Manaus, Março 2011 – Edição no 53 – Ano 6
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AERODISPERSÓIDE
termo aerodispersóide aplica-se a uma dispersão de sólidos ou líquidos no ar, na forma de partículas de tamanho reduzido geradas mediante diversos processos industriais, e que podem se manter em suspensão por um longo tempo, permitindo a inalação do contaminante. Subdividem-se em: Poeiras — são partículas sólidas produzidas pelo rompimento mecânico de sólidos, como ocorre em processos de moagem, atrito, impacto etc., ou por dispersão secundária, como o arraste ou agitação de partículas sedimentadas, como, por exemplo: poeira de sílica, talco, farinha etc. Fumos — são partículas sólidas produzidas por condensação ou oxidação de vapores de substâncias sólidas em condições normais, como por exemplo: fumos de soldagem, fumos presentes em fundições, processos de spray metálico a quente.
Névoas — são partículas líquidas produzidas por ruptura mecânica de líquidos, como, por exemplo: névoas de água, de ácido sulfúrico, alcalinas, de pintura, névoas de lagoas de aeração forçada no tratamento de efluentes. Neblinas — são partículas líquidas produzidas por condensação de vapores de substâncias que são liquidas à temperatura normal. Fibras — são partículas sólidas produzidas por ruptura mecânica de sólidos, que se diferenciam das poeiras porque têm forma alongada, com um comprimento de 3 a 5 vezes superior ao seu diâmetro.
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QUAL É O PONTO?
onto de Fulgor: é a temperatura mínima necessária para que um combustível desprenda vapores ou gases inflamáveis, os quais, combinados com o oxigênio do ar em contato com uma chama, começam a se queimar, mas a chama não se mantém porque os gases produzidos são ainda insuficientes.
DOBRA 3 OU 5
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s efeitos do ruído na saúde dependem do nível e da duração da exposição. A relação tempo/intensidade é denominada incremento de duplicação de dose, o qual pode ser definido como o incremento em decibéis que, quando adicionado a determinado nível, implica a duplicação da dose de exposição ou a redução pela metade do tempo máximo permitido da exposição ao ruído. O Fator de Dobra de 3 dB é conhecido com o regra da hipótese de igual energia, porque um aumento ou diminuição de 3dB representa uma duplicação ou redução da energia sonora pela metade. A premissa do fator de dobra de 3 dB é que iguais quantidades de energia sonora produzem as mesmas quantidades de perdas auditivas induzidas pelo ruído, independentemente de como a energia seja distribuída no tempo. Teoricamente, esse princípio poderia ser aplicado a exposições que variam de alguns minutos até muitos anos. Ward e Turner (1982) estudaram as duas características mais importantes da teoria da energia expressas pelas seguintes proposições: - O padrão temporal da exposição é simplesmente irrelevante, o que resulta na irreversibilidade do dano auditivo; - Se uma mudança na intensidade é acompanhada por uma mudança equivalente na duração, não há alteração no dano permanente. O Fator de Dobra de 5 dB, adotado pela OSHA, é menos preventivo que a hipótese de igual energia. Ele leva em conta as interrupções das exposições ao ruído, o que em geral acontece durante a jornada de trabalho, e presume a ocorrência de certa recuperação nas mudanças temporárias dos limiares durante essas interrupções. Em condições verdadeiramente intermitentes, o uso do fator de dobra de 3 dB em equipamento de medição de ruído para controle dos locais de trabalho pode ser considerado preventivo. O de 5 dB quase sempre oferece menor proteção, motivo pelo qual a NIOSH conclui que o incremento de 3 dB é o que apresenta maiores evidências científicas para avaliar o dano auditivo em função do nível e da duração do ruído, usando ou não um ajuste em certas exposições intermitentes.
LIVROS RECOMENDADOS
Novo PPP e LTCAT Ed. GVC Giovanni Moraes
Acústica Aplicada ao Controle do Ruído Editora Edgard Blücher Sylvio Bistafa
CABEÇA DE MINHOCA?
JURISPRUDÊNCIA
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Ponto de Combustão: é a temperatura mínima necessária para que um combustível desprenda vapores ou gases inflamáveis que, combinados com o oxigênio do ar e ao entrar em contato com uma chama, se inflamam, e, mesmo que se retire a cham a, o fogo não se apaga, pois essa temperatura faz gerar, do combustível, vapores ou gases suficientes para manter o fogo ou a transformação em cadeia. Temperatura de Ignição: é aquela em que os gases desprendidos dos combustíveis entram em combustão apenas pelo contato com o oxigênio do ar, independente de qualquer fonte de calor.
Estabilidade do Membro da CIPA. Extinção do Estabelecimento. A estabilidade deferida ao membro da CIPA não representa proteção irrestrita nem vantagem pessoal. Tem por objetivo assegurar a livre atuação dos m embros da CIPA, ligada à segurança e à saúde do trabalhador e exercida no local de trabalho, sem restrições. Assim, extinto o estabelecimento onde trabalhava o membro da comissão, não subsiste a estabilidade provisória, razão porque é indevida qualquer indenização pelo período correspondente ao mandato. Inteligência da Súmula n.339, item II do TST. Recurso de Revista conhecido e provido. TST, RR a a 756.513/2001.8, 8 T., Rel Min. Maria Cristina Irigoyen Peduzzi, DJU 22.2.08. Para sugestões ou críticas : Prof. Mário Sobral Jr. sobraljr27@ibest.com.br