Segurito 55

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Manaus, Abril 2011 – Edição 55 – Ano 6

PLANEJAMENTO NA OHSAS 18001:07 C

omo todo sistema de gestão a OHSAS 18001 têm por principal objetivo padronizar a realização das atividades para facilitar seu gerenciamento e controle. Nesta norma para gestão da saúde e segurança do trabalhador, o planejamento é dividido em três etapas: Avaliação de Perigos e Riscos, Requisitos Legais e Objetivos e Programas.

Vejamos cada etapa: - Avaliação de Perigos e Riscos: neste requisito a empresa deverá realizar uma varredura para identificar todos os perigos que afetam as pessoas envolvidas com a empresa (empregados, terceirizados e visitantes) e indicar os prováveis danos. Estes perigos podem ser no interior ou no exterior da empresa, existentes ou futuros (sempre temos como antecipar por meio da gestão de mudanças). Após este levantamento iremos estabelecer algum critério de significância (pontuar os

perigos) para que possamos organizar como vamos priorizar a correção dos problemas. Apenas com este item já temos serviço para toda a nossa vida na empresa, pois não é uma avaliação estanque, deve estar sempre sendo atualizada. Mas este é só começo do trabalho. O segundo item é referente aos Requisitos Legais, para atender a este requisito devemos ter um sistema que nos mantenha atualizados em relação a toda a legislação vigente relacionada às atividades da empresa referentes a saúde e segurança do trabalho. A partir desta atualização devemos realizar o acompanhamento para manter a empresa de acordo. Neste item também estão inclusas as normas internas que forem estabelecidas. Por último temos o requisito relacionado aos Objetivos e Programas. Com base nas etapas anteriores e no conhecimento que temos da empresa podemos estabelecer objetivos para que todo este planejamento tenha um resultado, para isso devemos estabelecer os prazos e os indicadores para que periodicamente possamos avaliar o nosso desempenho. Por último, os programas. A princípio podemos lembrar do PPRA, PCA, PPR, etc. Porém, além dos programas tradicionais, vamos analisar a necessidade de programas específicos, o que ficará explícito caso tenhamos realizado uma boa avaliação de perigos e riscos.

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GINASTICA LABORAL A

ginástica laboral é uma atividade para complementar as demais ações da empresa em relação a prevenção de doenças osteomusculares. No entanto, é comum ser totalmente desvirtuada de seu objetivo, apenas com o intuito de servir de argumento positivo em uma fiscalização, auditoria ou perícia judicial. Vamos aos fatos: você pagaria um contador para realizar a avaliação psicológica de um trabalhador? Acho que não. Então, por que boa parte das empresas insiste em colocar estagiários, técnicos de segurança, líderes de produção ou até mesmo apenas um rádio ligado como responsáveis em realizar esta atividade a qual deveria ser direcionada para um educador físico ou fisioterapeuta? Também não tenho uma resposta aceitável. Mas digamos que contratamos o profissional indicado, ainda assim será preciso seguir algumas etapas para uma ginástica eficiente.

Primeiro, é bem pouco provável que uma única sequência de exercícios seja adequada para toda a população da empresa, em geral, é necessário avaliar todas as atividades e realizar exercícios para fortalecer, relaxar ou aquecer de acordo com o movimento realizado em cada grupo de postos de trabalho. Depois que realizamos este diagnóstico e definimos as escalas de setores, acabamos tendo outro problema, a falta de motivação de

parte dos colaboradores em relação a ginástica. Não podemos chegar com um produto novo esperando que todo mundo compre, é preciso saber vender o peixe. Realizar palestras orientando sobre os benefícios da ginástica, explicar que a empresa está realizando um investimento na saúde do colaborador, ter uma reunião com os gestores explicando da necessidade de eles realizarem a ginástica para servirem de exemplo e, se possível, algum tipo de incentivo para os colaboradores. Além disso, mesmo quando conseguimos uma boa adesão inicial, o problema será conseguir manter a motivação dos colaboradores, os exercícios, dentro do possível, precisam ter variações. A rotina acaba com grandes relações, quanto mais com uma ginástica laboral! Caso seja possível, devemos investir em faixas elásticas, colchonetes, bolinhas, bastões, ou seja, ferramentas para dinamizar a atividade. Para finalizar nosso projeto, precisamos quantificar os benefícios obtidos. Este é um grande problema, pois indicadores relacionados à saúde do colaborador são influenciados por inúmeras variáveis. Por exemplo, você está fazendo uma excelente ginástica, mas os postos têm vários problemas biomecânicos e há hora extra diariamente na empresa. Conclusão, a ginástica laboral irá contribuir muito pouco na saúde do colaborador. De qualquer forma, podemos analisar se houve diminuição de queixas, diminuição dos afastamentos ao INSS, fazer uma pesquisa com intuito de analisar a aceitação dos colaboradores em relação à ginástica, etc. Por fim, volto para o início, a ginástica laboral é apenas um item complementar, se a empresa não investir em um programa completo de ergonomia, não teremos nenhum efeito com esta importante atividade.

