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Sumário 05 06 08 09 10 12 14 16 18 20 22 23
Ovibeja comemora 35 anos de percurso e reflecte sobre desafios do futuro Há ‘Festa na Aldeia’ no nordeste transmontano
Fundão aposta nas cerejeiras em flor como cartaz turístico
Sever do Vouga recua no tempo com a Feira Quinhentista
Cooperativa de helicicultores promove III Festival do Caracol Portalegre recebe a XVIII Feira de Doçaria Conventual e Tradicional
PorcoPT distinguido com Prémio Cinco Estrelas Portugal 2018 Azambuja promove Festa do Vinho e das Adegas em Aveiras de Cima Região do Tejo distinguiu os melhores no vinho e na gastronomia Wine Summit regressa para incrementar ligação entre produtores e ‘players’ internacionais Queijo Serra da Estrela esteve em destaque no “Queijo à Chef”
XX Feira do Folar de Valpaços foi “a melhor de sempre”
produção
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Olivicultores de Valpaços homenagearam Luis Vieira e pediram... água Festival Gastronómico do Capão e da Polarda registou forte adesão
Confraria de Fornos de Algodres usa urtiga como coagulante na confecção de queijo Investigador aponta necessidade de preparar rios para cheias ou seca Opinião de Miguel Galante - A importância da árvore no espaço urbano
Seminário discutiu “importância da Serra do Caramulo” Castro Daire encerrou mês da Floresta e da Protecção Civil com Seminário Florestal Coruche lança concurso de ideias e criatividade para o montado de sobro e cortiça´ Governo avança este ano com programa de promoção das termas
Grande Prémio Internacional promove e divulga o território das Beiras e Serra da Estrela
“Projecto Nação Valente” quer zonas no Pinhal de Leiria cultivadas para combater fogos Célia Alves assume funções como presidente da Confraria dos Enófilos da Bairrada
organização
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Agenda
FESTIVAIS VÍNICOS E GASTRONÓMICOS
FEIRAS SECTORIAIS
De 1 a 30 de Abril Mostra de Doçaria em Tomar Tomar quer assumir-se como o destino mais doce de Portugal. Durante um mês, 18 pastelarias da cidade reúnem-se numa mostra que dá a provar mais de 30 doces locais e conventuais. Espadas de D. Gualdim, Barrigas de Iria, Pimpinelas, Estrelas de Tomar, Janelinhas do Capítulo, Nabantinos e Telhas do Convento são algumas das ‘guloseimas’ à espera dos visitantes.
De 27 de Abril a 1 de Maio Ovibeja 2018 “Todo o Alentejo deste mundo” é o slogan que promoveu um certame que atrai agricultores, mas dezenas de milhares de visitantes. Exposição pecuária, boa gastronomia alentejana e os melhores concertos.
De 6 a 8 de Abril XVI Festival das Sopas e Merendas de Alenquer No âmbito do programa oficial da Cidade Europeia do Vinho 2018 Torres Vedras/Alenquer, vai decorrer o XVI Festival das Sopas e Merendas de Alenquer, nas instalações da Adega Cooperativa da Labrugeira. Este ano participam 11 tasquinhas, com 11 sopas, e 11 merendas, para apreciar com os melhores vinhos da região. De 6 a 8 de Abril III Festival do Caracol Caracóis de mil e uma maneiras, cerveja, surpresas e animação são os ingredientes principais do III Festival do Caracol que decorrerá em Vila Nova de Famalicão. De 13 a 15 de Abril Feira de Doçaria Conventual e Tradicional Portalegre recebe a décima oitava edição da Feira de Doçaria Conventual e Tradicional no Mosteiro de S. Bernardo, mantendo a tradição de aliar várias áreas do património local num único evento. De 13 a 15 de Abril ÁVINHO - Festa do Vinho e das Adegas Aveiras de Cima prepara para a festa do vinho mais castiça do país. É a XIV ÁVINHO - Festa do Vinho e das Adegas, um evento vínico que conta com a participação de dezena e meia de adegas. De 12 a 15 de Julho Festival de Gastronomia do Maranho da Sertã A Sertã vai ser o palco do VII Festival de Gastronomia. Restaurantes, tasquinhas, actividades desportivas, ateliês, concertos e sessões de showcookings são alguns dos ingredientes deste festival onde o Maranho é Rei.
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De 15 a 17 de Junho Feira do Campo Alentejano Esta feira agroindustrial, promovida pela Câmara de Aljustrel, já conquistou o seu lugar no panorama regional, do sul do país. De 17 a 26 de Agosto “Frutos 2018” O município das Caldas da Rainha promove um evento que em 2017 contou com cerca de 105 mil visitantes. A Feira decorrerá no Parque Dom Carlos I, com diversas actividades desde a produção agroalimentar, à maquinaria, ao showcooking, ao artesanato, à presença de associações e institutos de promoção regional e nacional, aos espectáculos musicais, entre outras, que proporcionarão oportunidades de negócio. FEIRAS E FESTIVAIS MEDIEVAIS A 28 e 29 de Abril Feira Quinhentista em Sever do Vouga Gaiteiros, dançarinas orientais, saltimbancos e contadores de histórias prometem animar Sever do Vouga durante a Feira Quinhentista, que regressa no último fim-de-semana de Abril.
