Política
saúde
Cirurgias interativas pág. 11
DCE de fora pág. 9
Foto:Bruna Coutinho
JOÃO PESSOA - PARAÍBA 5 A 11 DE NOVEMBRO DE 2012 Jornal do Laboratório do Curso de Jornalismo da UFPB
Foto:Divulgação
Foto:Flávia Tabosa
Foto: Divulgação / G. G. Carsan
entrevista UFPB no prêmio Jabuti pág. 15
esporte Atletismo modernizado pág. 15
QuestãodeOrdem
Nova lei de cotas modifica a dinâmica do vestibular Foto: Flávia Tabosa
APROVADA PELA PRESIDENTA DILMA ROUSSEFF, A LEI DAS COTAS GARANTIRÁ METADE DAS VAGAS DE INSTITUIÇÕES FEDERAIS DE ENSINO SUPERIOR A ALUNOS DE ESCOLAS PÚBLICAS ATÉ 2016 | PAG. 06
INFRAESTRUTURA
CONTRATEMPOS
Campus
Educação
Foto:Arquivo / Marina Cavalcante
Foto:Melissa Fontenele
Obras atualizam e inauguram novos espaços da UFPB| pag. 04
GREVES
Greves alteram rotina da comunidade acadêmica | pag. 03
Saúde
Política
Cultura
Conflitos marcam Matrícula online Projeto do HU Dilma escolherá Cinema da PB ganha incentivos relações na UFPB causa transtorno privilegia idosos o novo reitor
Relações entre servidores e alunos são marcadas pelo descontentamento mútuo. De um lado, os alunos questionam a qualidade do serviço prestado. Enquanto que, na outra ponta, os servidores se queixam da falta de compromisso dos acadêmicos. pág. 5
Com seis anos de implementação, o sistema de matriculas online continua a apresentar erros que contribuem para grandes filas nas coordenações de cursos a cada novo semestre. Alunos e servidores apresentam queixas e fazem um balanço dos problemas. pág. 7
A terceira idade que utiliza os serviços do Hospital Universitário encontra tratamento humanizado no Projeto Cuidar. O grupo é mantido por alunos de diversos cursos de saúde da UFPB e visa revolucionar o atendimento nos hospitais públicos do Brasil. pág. 10
Após quatro meses do segundo turno da eleição, a UFPB continua sem reitor definido. A lista tríplice encontra-se no MEC para avaliação e provável validação da nomeação de Margareth Diniz como primeira reitora mulher da instituição. pág. 8
Produções cinematográficas da Paraíba têm obtido cada vez mais relevância em festivais nacionais e internacionais. Cineastas de gerações distintas expõem suas visões a respeito da situação do audiovisual em nosso estado. pág. 13
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opinião
JOÃO PESSOA - PARAÍBA 5 A 11 DE NOVEMBRO DE 2012 Jornal do Laboratório do Curso de Jornalismo da UFPB
editorial
Tudo
o que é relevante
Greve! A paralisação de mais de 90% das instituições federais de ensino no Brasil - a maior já realizada no país até então - começou em maio deste ano, atingindo diretamente o cotidiano de muitas universidades, inclusive da UFPB. Além dos professores e servidores, os estudantes também tiveram que se adaptar à nova realidade, que só acabou no fim de setembro, mesmo com os grevistas não obtendo os acordos propostos ao Estado com tanta luta. Dadas essas circunstâncias, a produção do Questão de Ordem, realizada pelos alunos do curso de Jornalismo, no período 2012.1 se concretiza nesta edição única, com a mudança no planejamento inicial de um total de quatro edições, o que costumeiramente é feito na disciplina laboratorial de jornalismo impresso. Nem por isso, o jornal perde sua qualidade. A decisão de condensar os fatos e notícias da comunidade acadêmica ocasionou na elaboração de um conceito diferenciado, dando prioridade às opiniões e pontos de vista dos estudates, procurando analisar e observar tudo o que é relevante. É no calor dos acontecimentos e da necessidade de mudanças que este jornal se concretiza, sem que sua simplicidade comprometa a qualidade informativa e analítica das reportagens. Entre levantar mais uma discussão sobre o que gerou a greve, por exemplo, pre-
ferimos mostrar como este acontecimento influenciou não só a vida dos alunos, como também a situação econômica dos muitos estabelecimentos comerciais situados ao redor da UFPB, além daqueles que se manteram funcionando, mesmo com as dezenas de salas vazias. É justamente nas sugestões iniciais de temas - pautas que apesar de haver muitas controvérsias e o desejo de expor a opinião, todas as matérias têm o equilíbrio de lados. Vejam-se a nova lei das cotas que estampa a primeira página, a relação entre acadêmicos e servidores, o panorama sobre as obras que estão se concretizando em todos os campus da Paraíba ou a inédita tecnologia de cinema 4K, que pertence a grupos de pesquisa desta instituição. Apesar das facilidades, uma vez que esta é a primeira turma que tem um laboratório com novos computadores e nova estrutura, foi com muito trabalho e apuração que as questões muitas vezes não acessíveis ou devidamente discutidas pela população acadêmica se transformaram em textos que foram lidos, relidos, modificados, adaptados, reorganizados, diagramados e, finalmente, impressos. Assim como toda a equipe se sentiu livre para discorrer sobre diversos assuntos, o leitor esteja confortável para ler este experimento que trabalhou unicamente com a realidade.
Charge
A deficiência em ser cidadão impregnado na cultura da sociedade, era o maior obstáculo de um cadeirante, ou de um deficiente “Ao poder público e seus órgãos cabe assegurar visual. Hoje, este preconceito tem um efeito subàs pessoas portadoras de deficiência o pleno exercí- jetivo e é meramente minimizado, pois aprendecio de seus direitos básicos, inclusive dos direitos à mos, ou estamos aprendendo, a conviver e respeieducação, à saúde, ao trabalho, ao lazer, à previdên- tar as divergências gritantes que assolam o nosso cia social, ao amparo à infância e à maternidade, e país. O preconceito institucional sim é um alarme, de outros que, decorrentes da Constituição e das leis, pois tem um efeito impeditivo do exercício da cipropiciem seu bem-estar pessoal, social e econômi- dadania, é ele o grande inimigo do deficiente, que co”. Este trecho está regido na Lei deve ser, acima de um cidadão nº 7.853, do ano de 1989, artigo comum, um militante em bus2º. Os desafios, porém, que um ca das possíveis melhorias dendeficiente vivencia desencantam tro do seu ambiente de trabalho O preconceito os direitos estabelecidos no papel e/ou estudo. e ignorados na prática. Há de se perder ainda muiinstitucional, sim, é A acessibilidade é um direito tempo e suor na construção de to de ordem assegurado por nosum alarme, pois tem uma sociedade com espaço acessa constituição, mas as instituisível a todos, na construção de efeito impeditivo do uma instituição de ensino capaz de ções públicas ainda rastejam, lentamente, no sentido de atendê-las. exercício da cidadania abraçar todas as demandas. O deOs espaços físicos das instituições ficiente físico sempre existiu em federais de ensino superior, em nosso meio e a sociedade, a parsua maioria, não dão condições tir de certo momento, recente claalguma, ou dão muito pouco, de ro, teve que repensar em como inlivre acesso às pessoas com necessidades especiais. seri-lo dentro do contexto social democrático. São os Docentes, servidores e estudantes com algum tipo mesmos direitos, os mesmos deveres, mas particularide deficiência ainda passam por sentimentos como dades que podem e devem ser toleradas e respeitadas. constrangimento, revolta e minimização do seu esO deficiente físico deixou de ser o coitado e paspírito de cidadão universitário. São pequenas situa- sou a ser mais um brasileiro, como outro qualquer, ções que podem ser ignoradas por um cidadão co- mas, repetindo, com a sua individualidade, que mum, mas que fazem toda diferença para eles. E o tenta manter íntegro os seus direitos e tem consmais relevante: eles também são cidadãos comuns. ciência da sua capacidade coexistente com as suas Foi-se o tempo em que o preconceito clássico, responsabilidades sociais. Luan Barbosa
Xeque mate na educação do país acesso à universidade (a qual meus pais, familiares, vizinhos e todos nós mantemos com implacáEmbora esteja numa sociedade cada vez veis impostos) não posso simplesmente dissimular mais deslumbrada com grandes eventos, defini- que cento e vinte dias não existiram. Apesar desta tivamente não me engrandece dizer que vivi a ser, aparentemente, a especialidade do Governo vimais longa paralisação da história das universi- gente, já que, com um mês de gestão, foi em rede dades federais do Brasil. Pelo nacional dizer que viveríamos “a contrário, tomada por sentigrande hora da educação brasileimento de vergonha, me esforra”, mas que na verdade fechou os ço para entender a engrenaolhos e ouvidos para o eco que vigem de descaso e irresponsaNão existe nha das salas vazias, e das univerbilidade que me roubou quasidades fechadas. dinheiro, dizem tro meses de vida acadêmica. Não existe novidade na eviDesde seus primórdios, na dência que, no Brasil, a educaeles, enquanto revolução francesa e nos prição não seja prioridade, embora, seus salários são meiros movimentos no Brasil, ornamente opulentos discursos quando foram admitidas timie jogadas estratégicas de ilustres reajustados de damente através de um decregovernantes. to de lei, em 1946, as greves maneira vergonhosa Não existe dinheiro, dizem eles, nasceram como um ato social enquanto seus salários são reajuse tornaram-se um direito tratados de maneira vergonhosa, imbalhista, assegurado na constipreterivelmente, todos os anos. tuição. Portanto, não caberia a Brincam de inconsequentes, manimim discorrer sobre a polêmipulam vidas e conduzem o futuro ca e recorrente discussão a cerca da eficiência dos de uma nação para um abismo de ignorância, comovimentos paredistas. mo quem lança as cartas quando lhe é convenienEu, na condição de aluna e sobrevivente do ár- te, sem se importar que haja revanche. Já que, nesse duo e complicado processo que me permitiu o jogo, os perdedores sempre são os mesmos. Juliny Barreto
campus
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Alunos produzem durante a greve Maior paralisação de universidades públicas afetou a vida acadêmica e estudantes mostram os prós e contras do movimento Ruan Luca, Marina Cavalcante e Ravi Freitas Reinvidicações propostas pelos professores e não atendidas pelo Governo Federal fizeram com que 57 das 59 universidades federais do Brasil parassem suas atividades por completo e iniciassem um comando de greve sem perspectiva de volta. A paralisação teve início em 17 de maio e se estendeu por mais quatro meses, alterando diretamente os calendários escolares de todos os cursos de graduação. Assembléias e reuniões com representantes do governo e membros do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), órgão representativo da maioria do corpo docente de todo país, não foram suficientes para antecipar a volta às aulas, apesar de terem levantado importantes discussões sobre as propostas de reestruturações na carreira de trabalho, valorização do piso com incorporação das gratificações e uma considerável melhoria nas condições de trabalho docente. Caracterizada uma das greves mais longas que o país já enfrentou, o sindicato do ensino superior enviou um comunicado às instituições anunciando o fim da paralisação, e as aulas voltaram ao normal em 17 de setembro. Mas este longo período sem aulas trouxe mudanças cruciais para um dos principais pilares das universidades: os alunos. Produtividade Ao primeiro anúncio de paralisação das aulas na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), parte dos alunos confessaram que uma ou duas semanas de folga cairiam bem para
Foto: Arquivo
A greve mudou a rotina para os alunos de todo o país e na UFPB não foi diferente; muitos estudantes colaboraram com o QO mostrando fotos relatando o que fizeram neste período reorganizar os estudos e colocá-los em dia. Contudo, a greve estendeu-se por quase quatro meses - fator que não era esperado pela comunidade discente. E o que inicialmente se apresentou como um descanso rápido tornou-se um sossego sem fim. A estudante de Ciências Biológicas Raianna Boni, voluntária em um projeto que estuda o efeito da radiação ultravioleta na atividade de proteínas das células embrionárias de ouriços-do-mar, decidiu usar a greve para passar mais tempo no laboratório e adiantar seus estu-
dos. “Eu ficava lá pela manhã, tarde e às vezes até à noite, dependendo do experimento”, conta. Priorizar a formação profissional foi uma das prioridades de Marco Antonio, estudante de Jornalismo. Durante a greve, ele conquistou uma vaga de estágio no Jornal da Paraíba, como diagramador. “Na verdade, o que mais me pressionou foi o fato de a sala inteira estar conseguindo estágio, o que me passou a sensação de estar ficando pra trás. A greve foi mais ‘a gota d’água’, porque eu ficava em
casa sem fazer nada e a consciência começou a pesar”, confessa. Contratempos Apesar de a falta de aulas ter amplificado o ritmo de produção de alguns alunos, muitos acabaram prejudicados, já que a paralisação atrasou seus compromissos acadêmicos. Prestes a receber seu diploma, o estudante de Rádio e TV Felipe Matheus se viu obrigado a adiar o fim de sua graduação para abril de 2013. “Durante esse período eu poderia ter iniciado uma pós-graduação, mas, ao invés disso,
fiquei na universidade ainda tentando me formar”, lamenta. Recém-formada em Ciências Biológicas, Maria Talita Pacheco iria realizar a prova de mestrado no mesmo mês em que receberia seu diploma. Mas, com a greve, sua graduação atrasou. “Foram necessárias voltas e voltas até conseguir, junto à coordenação e à reitoria, dar entrada num processo de conclusão de curso urgente”. Só após este processo, ela conseguiu realizar as provas e defender a monografia. “E ainda tivemos que colar grau sem solenidades”, brinca.
ECONOMIA
Mudanças na rotina atingem comerciantes Marina Cavalcante
Diariamente, servidores, funcionários e cerca de 40 mil alunos e professores circulam pelos cinco campi da Universidade Federal da Paraíba (UFPB): Areia, Bananeiras, João Pessoa, Mamanguape e Rio Tinto. Porém, a partir de 17 de maio deste ano, este contingente mudou e a universidade se viu paralisada diante da greve docente. Esse panorama crítico e duradouro resultou em modificações que vão muito além das salas de aula, chegando inclusive a afetar o setor econômico da capital. Sem sua rotina diária, a realidade do Campus I da UFPB ficou apertada: “Caiu 90% do movimento. Só aparecia o pessoal da pesquisa, Mestrado”, lamentou a vendedora de uma das lanchonetes da Central de Aulas, Miriam Vieira. Renata Macedo, coproprietária da lanchonete do Centro de Comunicação, Turismo e Artes (CCTA), observou uma queda significante em sua renda: “Chego a comprar seis remessas de salgados todo dia, e na greve comprava no máximo três. O que entrava de dinheiro era praticamente básico do básico, não tinha condições de suprir tudo”. BARES Quem estuda ou ensina no Campus I da UFPB sabe que é típico da vida universitária freqüentar os bares
Foi praticamente um movimento de férias no período de greve inteiro André Luiz Gondim
localizados no entorno da comunidade universitária. Durante as atividades normais, o movimento constatado nesses bares é tão intenso que “toda segunda parece uma sexta-feira”, analisa Orlando Arruda, proprietário do Orlando’s Bar. Diante da greve de quase quatro meses, os estabelecimentos vizinhos à universidade também sofreram prejuízos econômicos. Claldenice Araújo, proprietária do Bar do Elvis, disse que 70% do movimento caiu, e só obteve algum lucro por causa de sua clientela variada de outras universidades próximas. Se nas redondezas do Campus I o público estudantil diminuiu significativamente, nos locais de lazer próprios dos finais de semana, o entra e sai foi intenso. “Foi praticamente um movimento de férias no período de greve inteiro”, observa o comercian-
te André Luiz Gondim, do On the Rock’s Pub. Já Charles, do estabelecimento vizinho, comenta que, apesar do crescimento no lucro ter ocorrido durante a paralisação, o mês de agosto é “sempre ruim pro comércio”. Assim como nesses bares, o Empório Café também é alvo da vida noturna universitária. Os três estabelecimentos ficam localizados em Tambaú, bairro litorâneo de João Pessoa bastante movimentado. “Normalmente segundas e terças - dias obviamente fracos pro comércio noturno - não aparece muita gente aqui. Mas nessa época de greve, o pessoal apareceu bastante”, declara Rodrigo Cabral, proprietário do Empório. Retorno Após 120 dias de paralisação dos docentes, foi decretado em 12 de setembro o fim da greve na UFPB. Contudo, o retorno oficial só se deu quase uma semana depois, no dia 17. Essa notícia se mostrou positiva especialmente aos funcionários de circulação interna da universidade, e durante o período de volta às aulas e reajuste do calendário, as atividades cotidianas da universidade e a vida noturna regularizaram-se, “principalmente porque estudante tem gasto com material, com xerox, passagem”, relembra André Luiz. “Até por que esse pessoal tem que estudar, não é?”, conclui Charles.