BOA LEITURA Para quem não é da área de saúde e quer passar a ter um melhor entendimento sobre músculos, ossos, tendões, ou seja, ter uma noção básica de anatomia, este livro é excelente. Totalmente ilustrado e com explicações claras, é extremamente útil para o profissional de segurança do trabalho familiarizar-se com os termos necessários para possibilitar uma melhor interação com a área de saúde e possibilitar um vocabulário mais profissional nas avaliações ergonômicas ou em perícias.

Anatomia para o Movimento – Vol 1 Ed. Manole Blandine Calais-Germain ~

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NAO E AMOR O amor não é aquilo que te pega de surpresa e te deixa totalmente sem ar. O nome disso é asma.

O amor não faz brotar uma nova pessoa dentro de você. O nome disso é gravidez.

O amor não torna as pessoas mais bonitas. O nome disso é álcool.

DOR PASSAGEIRA

Para sugestões ou críticas : Prof. Mário Sobral Jr. sobraljr27@ibest.com.br


JORNAL SEGURITO ,

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E DO DO BARULHO !

J ogue

uma pedra na água. Logo irão se formar ondas concêntricas a partir do ponto de choque. Nós não podemos ver, mas o mesmo acontece quando estalamos o dedo no ar, uma “onda esférica” deslocando o ar será formada e este ar deslocado é que irá fazer com que escutemos. Ou seja, o som nada mais é do que a oscilação de pressão que nosso ouvido consegue detectar. Como assim? Movimente o dedo próximo ao seu ouvido, dependendo da velocidade você consegue ouvir algo, ou seja, a pressão foi suficiente para deslocar o ar e sensibilizar a membrana timpânica. O menor valor de pressão sonora que conseguimos perceber é algo em torno de 20 µPa, ou seja, 0,000002Pa. E o máximo será em torno de 200Pa. Alguém deve estar se perguntando: mas a unidade de pressão sonora não é o decibel? Na verdade, o decibel é utilizado para facilitar um pouco nossa vida. Pegaram o limiar auditivo de 20µPa e “logaritmaram”, aplicando a equação abaixo:

PILULAS DE CALOR

A seguir algumas informações básicas sobre avaliação de calor, transcritas da NHO 06: - Para que as medições sejam representativas da exposição ocupacional é importante que o período de amostragem seja adequadamente escolhido, de maneira a considerar os 60 minutos corridos de exposição que correspondam à condição de sobrecarga térmica mais desfavorável, considerando-se as condições térmicas do ambiente e as atividades físicas desenvolvidas pelo trabalhador.

- A altura de montagem do equipamento deve coincidir com a região mais atingida do corpo. Quando esta não for definida, o conjunto deve

ser montado à altura do tórax do trabalhador exposto. - As leituras de temperaturas devem ser iniciadas após a estabilização do conjunto (o tempo necessário para estabilização do conjunto pode ser de até 25 minutos) na situação térmica que está sendo avaliada, e repetidas a cada minutos. Deverão ser feitas no mínimo três leituras, ou tantas quanto forem necessárias , até que a variação entre elas esteja dentro de um intervalo de ±0,2oC. Os valores a serem atribuídos ao tg, ao tbs e ao tbn corresponderão às médias das leituras, respectivas a cada temperatura, contidas no referido intervalo. - As condições térmicas de curta duração, inferiores ao tempo de estabilização, poderão ser avaliadas por meio de simulação. Os limites de exposição estabelecidos no critério desta Norma pressupõem a reposição de água e sais minerais pelo trabalhador durante a sua atividade, mediante orientação e controle médico. Fonte: NHO 06 – Avaliação da Exposição ao Calor Fundacentro , 2002.