A decorrer de 27 de Abril a 01 de Maio
Ovibeja comemora 35 anos de percurso e reflecte sobre desafios do futuro
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Comissão Organizadora da XXV Ovibeja está a trabalhar a programação de colóquios e debates sobre temas da actualidade, de entre os quais se destaca a discussão e reflexão sobre a PAC pós 2020. A Internacionalização vai ser um dos temas principais da edição 2018 da Feira, através do AgroAlentejoExport, dedicado à produção vegetal. Para enquadrar o percurso da Ovibeja, a organização está a preparar uma exposição que assinala os principais marcos do evento no decorrer dos seus 35 anos. A decorrer de 27 de Abril a 01 de Maio, a Ovibeja está a suscitar grande interesse por parte de empresas dos mais variados ramos de actividade, com destaque para as áreas agro-alimentares e agro-industriais que pretendem associar-se ao foco criado através da edição comemorativa. E já é possível adquirir bilhetes e livre-trânsito online. Informar, reflectir e recolher contributos são alguns dos objectivos subjacentes ao colóquio que está a ser organizado pela ACOS – entidade organizadora da Ovibeja – sobre a PAC pós 2020. De entre os intervenientes contam-se especialistas em questões estratégicas da agricultura actual, membros do Governo e agricultores. O colóquio vai realizar-se no dia 30 de Abril. O tema principal da edição deste ano da Ovibeja reforça o foco na Internacionalização através da promoção e divulgação dos produtos de origem vegetal, enquadrados no projecto AgroAlentejoExport, transversal a toda a feira. Mais uma vez, a mensagem da Comissão Organizadora da Ovibeja incide sobre a necessidade de trabalhar a excelência, aliada à inovação como forma de captar novos mercados. Em edição comemorativa, a Ovibeja está a receber muitas manifestações de interesse por parte de entidades que, enquanto expositores, querem promover, valorizar e comercializar os seus produtos e serviços com os olhos postos na internacionalização através do tema AgroAlentejoExport. Da programação para esta edição faz ainda parte uma exposição ilustrativa dos principais marcos do percurso dos 35 anos da Ovibeja. Construída com todos e para todos, a Ovibeja assume-se como uma voz activa na criação de soluções para uma agricultura mais moderna e eficiente. Para visitar a feira, já é possível adquirir bilhetes e livre-trânsito online, nos locais habituais da Bilheteira Online – BOL, e que pode também ser acedida no site da feira em www.ovibeja.pt . Através das novas aplicações, o código do bilhete pode ser apresentado à entrada nas plataformas digitais, sem necessidade de impressão. www.gazetarural.com
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Evento vai ser replicado
Haverá ‘Festa na Aldeia’ no nordeste transmontano
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om o apoio do Portugal Inovação Social, vai ser rante um fim de semana em cada lugar, o trabalho realizado ao possível replicar a iniciativa Há Festa na Aldeia longo do ano. A proposta é que a dinamização aconteça através (HFA) em novas aldeias da zona Norte do país. Rio de dos seus habitantes, contrariando a tendência de promoção do Onor, em Bragança, Paradela, em Miranda do Douro, território desincorporada da sua gente. Talhas, em Macedo de Cavaleiros. Com o apoio do Portugal Inovação Social – Parcerias para o Até ao momento, e desde 2013, o HFA já aconteceu Impacto, que selecciona projectos que dão respostas originais em Areja (Gondomar), Burgo (Felgueiras), Castromil a problemas sociais, com impacto significativo no bem-estar e (Paredes), Couce (Valongo), Figueira (Penafiel), Porto desenvolvimento desse grupo, este ano serão 12 aldeias. Carvoeiro (Santa Maria da Feira), Ul (Oliveira de Azeméis) e Vilarinho de S. Roque (Albergaria a Velha). Em 2018 o ciclo de execução da festa realiza-se em nove Aldeias de Portugal. Este número poderá aumenAssociação de Turismo de Aldeia assume tar face ao interesse dos diferentes municípios e outros a coordenação do HFA órgãos de governança local. Trata-se de uma acção de combate ao isolamento soConsiderando a dimensão territorial resultante do crescicial destas regiões, assente no princípio de co-construmento do HFA, este passa a ser coordenado pela Associação ção e organização em rede, para a animação de uma esde Turismo de Aldeia (ATA), que com as autarquias, associatratégia de desenvolvimento das aldeias, constituído com ções de desenvolvimento local, comunidade e outros agena comunidade. tes, reúne esforços para a construção de uma nova vida Desenham-se, em conjunto, uma série de actividades em Aldeias de Portugal, valorizando os recursos endógeanuais, que incluem formações e organização de eventos, nos e promovendo o empreendedorismo para a dinamizaentre os quais os eventos-âncora, que comemoram, dução turística, social e económica destes lugares.
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Município do Fundão está a promover diversas acções e actividades para afirmar a paisagem natural das cerejeiras em flor como cartaz turístico, numa oferta que inclui visitas de comboio, apadrinhamento de cerejeiras, piqueniques e voos de balão. “A paisagem cultural da cereja do Fundão é uma das questões essenciais e das mais atractivas do nosso concelho. É um dos espectáculos mais extraordinários que temos no nosso país, com os vales da Gardunha vestidos de branco e, como tal, este ano, temos mais um programa que reforça a oferta para todos quantos queiram visitar o nosso território”, referiu o presidente da Câmara do Fundão. Paulo Fernandes adiantou ainda que este município do distrito de Castelo Branco também está a estudar a melhor forma de enquadrar esta paisagem cultural da cereja em modelos de classificação nacionais e internacionais. “Estamos a estudar essa vertente, porque consideramos que a paisagem da cereja no nosso concelho tem valor suficiente para vir a ser classificada como património”, fundamentou. Por outro lado, salientou que à importância paisagística, ambiental e económica que a produção de cereja tem neste concelho, se junta ainda o contributo fundamental que os pomares dão na defesa contra os fogos florestais. Deste modo, a Câmara do Fundão vai lançar novamente o desafio para o apadrinhamento de cerejeiras, com o objectivo promover a reflorestação da Serra da Gardunha e alavancar a economia da região através do turismo. “Quem apadrinhar uma cerejeira irá usufruir de um desconto de 10% nas unidades de alojamento aderentes ao programa”, salienta o município em nota de imprensa. As actividades incluídas no programa turístico das cerejeiras em flor decorrem até 15 de Abril e permitem que este “cenário único” possa ser visto ao vivo, nomeadamente com a participação em passeios pelos trilhos da Gardunha, em passeios de bicicleta ou em passeios de comboio turístico, que atravessam zonas contínuas de cerejal e que decorrem todos os fins de semana, até 15 de Abril. Para a primeira quinzena de Abril, também está prevista a realização de voos de balão de ar quente. O visitante também pode optar por viajar de comboio, num programa articulado com a CP, que irá acontecer aos sábados, como no dia 7 de Abril. O Fundão, no distrito de Castelo Branco, tem actualmente entre 2.000 a 2.500 hectares de pomares de cerejeiras, área que tem vindo a crescer todos os anos e que leva que este concelho seja considerado uma das maiores zonas de produção de cereja a nível nacional. De acordo com um levantamento feito pela autarquia, a fileira da produção de cereja neste concelho, que inclui subprodutos e negócios associados, já representa mais de 20 milhões de euros por ano na economia local.
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Município promove várias actividades até 15 de Abril
Fundão aposta nas cerejeiras em flor como cartaz turístico
No fim-de-semana de 28 e 29 de Abril
Sever do Vouga recua no tempo com a Feira Quinhentista
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aiteiros, dançarinas orientais, saltimbanas comemorações ganharam um carácter mais regular. “Tivemos uma cos e contadores de histórias prometem grande mobilização por parte da comunidade que demostrou interesanimar Sever do Vouga durante a Feira Quise na continuidade da iniciativa”, recorda o vice-presidente da Câmanhentista, que regressa no último fim-de-semara de Sever do Vouga, Almeida e Costa, acrescentando que o evento na de Abril, nos dias 28 e 29. é “uma aposta cultural da autarquia que assinala uma data marcante Organizada pela Câmara Municipal, em parcena construção da identidade concelhia, através da qual se partilha ria com a associação AlbergAR-TE e Associação um sentimento colectivo de pertença ao território”. de Artesãos, este evento assinala uma importanComo explica o historiador severense António H. Tavares, no livro te data na construção da identidade concelhia: a “O Foral de Sever do Vouga”, uma publicação da Câmara Municipal, atribuição do Foral a Sever do Vouga pelo Rei D. trata-se do “documento mais importante de toda a história conManuel I, a 29 de Abril de 1514. celhia porque regulamentou, de 1914 a 1930, altura da Revolução A Feira Quinhentista é um convite que o MunicíLiberal, toda a actividade concelhia no âmbito da justiça, adminispio de Sever do Vouga faz a todas as famílias, com tração e pagamento de impostos”, refere. propostas a não perder. No coração da vila, haverá teatro, música, dança, circo, jogos populares e tradicionais. Artífices e regatões vão animar o Jardim do Lago que terá tabernas com iguarias de épocas passadas. Uma verdadeira viagem no tempo que irá transportar os visitantes para um ambiente feito de História e histórias, numa altura em que as lampreias eram usadas como forma de pagamento de impostos. Uma arruada com bombos anuncia a abertura da feira, no dia 28 de Abril (11 horas). Além da animação permanente, destaque para o cortejo e danças palacianas (15 horas), danças quinhentistas com as associações locais (17 horas), performance teatral com os “Voix de Ville” (18 horas), seguida de música comunitária, procissão nocturna (21 horas), seguida do concerto “Origo” e de uma tradicional queimada (23,30 horas). No dia seguinte, há novas propostas, sendo o ponto alto da programação o cortejo régio (15,30 horas), seguido de baile comunitário. As actividades terminam pelas 19 horas, com um jogo de paus e trabucos. Apesar de a atribuição do Foral a Sever do Vouga ser assinalada há mais de uma década, foi a partir de 2014, ano em que foram celebrados os 500 anos de Foral, que www.gazetarural.com
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Nos dias 6, 7 e 8 de Abril em Famalicão
Cooperativa de helicicultores promove III Festival do Caracol
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aracóis de mil e uma maneiras, cerveja, surpresas e animação são os ingredientes principais do III Festival do Caracol que decorre nos dias 6, 7 e 8 de Abril, XXIV Festival Queijo, Pão e Vinho de 6 a 8 de Abril, em Palmela em Vila Nova de Famalicão. Abrir o apetite para um negócio que está em crescimento exponencial em Portugal é o grande objectivo do evento organizado pela WIDEHELIX, uma cooperativa de 14 helicicultores com sede em Famalicão, pioneira no cultivo do caracol a norte do país. Após o sucesso das edições anteriores, a terceira edição do festival passa por dar a conhecer e a provar a qualidade do produto ntre 6 e 8 de Abril, está de regresso a maior celebração dos confeccionado pelos vários produtores associaprodutos da região da Arrábida, que tem lugar, anualmente, dos à WIDEHELIX, explorando as suas diversas no concelho de Palmela, na localidade de S. Gonçalo, freguesia de potencialidades gastronómicas, e não só, mas Quinta do Anjo. também divulgar a oferta de serviços e produtos O XIV Festival Queijo, Pão e Vinho é uma montra privilegiada do de apoio à produção do caracol disponibilizados melhor que a região tem para oferecer, com destaque para o Queijo pela cooperativa ao mercado. de Azeitão DOP, um dos mais afamados e requintados do país. OuA WIDEHELIX - Cooperativa de Helicicultores tros queijos de ovelha e manteiga de ovelha, os vinhos regionais, o nasceu da união de 14 produtores e da ambição pão tradicional, a doçaria, a fruta, o mel - e, pela primeira vez, as em alcançarem uma dimensão e posicionamento delicadas Ostras do Sado - enriquecem o leque de iguarias a (re) estratégico que lhes permitisse criar um produto descobrir ao longo destes três dias. Não esquecer as tasquinhas de qualidade e excelência - diferenciador na oferta de gastronomia que, ao longo de todo o fim de semana, farão aos mercados nacional e internacional - investindo, as delícias de quem nos visita. Ao final da tarde de domingo, para isso, numa postura profissional e competenserá conhecido o vencedor do Concurso “Queijo de Azeitão DOP” te que dignifique a helicicultura e os helicicultores 2018. nacionais. A par do Festival, os restaurantes do concelho de Palmela deExigindo e apostando na cooperação efectiva endicam especial atenção ao Queijo de Ovelha, que surge, revitre os associados, a cooperativa tem como pilares sitado, em diversas propostas, doces e salgadas. Os Fins de estratégicos fundamentais a formação, a inovação e Semana Gastronómicos do Queijo de Ovelha decorrem nos dias melhoria contínua dos seus produtos e serviços com 1, 6, 7 e 8 de Abril, no âmbito do programa “Palmela, Experiênvista a alcançar melhores e maiores produções, minicias com Sabor!”. mizando custos e maximizando rentabilidades.
