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Festa do Cante celebra oito anos de Património Mundial da UNESCO em Serpa e Lisboa
from Gazeta Rural nº 418
by Gazeta Rural
Iniciativa vai decorrer até 27 de novembro, em Serpa e Lisboa Festa do Cante celebra oito anos de Património Mundial da UNESCO
O evento, organizado pela Câmara de Serpa e pelo Museu do Cante Alentejano, com o apoio da Casa do Alentejo, em Lisboa, e da Direção Regional de Cultura do Alentejo, visa também “divulgar o cante e promover o convívio, a partilha e a troca de experiências entre cantadores e público”, realçaram esta terça-feira os promotores.
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A edição deste ano da Festa do Cante arrancou no Cineteatro Municipal de Serpa, com o espetáculo de apresentação do CD “Alentejo Ensemble”, do Rancho de Cantadores de Paris (França). Este é “o primeiro grupo multinacional de cante” e “nenhum dos membros é alentejano”, integrando “apenas um português”, explicou a câmara municipal.
O trabalho discográfico “Alentejo Ensemble” apresenta “um conjunto de modas emblemáticas do Alentejo, mas com uma roupagem contemporânea”. O disco, gravado por seis membros do grupo, “apre-
Concertos, lançamentos de discos e apre- senta várias correntes, desde o tradicional ‘à capella’ a nosentação de livros compõem a Festa do vos arranjos para instrumentos elétricos, passando pelos grupos de jovens e de mulheres”, indicou a organização. A Cante 2022, que arrancou em Serpa (Beja), apresentação em Serpa contou com as participações do para comemorar os oito anos do cante Grupo Coral e Etnográfico da Casa do Povo de Serpa, Ranalentejano como Património Cultural Ima- cho de Cantadores de Aldeia Nova de São Bento, Grupo Coral Feminino As Ceifeiras de Pias, Grupo Coral e Etnográfico da terial da Humanidade pela UNESCO. A ini- Academia Sénior de Serpa e Os Alentejanos. ciativa vai decorrer até 27 de novembro, O Museu do Cante Alentejano, em Serpa, acolhe, a 5 de em Serpa, mas também em Lisboa, e des- novembro, a apresentação do livro “Pelos Trilhos do Cante”, de Simão Miranda, por Mariana Cristina Borralho e com as tina-se a comemorar a entrada do cante participações do Grupo Coral da Adega de Vidigueira, Cuba e na Lista Representativa do Património Alvito e do Grupo Coral Os Alentejanos da Damaia. Já no dia Cultural Imaterial da Humanidade pela 12, no mesmo local, é apresentada a obra “Práticas da Cultura na Raia do Baixo Alentejo, Utopias, Criatividade e Formas Organização das Nações Unidas para a de Resistência”, de Dulce Simões, por Paulo Lima e pelo editor Educação, a Ciência e a Cultura. Fernando Mão de Ferro, com a participação do Grupo Coral Os Arraianos de Vila Verde de Ficalho. “Natureza Morta”, de J. M. Rodrigues, é a exposição de fotografia que também vai poder ser visitada neste museu, a partir de dia 18 de novembro, enquanto, no dia seguinte, a Casa do Alentejo, em Lisboa, acolhe o concerto de apresentação do CD “Cantares do Alentejo”, obra do maestro e compositor Fernando C. Lapa, para guitarras clássicas, do projeto Cante Alentejano com Erudição, pelo Bracara Augusta Guitar Trio e com a participação do Grupo Coral e Etnográfico da Casa do Povo de Serpa (16 horas). A Festa do Cante inclui ainda, a 26 de novembro, cante nas diversas localidades do concelho de Serpa, pelos grupos corais do concelho e, no dia seguinte, no cineteatro municipal (19 horas), a cerimónia oficial do oitavo aniversário do cante como património da UNESCO, com atuações de diversos grupos do concelho, bem como de Vitorino e Celina da Piedade, entre outros. O cante alentejano, canto coletivo sem instrumentos, tornou-se Património Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO, a 27 de novembro de 2014, graças a uma candidatura apresentada pela Câmara de Serpa e pela Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo.