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IS THE FUTURE
’S = O futuro
EVERYONE
é de todos. 07/09/17
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Sumário
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Certame Gastronómico do Míscaro em Aguiar da Beira será “uma grande festa”
São Barnabé recebe XI Feira do Cogumelo e do Medronho
Festival em Aljezur promove e celebra a melhor batata-doce do mundo
Feira do Mel e da Castanha da Lousã contará com cerca de 140 expositores Organização de produtores e marca própria podem valorizar mel do Algarve Suinicultura portuguesa poderá chegar aos 600 milhões de euros em 2017
Biodiversidade das florestas debatida em actividade com plantação de árvores
Concurso ‘Queijos de Portugal’ elegeu os 21 melhores e atribuiu 41 menções honrosas Festival junta o prazer dos livros com os néctares e sabores do Dão Cooperativa Agrícola do Távora vendeu 1,5 milhões de garrafas de espumante
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Agricultura deve tirar maiores proveitos financeiros da nova dinâmica turística nos Açores 22 Congresso de Horticultura debateu sector e a inovação ao serviço dos negócios
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Alterações climáticas estiveram no topo das preocupações dos produtores de castanha Mercado Magriço promoveu e mostrou o melhor de Penedono Lage Grande voltou a receber a Feira do Porco e do Enchido de Meruge
Associação da Serra da Estrela pede recuperação de áreas ardidas e aposta na pastorícia Passadiços vão permitir visitar em segurança cascata do Pulo do Lobo no Alentejo
AGIM promove formação prática de podas de mirtilos
Restaurante Bem Haja abriu como nova gerência Ruris quer modernizar as feiras de fumeiro
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Em Aguiar da Beira nos dias 25 e 26 de Novembro
Certame Gastronómico do Míscaro será “uma grande festa”
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m “grande festa” é o que o presidente da Câmara de Aguiar da Beira pretende que seja o V Certame Gastronómico do Míscaro, que decorrerá nos dias 25 e 26 de Novembro, e que tem em Quim Barreiros o cabeça de cartaz do programa de animação. Num ano em que a seca tem condicionado o desenvolvimento do fungo, Joaquim Bonifácio espera que até ao evento o São Pedro ajude e haja míscaro nos pinhais do concelho. O autarca de Aguiar da Beira, à Gazeta Rural, garantiu a continuidade do calendário de evento no novo mandato que iniciou há cerca de um mês, referindo que a Orientação será uma das prioridades, uma vez que o concelho receberá em 2019 uma prova internacional desta modalidade desportiva de natureza. É que Aguiar da Beira está em quarto lugar, a nível mundial, em termos de condições naturais para a prática da Orientação. Gazeta Rural (GR): Como vai ser o Certame Gastronómico do Míscaro deste ano? Joaquim Bonifácio (JB): Vamos na quinta edição e vai ser, com certeza, um grande festa, onde vamos dar a conhecer os nossos produtos endógenos, que é importante promover, porque, desse modo, estamos a dinamizar a economia local. O míscaro é o rei deste certame, que normalmente abunda na floresta do nosso concelho, mas que este ano, devido às condições climatéricas adversas, não devemos ter essa iguaria nas quantidades habituais, mas teremos outras espécies, como o míscaro preto, as cepas, os frades, entre outros. Esperemos que até ao evento ainda chova e que nessa altura já possamos ter o nosso míscaro amarelo, para dar ainda mais brilho ao evento e para que todos aqueles que nos visitem nesse fim-de-semana o possam apreciar. GR: O evento tem um programa atractivo? JB: Sim. Idealizámos um programa rico, não só nas várias actividades previstas, como também na parte de
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animação, com destaque para Quim Barreiros. As actividades são variadas, como um mercadinho agrícola, espaços para as juntas de freguesias, IPSS e outras instituições do concelho, bem como o artesanato e, naturalmente, um espaço gastronómico onde os visitantes poderão saborear o que de melhor se faz em Aguiar da Beira, um concelho com uma boa oferta gastronómica e que é muito procurado. De destacar ainda os workshops que se irão realizar, com a confecção ao vivo do pão de castanha, - no âmbito do protocolo existente com o Centro de Interpretação Vivo do Castanheiro e da Castanha, orientada pelo UTAD que vai deliciar os presentes. Há ainda outras actividades como um trail, que dará a conhecer as paisagens do concelho, e um passeio micológico, orientado por especialistas de reconhecido mérito.
GR: Tem repetido que sendo Aguiar da Beira um concelho rural a aposta tem que passar por aí? JB: A dinamização económica do concelho tem que assentar no aproveitamento dos nossos produtos endógenos e do nosso património - histórico, paisagístico e gastronómico, - que é riquíssimo. Esta festa tem todos os ingredientes para ser um grande evento de promoção e divulgação do concelho e dos seus produtos, não só para os que cá vivem, mas também a todos quantos nos visitam por esta altura e que queremos que voltem mais vezes ao longo do ano. GR: Há especialistas em micologia que se mostram preocupados com os efeitos da seca nos próxi-
mo anos. Sendo Aguiar da Beira um concelho onde o míscaro é uma importante fonte de receita para as populações rurais, tem ideia dos efeitos que pode ter no concelho? JB: Neste momento isso ainda não é possível prever. Referi no início as condições adversas para o aparecimento do míscaro que se verificam este ano, sendo expectável que não apareçam nas quantidades de outros anos. Concordo que se as condições climatéricas não proporcionarem o aparecimento deste fungo, e a seca se prolongar, isto terá efeitos no futuro, nomeadamente na pequena economia local, especialmente naquelas pessoas que nesta época do ano fazem da apanha do míscaro um meio para melhorar o seu orçamento familiar. Vamos acreditar que as condições melhorem e que ainda vamos a tempo de ter um bom ano de míscaro. GR: Tomou posse há cerca de um mês para um novo mandato. Vai manter o calendário de eventos que anualmente a Câmara organiza, ou poderá aparecer algo de novo? JB: Neste momento, o que posso garantir é que o nosso calendário de eventos se vai manter. Outros eventos poderão surgir, mas teremos tempo para pensar neles. O nosso objectivo imediato é fazer bem os eventos que realizamos e engrandece-los ainda mais, com a participação das pessoas e das forças vivas do concelho.
GR: A Orientação foi uma aposta no anterior mandato e que é um projecto a reforçar? JB: Está provado que o concelho dispõe de condições únicas, a nível nacional e internacional, para a prática da Orientação. Quem o diz são os especialistas e as organizações internacionais ligadas a esta modalidade. A nível mundial estamos em quarto lugar e, por isso, temos que aproveitar estas condições para desenvolver a modalidade. Queremos criar uma associação que divulgue e promova esta actividade junto dos mais novos nas nossas escolas. Temos que a dinamizar por muitas razões, entre as quais o número de pessoas que nos visitam para a sua prática. No último ano tivemos mais de um milhar de atletas oriundos de 21 países. Aliás, em 2019 teremos uma prova internacional, em que prevemos ter entre quatro a cinco mil atletas vindos de todos os cantos do mundo. É, por isso, uma modalidade que temos que valorizar, acarinhar e dar todas as condições para que no futuro tenhamos cada vez mais gente no nosso concelho, porque os atletas, e seus acompanhantes, vão mexer com a nossa economia, em especial a hotelaria e restauração. Com isto, o nome de Aguiar da Beira andará por esse mundo fora.
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Em Almodôvar, a 25 e 26 de Novembro
São Barnabé recebe XI Feira do Cogumelo e do Medronho
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Serra de São Barnabé volta a mostrar, nos dias 25 e 26 de Novembro, o que tem de melhor, dando a possibilidade aos visitantes de conhecer os seus produtos. A XI Feira do Cogumelo e do Medronho é a proposta da autarquia de Almodôvar, da Junta de Freguesia de São Barnabé e da “A Medronheira - Associação de Defesa do Património de São Barnabé”. Produtos locais, tasquinhas, sessões de showcooking, música, animação, conferências e espaço infantil são os principais destaques do certame, que se apresenta como um dos pontos altos de dinamização turística e de valorização dos produtos endógenos deste concelho alentejano. O presidente da Câmara de Almodôvar diz que “a edição 2017 tem algumas novidades, nomeadamente a oferta do medronho a ser destilado ao vivo, bem como na degustação dos cogumelos”. António Bota diz que, apesar da seca, “haverá cogumelos na feira, - os mais silvestres, os chamados cogumelos da serra”. Para o autarca este evento “vem de encontro aos desejos da população do concelho, e especialmente da freguesia de São Barnabé, no que toca à dinamização da sua terra, dos seus produtos e da nossa cultura”. Para o autarca este certame é também “um encontro de gerações, de pessoas que estão fora, na diáspora ou nas cidades do nosso país, que encontram nesta data um motivo forte para visitar a família e degustar os produtos típicos do Alentejo, desde nossa gastronomia, o mel, o queijo, o medronho e todos os seus derivados que possamos imaginar, incluindo os doces, o fruto, bem como, por exemplo, o chocolate com medronho, entre outros”, refere o autarca.
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De 24 a 26 de Novembro, no Espaço Multiusos de Aljezur
Festival promove e celebra a melhor batata-doce do mundo
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Espaço Multiusos, em Aljezur, recebe de o Festival da Batata Doce, que este ano se realiza de 24 a 26 de Novembro, das 12 às 24 horas. Este evento celebra a melhor batata-doce do mundo, produto de características únicas com indicação geográfica protegida ”variedade Lyra”, genuinidade que lhe é conferida pelo trabalho árduo de todos os produtores, homens e mulheres que constituem a Associação de Produtores de Batata-doce de Aljezur. O certame visa igualmente honrar todos os que se dedicam a esta actividade agrícola bem como todo o sector agroalimentar a ela ligado, como forma de incentivo e reconhecimento do seu trabalho. Os visitantes poderão encontrar neste evento vários restaurantes e tasquinhas onde serão servidas as receitas mais típicas e as novas propostas culinárias, sempre conjugadas com esta batata-doce de sabor único e impar. As Doceiras de Aljezur levarão até este festival as mais requintadas tentações de bolos, pastéis, tortas e outras formas de saciar os apetites dos mais gulosos e dos mais curiosos em perceber como são únicas estas tentações feitas de forma sábia e tradicional, pelas nossas “embaixadoras” da doçaria local. Resultado de uma parceria estabelecida há vários anos entre o Município de Aljezur e a Associação de Produtores de Batata Doce de Aljezur com o principal intuito de valorizar a produção agrícola deste produto secular e de sabor e características únicas, muito devido ao solo e ao clima que a zona demarcada apresenta para a produção da mesma, o festival tem registado, ano após ano, uma maior afluência de visitantes, facto que orgulha e distingue os habitantes deste concelho algarvio.
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De 23 a 26 de Novembro
Mosteiro de Alcobaça recebe XIX Mostra Internacional de Doces & Licores Conventuais
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lcobaça recebe de 23 a 26 de Novembro a XIX Mostra Internacional de Doces & Licores Conventuais. São quase 20 anos desta grande Mostra Internacional, organizada pela Câmara Alcobaça, que foi pioneira na abordagem turística da Doçaria Conventual, trazendo anualmente, sempre em Novembro, ao Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, dezenas de participantes e milhares de visitantes. Este evento destaca-se entre os melhores eventos gastronómicos internacionais, pela sua qualidade, originalidade e identidade, respeitando o legado da cultura cisterciense. A Mostra decorrerá em pleno Mosteiro de Alcobaça, eleito pela UNESCO Património da Humanidade e uma das Sete Maravilhas de Portugal, onde poderá degustar o melhor do receituário conventual não só de Alcobaça mas, também, de outros mosteiros, conventos e pastelarias, nacionais e internacionais. Um momento alto nos eventos gastronómicos de excelência de nível internacional. A Doçaria Conventual em Alcobaça é riquíssima e herdeira das tradições gastronómicas dos Monges de Cister, senhores dos antigos Coutos de Alcobaça que, em mais de oito séculos de permanência na região, deixaram como marca de excelência a sua dedicação à terra, à arte, à agricultura, ao empreendedorismo e obviamente também à doçaria conventual. São famosas as cornucópias, o Pão-de-Ló de Alfeizerão, as trouxas-de-ovos, o licor de ginja de Alcobaça, entre muitas outras iguarias.
