Adega de Penalva Cerceal DOC Dão Branco 2020 recebeu medalha de

No concurso do Crédito Agrícola

Adega de Penalva Cerceal DoC Dão Branco 2020 recebeu medalha de ouro

os vinhos da Adega de Penalva do Castelo continuam a amealhar prémios neste ano de 2021. Deste vez foi o Cerceal DoC Dão Branco 2020 a receber a medalha de ouro no VIII Concurso de Vinhos do Crédito Agrícola.

A aposta em castas menos conhecidas do grande público, mas permitidas na região demarcada do Dão, continua a dar bons frutos na Adega Cooperativa de Penalva do Castelo. o Cerceal DoC Dão Branco 2020 junta-se ao Bical e ao tinta Pinheira no lote de vinhos galardoados em diversos concursos, isto sem falar nos touriga Nacional, Encruzado e vinhos de lote premiados da Adega.

Em conversa com a Gazeta Rural, o presidente da Adega diz-se satisfeito com mais esta distinção. Sobre a vindima de 2021, José Frias Clemente diz que, em termos de quantidade, foi um ano normal para a Adega. Quando à qualidade dos vinhos, o dirigente diz que é “boa”.

Gazeta rural (Gr): Esta medalha de ouro para o Cerceal Branco é o resultado e um incentivo à aposta de monovarietais da Adega de Penalva?

José Frias Clemente (JFC): Naturalmente que sim. O Cerceal Branco 2020 é um vinho que tem recebido boas críticas e esta medalha é o corolário disso mesmo. O Cerceal é uma casta que pouco representa no encepamento da região, diria até a nível nacional, mas na área da Adega de Penalva temos incentivados os nossos associados a produzirem-na, pois dá um vinho bastante bom.

Gr: A Adega de Penalva tem vindo a apostar em castas menos conhecidas do grande público. Isso tem feito com que castas como a Bical, a tinta Pinheira, a Baga e outras voltem a estar na moda?

JFC: É verdade. A Baga, por exemplo, é uma grande casta que, no meu entender, tem feito falta na região do Dão, onde quase foi eliminada. Quanto a outras castas em que apostamos, como a Tinta Pinheira e o Bical, também foram desaparecendo. A Tinta Pinheiro faz um grande vinho tinto, tal como o Bical faz um excelente vinho branco, que, como todos os outros, pela sua qualidade têm elevado bem alto o nome da Adega de Penalva. Poderíamos falar também do Alfrocheiro, da Touriga Nacional, do Encruzado, da Malvasia Final e de outras, mas sobre estas está tudo dito.

Todas estas castas são muito relevantes para a Adega de Penalva, que as procura preservar junto dos nossos associados, pois são diferenciadoras no mercado e, por isso, importantes para nós.

Gr: Em relação vindima deste ano, já é possível antever a qualidade dos vinhos?

JFC: Em quantidade foi bastante maior que em 2020, que foi um ano bastante fraco. Recebemos cerca de 7,6 milhões de quilos de uvas, uma colheita, diria, normal para a Adega de Penalva.

Quanto à qualidade é boa, mas poderia ter sido bem melhor não fossem as chuvas na altura da vindima, que fez com que o teor alcoólico caísse um pouco na altura da entrega das uvas da Adega. As colheitas não são todas iguais, mas diria que a qualidade dos vinhos de 2021, de um modo geral, é bastante boa.