrado uma garrafa na cabeça do morador de rua e será indiciado por lesão corporal leve. A pena prevista é de três meses a um ano de detenção.
Milliane Lauize
C
om a autorização do início da propaganda eleitoral, em 6 de julho, os candidatos passaram a ter o direito de fazer propaganda e pedir votos para os eleitores. Desde então, a divulgação pode ser feita através dos “santinhos”, muros pintados, cartazes, carro de som, bandeiras, cavaletes, entre outros artifícios. O que tem chamado a atenção dos eleitores é a quantidade de cavaletes em jardins, rotatórias, canteiros centrais de avenidas e espaços públicos. Segundo normas do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), os candidatos podem fazer campanhas com cavaletes, desde que sigam o modelo de tamanho e também respeite o horário que pode ficar exposto nos espaços públicos, das 6h às 22h. Alguns eleitores não estão satisfeitos com a enorme quantidade de publicidade exposta nas ruas,como é o caso do comerciante Ricar-
do Leal,que alerta que os cavaletes estão prejudicando o trânsito. “Existe uma poluição visual tremenda, chega a ser um exagero de placas nos canteiros e nas calçadas. Tem um retorno na Avenida Saul Elkind que tem tantos cavaletes no local que é impossível visualizar os carros que vêm pelo sentido contrário”, explica. Em 2010, foi aprovada em Londrina a “Lei Cidade Limpa” que normatiza a publicidade visual em espaços públicos e privados. Para a campanha eleitoral, no entanto, ela não pode ser aplicada, pois as leis que regem as eleições sobrepõem-se à “Lei Cidade Limpa”, que é uma lei municipal. Segundo o Código de Posturas do Município, a colocação de estruturas com publicidade em vias públicas é proibida, como por exemplo, os cavaletes. Mas, segundo Rafael Borges Ribeiro, coordenador de Fiscalização de Posturas e Publicidade da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU),
O que pode e o que não pode nas propagandas Milliane Lauize
e acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, é permitido colocar cavaletes, bonecos, cartazes e mesas para distribuição de material em vias públicas, desde que não dificultem o bom andamento do trânsito
de pessoas e veículos. É proibido colocar cartazes, faixas, placas, estandartes e fazer inscrição com tinta em locais de livre acesso à população, como cinemas, teatros e estádios, e em bens do poder público, como hospitais, escolas, ônibus, táxis, postes, árvores e tapumes de obras.
a legislação eleitoral também sobrepõe o Código de Posturas. “Será permitido, mas os excessos serão coibidos”, garantiu em entrevista ao portal Bonde. Por falta de fiscais, o TRE concedeu à CMTU o poder de fiscalizar as irregularidades e multar os candidatos que excedam os limites toleráveis. Denuncie Quem observar propaganda eleitoral irregular pode registrar denúncia na zona eleitoral de Londrina,
que fica na Rua Governador Parigot de Souza, 231 – Jardim Caiçaras, bem ao lado da Prefeitura. O eleitor pode também procurar o campo Denúncias Eleições 2014 do site do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, www.tre-pr.jus.br, preencher o formulário e fazer a denúncia. Depois da denúncia o candidato terá 48 horas para retirar a propaganda irregular, sob pena de multa que varia de R$ 2 mil a R$ 8 mil.
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MillianeLauize
VÍTIMA DE RACISMO Celiana Lúcia da Silva, a aluna do 4o ano do curso de Direito da Faculdade Arthur Thomas que denunciou publicamente colegas de sala de travar diálogos racistas por meio do aplicativo WhatsApp, com a presença da Polícia Militar, pode ser contra-acusada por “denunciação caluniosa” (comunicação de falsos fatos a autoridades policiais). O Advogado Reinaldo Inácio Alves Júnior classifica o caso como uma “brincadeira de mau gosto” por parte dos dois clientes dele.
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CLÁSSICA CULPA À VÍTIMA Alves Júnior ainda afirma que pelos comentários racistas terem ocorrido em uma rede de comunicação privada “e pela ausência de intenção” não há crime. Assim como a presença policial no período de aulas constrangeu os clientes dele. Ironicamente, os acusados não se preocuparam em constranger Celina ao ridicularizá-la por sua cor de pele e modo de se vestir. DIA AGITA MUSEU DE ARTE Neste sábado, 13/09, das 9h às 16h acontecerá no Museu de Arte de Londrina o Dia da Sergipe. A programação disponível à toda a população inclui show musicais e de palhaços, sorteios de brindes, oficinas culturais, exposição de arte, brinquedos para crianças, orientação ambiental e financeira, receitas, aferição de pressão, teste de glicemia, corte de cabelo, transformação com maquiagem, hidratação e massagem, cadastro de doares de medula óssea e muito mais!
