4 minute read

Festival da Cereja e do Limão regressa aos Montes da Senhora

Nos dias 21 e 22 de Maio, em Proença-Nova

Festival da cereja e do Limão regressa aos Montes da senhora

Advertisement

O Festival da Cereja e do Limão está de regresso aos Montes da senhora, no município de Proença-a-Nova, nos dias 21 e 22 de Maio. Para a celebração da nona edição, o evento volta a dar espaço de destaque aos produtores de cereja e limão locais, bem como a outros produtos típicos e regionais, como por exemplo, mel e licores.

-Nova pretende valorizar os seus recursos endógenos, com a cereja e o limão em destaque. O presidente da Câmara, em entrevista à Gazeta Rural, sublinha a importância, e necessidade, de dinamizar “a atividade económica e os seus agentes”, num ano em que a produção de cereja está um pouco atrasada. João Lobo acrescentou que há um incremento na produção destes dois produtos. “Tem havido, de facto, novos cerejais a serem plantados, ainda que haja um incremento mais expressivo na questão do limão”, afirmou o autarca.

Gazeta Rural (GR): Que evento espera realizar este ano?

João Lobo (JL): É intenção do Município que todos os eventos de 2022 traduzam ações e momentos para as pessoas conviverem, depois da inexistência de contacto social neste formato ao longo últimos dois anos devido à pandemia.

No caso concreto do Festival da Cereja e do Limão voltamos a valorizar os nossos recursos endógenos, dinamizando a atividade

Para além de venda de cereja, limão e outros produtos ocais, o certame contará com muita animação, com destaque para as atuações de Zezé Fernandes, Rui Alves e 7ª Arte, mas também atividades de natureza, como a VII Corrida das Cerejas e o 183º Passeio Pedestre, “Montes de Cereja.

Com este festival, o Município de Proença-a-

económica e os seus agentes. Evidentemente que a cereja e o limão têm maior expressão nesta zona do concelho, porque esta freguesia tem características únicas para a produção destes frutos.

Realço ainda o que esta festa de cariz tradicional pode trazer aos habitantes dos Montes da Senhora, mas também a todos aqueles que têm ligações e raízes a esta freguesia, ou que nos visitam no fim-de-semana de 21 e 22 de Maio.

GR: Como está a produção de cereja no concelho e que campanha esperam os produtores este ano?

JL: Devido à evolução do clima, a produção de cereja foi um tanto ao quanto atrasada e vai-se prolongar até mais tarde, mas teremos com toda a certeza cereja, não ainda em grande quantidade, por haver aqui um desfasamento de duas semanas em relação ao momento no qual haverá mais cereja. Ainda assim, tenho a certeza que será de qualidade.

Outro ponto é que os produtores aproveitam estes festivais, não só para a venda direta, como também para o enriquecimento de conhecimentos e aprendizagens uns com os outros, de evolução das suas culturas e das suas variedades. O festival tem ainda esta dimensão da transmissão de conhecimento. plantações em várias áreas do concelho, afirmando-se como um vetor importante para dinamizar a nossa agricultura, alguma de subsistência, que atribui complementaridade aos salários familiares, encontrando nestes produtos formas de criar valor adicional e gerar riqueza.

GR: De um modo geral, como está o setor primário no concelho e quais as principais dificuldades que são sentidas.

JL: O setor primário tem tido um acompanhamento atento do Município, não só, mas também, através da realização de Feiras temáticas, que acabam por realçar a oportunidade e investimento realizado junto deste setor, quer do ponto de vista da agricultura, quer da pecuária. A Câmara de Proença-a-Nova tem sido uma ajuda permanente à Capripinhal, por exemplo, cooperativa que temos sediada no Parque Empresarial de Proença-a-Nova, que faz já a recolha de grande parte do leite de cabra do concelho, numa área muito mais vasta, que alcança até ao concelho de Abrantes e Alto Alentejo, potenciando aos produtores um maior ganho, sendo esse o principal objetivo. Também a Cooperativa Nacional do Medronho encontrará um novo ímpeto nesta fileira, não só para a região, como para o todo nacional, numa aposta que pretendemos concretizar num futuro breve.

GR: De modo inverso, há aumento da procura de produtores locais?

JL: Não há dúvida que os produtos que são gerados nestes territórios têm tido uma procura crescente nos últimos anos, desde logo com a agricultura biológica, à qual não é indiferente um projeto que temos com a Pinhal Maior, associação que engloba outros quatro concelhos e que fará a recolha das produções de produtores biológicos, sendo esta uma aposta séria que estes municípios estão a fazer. É uma aposta no setor primário, mas também na agricultura biológica, que tem hoje uma importância cada vez mais acentuada.

“tem havido grandes plantações em várias áreas do concelho, afirmando-se como um vetor importante para dinamizar a nossa agricultura”

GR: a cereja de Proença tem vindo a ganhar cada vez mais reconhecimento pela sua qualidade. Isso tem-se refletido no terreno? Há mais produtores no concelho?

JL: Têm crescido ambos. Tem havido, de facto, novos cerejais a serem plantados, ainda que haja um incremento mais expressivo na questão do limão. Tem havido grandes

This article is from: