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Município da Guarda e AgroGuarda criam Centro Agrícola
from Gazeta Rural nº 407
by Gazeta Rural
Município da Guarda e agroGuarda criam centro agrícola para comercializar produtos locais
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a Câmara da Guarda e a agroGuarda - Cooperativa agropecuária do Concelho da Guarda assinaram um contrato de comodato que visa a criação de um Centro Operacional agrícola, que permitirá escoar os produtos que são produzidos localmente.
O acordo tem como objetivo “promover a valorização dos produtos endógenos da região” e o projeto vai ocupar um imóvel localizado na Plataforma Logística, cedido pela autarquia, com uma área total de 1.323 metros quadrados.
O presidente da Câmara, Sérgio Costa, afirmou na cerimónia de assinatura do documento, que o Centro Operacional Agrícola da Guarda pretende valorizar e promover os produtos endógenos “de uma região muitas vezes esquecida no mapa agrícola nacional”. “Este Centro Operacional Agrícola é para todos os produtos e para todos os produtores. E cabe a partir de agora à AgroGuarda a dinamização do espaço, na salvaguarda da comercialização e da armazenagem, sempre com todos os produtos e com todos os agricultores do nosso concelho, porque este Centro Operacional Agrícola da Guarda será a casa de todos os agricultores do nosso concelho”, afirmou.
Na opinião do autarca, estão a ser criadas condições para que os agricultores locais “tenham quem
os ajude a promover, a divulgar e a escoar os seus produtos”. “A Guarda precisa que os seus produtos sejam reconhecidos, pela sua origem, porque têm qualidade de excelência. A marca Guarda tem futuro porque está inserida num território que tem conseguido manter as suas características de biodiversidade únicas intactas”, acrescentou. Por sua vez, Jorge Godinho, presidente do Conselho de Administração da cooperativa AgroGuarda, referiu que, com a assinatura do contrato de comodato, o município “dá um passo em frente” no setor agrícola e agroalimentar. Disse que o projeto permitirá aplicar a experiência que existe no setor do mirtilo, com canais internacionais, e “tentar fazer “copy-paste” para os outros produtos”. “Se nós conseguirmos fazer com que os restaurantes, por exemplo, comecem a utilizar os produtos endógenos do nosso agricultor, nós podemos garantir ao cliente que vai ao restaurante, que vai comer um produto bom e um produto da região”, exemplificou.
Segundo Jorge Godinho, o Centro Operacional Agrícola terá um espaço de frio para armazenagem e um pequeno espaço de comércio, contudo, a ideia não é competir com a Praça Municipal, mas antes oferecer “mais um espaço” onde os restaurantes ou as cantinas, por exemplo, “podem comprar um produto direto ao produtor”.
O projeto começa a funcionar este mês com a campanha de produção de mirtilo, com oito produtores locais, admitindo que o concelho da Guarda poderá “exportar muito próximo das 150 toneladas” deste fruto.
Até ao final deste mês de Maio
agricultores têm que enviar formulário para receber antecipação do Pedido Único
Os agricultores têm até ao final do mês para submeter o formulário do apoio excecional de crise, um requisito necessário para receber a antecipação do pagamento do Pedido Único (PU), indicou o Governo.
“Este apoio excecional de crise, que vai ajudar os agricultores a terem condições para produzir, será disponibilizado pelo IFAP [Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas], sendo para o efeito necessária a submissão do formulário do apoio excecional de crise até 31 de Maio”, referiu, em comunicado, o Ministério da Agricultura e da Alimentação.
O Governo vai antecipar os 500 milhões de euros dos pagamentos do PU, que estava previsto para Outubro. Esta medida pretende responder ao impacto provocado pela guerra na Ucrânia, permitindo aos agricultores portugueses “fazer face às necessidades adicionais de liquidez”, perante o aumento dos custos das matérias-primas e da energia.
O diploma em causa, que antecipa este pagamento, vai beneficiar os agricultores do continente, que, em 2021, tenham recebido pagamentos de medidas do Sistema Integrado de Gestão de Controlo (SIGC). As candidaturas ao PU podem ser enviadas até 16 de Maio do corrente ano.
Em 21 de abril, a ministra tinha garantido que os agricultores iam receber este adiantamento até Maio. “Estamos a fazer um adiantamento dos pagamentos do PU”, ou seja, do “valor que os agricultores só iriam receber em outubro e que vão receber até maio”, afirmou, na altura, a governante, em declarações aos jornalistas, à margem de uma visita à feira agropecuária
Ovibeja, em Beja. O PU abrange os regimes de apoio aos pagamentos diretos, como o regime de pequena agricultura, o pagamento específico ao algodão e apoios associados voluntários, as medidas de apoio dos programas de desenvolvimento rural do continente (PDR) e da Madeira (PRODERAM) e o pagamento do prémio anual para compensar as quebras de rendimento decorrente da florestação.