Rotatória da Avenida Higienópolis com a Avenida Madre Lêonia Milito é um dos pontos de propaganda política
Paraná
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Sem Richa e Requião, demandas universitárias dominam debate Os candidatos prometeram investimentos e autonomia às instituições; ausência dos dois candidatos “pegou mal”
O
por prestigiar uma reunião com os sindicatos da indústria do vestuário de Maringá e Cianorte; já Requião afirmou ter fraturado a perna, o que teria impedido a viagem, e seguiu a campanha em Curitiba. As justificativas não foram bem aceitas pelo público presente, que vaiou; nem pelos opositores, que fizeram questão de ressaltar a desconsideração dos candidatos ausentes
disputa eleitoral, Gleisi Hoffmann concentrou as atenções comumente voltadas aos maiores partidos. Bem treinada, ela aproveitou o espaço para detalhar as propostas de seu plano de governo. Demonstrou ter estudado as reivindicações dos sindicatos promotores do debate, citando porcentagens com exatidão e defendendo alguns interesses das instituições superiores,
“Os candidatos vêm pouco ao interior para fazer campanha e, se eles não vêm pedir votos no interior, imagina na hora de governar” com a cidade de Londrina e com os assuntos referentes às universidades do Estado. O mediador do debate, o jornalista político Fábio Silveira, lamentou que haja a centralização das campanhas na capital. “Os candidatos vêm pouco ao interior para fazer campanha e, se eles não vêm pedir votos no interior, imagina na hora de governar”, advertiu. Sem a presença dos principais adversários na
como a reposição automática do quadro de funcionários e o repasse de 2% da arrecadação tributária ao Fundo de Ciência e Tecnologia. A candidata não se exaltou diante de provocações de Bernardo Pilotto e manteve postura defensiva a favor do PT. Após Gleisi ter assegurado que um governo petista traria melhorias em relação ao atual, Pilotto replicou afirmando que
“ser melhor que o atual é pouco”, na tentativa de estimular os eleitores a exigir mudanças radicais no que diz respeito à política. Tulio Bandeira e Ogier Buchi discursaram de maneira genérica, acrescentando pouco ao debate. Já Bernardo Pilotto e Rodrigo Tomazini, servidores da UFPR e da Universidade Estadual de Maringá (UEM), respectivamente, se saíram bem nas discussões pela afinidade que têm com o setor. Defenderam a autonomia e a paridade universitária, bem como a necessidade de investimentos para a reestruturação física das instituições e a contratação de novos servidores. Além de expor propostas, ambos assumiram postura ofensiva e colocaram em pauta os desmandos dos últimos governos. Assim, como em todo debate, os chamados “nanicos” ficaram divididos, uns no papel de colocar contra a parede a atuação dos “grandes”, outros na posição de coadjuvantes, que parecem somar ao pleito apenas em número.
Rafael Gratieri
Anfiteatro Cyro Grossi, no Centro de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Londrina (UEL), sediou na última semana (03/09) um debate entre os candidatos ao governo estadual. Centenas de estudantes, professores e servidores acompanharam as discussões promovidas pelas entidades sindicais das Instituições de Ensino Superior do Paraná. Dos oito candidatos, compareceram cinco: Tulio Bandeira (PTC), Bernardo Pilotto (PSOL), Rodrigo Tomazini (PSTU), Gleisi Hoffmann (PT) e Ogier Buchi (PRP). Geonísio Marinho (PRTB), Roberto Requião (PMDB) e Beto Richa (PSDB) não participaram. A ausência de Beto Richa e Roberto Requião chamou atenção. Atual e ex-governador, eles são os dois candidatos que aparecem à frente nas pesquisas de intenção de voto. Richa alegou que havia assumido outros compromissos antes de ter sido convidado e optou
Nathalia Corsi
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Extras
Paola Cuenca Moraes
CPI ENTREGA RELATÓRIO Essa semana, a comissão aberta pela Câmara de Londrina para acompanhar os trabalhos da CPI dos Pedágios montada pela Assembleia Legislativa do Paraná entregou o relatório de seus trabalhos e a decepção foi marcante. Nada pode ser feito pe la Comissão de Acompanhamento já que a CPI, montada em julho de 2013 e prorrogada em novembro de 2013 até março desse ano, manteve seu relatório de investigações mantido em sigilo. Desde março, o relatório final da CPI não é entregue, assim como outros dados não são liberados. BRASIL FORMA MENOS, PARANÁ MATRICULA MAIS Segundo dados do Censo de Educação Superior divulgados pelo Ministério de Educação, o número de formandos no ensino superior caiu em 2013. O Brasil não registrava queda desde 2003. Por outro lado, o mesmo censo mostra que o Paraná é o quinto estado do País com mais matrículas no ensino superior em regime presencial. De 2012 para 2013, houve 5,4mil novos inscritos em cursos de graduação. A frente do Paraná estão São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas gerais e Rio de Janeiro. PARANÁ VENCE PREMIO INOVA SENAI
Atual governo e anteriores foram duramente criticados pelos candidatos no debate que lotou o anfiteatro do CCB
A mostra Inova Senai 2014 realizada paralelamente à Olimpíada do Conhecimento em Belo Horizonte (MG) consagrou o Senai Paraná como vencedor da categoria tecnologias inclusivas. O projeto vencedor foi desenvolvido por uma equipe de 18 integrantes entre professores, alunos e técnicos. O Dispositivo para Transpor Obstáculos (DTO) garante acessibilidade a cadeirantes por se tratar de um conjunto de rampas a serem acopladas em qualquer tipo de cadeira para permitir ao usuário a capacidade de ultrapassar pequenos obstáculos e guias de calçada. A equipe agora busca um investidor que possa tornar esse premiado projeto em uma realidade empreendedora!