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Anunciou o Secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e das Florestas
Garantido alimento para as colmeias sobreviventes aos incêndios
De 17 a 19 de Novembro, com cerca de 140 expositores
A “melhor feira de mel do país” vai decorrer na Lousã
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s apicultores das zonas afectadas pelos incêndios podem, a partir de dia 15 de Novembro, recorrer a ajudas para alimentação das colmeias localizadas nas áreas ardidas e cuja sobrevivência se encontra ameaçada. A Federação Nacional dos Apicultores de Portugal (FNAP) estima que estejam nesta situação um efectivo de 110.615 colmeias. Na sequência dos incêndios ocorridos em 2017, a FNAP e as orgae 17 a 19 de Novembro terá lugar na Lousã a nizações de apicultores suas filiadas, têm vindo alertar para a neXXVIII Feira do Mel e da Castanha, um evento cessidade de apoiar as explorações apícolas das zonas afectadas, de referência nacional que, ano após ano, se tem cujo futuro se encontra ameaçado, devido às perdas de efectivo afirmado como a melhor feira de mel do país. Mane à escassez de pastagem que se fará sentir até ao início da Pritendo a qualidade de edições anteriores, a Câmara mavera seguinte. da Lousã apostou novamente num programa diverConsequência do acompanhamento desta situação pelo Misificado, com inúmeras actividades promovidas ou nistério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Florestas, foi dinamizadas por instituições, artistas locais e nacioassegurado o fornecimento de 100 toneladas de açúcar para nais. alimentar as colmeias localizadas nas áreas ardidas e cuja soA Feira contará este ano com cerca de 140 expobrevivência se encontra ameaçada. Esta medida de apoio foi sitores, onde, para além dos já habituais apicultores, anunciada pelo Secretário de Estado do Desenvolvimento Rural produtores e comerciantes de castanha e de outros e das Florestas, Miguel Freitas, na Sessão de Abertura do X produtos endógenos e instituições estará presente Encontro de Apicultura do Algarve, e confirmada pelo Ministro uma significativa mostra de artesanato do concelho e da Agricultura, Luis Capoulas Santos, onde também realçou do país – com um aumento considerável de expositores a importância da apicultura enquanto actividade económica em relação a anos anteriores- e, também, uma zona fulcral para o desenvolvimento das zonas rurais, mas também destinada a produtos gastronómicos diversos com recomo actividade potenciadora da regeneração natural da flopresentatividade nacional e um espaço dedicado à anira e dos habitats das áreas afectadas pelos incêndios. mação. Paralelamente a este espaço, numa outra tenda, O exaustivo levantamento feito pelas organizações de apiestarão disponíveis 5 tasquinhas dinamizadas por assocultores locais permitiu identificar 2.245 explorações cujo ciações locais e o espaço da animação infantil. futuro se encontra ameaçado total ou parcialmente, no que A Feira da Castanha e do Mel da Lousã é uma das mais totaliza um efectivo de 110.615 colmeias. antigas feiras realizadas no País, destacando-se, também, A partir de dia 15 de Novembro, podem estes apicultores pelo facto de ter sido a primeira a expor e comercializar contactar com a organização de apicultores local, de forunicamente mel certificado. Tem-se revelado, ao longo ma a receber este apoio essencial para a sobrevivência da dos anos, um evento de sucesso e que marca o calendário sua exploração, bem como para o furo do sector apícola cultural e gastronómico, pelo prestígio que conquistou e nacional. pela qualidade que sempre apresenta.
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Região tem um total de 120.000 colmeias
Organização de produtores e marca própria podem valorizar mel do Algarve
escoamento” e disse que “o mel se vende bem e a bons preços”, porque “é um mel de qualidade o algarvio”. “Agora, em termos de futuro e de mercado competitivo, era importante este mel e os apicultores, consequentemente, se organizassem de uma forma mais estruturada em termos de organizações e promovessem uma marca associada à região”, reiterou. Os dados do anterior quadro comunitário de criação de organizações de produtores e de marca própria apoio (PRODER) reflectem que na região mais a que valorize o mel do Algarve foram as metas definidas no X sul de Portugal apostaram por produzir mel “meEncontro Regional de Apicultura, que decorreu em Faro. tade dos jovens agricultores que investiram no AlO responsável máximo da Direcção Regional de Agricultura e garve”, destacou Fernando Severino, precisando Pescas (DRAP) do Algarve, Fernando Severino, fez um balanço que “o número total foi de 500, portanto 250 agripositivo da iniciativa que juntou na sede do organismo decisocultores investiram na apicultura”. res, técnicos e produtores, referindo que o sector “vive com “Nas nossas estimativas dinamizaram qualquer saúde” na região, onde “existe o menor número de apicultores, coisa como 400 postos de trabalho na região”, conmas estão localizados os de maior dimensão”. gratulou-se o responsável pela agricultura e pescas “Estão registados 10.000 apicultores em Portugal, no Algardo Algarve, salientando a necessidade de aproveitar ve nós temos este ano 744. E estes 744 apicultores no Algarve ainda mais o “potencial enorme deste produto para têm 8.291 apiários e um total de 120.000 colmeias. Ora, estiexportação”, porque o mel do Algarve “lá fora é conma-se que estas colmeias produzirão mel com um valor à volsiderado de elevada qualidade”. ta dos 10 milhões de euros”, quantificou o director regional. Fernando Severino considerou que é também imFernando Severino acrescentou que, “considerando os subportante “trabalhar a valorização da parte comercial” produtos, como o pólen ou a cera”, a apicultura no Algarve do produto e apostar no “mel biológico” para poder tem “um valor à volta dos 15 milhões de euros”, o que faz da haver “acréscimo do preço por quilo sem aumentar actividade um “sector bastante importante para a agricultuprodução”. “Temos as alterações climáticas, não pora regional”. demos fugir a isso, e com a seca não há tanta riqueza “A apicultura é um sector que respira saúde. Sofre de um florística”, advertiu, sublinhando que há margem para problema, porque é uma pena não termos ainda uma orgacrescer em rentabilidade mesmo com a diminuição das nização de produtores que possa fomentar uma maior concondições de produção no terreno por força da mudança centração da produção, porque muito deste mel é expornos padrões meteorológicos. tado e há importância de dinamizar a existência de uma O director regional de Agricultura e Pescas qualificou o marca associada ao Algarve”, analisou o director regional encontro como um dos “pontos mais altos da apicultura de Agricultura. em termos regionais e até nacionais”, devido à relevância Fernando Severino referiu que “não há problemas de dos participantes para o sector.
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Torres Vedras recebe a Gala Porco d’Ouro a 24 de Setembro
Suinicultura portuguesa poderá chegar aos 600 milhões de euros em 2017
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ados do sector foram revelados pela Federação Portuguesa de Associações de Suinicultores em conferência de imprensa, realizada em Torres Vedras, cidade que receberá no próximo dia 24 a Gala Porco d’Ouro A Federação Portuguesa de Associações de Suinicultores (FPAS) realizou em Torres Vedras, uma conferência de imprensa, antecipando a segunda edição da Gala Porco d’Ouro que terá lugar na cidade no próximo dia 24 de Novembro, e que pretende premiar os melhores produtores nacionais. A sessão de esclarecimentos, que contou com a presença do presidente da Câmara de Torres Vedras, Carlos Bernardes, do vice-presidente da FPAS, David Neves, e do presidente da ACIRO, Mário Reis, ficou marcada pelo anúncio dos primeiros resultados económicos do sector, pelo ponto de situação dos primeiros quatro meses do projecto Porco PT, e pela divulgação da próxima quinzena gastronómica de Torres Vedras que terá como mote o Porco PT é Rei. Segundo a FPAS, o sector deverá facturar este ano 600 milhões de euros, um crescimento face aos 540 milhões de euros com que fechou o ano de 2016. Um dos motivos deste aumento está no valor tam um terço da produção nacional. O número médio da carne vendida que passou de 1,30 euros por quilograma de animais abatidos para o mercado tem vindo para 1,56 euros em 2017. a aumentar desde Junho, cerca de 18 mil nos priEm termos de mercado, Portugal ainda não é auto-suficiente e meiros cinco meses, o que leva o sector a colocar importa 35 a 40% da carne de porco que consome. Apenas 5% é como objectivo para o próximo ano a duplicação exportada. Uma das medidas apresentadas passa por aumentar a das vendas. produção para reduzir as importações de carne de porco e abrir Como parte integrante da parceria entre a FPAS, novos mercados de exportação, como a China, que permitirão um a Câmara de Torres Vedras e a ACIRO, foi ainda potencial crescimento para o sector. divulgada a próxima edição da quinzena gastronóNo que toca à Gala Porco d’Ouro, que terá lugar na ExpoTorres mica do concelho que terá lugar no próximo mês no próximo dia 24 de Novembro, estão já confirmadas a presença de Janeiro e que terá como mote o Porco PT é Rei. de 700 pessoas do sector, numa cerimónia que tem como principal objectivo premiar as melhores práticas de maneio, bem-estar animal, sanitárias e ambientais e reconhecer o trabalho de excelência dos produtores, técnicos e empresas do sector. A escolha do local para a realização do evento recaiu sobre Torres Vedras, concelho com forte implementação da actividade suinícola e que contribui anualmente com quatro milhões de euros para a economia deste concelho. A cerimónia deste ano contará com 76 nomeados (mais 46 que em 2015), estando prevista a atribuição de 29 prémios. Por regiões, as nomeações distribuem-se por Lisboa e Vale do Tejo (60), Centro (10), Alentejo (5) e Norte (1). Sobre o Porco PT, cinco meses após seu lançamento, David Neves anunciou a existência de 50 empresas aderentes ao projecto e 400 explorações certificadas que represen-
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Em Idanha-a-Nova a 25 de Novembro
Biodiversidade das florestas debatida em actividade com plantação de árvores
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o dia 25 de Novembro realiza-se em Idanha-a-Nova a actividade de natureza “A Relevância da Biodiversidade das Florestas”, com o prestigiado biólogo e professor Jorge Paiva, da Universidade de Coimbra. Esta “conversa mesmo ao pé” insere-se no Festival Fora do Lugar que entre 24 de Novembro e 9 de Dezembro ‘ocupa’ Idanha-a-Nova com música, histórias, passeios, desenho, viagens, conversa, troca e aprendizagem. Esta actividade tem início às 10 horas no Centro Cultural Raiano (CCR). Haverá uma breve pausa para almoço ligeiro, fornecido pela organização, e depois decorrerá a plantação de sobreiros e azinheiras na Tapada do Sobral (junto ao CCR). Esta acção destina-se ao público em geral e termina às 15h00. A inscrição é gratuita, mas obrigatória para mail@artedasmusas.com.
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ANIL promoveu a nona edição de um desafio que visa dinamizar o sector
Concurso ‘Queijos de Portugal’ elegeu os 21 melhores
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oi ontem, 30 de Outubro de 2018, o dia eleito ria Mistura Cura Prolongada, com ‘Três Igrejas Cura Prolongada pela ANIL - Associação Nacional dos Industriais Saloio’, para além das três ‘Menções Honrosas’ na categoria Rede Lacticínios para anunciar os resultados e entrequeijão Mistura, com ‘Requeijão Natural Saloio’, na categoria Cagar os prémios do 9.º Concurso ‘Queijos de Portugal’. bra Cura Prolongada, com ‘Palhais Rústico Saloio’, e na categoria A cerimónia teve lugar na FIL, em Lisboa, ao integrar Mistura Cura Prolongada, com ‘Sítio da Perdiz Saloio’. Seguiu-se o programa oficial da primeira edição do ‘Grandes a Lacticínios do Paiva, vencedor nas categorias Requeijão Vaca, Escolhas - Vinhos & Sabores’. São 21, número que Flamengo e Novos Sabores, com ‘Requeijão de Lamego’, ‘Paiva corresponde às categorias em prova, os queijos que Bola’ e ‘Paiva Flamengo com Alecrim’, respectivamente, tenvão poder envergar o selo ‘Prémio Melhor Queijo 2017 do arrecadado uma ‘Menção Honrosa’ na categoria Flamengo, - Concurso Queijos de Portugal’. Foram ainda chamacom ‘Paiva Fatias’, e outra na categoria de Queijo Fresco Vaca. dos “ao palco”, para receber ‘Menção Honrosa’, 41 A Queijaria Flor da Beira venceu na categoria Requeijão Overepresentantes de um total de 193 queijos que estilha, tendo recebido também três ‘Menções Honrosas’: ‘Flor veram a concurso. A lista, dos 21 + 41 premiados, é da Beira Amanteigado’ (Ovelha Cura Normal), ‘Flor da Beira extensa pelo que está disponível em documento próAmanteigado Selecção’ e ‘Flor da Beira’, ambos na categoprio – em anexo. ria Ovelha Cura Prolongada. Já à Queijaria Guilherme foram Após uma análise rigorosa, objectiva e técnica feita a atribuídas duas ‘Menções Honrosas’ na categoria de Queijo quase duas centenas de referências de queijo de produFresco Atabafado e uma categoria de Requeijão Ovelha. ção 100% portuguesa, o painel de 24 jurados decidiu e Os outros vencedores são: Filomena Maria Amaro, na caatribuiu os devidos galardões. tegoria Queijo Fresco Vaca, com o ‘Requeijoeste Argola’; De acordo com a lista de vencedores do Concurso Queijos Tavares, na categoria Queijo Fresco Ovelha, com ‘Queijos de Portugal 2017’ e no que toca aos produtores, o ‘Queijo Fresco de Ovelha Seia’; a Queijaria Licínia, na cao grande vencedor é JD-Empresa de Lacticínios, que artegoria de Queijo Fresco Cabra; Queijaria Prado da Sicó, recadou três galardões na categoria Cabra Cura Normal, nas categorias Queijo Fresco Mistura e Requeijão Fresco com ‘Palhais Gourmet Saloio’, na categoria Mistura Cura Mistura; a Queijaria Eira da Vila, na categoria Queijo FresNormal, com ‘Três Igrejas Tradicional Saloio’, e na categoco Atabafado; a Queijaria Sapata e Filha, na categoria
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e atribuiu 41 menções honrosas Requeijão Ovelha, com ‘Queijaria Sapata’; a BiloConcurso subiu para 95 queijos de 36 empresas, dados que remeres-Queijo Artesanal, na categoria de Requeijão teram para a introdução de mais seis categorias (11 ao todo), valoCabra, com ‘Queijo Bilores’; a Cooperativa Agrícores que quase duplicaram em 2013, com o anúncio da inscrição de la de Lacticínios do Faial, na categoria Vaca Cura 164 queijos de 49 empresas e do aumento para 19 categorias. Por Normal, com ‘Ilha Azul Amanteigado’; a Lacticínios sua vez, na edição de 2016, já noutro formato, o número de queiMAF nas categorias Vaca Cura Prolongada e Para jos levados a Concurso disparou para os 206, com a participação Barrar, com ‘Queijaria Apimentada’ e ‘Rico Creme’, de 59 empresas, e as categorias aumentaram para 20, o que respectivamente; a Cooperativa Agrícola de Lactidenota um acréscimo que tem vindo a granjear no panorama cínios de Lourais, na categoria Ilha, com ‘Lourais’; nacional, em grande parte justificada pela sua comprovada crea NCCavaco-Produtos Alimentares, na categoria dibilidade e isenção. Em 2017, inscreveram-se mais, mas cheOvelha Cura Prolongada, com ‘Almocreva Clássico’; garam efectivamente a concurso 193 queijos de 55 empresas a Rural Futuro, na categoria Ovelha Cura Prolongada, e foi introduzida mais uma categoria: o ‘Queijo Fresco Atabafacom ‘Modad’Oyro’; e a Lactibar-Lacticínios do Sabudo’. Um queijo fresco de origem maioritariamente alentejana e gal, na categoria Cabra Cura Prolongada, com ‘Quinta algarvia, produzido com leite de cabra ou mistura de leite de da Cabreira’. cabra e vaca, submetido a tratamento térmico superior ao da De notar que o objectivo primordial da ANIL face ao pasteurização. Concurso ‘Queijos de Portugal’ reside em fomentar o O sucesso do Concurso ‘Queijos de Portugal’ também se desenvolvimento da indústria e melhorar o posicionadeve à qualidade do painel de jurados composto por provamento dos queijos portugueses no mercado e, ao mesdores especialistas com formação específica, representando mo tempo, reforçar o reconhecimento deste produto o sector queijeiro, entidades da administração pública com junto do consumidor. ligação às vertentes agroalimentar, gastronómica e de distriA importância deste desafio tem vindo a reflectir-se buição, imprensa e consumidores. desde a primeira edição, na qual foram apresentados 57 queijos de 27 empresas, inseridos em cinco categorias. No ano seguinte - em 2010 - o registo de queijos levados a www.gazetarural.com
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De 1 a 3 de Dezembro, no Solar do Vinho do Dão em Viseu
Festival junta o prazer dos livros com os néctares e sabores do Dão
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ichael Palin, o famoso comediante britânico dos Monti Python, é a atracção maior do Festival Literário “Tinto no Branco”, evento integrado no Salão “Vinhos de Inverno, que vai decorrer no Solar do Vinho do Dão, em Viseu, de 1 a 3 de Dezembro. O evento harmoniza os prazeres dos livros, das conversas e da música com os néctares e sabores do Dão. O ‘Tinto no Branco’ vai juntar em Viseu cerca de 30 convidados em outros tantos momentos de programação, em mais de 50 horas, que incluem conversar literárias, ateliês infantis, performances, exposições, visitas guiadas e outras propostas, sendo atractivo para famílias e públicos diversos. A edição deste ano o festival constrói a sua narrativa em torno de duetos, de frente-a-frente, em conversas que confrontam temas como ciência e religião, poesia e prosa, campo e cidade e ócio e trabalho. O momento alto do festival chega no dia de abertura, a 1 de Dezembro, com uma conversa que senta à mesa o comediante britânico dos “Monty Python” Michael Palin e o humorista dos “Gato Fedorento” Ricardo Araújo Pereira. No leque de convidados figuram ainda Pedro Mexia, Francisco Viegas, Frei Bento Rodrigues, Nuno Júdice, Afonso Cruz, Daniel Oliveira ou Fernando Dacosta. O Festival é um evento âncora que dá corpo ao salão de néctares que decorrerá no Solar do Dão, no âmbito do “Vinhos de Inverno, o último evento da agenda de promoção enoturística promovida pelo Município de Viseu e pela Viseu Marca. O Solar do Vinho do Dão receberá um salão de provas de vinhos, com os produtores do Dão a darem a conhecer os seus néctares, um espaço para provar e comprar produtos agroalimentares, bem como artesanato. A cozinha do Solar terá um inquilino especial, tendo em permanência o restaurante QB Eventos, com a assinatura do Chef Luis Almeida. Pratos regionais, petiscos e sabores que combinam com os vinhos do Dão fazem parte da carta. A Tenda dos Jardins de Inverno será o espaço a privilegiar no evento para quem procura uma bebida quente,
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doces glamorosas e um palco de concertos com bar. O Lado B de Viseu estará também presente, com as visitas literárias “Viseu Misteriosa”. O Festival vai ser aproveitado para uma homenagem a António Homem Cardoso, aproveitado para o lançamento de um livro do fotógrafo e escritor sobre Viseu.
“A melhor edição do festival” Na apresentação do evento o presidente da Câmara de Viseu mostrou-se convicto de que “esta será a melhor edição do festival literário “Tinto no Branco”, que serve para reforçar Viseu enquanto “cidade cultural e de destino vinhateiro”. “Estaremos seguramente hoje ao nível do que melhor se faz do ponto de vista internacional”, referiu Almeida Henriques, salientando que serão “quatro dias muito intensos, de actividade diária, com números surpreendentes: 30 convidados, 30 eventos, 40 produtores e dois
emergentes da música. São estrelas neste firmamento que estarão no Solar do Vinho do Dão”, apontou. Para Jorge Sobrado, este é um ‘cocktail’ sedutor e atractivo, onde se juntam vinhos, literatura, conversas sabores e património. “É uma oferta que preenche uma lacuna na área da literatura para a comunidade. É também um ‘cocktail’ atractivo para turistas, sem desprimor para o turismo de autocarro, mas para o turismo cultural e qualificado”, concluiu.
Uma edição “bem conseguida e muito bem casada” Na sua intervenção, o vereador com o pelouro do Desenvolvimento Rural da Câmara de Viseu referiu que esta edição do Festival “está bem conseguida e muito bem casada”, pois “à lareira há lugar para ler um livro e beber um bom vinho”, seja um Encruzado, novo ou com já com alguns anos, ou um Touriga Nacional, “as duas principais ‘bandeiras’ da região”, mas também um blend ou um monovarietal de outras castas nobres da região do Dão. João Paulo Gouveia desafiou aos produtores, “desta região centenária e a mais antiga região de vinhos de Portugal” para que “estejam presentes em grande número neste evento, um palco relevante na sua região”.
grandes cabeças de cartaz na abertura”, sustentou o autarca. Almeida Henriques sustentou ainda a necessidade de “potenciar o cunho rural do concelho de Viseu e da região”, como “um factor de diferenciação que nos identifica”, pois “somos um destino completamente diferente dos outros, porque temos este mix de eventos para oferecer a quem nos visita durante o ano”.
“Um ‘cocktail’ sedutor e atractivo” Já o vereador da Cultura e Turismo, Jorge Sobrado, salientou que durante o evento os “30 grandes nomes da literatura, do pensamento e da cultura serão acompanhados por 30 grandes vinhos do Dão”. “Teremos em Viseu uma inédita e singular concentração de grandes nomes da literatura, grandes vinhos e alguns nomes www.gazetarural.com
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Projecto começou com seis mil garrafas em 2004
Cooperativa Agrícola do Távora vendeu até Setembro 1,5 milhões de garrafas de espumante
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ma produção experimental de vinho espumante promovida em malvasia fina, seguido do rosé touriga nacional, 2004 na Cooperativa Agrícola do Távora, em Moimenta da Beira, verdelho, fraga da pena, o tinto touriga franca e distrito de Viseu, transformou-se num projecto com 1,5 milhões de o pata de lebre”. garrafas vendidas até Setembro de 2017. Inseridas na Região Távora As vendas há muito que já superaram as Varosa, as Caves Terras do Demo, que integram aquela cooperativa, fronteiras nacionais e saem para o Brasil, superaram em 2016 os 10 milhões de euros de facturação. Angola, Peru, China, França, Suíça e Inglaterra, O vice-presidente da cooperativa Nuno Silva falou no âmbito exportando entre 18 e 20% da produção. do Dia Europeu do Enoturismo, modalidade a que aquela vila do E com um crescimento em 2017 de 50% até ao distrito de Viseu quer o mais depressa possível adaptar-se em final de Setembro, a cooperativa abrange vários nome de um crescimento sustentado. “Em 2004, uma vez que concelhos: Moimenta da Beira e Sernancelhe, e estávamos a vender o vinho base de espumante para várias ainda franjas de Tabuaço, Armamar, Tarouca, Meda caves do país, sentimos a necessidade de fazer essa experiência e Penedono, num total de 700 hectares de vinha. e tentar aqui criar o nosso espumante”, explicou o responsável “No enoturismo, numa percentagem de zero a 10, das caves cujo nome homenageia a obra do escritor Aquilino estamos, no máximo, a 5”, lamentou Nuno Silva, Ribeiro. avançando ser “uma aposta a fazer no futuro em Seis mil garrafas de espumante permaneceram então nove colaboração com a Câmara de Moimenta da Beira e meses em cave antes de entrarem no mercado, onde “uma que pode passar por um museu”. resposta muito positiva fez com que em dois meses se tivessem O presidente da Câmara de Moimenta da Beira, José esgotado”, recordou Nuno Silva. Eduardo Ferreira, confirmou a aposta para o edifício, No ano seguinte “passaram a ser 40 mil e o mercado anunciando que o projecto integra o Programa de continuava a pedir mais”, pedidos a que a cooperativa deu Valorização Económica dos Recursos Endógenos sempre resposta, “crescendo de forma sustentada até atingir (PROVERE). “É necessário que se organize uma rede de em 2017 o patamar de 1,5 milhões de garrafas”, explicou. visitação na região que permita trazer cá os turistas, “Quando a actual direcção da cooperativa iniciou funções em sendo que já são aos milhares os que cá chegam ao 2013, a facturação era de cerca de 2 ME e em 2016 ultrapassou longo do ano. Naquele edifício há condições, inclusive, os 10 ME”, congratulou-se Nuno Silva. para ser feito um museu vivo ou mais relacionado O investimento, segundo o vice-presidente, abrange com o passado”, observou. E prosseguiu: “os valores “não só os vinhos como também a maça, num esforço que disponíveis não são muitos, mas vamos esforçar-nos permite pagar melhor as uvas aos agricultores, passando de para o conseguir”, acrescentou o autarca para quem a valores entre os 9 e 15 cêntimos em 2004 para acima dos 40 “aposta de sucesso dos últimos anos tem de manter-se”. cêntimos no presente”. Do espumante que nasce na região da Távora Varosa, Com cerca de um milhão de garrafas nas caves, em José Eduardo Ferreira disse “não ser indiferente que se Janeiro de 2018 esse número chegará aos “1,5 milhões, chame Terras do Demo”, pois “está na melhor região de abrangendo seis variedades”, sendo a que “mais vende é o espumantes do país”.
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Afirmou Director Regional da Agricultura dos Açores
Agricultura deve tirar maiores proveitos financeiros da nova dinâmica turística nos Açores
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Director Regional da Agricultura dos Açores afirmou no Pico que é essencial que o sector agrícola consiga tirar maiores proveitos financeiros da nova dinâmica turística que se vive nos Açores. “É mais do que justo e natural que os agricultores e todos aqueles que desenvolvem a sua actividade na cadeia do agroalimentar e do agro-turismo sejam, de algum modo, compensados pelos turistas que nos visitam, que se deleitam nas nossas adegas e que se passeiam nas históricas curraletas do vinho verdelho”, frisou José Élio Ventura, na sessão comemorativa do Dia Europeu do Enoturismo. Para o Director Regional, seria também estimulante ver turistas participarem no trabalho associado à vinha, maioritariamente manual, que interliga as pessoas, a tradição, a terra e a paisagem. “Os Açores são conhecidos pelas suas paisagens, mas também pela sua agricultura, pelas suas produções agropecuárias de qualidade, como é o caso da vinha, do vinho e dos seus licores e aguardentes”, salientou. Na sua intervenção nesta cerimónia, realizada na adega ‘A Buraca’, que está a comemorar o décimo aniversário e agrupa o turismo, o vinho e as tradições locai, José Élio Ventura destacou o contributo que a Cooperativa Vitivinícola da Ilha do Pico e o Laboratório Regional de Enologia têm dado ao desenvolvimento do Enoturismo, ao promoverem a realização de palestras e de visitas guiadas em diferentes línguas. José Élio Ventura salientou ainda o grande esforço que está a ser feito para recuperar a área dedicada à vitivinicultura, referindo que os investimentos apoiados pelo programa VITIS já permitiram que os Açores registassem um aumento de pouco mais de 200 para cerca de 1.000 hectares a produzir vinho já a partir do próximo ano, sendo o Pico a ilha com maior expressão neste sector. O Director Regional de Agricultura salientou ainda que têm surgido cada vez mais jovens agricultores qualificados e interessados em apostar na vinha e no vinho, criando mesmo novas marcas, em associação com enólogos de renome, contribuindo para o desenvolvimento e afirmação do sector. “Esta dinâmica em torno do vinho criou, assim, mais uma oportunidade de promoção internacional do destino Açores e um segmento turístico em visível crescimento”, afirmou. Os Açores possuem actualmente 38 marcas de vinho certificado, várias dezenas de produtores individuais, três zonas demarcadas, nomeadamente Biscoitos (ilha Terceira), Graciosa e Pico, e a Indicação Geográfica Protegida, para vinhos de qualidade brancos e tintos. O Dia Europeu do Enoturismo foi criado em 2009, pela Rede Europeia de Cidades do Vinho (RECEVIN).
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No Largo Hermenegildo Solheiro, de 24 a 26 de Novembro
Festa do Espumante volta a celebrar Melgaço
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e 24 a 26 de Novembro, Melgaço volta a ser celebrado. Quase duas dezenas de espumantes e uma panóplia de produtos regionais poderão ser degustados bem no centro do município, no Largo Hermenegildo Solheiro, na terceira edição da Festa do Espumante de Melgaço. O fim-de-semana será, certamente, inesquecível. Neste evento de entrada livre, há borbulhas para todos os gostos. A casta rainha da região, o Alvarinho, está em grande destaque com a presença de 12 afamados produtores, a saber: Adega do Sossego, Alvaianas, Casa de Canhotos, Dom Ponciano, Dona Paterna, Quinta do Mascanho, Quinta do Regueiro, Quintas de Melgaço, Reguengo de Melgaço, Soalheiro, Terras da Aldeia e Terras de Real. Conhecidos pela grande capacidade de harmonização gastronómica, as quase duas dezenas de espumantes contam com a companhia de produtores de gastronomia regional: Aromas e Caprichos, Bebipelada, Mel do Zé, Delícias do Planalto, Fumeiro Tradicional de Castro Laboreiro, Melgaço em Sabores, Prados de Melgaço e Quinta de Folga. Fumeiro, queijo, doçaria e até trufas ou gelado de Alvarinho preenchem a irresistível montra de produtos. Em permanência, os restaurantes “O Brandeiro” e “Paris” confeccionam especialidades de Melgaço e do Alto Minho. O cartaz da terceira edição fica completo com sessões de cozinha ao vivo, provas comentadas e actuações musicais. A Festa do Espumante de Melgaço realiza-se no dia 24 de Novembro, sexta-feira, das 18 às 2 horas, dia 25 de Novembro, sábado, das 12 às 2 horas, e dia 26 de Novembro, domingo, das 12 às 18 horas. A entrada é livre e a aquisição do copo oficial de provas tem um custo de 2,50€. Uma organização da Câmara Municipal de Melgaço com produção da EV-Essência do Vinho.
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Segunda edição está agendada para 2019 em Goiânia, no Brasil
Congresso Luso-Brasileiro de Horticultura debateu sector e a inovação ao serviço dos negócios
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I Congresso LusoBrasileiro de Horticultura (CLBHort2017) promoveu o encontro entre 250 cientistas e empresários focados na Inovação ao serviço dos negócios. Um evento co-organizado pela Associação pretendemos perante as oportunidades de Portuguesa de Horticultura e a Associação Brasileira de Horticultura mercado” explicou António Graça, responsável e que decorreu no Centro de Congresso do ISCTE, em Lisboa. de I&D da Sogrape. O Secretário de Estado da Agricultura e Alimentação, Luís Medeiros A Herdade do Esporão, que produz centenas Vieira, que presidiu à sessão de abertura, expressou o desejo de de hectares de vinha no Alentejo em Modo de que este “congresso seja gerador de iniciativas que conduzam à Produção Biológico, usa sondas de humidade de introdução de inovação na economia real”, acrescentando que as solo e modelos de previsão de pragas e doenças, conclusões deste evento “serão um referencial a ter em conta pelo caminhando para a total automatização do meu Governo”. sistema de rega. “A nossa ambição é eliminar O CLBHort2017 integrou quatro sessões plenárias, oito mesas o elemento humano na programação da rega. redondas, 10 sessões orais, três workshops (uma prova de vinhos, Em alguns anos o nosso sistema de rega será uma prova azeites e uma sessão sobre sistemas de controlo totalmente automatizado, integrando sensores inteligente do clima da estufa) e duas visitas técnicas (Alentejo e e inteligência artificial”, garantiu Rui Flores, Oeste) e recebeu mais de 400 comunicações científicas. responsável de rega no Esporão. “O modelo escolhido para o CLBHort2017, com a participação A robótica é outras das áreas que promete de empresários líderes de Portugal e Brasil, em plenárias e mesas revolucionar a Horticultura a breve prazo. redondas, colocou em perspectiva a forma como estão a inovar Investigadores do INESC-TEC, no Porto, estão nos seus negócios e contribuiu para aproximar investigadores a desenvolver robots de pequeno porte que se e empresários lusófonos, que em conjunto devem encontram deslocam de forma autónoma em vinhas de encosta soluções para os principais desafios da Horticultura, aumentando no Douro, recolhendo dados de maturação das uvas a sua competitividade a nível internacional. Consideramos que para vindima selectiva e ajudando a realizar tarefas este evento foi um sucesso”, afirmou António Calado, presidente de campo. Filipe Santos, investigador do INESC-TEC, do CLBHort2017. partilhou com os congressistas as potencialidades da agricultura de precisão e deu o exemplo de um Inteligência artificial e robótica na horticultura sistema de automação e controlo aplicado a um tractor e cisterna de distribuição de adubo líquido a Investigadores e empresas demonstraram no CLBHort2017 taxa variável, desenvolvido por este instituto para a que a quarta revolução industrial, marcada pela convergência empresa Herculano Alfaias Agrícolas e que chegará ao de tecnologias digitais, físicas e biológicas, já chegou ao sector mercado em 2018. da Horticultura. Empresas como a Sogrape ou a Herdade do Esporão, dois dos maiores produtores de vinho em Portugal, Azeite é um sector em crescimento gerem as suas vinhas com um nível de precisão impensável há uma década. A Sogrape, por exemplo, usa informação O azeite é um elo de ligação cultural e comercial entre recolhida por 20 estação meteorológicas, imagens de Portugal e Brasil e mereceu, nesse contexto, especial satélite do índice da vegetação das videiras, entre outras destaque no CLBHort2017. Cerca de um quarto do azeite ferramentas, que lhe permitem tratar cada talhão de vinha, que Portugal exporta tem como destino o Brasil (34.208 ou até cada planta, de forma personalizada, com poupanças toneladas exportadas em 2016), e mais de metade do de 30% no gasto da água e um aumento da qualidade das azeite que o Brasil importa provém de Portugal. uvas usadas em vinhos topo de gama. “Gerimos hoje as Apesar do baixo consumo per capita – cada brasileiro vinhas de modo muito preciso para obter o vinho que consome em média 150 ml/ano, enquanto um português
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consome 7kg/ano, – o Brasil é um mercado com grande potencialidade de crescimento no consumo desta gordura saudável. O segmento que mais cresce no Brasil é o mercado dos azeites virgem extra, categoria superior, de maior qualidade e valor acrescentado. “Devido à qualidade crescente do azeite produzido em Portugal, estamos muito bem posicionados para continuar a ser o principal fornecedor de azeite virgem extra no mercado brasileiro, reforçando mesmo a nossa quota de mercado”, afirmou Mariana Matos, secretáriageral da Casa do Azeite. Ricardo Furtado, responsável do Ministério da Agricultura do Brasil e orador do CLBHort2017, revelou a preocupação das autoridades brasileiras com a detecção de fraudes do azeite vendido no país (desde 2012 foram apreendidos dois milhões de litros azeite adulterado no Brasil), afirmando que o seu país “quer que o consumidor tenha um produto genuíno à mesa”. Frutas e hortaliças lusófonas O Brasil é terceiro produtor mundial de frutas - 44 milhões de toneladas/ano, - com um valor bruto da produção estimado em 22,7 mil milhões de dólares. Um sector gigante que se confronta com vários desafios, entre os quais o aumento do consumo no mercado interno e o crescimento das exportações. Embora possa surpreender, o consumo de frutas no Brasil é relativamente baixo – 150g/habitante/dia – e as exportações representam menos de 3% da produção. Abel Rebouças São José, investigador da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, revelou que em 2019 o Brasil quer atingir mil milhões de dólares de exportações de frutas frescas e processadas (em 2016 exportou 852 milhões de dólares). “O aumento do consumo e das exportações depende o alinhamento estratégico entre universidades, associações de produtores, distribuição, Embrapa, Sociedade Brasileira de Fruticultura, entre outras entidades”, disse o investigador.
