Jornal APPEGO N14

Page 1

Bicentenário da Polícia Civil

Em maio, a Polícia Civil do Estado de Goiás foi homenageada em sessão especial da Assembléia Legislativa. O evento integrou as comemorações do bicentenário de criação da insti-

tuição no País. Na solenidade vários policiais civis foram condecorados com a Medalha do Mérito Legislativo Pedro Ludovico Teixeira. Pág. 7

Apoio à PEC 170

Parlamentares, secretários de Estado e lideranças políticas de Goiás, Distrito Federal e Minas Gerais manifestaram apoio à .Proposta de Emenda Constitucional – PEC nº 170/2007, que prevê a destinação de 10% dos recursos do Fundo Constitucional do Distrito Federal para os municípios do Entorno. O evento político classista aconteceu no dia 07 de maio, durante apresentação da proposta realizada no anexo III da Câmara dos Deputados, em Brasília.

Festa junina no Instituto de Identificação Fantasias de caipiras, quentão, pipoca, bandeirolas e outros acessórios deram o tom à animada festa junina da categoria, realizada no dia 05 de julho, no Pátio do Instituto de Identificação. O “arraiá” contribuiu para reforçar a união fraternal dos presentes. Pág. 13

Pág. 8


Prêmio Excelência

Editorial

RIC em discussão

A

conteceu em Brasília, no período de 08 a 11 de julho, promovido pelo ministério da Justiça e Instituto Nacional de Identificação, o Encontro Nacional de Identificação. Dentre os diversos assuntos em pauta, um em especial foi extremamente importante e exaustivamente discutido por todos os papiloscopistas: a implantação do Registro Único de Identidade Civil (RIC). É inadmissível que no Brasil com todo o avanço tecnológico nas áreas de Segurança Pública, o indivíduo ainda consiga emitir um documento de Identidade Civil diferente em cada estado da Federação, ou seja, você pode ter 27 carteiras de identidade! Aí vem a pergunta: como poderemos combater as inúmeras fraudes provenientes de documentos falsos se o Estado Brasileiro não assumir um projeto que regulamente a Lei Federal Nº. 9454/1997, que institui o núme-

Médico-Legista que foi inicialmente Papiloscopista e Perito Criminal, Dr. César Brasil Machado Santana, dedicou longos anos de sua atividade profissional ao Instituto de Medicina Legal, sendo, portanto, premiado pela dedicação e seriedade no exercício de sua profissão.

Simone de Jesus Presidente da APPEGO, Papiloscopista Policial, especialista em necropapiloscopia

ro único de Registro Identidade Civil? Esperamos para breve a efetivação desse sonho nacional na área de Identificação Humana.

Triste perda Mais que uma mão estendida mais que um belo sorriso mais do que a alegria de dividir mais do que sonhar os mesmos sonhos ou doer as mesmas dores muito mais do que o silêncio que fala ou da voz que cala, para ouvir é, a amizade, o alimento que nos sacia a alma. (autor desconhecido) Homenagem dos Papiloscopistas à Jornalista Nara Cristina que faleceu, vítima de câncer, dia 27 de junho de 2008 aos 37 anos. Nara tinha com a APPEGO grande aproximação, realizou reportagens sobre os trabalhos dos Papiloscopistas e atuou como cerimonial em evento comemorativo ao dia do Papiloscopista realizado no Instituto de Identificação. Que ela descanse em paz.

2

Este espaço é destinado a premiar com o título de Excelência qualquer servidor público, seja na esfera Municipal, Estadual ou Federal, dos poderes Executivo, Legislativo ou Judiciário que tenha se destacado em sua área de atuação. O Profissional Excelência é escolhido por uma comissão dentre os candidatos indicados pelos associados da APPEGO (Associação dos Papiloscopistas Policiais do Estado de Goiás).

Julho/Agosto/2008

Órgão Oficial de Divulgação da Associação dos Papiloscopistas Policiais do Estado de Goiás

DIRETORIA Presidente - Simone de Jesus Vice-Presidente –Juliana Pabla Soares Martins 1º Secretário - Antônio Maciel Aguiar Filho 2º Secretário - Jaqueline Santana Santos Tesoureiro – José Ramos Neves Diretor de Relações Públicas, Sócio Cultural e Esportivas Juliano Rodrigues Fontenelle Rua 66, nº124, Centro - Fone (62) 3229-4884

www.appego.com.br - e-mail: appego@appego.com.br Jornalista Responsável: Dário Álvares - dalvares@brturbo.com.br Produzido por:

Projeto Gráfico Suelaine Martins Filmari suelaine@publiquecomunicacao.com.br

Contatos Publicitários: Av. Transbrasiliana Qd. 244 Lt. 20 Pq. Amazônia - Goiânia - GO Cep: 74.835-300 - Fone: 62. 3093-2213

www.publiquecomunicacao.com.br

Eliziário Rocha, José Albino, Denivaldo dos R. Pereira, Ado José

Para leitores especiais A parceria entre a Agência de Propaganda Publique Comunicação Ltda e a Associação dos Papiloscopistas Policiais do Estado de Goiás - APPEGO – completa mais de 03 anos de pleno sucesso e total funcionalidade. Sem ônus para entidade e seus associados, a APPEGO dispõe de um jornal moderno e eficiente, elaborado por profissionais sintonizados com as últimas tendências nas áreas de jornalismo e design gráfico. Portanto, o leitor tem em mãos o resultado da união entre uma empresa competente e correta e líderes classistas íntegros e sérios. Tenham todos uma ótima leitura! Atenciosamente, Suelaine Martins Filmari - Diretora da Publique