Quinta do Anjo recebe a grande festa dos melhores sabores da Arrábida
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Festival Queijo, Pão e Vinho é Eco Evento Dando sequência aos objectivos de sustentabilidade ambiental do Festival, definidos pela organização, esta edição será Eco Evento Amarsul. Trata-se de uma certificação atribuída pela empresa multimunicipal a iniciativas que apostem na separação de resíduos valorizáveis. A Amarsul fará uma acção de sensibilização para os expositores, sensibilizando para a importância da separação dos resíduos, disponibilizará equipamentos para separação e fará a recolha no final. Promovido pela Associação Regional de Criadores de Ovinos Leiteiros da Serra da Arrábida (ARCOLSA), o Festival conta com um apoio financeiro do Município de Palmela.
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5 | 6 | 7 SETEMBRO 2018 Valada do Ribatejo
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De 13 a 15 de Abril, no Mosteiro de S. Bernardo
Feira mostra a Doçaria Conventual e Tradicional em Portalegre
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ortalegre recebe a décima oitava edição da Feira de Doçaria Conventual e Tradicional, entre os dias 13 e 15 de Abril, no Mosteiro de S. Bernardo, mantendo a tradição de aliar várias áreas do património local num único evento. Aqui, o património gastronómico constituído pela doçaria conventual e tradicional da Península Ibérica, ganha dimensão num espaço patrimonial conventual de onde são originários alguns dos doces mais conhecidos de Portalegre, como os Rebuçados de Ovo. Como em anos anteriores, o Mosteiro de S. Bernardo abre as suas portas para receber os cerca de 40 doceiros nacionais e da vizinha Espanha e todos os visitantes que queiram conhecer o antigo mosteiro feminino cisterciense, um dos ex-libris da arquitectura religiosa, barroca, manuelina, renascentista em Portalegre. A igreja do mosteiro integra o túmulo de D. Jorge de Melo, Bispo da Guarda, um dos mais sumptuosos túmulos renascentistas, decorado com uma imagética alusiva à sua vida amorosa. Na edição que celebra a “maioridade” desta iniciativa, há algumas novidades a destacar: a Mostra de Xícaras, com peças cedidas pelo Museu Municipal de Portalegre e pelo Solar das Avencas, e a apresentação do livro “Doçaria Portuguesa - Sul”, de Cristina Castro (com prefácio de Maria de Lourdes Modesto). Este é um livro que integra uma abrangente recolha de doçaria portuguesa contemporânea, onde se conta a história e a origem de 172 doces, com destaque para as especialidades doceiras do Algarve, Alentejo e Península de Setúbal. Constitui-se como uma obra de referência para profisreferência na programação anual do concelho, sionais e curiosos, sendo considerado o melhor guia para adoçar consolidada há muito como uma das “embaixadoqualquer viagem. ras” de Portalegre na dimensão internacional enComplementarmente à promoção dos doces conventuais, a doquanto polo de defesa da autenticidade dos Doces çaria tradicional também marca presença na Feira, com algumas Conventuais. Enquanto associados da Qualifica Oriespecialidades locais como a Boleima de Portalegre ou o Bolo GINn Portugal integramos um projecto que pretende Finto. Os Concursos de Doçaria e Licores, pela mão da Confraria elevar a Doçaria Conventual Portuguesa a PatrimóGastronómica do Norte Alentejano, da Escola de Hotelaria e Tunio da Humanidade. Esta é a única Feira de Doçaria, rismo de Portalegre e da Qualifica OriGIn Portugal, continuam a de todo o país, Qualificada o que significa que todos ser outro dos pontos altos da Feira. os produtos reúnem todos os critérios requeridos pela Outra das referências desta iniciativa é o Atelier Mãos na Qualifica OriGIn Portugal na sua confecção, utilizanMassa, pensado para os mais pequenos, e que constitui uma do apenas os ingredientes tradicionais. No âmbito oportunidade para explorar o mundo dos sentidos: ouvem de uma candidatura ao Prémio Turismo, na Vertente sons, mexem nos ingredientes, vêem cores e formas, cheiram Eventos, promovido pela Entidade Regional de Turismo e provam os doces que eles próprios confeccionam, ao mesmo do Alentejo, esta feira recebeu uma menção honrosa. tempo que são sensibilizados para a importância do patrimóTrata-se de uma organização do Município de Portanio cultural e gastronómico local, ficando a conhecer melhor legre, em parceria com a Qualifica OriGIn Portugal, com os espaços de onde são originários os Doces Conventuais. Na o apoio da Entidade Regional de Turismo do Alentejo, sala de Armas do Mosteiro estará instalado um Salão de Chá, do Turismo de Portugal e o apoio institucional da Escola explorado pela Conferência de S. Vicente de Paulo. Prática do Agrupamento de Instrução da GNR de PortaEste é um certame animado pelas associações culturais legre. do concelho, herdeiras da história e etnografia locais ou de Através deste e de outros eventos, a Câmara de Porcariz mais contemporâneo, mas sempre com reportórios talegre continua a trabalhar no sentido de promover as muito apelativos. No último dia, o público pode assistir aos potencialidades do concelho, tendo como principal missão espectáculos proporcionados pelo programa “Somos Pora promoção da qualidade de vida dos residentes e dos visitugal”, da TVI, transmitido em directo, entre as 14 e as 20 tantes, sempre numa perspectiva de valorização do patrihoras. mónio material e imaterial e dos seus recursos endógenos. Realizada desde 2001, esta feira é um dos eventos de
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Até 8 de Abril, em quinze restaurantes do concelho
Cabrito e borrego nas ementas da Quinzena Gastronómica em Marvão
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m plena época pascal, o Cabrito e o Borrego são os principais ingredientes das ementas propostas pelos quinze restaurantes do concelho que até 8 de Abril participam na décima terceira edição da Quinzena Gastronómica, promovida pelo Município de Marvão. A autarquia promove esta Quinzena Gastronómica com o intuito preservar e promover as características da cozinha mediterrânica, os produtos endógenos do concelho, atrair ainda mais visitantes, e dinamizar a economia local. Durante este período, os restaurantes aderentes vão criar e recriar pratos que recordarão o passado, e as su-
gestões vão desde as mais tradicionais, às mais imaginativas. Ensopado de borrego à alentejana, cabrito assado no forno com batatinha assada e esparregado, costeletas de borreguinho grelhadas com laranja, cabrito de cachafrito, paleta de cabrito de leite no carvão com boletos salteados, ou as tradicionais sopas de sarapatel, são alguns dos pratos tradicionais durante esta quadra pode saborear em Marvão. O legado gastronómico desta região constitui, assim, um excelente pretexto para visitar Marvão, conhecer o seu rico património arquitectónico,