L = 20 log P / Po L = Nível de Pressão sonora (dB) Po = pressão sonora de referência (20µPa) P = pressão sonora encontrada no ambiente. Para o valor inicial o resultado foi o seguinte: L = 20 log (20 µPa / 20 µPa ) = 0 Depois fizeram o mesmo com o valor máximo de 200Pa e obtiveram o seguinte: L = 20 log (200 Pa / 20 µPa ) = 140 dB Ou seja, aquela escala linear que ia de 0,000002 até 200Pa, transformou-se em uma escala logarítmica de 0 a 140dB. Pausa para quem não lembra do log: Por exemplo: 43 = 64, portanto log464 = 3. Ou seja, o logaritmo é o expoente que uma dada base deve ter para produzir certa potência. Lembrando que no nosso exemplo a base é 10, então: L = 20 log10 (200 Pa / 20 µPa ) = 140 dB Logo:

Log10 (200 Pa / 20.10-6 Pa ) = 7 dB Log10 (107 ) = 7dB

Então fica fácil descobrir o valor de qualquer valor em Pa. Vejamos por exemplo 85dB em Pa:

ANEXO DO COMODISMO? COMODISMO? N o anexo 13 da NR 15 temos uma listagem de produtos químicos com as respectivas atividades em que poderemos considerar a possibilidade do pagamento do adicional de insalubridade. Alguém já deve ter pulado da cadeira e dito: - Como possibilidade? Todos os listados neste anexo sendo utilizado nas atividades descritas têm direito ao adicional de insalubridade. Não concordo com esta interpretação, pois ao lermos o primeiro parágrafo deste anexo teremos o seguinte: Relação das atividades e operações envolvendo agentes químicos consideradas insalubres em decorrência de inspeção realizada no local de trabalho. Se pegarmos o dicionário e procurarmos a palavra inspecionar iremos ler o seguinte verbete: examinar com atenção. Acredito que se o objetivo da norma fosse o de apenas listar os agentes para ser aplicada de forma direta, o texto utilizado seria diferente. Algo do tipo: (..) em decorrência de identificação realizada no local de trabalho. É necessário que haja uma análise mais técnica no uso deste anexo.

Ok, eu sei que é muito mais fácil falar para o cliente que determinado produto está listado em uma legislação e que obriga ao pagamento do adicional, ao invés de avaliar o tempo de exposição, pesquisar sobre a toxicidade do produto químico, analisar a concentração do produto, pesquisar se não há limites em normas internacionais ou fazer o uso de um sistema de proteção adequado.

Não podemos esquecer o quanto a nossa norma está desatualizada. Novas técnicas de prevenção, controle, além de maior conhecimento dos agentes listados neste anexo não podem ser deixadas de lado, por simples comodismo. Devemos sempre lembrar que o objetivo não é realizar o pagamento do adicional, mas sim analisar se o ambiente de trabalho está prejudicando ou não a saúde do trabalhador.

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20 log10 (X / 20 µPa ) = 85 dB log10 (X / 20 µPa ) = 4,25 -6

4,25

PIADINHAZINHAS IADINHAZINHAS

X / 20.10 Pa = 10

X = 104,25 x 20.10-6 X = 0,355655882Pa Agora você prefere trabalhar com este número ou com 85dB? Qual a consequência dessa “artimanha” matemática? Imaginem que uma escala que ia de parede a parede da sala onde você está foi comprimida e agora cabe na palma da sua mão. Não é difícil de aceitar que cada tracinho desta nova escala agora está valendo muito. De forma bem grosseira, é isso que acontece quando convertemos de Pa para dB. Agora talvez fique mais fácil de aceitar quando o anexo 01 da NR 15 apresenta que o aumento de cinco unidades em decibéis, significa o dobro da intensidade de ruído.

Calculei meu IMC e constatei que minha altura está 20 cm abaixo do ideal.

Leio a Playboy pela mesma razão que leio a National Geographic: Gosto de ver fotografias de lugares onde sei que nunca irei visitar.

O tétano

TETANO

é uma doença grave causada por uma bactéria que entra no seu organismo por meio de ferimentos, cortes ou perfurações decorrentes de acidentes com objetos de metal (mesmo que não estejam enferrujados), madeira, vidro e outros. Todo trabalhador está sujeito a acidentes que facilitam essa contaminação.

Se você se lembra de quantas bebeu ontem, então você não bebeu o bastante.

- Pai, é verdade que em certos países da África os homens não conhecem a mulher até se casarem ? - Meu filho, isso acontece em todos os países!

A melhor e mais segura forma de prevenção e proteção é a vacinação, disponível no posto de saúde. Caso você não lembre se foi vacinado, ou tenha dúvidas sobre o assunto, procure o serviço de saúde mais próximo. Leve seu cartão de vacinação. Fonte: Portal da Saúde - www.saude.gov.br


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