Artigo

Análise de conjuntura Por José Ramos “A análise de conjuntura é uma mistura de conhecimento e descoberta, é uma leitura especial da realidade e que se faz sempre em função de alguma necessidade ou interesse". Ela é em si mesma um ato político e não somente parte da arte da política. Faz análise política quem faz política, mesmo sem saber. Nesse sentido, faz “análise” de conjuntura todo ser humano, porque todo ser humano é um ser político. E faz a todo o momento e nas mais variadas situações, sabendo ou não, querendo ou não: quando decidimos criticar algo, participar de uma assembléia ou reunião, mudar de emprego, estudar para passar em um concurso, casar, viajar a trabalho, ir ao cinema etc. Em todas essas situações, tomamos decisões baseados em uma avaliação da situação vista sob a ótica de nosso interesse ou necessidade. Em todas as decisões levamos em conta as informações que temos, buscamos nos informar, avaliamos as possibilidades, fazemos hipóteses de desenvolvimento dos fatos, das relações possíveis, medimos “força” e, a partir desse conjunto de conhecimentos, de informações e de avaliações tomamos nossas decisões. A análise de conjuntura não é uma tarefa fácil como certamente muitos imaginam. Pelo contrário: é uma tarefa complexa, difícil, pois, segundo Herbert José de Souza, “exige não apenas um conhecimento detalhado de todos os elementos julgados importantes e disponíveis de uma situação determinada, como exige também um tipo de capacidade de perceber, compreender, descobrir sentidos, relações, tendências a partir dos dados e das informações.” Há pessoas que para tomar uma decisão qualquer, como viajar a uma cidade vizinha, ou até mesmo ir ao cinema, para ficar

com dois exemplos, levam um tempo enorme. Outras, nem tanto. Isso acontece por várias razões: conhecimento de causas, grau de interesse, personalidade. Algumas pessoas são mais criteriosas que outras, mais detalhistas em suas decisões, razões pelas quais analisam com mais cuidado a situação, mais detalhadamente a realidade, os acontecimento, os pós e os contras, os pontos positivos e os negativos para, depois, decidirem se viajam ou não, se vão ou não ao cinema, bem como se fazem ou deixam de fazer algo, se vale ou não apenas fazê-lo. A propósito, um colega papiloscopista, ao ser chamado para identificar candidatos ao vestibular da UEG em uma cidade no interior deste Estado, antes de fazer a sua opção, decidiu pedir à responsável pela organização da listagem daqueles que iriam prestar tal serviço, a relação das cidades onde as provas seriam aplicadas. Depois de analisar a localização delas, a distância, estado das estradas de acesso as cidades, o valor das passagens, ou seja, só após fazer uma análise detalhada das vantagens e desvantagens, colocar na balança custos e resultados é que optou por uma determinada cidade. Ou seja, fez uma análise da real situação antes de decidir escolher uma cidade que, segundo a sua ótica, seria mais viável. Na verdade, fez antes de optar, uma “análise” de conjuntura. É claro que esta “análise” não é tão complexa quanto uma análise da atual conjuntura política e econômica do Brasil. No entanto, nem por isso deixa de ser uma “análise”, análise de uma determinada realidade segundo o seu próprio interesse. Recentemente, fomos surpreendidos com o anúncio de Concurso Público para Polícia Técnico-Científica (PTC) do Estado de Goiás. Como é notório, faz parte desta polícia: Papiloscopistas, Pe-

rito Médico Legista, Desenhistas, Auxiliar de Autópsia e Peritos Criminais. Mas o concurso, entretanto, segundo o anúncio, contemplaria apenas Auxiliares de Autópsia - 48 vagas; e Peritos Criminais – 84 vagas. Em conseqüência, a pergunta que os não contemplados, “ingenuamente”, não param de fazer: por que as outras categorias ficaram de fora? Antes de refletir sobre esta indagação, vale lembrar que no mês de abril de 2007, a pedido da Secretaria de Segurança Pública foi feito um estudo sobre os três institutos: Instituto de Medicina Lega (IML), Instituto de Criminalística (IC) e Instituto de Identificação (II). Nele, constatou-se, dentre outras coisas, que para atender a demanda de serviços na PTC seria necessário ampliar o quantitativo de pessoal, na seguinte proporção: Peritos Criminais: 84; Perito Médico Legista: 49; Papiloscopista: 48; Auxiliar de Autópsia: 48. Por que, então, o Concurso Público contemplaria apenas duas categorias, se já existia um estudo anterior acerca da real necessidade da PTC? A quem realmente interessaria deixar as demais categorias de fora? O que está por trás disso tudo? Ressalte-se que todo acontecimento é uma realidade com um sentido atribuído, não é um puro fato, mas um fato lido e visto por interesses específicos. Nenhum acontecimento é fruto do acaso. Para entendê-lo é preciso identificar os interesses em jogo, os autores, os ingredientes. É importante analisar os acontecimentos, saber distinguir primeiro fatos de acontecimentos e depois distinguir os acontecimentos segundo sua importância. É preciso também identificar o cenário onde as ações da trama se desenvolvem. Os atores que representam e encarnam um papel dentro de um enredo e de uma trama de relações. Reconhecer as relações de trocas, relações