Campus Por Extenso Isadora Lopes
ENEEI Será realizado o “X Encontro sobre Necessidades Educacionais Especiais e Inclusão (ENEEI)”, promovido pelo Departamento de Educação, visa conhecer na Educação Especial os diferentes tipos de deficiência e de transtorno para subsidiar a pratica educativa. O evento será realizado entre os dias 16 e 18 de setembro, a partir das 13h, no Brasil Soka Gakkai Internacional (BSGI), Rua Mato Grosso, 585, Londrina/PR. Nesta edição o encontro tem como objetivo fortalecer um trabalho pedagógico comprometido com a educação inclusiva que respeite o potencial de cada aluno, sua capacidade de aprender e aumento de sua autoconfiança. O evento é direcionado a alunos do 2° ano de Pedagogia da UEL, alunos e professores do Instituto de Educação Estadual de Londrina (IEEL) e comunidade externa. GEOGRAFIA DA SAÚDE Ciclo de “Introdução à Geografia da Saúde” está com inscrições abertas Ciclo de “Introdução à Geografia da Saúde” será realizado no dias 08/09, 22/09, 06/10, 20/10 e 03/11, das 14h às 18h no Laboratório de Informática da Geociência do Centro de Ciências Exatas (CCE). O evento, promovido pelo Departamento de Geociências, visa estimular a criação de um grupo de estudos e pesquisas em Geografia da Saúde. A coordenação do evento é da professora Márcia Siqueira de Carvalho. Os interessados deverão se inscrever pela internet até dia (15/09) e possui taxa de R$ 7,00. Após a inscrição deverão entrar em contato com a professora coordenadora do curso pelo facebook. Mais informações: (43) 3371-4246.
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NO LIMITE
Muitos pacientes para poucos funcionários Adriana Gallassi
Aposentadorias e a falta de contratações ameaçam a qualidade do atendimento hospitalar para os próximos anos
imediatamente para compor o quadro de funcionários do HU é variável porque na prática nem todos os servidores que constam no sistema como trabalhadores efetivos estão exercendo suas funções O Hospital Universitário no hospital. Alguns foram de(HU) da Universidade Esta- signados a partir de concursos dual de Londrina (UEL) sofre públicos para as vagas, mas uma crise de falta de funcio- ainda não foram nomeados. nários. De acordo com a di- Elizabeth estima que há 100 retora superintendente do funcionários nessa situação e hospital, Elizabeth Ursi, o nú- explica que o tempo entre a mero de servidores que pre- indicação e nomeação de um cisam ser contratados hoje concursado demora cerca de varia entre 250 e 320 pesso- um ano e meio. Somam-se as. Além disso, a direção está a isso os servidores que espreocupada com centenas de tão aguardando a publicação aposentadorias previstas para da aposentadoria em licença os próximos três anos. remuneratória – um direito A estimativa de estudos previsto em lei de afastamenrealizados pela Pró-reitoria de to remunerado do funcionáRecursos Humanos (PRORH) rio enquanto aguarda a apocalculou que 1215 servidores sentadoria. irão se aposentar até 2018. Elizabeth afirma que pelo meAs Consequências nos metade desse número se O impacto da falta de funrefere ao HU, ou seja, pouco cionários tem dimensões que mais de 600 funcionários irão ultrapassam a demora no sair do hospital em três anos. atendimento. Na tentativa de “Entre uma vaga abrir e eu re- amenizar o déficit e manter ceber a pessoa [no quadro de “o mínimo padrão de qualifuncionários] pode variar de dade e segurança”, a superindois anos e meio a três anos”, tendente do HU conta que disse. muitos funcionários fazem Segundo a superintenden- horas extras. “Nós fazemos te o número de profissionais hoje um quantitativo de horas que precisam ser contratados extras que é significativo, mas
que não chega a completar o número das faltas. Não chega porque prejudicaria grandemente a economia da universidade. Nós também não temos gente suficiente pra fazer a quantidade de horas extras necessárias para cobrir, porque cada servidor só pode um determinado número de horas extras por mês”, explicou. Essa medida mantem o bom funcionamento do HU, mas acarreta em desgaste físico do trabalhador. Para Adão Brasilino, diretor do Sindicato dos Servidores Públicos Técnicos Administrativos da Universidade Estadual de Londrina (ASSUEL) e servidor do HU, a sobrecarga de trabalho nos funcionários é grande. “Nós sofremos doenças ocupacionais, mentais,
suprir a necessidade de funcionários, mas lá na ponta quem mais sofre é o paciente”, destacou. A insuficiência de funcionários também inviabiliza procedimentos eletivos, aqueles atendimentos que não precisam ser feitos em um curto espaço de tempo, pois não representam risco de morte para o paciente. Estes procedimentos são suspensos para direcionar os funcionários para o Pronto-Socorro, por exemplo, que são atendimentos de urgência. “Isso gera uma fila enorme de pacientes esperando procedimentos eletivos, o que é muito ruim”, explicou Elizabeth. Diante do agravamento da situação e pouca assistência do governo estadual a direção do HU cogitou, em 2013, diminuir o número de leitos “Nós chegamos à conclusão com a intenção de que diminuir leitos gera de acabar com um impacto tão significativo os problemas. no sistema de saúde de Atualmente o Londrina que a gente hospital tem preferiu tentar não fazer isso” 313 leitos e os estudos da dium sofrimento grande entre reção apontam que esse núservidores e os líderes que mero teria que ser reduzido chefiam esses grupos. Pela para pouco menos de 150 falta, ele tem que fazer uma leitos. “Nós chegamos à conarticulação muito grande para clusão de que diminuir leitos
Problemas financeiros
Adriana Galassi
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Há 17 meses a prefeitura não repassa os recursos que deveriam ser destinados para o hospital. De acordo com a superintendente do HU esse valor já soma R$ 3,3 milhões. “A prefeitura reconhece que deve esse valor pra gente e nós estamos reiteradamente demandando com eles pra que eles paguem isso porque é um dinheiro muito significativo”, afirma. Em 2013, a Secretaria
de Estado da Saúde (SESA) prometeu R$ 6 milhões como um “socorro” para a compra de materiais e pagamento de serviço terceirizado. Hoje todo esse recurso já foi empenhado pelo HU. Elizabeth diz que o Fundo Estadual de Saúde do Paraná (Funsaúde) teve dificuldades para pagar o valor prometido e que uma pequena parcela desse dinheiro ainda está empenhada e não foi paga ao fornecedor.
