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Adega de Penalva galardoada com o prémio ‘Cooperativa’ de 2021

Pela revista Grandes Escolhas

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adega de Penalva galardoada com o prémio ‘Cooperativa’ 2021

A Adega de Penalva do Castelo foi considerada a ‘Cooperativa’ de 2021 pela revista especializada Grandes escolhas, galardão que é o reconhecimento pelo trabalho feito nos últimos, nomeadamente com a apresentação ao mercado de vinhos de monovarietais que recuperam a tradição da região do dão.

Aquela publicação considerou que a Adega de Penalva “tem passado por um processo de renovação a vários níveis, da vinha à vinificação, com vinhos arrojados e surpreendentes”. O presidente da Adega de Penalva mostra-se satisfeito, distribuindo o galardão por todos quantos contribuem para o sucesso da adega, a começar pelos associados. josé Frias Clemente, à Gazeta rural, diz que o prémio “é o reconhecimento de muitos anos de trabalho”.

Gazeta rural (Gr): Que importância tem o prémio atribuído pela revista Grandes escolhas?

josé Frias Clemente (jFC): É um galardão que nos prestigia e que reconhece o trabalho que tem sido feito na Adega nos últi-

mos anos. Para além disso, diz-nos muito, pois há uns anos que vínhamos a fazer algo de bom e diferente para merecermos este galardão, que é muito importante, pois é, também, o reconhecimento de muitos anos de trabalho.

Este prémio é importante para a Adega de Penalva e, especialmente, para todos nós, a começar pelos nossos sócios, passando pela equipa de enologia e para todos os que aqui trabalham. Tenho que agradecer a toda a gente, pois sem eles não conseguiríamos chegar a este patamar.

Gr: O sucesso dá muito trabalho?

jFC: Claro, mas sem trabalho não se consegue nada. Na Adega de Penalva trabalhamos muito e temos que estar também sempre atentos, de forma a termos vinhos de grande qualidade. Este trabalho começa na vinha, com os nossos associados, que nos entregam uvas que resultam em vinhos premiados. a ser faladas e recuperadas. Estes novos vinhos têm sido um sucesso, pois são, para além de diferenciadores, de excelente qualidade e têm tido uma boa aceitação do mercado. Lembro também o branco de Maceração Pelicular ou um Clarete, que recupera uma tendência dos vinhos da região há umas décadas atrás.

Gr: Há, no entanto, a preponderância da touriga Nacional, nos tintos, e da encruzado, nos brancos?

jFC: Claro, são as castas de maior importância na região. Contudo, na Adega de Penalva temos um pouco de tudo, o que veio engrandecer o nome da Adega, bem como a recuperação de algumas castas antigas que, em certa medida, saem do perfil tradicional, dos últimos anos, dos vinhos produzidos no Dão.

Gr: A Adega está a apostar em vinhas novas com estas castas?

jFC: Sim. Há vinhas novas plantadas com Baga e Tinta Pinheira. No Alfrocheiro ainda há bastante, mas temos também vindo a reforçar juntos dos nossos associados a importância de mantermos esta casta, tão importante na região do Dão.

Gr: A Adega de Penalva tem marcas icónicas, como o Milénio, mas os novos rótulos, e a aposta em monovarietais de castas pouco conhecidas, deram-lhe esta notoriedade, que está ‘presente’ no prémio que recebeu?

jFC: Foi, na verdade, uma boa aposta os novos rótulos, com vinhos monovarietais de castas como a Tinta Pinheira, que na nossa região está em vias de extinção, assim como a Baga e o Alfrocheiro, nos tintos, ou o Cerceal e o Bical, nos brancos. São castas antigas que na região do Dão estão

Gr: estamos, assim esperamos, no pós pandemia. Sempre disse que a Adega de Penalva sentiu a crise, nomeadamente no setor da restauração. Qual é a situação atual?

jFC: A restauração foi um canal que esteve fechado durante quase dois anos e na Adega também sentimos isso. Compensámos, em parte, nas grandes superfícies, onde as vendas aumentaram um pouco. Notou-se, entretanto, a abertura do setor da restauração, que voltou a comprar vinhos e está a correr razoavelmente bem.

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