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Ministra da Agricultura destacou importância “nacional do setor das pequenas bagas”

Presente no Encontro de Produtores de Mirtilo, em Sever do Vouga

A Ministra da Agricultura marcou presença no Encontro Nacional de Produtores de Mirtilo, que decorrer em Sever do Vouga, evento que contou com elevada participação. A sessão de abertura foi presidida por Maria do Céu Antunes, que em entrevista à Gazeta Rural destacou a importância deste setor no plano nacional. A governante salientou, também, as medidas que estão a ser tomadas no que ao setor da castanha diz respeito, bem como o que está a ser preparado para a Estação Agrária de Viseu e para o Centro de Estudos Vitivinícolas de Nelas.

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tem um valor económico, social e ambiental muito significativos, utilizando o território e evitando a sua desertificação.

GR: O ministério está a reativar os centros de investigação. Como está o processo em relação à Estação Agrária de Viseu e ao Centro de Estudos Vitivinícolas de Nelas? MCA: São dois polos da rede de inovação que estamos a desenvolver tendo por base o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Aquilo que pretendemos é que o polo de Nelas seja dedicado ao setor vitivinícola e o de Viseu à hortifruticultura e à fruticultura em concreto. Basicamente estes dois polos, que estão a ser reabilitados, pretendem ser a casa da construção de redes de capacitação, de inovação e transferência de tecnologia para o setor, tendo em atenção uma outra dimensão do PRR,

Gazeta Rural (GR): Que importância tem hoje a fileira do que é a formação de projeto de investigação e desenvolmirtilo? vimento tecnológico, como seja, por exemplo, a mitiga-

Mário do Céu Antunes (MCA): Tem uma importância mui- ção ou adaptação às alterações climáticas, a agricultura to significativa, quando em 10 anos teve um crescimento de precisão, a promoção dos produtos nacionais, bem brutal, seja em termos de área, de exportações ou de valor como um melhor nível de organização.acrescentado que deixa no nosso país. Os setores das peque- O que pretendemos, com estes dois polos em concrenas bagas têm em Portugal, na região centro e em particular to, é que mobilizem não só a produção local, regional e em Sever do Vouga, um microclima que faz toda a diferença e nacional nestes setores, como também os agentes de que nos permite criar valor económico, social e ambiental em investigação e de desenvolvimento tecnológico, - como territórios como este. as universidades, os politécnicos, laboratórios colabo-

Tem uma particularidade que importa valorizar, quando há rativos e os centros de competências, - tendo por base 10 anos a produção de mirtilo, em concreto, começou, cingia- os problemas reais com que os agricultores se de-se a este território e hoje está disseminada pelo país, com di- param, como o uso eficiente da água, na valorização ferentes variedades, o que aumenta a nossa capacidade de dar dos solos, enquanto grade ativo, na transição agroeresposta ao mercado e isso é, claramente, diferenciador. nergética, para podermos substituir energias fósseis por energias alternativas, ou seja no melhoramento

GR: O setor da castanha atravessa este ano um período difí- genético. Há, de facto, um potencial muito grande cil, com quebra de produção significativa, como na região dos que está a ser desenvolvido, dentro do programa da Soutos da Lapa? Agenda de Inovação para podermos preparar o setor

MCA: Nesse campo o que estamos a fazer é implementar um para esta realidade que é aumentar a nossa produconjunto de medidas, já anunciadas, umas a ser concretizadas ção para ganharmos autonomia estratégica dentro e outras a serem implementadas ainda em 2022 e outras 2023 da Política Agrícola Comum, mas sabemos que para para mitigar os efeitos nomeadamente do aumento dos custos aumentar a produção agrícola em 15%, como está e, por outro lado, nós queremos claramente que a castanha, en- previsto nesta Agenda de Inovação, só o podemos quanto produto endógeno, seja valorizada. Nesta altura temos um fazer com a introdução de tecnologia, de conheciAviso para instalar culturas tradicionais, como é o castanheiro, e mento, de ciência, e isso é determinante como obqueremos mesmo incentivar que isso aconteça em territórios, jetivo para a próxima década. como Sernancelhe, Vinhais e outros, onde a produção deste fruto

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