Fotos: Arquivo/Lara Lessa
Bar do Elvis, localizado próximo ao Campus I, teve prejuízos no período de paralisação Fotos: Arquivo/Lara Lessa
André Luiz, proprietário do On The Rocks Pub, localizado no bairro de Tambaú
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campus
JOÃO PESSOA - PARAÍBA 5 A 11 DE NOVEMBRO DE 2012 Jornal do Laboratório do Curso de Jornalismo da UFPB
Reuni acelera construção de novos centros na UFPB
Após implantação do programa, obras estão em ritmo acelerado e trazem benefícios para a universidade Flora Fernandes
Por possuir uma estrutura multicampi, a Universidade Federal da Paraíba (UFPB) distingue-se das demais universidades federais do sistema de ensino superior do país, que em geral têm suas atividades concentradas em um só espaço urbano. Nos últimos anos, com a aprovação e adesão ao novo Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades (REUNI), do governo Federal, a UFPB dobrou de tamanho tornando-se a instituição de ensino superior do Norte e Nordeste a oferecer o maior número de vagas no seu processo seletivo. O Conselho Universitário (CONSUNI) aprovou o projeto REUNI em 2007, e desde então houve algumas mudanças relevantes. A começar pelo número de cursos que passou de 57 para 101. “Os ambientes físicos construídos com os recursos totalizaram 226 salas de aula, 122 laboratórios, 125 ambientes de professores, 169 órgãos administrativos e outros”, informa a Coordenadora do REUNI UFPB, Ana Cristina Taygi. Em nível de importância, há obras que não tem um preço elevado, mas que tem um enorme valor para a sociedade. Como exemplo, um dos laboratórios do Instituto de Desenvolvimento Regional (IDEP), que sua função é centralizar a internet em toda região sul de João Pessoa. Em contradição, há o Centro de Arte e Cultura, localizado em frente à reitoria, que se trata de uma das obras com valor mais elevado e uma das mais esperadas, pois será um grande avanço não só para a universidade, mas para a Paraíba. Há ainda o caso do Restaurante Uni-
Foto: Melissa Fontenele
Mais uma das obras previstas para inauguraçãpo em breve: Centro de Arte e Cultura, que está sendo construído ao lado da Reitoria versitário com prazo para conclusão das obras vencido em julho deste ano e prorrogado por uma série de questões de ordem técnica, como a rede ótica, elétrica, de água encontrada ao começar a escavação. Prazos Um ponto muito debatido é a questão dos prazos das obras. Houve um caso de muita repercussão em que os alunos de Comunicação em Mídias Digitais, ao reproduzirem um videoclipe parodiando a música ‘oração’, da “A Banda mais bonita da cidade”, chamaram atenção justamente à falta de compromisso da instituição em relação às obras. O diretor da Divisão de Obras da Prefeitura Universitária, William Fernandes, explica
que isso acontece devido às licitações. “Existem empresas que não cumprem a meta e pedem um aditivo de prazo, se não conseguem terminar a obra por algum motivo, seja financeiro, empregatício, entre outros, acaba que o contrato é rescindido causando prejuízo para a universidade. É a realidade da obra pública, infelizmente. Não se pode escolher a empresa, é contra lei, aquela que propor o preço menor é a que ganha à licitação. O estudante do 7º período de engenharia ambiental da UFPB, Alex Backer, descreve as mudanças que viu ao longo do seu curso em relação às obras estruturais da instituição. “O começo do curso foi difícil, pois não tínhamos uma estrutura adequada, que amparasse todos os estudan-
tes. Os prédios não tinham um planejamento inteligente. Hoje, apesar de acontecer devagar, as coisas estão mudando. Vemos que quase todos os departamentos têm blocos novos e inteligentes. Inteligente no sentido de funcionais e acessíveis”, comenta. Ainda segundo o departamento de divisão de obras da prefeitura universitária, há obras que se iniciaram no ano de 2009 e ainda não foram concluídas. “Quando um processo para por descumprimento da empresa licitada tudo desanda. Temos obras de 2009, 2010 e 2011 que estão em fase de acabamento. Nós procuramos executar nosso papel para que a comunidade acadêmica não seja prejudicada, mas nem sempre é possível cumprir os prazos”, conclui ele.
Estrutura
Deficientes pedem mais adaptações Luan Barbosa Os espaços físicos da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) deixam a desejar quando se trata de acessibilidade. No campus I, os alunos que necessitam de alguma adaptação nas instalações queixam-se do descaso das autoridades responsáveis por assegurar o bem estar social do acadêmico, seja ele deficiente ou não. Mariana Maia é estudante de Letras com licenciatura em espanhol pela UFPB, tem 31 anos e foi vítima de artrite reumatoide juvenil aos três anos de idade, tendo hoje como condição para se locomover uma cadeira de rodas. “Nunca sofri preconceito algum, ingressar na UFPB foi fácil, mas tem sido difícil permanecer nela, é uma batalha diária”, desabafa ela, que desde o início do curso, tem lutado para ter os seus direitos atendidos. “São pequenas coisas que me tiram o sentimento de cidadã, como o fato de eu precisar de uma mesa adaptada para assistir às aulas e ter que me humilhar para consegui-la ou, mais fundo, não poder assistir a uma aula porque um professor, mesmo ciente da minha limitação, insistiu em dar aula em uma sala no pri-
Foto: Marina Cavalcante
Estudantes com deficiência sentem a necessidade de pontos acessíveis meiro andar e me negou, direta ou indiretamente, a possibilidade de estudar”, revela. A professora do Centro de Comunicação, Turismo e Artes (CCTA), Joana Belarmino, é deficiente visual e diz que as coisas hoje melhoraram bastante comparadas à quando ela entrou na universidade como estudante. “Eu não posso dizer que não existe acessibilidade na UFPB, claro que há, mas há também diversos problemas relacionados a ela. A UFPB ainda tem alguns ambientes físicos bastante hostis para um deficiente, mas esse e outros
problemas já se tornaram uma questão de gabinete, quer dizer, os governantes de nossa instituição estão preocupados com isso. A acessibilidade não é um problema particularizado, é uma questão social e ela vem sendo provocada pelas leis. O serviço público federal, em geral, ainda não conhece os seus servidores com deficiência, por isso ainda fica devendo, principalmente nas universidades”, afirma Joana. Dentro da UFPB, a Pró-Reitoria de Assistência e Promoção ao Estudante (PRAPE) tem um programa de apoio ao aluno com deficiência. “O ‘Progra-
ma de Apoio a Aprendizagem’ garante a aquisição de equipamentos pedagógicos que se adequem às necessidades dos alunos e a disponibilidade de um aluno apoiador, que recebe uma bolsa e acompanha e auxilia o estudante com deficiência. Hoje há na UFPB um total de 21 alunos com deficiência física, visual ou auditiva e cada um deles tem um apoiador”, diz Severino Ramos de Lima, pró-reitor da PRAPE. O QO observou pontos divergentes que dizem respeito à acessibilidade na UFPB. Positivos, como rampas e corrimãos em alguns centros, e negativos, como bebedouros inacessíveis a um cadeirante e falta de marcações no chão. A prefeitura universitária informou que, por lei, todos os projetos da instituição são pensados com acessibilidade. “Estamos melhorando em relação à acessibilidade. Há um projeto que prevê a criação do Centro de Inclusão e Acessibilidade da UFPB, onde teremos amparo social, psicológico e financeiro. As novas obras são pensadas para todos e os prédios antigos estão sendo adaptados à condição de todos também”, afirmou William Vieira Fernandes, diretor da divisão de obras da prefeitura.
Mangabeira terá campus do CTDR em breve Flora Fernandes Tendo em vista a necessidade de ampliação do seu espaço físico, a Universidade Federal da Paraíba (UFPB) resolveu criar um novo Campus. Localizado no bairro de Mangabeira, o campus foi nomeado de Reitor Lynaldo Cavalcanti Albuquerque e lá funcionará o Centro de Tecnologia e Desenvolvimento Regional (CTDR), o Centro de Informática (CI), o Centro de Iniciação Tecnológica (CIT) e o Instituto UFPB de Desenvolvimento da Paraíba (IDEP). O Campus de Mangabeira não terá suas obras finalizadas, nem será inaugurado em 2012. As obras são feitas através de contratação, possuem engenheiros, mas toda obra tem que ser orçada e licitada. “Entrei em 2009 e de lá para cá houve muitas empresas que começaram obras e que não tiveram condições financeiras para continuar, então abandonaram. Não existe mão de obra suficiente devido ao BOOM na construção civil”, diz William Fernandes, diretor da Divisão de Obras da Prefeitura Universitária. Os cursos que funcionarão no Campus de Mangabeira estão provisoriamente no Campus I, onde o CTDR contempla os cursos de Tecnologia em Gestão Pública, Tecnologia de Alimentos e Tecnologia Sucroalcooleira. Juliane Patrício, 22 anos, aluna de Tecnologia em Gestão Pública expôs os pontos negativos e positivos em relação à transferência de seu curso, ‘‘Entre os alunos essa mudança não é bem vista devido a uma série de fatores. Por ser um local pouco habitado torna-se perigoso, principalmente pela questão da iluminação. A locomoção também nos prejudica, pois os ônibus que circulam até lá são inexistentes. Mas há o lado positivo relacionado ao espaço que vamos adquirir, pois temos problemas estruturais que podem ser resolvidos’’, afirma. Segundo o reitor da instituição, professor Rômulo Polari, as obras do Campus V estariam prontas até o final do ano, mas não será possível devido a problemas com licitações e problemas infraestruturais. A maior parte dos blocos está concluída, mas falta a urbanização para finalizar. Urbanização esta que, segundo Ana Cristina Taygi, Coordenadora do Reuni, preservará a arborização dentro do novo campus, ‘‘ O nosso interesse é proteger a área de vegetação, inclusive fazendo projeto de urbanização em que faremos uma ponte de acesso ao Núcleo de Processamento de Alimentos (NUPPA), a parte mais baixa com a parte alta do novo campus que estamos criando’’, diz a Coordenadora.
campus
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Direitos humanos são rediscutidos no universo acadêmico
Foto: Bruna Coutinho
Conceito ainda gera controvérsias entre alunos e professores, e seminário que acontece no campus I traz de volta a questão para debate Virginia Duan
Pesquisa levantou os principais motivos de desentendimentos entre os dois grupos
Conflitos
Insatisfação marca relação entre servidores e alunos Diogenes Freire
A relação entre servidores públicos federais e alunos da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) tem sido motivo constante de reclamações entre as duas partes. De um lado, os funcionários da instituição indicam a intempérie e a falta de espírito acadêmico dos alunos como fonte principal dos desentendimentos. Por outro lado, os alunos reinvidicam dos servidores mais compromisso com os problemas dos centros acadêmicos e mais zelo na execução do trabalho. Dentre os motivos dessa tensão, a falta de qualificação para as funções desempenhadas aparece na lista dos dois grupos indicando a aparente deficiência educacional dos servidores refletida nos modos e na forma mal elaborada de expressão no relacionamento, ou sugerindo a anterior má preparação escolar do aluno pelo outro. Essa situação fica ainda mais aguda durante a época de matrículas e avaliações finais, quando é comum o não cumprimento de regras e prazos pelos alunos e o abandono da liturgia do cargo pelos servidores. Não raros são os momentos onde um simples ato de sensatez poderia evitar uma situação desagradável. Como exemplo, temos o caso em que uma professora do Centro de Ciências da Saúde (CCS) negou a uma aluna o direito de fazer a reposição de uma determinada prova. A aluna, por sua vez, recorreu ao coordenador do curso, que se eximiu de sua responsabilidade e, verbalmente, outorgou total poderes à professora. Vendo-se prejudicada, a aluna se valeu de expedientes jurídicos, através de especialista que elaborou uma carta
endereçada ao coordenador do curso, solicitando que o direito da aluna fosse assegurado. Por fim, sob fortes pressões, a professora foi compelida a ceder. Mas, a aluna, que prefere não se identificar por medo de represálias, afirma que desde então tem sido vítima de sutis atos de perseguição cometidos pela professora. Como a relação entre alunos e funcionários é um fator permanente e necessário ao funcionamento da instituição, dois servidores tiveram uma iniciativa que visa esclarecer, identificar e sugerir medidas para melhorar a prestação do serviço público na UFPB. Os técnico-administrativos do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA) Thiago Magno e Vitória Régia foram premiados no 7º CONSUB - Congresso de Secretárias das Universidades Brasileiras – com uma pesquisa intitulada “A satisfação no ambiente de trabalho e os principais fatores que a (in)vibializam”. A partir dos resultados da pesquisa, é possível destacar como principais geradores da insatisfação, os seguintes pontos: a atribuição de falta de tato administrativo aos chefes de setor; más condições físicas estruturais de trabalho; tímidos investimentos da UFPB em qualificação profissional; e, finalmente, a tensão entre alunos e servidores. “Na maioria das entrevistas, os servidores sabiam apontar os problemas, mas isso não era suficiente para gerar mudanças significativas no comportamento individual”. Pontuou a pesquisadora Vitória Régia. “A essa passividade se atribui o temor de mudar e perder as vantagens salariais alcançadas ao longo do tempo”, completou Thiago Magno.