estas que podem ser de confronto, de coexistência, de cooperação e estarão sempre revelando uma relação de força, de domínio, igualdade ou de subordinação. Perceber, ainda, as relações de forças e problemas que estão por detrás dos acontecimentos. Enfim: é necessário buscar o fio condutor dos acontecimentos para entendê-los bem e, conseqüentemente, fazer uma leitura coerente dos acontecimentos. Quem tem acompanhado os fatos e os acontecimentos ocorridos no seio da PTC deste Estado conhece bem o cenário onde tudo acontece, onde as tramas se desenrolam, conhece bem os atores que nele (cenário) representam, conhece as relações de forças, os jogos de interesses, o conjunto de forças que estão por detrás dos acontecimentos; conhece, da mesma forma, quais são os detentores das decisões, o que está por trás dos bastidores. Como já foi dito anteriormente, nenhum acontecimento é fruto do acaso. A par deste contexto, é possível perceber a clareza dos fatos, quer dizer, dos acontecimentos; ou melhor, perceber a clareza do acontecimento em análise. O aumento do efetivo de Peritos Criminais poderá implicar na seguinte hipótese: ampliação dos trabalhos por eles prestados + agilidade e + qualidade = mais prestígio. Resultado: mais moral para buscar a tão sonhada isonomia com os delegados. Certamente, para alguns, que não são poucos, pode significa também mais Peritos Criminais para bater nas outras categorias, principalmente nos Papiloscopistas, cuja perseguição é histórica e notória. Como “alguns” certamente pensam que são donos da PTC, será a continuidade de um grande reinado onde imperará o poder dos que se consideram mais fortes, detentores das decisões, eternos protagonistas. Isso já vem ocorrendo dentro de um cenário velho e será ampliado

Julho/Agosto/2008

3


dentro de um cenário novinho em folha, do jeito que “grandes” atores gostam de se exibir. Acredita-se que o efetivo de Peritos precisa ser ampliado para que eles possam mostrar mais serviços, para entregar os laudos em dia, para realizar alguns trabalhos que, por falta de pessoal, não estavam sendo possível fazê-los, e por falta de espaço físico também. No entanto, espaço físico já não é mais problema. Contudo, podese perceber que o quadro precisa aumentar, mas nem tanto assim. O Estado não terá como suportar tantos peritos porque pode inviabilizar a ascensão de alguns que se consideram privilegiados. Isso talvez justifique o motivo de terem excluído também os Médicos Legistas. Os outros são os outros: coadjuvantes dessa bela in-

triga. Sendo assim, exceção à parte. Certamente por isso deram uma chance aos Auxiliares de Autópsia que, pelo visto, consideram-nos meros coadjuvantes mesmo! neste triste cenário. A instituição que não tem como bandeira de luta a união, o diálogo democrático e a cooperação, o respeito e a consideração com todos que dela fazem parte, que não pensa no conjunto, pode ser fadada ao fracasso. E o exemplo deve partir das lideranças, dos que têm poder de decisões, desde um simples chefe de uma pequena seção até o mais alto cargo. As decisões devem ser tomadas em conjunto, em benefício da categoria e não em proveito de poucos, ou de alguns que devido ao usufruto de algum privilégio se rendem a ati-

tudes injustas e antidemocráticas, visando, com isso, interesses próprios ou de um determinado grupo. A título de ilustração, vide que ainda não temos Plano de Cargos e Salários. E as promoções? Há mais de 12 anos que não houve uma promoção sequer. E o que é pior: nenhuma previsão para que isso aconteça. Há quanto tempo não se avalia ninguém para possível promoção? Se não me engano, nem comissão para avaliar os servidores existe. Só para ilustrar, os Escrivães e os Agentes de Polícia que tomaram posse no mesmo ano que a minha turma tomou (2001/2002), há sete ou oito anos, muitos já foram promovidos duas vezes, são hoje Agentes e Escrivães de primeira classe, enquanto nós, Papilosco-

pistas, somos todos de terceira classe. Aliás, há colegas nossos que tomaram posse há mais de 16 anos que nunca foram promovidos uma vez sequer. A PTC, como já foi ressaltado anteriormente, compõe-se de várias categorias. Para que todas cresçam, para que haja harmonia e respeito, é preciso planejar juntas, sonhar juntas, lutar juntas e vencer juntas. É preciso repensar os atos, a prática e, principalmente, a forma de administra. Enfim, é preciso união, seriedade e ética. Fazer isso talvez seja mais fácil do que subestimar a inteligência dos outros. José Ramos é papiloscopista policial e autor do livro Cenas Antigas. (e-mail:joseramosjrjr@pop.com.br)

Educação e Arte

Semana de Química na UEG

O

Vista parcial do auditório

Prof. Maciel Papiloscopista Policial falando aos participantes

4

Julho/Agosto/2008

s Professores Maciel (Papiloscopista Policial) e José Donizett (Perito criminal), servidores da Polícia Técnico-Científica, ministraram um mini-curso na IV Sequi- Semana de Química da Universidade Estadual de Goiás, em Anápolis, abordando “A Importância da Química e da Papiloscopia na Elucidação de Crimes”. O curso, segundo a coordenação do evento, foi o mais procurado e muito elogiado por todos os participantes. O curso contou com uma parte teórica e prática, com Prof. Perito Criminal Donizett falando aos os Professores demonstrando e participantes explicando as reações de vários produtos químicos.

Professores Maciel e Donizett acompanhados dos estudantes coordenadores do evento

Prof. Maciel demonstrando revelação de fragmentos latentes


Sociais

Homenagem

N

o dia 30 de maio, a Polícia Civil do Estado de Goiás foi homenageada em sessão especial da Assembléia Legislativa. O evento, proposto pelos deputados Coronel Queiroz (PTB) e Evandro Magal (PSDB), fez parte das comemorações do bicentenário da criação da instituição no País. A instituição foi criada com a vinda da família real ao Brasil, em 1808. Com alvará de 10 de maio daquele ano, instituiu-se a Intendência Geral de Polícia da Corte e do Estado do Brasil, assinado por Dom José Fernando, príncipe regente. Em Goiás, a Polícia Civil foi criada em 1898 pela Lei Estadual nº 185. Na solenidade da Assembléia vários policiais civis foram condecorados com a Medalha do Mérito Legislativo Pedro Ludovico Teixeira em reconhecimento aos importantes serviços prestados à instituição e à segurança pública no Estado.

Ademar, Presidente da UGOPOCI, acompanhado da Presidente da APPEGO, Simone de Jesus, e do 1º Secretário Maciel

Hiroshi Gondo Lima, agente de policia e grande amigo, acompanhado de sua irmã, Maciel e Simone de Jesus Homenageado Dr. Antonio Gonçalves, sua esposa, Maciel e o Dr. Alaor

“Casou e mudou”

A Papiloscopista Esmeralda Rios tomou um novo rumo em sua vida. Literalmente casou e mudouse... para Portugal. De surpresa, colegas Papiloscopistas e demais colegas da SPTC fizeram uma animada festa de despedida. Parabéns!

É o amor

No dia 06 de julho, o papiloscopista Carlos Almeida jurou amor eterno à sua cara metade perante Deus, familiares e amigos. Colegas papiloscopistas desejam ao novo casal muitas felicidades na complexa vida matrimonial.

Julho/Agosto/2008

5


Na luta

Parlamentares e líderes políticos do Entorno manifestam apoio à PEC 170 Proposta de Emenda Constitucional – PEC nº 170/2007, recebeu o apoio maciço de parlamentares, secretários de Estado e lideranças políticas de Goiás, Distrito Federal e Minas Gerais. E a APPEGO também esteve presente.

Policiais Goianos prestigiaram o evento representados pelos Presidentes das entidades classistas: APPEGO, Simone de Jesus; UGOPOCI, Ademar Luiz; ASPEC, Carlos Kleber Proposta de Emenda Constitucional – PEC nº 170/2007, que prevê a destinação de 10% dos recursos do Fundo Constitucional do Distrito Federal para os municípios do Entorno recebeu o apoio maciço de parlamentares, secretários de Estado e lideranças políticas de Goiás, Distrito Federal e Minas Gerais. As manifestações favoráveis à PEC aconteceram no dia 07 de maio durante evento de apresentação da proposta realizado no anexo III da Câmara dos Deputados, em Brasília. O secretário estadual da Segurança Pública, Ernesto Roller tem atuado fortemente para que esta proposta seja aprovada e foi um dos articuladores do evento, que reuniu a maioria da bancada de deputados federais de Goiás, prefeitos e vereadores da região do Entorno do DF. A PEC, que é de autoria do depu-

6

tado federal João Campos, deve ser votada ainda este mês, na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. A proposta prevê a destinação de no mínimo 10% dos R$ 6 bilhões de recursos do Fundo Constitucional do Distrito Federal para os 22 municípios do Entorno do DF, incluindo, além dos municípios goianos, Cabeceira Grande e Unaí, de Minas Gerais. Conforme a PEC, os recursos serão destinados para a Segurança Pública, Saúde e Educação. Para Ernesto Roller, a aprovação dessa proposta garantiria ao Estado condições financeiras para solucionar o problema da criminalidade na região do Entorno. "O Entorno já foi alvo de muita retórica, com ações que não resolvem o problema de forma definitiva. Esse recurso daria ao Estado condições de aten-

Julho/Agosto/2008

Secretário Ernesto Roller fala da importância do Projeto durante o evento que contou com a presença de várias autoridades der à enorme demanda reprimida dessa região", defendeu. Segundo o deputado João Campos, como os problemas do Entorno deságuam em Brasília, o recurso do fundo aplicado em Goiás também beneficiaria o Distrito Federal. Ele defende que o enfrentamento dos problemas do Entorno é responsabilidade tanto do governo goiano quando do DF. Por esse motivo, João Campos acredita que a PEC não encontrará resistência por parte dos parlamentares do DF. Mais de 300 pessoas lotaram o restaurante do Anexo III da Câmara dos deputados para a apresentação da PEC. Além do deputado João Campos (PSDB), compareceram e manifestaram apoio à proposta os deputados federais goianos Pedro Wilson (PT), Marcelo Melo (PMDB), Chico Abreu (PR), Jovair Arantes (PTB), Ra-

quel Teixeira (PSDB), Leonardo Vilela (PSDB). Também participou do evento o relator da PEC na CCJ, deputado Pastor Manoel Ferreira (PTB/RJ). Os deputados estaduais Cristóvão Tormim, Tiãozinho Costa e Coronel Queiroz, a secretária estadual de Educação, Milca Severino e o representante da secretária estadual de Saúde, Maria Lúcia Carnelosso, também apoiaram o evento. O comandante da Polícia Militar, coronel Edson Costa, oficiais da PM, delegados de Polícia Civil de Goiânia e da região do Entorno, oficiais do Corpo de Bombeiros, participaram da apresentação. Prefeitos, lideranças políticas e presidentes de associações ligadas à Segurança Pública também compareceram. Autor: Bruno Hermano Publicada em: 07/05/08 Fonte de Publicação: SSP-GO


Na luta

Audiência pública da Lei Geral da Polícia Civil

Deputado João Campos :¨relatório será apresentado o mais breve possível¨

Dep. João Campos, comissão de Papiloscopistas goianos e o expresidente da FENAPPI, Luis Antonio

A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados promoveu audiência pública, no dia 27 de maio, para discutir

e delegado goiano João Campos (PSDB), que propôs o debate juntamente com a deputada Andreia Zito (PSDB /RJ). A audiência contou com a

propostas para o projeto de lei número 1.949/2007, que institui a Lei Geral da Polícia Civil. O autor do requerimento da audiência é o deputado federal

Autonomia

presença de vários representantes Classistas, entre os quais, Simone de Jesus (APPEGO) e Luis Antonio (FENAPPI).

Capacitação Papiloscopistas Policiais concluem curso de Armamento e Tiro Policiais do GT-3 com Papiloscopistas policiais, em pé da esquerda para a direita, Carlos Almeida, Deyse, Thiago, Ana Paula, Karlos Frederico e Jaqueline. Agachados: Juliano e Alex

Papiloscopistas e o Presidente da ABC(Associação Brasileira de Criminalística), Sr. Marcio Godoy, que defendeu a autonomia da perícia e a transformação do cargo de

Papiloscopista em Perito Criminal. Segundo o Presidente da ABC, os Papiloscopistas que tivessem nível superior fariam o Curso de Formação de Perito Criminal.

Durante os dias 19, 20 e 21 do mês de maio, papiloscopistas policiais concluíram na Academia da Polícia Civil o curso de Armamento e Tiro – Habilitação em pistolas oficiais da Polícia Civil (calibres 380, .40 e .45). O curso foi ministrado com o apoio do GT-3, grupo de elite da

Polícia Civil, e visou preparar os policiais no manuseio, manutenção e técnicas de tiro para uso cotidiano do policial em suas funções. O treinamento incluiu aulas teóricas e práticas, com tiro real, posições de tiro, montagem e desmontagem de pistolas e outras técnicas.

Julho/Agosto/2008

7


Atualização profissional Continuação da matéria Papiloscopistas Paraenses elaboram projeto, publicada na edição nº 12 (Jan/Fev/2008)

Aplicação da Dermatoglifia no Esporte A evolução do esporte faz com que so em modalidades desportivas. As a interdisciplinaridade ocorra no seu modalidades esportivas devido as mais alto grau. A especificidade da suas variáveis motoras e funcionais competição e o aprimoramento do trei- exigem dos atletas um desempenho namento fazem com que uma peque- acima da média da população, o que na informação seja decisiva para se dificulta a projeção de um sujeito que estabelecer quem foi o vencedor e não atenda às exigências da modaliquem foi o perdedor. O mundo inteiro dade com um mínimo de desvio do seu está se rendendo à genética, apesar padrão na obtenção de sucesso de não ter seus princípios ainda bem desportivo em nível mundial e/ou definidos. Melhor do que trabalhar na olímpico. Portanto um atleta para atinintuição, no ensaio e no erro é utili- gir o alto rendimento deve atender a zarmos informações referentes aos todas as exigências da modalidade pais. Com certeza seu atleta possui desportiva, destacando-se da maioria alguma coisa deles que faz com que populacional, pois é consenso que preas informações sejam bem relevantes. disposições não podem ser criadas, são É provável que atletas de elite se- inatas aos indivíduos. O objetivo da dermatoglifia, como jam aqueles que: iniciam com níveis superiores as características fenotí- um processo pedagógico para seleção picas necessárias para o sucesso em nos esportes, é identificar o potencial determinado esporte; respondam me- genético de um indivíduo. O conhecilhor ao treinamento destas caracterís- mento prévio do genótipo, aliado às ticas; e controlem melhor as táticas e ações fenotípicas constituem fatores técnicas necessárias. O emprego cor- determinantes não só para a determireto do conhecimento antecipado das nação do talento, mas para o seu depossibilidades e tendências genéticas senvolvimento. O método dermatosomado à contribuição do ambiente glífico consiste em valioso instrumenpropício ao treinamento, pode contri- to na avaliação das estratégias de buir, embora não de maneira única, detecção de talentos não só no Brasil, para a determinação do talento e tam- mas como em qualquer país do mundo, pois considera significativa a bém para o seu desenvolvimento. Resultados esportivos importantes interligação entre as impressões digisó serão obtidos, caso o conjunto das tais e as modalidades esportivas. As características de imutabiliqualidades físicas específicas a modalidade questão, sejam associadas à sua dade, inalterabilidade e imitabilidade predisposição genética. A presença da dermatoglifia contribuíram das capacidades e inclinações genéti- significantemente com a sua aplicacas é indispensável para o domínio do ção em diversas áreas de Medicina alto rendimento desportivo, que é o re- Legal, Criminalística, Antropológica sultado das interações entre os fatores e atualmente na área desportiva, senhereditários e o meio ambiente, influ- do alvo de estudo de inúmeros pesenciando a constituição fenotípica do quisadores em diferentes amostras e indivíduo, contribuindo para o suces- populações (tabela 04 e 05). TABELA 04: Resumo das características dermatoglíficas de atletas de modalidades coletivas.

+ = valores percentuais; * = valores médios;

8

Julho/Agosto/2008

TABELA 05: Resumo das características dermatoglíficas de atletas de modalidades individuais.

A tabela 06 mostra os níveis de qualificação para esportes cíclicos (como natação, ciclismo, corridas e remo). Quanto maior a classe maior rendimento

A tabela 07 mostra os níveis de qualificação para esportes acíclicos (como Futebol, futsal, basquete, futebol de areia, handebol entre outros. Quanto maior a classe maior rendimento.

No alto rendimento existe uma tendência ao desaparecimento do arco e aumento dos desenhos do tipo W (verticílo) e L Presilha, comportamento que é mais acentuado conforme se acentua a alta qualificação. Silva Dantas PM, Alonso L, Fernandes Filho J. Futsal e dermatoglifia. In: Dantas EHM, Fernandes Filho J, eds. Atividade Física em Ciências da Saúde. Rio de Janeiro: Shape; 2005.


Confraternização

Arraiá da Identificação No dia 05 de julho, o Pátio do Instituto de Identificação se transformou em um animado “arraiá” repleto de caipiras estilizados e muito quentão, pipoca, bandeirolas e outros atrativos que deram o tom à festa junina da categoria. Em torno de uma fogueira e de um bom papo, a festa junina contribuiu para reforçar a união fraternal dos presentes.

Laudelino, Darcyana, Simone de Jesus, Geni, Gabriel e Maciel

Edilia e Laudelino: casal animado na festa junina do II

te n e g i l nte i r o Hum É melhor calar-se e deixar que as pessoas pensem que você é um idiota do que falar e acabar com a dúvida. (Abraham Lincoln)

Mostre-me uma mulher que quer ser magra apenas por razões de saúde e eu lhe mostro um homem que lê Playboy apenas pelas entrevistas. (Ellen Goodman) O casamento é a única sentença perpétua que é suspensa por mau comportamento. (Louisville Times)

Simone de Jesus com os caipiras Geni e Wadson: levando a brincadeira a sério com muito bom humor

Quando um homem e uma mulher se casam, tornam-se um só. A primeira dificuldade é decidir qual deles. (Henry Louis Mencken)

Viva todos os dias como se fosse o último. Um dia você acerta. (Luis Fernando Veríssimo)

Sabe por que a psicanálise é mais rápida pros homens do que para as mulheres? Porque, quando dizem para eles voltarem à infância, eles já estão lá!

Não entendo como alguns escolhem o crime, quando há tantas maneiras legais de ser desonesto. (Al Capone)

Julho/Agosto/2008

9


Profissionais Nota 10

Necropapiloscopia

O

s papiloscopistas lotados no Instituto Médico-Legal, Camila Oliveira e Antônio Maciel, identificaram, no dia 20 de maio, através do confronto de impressões digitais, o cadáver número 2666/ 08, do sexo feminino. O corpo de Adrielen Pereira Colodeto foi encontrado no dia 19 de abril, no Parque Mutirama, em avançado estado de decomposição, e estava no IML desde esse dia. É comum familiares fixarem fotos de parentes desaparecidos no hall de entrada do IML. Os servidores da Seção de Cadáver Ignorado sempre olham as fotos

através da ficha dactiloscópica (no ato da emissão de identidade todas as digitais são colhidas em uma ficha branca). O Instituto de Identificação encaminhou a ficha ainda no dia 19 de maio, porém, como o cadáver estava em sua grande parte esqueletizado, só foi possível