Falta de estrutura do HU leva a atendimentos em corredores. Esse
Campus
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Perobal Isadora Lopes
gera um impacto tão significativo no sistema de saúde de Londrina que a gente preferiu tentar não fazer isso pelo menos este ano. Nós estamos tentando alternativas, estamos contratando gente com recursos do hospital, através de licitações de empresas e estamos suprindo essa falta com recurso para não fechar leitos”, afirma Elizabeth Ursi. Contratações Há quase um ano, o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) suspendeu um concurso, já realizado pela UEL, que convocaria 56 novos servidores. A alegação é de que a universidade não respeitou o número de vagas que deveriam ser destinadas a deficientes físicos. Isso aconteceu por uma diferença de cálculo: o Ministério Público (MP) defende a contagem em cima do número total de vagas enquanto a UEL calcula a porcentagem das vagas sobre cada especialidade. A superintendente do HU afirma que a promotoria liberou as áreas de Fisioterapia e Enfermagem por não apresentarem problemas nos editais. Esses concursados ainda não foram chamados pelo impedimento que o ano elei-
toral impõe. A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI) sobre a falta de funcionários do HU e se havia possibilidade de contratações para suprir a demanda atual. Em nota, a assessoria de imprensa respondeu que “o Governo do Estado autorizou a realização de concurso público para a contratação de servidores para o Hospital Universitário de Londrina (HU) que foi suspenso pelo Ministério Público. Outros dois concursos foram realizados depois, mas não podem ser homologados pelo governador por conta da suspensão do concurso de 2013 pelo MP. Juntos os três totalizariam a oferta de 198 vagas para diversas áreas”. A nota não menciona a possibilidade de mais contratações. O diretor da ASSUEL vê a questão da demora nas contratações pelo estado como um empecilho que “inviabiliza o trabalho no HU”. Mesmo se as 198 vagas fossem preenchidas em 2015, seria necessário abrir um concurso público ofertando cerca de 650 vagas para acabar com o déficit de funcionários até 2018.
Vanessa Tolentino
MESTRADO E DOUTORADO
Planos de saúde Com informações do JL.
é só mais um problema que o hospital enfrenta.
Nos últimos cinco anos, 33 mil londrinenses tornaram-se usuários de planos de saúde, somando um total de mais de 187 mil beneficários. Mas o número de leitos hospitalares não é proporcional. Em Londrina são encontrados apenas 1.204 acomodações nos hospitais que atendem aos convênios médicos.
Essa diferença entre a evolução dos planos e a dos hospitais explica o estrangulamento também no atendimento privado. Hoje, os usuários de planos de saúde que buscam atendimento nos hospitais privados da cidade acabam enfrentando filas tão longas quanto dos hospitais públicos, o que gera revolta.
Para quem se interessa pela carreira acadêmica, as inscrições para os programas de mestrado e doutorado da UEL estão abertos. Os interessados deverão fazer a inscrição exclusivamente pela internet no site da Proppg, uel.br/proppg. As aulas vão começar em março de 2015. Ao todo são 17 programas de doutorado, com 216 vagas, e 32 de mestrado, com a oferta de 667 vagas, além de outras 16 vagas do Programa de Mestrado Profissional. Os programas são distribuídos em nove diferentes áreas do conhecimento –Ciências Agrárias, Biológicas, Ciências da Saúde, Exatas, Educação, Informação e Comunicação, além de Ciências Sociais Aplicadas, Letras e Ciências Humanas, e Tecnologia e Urbanismo. E para quem quer se preparar, a dica é de Thiago Cardassi Sanches, que cursa o mestrado em Comunicação Visual da UEL. Na opinião dele, a primeira coisa para quem vai se candidatar a partir de setembro é observar a área de concentração do curso. Para os estudantes de outras áreas, como é o caso de Sanches, formado em Turismo, uma dica é entrar em contato com pessoas da área de interesse e buscar conselhos sobre as obras que devem ser estudadas. “Eles poderão dar dicas de como compreendê-las da melhor forma, às vezes sugerindo textos mais ‘iniciais’ ou correlacionados.” PROPPG - Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-graduação - Portal da PROPPG - uel.br
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Geral
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ENSINO SUPERIOR
Cai o ritmo de expansão de matrículas no ensino superior
PR é o 5º estado em matrícula presenciais no ensino superior EBC
O Paraná é o quinto
EBC
BRASÍLIA - O número de estudantes matriculados em cursos de graduação no Brasil cresceu 3,8% de 2012 para 2013. No ano passado, as matrículas superaram 7,3 milhões. A rede privada concentra o maior número de alunos, quase 5,4 milhões de inscritos. Na rede pública, há cerca de 1,9 milhão de estudantes. Os dados são do Censo da Educação Superior 2013, divulgado nesta terça-feira (9) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O crescimento do número de matriculados na graduação foi inferior ao registrado nos censos anteriores. De 2011 para 2012, o crescimento ficou em 4,4% e, de 2010 para 2011, em 5,6%. No ano passado, ingressaram no ensino superior cerca de 2,7 milhões de estudantes. A matrícula na graduação cresceu mais na rede privada (4,5%) do que na rede pública (1,9%) - o censo anterior registrou maior crescimento nas instituições públicas. Neste censo, a rede privada participa com mais de 80% no número de ingressantes em cursos de educação superior de graduação. Quase 1 milhão de estudantes concluíram a educação superior no ano passado.