Na mesa redonda sobre entraves e perspectivas de importação e exportação de frutas e hortaliças, vários empresários do sector falaram nas suas experiências e negócios em Portugal e no Brasil. Jorge Soares, da Campotec, explicou o investimento que esta empresa portuguesa iniciou no Brasil em 2004, onde produz actualmente 250 hectares de pera rocha e maçã, no Estado de Santa Catarina. Carlos Ferreira, da Hortomelão, o maior produzir ibérico de melão e melancia, foi outro dos investidores, neste caso com exploração instalada no nordeste do Brasil. “A ida para o Brasil foi impulsionada pelos nossos clientes que pretendem ser abastecidos 365 dias por ano com fruta de qualidade e em quantidade. Tudo o que produzimos no Brasil destina-se a trazer para o mercado europeu”, explicou o produtor. Também com ligações ao Brasil, o Vale da Rosa, uma referência na produção de uva de mesa no Alentejo, falou do trabalho realizado ao longo da última década que lhe permite ter hoje em dia uma marca reconhecida no mercado nacional e além-fronteiras. “Apostamos na constante inovação, na qualidade e na comunicação, o resultado é que o cliente quando vai ao supermercado prefere a nossa marca”, disse Joaquim Praxedes, da administração do Vale da Rosa. O Brasil esteve representado neste debate ao mais alto nível pelo presidente da Abrafrutas- Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados, Luís Roberto Barcelos, que é também sócio fundador da Agrícola Famosa, a maior empresa produtora de melões e melancias do Brasil e uma das maiores do mundo (30.000 www.gazetarural.com
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hectares). “A língua comum é uma vantagem nos negócios entre Portugal e Brasil. Há potencial para que Portugal seja uma plataforma de exportação de fruta brasileira para outros países europeus”, reconheceu este empresário. Portugal é o quinto destino das exportações brasileiras de frutas (33.000 toneladas em 2016, 4% do total exportado). Promover o consumo de frutas e hortaliças A promoção do consumo de frutas e hortaliças é um desafio com várias frentes, conforme ficou demonstrado na mesa redonda sobre este tema. Desde logo, nos pontos de venda a comunicação deve ser feita por mensagens simples que cativem e envolvam o consumidor, por outro lado, as parcerias com chefs de cozinha, que integrem estes produtos nos seus menus, é essencial, como testemunhou o chef Luís Baena no CLBHort2017. Aproveitando a tendência urbana de cuidar do corpo e de comer saudável, é essencial envolver instituições desportivas na promoção do consumo de frutas e hortaliças ou ainda promover o consumo junto de crianças e jovens e do segmento sénior da população, cada vez mais numerosa à medida que aumenta a esperança média de vida. “Educação, informação e experimentação são a chave do sucesso na nossa empresa”, afirmou Miguel Barbosa, da empresa Luis Vicente, que nos últimos anos tem apostado na venda de fruta de IV Gama, pronta a comer e em unidoses, e na venda de snacks de fruta desidratada. Oportunidades na produção e comércio de vinho
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A fileira vitivinícola é uma das mais competitivas em Portugal e um sector em crescimento no Brasil. As empresas Lusovini e Herdade do Esporão, que têm uma longa experiência na produção e venda de vinho dos dois lados do Atlântico, são exemplo das oportunidades de negócio entre os dois países. João Roquete, CEO do Esporão, falou dos factores de sucesso da sua empresa no Brasil. “Investimos há 25 anos no Brasil, foi uma aposta à frente do tempo, potenciada pelas ligações da nossa família ao Brasil. Uma empresa familiar é bem vista neste mercado”, referiu, considerando, por outro lado, que “a internacionalização requer uma atitude diferente, existe a responsabilidade de levar o produto ao mercado e contar a sua história desde o importador ao consumidor final”. A Lusovini, por seu turno, foi uma das empresas que mais contribuiu para a introdução de castas portuguesas no Brasil, através de parcerias com a Embrapa e o Instituto Superior de Agronomia, originando vinhos complexos e muito competitivos. “Há um imenso potencial para desenvolver a cooperação entre instituições e empresas portuguesas e brasileiras na área do vinho”, disse Casimiro Gomes, CEO da Lusovini. A performance dos vinhos portugueses no mercado brasileiro tem sido absolutamente notável nas duas últimas décadas (4,9% das exportações portuguesas de vinhos tem hoje como destino o Brasil). Além do aumento do volume de vinho exportado, conquistou-se o reconhecimento da sua qualidade, que teve um forte impacto na imagem do vinho português no mercado brasileiro. A margem de crescimento do consumo de vinho no Brasil é enorme, pois actualmente o consumo per capita é baixo, ronda os 2 L/habitante/ano. Que futuro para a indústria de tomate processado?
Martin Stilwell, CEO do grupo HIT SPS, proferiu uma palestra sobre a situação actual e perspectivas futuras da fileira do tomate indústria. A ideia central da sua
apresentação focou-se no facto de que desde 2008 existe uma estagnação do consumo de tomate processado no mercado mundial, que tem sido acompanhada pelo crescimento da produção de matéria-prima e aumento da capacidade industrial nos principais países produtores de tomate, nomeadamente os EUA (Califórnia), Espanha e Portugal. “É alarmante que desde 2010 a indústria tenha aumentado brutalmente a sua capacidade de processamento, enquanto o consumo cresce de forma muito modesta. Estamos a criar um problema grave para o futuro, pois vamos passar por um período de consolidação da indústria, mas apenas sobreviverão os mais competitivos”, afirmou este empresário. Então, o que podemos fazer? Uma das vias é a aposta em produtos finais com maior valor de mercado, recuperando o sabor tradicional do tomate. Outra via é a promoção do consumo do sumo de tomate, alternativa a outros sumos industriais de frutas que começam a ser taxados pelo nível de açúcar elevado, em diversos países ocidentais. “O brix de quarto a sexto do tomate representa uma óptima oportunidade de mercado neste contexto. Temos a prova disso. Em apenas dois anos aumentámos (a empresa nipónica Kagome, a que pertence a HIT SPS) em 140% as vendas de sumo de tomate no Japão. Seria interessante que o mesmo acontecesse noutros mercados”, concluiu. Sementes e material propagativo Na mesa redonda sobre material propagativo de espécies hortícolas ficou patente que Portugal está mais adiantado do que o Brasil no uso de semente certificada, mas ambos os países dependem quase na totalidade da importação de semente produzida fora dos seus territórios. O uso de plantas in vitro ou propágulos vegetativos é uma alternativa para algumas espécies, com alegadas vantagens devido à elevada qualidade genética e fitossanitária deste tipo de material. O investigador Clayton Debiasi defendeu esta via, como alternativa à propagação convencional e revelou que existem cerca de 160 biofábricas de plantas in vitro registadas no Brasil. “As plantas in vitro já são usadas no Brasil para produzir banana, cana-de-açúcar, batata, plantas ornamentais, entre outras espécies, apesar de serem mais caras do que as sementes convencionais”, pelo que “há necessidade de legislação para regulamentar os produtos desenvolvidos a partir de material vegetal in vitro”, afirmou Clayton Debiasi, coordenador do Sector de Micropropagação de Plantas do Centro de Biotecnologia de Plantas da Beira Interior (CBPBI), do Instituto Politécnico de Castelo Branco.
Plantas ornamentais e paisagismo Os desafios e oportunidades da fileira das plantas ornamentais e paisagismo são diversos e as tendências também. Um dos tópicos em que todos os oradores desta mesa redonda estiveram de acordo é a necessidade de usar espécies autóctones nos jardins e espaços verdes, uma vez que são menos consumidoras de água e mais adaptadas ao ecossistema local. A Sementes de Portugal, presente no debate, é uma das empresas de sementes mais recente em Portugal que se dedica à multiplicação e comércio de sementes de flora autóctone. Visitas Técnicas
No âmbito deste congresso realizaramse duas visitas técnicas. Na região Oeste, os congressistas visitaram a empresa Campotec, que detém 750 hectares de terrenos agrícolas em Portugal, produzindo pera Rocha, maçãs, batata e produtos hortícolas minimamente processados, e a empresa Hortomaria, produtora de tomate em estufa, ambas no concelho de Torres Vedras. No Alentejo, a entidade escolhida foi a Fundação Eugénio de Almeida, proprietária de 5500 hectares de terras agrícolas e que nos últimos 10 anos realizou um investimento de 30 milhões de euros na plantação de vinha, olival e amendoal e na construção de adegas e um lagar. A sua marca de vinhos e azeites mais conhecida é a ‘Cartuxa’, exportada para 19 países, sendo Brasil, Angola e EUA os principais. A organização do CLBHort2017 contou com o apoio do Instituto Superior de Agronomia, em Portugal, e da Escola Superior de Agricultura Luís de Queirós e Embrapa Hortaliças, ambas do Brasil. A segunda edição do Congresso Luso-Brasileiro de Horticultura está agendada para 2019 em Goiânia, no Estado de Goiás, no Brasil.