Quando o assunto é direitos humanos (DH), muita confusão sobre seu real significado ainda é feita na comunidade acadêmica da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Durante uma entrevista em 2009, o então coordenador da Anistia Internacional para assuntos brasileiros, o britânico Tim Cahil, declarou que em nosso país “existe um conceito infeliz de que os direitos humanos só defendem bandidos”. Apesar de ter consciência do pensamento errôneo em relação ao conceito de DH, a estudante de Letras da UFPB Edina Araújo acredita que tais direitos só possuem repercussão na mídia quando estão em prol de detentos, como foi o caso da denúncia de maus tratos com os presos do Presídio Doutor Romeu Gonçalves de Abrantes, mais conhecido como PB1. No intuito de conscientizar a comunidade acadêmica sobre um assunto de interesse social – sobretudo, humano –, organizações de alunos e docentes foram formadas no campus de João Pessoa da UFPB. Liziane Correia, além de ser estudante do curso de Direito, é integrante do Coletivo Desentoca que, nas palavras da própria entrevistada são “estudantes organizados que discutem a sociedade como um todo, incluindo os Direitos Humanos”. Ela acredita que esta visão deturpada pode estar sendo melhor entendida pela nova geração que já começa a assimilar o papel do DH na sociedade desde cedo. “O discurso de DH está cada vez mais no consciente social, mesmo que, erroneamente,
Foto: Bruna Coutinho
Professor Eduardo Fernandes, do CCJ de forma pejorativa; até as crianças do ensino básico já têm uma noção inicial quando aprendem sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)”, comentou. Discussão Para aprofundar a discussão no universo acadêmico, do dia 20 a 23 de novembro será realizado o VII Seminário Internacional de Direitos Humanos da UFPB que traz como tema “Justiça de Transição – Direito à Justiça, à Verdade e à Memória”. Um de seus coordenadores, o professor do Centro de Ciências Jurídicas da instituição, Eduardo Fernandes, informou que o evento tem também como objetivo ir mais a frente nas discussões acadêmicas. “O evento, além de trazer debates, mesas redondas e apresenta-
ção de artigos, contará com a presença da Caravana da Anistia, que irá à audiência pública ouvir pessoas e coletar documentos da época da ditadura militar”. Desenvolvendo um papel ímpar na luta pelos direitos humanos, a Anistia Internacional Brasileira procura, através de cartas, campanhas, manifestações e vigílias junto às pessoas com poder e influência, combater à violação de tais direitos. Em uma pesquisa realizada pelo Questão de Ordem, dos 20 estudantes entrevistado na UFPB, ficou comprovado que 80% deles associam a discussão de direitos humanos à algo exclusivo ao campo jurídico. O fato é que este assunto é de interesse social e acima de qualquer ciência, é destinado à discussão humana. A falta de inclusão do tema na educação básica pode ser um dos motivos da confusão que os estudantes da UFPB – e grande parte da sociedade paraibana – ainda fazem. “Esta discussão deve ser transversal em várias matérias desde o ensino fundamental; é impossível discutir geografia, história, literatura e até outras matérias do campo das ciências naturais sem tocar em aspectos que tratam do processo histórico de opressão contra grupos vulneráveis. Não temos uma cultura de formação de professores que possam cotidianamente trazer debates com essa articulação de questões em uma sala de aula”, comentou Eduardo. É durante o VII Seminário Internacional de Direitos Humanos da UFPB que a comunidade acadêmica terá a rara oportunidade de discutir e tirar suas dúvidas sobre o assunto.
extensão
UFPB oferece cursos abertos ao público Rafael Andrade
A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) ao longo dos anos vem oferecendo serviços e atividades de extensão à comunidade por diversos cursos do campus, fazendo um importante trabalho nas áreas da saúde e educação, tanto para alunos como para pessoas de fora da comunidade acadêmica, englobando curso como Ed. Física, Fisioterapia, Psicologia, Odontologia, Direito e Contabilidade. Um dos mais antigos é o do professor Antonio Gomes Filho, do Departamento de Educação Física, que ministra aulas de hidroginástica há mais de 20 anos. “A gente já tinha a atividade de natação e a havia a proposta também de atender as pessoas de maior idade. Hoje a gente atende uma média de 400 alunos por dia”, relembra. Antonio ainda destaca a contribuição para a saúde: “Hoje sabemos que as pessoas idosas se iso-
lam, então elas precisam dessa ajuda a se interagir mais”. Outro ponto a favor é que se pode fazer essa atividade física e não ter lesões. “A água amortece o impacto e as pessoas que sofrem de problemas de coluna e articulações não terão dificuldades”, explica. Desde setembro, Michelle Barbosa é uma das alunas de Antonio. “Gosto muito da aula. O professor tem consciência do limite de cada um. Ainda mais porque as aulas acontecem com pessoas mais velhas. Acredito que melhorei 80% desde que comecei”, confessa a estudante. Para participar basta preencher a ficha de inscrição no Departamento de Ed. Física, sendo aberta ao público em geral. CLÍNICAs A UFPB, assim como a maioria das universidades, dispõe de clínicas onde os atendimentos são prestados por estagiários em supervisão de professores-mestres nas áreas es-
pecíficas de tratamento. O Campus I já contempla duas instalações. São elas: A clínica Escola de Fisioterapia do Centro de Ciências da Saúde (CCS), que atualmente conta com quatro consultórios, salas equipadas e uma piscina terapêutica. “Oferecemos serviços nas áreas da ortopedia, traumatologia, obstetrícia, ginecologia e cardiorrespiratória através do Sistema Único de Saúde, o qual atende gratuitamente a comunidade”, fala o gestor da clínica Jerônimo Alencar. E a clínica Escola de Psicologia trata crianças, adolescentes e alunos da UFPB com problemas emocionais, comportamentais de afetividade e de relacionamento pessoal. “Para se fazer o acolhimento de uma criança é necessário o preenchimento de uma ficha de inscrição pré-definida pelos pais ou responsável no qual é descrito o problema apresentado”, explica a psicóloga Maria de Lourdes. Encontra-se no CCHLA.
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educação
JOÃO PESSOA - PARAÍBA 5 A 11 DE NOVEMBRO DE 2012 Jornal do Laboratório do Curso de Jornalismo da UFPB
Metade das vagas serão para as cotas A lei aprovada pela presidenta Dilma Housseff prevê a reserva de 50% das vagas das instituições federais para as cotas até 2016 Flávia Tabosa A recente aprovação da lei que garante 50% das vagas em instituições públicas federais de ensino superior ou técnico de nível médio para as cotas implicou no cancelamento temporário do calendário de 2013 da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), assim como adiamento da aplicação do Processo Seletivo Seriado (PSS) para seleção de candidatos. O objetivo é a adequação, através do Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe), das normas sobre ingresso por reserva de vagas à nova legislação. Até o fechamento desta edição, não foram publicados novos editais com a atualização destes calendários. “O objetivo, com essa lei, é ampliar o acesso às nossas universidades e aos nossos institutos federais para os jovens das escolas públicas, para os negros e para os índios”. Este foi o comunicado da presidenta Dilma Housseff, ao oficializar a nova regra. O primeiro corte das cotas é destinado àqueles que cursaram todo o ensino médio em escolas públicas e, em segundo corte, os que se enquadram nas cotas étnico-raciais. A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) adota o sistema de cotas para 30% de suas vagas desde o PSS de 2011 e se adaptará completamente às normas, reservando 50% de suas vagas
Foto: Flávia Tabosa
Jovens estudantes, de diferentes raças, se preparam para ingressar na universidade federal através da nova política de cotas para as cotas, até 2014, dois anos antes do prazo final decretado por lei. Dentro da nova regulamentação, o censo de educação superior de 2011, feito pelo Ministério da Educação, aponta para o aumento no número de alunos auto-declarados pardos e pretos (nomenclatura do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística - IBGE) nas instituições de ensino superior - grupo que, segundo os dados, representa 8,8% do total que
freqüenta ou concluiu a graduação nas universidades públicas federais. Em 2004, essa proporção era de apenas 5%. Com a aplicação da lei que implanta metade das vagas de instituições públicas para as cotas, estas porcentagens tendem a aumentar. Divergências A facilidade de acesso às universidades públicas gera muitas divergências de opinião: em contrapartida ao
discurso do governo, surgem as críticas e o medo de que a qualidade do ensino esteja comprometida, uma vez que a deficiência no ensino público anterior à graduação, de fato, existe. “Basicamente, as cotas são uma ferramenta que o governo utiliza para acobertar a deficiência na educação pública em nível primário e médio”, afirma Yuri Lessa, aluno do curso de Ciências da Computação na UFPB. “A presença massiva dos negros no
ensino público é fato. As cotas que facilitam a acessibilidade destes estudantes me parecem justas, mas as étnico-raciais parecem uma afronta.”, diz Ellen Farias, aluna de Educação Física, auto-declarada negra, mas que não entrou na universidade pelas cotas. Discordando daqueles que enxergam problemas sociais no sistema de reserva de vagas para estes grupos está o professor do Centro de Ciências Sociais, Frederico Silva. Por curiosidade, Frederico fez um quadro comparativo em todas as suas turmas, separando os grupos de estudantes cotistas e não-cotistas. Na prática, aqueles que cursaram sua disciplina e estão na UFPB através das cotas tem média superior em 2,3 pontos acima da média de notas dos estudantes selecionados em ampla concorrência. Apesar das divergências de opinião, é lei. Até 2016, todas as instituições públicas federais de ensino superior ou técnicas de nível médio devem disponibilizar metade de suas vagas para as cotas, sob fiscalização do Comitê de Acompanhamento e Avaliação das Reservas de Vagas, formada por dois representantes do Ministério da Educação, dois representantes da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República e um representante da Fundação Nacional do Índio.
vestibular
Mudanças no PSS afetam estudantes Ravi Freitas e Jéssica figueiredo Após o anúncio de que a concorrência do PSS seria modificada, devido ao aumento das vagas disponíveis para alunos de escolas públicas, muitos alunos acreditaram que esse seria o único efeito em grande escala. Porém, para se adequar às novas normas referentes ao ingresso por reserva de vagas, o calendário do PSS foi suspenso. As provas, que iriam ser realizadas no dia 18 e 19 de novembro, serão remarcadas e aplicadas em data ainda não definida. Apesar de essa dúvida preocupar os estudantes, o presidente da Comissão Permanente do Concurso Vestibular (Coperve), João Lins, explica que as inscrições do PSS serão reabertas. “Estamos preparando um novo edital de inscrição para assim poder reabrir, inclusive para aqueles que não se inscreveram, para todos aqueles que se encaixam na nova lei de cotas possam participar e realizar as provas. Para isso é necessário um tempo para que o sistema eletrônico de inscrições também seja atualizado dentro desses parâmetros, pois só assim será possível uma definição de datas e reabertura de inscrições, mas por enquanto isso é impossível”. Além do PSS-2013, os processos seletivos para os cursos de graduação em Música, Teatro, Artes Visuais, Tradução e Cursos Sequenciais em Música também foram suspensos. Mais de 41 mil candidatos estavam inscritos para o PSS e disputam 5.136 vagas em cursos superiores da UFPB e no Curso de Formação de Oficiais (CFO), e segundo João Lins, é impossível prever o aumento de inscritos no processo a par-
Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil gastou 3,6% do PIB com a saúde pública em 2008 tir do novo edital. Os candidatos que já haviam se inscrito no vestibular seriado de 2013 ficam isentos dopagamento de taxa na reinscrição e, se optarem por desistir do processo, serão ressarcidos. Para a estudante Andrezza Carvalho, essa é uma nova chance. “Eu não achava que conseguiria entrar na universidade, mesmo me esforçando muito. Com essa ajuda, eu que estudo em escola pública, posso tentar cursar Engenharia, que é algo que eu sempre quis fazer”, confessa. Enem No entanto, tais mudanças no calendário do vestibular seriado da universidade não afetaram a realização das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), cujas provas foram efetivadas em 3 e 4 de novembro. A dificuldade maior dos alunos neste exame se deu devido à porcentagem de cotas, que de 10% em 2011, subiu para 40% - tornando o ingresso na instituição ainda mais complicado. Concorrência, alterações nas datas das provas, cancelamentos e reinscrições foram algumas dos aspectos que
interferiram diretamente no ritmo de estudo dos alunos. Este é o caso da estudante do terceiro ano do Colégio Marista Pio X, Laís Barbosa. Para ela, a principal dificuldade é a “inconstância da COPERVE” - instituição responsável pela aplicação do processo seriado. “Em 2011, época do meu primeiro vestibular, eu estava preparada apenas para o PSS. No final deste ano, foi divulgado que, quando chegássemos à terceira série, só teríamos que fazer o Enem. Mas no fim segundo ano, eu descobri que existiria os dois processos. E agora, com essas suspensão das datas, estou sem saber para qual prova preciso dedicar mais meus estudos.” Além do curto período para realizar as provas, os alunos também sofrem com a quantidade de conteúdo a ser estudado. A estudante Mirella Bezerra presta vestibular há quatro anos e explica que sua maior dificuldade, além da sempre crescente concorrência, é a diferença nas temáticas das provas. “O Enem não é tão difícil, mas a prova é muito longa, cansativa. Já no PSS, as questões são mais objetivas, dá pra fazer mais rápido”, analisa. É por conta dessas diferenças que muitos alunos preferiam que a universidade realizasse apenas um dos métodos. “É bom ter as duas provas, por que cada pessoa tem mais facilidade com um tipo específico de avaliação”, considera a aluna Mariana Chrevollier. Segundo o presidente da Coperve, os alunos também não precisam se preocupar com o início das aulas. “A mudança na data das provas não irá interferir na data de início do semestre letivo 2013”, disse João Lins. As aulas estão previstas para começar no dia 16 de maio do próximo ano.
oportunidade
Novos cursos na UFPB Luciana Nobre O Processo Seriado Seletivo (PSS), forma de ingresso na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), oferecerá 180 novas vagas neste ano. O aumento no número se deu pelo surgimento de três cursos de graduação: Biotecnologia, Engenharia de Energias Renováveis e Dança. Aprovado por unanimidade pelo conselho universitário, o Centro de Energias Alternativas Renováveis (CEAR) abriga os cursos de Engenharia Elétrica e Engenharia de Energias Renováveis, sendo este último uma das mais recentes novidades da universidade. Este, quando foi autorizado, terminou aparecendo como oferta de reopção para os candidatos aprovados no PSS-2012 que não conseguiram classificar-se para os cursos de sua escolha inicial. No total, 80 vagas estiveram disponíveis. Já em relação ao corpo docente, Marcos Wanderley, coordenador do CEAR, comenta: “Estamos realizando concurso publico para seleção e contratação de docentes qualificados. é um processo que, por sua própria natureza, demanda tempo para cumprir os prazos legais”. As instalações do CEAR são originárias do Laboratório de Energia Solar e as que serão próprias encontram-se em construção. Com o curso, espera-se aumentar o número de pesquisas na área. O mesmo aconteceu com o curso de Biotecnologia, que também foi aberto como reopção para os candidatos não classificados e está com o primeiro período em andamento, com 35 vagas por semestre. A coordenadora do curso, Fabiola da Cruz Nunes, diz que o corpo
docente ainda não está completo, mas que estão abrindo cerca de 10 vagas para professores. O objetivo é ter de 22 a 23 professores. “Imaginamos que será um vestibular bem concorrido, pois estamos sendo bastante procurados”, comenta. Fabíola afirma que existe uma demanda no mercado de trabalho por esse tipo de profissional, que irá trabalhar em indústrias como alimentícia, farmacêutica, entre outras. “O mercado aqui pode não absorver todos, mas, se pensarmos em cidade como Recife, que tem um polo industrial maior, imaginamos que esses profissionais sejam contratados rapidamente”, finaliza. Capacitação Previsto para iniciar no segundo período de 2013, o curso de dança vai disponibilizar 15 vagas por semestre. “Esperamos que a construção da escola de artes cênicas esteja pronta no início do ano que vem. Ela será dotada de teatro e salas especificas”, explica Davi Fernandes, chefe do Departamento de Comunicação. Além disso, a UFPB pretende abrir o curso de Cinema. As aulas iniciam-se neste segundo semestre que, pelo novo calendário, começa em novembro. Estima-se em 30 o número de de vagas ofertadas por ano. “Estamos adquirindo todos os equipamentos, comprando câmeras, ilhas de edição e laboratórios específicos da área. Contaremos, também, com um cinema em 3D”, afirma Davi. “O curso ainda não tem uma estrutura, completa, mas com força de vontade e empenho dos estudantes conseguiremos seguir adiante”, entusiasmou-se o professor Everaldo Vasconcelos, do corpo docente de Cinema.
educação
Sistema online de matrículas causa transtornos aos alunos A cada semestre, falhas recorrentes infernizam a vida dos estudantes com filas para correções
Juliny Barreto Até 2006, os estudantes de graduação da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) enfrentavam filas na coordenação de seus respectivos cursos com um formulário preenchido a mão, para realizar cada matrícula de um novo semestre. Atualmente, com a informatização do processo de matrículas através de um sistema desenvolvido pelo Núcleo de Tecnologia da Informação (NTI) da instituição, o formulário ganhou versão digital, mas o cenário de filas e contratempos parece vencer o tempo e o avanço da tecnologia. A graduada no curso Serviço Social, Raphaella Ramalho, acompanhou as fases de pré e pós matricula on-line, porém a modernização, ao contrário do era esperado, não trouxe grandes benefícios. “Em seis anos de curso pouco utilizei o sistema. A única vez que tentei, tive que ir à coordenação para refazer a matricula. Para mim, e para muitos colegas, era um ferramenta inútil”, enfatizou. Com o ingresso de cerca de 8 mil novos alunos a cada vestibular, e somando em média 30 mil alunos ativos, os transtornos durante o período de matriculas, não se limita aos alunos. Segundo Soraia Miranda, funcionária da coordenação do curso de Administração, no período de matriculas, as inúmeras falhas do sistema ocasionam tumulto e estresse, agravados pela falta de suporte e ouvidoria por parte do NTI. “Não existe suporte ou informação sobre como proceder com os erros do sistema. O período que deveria ser para reajuste, acaba sendo para fazer a matricula, já que muitos alunos não conseguem pela internet”, declara
Em seis anos de atividade, serviço de matrícula online da universidade ainda é falho e nunca passou por uma atualização
Problemas O representante do NTI, Emerson Diego Costa Araújo, responsável pelas análises do sistema de matrículas on-line afirma que “a maioria dos problemas no sistema ocorrem pe-
la falta de alimentação de informações.” Isso se dá, por exemplo, quando um professor deixar de lançar as notas no sistema; como consequência o aluno, no período de matrícula, não conseguirá visualizar as disciplinas que necessitam das notas não lançadas como pré-requisito. Quanto ao suporte, Emerson explica que o Núcleo dispõe de um sistema de chamadas on-line, onde recebe uma média de 20 solicitações diárias, respondidas em até 48 horas. Entretanto, questionado sobre atualizações da plataforma ele afirma que nos seis anos de atividade o sistema nunca passou por nenhuma grande atualização, apenas ajustes pontuais. “Já enfrentamos problemas técnicos, mas estes foram sanados com o tempo”, reforça.
Novo método Para os próximos anos, o NTI esta investindo no desenvolvimento de um novo sistema. Com uma interface mais moderna, a plataforma agregará os serviços já oferecidos como matricula e consulta ao histórico de notas, além de novos recursos como fórum de debates e certificação digital. “Para validar o histórico, é preciso pegar assinaturas no departamento. Com a certificação digital o aluno poderá imprimir o certificado já autenticado. No fórum, criaremos um espaço onde alunos e professores poderão interagir em tópicos de discussões”, adianta Emerson Diego Costa Araújo, analista de sistema do NIT. Após seu desenvolvimento, o sistema passará por testes; a previsão de lançamento entre 2013 e 2014.
AETC desobedece Lei da Carteirinha Em 30 de agosto, os estudantes paraibanos foram beneficiados com a lei que dispõe sobre a regulamentação da cobrança da meia entrada nos estabelecimentos comerciais. De acordo com o deputado estadual Gervásio Maia, autor da lei, a medida é uma forma de garantir que toda e qualquer pessoa que comprove sua condição de estudante, seja por meio de carteirinha ou apresentação de declaração do curso acompanhado por documento oficial com foto, tenha direito ao benefício. Segundo informações do deputado, só no ano passado mais de 300 mil alunos da rede estadual, principalmente dos municípios de pequeno porte, perderam o direito a meia entrada por não possuírem condições de comprar a carteirinha. Os mesmos são obrigados a esperar meses para receber uma nova carteira, tendo que, por exemplo, pagar o valor inteiro da passagem de ônibus. Apesar da lei de regulamentação da meia entrada ter sido aprovada, o que está ocorrendo na prática é que os estudantes continuam sofrendo restrições, como na Associação das Empresas de Transportes Coletivos
Ítalo Rômany
Expansão
Público e privado Desse total, 1,7 milhão estudam em universidades públicas e 5 milhões em instituições privadas. A Paraíba é o único estado do Nordeste onde o número de matriculados é maior na esfera pública do que na privada. São 67.000 contra 44.600. A Coordenadora Acadêmica do Reuni (Restruturação e Expansão das Universidades Federais), Uyguaciara Velôso, ressaltou a importância do programa nesse aumento. “Isso só foi possível pela estruturação da universidade, contratação de professores, melhorias dos laboratórios etc”, afirmou.
Conclusões
desrespeito
Sarah Sarmento
Censo do Ensino Superior 2011
De acordo com o novo Censo do Ensino Superior de 2011, promovido pelo INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), existem 6,7 milhões de universitários matriculados em todo o país, um crescimento de 5,7% em relação ao ano de 2010. Na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), estão matriculados mais de 32 mil estudantes no ensino presencial e 7 mil na educação a distância. Neste ano, serão oferecidas 8.274 vagas através do Processo Seletivo Seriado (PSS) e Enem.
Foto: Melissa Fontenele
a funcionária. “Parece contraditório, mas apesar do trabalho ser manual, antes tínhamos muito menos estresse e tumulto”, relembra. Na coordenação do curso de Educação Física, as queixas são semelhantes, segundo o funcionário José Rafael Brandão, o sistema deixa muito a desejar. “Muitos alunos chegam aborrecidos com a ineficiência do sistema e acabam descontando em nós. Como o departamento possuí três cursos o problema é ainda maior”, desabafa.
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JOÃO PESSOA - PARAÍBA 5 A 11 DE NOVEMBRO DE 2012 Jornal do Laboratório do Curso de Jornalismo da UFPB
Foto: Melissa Fontenele
Estudantes enfrentam grande fila em posto de recarga da AETC no Campus I Urbanos (AETC), que está impondo critérios à aplicação da medida. Dos nove postos de recarga de passe existente na cidade, apenas um é autorizado pela empresa a fazer a recarga com o uso da declaração – o posto do centro da cidade. “A AETC está se negando a vender a passagem com desconto em alguns postos, isso é crime. Eles não podem fazer isso, estão lesando o direito dos estudantes”, afirmou Gervásio Maia. Relatos de estudantes da UFPB, ao tentar realizar a recarga dentro do posto da universidade com a declaração, os atendentes di-
zem não ser autorizados a realizar a operação. “Me senti prejudicado com as medidas da AETC. Já tinha pago uma passagem inteira para ir a UFPB, esperado vinte minutos na fila, tive que pagar outra para dirigir-me ao centro e esperar mais 40min para ser atendido”, declarou o estudante do curso de física Camilo Duarte. Os órgãos responsáveis por fiscalizar o cumprimento da lei seriam os PROCON’s estadual e municipal. O que, no entanto, chamou atenção foi a completa ignorância do PROCON municipal sobre o tema.
Ao procurar o órgão para esclarecer se as ações adotadas pela AETC estavam dentro da legalidade, o advogado do PROCON-JP, Djalma Farias, informou que havia um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), assinado entre o Ministério Público, AETC e entidades estudantis, que permitia a AETC restringir a aplicação da lei. . O PROCON-JP, no entanto, não tinha acesso ao TAC, mesmo sendo ele teoricamente o responsável por fiscalizar o acordo. A existência de tal Termo foi negada pelo Ministério Público, por meio do procurador Ranieri Dantas. Não só isso, de acordo com Sérgio Calliza, chefe do cartório da 1ª Procuradoria do Consumidor, as medidas adotadas pela AETC, fogem do que determina a lei e devem ser investigadas. A orientação do Ministério Público é para que os estudantes que se sintam lesados com o não cumprimento da lei envie suas denuncias junto a Ouvidoria do órgão. Além disso, os estudantes que foram lesados com tais restrições também podem entrar com ação de indenização por dano moral. Esses mecanismos devem ser acionados pelos alunos como forma de reivindicações dos seus direitos.
Outro fator importante, apontado pelo Censo, foi o aumento no número de estudantes que concluíram o ensino superior. No total foram 1.022.711 alunos, um aumento de 4,3% no período 2010-2011. Na UFPB, foram 4.000 concluintes. O número de mulheres também aumentou dentro das universidades: de 1997 para 2011, o crescimento foi de 12,7%. Juntando o número de pessoas de baixa renda, nordestinos e mulheres nas universidades, esses segmentos somam juntos 55% de todos os estudantes.
Inclusão Em 1964, só existiam 120 mil estudantes nas universidades. Esse número pulou para 500 mil em 1970, devido o bom crescimento econômico que passava o Brasil. De acordo com o Pró-Reitor de Graduação da UFPB, professor Valdir Barbosa, estes números exaltam o crescimento das universidades no país. “É a oportunidade de todos no acesso ao ensino superior”, disse.
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política
JOÃO PESSOA - PARAÍBA 5 A 11 DE NOVEMBRO DE 2012 Jornal do Laboratório do Curso de Jornalismo da UFPB
Novo reitor será definido este mês Lista tríplice está nas mãos da presidente Dilma, que deve manter a tradição de escolher a mais votada: Margareth Diniz Luan Barbosa Em 16 de maio de 2012, a Universidade Federal da Paraíba (UFPB) abria os portões da instituição para uma consulta acadêmica. Ocorria, naquela data, o primeiro turno que deveria definir o novo reitor para a gestão 2013-2017. Cinco meses depois e diversos conflitos, internos e externos, a UFPB ainda não conheceu, de fato, o seu novo reitor. Após sair vitoriosa do 1º turno com 7.801 votos e 49,66% da preferência, a professora Margareth Diniz, candidata da oposição, enfrentaria a segunda colocada, a professora Lúcia Guerra. Um dia após o pleito, os docentes da instituição deflagraram a greve que atingiu todo o país e esvaziou os principais espaços da universidade. O Conselho Universitário (CONSUNI), órgão deliberativo superior e máximo em matéria de política geral da universidade, se reuniu e decidiu que, por conta da paralização e desta desocupação da universidade, o segundo turno só poderia ocorrer após a finalização da greve e normalização da instituição. Após esta decisão, começou um longo processo de escolha do novo reitor. A professora Margareth não concordou com a ordem do CONSUNI e acionou a justiça, pedindo que o segundo turno acontecesse imediatamente. O desembargador federal Edilson Pereira Júnior acatou o pedido da chapa “UFPBMais” e ordenou a realização imediata da segunda consulta à opinião acadêmica. A procuradoria da UFPB entrou com recurso para reverter o quadro, mas perdeu por unanimidade no Tribunal Federal Regional da 5ª Região, em Recife. Como resposta à decisão judicial, a chapa da candidata Lúcia Guerra propôs à comunidade acadêmica o não comparecimento às urnas, como forma de protestar contra o que consideraram como quebra da autonomia da UFPB. Com o boicote aceito pelos eleitores de Lúcia Guerra, a vitória esmagadora de
Margareth Diniz a confirmou como vencedora da segunda etapa, com 94,61% dos votos válidos. A abstenção, porém, teve um registro de 88% dos eleitores. “O nosso boicote foi uma posicionamento político, um protesto, mas não surtiu tanto efeito a ponto de fazer com que 88% dos eleitores não votassem. Não houve a participação massiva do pleito porque a universidade se encontrava vazia devido à greve, isto é bem claro”, afirma a professora Lúcia Guerra. O processo foi ainda marcado por muitas acusações entre os candidatos, e estas vão desde a má gestão de recursos da universidade ao uso da máquina pública na campanha eleitoral, a interferência da política externa, a quebra da autonomia e outros assuntos que afunilaram a qualidade do processo eleitoral. “A disputa numa instituição universitária é, por natureza, entre propostas e perfis concorrentes. Esse discurso de uso de qualquer outro expediente só exalta a pobreza do grupo perdedor por votos nas urnas que não souberam conquistar”, esquiva-se a professora Margareth de qualquer acusação. Margareth Diniz é tida por muitos como a nova reitora da UFPB. Nas redes sociais de sua equipe a respeito da comunicação do processo “UFPBMais”, fica explicitado que foi ela a vencedora deste grande embate. “Você já adicionou o perfil de Margareth Diniz entre seus amigos do facebook? Conheça o perfil daquela que logo se tornará a primeira mulher a administrar a UFPB”, diz uma publicação na página oficial da candidata, no dia 14 de outubro. “Eu cumpri todo o ritual democrático para validação do meu nome como a nova e primeira reitora mulher da UFPB. Obedeci aos ditames do CONSUNI e da comissão e calendário eleitorais que de lá foram determinados. Entendo que, como fui eleita, serei empossada reitora da nossa UFPB”, reforça. A afirmação, porém, é contestada. “A UFPB, hoje, não tem um novo reitor. Pode ser que amanhã
Foto: Flora Fernandes
Boicote proposto pela chapa da situação para impedir a realização do segundo turno no dia 6 de junho ela tenha, mas hoje eu posso afirmar que ela não tem, pois o processo ainda não foi concluído”, enfatiza Lúcia Guerra, que assegura que ainda não entregou os pontos e não foi, de fato, derrotada. Opinião Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Ensino Superior do Estado da Paraíba (SINTESPB), Severino Ramos, o processode escolha do novo reitor da UFPB já foi encerrado. “Acredito que pela normalidade do 1º turno e pela ocorrência do 2º, mesmo que por ordem judicial, temos uma nova reitora. Nosso sindicato aprovou a nomeação de Margareth Diniz porque, para nós, a greve não esvaziou a universidade, já que entendemos
este período como um processo de mobilização das massas”, afirma. O estudante do 4º período de direito da UFPB, Davyd Soares, é categórico ao dizer quem são os novos gestores da instituição ao qual estuda. “Margareth Diniz é a nova reitora, ela ganhou, mas acredito que deve ser elaborado um novo processo eleitoral. Acho que esta eleição foi marcada por um forte radicalismo. Situação se defendia demais e oposição destrinchava frequentes acusações Penso que seria possível construir, em meio a este paralelo, uma campanha mais amena e mais objetiva”, opina. Situação Atualmente, o processo encontra-se encaminhado em duas ver-
tentes: há recursos no Supremo Tribunal de Justiça, que pedem a invalidação do segundo turno, alegando que a UFPB teve o seu poder de decisão quebrado por uma ordem judicial. E há a lista tríplice, que após ter sido encaminhada pelo CONSUNI ao Ministério da Educação e Cultura, contendo os nomes dos três candidatos mais votados no primeiro turno, conforme outra ordem judicial movida pela professora Margareth e concedida pela juíza federal, Cristiane Mendonça Lage, encontra-se agora nas mãos da presidente da República, Dilma Rousseff, que nomeará o novo reitor da UFPB. A expectativa é que o nome do novo reitor seja anunciado nos próximos dias deste mês.
entrevista
Provável reitora fala sobre suas propostas Foto: Marina Cavalcante
Sarah sarmento Professora Associada do Departamento de Ciências Farmacêuticas do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da UFPB, Margareth é graduada em Farmácia e Medicina, com pós-doutorado em Biotecnologia. Caso seja confirmada sua vitória, será a primeira mulher a assumir a reitoria da Universidade Federal da Paraíba. O Questão de Ordem procurou a candidata mais votada nas eleições, Margareth Diniz, para comentar seu plano de governo. Questão de Ordem: O que a comunidade acadêmica pode esperar da gestão “UFPBMais”? Margareth Diniz: Acima de tudo respeito e decência no trato com a coisa pública e no atendimento aos anseios da comunidade universitária. Queremos devolver à UFPB as posições no ranking na-
cional das federais e avançar, buscando estar entre as melhores universidades brasileiras. QO: Quais serão as ações prioritárias da sua gestão? MD: Reformatar administrativamente a UFPB através do novo estatuto e regimento, fazer valer os investimentos do Reuni, revitalizar os cursos de graduação tradicionais, fazer frente às altas taxas de evasão nas graduações é o grande desafio. A estratégia será somar esforços e abrir a UFPB para a Paraíba através de parcerias com todas as instâncias de poder e recursos. QO: Que avaliação a senhora faz da gestão anterior? MD: A gestão anterior perdeu uma grande oportunidade de fazer a UFPB avançar. A visão do inacabado pontua todos os campi. Como toda a comunidade universitária, estou esperando o balanço e
a prestação de contas do reitorado que finda. Tornarei públicas as medidas de continuidade. Esse legado será a pista e o ponto de partida de como iremos lidar com as situações já criadas, apenas asseguro que a UFPB vai progredir. QO: Como será a relação professor, estudante e funcionário com a reitoria? MD: Pretendemos a abertura de canal direto. Visitarei com a equipe cada setor da UFPB. Ouvirei e encaminharei todas as vozes que já contribuem, valorizando-as para continuar contribuindo. Nosso gabinete estará atento e aberto. Estaremos atentos às opiniões, necessárias no processo de construção da excelência. QO: Uma das grandes discussões dentro da UFPB é a privatização do HU. Qual a sua opinião sobre o assunto?