Paulo Bareta
Entre 2012 e o ano passado, crescimento das matrículas foi de 3,81%. No ano anterior, expansão tinha sido de 4,4% estado com maior núme-
Matrículas no ensino superior crescem 3,8% - taxa inferior à do último censo Administração é o curso com o maior número de matriculados no país (800.114), seguido por direito (769.889), pedagogia (614.835), ciências contábeis (328.031) e engenharia civil (257.268). Os dez maiores cursos em número de matrículas concentram mais da metade da rede de educação superior no Brasil. As universidades são minoria entre as instituições de educação superior - são 195, que equiv-
OLIMPÍADAS 2016
alem a 8,2% do total das instituições de educação superior. As faculdades predominam, são 84,3%. Apesar de o número ser menor, as universidades concentram 53,4% das matrículas em cursos de graduação e 29,2% estão nas faculdades. As matrículas de pessoas com deficiência cresceram cerca de 50% nos últimos quatro anos. Em 2013, eram 30 mil alunos e, em 2010, 19 mil. A maioria dos estudantes está em
cursos de graduação presencial (23 mil). Levando em conta a educação superior sequencial e a pós-graduação stricto sensu, o número de matriculados no ensino superior no país chega a 7,5 milhões. O Censo da Educação Superior, realizado anualmente pelo Inep, engloba as redes pública e privada de educação superior.
ro de matrículas de modalidade presencial, na educação superior, com 360.424 vagas, apontou no último dia 9, o Ministério da Educação(MEC). No Paraná, a tendência de crescimento em matrículas presenciais ocorreu em todas as áreas. No ensino público do estado houve a criação de 813 vagas. No privado, o número de matrículas aumentou em 4.641, de 2012 para 2013. As universidades são as campeãs em número de vagas no país, com 54% dos alunos. São 195 instituições que representam 8,2% do total de instituições de ensino. As faculdades são 84,3%, mas detêm apenas 29,2% das matrículas. Demais estudantes estão divididos entre centros universitários e institutos federais.
PETROBRAS
Avião cai na Trabalhadores cobram Prefeitura do Rio recebe fronteira da sugestões para Olimpíadas apuração sobre denúncias Colômbia Agência Brasil
RIO DE JANEIRO - A prefeitura do Rio de Janeiro lançou, no último dia 9, a primeira plataforma colaborativa online para discussão de políticas públicas na cidade do Rio de Janeiro. O debate de abertura tratou do legado dos Jogos Olímpicos de 2016. De acordo com o prefeito Eduardo Paes, a iniciativa, denominada Desafio Ágora Rio - em referência ao termo grego ágora, que significa praça pública para encontros - é voltada para pessoas interessadas em participar dos programas decisórios do governo. A proposta é fruto das manifestações do ano passado, quando a sociedade cobrou a criação de canais com as autoridades para definir prioridades para a cidade. “Trata-se de um laboratório online permanente que, em seu primeiro debate,
mostra algumas prioridades para as Olimpíadas. A plataforma conta com a participação de todas as secretarias municipais e terá debates de quatro fases a cada três meses. A primeira fase terá duração de 40 dias, com o recebimento de sugestões do público. Prevista para 20 dias, a segunda servirá para discussão da viabilidade e probabilidade das ideias apresentadas. Na terceira fase, de uma semana, serão votadas as propostas recebidas. Elas serão escolhidas com base no critério de uma a cinco estrelas. O cidadão interessado em participar das discussões deverá acessar o link https://desafioagorario.crowdicity.com/ e criar um perfil próprio. Também é possível acessar o portal por meio do perfil da rede social.
Alana Gandra e Davi Oliveira/Agência Brasil
O presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobras (Aepet), Silvio Sinedino, vai propor ao conselho de administração da estatal, a inclusão, na pauta, da apuração das denúncias feitas pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa, em sua delação premiada. Esse benefício legal é concedido a criminosos que aceitem colaborar na investigação ou a entregar seus companheiros. Representante eleito dos funcionários no Conselho de Administração da Petrobras, Silvio Sinedino disse à Agência Brasil, no último dia 9, que a diretoria executiva da empresa tem de se pronunciar sobre as acusações de Costa. “Ela não pode ficar se fingindo de morta, como se nada estivesse acontecendo. A diretoria tem que dar explicações ao conselho”, apontou. Em nota divulgada à imprensa, a Petrobras informou ter solicitado à Justiça acesso às informa-
ções prestadas à Polícia Federal por seu ex-diretor de Abastecimento, Paulo Roberto Costa. No depoimento, Costa citou diversos nomes de políticos entre os envolvidos em esquemas de corrupção dentro da companhia. A Petrobras não quis, entretanto, comentar as informações nem falar sobre as investigações em curso. O presidente da Aepet defendeu que a direção da Petrobras deve apurar as denúncias também no âmbito interno. “Ela não tem poder de polícia, mas muita coisa pode tentar apurar”, reiterou. Ele acrescentou que mais funcionários da estatal podem estar envolvidos: “Se ele [Paulo Roberto Costa] for culpado, não está nesse esquema sozinho. Pode procurar dentro da empresa, que vai achar mais gente”.