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Nas Jornadas do Castanheiro em Vinhais
Alterações climáticas estiveram no topo das preocupações
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nseridas no programa da Festa da Castanha, as Jornadas do Castanheiro, promovidas pela Arbórea e pela Câmara de Vinhais, tiveram nas alterações climáticas, a par da vespa da galha do castanheiro, o tema que mais preocupa os produtores. Num ano marcado por uma quebra acentuada de produção, devido à seca que tem assolado o país, os produtores olham com preocupação o futuro. Abel Pereira, presidente da Arbórea, diz que “há soluções” e que “não é uma fatalidade”, mas “tem que se olhar para a forma como se orienta e organiza o território”. Gazeta Rural (GR): Que conclusão tirou destas Jornadas do Castanheiro? Abel Pereira (AP): Tentamos direccionar as Jornadas para que respondam às necessidades e as exigências o momento. Uma das questões abordada foi a adaptação do castanheiro às alterações climáticas, que é uma preocupação de todos. Isto não é uma fatalidade, pois há caminhos e soluções que se podem encontrar. GR: Uma das soluções para ultrapassar a questão da seca é o regadio? AP: Esse é um dos caminhos, mas penso que não será suficiente. É que podemos ter outros ciclos de falta de água. Um dos problemas que se coloca é a adaptação das culturas aos novos ciclos. A questão é que precisamos de equilíbrio ambiental, como a evapotranspiração e o sequestro de carbono, para que as condições que temos não se agudizem ainda mais. O caminho que preconizamos vai no sentido de que haja equilíbrio nas culturas. GR: A Arbórea tem outras preocupações com a floresta da região. Como foi este ano? AP: Não foi tão preocupante como noutras regiões. Tivemos alguns incêndios, mas o nosso maior problema é o impacto nas espécies autóctones. Falo, por exemplo, do facto do carvalho negral não aguentar o período estival e que acaba por secar. Mas podemos falar de outras espécies endógenas. Isto preocupa-nos bastante. Se estas espécies, muitas vezes apontadas como bombeiras, também entram em stress, secam e libertam folha seca mais cedo, poderão tornar-se em ‘alimento’ para os incêndios. A juntar a isto, temos o despovoamento do in-
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terior. Tudo isto é uma preocupação crescente, não só nossa, mas do país e que se reflecte sobre todos nós e na forma como orientar e organizar o território.
GR: A questão, hoje, é como orientar o território para se ajustar a estes ciclos? AP: Sim, organizar o território sob a perspectiva social, cultural e económica que temos. É que temos novas perspectivas sociais, como o despovoamento das comunidades rurais, deixando de haver capacidade para limpar a floresta, para além de haver zonas de solos pobres e sem aptidão agrícola, mesmo florestal. Temos que ter espécies florestais, arbóreas e pastagens e tem que haver orientação nesse sentido. Temos que fazer isto sob a perspectiva do que é o território, de cada região e do clima que lhe está associado. Não pode haver uma estrutura nacional, tampouco feita de cima para baixo, mas sim adaptada à estrutura social e económica de cada região, porque um plano imposto está condenado ao fracasso. Para além disso, tem que estar adaptado às novas condições do clima. É que estamos perante uma situação que está a evoluir num sentido que não nos ajuda e temos que a alterar. Não podemos impor a florestação ou a limpeza da floresta, quando não temos pessoas e economia que a suporte.
Terminada a Rural Castanea
Vinhais já ‘pensa’ na Feira do Fumeiro
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erminada a Festa da Castanha, por Vinhais já se olha para 2018 e para a Feira do Fumeiro, que terá lugar de 8 a 11 de Fevereiro. Num ano atípico para a produção de castanha, um dos produtos âncora do concelho, em que a produção ficou aquém do esperado, as gentes deste concelho do nordeste transmontano olham para a Feira do Fumeiro com esperanças renovadas. A Rural Castanea foi um tributo ao fruto e aos produtores, num ano marcado pela questão da seca. Nesse sentido, adiantou Carla Alves, o concelho está a preparar um grande projecto na área do regadio. Gazeta Rural (GR): Ester ano houve menos produção, mas não faltou castanha na feira? Carla Alves (CA): Tivemos bastante castanha, mas este nunca foi um certame que tivesse como objectivo vender a castanha, mas sim fazer um tributo a este fruto e, sobretudo, aos produtores, no sentido de lhes darmos apoio técnico, como as Jornadas do Castanheiro, e termos também a componente da produção, com um pavilhão dedicado à castanha, onde questões como as doenças do castanheiro foram discutidas e apoiadas, mas também a maquinaria associada aos soutos. A Rural Castanea não é um mercado de castanha por excelência, pois os produtores vendem-na directamente, às vezes ainda nos soutos, aos comerciantes. Nesta feira vende-se bastante castanha, mas ao consumidor. Num ano em que foi pouca, o produtor não teve dificuldade em
a escoar. Os preços é que poderão não ter sido os melhores. Esta é também uma mostra rural, uma montra dos excelentes produtos que há em Trás-os-Montes, com os melhores queijos, os vinhos, os enchidos, os azeites e a doçaria associada à castanha. Tudo isto completou um mercado de Outono, que foi bastante participado, isto para não falar no nosso assador de castanhas, o maior do mundo. Esta festa já se tornou um cartaz turístico nesta altura do ano, em que vem muita gente a Vinhais sob o mote de um produto que é nosso. Aliás, Vinhais só faz feiras dedicadas a dois produtos, produzidos em quantidade e qualidade, como são o fumeiro e a castanha. Este é sempre um certame importante, quer para a promoção do concelho, bem como no apoio aos nossos produtores. Este ano não foi o melhor, pois a castanha não caiu como devia.
GR: Em que medida a seca pode afectar a produção de castanha no futuro? CA: A seca é preocupante para qualquer cultura que até à data não tenha sido pensada para regadio. As culturas em Vinhais não têm recorrido à rega e, portanto, vão ter que ser repensadas, nomeadamente a do castanheiro. Quando agora alguém pensar em plantar soutos é necessário ter em conta as captações de água para fazer rega, como já se faz na vinha, no olival e noutras produções. É nisso que o concelho está a pensar, nomeadamente num grande projecto na área do regadio para que se possa ajudar os nossos agricultores.
GR: E a próxima Feira do Fumeiro? CA: Será de 8 a 11 de Fevereiro de 2018 e esperamos ter uma grande feira, como habitualmente. Cada vez há mais vontade dos expositores estarem, presentes e trazerem os seus produtos. Estou certa que será um bom certame e já estamos a organizá-lo. www.gazetarural.com
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Empresa de Sernancelhe reforça aposta no mercado externo
Frusantos apresentou a “Saudade – Sabores do Coração” em Madrid
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Frusantos, empresa sedeada em Ferreirim, no concelho de Sernancelhe, apresentou em Madrid, na Fruit Attraction, a “Saudade – Sabores do Coração”, marca que, para já, recebe dois produtos, a castanha Martaínha DOP Soutos da Lapa e azeite. A marca, há muito registada, viu agora a luz do dia, num projecto da Frusantos que pretende reforçar o mercado internacional, onde opera já alguns anos. À Gazeta Rural, Miguel Santos, administrador da empresa, adiantou que a apresentação em Madrid correu “muito bem” e que com esta marca pretendem ter um novo posicionamento no mercado de exportação. Gazeta Rural (GR): Como foi a apresentação em Madrid? Miguel Santos (MS): Foi muito interessante e correu muito bem. Estar presente num certame daquela dimensão, com um stand próprio, é relevante para o lançamento da nova marca. Estivemos presentes na zona dos frutos secos, em que a Frusantos esteve em destaque e foi o lugar ideal para fazer o lançamento e no momento certo, já que estávamos em plena campanha. GR: Esta nova marca é exclusiva para a castanha? MS: É uma marca transversal, que receberá outros produtos de qualidade e seleccionados. Para já são dois, a castanha Martaínha DOP Soutos da Lapa e no azeite. Contudo, é uma marca aberta a receber outros produtos que deixem “Saudade”. Todos os produtos que comercializamos são sazonais, pelo que têm sempre o momento da saudade. Esta marca tem esse impacto e está direccionada para esses produtos e para o mercado da saudade. GR: A marca já existia há muito tempo? MS: Sim, já tem alguns anos, mas esteve sempre na gaveta e nunca foi utilizada. Neste momento temos um projecto de internacionalização, apoiado pelo Portugal 2020, e achámos que era oportuno fazer este lançamento. Antes tínhamos apenas o registo nacional, que estendemos agora ao mercado internacional. GR: O que podemos esperar no futuro? MS: Ao nível da castanha é promover e levar até ao consumidor a variedade Martaínha, fazendo com que seja procurada. Habitualmente o consumidor pede castanha e nós queremos que peça Martaínha e que esteja identificada
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com a marca Saudade. Ou seja, o consumidor sabe que ao comprar castanha com esta marca, está a adquirir um produto de qualidade, seleccionado e com Denominação de Origem Protegida. A nossa expectativa é crescer no mercado externo. A Frusantos tem tradição na exportação, não é uma nova aventura, mas sim reforçar essa aposta e ter um novo posicionamento no mercado externo com esta marca. Frusantos e Santini lançam gelado Entretanto, chegou ao mercado um gelado com sabor a Castanha Saudade, resultado de uma parceria entre a Santini e a Frusantos. O gelado estará disponível nas lojas da marca até 19 de Novembro e as castanhas utilizadas na confecção do gelado são da variedade Martaínha, produzidas pela Frusantos.
Milhares de pessoas passaram pelo evento
Mercado Magriço promoveu e mostrou o melhor de Penedono
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enedono esteve em festa durante três dias. O Mercado Magriço mostrou o melhor que este concelho do nordeste do distrito de Viseu tem para oferecer. A edição deste ano voltou a ir além das expectativas, com milhares de pessoas a passarem por Penedono, mas também, e principalmente, pelo aumento do número de expositores. “O Mercado vai na oitava edição e tem vindo a crescer, fruto da cada vez maior adesão dos nossos empresários, produtores e agricultores”, afirmou a vice-presidente da Câmara de Penedono, referindo que “isso é que faz o destaque no Mercado Magriço”. Para Cristina Ferreira, “a génese deste certame está na divulgação dos nossos produtos, dos nossos empresários e produtores e quando eles sentirem que este mercado já não faz sentido, e do qual já não saem oportunidades negócios, o município deixará de o fazer”. O Mercado Magriço mostra os objectivos da autarquia, que passa por “caminhar ao lado dos nossos empresários”. A edil destaca o cada vez “maior número de jovens empreendedores no concelho, que estiveram presentes no evento, e que criaram os seus próprios negócios nas áreas da saúde, granitos, alumínios, mas também na agricultura”. Cristina Ferreira apontou a pecuária como um exemplo. É que, diz, “esta é uma actividade intrínseca, dado que somos um concelho rural, e têm vindo a aparecer cada vez mais jovens produtores”. Ou seja, acrescentou, “a ideia de que esta era uma actividade menos digna está ultrapassada e é hoje considerada e reconhecida, com o aparecimento de jovens produtores, incluindo uma jovem empreendedora”, destacou a autarca. A castanha e o azeite “são dois dos produtos mais importantes do nosso concelho” destacou a vice-presidente da Câmara de Penedono, salientando, contudo, a quebra de produção na castanha, “tal como aconteceu por todo o país”, mas “a qualidade é boa”. Em resumo, finalizou Cristina Ferreira, “este evento permitiu divulgar o nosso concelho, os nossos empresários e os produtos de qualidade que aqui são produzidos”.