Notícia foi publicada no jornal Diário da Manhã Leia como foi publicada na edição impressa e on-line do jornal

na busca de uma possível identificação de cadáveres que deram entrada no Instituto sem documentos. Foi o que aconteceu no caso de Adrielen. A servidora Valquíria Soares suspeitou e repassou a informação aos papiloscopistas, que fazem a busca da identificação (principalmente neste caso de avançado grau de decomposição) da pessoa

terminar o confronto dia 20 de maio. Mesmo tendo apenas uma impressão legível (do mínimo direito), foi possível detectar 17 pontos característicos positivos. Após trabalho minucioso e confirmada a identidade do corpo, a família foi avisada. Autor: Denise Rodrigues Publicada em: 20/05/08 Fonte de Publicação: SPTC

Corpo de jovem é identificado O Instituto Médico-Legal (IML) identificou ontem, por meio de confronto de digitais, o corpo de Adrielen Pereira Colodeto. Ela foi encontrada no dia 19 de abril, no Parque Mutirama, em avançado estado de decomposição, e foi levada para o IML. Uma funcionária do instituto viu a foto de Adrielen

fixada no hall de entrada do órgão e repassou a informação aos papiloscopistas, que fizeram a identificação. Mesmo com uma impressão ilegível, foi possível detectar 17 pontos característicos. Fonte: www.dm.com.br Jornal de 21/05/08 Página 16

Confirmadas identidades de dois foragidos da justiça pelo Plantão da Divisão Criminal No dia 18 de maio, a equipe de plantão da Divisão de Cadastro de Antecedentes Criminais constatou a identidade de um foragido da justiça. A viatura da Polícia Militar 3637, sob o comando do soldado Pedro. apreendeu Willian Batista de Almeida, que andava na rua sem do-

10

cumentos. Ele se identificou com nome do primo. Chegando ao Instituto de Identificação, os papiloscopistas coletaram a impressão digital, fizeram a busca e constataram que o mesmo estava foragido do semi-aberto desde o dia 16 de abril. Na tarde de 19 de maio, tam-

Julho/Agosto/2008

bém foi recapturado David Bueno dos Santos. A viatura 3655, tendo o soldado Hildeil como responsável, levou David ao Instituto de Identificação, uma vez que alegou estar "lavando uma caixa d´água". Os policiais suspeitaram de furto na residência e foram verificar se o mesmo

possuía antecedentes criminais. Foi constatado que David estava foragido do semi-aberto desde 1º de maio e encaminhado à delegacia. Autora: Denise Rodrigues Publicada em: 19/05/08 Fonte de Publicação: SPTC


Profissionais Nota 10

Papiloscopistas fazem prisões em flagrante

U

m instrutor de auto-escola foi preso na manhã do dia 06 de abril, em Trindade, Goiás, ao tentar realizar o teste escrito do Detran no lugar de outra pessoa. A fraude foi constatada pela papiloscopista Sônia Regina Capeleti Santana,

que colheu a impressão digital, ao verificar que a mesma não batia com a da identidade. O suspeito confessou que o documento não era dele. Ele irá responder pelo crime de falsidade ideológica, com pena de um a três anos e multa. Segundo a po-

Classistas

lícia, o inscrito pagou o instrutor para fazer a prova em seu lugar por ser semi-analfabeto. No mesmo dia, em Goiânia, o papiloscopista Luís Gustavo Lins Barros registrou um caso parecido. Fábio Alves da Silva comprou um identidade falsa por R$ 300.

Segundo ele, não tinha a certidão de nascimento para solicitar uma segunda via e, para isso, teria que ir ao Pará, seu estado natal. A prisão também foi em flagrante. Fábio foi levado para o 20º Distrito Policial. Fonte: Agecom e DM Online

Novas Tecnologias Sugestões

Impressão digital vai identificar uso de droga Cientistas coletam dados a partir de resquícios de suor das impressões digitais

A convite do Deputado Federal João Campos, relator da PL 1949/ 07, a Diretoria da APPEGO participou de reunião com outras catego-

rias da Polícia Civil e apresentou sugestões, pertinentes aos papiloscopistas, ao projeto que institui a Lei Orgânica da Polícia Civil.

Lei declara a APPEGO entidade de utilidade pública Foi publicado no Diário Oficial do Estado de Goiás, a sanção da lei que declara utilidade pública a Associação dos Papiloscopistas Policiais (APPEGO) de Goiás. A lei de

número 16.222 de 19 de março de 2008 foi sancionada pelo governador Alcides Rodrigues e aprovada pela Assembléia Legislativa do Estado de Goiás.

Antonio Maciel é eleito Presidente da FENAPPI Papiloscopista Goiano, Antonio Maciel Aguiar Filho, ex-presidente da APPEGO (Associação dos Papiloscopistas Policiais de Goiás), foi eleito o novo Presidente da FENAPPI (Federação Nacional dos Profissionais em Papiloscopia e Identificação). A eleição aconteceu dia 20 de ju-

nho, em Brasília, e elegeu também mais duas Papiloscopistas Goianas: Catiana Souza Gomes – Tesoureira, Jaqueline Santana Santos - Diretora. O presidente atribui a conquista à defesa intransigente dos interesses da categoria e ao grande desenvolvimento da Papiloscopia em Goiás.

Até agora, a biometria era o máximo da tecnologia envolvendo impressões digitais. Esse cenário mudará, no entanto, se depender de pesquisadores britânicos, que querem utilizar essa marca pessoal para identificar doenças, uso de drogas e também casos de doping (uso de substâncias químicas entre atletas). David A. Russell, pesquisador da Universidade East Anglia e líder do projeto, espera que em breve seja possível obter informações sobre o estilo de vida de uma pessoa, com base em suas impressões digitais. “Dessa forma, seria possível usar essa técnica para detectar o uso de drogas, remédios e comida ingerida, além de diagnosticar algumas doenças”, afirmou o pesquisador. Os cientistas querem coletar essas informações a partir de pequenos resquícios de suor deixa-

dos nas superfícies pelas impressões digitais. Os pesquisadores mostraram como isso seria possível diferenciando a impressão digital dos fumantes e dos nãofumantes. Para evitar falsos resultados gerados pelo contato com tabaco, eles fizeram com que seu sistema detectasse cotinina, uma substância produzida no corpo depois do consumo de nicotina. Os voluntários então molharam seus dedos em uma solução contendo nanopartículas de ouro unidas a anticorpos específicos para a cotinina (essa solução se liga à cotinina). Na seqüência, um segundo anticorpo, identificado por uma tinta fluorescente e que também se liga aos anticorpos da cotinina, é aplicado à impressão digital. “Como conseqüência, os sulcos da impressão digital dos fumantes ficam fluorescentes, o que não acontece entre os não-fumantes”, diz o estudo.

Julho/Agosto/2008

11


Meio Ambiente

s a c i t á m i l C s a ç n a d u M s a e a f u t s Efeito E

A

Terra absorve a radiação solar, principalmente na superfície. Essa energia é então redistribuída pela circulação atmosférica e oceânica e radiada para o espaço em comprimentos de onda mais longos (radiação "terrestre" ou "infravermelha"). Em média, para a Terra como um todo, a energia solar recebida é equilibrada pela radiação terrestre devolvida. Qualquer fator que altere a radiação recebida do sol ou enviada de volta para o espaço, ou que altere a redistribuição da energia dentro da atmosfera e entre a atmosfera, a terra e os oceanos pode afetar o clima. Uma mudança na energia disponível para o sistema global Terra/atmosfera é denominada um forçamento radiativo. Os aumentos das concentrações de Gases de Efeito EstufaGEE reduzirão a eficiência com que a Terra se resfria. Uma maior parte da radiação terrestre da superfície é absorvida pela atmosfera e emitida em altitudes mais elevadas e temperatu-

12

ras mais frias. Isso resulta em um forçamento radiativo positivo que tende a aquecer a baixa atmosfera e a superfície. Essa é a intensificação do efeito estufa - a intensificação de um efeito que vem atuando na atmosfera da Terra há bilhões de anos devido aos gases de efeito estufa que ocorrem naturalmente: vapor d'água, dióxido de carbono, ozônio, metano e óxido nitroso. O total do aquecimento depende da magnitude do aumento da concentração de cada gás de efeito estufa, as propriedades radiativas dos gases envolvidos e as concentrações de outros Gases de Efeito Estufa já presentes na atmosfera. Esta troca de energia entre a superfície e a atmosfera mantém as atuais condições que proporcionam uma temperatura média global, próxima à superfície, de 14oC. A não existência do efeito estufa natural acarretaria uma temperatura média próxima à superfície de -19oC, representando 33oC a menos do que a média da temperatura ob-

Julho/Agosto/2008

servada. O efeito estufa natural é parte do balanço de energia da Terra, Qualquer mudança no balanço radiativo da Terra tenderá a alterar as temperaturas atmosféricas e oceânicas e os correspondentes padrões de circulação e tempo. Será acompanhada por mudanças no ciclo hidrológico (por exemplo, alterações na distribuição das nuvens ou mudanças nos regimes de precipitação e evaporação), que podem intensificar processos de desertificação e inundações, provocam perdas de produtividade agrícola e de áreas agricultáveis. Pode também tornar mais intensos fenômenos extremos tais como furacões, tufões, ciclones e tempestades tropicais. Qualquer mudança induzida pelo homem no clima será sobreposta às variações climáticas naturais que são causadas pela variabilidade da intensidade solar e as erupções vulcânicas. As atividades antrópicas, em particular a queima de combustíveis fósseis, mas também a

mudança no uso da terra e, em menor grau, a produção de cimento, promovem o aumento dos GEE ou dos aerossóis de sulfato emitidos pela queima de combustíveis fósseis contendo enxofre, que provocam um pequeno esfriamento. O aquecimento observado nos últimos 50 anos é em grande parte devido à emissão antrópica de GEE. A média de temperatura da superfície da Terra começou a crescer desde 1861, se comparada aos últimos mil anos. O aquecimento da superfície ocorrido no século 20 foi de 0,6+/- 0,2 em relação à média dos últimos mil anos. As previsões do Terceiro Relatório de Avaliação do IPCC, 2001, são a de um aumento da média global da temperatura entre 1,4 a 5,8 0C e a de um aumento no nível dos mares causado pela expansão térmica dos oceanos e o derretimento das calotas polares. A previsão é de uma elevação dos mares entre 0,09 e 0,88 metros, para os próximos 100 anos (até 2100). Fonte: IPCC, 1996 e 2001.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.