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Na categoria de Carne de Porco
PorcoPT distinguido com Prémio Cinco Estrelas Portugal 2018
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carne PorcoPT foi distinguida com o Prémio Cinco Estrelas Portugal 2018 na categoria de Carne de Porco. A atribuição reconhece a qualidade e sabor desta carne única, lançada comercialmente no passado mês de Julho. A classificação obtida de 8,07/10 premiou a qualidade do produto e valeu a atribuição deste prémio que é um dos mais reconhecidos em termos de avaliação de marcas em Portugal. Com menos de um ano no mercado, a PorcoPT recebe já um importante reconhecimento dos portugueses. Nos testes cegos feitos por 100 consumidores foram avaliados cinco critérios principais: o cheiro, o sabor, a cor, a tenrura e a suculência. De referir que em todos estes critérios a avaliação foi superior a 8,40, o que denota o cumprimento das características distintivas do produto. Para além das provas cegas, foi feito um inquérito online a 1000 consumidores o que permitiu, também, testar a notoriedade da marca e a intenção de compra da mesma, com os resultados a validarem igualmente o trabalho feito ao longo dos últimos meses, desde o seu lançamento, revelando, ainda, um potencial de comunicação elevado dado tratar-se de uma marca muito recente no mercado. O PorcoPT é um programa de certificação de carne de porco portuguesa que obedece a um caderno de especificações que indicam diversas normas aplicadas a todos os intervenientes na cadeia de valor da carne de porco, de entre as quais se destaca o facto de a carne ter de ser proveniente de animais nascidos e criados em Portugal e de as normas de bem-estar animal terem que ser superiores às legalmente exigidas, nomeadamente no espaço de criação e transporte de animais. Muito importante é igualmente o facto de a alimentação dos animais produzidos no âmbito deste programa ser feita à base de cereais o que lhe confere características de sabor e tenrura superiores. O processo é controlado e certificado por uma empresa independente e todo ele tem a homologação do Ministério da Agricultura. A suinicultura nacional oferece, assim, ao consumidor uma carne certificada, de qualidade superior e mais saborosa.
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Semifinalistas serão conhecidos a 7 de Abril
Município de Azambuja concorre às ‘7 Maravilhas à Mesa’
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município de Azambuja é um dos nomeados ao concurso “7 Maravilhas à Mesa” cuja pré-selecção dos semifinalistas será conhecida no próximo dia 7 de Abril. Cumprindo os requisitos desta iniciativa de âmbito nacional, a autarquia reuniu uma parte do que tem de melhor e mais característico no seu património gastronómico. Além das iguarias e vinhos – que a seguir se apresentam – a candidatura integra, na categoria designada Roteiros, o projecto ‘Aveiras de Cima - Vila Museu do Vinho’ com as suas adegas e os seus lagares como experiências únicas e peculiares do concelho de Azambuja. Nesta candidatura, a autarquia pretende conjugar a identidade e a autenticidade de um povo, com o turismo, aliados à gastronomia genuína da região enriquecida e valorizada pelos seus produtos endógenos. O concurso pedia a composição de uma mesa que leve à descoberta dessas maravilhas locais. Aqui fica a breve viagem pela mesa de Azambuja… A mesa do Município de Azambuja foi apresentada numa adega onde foi servido um queijo de cabra, da Quinta da Granja dos Moinhos, de pasta mole, produzido inteiramente na localidade da Maçussa e reconhecido nacional e internacionalmente. Para acompanhar este queijo, e o excelente pão de trigo Barbela, mais tecnológico, numa viajem desconcertante, os foi servido um tinto da casa Batoréu, produzido com uvas das nossos visitantes são também chamados a pôr o pé nossas vinhas, de Aveiras de Cima. À mesa, directamente do na terra, para uma experiência na vinha, sempre dirio Tejo houve, também, enguias, fritas e de escabeche. ferente ao longo do ano, consoante a fase do ciclo do Sendo o pão o elemento central da mesa deste concevinho que se estiver a vivenciar. lho, não faltaram a Lapardana, a Manja e o Torricado, todos E a ‘viajem’ termina da melhor maneira, à mesa, na acompanhados por uma posta de bacalhau assada na braAdega Batoréu”, refere a autarquia. sa. E como pratos tão perfumados pedem um vinho com um Organizada pela EIPWU, entidade detentora dos dibom perfil aromático, a aposta recaiu no branco Arinto da reitos exclusivos da marca das ‘7 Maravilhas’, esta inicasa Batoréu. ciativa terá a sua final no dia 16 de Setembro, onde as ‘7 A ‘Vila Museu do Vinho’ “foi a experiência única que seMaravilhas à Mesa’ serão escolhidas por votação directa leccionámos, por ser efectivamente única no país, e que asda população portuguesa. senta na própria vila de Aveiras de Cima, nas suas adegas, O Município de Azambuja acredita que tem um produto nas vinhas e nos bons vinhos que produzem. São perto de diferenciador e, por isso, apresentou esta candidatura já duas dezenas de parceiros onde cada adega e cada produaceite na primeira pré-selecção. No dia 07 de Abril, serão tor, através do seu espólio, permitem um contacto directo reveladas as 49 mesas semifinalistas. com a sua realidade e o seu saber. Do mais artesanal ao www.gazetarural.com
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ÁVINHO decorre nos dias 13, 14 e 15 de Abril
Azambuja promove Festa do Vinho e das Adegas em Aveiras de Cima
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veiras de Cima prepara para a festa do vinho mais castiça do país. É a XIV ÁVINHO - Festa do Vinho e das Adegas, que acontece de 13 a 15 de Abril. A iniciativa é organizada pela Câmara de Azambuja, Junta de Freguesia de Aveiras de Cima e pela “Associação Vila Museu do Vinho”, com o apoio da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo. Este evento vínico conta com a participação de dezena e meia de adegas. Os produtores abrem as suas portas, com a arte de bem receber, e partilham alguns segredos do bom vinho ribatejano que produzem. Para acompanhar há várias tasquinhas com apetitosos petiscos e doces nas ruas integradas no certame, mas também muita animação, com destaque para o fado humorístico de Emanuel Moura, na sexta-feira à noite, e os D.A.M.A, que actuarão no sábado também à meia-noite. Haverá também fado amador itinerante pelas adegas, na sexta à noite, e o desfile etnográfico “O Ciclo do Vinho”, na tarde de sábado. As varandas e fachadas enfeitadas sob o tema do vinho, fruto do envolvimento da população local, são outro atractivo da festa. “É nosso dever promover aquilo que temos de bom” “Este evento pretende divulgar bom vinho que que produz na Azambuja”, referiu o presidente da Câmara de Azambuja à Gazeta Rural. Luís Manuel Sousa diz que é dever da autarquia “promover aquilo que temos de bom” e destaca a “grande tradição vitivinícola” do concelho, que, salienta, “possui características geomorfológicas ideais para o cultivo da vinha”. Gazeta Rural (GR): Então, ÀVinho em Aveiras? Luís Manuel Abreu de Sousa (LMAS): Há vinho na Azambuja e muito bom. Temos no concelho bastantes adegas e este evento pretende divulgar o bom vinho que que produz no concelho. ÁVinho é um evento que se realiza em Aveiras de Cima há alguns anos, que visa promover e divulgar as adegas e os produtores que temos no concelho e, com isso, dar-lhes a possibilidade de contactar com outros consumidores. GR: Que vinho se produz no concelho? LMAS: Produz-se milhares de pipas de vinho tinto e branco. O rosé produz-se em menos quantidade. Temos alguns grandes produtores, como a SIVAC – Sociedade Ideal de Vinhos de Aveiras de Cima, SA, que produz e comercializa milhões de litros, para além de outros mais pequenos, mas que produzem vinhos de excelente qualidade. Aliás, os especialistas dizem que temos excelentes condições, nomeadamente climáticas, para a produção de vinhos de muito boa qualidade. A Azambuja está situada a nascente da Serra de Montejunto, permitindo encostas com boa exposição solar. Tem uma grande tradição vitivinícola, possui características geomorfológicas ideais para o cultivo da vinha, pelo que apresenta no mercado diversos néctares de qualidade reconhecida. É um vinho de cor acentuada, com aromas perfumados e um paladar suave. As castas predominantes são o Castelão, o Fernão Pires, o Cabernet Sauvignon, entre outras.
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GR: Foi o sector que ‘obrigou’ a Câmara a avançar para este evento ou foi a autarquia a querer promover um produto com grande relevância no concelho? LMAS: Diria que foram as duas coisas. Achamos que é nosso dever promover aquilo que temos de bom. Ao promovermos este evento, ajudamos os produtores a divulgar os seus vinhos. Posso contar-lhe uma história que retrata isto. O ano passado, nas minhas férias, saí de Portugal e, por onde andei, entrei num supermercado e encontrei vinhos produzidos no nosso concelho. Fiquei muito satisfeito por ver que os vinhos do meu Município ‘correm’ o mundo. GR: O vinho arrasta a gastronomia e, com isso, promove um prato típico do concelho, que é o Torricado? LMAS: É. A boa gastronomia não combina com água, mas sim com um bom vinho. Estamos na fase de registo da Confraria do Torricado, que nascerá em breve, e com isso recuperar uma tradição que é muito nossa. O Torricado é um prato típico da região, tradicionalmente associado ao trabalho do campo, especialmente dos trabalhadores rurais, que com um molho de vides faziam uma fogueira. Nas brasas assavam o bacalhau, torravam o pão, de uma forma especial, untados com azeite e alho.
LMAS: Sim, o nosso ex-líbris, que é Feira de Maio, que vai decorrer de 24 a 28 de Maio. É um certame também ligado à gastronomia, com largadas de toiros pelas ruas da Vila, tertúlias, actividades equestres, ligadas ao cavalo e ao campino, e muita animação. Num pavilhão, com cerca de dois mil metros quadrados, teremos as tasquinhas das freguesias, onde estas apresentam os seus pratos mais típicos, bem como os vinhos, naturalmente.
GR: Olhando para o sector primário do concelho. O que de mais significativo se produz, para além do vinho, naturalmente? LMAS: O concelho da Azambuja está dividido pela Zona do Bairro, de Aveiras para cima, onde predomina o cultivo da vinha, mas também a floresta. Há outras culturas, mas em menor escala. Na zona da lezíria, junto ao rio, somos pioneiros no cultivo do tomate. Temos uma grande empresa nesta área, que é a Sugal, que se dedica à transformação de muitas toneladas de tomate. Nesta área produz-se também melão, milho e arroz, mas temos também o toiro bravo, os cavalos e os campinhos. O toiro bravo chega também à gastronomia. Podemos comer um bom bife de toiro bravo, regado com os nossos vinhos e temos uma harmonização perfeita. GR: As questões do clima têm sido muito discutidas. Também o preocupam? LMAS: Também por cá sentimos a seca, agora amenizada com as chuvas que vieram repor os níveis freáticos e o leito do rio. Os nossos campos, onde produz o tomate, o arroz, o milho e o melão são regados pelas águas do Tejo. E temos essa preocupação. Em tempos se seca, o nível do rio baixa deixa-nos preocupados, pois dependemos também dos espanhóis. Se eles fecharem a torneira o rio baixa para níveis que podem permitir que a água do mar, salgada, suba até esta região, como esteve quase a acontecer antes deste período de chuvas. Se isso acontecesse os nossos campos não poderiam ser cultivados. GR: Que outras actividades promove a autarquia no âmbito deste evento? LMAS: Promovemos um concurso de vinhos, a que todos os nossos produtores concorrem, cujos prémios são entregues num jantar no âmbito do certame. Associado a isto temos a Vila Museu do Vinho, um museu vivo, que começa numa sala em Aveiras de Cima e que depois percorre as nossas adegas e vinhas. Ou seja, com este museu vivo fazemos todo o ciclo do vinho, desde a vinha até ao copo. GR: Mas, há mais festa em Maio? www.gazetarural.com
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Região vestiu-se a rigor para acolher três grandes momentos
Tejo distinguiu os melhores no vinho e na gastronomia
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cidade de Tomar vestiu-se a rigor para receber a oitava edição da ‘Gala Tejo’, evento que a Comissão Vitivinícola Regional do Tejo promove anualmente e cuja organização está a cargo da Confraria Enófila Nossa Senhora do Tejo. Um momento alto para a região Tejo, que reúne os melhores prazeres à mesa. Na presença de 380 pessoas, o Hotel dos Templários voltou a ser palco da cerimónia de anúncio e entrega dos galardões do ‘Concurso de Vinhos do Tejo’, dos ‘Prémios Vinhos do Tejo’ e do ‘Tejo Gourmet’. Quinta do Casal Branco foi o grande vencedor do ‘IX Concurso de Vinhos do Tejo’
Casa Cadaval, a Encosta do Sobral, a Enoport, a Lagoalva e a Pitada Verde. Dos 29 ‘Diplomas de Prata’, a Quinta do Casal Branco voltou a ganhar três distinções, tantas quantas a Falua. Por sua vez, a Agrovia, o Casal da Coelheira, a Enoport, a Quinta da Alorna e a Quinta do Cavalinho foram galardoadas com duas destas distinções, cada. Na lista dos ‘Diplomas de Prata’ constam ainda a Adega Cooperativa de Almeirim, a Adega Cooperativa do Cartaxo, a Casa Cadaval, a Casa Agrícola Paciência, a Casa Agrícola Faia e Filhos, a Casa Agrícola Solar dos Loendros, a Encosta do Sobral, a Fiúza & Bright, a Lagoalva, a Pitada Verde, a Quinta da Badula e a Sociedade Agrícola Casal do Conde.
No que diz respeito ao ‘IX Concurso de Vinhos do Tejo’ é de salientar a atribuição de duas das três ‘Medalhas Excelência’ à Quinta do Casal Branco, em Almeirim, pelos seus ‘Falcoaria Fernão Pires Vinhas Velhas branco 2016’ e ‘Falcoaria Colhei‘Prémio Carreira’ exalta duas figuras inconta Tardia branco 2014’. Nos tintos, a ‘Medalha Excelência’ foi tornáveis da região conquistada pelo ‘Casal da Coelheira Private Collection tinto 2015’, do Casal da Coelheira, no Tramagal, em Abrantes. No âmbito dos ‘Prémios Vinhos do Tejo 2017’, são O concurso contou com o maior número de sempre de vicontempladas as categorias ‘Empresa Dinamismo’ e nhos e produtores, ou seja, estiveram em prova 166 amos‘Empresa Excelência’ entregues, respectivamente, à tras (mais oito em relação ao ano passado), de 37 produtores Adega Cooperativa de Benfica do Ribatejo e à Adega (mais três do que em 2017), dos quais 22 foram contemplaCooperativa do Cartaxo pela dedicação e determinação dos com 50 vinhos premiados. Deste total, 21 receberam ‘Dino universo vitivinícola. ploma de Ouro’ e 29 ‘Diploma de Prata’. Manuel Lobo de Vasconcellos e Joana Silva Lopes, o No que toca ao ‘Ouro’, em destaque estiveram a Adega enólogo responsável e a enóloga residente da Quinta do Cooperativa do Cartaxo, a Quinta da Alorna e a Quinta do Casal Branco, foram galardoados com o prémio ‘Enólogo Casal Branco, uma vez que cada uma foi contemplada com do Ano’, pelo desempenho que os vinhos deste produtor três destas distinções. Já a Adega Cooperativa de Almeiconseguiram no ‘IX Concurso de Vinhos do Tejo’, sendo os rim, o Casal da Coelheira e a Companhia das Lezírias fomais bem pontuados. ram duplamente eleitas na lista dos ‘Diplomas de Ouro’. O ‘Prémio Carreira’ foi entregue a duas incontornáveis Os restantes produtores premiados foram a Agrovia, a personalidades do vinho na região. Falamos do engenhei-
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ro Mário Louro, que tem dedicado a sua vida à cultura do néctar de Baco, dentro e fora das salas onde dá formação, e de José Jacinto Freire Rodrigues, proprietário e grande impulsionador (da Quinta) do Casal da Coelheira, membro do primeiro Conselho Geral da Comissão Vitivinícola Regional, fundada em 1997, na altura como Ribatejo, e, acima de tudo, um acérrimo defensor da união em proveito de um futuro promissor para os Vinhos do Tejo. ‘Tejo Gourmet’ distingue 43 restaurantes com diplomas de ‘Ouro’ e ‘Prata’ Ao mesmo palco subiram ainda os representantes dos restaurantes galardoados no âmbito da oitava edição do ‘Tejo Gourmet’. Promovido há oito anos consecutivos, começou por ser um concurso de âmbito regional, o que mudou em 2014, ano em que passou a contemplar restaurante de Norte a Sul de Portugal continental e ilhas. Desde essa altura dá origem a um guia, “Na Rota do Tejo Gourmet”, uma edição anual onde constam os restaurantes participantes. Dos 51 restaurantes inscritos, 28 receberam ‘Diploma de Ouro’ e 15 foram distinguidos com ‘Diploma de Prata’, de acordo com a avaliação feita à harmonização de ‘Vinhos do Tejo’ com um menu composto por entrada, prato principal e sobremesa. No que aos prémios diz respeito, os restaurantes que melhor maridagem conseguiram foram, por ordem de serviço, o Pátio dos Petiscos (Montemor-o-Novo), o À Terra, do hotel Vila Monte Farm House (Moncarapacho, Olhão), e o Viva Lisboa, do Neya Lisboa Hotel. A ‘Melhor Promoção’ foi atribuída ao Grupo El Galego (Santarém), a ‘Melhor Carta de Vinhos do Tejo’ é a do restaurante Naco na Pedra (Salir do Porto, Caldas da Rainha) e o ‘Prémio Revelação’ ficou com o Petiscaki (Montemor-o-Novo). O Cisco (Almeirim) tem o galardão de ‘Melhor Restaurante de Cozinha Tradicional’ enquanto o ‘À Terra’, do hotel Vila Monte Farm House (Moncarapacho,
Olhão) levou para o ‘Melhor Restaurante de Cozinha Internacional’ para o Algarve. O 150 Gramas (Vila Franca de Xira) é considerada a ‘Melhor Casa de Petiscos’, o ANNA’S Restaurant (Aveiro) é a ‘Melhor Cozinha de Autor’ e o Wish (Porto) é ‘O Melhor Restaurante’ desta edição do ‘Tejo Gourmet’. www.gazetarural.com
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No Centro de Congressos do Estoril, de 20 a 22 de Junho
Wine Summit regressa para incrementar ligação entre produtores e ‘players’ internacionais