Professora Margareth Diniz: “Visitarei com a equipe cada setor da UFPB” MD: Somos contra a privatização. O HU pode e vai funcionar. O reitorado deve buscar recursos. Vemos que os corredores do HU estão cheios de equipamentos encaixotados. O HU, além de enfrentar
problemas intrínsecos à saúde pública do Brasil foi vítima do descaso administrativo e político do atual reitorado. Não é essa a nossa prática. Posso garantir que o nosso HU reviverá.
política
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Novas eleições para o DCE acontecem ainda este ano
Complicações impugnaram o processo eleitoral de 2011 e, por consequência, os estudantes estão há um ano sem representatividade Foto: Flávia Tabosa
flávia tabosa O Diretório Central dos Estudantes (DCE) tem a responsabilidade de atuar como porta-voz dos alunos e suas causas, mobilizando a população acadêmica a procurar melhorias estruturais e educacionais. Na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), não é convocada uma nova representatividade há mais de um ano por causa de uma decisão judicial que impugnou o processo eleitoral de 2011. A situação, que parecia estática, finalizou seu processo de judicialização neste dia 31 de outubro; até dezembro deste ano, o Conselho de Entidades de Base (COEB) deverá agendar as etapas de um novo processo eleitoral para a gestão 2013/2014. Tudo começou quando a chapa “Viramundo”, última a gerir o DCE, deu inicio, no dia 21 de agosto de 2011, às eleições diretas e não obrigatórias para anunciar o próximo grupo que administraria o DCE. Na apuração da votação, uma série de conflitos e acusações gerou a impugnação de uma das quatro chapas candidatas, a “Juntos Somos Mais”, que havia ganhado a eleição com 2.700 votos. Assim, com cerca de 400 votos a menos, a segunda colocada, a “Chapa Limpa”, se tornou vencedora. Porém, no dia 29 de setembro do mesmo ano, foi anunciada a decisão da juíza Leila Cristiani Correia de Freitas e Sousa suspendendo as eleições devido a uma acusa-
ral, sofre o mal que vai além das críticas dos órgãos: a falta de representatividade e, por consequência, a desorganização para novas ações. “Uma entidade geral que tenha legitimidade para articular os debates e as ações é fundamental para o fortalecimento de uma cultura político-organizativa que resgate a capacidade do corpo discente pensar os rumos da universidade pública”, conclui Hector.
Prédio do DCE, inaugurado após decisão judicial que impugnou eleição, ainda não abrigou nenhuma gestão da entidade ção de que o processo eleitoral teria se dado de forma fraudulenta, acompanhado de possíveis irregularidades, uma vez que uma chapa foi impugnada (Juntos Somos Mais) quando a contagem dos votos já havia sido iniciada, o que foge as regras da comissão eleitoral. A limiar que julgou a eleição inválida também impediu o avanço de novas ações do diretório e quando estava sendo convocado um novo processo eleitoral, a greve foi declarada na UFPB, paralisando todo
e qualquer funcionamento dentro da instituição. Com a volta das atividades, o processo judicial teve sua continuidade com a audiência que aconteceu recentemente, onde o Juiz Brâncio Barreto Suassuna homologa a desistência da chapa impugnada (Juntos Somos Mais) e a que tomaria posse (Chapa Limpa), para só então acontecer uma nova eleição. Representatividade Hector Abdal, representante da última chapa que administrou o
DCE, a “Viramundo”, explica as conseqüências desse ano sem gestão: “além da falta de representatividade formal, sem uma chapa atuante junto às demais entidades e coletivos organizados, o movimento estudantil segue pulverizado, sobrevivendo de iniciativas isoladas”, afirma. Desta forma, a cultura de força e luta em questões educacionais, estruturais e até sociais, atribuída em muitos casos mais aos estudantes do que à sociedade acadêmica ge-
Situação Atual O processo que acarretou o cancelamento das eleições do DCE foi iniciado por Leogildo Alves, representante da chapa 2, a “Juntos somos mais”. Após conferir o edital das eleições, Leogildo percebeu que a impugnação de sua chapa foi realizada de forma irregular, e recorreu à justiça para as devidas providências serem tomadas. Hoje, ele comemora os avanços da volta legal de uma representatividade para os estudantes. “Pode ser que a chapa 2 ganhe novamente, depende de nosso engajamento”, comenta, uma vez que a decisão do Juiz Brâncio Barreto Suassuna cancela todo o processo eleitoral realizado há mais de um ano e convoca uma nova eleição. “Ter uma representação efetiva dos interesses dos estudantes na UFPB é fundamental. Sem DCE esses interesses ficam à deriva”, comenta o estudante de Direito da UFPB, Diego Rocha. Até dezembro, será marcada uma nova eleição, com data a ser definida pela COEB.
debate
Mesa redonda discute jornalismo político Bruna Coutinho e Vanessa Mousinho
jornalismo”, sugerido por um dos espectadores, tornou-se o tema de destaque do evento. Ambos os jorComo parte da programação nalistas concordaram que não há da Semana Nacional de Ciência e imparcialidade na profissão. “Um Tecnologia (SNCT), evento que a jornalista sempre tem uma opinião Universidade Federal da Paraíba e não vejo isso como um problema. (UFPB) sediou entre os dias 17 e O problema está em não admitir 21 de outubro, o Centro Acadêmi- isto”, explica Helder Moura. Os participantes também coco de Comunicação Vladmir Herzog (CA), da UFPB, realizou, no mentaram sobre a relação do jornalista com o dia 17, uma mepúblico. Luís sa redonda com Torres explicou a intenção de que “o jornadiscutir jornalislista se destaca mo político. pela quantidaContando de de notícias com a participaexclusivas, que ção de especiasó serão adquilistas como Guridas com fontemberg Cardotes seguras, que so, diretor da rásão seus amidio Paraíba FM, gos.” E complee de Luís Torres, Helder Moura mentou: Indediretor de jornapendente da relismo do sistema lação que voArapuan, a mecê cultivou com determinado posa redonda foi mediada pelo escrilítico, é seu dever como jornalista tor e colunista do Jornal da Paraíba passar a informação. Helder Moura. Para o mediador da mesa o Cobertura de eleições, relacioevento trouxe aos jornalistas a namento com políticos, experiênoportunidade de trocar experiências pessoais e acontecimentos polêmicos foram alguns dos assuntos cias de forma democrática e aberdebatidos entre os participantes. ta. “Os dois jornalistas conseguiNo entanto, o assunto “política no ram atingir seus objetivos e pas-
Bruna Coutinho
Um jornalista sempre tem uma opinião e não vejo isso como um problema
Gutemberg Cardoso, Helder Moura e Luís Torres (dir. para esq.) debatem jornalísmo político com os estudantes universitários saram para o público o cotidiano de cada um em suas empresas de comunicação, além do aprendizado, do ponto de vista pedagógico”, avaliou. O colunista ainda comentou: Não existe jornalismo imparcial, existe jornalista ético e aético, aquele que mente, falseia e que omite detalhes. Segundo Philipe Phaustino,
membro da atual gestão do CA e organizador do evento, o tema foi escolhido pela carência de profissionais especializados no mercado paraibano. “Os principais meios de comunicação do estado dão grande exclusividade a esse tema, mas muitas vezes nos perguntamos se a forma apresentada é o modo correto de fazer jornalismo político”,
afirmou Philipe. A SNCT, cujo tema proposto foi “Economia verde, sustentabilidade e erradicação da pobreza”, foi organizada pelo Programa de Ação Comunitária (COPAC), órgão ligado à pró-reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (PRAC) da UFPB, e contou com diversas palestras, mostras e oficinas.
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saúde
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União com empresa promete melhora no Lauro Wanderley Dividindo opiniões, a parceria com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares ainda é vista com desconfiança Gabriella Mayara Após a aprovação da lei que criou a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), cada Conselho Universitário (Consuni) de instituições federais que tenham um hospital terá que avaliar se vai aceitar ou não a empresa para a administre dos serviços de saúde. O Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) teve o último concurso público realizado há quase um ano e apresenta um quadro de funcionários trabalhando com recursos mínimos para atender ao público carente da capital e das regiões próximas. Estes fatores apontam para uma parceria entre HULW e Ebserh. Como resultado, a empresa vinculada ao Ministério da Educação (MEC) teria que cobrir as necessidades do Lauro Wanderley e melhoraria o serviço prestado, além da possibilidade de maior cobrança dos funcionários, pois os faltosos sofreriam punições que chegaria até a demissão, e não apenas advertências verbais e administrativas. Os Hospitais Universitários, ao longo dos anos, têm sofrido carências administrativas, de mão de obra e também de recursos financeiros. Essa parceria possivelmente cobriria as necessidades e melhoraria o serviço, que é alvo de muitas reclamações de pacientes com o atendimento, que muitas vezes nem acontece. Os médicos faltam, os
Foto: Melissa Fontenele
A possível parceria com a Empresa vinculada ao Ministério da Educação propõe um aumento na quantidade de atendimentos serviços são mal prestados, há falta de informação e de equipamento mínimo para manter os pacientes no hospital que acabam prejudicados, pois vêm de longe em busca desse tratamento na rede pública. A Ebserh é uma empresa pública de direito privado que foi criada em dezembro de 2011 e tem por finalidade a prestação de serviços gratuitos de assistência médico-hospitalar, ambulatorial e de apoio diagnóstico e terapêutico à comunidade, assim co-
mo às instituições públicas federais de ensino ou instituições congêneres de serviços de apoio ao ensino. As atividades de prestação de serviços de assistência à saúde estão inseridas integral e exclusivamente no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Já aprovada em 18 de julho de 2012 pelo conselho deliberativo do HU, a parceria é questionada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Ensino Superior do estado da Paraíba (SINTESPB), que alega falta de dis-
cussão com a comunidade universitária e que os prejuízos, como a possível privatização do hospital, seriam maiores que os benefícios. O Sindicato já está movimentando a comunidade há quase um ano, com protestos pacíficos fazendo distribuição de material informativo e levantando a discussão diante dos acadêmicos. Afinal, seria melhor mesmo a parceria? Quem responde em favor é o superintendente do HULW, João Batista da Silva, que diz: “Nós temos 1059
servidores atualmente, e a demanda é muito grande, há ainda aqueles profissionais descompromissados e a falta de pessoal, por que quando se realizam os concursos é apenas um mínimo possível de servidores que são efetivados, estamos precisando dobrar os atendimentos, com mais profissionais, e não com os mesmos médicos fazendo mais plantões. Nós entendemos como necessária, a parceria, pois melhoraríamos com mais afinco aquilo que é reclamado pelos usuários”. Embora haja uma necessidade latente de melhora do Hospital, o assunto é tema de discussões na Universidade e divide opiniões de alunos e mestres que questionam qual seria a melhor opção para comunidade e público paciente, a possibilidade dessa nova parceria também poderia afetar os estágios que os estudantes prestam no HU, causando um certo receio, pois a falta de informação é grande. O SINTESPB, possui uma posição contrária a da superintendência do Hospital e realizou uma audiência pública para discutir a questão que ainda será levada ao Conselho Universitário (Consuni). O diretor do Sindicato, Severino Ramos Mendonça, afirma: “A nossa posição é de que a EBSERH não resolve, não é uma opção para a necessidade do HU, pelo contrario, ela agrava, porque intensifica o processo de privatização dessa unidade”. Essa posição é tomada também por alguns médicos e professores da UFPB.
Terceira idade
Projeto Cuidar traz benefícios a idosos no HU Ravi Freitas Comemorado no dia 30 de setembro, o dia do idoso chamou a atenção este ano para o número de pessoas, de idade avançada, que ocuparam os leitos do Hospital Universitário Lauro Wanderley (HU). Eles representam mais que metade da população de pacientes internados naquele hospital, mesmo que este não disponha de um sistema de tratamento voltado especificamente para este grupo. Por falta de um cuidado integral do idoso, pessoas como a dona de casa Inês Souza de Miranda, 71, sofrem as consequências. “Já houveram vezes em que tive que ficar horas numa fila para ser atendida. Meu marido tem mais sorte, nunca demorou muito para ser atendido. Ele tem Alzheimer, então precisa de cuidado especial.” Com o aumento da quantidade de idosos acometidos com doenças degenerativas, tornou-se necessário a criação do Projeto Cuidar, que vem funcionando desde 2003. Este projeto trabalha de acordo com as diretrizes da Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, que busca manter e promover a autonomia e a independência dos idosos, principalmente aqueles vítimas de doenças crônico-degenerativas, prestando vários tipos apoio aos idosos com incapacidades,
bem como aos seus cuidadores. Para isso, o Projeto conta com uma equipe multidisciplinar, especializada em terapia ocupacional, fonoaudiologia, educação física, nutrição, enfermagem, medicina, assistente social e psicólogos, o que caracteriza, mesmo que primariamente, um trabalho educativo. Segundo Maria do Amparo, idealizadora e coordenadora, um dos maiores problemas para o tratamento do idoso no HU é a falta de uma atenção direcionada. “Trabalhamos com medidas preventivas e educativa e ajudamos o cuidador, mostrando como lidar com a patologia, com as restrições e limitações. Tentamos também diminuir a sobrecarga sobre ele, principalmente a emocional e a de trabalhos, muitos até deixam de trabalhar”, explica. Buscando trabalhar em linhas de cuidado, a iniciativa pretende mudar a forma como a saúde é vista dentro da universidade. Isso significa dar uma atenção integral aos idosos, focando em determinadas pessoas, sem deixar que o atendimento seja fragmentado ou interrompido por outros clientes. Dessa forma, fica possível a manutenção e recuperação da autonomia e a independência dos idosos durante o internamento, bem como a sua capacitação para o prosseguimento dos cuidados após
Foto: Melissa Fontenele
Idosos se informam e são atendidos por alunos do curso de Medicina em pequenos stands espalhados por todo Hospital Universitário a alta hospitalar. A equipe desenvolve ações propondo a valorização do sujeito, influenciando novas práticas que humanizam o serviço, tornando assim possível a atenção ao usuário de forma singular, através do exercício da escuta e da valorização dos vínculos e afetos. O aposentado Pedro José de Miranda, de 74 anos, elogia o projeto: “Eu já fui tratado por pelo Projeto Cuidar por causa do Alzheimer, e os rapazes são muito bons mesmo. Me
ajudaram, e ajudaram também minhas filhas, que moram com a gente.” Já para a aposentada Maria do Carmo, apesar do bom tratamento, o idoso ainda leva muito tempo para ser atendido. “Eu já esperei tantas vezes por várias horas aqui nessas cadeiras. Mas eu vou continuar vindo aqui, gosto de todos os médicos, até os que não conheço, e no fim das contas é o único lugar que posso vir”, confessa. Os alunos são parte importante em qualquer setor do HU. E esse é
um dos principais pontos internos do Cuidar: permitir a experiência dos estudantes. Maria do Amparo completa: “Todos temos dificuldades, mas nós trabalhamos numa lógica de respeito. A gente consegue ter menos dificuldade porque nos conseguimos trabalhar em equipe, o que é bem importante. Apesar da minha função ser coordenar, os alunos são tão importantes quanto eu. Eu sou só mais uma assistente social em meio a todos eles”, completa.
saúde
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Tecnologia permite a transmissão de cirurgias eletivas em tempo real Ferramenta Arthron, desenvolvida pelo Departamento de Informática, poderá ser utilizada em hospitais universitários do Brasil Jéssica Figueiredo Estudantes do curso de Medicina da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) poderão, em breve, assistir a transmissões em tempo real de cirurgias gerais, realizadas por profissionais da instituição. É o que propõe a ferramenta Arthron, sistema de áudio e vídeo que pretende instalar aulas de medicina audiovisual (telemedicina) nos principais cursos de saúde das universidades de todo país. Criado a partir do grupo de pesquisa em ambientação audiovisual para saúde, na UFPB, o projeto é coordenado pelos professores Tatiana Tavares e Gustavo Bezerra, ambos do Departamento de Informática, e atualmente conta com a colaboração de estudantes de Ciência da Computação e Engenharia da Computação na equipe. São eles os responsáveis por desenvolver o sistema, realizar os testes e corrigir os erros, garantindo que a Arthron funcione adequadamente. A coordenadora Tatiana explica que os equipamentos são montados numa sala reservada da universidade, e os alunos podem assistir às cirurgias no exato momento em que ela está sendo executada. Além disso, eles também podem interagir com a transmissão, fazendo perguntas e tirando dúvidas, a partir de um sistema de áudio. “Temos interatividade em tempo real via áudio para manter a sala de cirurgia conectada a distância com as salas de aula. Aliás, a interatividade é um dos diferenciais da nossa proposta, pois torna a experiência multimídia mais rica e atrativa, espe-
cialmente no que tange atividades de ensino”, explica Tatiana. Cirurgias de estômago, de remoção de vesícula e de um tumor no fígado, realizadas por doutores do Hospital Universitário Lauro Wanderley, foram as primeiras a serem transmitidas aos alunos através da Arthron. O objetivo desta ferramenta é que, futuramente, possa ser disseminada pelos hospitais universitários, facilitando assim o acesso das aulas em tempo real aos estudantes. A principal finalidade é mostrar aos alunos como as cirurgias podem ser feitas e quais os procedimentos corretos a serem tomados. Seria uma forma de treiná-los, teoricamente, evitando que algum imprevisto aconteça e diminuindo a margem de erros que os alunos possam vir a cometer, caso fossem realizar uma cirurgia na prática. SEGUNDA FASE A ferramenta Arthron ainda está na sua segunda fase, ou seja, dando início às experimentações de transmissão. Mas muito já foi desenvolvido até então. “Toda a parte principal da aplicação já está pronta, as ferramentas de captura, recebimento e exibição de fluxos de vídeo. O que precisamos focar agora é em trabalhar na disseminação do sistema para uso em todo Brasil”, explica Hugo Oliveira, aluno do curso de Ciência da Computação e integrante do grupo de pesquisa. Hugo também conta que outro diferencial deste sistema é a ferramenta de controle de fluxos, res-
Foto: Sarah Soares
Alunos de medicina da UFPB acompanham cirurgia de remoção de tumor através de transmissão em aula experimental ponsável por filtrar as imagens captadas pelos vários decodificadores e codificadores localizados na sala de cirurgia, criando automaticamente uma transmissão mais harmônica. Essa ferramenta garante um melhor entendimento da execução da cirurgia aos alunos, já que mostra claramente os procedimentos corretos em cada estágio das operações. Quando estiver totalmente finalizada, a Arthron poderá ser instalada não só nas universidades do país, mas também em hospitais particulares que se interessarem pela iniciativa. No entanto, apenas o sistema de transmissão das aulas em
tempo real que poderá ser disseminado. “Todo equipamento eletrônico, de TV e aparelhagem de som, fica a cargo da instituição ou laboratório”, esclarece o aluno. OUTRAS APLICAÇÕES Fazer a transmissão em tempo real de cirurgias para os alunos é apenas uma das múltiplas aplicações do projeto. O sistema de telemedicina também poderá ser usado para diagnósticos a distância e monitoramento de pacientes. “A área de aplicação do sistema não é restrita ao ensino. Pode-se utilizar a estrutura para pesquisa, para te-
lediagnóstico ou segunda opinião médica”, informa Tatiana Tavares. Após passar por experiências com o sistema, um dos parceiros do projeto, o doutor Geraldo Almeida, comentou a importância de algumas ferramentas do Arthron. “A nossa experiência com o Arthron tem sido um sucesso. Tanto pela facilitação no ensino da cirurgia, quanto pela possibilidade de trocarmos opiniões em tempo real”, elogia. Financiado pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), a terceira fase do projeto está prevista para ser colocada em prática em janeiro do próximo ano.
Cantinas
Descaso com a higiene preocupa universitários Gabriela Muniz A ausência de restaurantes nos arredores do campus I, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), assegura a maior procura do público universitário pelo comércio de alimentos rápidos, as cantinas. Os produtos são, geralmente, fornecidos através de comércio informal terceirizado, o que ajuda a baixar o custo da comida. Esta, por sua vez, não apresenta data de validade. O problema deste tipo de serviço é que não há órgão responsável, dentro da instituição, que fiscalize as condições em que os alimentos são preparados ou comercializados. Segundo a Secretaria da Prefeitura da universidade, as cantinas só podem ser fechadas por dois motivos: se o local estiver ocupando uma área de interesse para a construção civil, ou a inadimplência do recinto com o aluguel. Quanto à higiene e fiscalização dos alimentos, até o momento, não há um órgão responsável dentro da instituição, e os comerciantes se firmam sem o perigo de interdição por este motivo. No Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Nanci Alves instalou sua cantina há mais de 20 anos na praça da alegria e, apesar da falta de fiscalização, afirma: “Não posso vender salgado com validade individual, ficaria muito
Já encontrei cabelos na comida e insetos no suco. Também já tive má aceitação do organismo após a alimentação Felipe Vidal
caro e inviável para minha maior clientela: os estudantes. Peço uma demanda determinada no dia. Prefiro que falte salgado, evitando que sobre e fique armazenado para o dia seguinte.” Em contrapartida, a médica Jussara Lucena reafirma a importância de uma boa conservação dos produtos. “A exposição dos alimentos em locais impróprios aumenta o risco de doenças, onde o principal problema é a disseminação de vermes e bactérias.” E não são raros os casos de clientes dos estabelecimentos dentro da UFPB que sofreram com a má conservação da comida. O estudante de Engenharia Elétrica Felipe Vidal de Negreiros ale-
ga que é muito comum a presença excessiva de bichos que rodeiam o local onde são distribuídos os alimentos. “Já encontrei cabelos na comida e insetos nos sucos, também já tive má aceitação do organismo após a alimentação”. PESQUISAS Em 2005, o professor Walter Moreira Maia Júnior, do Departamento de Tecnologia Química e de Alimentos, orientou a pesquisa “Avaliação da qualidade e segurança alimentar em estabelecimentos comercializadores de alimentos no Campus I da UFPB”, buscando atingir um nível de consumo alimentar aceitável. Por um sistema de check-list, desenvolvido com o apoio da Prefeitura Universitária, ficou constatada a não-conformidade das condições de higiene em 80% do total dos estabelecimentos em todo o campus e irregularidade em 82% deste total com relação ao manejo de resíduos. A pesquisa não foi refeita, logo não se tem dados oficiais de como estão as cantinas da UFPB atualmente. “Investi para que todas as superfícies da minha cantina fossem fáceis de limpar, com vidros e granito. Sempre peço para que meus funcionários utilizem álcool em gel e utilizo organizadores nos freezers, para que alimentos não se misturem”, são cuidados que Nanci lista como básicos para os que tem um comércio alimentício.
Fotos: Flávia Tabosa
Consumidores dividem espaço com animais abandonados em cantinas da universidade
Lixeira muito próxima do local de armazenamento da comida sinaliza riscos à saúde
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esportes
JOÃO PESSOA - PARAÍBA 5 A 11 DE NOVEMBRO DE 2012 Jornal do Laboratório do Curso de Jornalismo da UFPB
UFPB inaugura primeiro centro de atletismo do NE No Brasil, pista com a mesma qualidade só é encontrada no Rio de Janeiro e em Manaus
Ítalo Rômany Após três anos em reforma e R$ 6 milhões investidos, foi inaugurado no último dia 20 de outubro, durante as finais dos Jogos Escolares da Paraíba, o novo complexo de atletismo da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), que conta com uma das pistas de corrida mais modernas do país. A área reformada ocupa 25 mil metros quadrados, e tem como principais novidades a arquibancada coberta com 1.106 lugares, pista para salto em distância, arremessos de peso, dardo e disco, vestiário, sala antidoping e bioquímica, departamento médico, sala para aquecimento e depósito para equipamentos. A nova pista de atletismo é o primeiro passo para a implementação da Vila Olímpica Pessoense, que seguirá com as reformas das piscinas e dos ginásios poliesportivos. A pista foi reconstruída utilizando-se o piso emborrachado sportflex, o mesmo usado nos Jogos Olímpicos de Londres deste ano. No Brasil, só existem duas semelhantes, uma no estádio do Engenhão, no Rio de Janeiro, e outra na Vila Olímpica de Manaus. Dessa forma, a UFPB ajudará a Paraíba entrar na rota para conseguir sediar eventos esportivos de porte internacional. O primeiro, já confirmado, será os 18 Jogos Sulamericanos Escolares, que serão disputados entre os dias 29 de novembro e 6 de dezembro deste ano em Natal (RN). Como a cidade não possui uma pista adequada, a competição de atletismo será disputada em João Pessoa e contará com de mais de 800 participantes entre atletas, técnicos,
Fotos: Bruna Coutinho
Estudante disputa as finais de atletismo dos Jogos Escolares da Paraíba. Obra custou R$ 6 milhões e durou três anos dirigentes e organizadores, de 12 países da América do Sul. VALORIZAÇÃO O novo complexo terá um papel essencial na construção da valorização do esporte e na busca de novos talentos para o atletismo paraibano. É o que ressalta o chefe de departamento de Educação Física da UFPB, professor Valter Azevedo. Outro fator importante é que a população de João Pessoa terá a oportunidade de assitir a grandes eventos da modalidade que antes só eram possíveis pela televisão. O técnico Pedro Almeida (Pedrinho), que já descobriu e treinou grandes talentos, a exemplo de Basílio Emídio, afirmou que, com a reforma da pista finalizada, o atletismo ganhará força dentro do estado, já que não existem incentivos na área. “Essa nova pista vai permitir a criação de escolinhas de atletismo para
crianças e adolescentes. Esses novos atletas terão muito mais ânimo para treinar e eles não precisarão sair do estado para se desenvolver”, disse Pedrinho. Mesmo pensamento teve o secretário de Juventude, Esporte e Lazer da Paraíba, Zé Marco, ao afirmar que investimentos como esse são importantes para a consagração do atletismo no estado. “Esperamos ter atletas, formados aqui, nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016”, comentou. Entretanto nem todos terão acesso à pista para a prática do esporte. Segundo o professor Valter Azevedo, a prioridade será dada aos acadêmicos dos cursos de Educação Física e Fisioterapia da UFPB, aos alunos que participam das escolinhas de atletismo e aos atletas profissionais. “A população em geral não poderá fazer caminhadas como fazem na praia, por exemplo”, afirma. O motivo dessa restrição é evitar o des-
gaste prematuro da pista e aumentar sua durabilidade, exigência feita pela Confederação Paraibana de Atletismo. A estudante de Educação Física Vanessa Araújo afirmou que a UFPB vem ganhando diversos espaços como este de um tempo para cá. “Muitas pessoas acham que o esporte não é importante. Com este novo equipamento teremos a oportunidade de mudar esta realidade em nossa cidade”, diz. Já a estudante do mesmo curso Ana Claúdia criticou o valor da obra. “Infelizmente nosso departamento necessita de várias melhorias. A UFPB poderia ter investido numa qualidade de pista menor. O dinheiro que sobrasse poderia ser usado para recuperar outras áreas, a exemplo dos ginásios esportivos que estão com os pisos desgastados. Torço para que não seja mais um elefante branco”, enfatizou.
estrutura
Opções para manter a boa forma Richardson Gray Disciplina alimentar e regularidade nos exercícios são indispensáveis à manutenção da saúde. Tal afirmação é constantemente evocada por especialistas e atletas para indicar e justificar um modo de vida mais saudável. Nesse contexto, cumprindo o seu papel socioeducativo, a Universidade Federal da Paraíba (UFPB) disponibiliza 17 opções de atividades físicas para os alunos da universidade e para as comunidades externas através do Departamento de Educação Física (DEF) no Campus I de João Pessoa. As atividade disponíveis são: ginastica aeróbica, basquetebol, biodança, dança, handebol, hidroginástica, natação, natação para bebês, atividade física e lazer para a terceira idade, karatê, judô, capoeira, musculação, tênis, natação para asmático, voleibol e futebol. Outra forma de praticar atividades físicas é a utilização das áreas esportivas que são: dois mini campos de futebol, dois ginásios poliesportivos cobertos, duas quadras de futsal descobertas e uma quadra de tênis. As piscinas também fazem parte do complexo, mas são exclusivas para os projetos de extensão. O coordenador do curso de Educação Física, Idelbado Grisi, explicou que o procedimento para utilizar
Fotos: Bruna Coutinho
Quadra vazia demonstra que sistema de acesso à área esportiva precisa ser melhorado qualquer área esportiva é rápido e fácil, mas que existem restrições para alguns locais. “Em caso de estudante, deve-se apenas realizar um requerimento pedindo o local desejado com data e horário e aguardar que rapidamente retornaremos”, explicou. Ele ressaltou que alguns áreas são exclusivas para os alunos ou para os projetos de extensão realizados semestralmente, como a piscina e a academia de musculação. No caso de não aluno, é preciso cadastrar nos projetos de extensões em todo começo de semestre, para assim poder utilizar os benefícios. NA PRÁTICA O aluno do 4º período de Letras,
Édipo Constantino, confirmou o que disse Idelbado e destaca que nunca encontrou dificuldades para utilizar as áreas esportivas do Campus I. “Eu jogo futebol de salão e de campo com duas turmas diferentes e nós nunca encontramos dificuldades para poder utilizá-las. O sistema de reserva sempre funcionou bem e nunca tivemos problemas com isso”. Mas nem todos consideraram o procedimento rápido e fácil destacado pelo coordenador. O estudante do 2° período de Administração, Anderson do Santos, teve dificuldade para conseguir utilizar a quadra de tênis, chegando a desistir após tentar varias vezes. “Fui atrás dos responsáveis com o requeri-
mento nas mãos. Falei com o Valter e ele respondeu que tinha que fazer o procedimento para encontrar um horário disponível e esperar, pois todos os horários estavam ocupados. Mas ao sair do departamento vi a quadra vazia e acabei desistindo de tentar novamente. É desmotivante querer utilizar um local que é disponível para todos e ser impedido”, finalizou o estudante. O chefe do Departamento e responsável pela quadra de tênis, Valter Azevedo, explicou como o aluno deve proceder para utilizar a quadra: “O que deve ser feito é realizar o requerimento e torcer para que exista o horário vago”. Ele lembrou ainda, que os horários disponíveis são de segunda a sexta. “Ninguém vai instalar a rede para você no fim de semana, pois pode ser roubada e geralmente não fica ninguém, portanto você só pode jogar de segunda a sexta até às quatro horas”, explicou Mesmo com todas as facilidades anunciadas pelo coordenador do curso, o que se vê na realidade é que o sistema apresenta falhas e precisa ser aperfeiçoado para atender a todos, pois alguns alunos conseguem com facilidade um local e outros não, apesar de tentar exaustivamente utilizar uma das áreas disponíveis.
Handebol feminino leva prata nos JUBS Marcelo Napolis A equipe de handebol feminino da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) conquistou a medalha de prata nas Olimpíadas Universitárias JUBS 2012, disputado em Foz do Iguaçu, no Paraná entre 18 e 27 de outubro. As meninas foram derrotadas na final pela forte equipe do Universo, do Rio de Janeiro, por 31 a 10 e ficaram com o vice-campeonato da segunda divisão, garantindo o acesso para a elite do handebol universitário feminino em 2013. O treinador Sílvio Lago ficou entusiasmado com o resultado obtido por suas atletas: ”Nossa conquista foi maravilhosa. Não foi fácil. Nós enfrentamos equipes fortes, como a do Universo, que tem jogadoras atuando na Liga Nacional. Por isso, estou muito contente”, afirmou. A Paraíba terminou as Olimpíadas Universitárias com a melhor campanha dos últimos dez anos. As equipes que representaram o estado retornaram do Paraná com sete medalhas conquistadas. Foram três de ouro (futsal masculino, futsal feminino e atletismo), três de prata (handebol feminino e duas no atletismo) e uma de bronze (atletismo). A delegação paraibana foi composta por 106 atletas, sendo 36 da UFPB, que competiram no voleibol masculino e feminino, handebol feminino, natação e judô. Como comparação, Amazonas e São Paulo foram os estados com as duas maiores delegações, com um total de 143 atletas inscritos. A cidade paranaense sediou esse ano pela primeira vez as Olimpíadas Universitárias Brasileiras. Cerca de 4 mil pessoas, entre atletas, técnicos e dirigentes, desembarcaram na cidade para disputar oito modalidades masculinas e femininas: basquete, futsal, handebol, vôlei, atletismo, judô, natação e xadrez. História Os Jogos Universitários Brasileiros foram regulamentados pelo Decreto-Lei nº 3.617, de 15 de setembro de 1941. No inicio os jogos eram disputados de dois em dois anos. A partir de 1968, eles deixaram de ser bienais e passaram a ser anuais. Na década de 1990 houve problemas financeiros no repasse de dinheiro do Ministério dos Esportes para a realização dos Jogos e eles deixaram de ser realizados por alguns anos. A partir de 2005, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) assumiu a organização do evento em parceria com a Confederação Brasileira de Desportos Universitários. Nesse ano foi realizado o 53º JUBS em Recife-PE, a partir dessa competição os Jogos Universitários passaram a ser chamados de Olimpíadas Universitárias Brasileiras. O objetivo do COB era popularizar e dar maior visibilidade à competição com a mudança do nome.
cultura
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Produções paraibanas ganham destaque em festivais de cinema Cineastas premiados e renomados no meio audiovisual da Paraíba falam sobre a condição atual do setor em nosso estado Phillipe Xavier O cinema paraibano tem passado por grandes transformações. Iniciativas de profissionais gabaritados e de jovens cineastas vêm chamando a atenção de apreciadores da sétima arte, ao mesmo tempo em que garantem fôlego às novas produções. Como ações que contribuem para essa nova conjuntura, poderiam ser citados os investimentos de órgãos como o Fundo Municipal de Cultura (FMC), o Fundo de Incentivo a Cultura (FIC), do Governo do Estado, e de entidades ligadas às artes, além do acesso a tecnologia e da criação de novos cursos superiores que visam capacitar interessados em atuar na área. O resultado é o prestígio e a participação cada vez maior de curtas e longas-metragens feitos aqui em festivais no Brasil e no exterior. Bertrand Lira, professor do departamento de Mídias Digitais da UFPB, é um dos exemplos de paraibanos renomados que adquiriram respeito no meio do audiovisual. Um de seus últimos trabalhos, o documentário “O Diário de Márcia”, esteve presente na 14ª edição do Festival Internacional de Cinema LGBT da cidade de Tessalônica, na Grécia, e no 28º Festival Ibérico e Latinoamericano de Lyon, na França. “O festival é um espaço, um lugar importante para a exibição e para fazer esses filmes, no caso curtas, chegarem ao público; também é um lugar para contatos e divulgação da sua arte entre outros profissionais”, observa Bertrand. Segundo ele, grande parte do prestígio que a Paraíba está tendo
Foto: Marina Cavalcante
produtor cultural do Pólo Multimídia da UFPB, se diz otimista. “Estamos vivenciando um momento bastante estimulante em que muitas pessoas querem dedicar-se ao ato de fazer cinema, isso é ótimo”, comemora. “Além disso, a abertura de editais para captação de recursos e de espaços para profissionalização e capacitação traz entusiasmo e motivação àqueles que pretendem viver de sua arte”, reforça Arthur.
Professor Bertrand Lira teve muitas de suas produções presentes em eventos cinematográficos de grande importância no setor vem das participações frequentes de obras oriundas daqui em premiações; mais uma razão seria a facilidade do acesso a meios tecnológicos e a ascensão de equipamentos digitais, que têm impulsionado e gerado interesse de jovens e pequenos produtores. “O digital fez com que a produção se democratizasse; hoje, as pessoas podem se expressar com celulares e câmeras amadoras”, constata Bertrand. Ainda sobre o tema, ele exemplifica os efeitos de tais configurações: “um aluno do curso de Rádio e TV fez um curta-metragem utilizando apenas uma fita MiniDV
e ganhou o prêmio de 15 mil reais do Canal Brasil no Festival de Cinema de Pernambuco”. Gerações distintas Operando como realizador de ampla importância, o cineasta Marcus Vilar, que já desempenhou atividades de grande impacto para o audiovisual paraibano, tem no currículo obras notáveis como “A Canga” e “O Senhor do Castelo”. De acordo com ele, a posição de destaque alcançada pelo cinema de nosso estado não vem de hoje; foram diversas as produções que abriram caminho para o atual contexto. “As gerações passadas foram fun-
damentais para que o cinema paraibano atingisse esse patamar; trabalhos de Walfredo Rodrigues, na década de 20, e de Linduarte Noronha, cuja obra de maior repercussão foi o premiado ‘Aruanda’, de 1959, encontram-se entre os principais materiais que obtiveram reconhecimento no Brasil e no exterior e ajudaram a sedimentar a arte de novos profissionais do ramo”. Com filmes como “O Plano do Cachorro” e “Um Fazedor de Filmes”, Arthur Lins está entre os jovens que vêm se firmando como uma das promessas para a nova fase do cinema paraibano. Ele, que é
Outras iniciativas Ações importantes para a afirmação do cinema não ocorrem apenas através da concretização dos projetos, mas também pelas formas de difusão das obras. O Tintin Cineclube, que acontece na Fundação Espaço Cultural da Paraíba (Funesc) todas as quartas-feiras, às 19h30, é um exemplo de iniciativa que permite que curtas e longas-metragens – paraibanos, nacionais e internacionais –, muitas vezes produzidos de forma independentes e fora do circuito, estejam ao alcance da população. Liuba de Medeiros, coordenadora do Tintin, explica um pouco da força que a atividade tem entre os cinéfilos daqui: “nosso cineclube é de grande valor para a cidade e para o estado porque, além de ser o que se mantém há mais tempo, apresentou a muita gente o cinema feito na Paraíba”. Com oito anos de existência, o Tintin Cineclube procura, ainda, promover diálogos entre diretores, produtores e os demais interessados. Para juntar-se ao grupo, é só ter boa vontade e estar disposto a conhecer mais sobre a sétima arte; a experiência promete ser enriquecedora
Tecnologia promete revolucionar a sétima arte Virgínia Duan No mercado da tecnologia, os brasileiros encontram-se eufóricos para adquirir televisões com resolução em FULL HD, o chamado “cinema em casa”. Mas poucos sabem que uma nova tecnologia é capaz de reproduzir imagens em uma qualidade cinco vezes superior à da TV mais moderna do mercado, seu nome: 4K. Na Universidade Federal da Paraíba (UFPB) esta tecnologia é um dos focos de trabalho do Laboratório de Aplicações de Vídeo Digital (LAViD), grupo que reúne amantes da informática e do cinema com objetivo de unir técnica e arte para um melhor aprimoramento dessa mídia digital. Manoel Silva, bolsista do Projeto de Cinema ligado ao LAViD, alega que sua maior motivação para trabalhar com a tecnologia 4K foi o fato de ela proporcionar uma maior democratização do acesso ao conteúdo digital. “A ideia inicial do projeto dos pesquisadores do laboratório foi desenvolver soluções baratas para armazenamento, transmissão e exibição de vídeos de altíssima resolução que permitissem a disseminação de salas de cinema 4K
por todo o país, levando em conta as limitações atuais da infraestrutura da Internet e seu custo elevado de utilização”, afirmou. A imagem com resolução 4K (4096 linhas por 2160 colunas) representa um avanço de resolução no campo cinematográfico, pois proporciona um maior armazenamento de informações, garantindo uma melhor qualidade visual do filme. O LAViD está tendo suas pesquisas bem aceitas em cada evento que participa. “O nosso projeto relativo ao tratamento de imagens em 4K encontra-se em fase de especificação de um repositório, que irá permitir o armazenamento e a distribuição de vídeos de altíssima qualidade. Nele, serão implementados técnicas que ajudarão a garantir a preservação da integridade das imagens ao longo do tempo; também serão adotadas políticas de segurança para impedir cópias não autorizadas no processo de distribuição dos vídeos para as salas de cinema”, explicou Manoel. Custo-benefício Como a tecnologia é voltada para uma melhor qualidade do cinema, o pesquisador do LAViD
e cineasta Carlos Dowling, tem uma visão teórica e prática do assunto. Para ele, esta inovação do vídeo digital veio facilitar a produção do cinema paraibano. “O cinema digital cria facilidades em diversos aspectos para o cinema produzido na Paraíba pelo barateamento nos modos de captação e pós-produção de imagens e sons, e, também. pela efetivação de redes digitais de exibição audiovisual, favorecendo e facilitando a propagação e circulação das obras locais”, esclarece Downling. Sobre o custo de produção através da tecnologia 4K, Manoel concorda com Dowling e reafirma o poder econômico desta inovação para o cinema: “com a substituição dos filmes em película por imagens gravadas no formato digital, o custo de produção de vídeos cai consideravelmente; os discos rígidos e as memórias flash estão continuamente aumentando suas capacidades de armazenamento, tornando viável a utilização de tais meios para a gravação de vídeos de alta resolução. A distribuição poderá também ser barateada com a utilização de redes de computadores como a Internet”. Há quem diga que o cinema
Foto: Flávia Tabosa
Manoel Silva, um dos responsáveis pelo desenvolvimento da tecnologia 4K digital – principalmente após o desenvolvimento da tecnologia 4K – vá substituir a película, e há pessoas, como Carlos Downling que acreditam que esta substituição não irá ocorrer, surgindo apenas um interesse particular na
estética que cada recurso oferece. Mas no meio de tantas discussões, um fato é inegável: a tecnologia 4K tornou-se preferência para o cinema e sua consolidação no mercado está cada vez mais forte e abrangente.
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cultura
JOÃO PESSOA - PARAÍBA 5 A 11 DE NOVEMBRO DE 2012 Jornal do Laboratório do Curso de Jornalismo da UFPB
Editora Marca de Fantasia lança revista acadêmica sobre HQs Em sua terceira edição, Imaginário! explora universo dos quadrinhos através de projetos, ensaios, artigos, resenhas e entrevistas Jéssica Figueiredo Superman, Batman, Sandman, Hellblazer, X-Men, Liga da Justiça. Esses são apenas alguns dos personagens que compõem milhares de histórias em quadrinhos publicadas ao redor do mundo. Personagens únicos, que hoje fazem parte do gosto pessoal de milhões de pessoas e as inspiram a criar suas próprias histórias. Foi procurando uma forma de publicar e divulgar estas novas e independentes histórias que Henrique Magalhães, professor do departamento de Mídias Digitais, criou a Marca de Fantasia, editora paraibana especializada em lançar livros e HQs no mercado. “A Marca existe desde 1995, publicando obras de artistas paraibanos, nacionais e até internacionais. A editora sempre contou com o apoio da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), até porque ela foi fundada a partir do nosso grupo de pesquisa, porém, quase nenhuma das publicações que lançamos vem de pessoas da universidade”, conta o professor. Responsável por promover o diálogo das produções dos alunos com o universo dos quadrinhos, a Marca de Fantasia lançará neste mês de novembro a terceira edição da revista Imaginário!, publicação que reúne materiais
produzidos pelos alunos. Artigos, pesquisas concluídas, resenhas e ensaios que analisam as HQs sob um ponto de vista acadêmico e analítico integram a revista, que tem sua divulgação somente no meio virtual. “Fazer a revista apenas em versão eletrônica foi uma decisão do nosso grupo; nós percebemos que, com a revista saindo apenas na internet, ela ganharia um alcance muito maior, além de eliminar os custos com a impressão e divulga-
ção”, explica o professor. A revista também abre espaço para alunos de outros cursos da universidade que tenham interesse em argumentar e escrever sobre quadrinhos e fanzines. “Nós já recebemos materiais de alunos de outros cursos da UFPB, inclusive até de outras universidades, e alguns deles já entraram para a revista”, conta Henrique. O professor afirma que o conteúdo recebido passa por um “crivo editorial”, que observa os critérios do tex-
Foto: Giovanna Ismael
Professor Henrique Magalhães, responsável pela editora Marca de Fantasia; capa da primeira edição da revista Imaginário!
Nova sala de concertos é construída na UFPB Até o final deste ano, a escola de música da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) terá um grande auditório que servirá como sala de concerto. Para isso, estão sendo realizadas diversas obras no local e a intenção é duplicar as atuais instalações do Departamento de Música (Demus) e Departamento de Educação Musical (Dem). O novo espaço, que terá o nome do famoso maestro paraibano Radegundis Feitosa, falecido precocemente em um acidente de trânsito em julho de 2010, contará com 312 lugares, fosso para orquestra e um grande palco; o principal objetivo é que a sala seja utilizada para a realização de diferentes espetáculos musicais. De acordo com o subchefe do Departamento de Música, Marcílio Onofre, a sala de concerto inaugurará suas atividades ainda este ano com grupos musicais dos Departamentos de Música e de Educação Musical. “Estamos marcando eventos para novembro com a esperança de que a primeira fase da construção da sala de concerto esteja pronta”, afirma. O auditório Gerardo Parente, localizado no Demus, é atualmente o único espaço para os alunos se apresentarem e tem estado sobrecarregado com a abertura dos novos cursos de música. Com a nova obra sendo concluída, apenas os pequenos concertos, como recitais, acontecerão no antigo local. Projeto que está sendo desenvolvido desde 2008, a Sala Radegundis Feitosa será de uma importância
Visão acadêmica Tanto a revista quanto o grupo de pesquisa - que discute não só sobre
Foto: Melissa Fontenele
música
Rafael Andrade
to e seleciona os mais adequados para aquela edição. Depois, há um processo de diagramação e a disponibilização na internet. “A revista fica aberta para divulgação e, quem quiser, é só me mandar um e-mail pedindo as edições antigas, que envio; infelizmente, nosso site não tem estrutura para colocar todas”.
Foto: Marina Cavalcante
Primeira fase das obras da sala de concertos deve estar finalizada até o final deste ano significativa não só para o Demus, mas para toda comunidade musical da Paraíba, pois é a primeira sala de concerto no estado. “O que a gente quer é, de fato, dar para a sociedade um espaço acolhedor, onde todos possam assistir nossos concertos de uma maneira confortável, e, da mesma forma, oferecer aos nossos alunos um espaço mais próximo de um ambiente real, ou seja, das salas de concertos do Brasil e do exterior”, explica Marcílio. Os alunos Wellinton Lima e Celso Augusto, da Escola de Música, serão alguns dos beneficiados com as novas salas e falam de suas expectativas. “Antes, a gente possuía apenas um auditório para todos os alunos, com dificuldade de marcar pauta, tanto para fazer ensaio como para apresentação; um espaço a mais vem em boa hora”,
analisa Wellinton. Celso complementa: “musicalmente ganharemos muito porque teremos a experiência de tocar numa sala de concerto onde a acústica foi pensada para favorecer a música”. Programação Enquanto a universidade presencia poucos eventos musicais, a construção da sala de concerto também pretende acrescentar mais atividades no campus durante os finais de semana: “nós queremos fazer concertos aqui aos sábados e domingos sem que seja preciso abrir a Escola de Música; ou seja, as pessoas que vão assistir o concerto não precisarão passar pelo departamento, apenas entrarão na sala de concerto.”, planeja Marcílio. Os concertos realizados na sala Radegundis Feitosa serão gratuitos e abertos ao público em geral.
quadrinhos, mas também sobre humor e jogos de videogame - serve como ponto inicial para os estudantes que estão procurando um primeiro contato com textos acadêmicos. Foi o caso da Paloma Diniz, estudante que confessou ter aprendido a escrever resenhas e artigos depois de entrar para o grupo. “Com apoio deles, eu aprendi a fazer projetos e seminários e até fui selecionada para apresentar no Congresso Viñetas Serias, na Argentina; já tive um artigo e uma resenha publicada na revista e isso ajudou muito na minha vida acadêmica”, conta. A relevância da Marca de Fantasia ultrapassa as extensões da universidade, e ganha valor também em território nacional, é o que explica Manassés Filho, dono da principal loja de quadrinhos da capital, a Comic House. Segundo ele, a editora tem uma importância crucial para as publicações da cidade. “A Marca é a porta de entrada para escritores e ilustradores paraibanos ganharem reconhecimento nacional, até porque Henrique é um editor cuidadoso que trata o livro como uma obra de arte”, elogia. A terceira edição da revista Imaginário! recebe materiais acadêmicos até o dia15 de novembro e pretende ser lançada em dezembro deste ano.
mundo virtual
Site resgata memória histórica de João Pessoa Samara Araújo O site Memória João Pessoa, desenvolvido por alunos da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), promove o resgate histórico cultural da capital paraibana. Em entrevista ao Questão de Ordem, uma das professoras responsáveis pelo projeto, Maria Berthilde Moura Filha, do Departamento de Arquitetura, afirmou que, além do resgate, ele tem como objetivo levar informações a toda a população. “O que queremos é que este tipo de informação produzida no meio acadêmico se torne útil para conscientizar a população sobre a necessidade de preservar a cidade e sua história, fazendo do site uma ferramenta de educação patrimonial”, afirma. Berthilde ainda relata que a iniciativa surgiu a partir do próprio trabalho de graduação que já trazia um inventário sobre todos os edifícios que são tombados na cidade. O site está no ar desde 2007, mas foi só a partir de 2011 que ganhou colaboradores capacitados que puderam melhorar o design da página, solucionando os problemas técnicos que a mesma apresentava por ter sido iniciada sem o devido apoio de pessoas da área de informática. Em caráter geral, o conteúdo do portal “é definido mediante pesquisas já desenvolvidas no curso de arquitetura da UFPB, ou pela evidência que estão tendo no momento, a exemplo da igreja da Misericórdia, em função de sua recente restauração, ou o Ponto de Cem Réis,
pelo mesmo motivo”, pontua a coordenadora Maria Berthilde. Conhecendo o site Através de um passeio virtual pela página, é possível tomar conhecimento do patrimônio que registra a história e a memória da cidade de João Pessoa. Os alunos têm a preocupação de mostrar detalhadamente os edifícios mais significativos e os sítios urbanos que dão identidade à cidade. Além disso, o site conta com fotos, vídeos produzidos e editados pelos próprios alunos, e, também, com uma editoria voltada para eventos que acontecerão na cidade. O Memória João Pessoa contém informações que podem ser úteis àqueles que estudam o patrimônio de João Pessoa, aos cidadãos que desejam conhecer um pouco mais sobre sua cidade e àqueles que aqui chegam atraídos por um local que guarda em sua arquitetura parte significativa da sua história. O projeto está vinculado ao programa de bolsas de extensão e a seleção do alunado participante conta com prova específica da extensão, avaliação do Coeficiente de Rendimento Escolar (CRE) e entrevista com os coordenadores do projeto, os professores Maria Berthilde e Ivan Cavalcanti Filho. O site firmou parcerias com o Instituto do Patrimônio Histórico Artístico e Nacional (Iphan) e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba (Iphaep), mas apenas a nível divulgação do site. Ele pode ser acessado no endereço: www.memoriajoaopessoa.com.br.
cultura Breves Milagre
Após fazer a “última oração” para o reitor, em 2011, os alunos do curso de Mídias Digitais tiveram suas preces atendidas: o prédio do Departamento de Mídias Digitais finalmente foi inaugurado em 1º de novembro. A unidade de 1.000 m² atenderá cerca de 180 alunos em estrutura que conta com quatro salas de aula, laboratórios de informática, web imagem digital e edição. Na primeira quinzena deste mês, o reitorado de Rômulo Polari encerra, mas ele promete a inauguração de todas as outras obras do Reuni previstas para este ano.
Coloridos
Ligado ao Programa de PósGraduação em Comunicação, um grupo de pesquisadores iniciou um concurso que tem por objetivo fomentar a discussão e a produção artística sobre as relações entre o mesmo sexo, o “HQ e Homossexualidade”. No dia 9 de outubro foram selecionadas 15 histórias entre as 23 inscritas, considerando a pertinência ao tema do concurso, a originalidade da arte e a clareza narrativa, com autores brasileiros e estrangeiros. As obras entrarão num álbum a ser editado ainda este ano pela editora Marca de Fantasia.
Supletivo O Centro de Educação da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) oferece no Campus I o curso de supletivo gratuito, com duração de 1 ano e 2 meses, para pessoas com mais de 18 anos. As inscrições estão abertas de 5 a 26 de novembro no Núcleo de Educação de Jovens e Adultos, entre 8h e 20h. Serão disponibilizadas 100 vagas no período da tarde e 80 no período da noite para aulas que começam em 26 de novembro.
Periódicos UFPB lançou um novo portal de periódicos científicos eletrônicos. A página, que passou por sua segunda reformulação, tem visual inspirado na pedra de Ingá (PB) e oferecerá aos usuários um layout mais amigável e tráfego mensal de dados, a partir da página, da ordem de 4GB utilizando a última versão do Open Journal System (OJS), software livre. O portal tem como objetivo disponibilizar periódicos científicos elaborados por pesquisadores da instituição para a comunidade científica nacional e internacional. A iniciativa é da Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa em parceria com o Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação.
Minicurso
Será realizado de 12 a 14 de novembro na UFPB o minicurso sobre o cientista político Antônio Gramsci, abordando a sua filosofia da práxis (como ele chama o Marxismo). Promovido pelo Programa de Pós-Graduação em Direitos Humanos, Cidadania e Políticas Públicas, em parceria com o Núcleo de Direitos Humanos (NDH), o evento ocorrerá no auditório da Central de Aulas do CCHLA no campus I. As inscrições são gratuitas e estão abertas na Secretaria do programa de pós-graduação. Qualquer interessado pode participar.
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Direito e arte se encontram em livro indicado a prêmio
“A Cegueira da Justiça”, do professor Marcilio Franca, fica entre os dez melhores livros jurídicos do Jabuti Melissa Fontenele
Foto: Melissa Fontenele
Em 1959, era realizada a primeira edição do Prêmio Jabuti de Literatura, promovido pela Câmara Brasileira do Livro. De lá para cá, nomes como Jorge Amado, Clarice Lispector, Carlos Drummond de Andrade e Chico Buarque estiveram entre os contemplados com a estatueta. São 54 anos de história e 29 categorias que garantem ao Jabuti o título de maior e mais completo prêmio de literatura nacional. A lista dos finalistas deste ano incluiu “A Cegueira da Justiça – Diálogo Iconográfico entre Arte e Direito”, livro de autoria do professor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e procurador Marcilio Franca. A obra, indicada na categoria Direito, faz uma análise de como a venda e a visão de Têmis, a deusa grega da justiça, foram representadas ao longo dos séculos pela arte ocidental. Em seu gabinete, no Tribunal de Contas do Estado, o professor Marcilio recebeu a equipe do Questão de Ordem para uma conversa sobre sua indicação, seu livro e projetos futuros. Questão de Ordem: “A Cegueira da Justiça” foi eleito um dos dez melhores livros jurídicos do ano pelo Prêmio Jabuti. Qual foi a importância de estar entre os indicados? Marcilio Franca: Eu fiquei muito feliz, porque é um prêmio de bastante prestigio na literatura nacional. Ser um dos dez mais importantes do ano já me deixa honradíssimo. O fato de não ter escrito exatamente um livro técnico, e sim um livro que foge do padrão por tratar de uma área pouco explorada no Brasil, mostra uma abertura da indústria editorial para novas possibilidades do direito falar com a cultura. QO: O que a indicação ao Prêmio Jabuti representou na sua vida profissional e pessoal? MF: Profissionalmente, a indicação ao prêmio me deu chance de conversar com mais pessoas, abriu novas janelas de oportunidades, novos diálogos com professores de outras cidades, alunos interessados. Pessoalmente, foi ter meu trabalho reconhecido no meio de tantos, como uma legitimidade da minha pesquisa. Uma indicação como essa dá respaldo, indica que você está no caminho certo. QO: Em sua opinião, quais foram os itens analisados para que o livro fosse indicado? MF: Eu acho que o júri certamente ficou interessado pelas novas perspectivas que eu menciono, detectando a contradição de que o direito é cada vez mais visual, mas a representação da justiça ainda está de olhos vendados. Por que essa contradição? Isso pode ter despertado o interesse do júri. QO: No livro é abordada a relação entre arte e direito. Como funciona essa interação? MF: Há muito tempo eu me interesso por esse diálogo e percebi que essa relação existe em pelo menos quatro modalidades diferentes: o direito que cuida da arte, como normas que dizem respeito à propriedade intelectual do artista; a arte que cuida do
Professor Marcílio Franca, um dos finalistas ao prêmio Jabuti com o livro “A Cegueira da Justiça”, que trata da relação entre Direito e arte direito, com filmes e romances; a arte como um direito, em que se pode usufruir da literatura, pintura, etc; e, por fim, aquela que vê o próprio direito como uma arte, a arte de convencer, de persuadir. O livro trata de como a arte vê o direito e como representa Têmis, a deusa da justiça. QO: Como foi o processo para construir essa relação? MF: O livro foi sendo amadurecido ao longo dos últimos seis anos. Eu sempre estudei fora, então quando visitava um museu ou uma biblioteca e via alguma imagem interessante, eu registrava. O livro foi construído com bibliografia de diversas origens, dada a essa multiplicidade de lugares por onde passei. Não é muito habitual juristas tratarem dessa relação entre arte e direito. Na verdade, no Brasil, é raríssimo. Por isso, o processo de criação do livro foi vagaroso.
QO: O seu livro foi escrito em vários lugares, como Paris, Veneza, Florença e Londres. Depois dessas vivências, sua ideia original sofreu mutações? MF: Ah, sim. Ao longo do caminho, o projeto inicial foi completamente reformulado. Eu sempre brinco com meus alunos dizendo que a importância de um projeto de pesquisa não é fixar o seu ponto de chegada, é fixar seu ponto de partida. Como você vai construir seu caminho, é sua caminhada que vai estabelecer. A princípio, achei que o livro ia seguir uma direção, mas fui surpreendido pelo resultado. Um exemplo foi o quadro do pintor paraibano Flávio Tavares. Fui visitar um amigo e na porta do seu escritório estava esse quadro da Justiça, daí saiu boa parte de um dos capítulos do livro.
Não é habitual juristas tratarem da relação entre arte e direito. No Brasil, é raríssimo.
QO: O interesse pelo direito como arte surgiu de que forma? MF: O interesse surgiu a partir do momento em que eu constato que durante muito tempo a deusa da justiça foi retratada com boa visão, e apenas a partir do século XV é que houve uma mudança e a deusa passa a ser costumeiramente mostrada com uma venda. Cada vez mais, advogados e juízes se valem de estratégias visuais nas salas de audiências e mesmo assim a justiça continua sendo representada dessa forma. A partir desse paradoxo, me interessei em estudar o porquê dessa venda, em que momento ela desaparece, se é negativa ou positiva.
QO: O senhor já publicou outros livros, mas nenhum segue a linha de “A Cegueira da Justiça”. Como foram recebidas as críticas? MF: Esse livro foge de todos os meus livros publicados por causa desse viés cultural. Entretanto, apesar dos outros serem livros mais técnicos, eles possuíam influências artísticas. No livro “O Silêncio Eloquente”, eu trato de conceitos jurídicos utilizando exemplos de óperas e artes visuais. Esse último livro, de fato, é o mais cultural, tanto que ele abriu-se a um público não necessariamente jurídico e o retorno que tenho recebido é muito interessante. O livro, inclusive, foi muito bem recebido pelos artistas.
QO: Então isso aproximou os artistas dos juristas. MF: Um dos leitores ficou surpreso, pois nunca imaginou qualquer tipo de ponto de contato entre artes e direito. No máximo, o fato do direito cuidar da censura ou plágio, mas sempre para o lado negativo. Ele foi surpreendido por esse tipo de leitura. QO: O direito é visto como uma ciência racional, enquanto a arte é uma manifestação emocional. O senhor acha que um dia os dois poderão ser vistos próximos? MF: Eu acho que sim. Essa ideia de que o direito é algo puramente lógico, perde a cada dia mais força diante da constatação óbvia de que o direito e a arte tem uma raiz comum, a cultura humana. Como falei, há quatro pontos de contato entre arte e direito, mas na verdade a principal lição que tirei ao concluir o livro é que há um quinto modelo de interação: a arte que fala ao direito, sem falar do direito. É possível tirar uma grande lição para uma questão jurídica qualquer num livro de literatura ou num poema. QO: Algum novo projeto em vista? MF: Sim, na verdade eu estou me dedicando a alguns outros escritos. Esse trabalho inicial sobre as relações entre direito e cultura me levou a estudar o ponto de ligação entre os sistemas comunicacionais escritos e pictóricos e ao conceito de traço e linha. A princípio pode parecer mais uma viagem filosófica, mas é um conceito fundamental ao direito e a cultura humana em geral. QO: O senhor acredita que ainda há espaço para o livro no mundo midiático em que vivemos? MF: Eu acredito que sim. A tecnologia incorpora novas mídias e não as elimina, o prazer físico de ter um livro continua perdurado por muito tempo. Eu sou um otimista.
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passatempo
JOÃO PESSOA - PARAÍBA 5 A 11 DE NOVEMBRO DE 2012 Jornal do Laboratório do Curso de Jornalismo da UFPB
Quem acompanha as edições do Questão de Ordem deve ter percebido a mudança que ocorreu nesta última página. A equipe, depois de muito refletir e tentar buscar ideias que pudessem contribuir para a melhoria do jornal, optou por transformar uma seção que antes era
Jogo dos sete erros
dedicada a textos livres em uma página de lazer. O objetivo desta modificação é proporcionar a você, leitor, momentos de diversão e descontração. Diversos jogos e passatempos que utilizam a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), a rotina acadêmica e outros elementos
do cotidiano estudantil como temas foram desenvolvidos com o intuito de tornar a experiência deste espaço muito mais agradável. Esperamos que nossa missão seja cumprida e que você consiga tirar o máximo proveito das atividades que propomos aqui. Mãos à obra!
Foto: Melissa Fontenele
Resposta: Janela na esquerda; brasão da UFPB na ambuância; luz vermelha na ambulância; ar-condicionado na parte de cima; aviso de proibição ao fumo; flor no jardim; ar-condicionado embaixo da janela da direita.
Caça palavras
Palavras-cruzadas 1- Um dos campi da UFPB; 2- É uma cidade da Paraíba; 3- É como chamamos popularmente a cópia que tiramos de algum material; 4- Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes; 5- Não faça a prova sem ela; 6- São trabalhos que muitos apresentam em eventos acadêmicos; 7- Quando as aulas são longas, ele se faz necessário; 8- Programa do Governo Federal brasileiro de apoio a planos de reestruturação e expansão das universidades federais; 9- É uma atividade que muitos desenvolvem durante a graduação; 10- A maioria dos alunos de medicina e fisioterapia passam por ela após se formarem; 11- Sentimento que muitos alunos sentem quando o semestre está próximo de terminar; 12- Centro de Ciências Exatas e da Natureza; 13- Augusto dos (?), poeta paraibano; 14- Seis meses; 15- Considerado um trabalho de conclusão de curso; 16- Vamos para lá quando precisamos estudar ou pegar algum livro; 17- É o que recebemos quando nos formamos; 18- Meio de transporte que diversos alunos da UFPB utilizam; 19- Muitos, quando ingressam na universidade, passam por ele; 20- Alguns recorrem a ele quando precisam fazer trabalhos; 21- Menor nota possível; 22- Quando não fazemos uma das avaliações, podemos apelar para ela; 23- É um tipo de pós-graduação; 24- Para descansar, todos esperam ansiosamente por ele; 25- Cuidado, ela pode nos fazer reprovar.
ATLETISMO – CANTINA – CENSO – CINEMA – COTAS ECONOMIA – FISCAL – GREVE – HISTÓRIA – INTERCÂMBIO LEI – LIVRO – MATRÍCULA – OBRAS – PESQUISA PROFISSIONAL – PROJETO – REITORIA – TENCOLOGIA
Respostas: 1- Bananeiras; 2- Cabedelo; 3- Xerox; 4- CCHLA; 5- Caneta; 6- Artigos; 7- Intervalo; 8- REUNI; 9- Estágio; 10- Residência; 11- Desespero; 12- CCEN; 13- Anjos; 14- Semestre; 15- Monografia; 16- Biblioteca; 17- Diploma; 18- Ônibus; 19- Trote; 20- Google; 21- Zero; 22- Reposição; 23- Mestrado; 24- Feriado; 25- Falta.
Quadrinhos
Você sabia? Atualmente, a UFPB tem 29.629 alunos matriculados e distribuídos em 95 cursos.
A Universidade Federal da Paraíba tem 57 anos.
A área total do campus I da universidade é de 1.616.500 m².
A Biblioteca Central conta com cerca de 400 mil livros.
A universidade tem 3.885 servidores técnico-administrativos.