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Apesar das dificuldades provocadas pelos incêndios
Lage Grande voltou a receber a Feira do Porco e do Enchido de Meruge
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um ano marcado pela tragédia dos incêndios que afectou a região, a Freguesia de Meruge, apesar das dificuldades, promoveu mais uma Feira do Porco e do Enchido, que teve mais brilho que em anos anteriores, e que é uma das mais originais e ricas mostras do mundo rural e da gastronomia tradicional da região Centro. Alguns milhares de pessoas passaram pelo certame que tem por palco a mítica Lage Grande, no centro da vila de Meruge, onde para além dos expositores de enchidos, doçaria, artesanato e outros produtos da terra, houve animação com o grupo Vivarte. Mas a rainha da festa foi a gastronomia da terra, com produtos à base do porco, como um arroz de suã, prato original desta freguesia, os “Torresmos à Moda de Meruge”, a “Feijoada à Moda de Nogueirinha”, entre outros pitéus. À Gazeta Rural, Anibal Correia, presidente da Junta de Meruge, destacou as dificuldades para a realização do evento, mas também a resiliência e união do povo da freguesia na reconstrução daquilo que os incêndios destruiram. Gazeta Rural (GR): Foi mais difícil este ano organizar esta feira? Anibal Correia (AC): Bastante mais difícil, pois devido aos incêndios todo o material que tínhamos adquirido ao longo de 15 anos ficou destruído, mas conseguimos colocá-la de pé e com o sucesso habitual. Tivemos muita gente, num ambiente agradável e correu muito bem. A Lage Grande é um local mítico e esta feira é diferente por isso. Podem copiar a ideia, mas não o local. GR: Que efeitos tiveram, ou têm, os incêndios na economia desta freguesia? AC: Os prejuízos são muito grandes, pois as árvores de fruto, como as oliveiras, ficaram destruídas. A agricultura é, de um modo geral, o meio de subsistência de maioria da população da freguesia e que ficaram sem nada. Agora há que olhar em frente e reconstruir. A Junta de Freguesia fará o que for possível, dentro das suas disponibilidades, para ajudar na reconstrução. Não há mais nada a fazer senão arregaçar as mangas e trabalhar. GR: No meio desta tragédia, o que extrai de positivo? AC: A solidariedade e união das pessoas. Isto é algo nunca visto. As pessoas, em tempos muito difíceis, juntaram-se para se ajudarem uns aos outros. No futuro, em termos de organização da agricultura e da floresta, quem tem o poder tem que pensar muito e bem para que estas catástrofes não se venham a repetir. Há muito a fazer no planeamento e organização da floresta. GR: Tomou posse recentemente para um novo mandato e não esperava isto? AC: Não esperávamos isto, naturalmente. O nosso orçamento vai ter que ser reajustado às necessidades das pessoas, que estão em primeiro lugar. Houve famílias que ficaram sem casa e tudo faremos para os ajudar na sua reconstrução, sejam casas de primeira ou de segunda habitação. No que toca à agricultura, a Junta de Freguesia tem as portas abertas para ajudar, quem o necessitar, no preenchimento de formulários para reclamarem os seus prejuízos junto das entidades competentes. Como disse, as pessoas, para nós, estão em primeiro lugar. Vamos continuar a trabalhar. Estamos há 20 anos à frente dos destinos da freguesia, sinal de que as pessoas confiam em nós e no nosso trabalho e vamos continuar a fazer o melhor por elas.
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Feira da Castanha decorreu em Carrazedo de Montenegro
Castmonte recebeu cerca de cem mil pessoas
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oram três dias de muita agitação em Carrazedo de Montenegro, no concelho de Valpaços, pois a Castmonte - XXI Feira da Castanha recebeu cerca de cem mil pessoas. O certame visou promover a castanha da Padrela, bem como os outros produtos da terra. O presidente da Câmara de Valpaços fez um balanço positivo do certame, afirmando mesmo que “superou as nossas expectativas”. É que, segundo Amílcar Almeida, “houve stands que esgotaram quatro vezes” os produtos que levaram para o local. Para além disso, e quanto à castanha, apesar da seca “a qualidade não se perdeu”, garantiu o autarca. Amílcar Almeida reiterou o que tinha dito na apresentação deste evento. “O nosso objectivo é fazer desta Feira uma das maiores do Alto Tâmega”, apontou o edil, destacando, contudo, que esta é “acima de tudo a Feira da Castanha, mas é mais do que isso, é a verdadeira montra dos produtos da terra”. O edil elogiou o trabalho dos agricultores do concelho, pois “tudo o que é produzido tem qualidade”. Assim, acrescentou, “estamos todos de parabéns, a Câmara Municipal, a Junta de Freguesia e, de um modo geral, todos aqueles que deram o seu melhor para que esta Feira fosse um verdadeiro sucesso”. Na abertura do certame o director regional de Agricultura e Pescas do Norte, Manuel Cardoso, fez referência ao “mau ano agrícola” devido à seca extrema que assola Portugal de norte a sul. Apesar desse facto, o autarca de Valpaços afirmou que a “quebra na produção da castanha não comprometeu qualidade do fruto”. Amílcar Almeida mostrou-se apreensivo com a quebra de produção e os efeitos que a mesma tem na economia do concelho e da região. Porém, o autarca mostra-se optimista e acredita que, no final da campanha, a quebra de produção na região fique nos 25%, abaixo dos números inicialmente apontados. O autarca de Valpaços deixou ainda uma mensagem de esperança e de apoio aos agricultores. “Estamos cá para os apoiar, como habitualmente já fazemos, não só com a constituição de brigadas percorrendo os soutos, bem como também apoiando o lançamento de parasitóides por forma a dizimar a vespa dos galhos dos castanheiros que, de facto, é uma verdadeira praga e uma grande ameaça à produção de castanha”. Na abertura do certame o presidente da Junta de Freguesia de Carrazedo de Montenegro e Curros elogiou o trabalho conjunto da Junta de Freguesia e da Câmara de Valpaços, afirmando que “quando estamos unidos, tudo se consegue. E onde há união, há força”, afirmou António Costa. Do evento, destaque para a Montaria ao Javali, que contou com grande participação, bem como o Concurso de Castanha e o “Maior Bolo de Castanha”, com 600 kg e que voltou a ser confeccionado pelos irmãos Capela, naturais de Valpaços, mas que residem em Beynat, localidade do sul de França, com a qual Carrazedo de Montenegro está geminada.
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Como meio de prevenção dos fogos rurais
Associação da Serra da Estrela defende aposta na pastorícia para prevenção dos fogos rurais
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URZE - Associação Florestal da Encosta da Serra da Estrela defende a recuperação das áreas destruídas pelos incêndios naquela região e também uma aposta na pastorícia como meio de prevenção dos fogos rurais. “A aposta tem que passar fundamentalmente por estas duas componentes na Serra da Estrela: é a pastorícia, é, de facto, a floresta, mas uma floresta feita com pés e cabeças”, afirma José Mota, presidente da associação URZE, com sede em Gouveia. Os incêndios deste ano, que nos dias 15 e 16 de Outubro atingiram de forma particular os concelhos de Seia e de Gouveia, destruíram uma área de mais de 27 mil hectares do Parque Natural da Serra da Estrela (PNSE), o que corresponde a 25% da área total, segundo o responsável. No futuro, José Mota defende a recuperação de todas as áreas degradadas da Serra da Estrela, “que neste momento serão mais de 50 mil hectares”, com plantas autóctones. “Não é difícil fazê-lo. Mais de 25% são baldios. O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) de 50 mil hectares”, que exigem “uma intervenção rápida”, disse. tem aqui uma grande responsabilidade. E nós, Em sua opinião, um dos problemas atuais do PNSE foi criado enquanto entidade gestora de resíduos, pode“pelo facto de os pastores terem deixado de subir à serra, o que mos fazer a outra parte, ir ter com o proprietário. significa um amontoado, uma concentração de material combustíDêem-nos condições para, de facto, o fazermos”, vel que devia ser destruído por interferência do pastoreio, nomeaafirmou o presidente da associação que encara a damente das cabras e das ovelhas”. As actividades de pastoreio floresta como um elo de ligação entre a ecologia e são importantes para manter a limpeza nas redes primárias de a economia. gestão de combustíveis, que impedem a progressão dos incênAnalisando a área destruída pelos incêndios desdios, indicou. te ano e os cerca de 3.500 hectares destruídos em A URZE tem a decorrer um projecto de pastorícia na rede pri2015 e os cerca de 2.200 em 2016, o responsável mária de Alfátima, uma cumeada entre as encostas de Gouveia aponta que o PNSE “é hoje uma manta de cinzas” e e de Manteigas, onde são mantidas 400 cabras que fazem o onde é preciso intervir “urgentemente”. “trabalho de bombeiros”. Se nos incêndios deste ano e de 2015 No entanto, o presidente da URZE lamenta que sena rede primária “não tivesse sido mantida com o recurso à pasdo uma área “tão importante em termos ambientais”, torícia, as consequências teriam sido, de facto, muito maioo Governo não tenha incluído o PNSE na experiência res”, concluiu. piloto que vai ser alargada a outras áreas protegidas do país, como a Serra da Malcata e o Parque de Montesinho. José Mota lembra que em 2013 a URZE foi premiada pelas Nações Unidas pelo Programa de Recuperação de Áreas Degradadas da Serra da Estrela, um projecto que visava a recuperação de 30 mil hectares com plantas autóctones, nomeadamente carvalhos, castanheiros e bétulas, e a componente da pastorícia, que não foi concretizado por falta de financiamento. “Se antes existiam 30 mil hectares de áreas degradadas, hoje existem mais www.gazetarural.com
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Um atractivo turístico do concelho de Serpa
Passadiços vão permitir visitar em segurança cascata do Pulo do Lobo no Alentejo
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Câmara de Serpa vai instalar passadiços para permitir visitas em segurança à zona da cascata do Pulo do Lobo, no rio Guadiana, a maior do sul de Portugal e um atractivo turístico do concelho. Actualmente é “difícil e perigoso” aceder à zona do Pulo do Lobo, porque o percurso implica uma descida a pé por uma encosta com um declive acentuado, afirmou Tomé Pires, presidente da Câmara de Serpa. Por isso, explicou, o município vai investir 463 mil euros num projecto para instalação de infraestruturas, como uma zona de estadia e três passadiços exclusivamente pedonais, que permitirão “melhorar as condições de visita e fruição em segurança” da zona do Pulo do Lobo. A zona de estadia ficará junto ao início dos passadiços, que vão tornar “mais seguro” o acesso pedonal na encosta do Pulo do Lobo e permitir aos visitantes desfrutarem de forma “mais confortável” da margem do Guadiana nas imediações da cascata, disse. Um dos passadiços será uma escadaria em ziguezague com cerca de 300 degraus, que irá permitir descer a encosta em segurança e incluir vários patamares de descanso, os quais funcionarão como miradouros. No final da escadaria, haverá dois passadiços ao longo da margem esquerda do rio Guadiana e em sentidos opostos, um para montante e outro para jusante. O município já lançou o concurso público para adjudicação da empreitada de instalação da zona de estadia e dos passadiços, que deverá terminar até ao final de 2018. O projecto prevê também a criação de uma zona de estacionamento, a instalação de sinalética e estruturas informativas e interpretativas da envolvente da cascata e acções de promoção e divulgação das novas infraestruturas e do Pulo do Lobo, indicou o autarca. A sinalética e as estruturas informativas e interpretati-
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vas vão servir para informar e sensibilizar a população, a comunidade escolar e os visitantes sobre a temática da conservação e da preservação da natureza na envolvente do Pulo do Lobo, sobretudo da riqueza natural, ambiental e paisagística do Parque Natural do Vale do Guadiana. O projecto da Câmara de Serpa para a zona da cascata do Pulo do Lobo será comparticipado em 320 mil euros por fundos comunitários, sendo a verba restante assegurada pelo município. Com o objectivo de melhorar os acessos à zona do Pulo do Lobo, o município já pavimentou com asfalto cerca de seis quilómetros da Estrada Municipal 514, que estavam em terra batida, num investimento de 150 mil euros, lembrou Tomé Pires.
De 24 a 27 de Novembro, em Serpa e Lisboa
Cante Fest’2017 celebra o Cante Alentejano
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No “Great Taste Awards 2017”
Empresa de Ourique
galardoada com vários prémios
edicada ao Cante do Trabalho decorre de 24 a 27 de Novembro a terceira ediá uma década que o Município de Ourique desenvolve uma estração do Cante Fest, a festa de celebração do tégia integrada de afirmação da fileira do porco alentejano, numa Cante Alentejano como Património Cultural sólida afirmação do seu Mundo Rural e da mobilização das capacidades Imaterial da UNESCO, promovida pelo Munide quem nele trabalha e da sua força produtiva. cípio de Serpa. Para esta afirmação da realidade de Ourique e da estratégia de deEsta edição tem início na Casa do Alentejo senvolvimento da economia local, tem contribuído a empresa Montade Lisboa, com uma exposição de fotografia e raz, localizada em Garvão, como um dos principais polos dinamizadoa apresentação do filme documental “Os Canres das capacidades produtivas da região. tadores de Paris”, de Tiago Pereira, seguido de “Num contexto de grande manifestação negativa das condições cliactuação integrada na programação musical do máticas, o Município de Ourique saúda os criadores, os produtores e festival Mexefest, que decorre na capital a 24 e os agricultores pelo esforço produtivo desenvolvido, num assinalável 25 de Novembro. trabalho de resiliência perante as condições adversas, sublinhando Nos dias 25 e 26, o Cante Fest instala-se no o reconhecimento da qualidade do produto obtido pela Montaraz de Pavilhão de Feiras e Exposições de Serpa e inclui Garvão Lda no evento internacional “Great Taste Awards 2017”, em a presença de 60 grupos corais e um programa que 10 dos seus produtos obtiveram prémios com a atribuição de 1, vasto que integra, além do Cante Alentejano, ex2 e 3 estrelas”, refere a autarquia em comunicado. posições, apresentação de livros, CDs e outros Esta iniciativa criada em 1994 no Reino Unido assenta em avaliaprojectos, gastronomia e muito convívio. ções de alimentos através de provas cegas, feitas por um extenso No dia 27, a encerrar, o Cineteatro Municipal de painel de especialistas e distingue os alimentos “simplesmente deSerpa será palco de uma cerimónia alusiva ao 3º liciosos”, com uma estrela, os “produtos excepcionais”, com duas aniversário do Reconhecimento do Cante como Paestrelas, e com três estrelas “os mais requintados no mercado”. trimónio Imaterial da Humanidade e o visionamenO Município de Ourique sublinha também a atribuição de outo do filme documental “Os Cantadores de Paris”, tros prémios à empresa Montaraz de Garvão na presente edição de Tiago Pereira. deste certame internacional que premeia a qualidade e a excelência. “Em conjunto com os empresários e com os diversos projectos de afirmação do Mundo Rural, o Município de Ourique continuará a trabalhar para apoiar a criação de riqueza, a geração de oportunidades de emprego e a emergência de produtos de qualidade que conjuguem tradição, inovação e qualidade”, refere o documento, que acrescenta também que o Município de Ourique “continua a concretizar políticas autárquicas centradas nas pessoas, na valorização do território e na afirmação de Ourique e do seu Mundo Rural”.
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Breves
Oliveira de Frades promove IV Feira da Castanha O Município de Oliveira de Frades e a União das Freguesias de Oliveira de Frades, Souto de Lafões e Sejães promovem, no próximo dia 19 de Novembro, a quarta edição da Feira da Castanha com a colaboração da Comissão de Festas de S. João Baptista. Esta Feira terá um programa diversificado que incluirá a mostra e venda de castanha, doçaria, produtos locais e artesanato; jogos tradicionais; uma caminhada e uma aula de zumba (ambas com donativo solidário a favor dos Bombeiros Voluntários de Oliveira de Frades); um magusto e diversas actuações musicais que animarão o evento.
II Feira do Pão e do Vinho O Município de Oliveira de Frades e a Junta de Freguesia de S. João da Serra promovem, no próximo dia 26 de Novembro, a segunda edição da Feira do Pão e do Vinho, no Largo da Feira em S. João da Serra. Este evento terá um programa diversificado que incluirá um mercado tradicional com artesãos, produtores e empresas locais, degustações gastronómicas e diversas actuações musicais.
Em Santo Tirso, Sever do Vouga e Tomar
AGIM promove formação prática de podas de mirtilos
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AGIM - Associação para os Pequenos Frutos e Inovação Empresarial vai organizar formações teórico-práticas em podas de mirtilos em Santo Tirso (24 de Novembro), Sever do Vouga (25 de Novembro) e Tomar (15 de Dezembro). Trata-se de uma formação dividida em duas partes distintas. Após a recepção dos participantes, a formação irá iniciar-se com uma parte teórica, dada em sala, onde os técnicos da Agim irão explicar os princípios básicos da poda, os tipos de poda existentes e as boas práticas para a realização desta importante tarefa. Na ocasião serão ainda abordados os princípios fundamentais da certificação GlobalGAP, um factor fundamental para a comercialização do fruto. A segunda parte da formação será de âmbito prático e irá decorrer num pomar de mirtilos. Ali, os formadores vão demonstrar na prática o que anteriormente foi explicado na teoria e os participantes são desafiados a podar as plantas de mirtilo sob a orientação de um técnico para, deste modo, poderem colocar em prática os conhecimentos adquiridos. A organização sugere que os participantes levem tesoura de poda e calçado apropriado para o campo. O preço de inscrição é de 35 euros para associados da Agim e de 45 euros para o público em geral (valores com IVA incluído). As inscrições são limitadas e podem ser feitas através do link https://docs.google.com/forms/d/1Lgmc lYLMc0KiyfhSFA9y8kxZTNdaFkntZlOE47cCzEY/edit Para mais informações, contactar através do número 912 010 596 ou e-mail eventos@agim.pt.
FICHA TÉCNICA
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Ano XIII | N.º 305 | Periodicidade: Quinzenal Director: José Luís Araújo (CP n.º 7515) jla.viseu@gmail.com | 968044320 Editor: Classe Média C. S. Unipessoal, Lda Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu Redacção: Luís Pacheco | Opinião: Miguel Galante | Paulo Barracosa Departamento Comercial: Fernando Ferreira Redacção: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu | Telefone 232436400 E-mail Geral: gazetarural@gmail.com | Web: www.gazetarural.com ICS: Inscrição nº 124546 www.gazetarural.com
Propriedade: Classe Média - Comunicação e Serviços, Unipessoal Limitada Administração: José Luís Araújo Sede: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu Capital Social: 5000 Euros | CRC Viseu Registo nº 5471 | NIF 507 021 339 Dep. Legal N.º 215914/04 Execução Gráfica: Novelgráfica | R. Cap. Salomão, 121 - Viseu | Tel. 232 411 299 Estatuto Editorial: http://gazetarural.com/estatutoeditorial/ Tiragem média Mensal: Versão Digital: 100.000 exemplares Versão Impressa: 1000 exemplares Nota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores.
Auto Agrícola Sobralense entregou novos equipamentos
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filial de Viseu da Auto Agrícola Sobralense (AAS), com sede em Sobral de Monte Agraço, entregou novos equipamentos agrícolas a clientes da região.
Restaurante Bem Haja abriu como nova gerência Entr eg a d e tr Mod elo T 3.55 ac tor New H d re Is olland aías Sa F ao cliente ntos A m A - Serna ncelhe, ante, d lexan e na foto d ores d a A A S. com co Seixo labora -
O Restaurante Bem Haja, em Nelas, reabriu com nova gerência. Isabel Pires Paula, que dirige o Hotel Pantanha, nas Caldas da felgueira, assumiu a responsabilidade de reabrir um espaço de referência no panorama gastronómico do concelho de Nelas.
d T D w Hollan ac tor Ne . Na foto Mitr e d a g n Entr e m ermise cliente G ac tor) co 4.9 0 F ao nt (sentad o no tr d a A A S. l sa ia cha Van o Comerc nsant e Peter Va
Entreg a de tracto r modelo New Holland T4.75 Pow er Star ao cliente Fer nando Alves, de Carregal do Sal, na foto com Ped ro Fer reira (Comercia l AA S Viseu) www.gazetarural.com
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Plano estratégico visa melhorar negócio dos produtores e cativar mais consumidores
Ruris quer modernizar as feiras de fumeiro
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Ruris, empresa para o desenvolvimento local e regional, está a desenvolver planos estratégicos na área agroalimentar para o sector dos fumeiros tradicionais. Trata-se de um trabalho que tem como objectivo apresentar ideias e soluções para promover um modelo económico que vise a valorização, a modernização e a competitividade dos produtores de fumeiro. Este negócio, assente ainda numa base tradicional, que importa manter e preservar, tem um grande potencial de crescimento, através da sensibilização dos produtores para desenvolver as melhores práticas do sector. A Ruris está, assim, em contacto com os produtores de fumeiro, nomeadamente da zona de Bragança, com o intuito de estimular a cooperação entre os agentes e incrementar os níveis de inovação nos processos de produção e comercialização. Para José Martino, administrador da Ruris, “este trabalho é fundamental para permitir que as feiras de fumeiro atraiam cada vez mais consumidores e, simultaneamente, que os produtores possam garantir um negócio cada vez mais rentável”.
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23 NOV 2017 Elvas
39ª Reunião de Outono da Sociedade Portuguesa de Pastagens e Forragens “Melhoramento, Conservação e Utilização da Biodiversidade Pratense e Forrageira.”
9:30
Receção dos participantes
PROGRAMA
10:00
Sessão de abertura
10:30
“Investigação em Pastagens e Forragens – Um contributo para a eficiência do setor agro-silvo-pastoril'”
11:00
Intervalo para café
11:30 12:00
Benvindo Maçãs (Estação de Melhoramento de Plantas - INIAV)
“Importância da inscrição de variedades no Catálogo Nacional”
LOCAL: Auditório do INIAV, I.P. Estrada de Gil Vaz ELVAS GPS: 38°54’53.35”N 7°19’11.06”O
Zulmira Gomes (Direção-Geral de Alimentação e Veterinária)
“Avanços e desafios futuros do setor agro-silvo-pastoril ” Sonia Roig (Sociedad Espanola para el Estudio de los Pastos)
12:30
Debate
13:00
Intervalo para almoço
14:15-17:00
Visita técnica
Contactos da SPPF (sppf@sppf.pt; +351 268 637 740; +351 964 442 687; www.sppf.pt)
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Estação de Melhoramento de Plantas
Novo Opel
INSIGNIA Tecnologia Alemã para Todos
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Travagem de emergência com deteção de peões2
Assistente pessoal 24h/365 dias3
O novo sistema de faróis IntelliLux LED Matrix LED® do novo Insignia é um dos mais avançados sistemas de faróis dianteiros da indústria automóvel. De série no Insignia Innovation. Entre os 8 e os 40 km/h. Os sistemas de assistência à condução da Opel assistem o condutor dentro das limitações do sistema. O condutor continua, no entanto, a ser responsável pela tarefa de conduzir. 3 A40 Opelwww.gazetarural.com não é responsável pela prestação dos serviços de Wi-Fi ou OnStar. Os serviços OnStar requerem o estabelecimento de um contrato e de procedimento de activação com a OnStar Europe, Ltd., uma companhia GM. Os serviços de HotSpot Wi-Fi requerem uma conta adicional com o operador de rede nomeado pela OnStar Europe Limited. Saiba mais em opel.pt para informação sobre limitações do serviço e respetivos custos. 1 2