Agência Lusa
Uma pessoa morreu e duas ficaram feridas, no dia 8, depois do avião em que seguiam ter caído no Rio Vaupés, no sul da Colômbia, perto da fronteira com o Brasil, informaram as autoridades locais. A aeronave caiu no rio pouco depois de ter decolado do aeroporto de Mitú, capital de Vaupés, informou a Autoridade de Aviação Civil em comunicado. Dois dos três ocupantes foram resgatados e transportados para o hospital, enquanto o terceiro morreu no acidente. O Cessna 182 que pertencia à empresa Láser, partiu na tarde de segunda-feira de Mitú, com destino à remota localidade de Acaricuara, indicou a Autoridade de Aviação Civil. Uma comissão de investigação vou enviada ao local para apurar as causas do acidente. Em outro acidente aéreo, no sábado (6), também na Colômbia, não houve sobreviventes. A aeronave pertencia a empresa Làser. Neste caso, as dez pessoas que estavam a bordo morreram. O avião caiu pouco depois de levantar voo do município de Araracuara, em Caquetá.
Giro
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Curtas
Ruthe Oliveira
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é o déficit no quadro de funcionários do Hospital Universitário de Londrina
“Não sou amigo
dela, nunca fui e não tenho interesse em conhecer. Perdoo, mas ela vai pagar pelo que ela fez” Folha de S.Paulo, 14/09/2014
Foto: Reprodução
Foto: Marcelo Camargo
houve sangria na Petrobras, ela já foi estancada”
“Se
Dilma Roussef quando perguntada sobre os negócios suspeitos de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras. Folha de S.Paulo, 14/09/2014
Marina Silva, sobre acusações sobre a origem de dinheiro recebido por palestras. Folha de S.Paulo, 14/09/2014
Foto: Dida Sampaio/AE
limpa. Meu compromisso é com a verdade. Prefiro perder ganhando do que ganhar perdendo”
EUA A Força Aérea americana voltou a bombardear, no último dia 9, posições da milícia jihadista do Estado Islâmico (EI) perto da estratégica represa de Haditha, instalação que poderia permitir aos terroristas sunitas inundar povoados ao longo do rio Eufrates. O presidente americano, Barack Obama, anunciará amanhã um plano para acabar com os jihadistas do EI e seu controle sobre grande extensões da Síria e Iraque, que o transformaram no grupo terrorista islamita melhor financiado da história. (Efe) CANADÁ
Aranha, goleiro do Santos, ao saber da intenção de torcedora do Grêmio, autora de ofensa racista, em pedir desculpas pessoalmente.
“Quero fazer uma eleição
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Dois navios foram perdidos na trágica expedição Franklin ao Ártico canadense em 1845. Exploradores canadenses encontraram os destroços de um dos navios, ajudando a esclarecer o mistério histórico. Desde 2008, mergulhadores e arqueólogos canadenses vinham tentando encontrar as embarcações, aprisionadas no gelo ao largo da Ilha Rei William, no Estreito de Victoria, no território ártico de Nunavut. “É com entusiasmo que anuncio que a expedição deste ano ao Estreito de Victoria solucionou um dos maiores mistérios do Canadá com a descoberta de um dos dois navios pertencentes à expedição Franklin”, informou o primeiro-ministro, Stephen Harper, em um comunicado. (Reuters) EBOLA O surto de ebola que varre a África ocidental já matou mais de 2 mil pessoas e tem afetado uma grande quantidade de funcionários da área da saúde. Os funcionários da Organização Mundial da Saúde (OMS) que trabalham no combate do surto de ebola em Serra Leoa estão atuando em instalações maiores e já não compartilham mais o alojamento com pessoas que trabalham para outras agências. A decisão foi tomada depois de um cientista da entidade ter se infectado no mês passado, informou nesta terça-feira (9) Nyka Alexander, portavoz da OMS. Mudanças também foram feitas nos procedimentos de trabalho, o que inclui mais verificações rotineiras de temperatura para todos os que chegam ao escritório da OMS e nas instalações da agência, afirmou Alexander. (Estadão Conteúdo)
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Mix
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Vozes em uníssono Corais da UEL mostram que cantar em grupo é saúde, socialização, expressão e descoberta
Coro Juvenil da UEL no 8º Festival de Corais de Paranavaí em 2013
Yudson Koga
Ao caminhar pela Rua Tupi, no centro da cidade de Londrina, é possível escutar diversas vozes em uníssono cantando lindas canções. É lá que está localizada a Divisão de Música da Casa de Cultura da Universidade Estadual de Londrina (UEL), onde são realizados os ensaios dos corais da universidade. São cinco grupos de coros: Infantil (para crianças entre 8 e 12 anos), Juvenil (para jovens entre 13 e 18 anos), Coro UEL (para adultos entre 19 e 55 anos), Tempos Dourados (para senhoras a partir de 55 anos) e Campus (para servidores e estudantes da universidade de qualquer idade). O principal objetivo do coral é a música como campo de conhecimento, mas por
ser uma atividade em grupo, é inevitável que o coral também adquira uma importância na questão da socialização, como explica a regente e responsável pela Seção de Música Vocal da Divisão de Música, Regina Balan. “A gente tem relatos, por exemplo, de pessoas que saíram da depressão através do grupo. Relatos de pessoas que tinham síndrome do pânico e começaram a melhorar porque participam do grupo e aprendem a fazer exercícios respiratórios”, disse. Além de ser um importante fator de socialização, o coral contribui principalmente para desenvolver o nível de percepção auditiva, pois cantar sozinho uma melodia é diferente de cantar com várias outras vozes ao seu lado. “Você tem que ser capaz de cantar uma parte da música
diferente da outra que está sendo cantada pelo outro grupo”, ressaltou Regina. Com mais de 200 integrantes, os corais da UEL se apresentam nos mais variados locais e eventos, desde semanas científicas até festivais nacionais e internacionais. Neila Arrebola, 58, disse que as viagens são um dos principais motivos de gostar tanto de participar do coral. “Pra mim isso aqui é uma escola, é uma diversão. A gente viaja, passeia, é uma delícia. Então é isso que me deixa bem. É uma psicoterapia”, contou a aposentada. Os corais da UEL possuem um eclético repertório. Músicas folclóricas, eruditas, sacras, MPB... “O nosso objetivo é de alargar os horizontes musicais de todo mundo que vem aqui”, relatou Regina Balan. Lucas Schi-
mith, 21, estudante universitário, entrou para o coral aos 15 por curiosidade. Educado com música desde pequeno, ele afirmou que gosta muito do estilo clássico e que a versatilidade é o diferencial do coral. “A música clássica tem muito mais a mostrar do que as pessoas conhecem. Mas o legal do coral é quando a gente coloca o pop no estilo coral. O popular, um Cazuza, por exemplo... A gente faz uns arranjos do MPB e coloca no coral. É bem bacana.” As vagas são abertas para a comunidade em todo início de semestre, e qualquer pessoa pode se inscrever. De acordo com Regina, o processo seletivo não é para dizer se a pessoa está apta ou não a entrar para o coro. O intuito é conhecer a voz da pessoa e verificar se o nível
de percepção está bom o suficiente para integrar o grupo ou se é necessário primeiro passar por um trabalho preparatório. A regente encerrou dizendo que “cantar é se mostrar pelo avesso”, pois a voz é um instrumento pelo qual conseguimos expressar nossos sentimentos. A voz diz muito mais sobre aquilo que imaginamos e por isso é tão importante. “A voz é um instrumento que a gente não enxerga, diferente de um piano. Então a pessoa tem que promover essa autodescoberta.” É o coral auxiliando não só no desenvolvimento da nossa expressão e percepção auditiva, mas também promovendo a socialização com diferentes pessoas e, muitas vezes, a descoberta da voz que não sabíamos possuir.
Tech&Cult Carol Ferezini
IPHONE 6
APPLE WATCH
Na última terça-feira (9), a Apple anunciou dois novos iPhones: iPhone 6, com tela de 4,7 polegadas, e o iPhone 6 Plus, com tela 5,5 polegadas. Essa é a primeira vez que a empresa anuncia ao mesmo tempo aparelhos com displays de tamanhos diferentes. Os smartphones serão lançados em 19 de setembro nos Estados Unidos, totalizando 115 países até o final de 2014. O preço estimado para as versões mais simples dos dois aparelhos variam entre US$ 199 a US$ 399 para o iPhone 6, e de US$299 a US$499 para o iPhone 6 Plus.
Outra novidade anunciada pelo CEO da Apple, Tim Cook, foi o tão aguardado iWatch chega ao mercado em três modelos: tradicional, esportivo, e um feito em ouro 18 quilates. A tela do aparelho é em retina, – como a dos iPhones – e a assistente pessoal Siri também foi incluída. Além disso, vários aplicativos funcionarão no relógio da Apple. Outra funcionalidade, são os sensores na parte debaixo que detectam os batimentos cardíacos. No entanto, o iWatch só funcionará se o dono também possuir um iPhone. Custando a partir de US$ 399, o iWatch chega as lojas em 2015.
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
Esporte
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JIA
Jogos Inter Atléticas de Londrina começam neste final de semana João Victor Evangelista
Começa neste sábado (13) a sexta edição dos Jogos Inter Atléticas de Londrina (JIA), com 14 atléticas disputando o título de campeã geral. Como ocorre desde 2012, a maioria dos jogos serão disputados no ginásio do Clube Canadá - apenas as competições de Atletismo e o Xadrez acontecem no campus da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Segundo o presidente da Liga das Atléticas de Londrina (LAL), Otávio Garcia, duas equipes que participaram do JIA no ano passado não jogam neste ano, mas continuam na liga. A maior ausência será a da Atlética de Educação Física da UEL (A.A.A.E.F. XXI de Outubro), detentora de quatro títulos da competição e que está suspensa por “problemas internos”. A Atlética de Engenharia e Arquitetura da Pitágoras (os Engineers Bulls) também não disputa os jogos deste ano. Entre as novidades, a Atlética de Medicina da PUC participa do JIA pela primeira vez. Com o atual cenário, cresce o favoritismo da Atlética de Direito da UEL (A.A.A. Sete de Março), vencedora dos jogos em 2012. Para o presidente da atlética, o estudante de Direito Darlan Alves, a ausência da maior campeã dos jogos aumenta a expectativa, mas não torna a competição mais fácil. “Antes de saber da exclusão da Educação Física já estávamos ‘mordidos’ querendo trazer o título de volta e, com certeza, após a saída deles, nossa motivação e expectativa aumentaram ainda mais. Não podemos esquecer que existem muitas atléticas fortes na liga. A briga vai ser dura, mas sabemos do nosso potencial e esperamos que o título retorne para o Direito UEL”, disse o estudante. Mas nem todos estão interessados somente no
Divulgação
Quatorze atléticas brigam pela taça este ano. Maior campeã dos jogos, atlética de Educação Física da UEL fica fora da disputa.
título do JIA. Para Eduardo Giraldes, vice-presidente da Atlética de Engenharia de Produção da PUC (A.A.A.E.), o importante é a integração que os jogos promovem entre as várias atléticas da região. “O nosso foco principal nunca foi
Datas Jogos: Dias 13 e 14, 27 e 28 no Clube Canadá. O Atletismo e o Xadrez vão ser disputados na UEL. Festa: Dia 20, a partir das 15h, no Parque de Exposição Governador Ney Braga.
ser campeão, sempre foi a interação com a galera. Por isso nossa expectativa esse ano é se divertir ainda mais que o ano passado e ter uma integração ainda maior com todo mundo”, comentou. Para aqueles que têm
como objetivo diversão e integração, a principal mudança no JIA deste ano deve ajudar: a festa oficial do evento passou para o período da tarde, “como uma boa festa universitária demanda”, afirmou o presidente da Liga das Atléticas.
Participantes do JIA em 2014 A.A.A. 7 COPAS (Fisioterapia UEL) A.A.A.E. XXVI DE NOVEMBRO(Engenharias e Tecnologias em Alimentos UTFPR) A.A.A.F.G. (Medicina UEL) A.A.A.M.V. 1o DE ABRIL (Medicina Veterinária UEL) A.A.A. VII DE MARÇO (Direito UEL) A.A.A. XV DE SETEMBRO (Administração, Ciências Contábeis, Ciências Econômicas, Secretariado Executivo UEL) A.A.A. XXI DE AGOSTO (Engenharia Civil, Engenharia Elétrica, Arquitetura e Urbanismoe Agronomia UEL) A.A.A.D. XXXI DE FEVEREIRO (Direito PUC) Associação Sedentlética de Comunicação Waldyr Gutierrez Fortes (Centro de Educação, Comunicação e Artes UEL) A.A.A.E. PUC LONDRINA (Engenharia de Produção PUC)
EntreLinhas Fernando Bianchi
RUMO ÀS OITAVAS Após a vitória sobre o Pelotas no último domingo (7), o Londrina isolou-se de vez na liderança do grupo A8 e já está classificado para as oitavas de final do Brasileiro da série D. LIDERANÇA De acordo com o técnico Cláudio Tencati, o objetivo é garantir a primeira colocação na classificação geral, para disputar o jogo de volta das oitavas em casa. DESFALQUE No domingo, o Londrina encara o Metropolitano em Blumenau e Tencati não poderá contar com o meia Celsinho, suspenso, e os voltantes Bidía e Diogo Roque, em recuperação.
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Perfil
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Dedicação à vida Fundadora da ONG Viver trabalha como voluntária há quase 20 anos Carol Ferezini
De jeito nenhum! Criança com câncer? Como que eu vou? Não tenho essa coragem”. Esse foi o pensamento de Dorian Guerra, uma das fundadoras da ONG Viver, ao ser convidada por uma amiga para trabalhar como voluntária no Hospital do Câncer de Londrina. Naquela época, meados dos anos 1990, Dorian já trabalhava como voluntária. Seu envolvimento com o voluntariado começou um ano após se aposentar, quando passou a desenvolver atividades de recreação com crianças atendidas no abrigo do Núcleo Social Evangélico de Londrina (Nuselon), que é mantido pela Igreja da qual participava. Religiosa, Dorian conta que “foi muito bom esses dois anos de experiência com crianças, mas eu sentia que ainda não era aquilo que eu tinha pra mim. Mal sabia eu que Deus já tinha um plano reservado para mim.” Em 1997, quando foi convidada pela amiga, as crianças que recebiam tratamento no Hospital do Câncer não tinham um local para ficar. Enquanto aguardavam a consulta ou a quimioterapia, os pequenos ficavam do lado de fora do hospital junto à seus pais, que muitas vezes vinham de outras cidades em busca de tratamento. A visita dos voluntários acontecia às terças-feiras, quando “eles reuniam
as crianças em uma salinha pequenininha que tinha lá dentro do hospital. E ali eles serviam o café da manhã e faziam algumas atividades com as crianças. Quando chegava 11 horas eles fechavam a salinha e iam embora”, relembra Dorian, que ainda não participava ativamente, mas já ajudava preparando lanches e brincadeiras. Quando chegou o Dia das Crianças de 1997, Dorian fez como sempre: preparou um bolo e foi entregá-lo na festa organizada pelos voluntários do hospital do câncer. “Eu fui levar o bolo, mas eu não ia entrar. Quando eu fui entregar o bolo na portaria, o porteiro disse que era para subir no salão de festas. Quando eu cheguei e vi todas aquelas crianças, o meu coração se encheu de amor, porque não era o meu amor, era o amor que Deus colocou no meu coração e me chamou para exercitar junto com eles. E a partir daquele momento, eu nunca mais saí.” Vendo a necessidade de ter um local para que as crianças pudessem ficar enquanto aguardavam o tratamento, em 2001 a ONG Viver foi criada, e Dorian ressalta a importância do voluntariado em cada etapa de crescimento da ONG: “a ONG não recebe recursos do governo. É tudo mantido por pessoas que acreditaram no nosso projeto, e esse grupo foi crescendo. Porque quando você vai lá e conhece o projeto, não tem como ficar de fora”, e
Fotos: Carol Ferezini
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Há quase 20 anos Dorian Guerra se dedica ao trabalho voluntário
garante que é possível ajudar mesmo sem se envolver diretamente: “muitas pessoas que não podem ir fazer esse trabalho, nos ajudam dando suporte para manter a casa. Seja com doação ou com outros trabalhos fora de lá. Tem mui-
tas maneiras da gente ajudar”. Para completar, Dorian cita Madre Teresa de Caucutá, exemplo no qual se espelha: “porque não importa aquilo que você faz, mas o quanto de amor você coloca naquilo que você faz”.
Além da ONG Viver, Dorian Guerra é voluntária no setor de quimioterapia do Hospital Universitário de Londrina, onde luta pela criação do setor oncológico, como também pela manutenção da Casa de Apoio do H.U. Leila Maeda/Blog Vida de Uma Fotógrafa