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MUST - Fermenting Ideas, Wine Summit Cascais´18 regressa ao Centro de Congressos do Estoril de 20 a 22 de Junho com o objectivo de “incrementar a ligação entre produtores nacionais e os ‘players’ internacionais”. Em conferência de imprensa, realizada na Comissão de Vitivinicultura da Região dos Vinhos Verdes, no Porto, Paulo Salvador, um dos promotores da iniciativa, afirmou que se espera nesta edição “uma maior presença de produtores nacionais a participar na reflexão sobre o futuro da realidade mundial do vinho”. “O objectivo principal é promover o reconhecimento internacional da produção nacional, pretendemos que Portugal entre na discussão global ao nível da estratégia”, sublinhou Paulo Salvador. Uma das novidades avançadas por Paulo Salvador é relativa à redução de preços, nomeadamente no acesso e participação nesta segunda edição do evento, que vai reunir “os maiores especialistas internacionais do sector vitivinícola, um dos mais dinâmicos da economia mundial”. “O preço do bilhete terá uma redução de 59% e o das presenças de 40%”, disse. Rui Falcão, crítico de vinhos e também promotor da Wine Summit, explicou que esta redução só é possível devido ao êxito da primeira edição, que levou “a um reforço do apoio dos patrocinadores”. Segundo Rui Falcão, em Junho estarão presentes no Centro de Congressos do Estoril “17 oradores, desde líderes de opinião, prestigiados jornalistas especializados, investigadores provenientes dos mais importantes mercados vinícolas do mundo”. Os promotores salientam que “esta é uma oportunidade única para contactar as mais influentes personalidades da indústria dos vinhos, em solo português, e com elas debater e reflectir sobre os desafios, as tendências e as oportunidades do sector”. Vai ser possível ouvir Gérard Basset, considerado um dos mais prestigiados ‘sommelier’ mundiais; Robert Joseph, produtor, fundador do IWC e editor consultor da Meininger’s; Willi Klinger, diretor do Austrian Wine Marketing Board; Maureen Downey, especialista em fraude e contrafação, conhecida como a Sherlock Holmes dos vinhos; e Charles Spence, professor Universitário em Oxford especializado em neurociência associada aos sentidos do vinho.
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Participam também, entre outros, o enólogo italiano Alberto Antonini, Felicity Carter, editora chefe da Meininger’s, considerada “uma das mulheres mais poderosas” do sector; Mariette du Toit-Helmbold, “uma das maiores autoridades internacionais sobre enoturismo”; Heini Zachariassen, fundador e presidente executivo (CEO) da Vivino, a maior comunidade mundial de vinhos; e Martin Brown, fundador e CEO da Wine-Searcher, a maior base de dados mundial sobre vinhos. A edição de 2017 contou com a participação de 20 oradores e mais de 450 especialistas de 22 países.
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sustentabilidade do Queijo Serra da Estrela, falaram das dificuldades e dos desafios com que se deparam no dia-a-dia. Ambos destacaram que é preciso contornar várias intempéries, não só da natureza, para garantir a qualidade e a unicidade do produto. “Não pode haver anos maus num produto único, que vinga pela autenticidade e excelência”, concordam. Por fim, Paulo Russell-Pinto, do Instituto de Vinhos do Douro e Porto (IVDP), num discurQueijo Serra da Estrela esteve à prova no Parador Casa da Ínso em que explicou o caso do Vinho do Porto sua, em Penalva do Castelo, e mostrou que é, de facto, umas como exemplo de sucesso, sustentou a projecdas 7 maravilhas gastronómicas portuguesas e um queijo de refeção e o crescimento em três indicadores, como rência no mundo. “qualidade, inovação e distribuição. Esta é uma Mais de duas centenas de pessoas comprovaram no evento, pelo fórmula de sucesso, que deve ser trabalhada e talento e criatividade de seis chefs, que este produto obtido do leite esgotada ao limite”. cru de ovelha bordaleira, a que se junta o cardo e as mãos de queiSeguiram-se surpresas maiores no momento jeiras experientes, brilha em qualquer refeição, a qualquer hora do mais aguardado - o show cooking dividido em seis dia. “O sabor renasce” foi o tema desta edição do Queijo Serra da momentos multissensoriais, pelas mãos de seis Estrela à Chef, promovida pela Comunidade Intermunicipal Viseu chefes da montra gastronómica portuguesa. Dão Lafões, em parceria com o Turismo Centro de Portugal e o As entradas foram servidas pelas mãos afinadas Grupo Visabeira. de Luís Gaspar (restaurante Sala de Corte, Lisboa) José Matias, responsável pela produção agrícola da Casa da Íne Paulo Cardoso (restaurante Parador Casa da Ínsua, onde se produz queijo Serra da Estrela certificado e vinhos sua, Penalva do Castelo, Viseu); Joachim Koerper do Dão, mostrou que “não há segredos nesta casa, todos podem (chef Michelin, restaurantes Eleven, Lisboa, e Wiacompanhar as diferentes fases de elaboração. Os factores dilliam, Funchal, Madeira) serviu carpaccio de joelho ferenciadores são a originalidade, as características únicas da de porco e lagostim braseado e emulsão de Queijo região, o rigor e um indicador decisivo: a paixão”. Serra da Estrela. O produtor, durante a visita à queijaria da Casa da Ínsua, desA chef do evento, Justa Nobre (restaurantes O Notacou que para se atingir a autenticidade e genuinidade desta bre e À Justa, Lisboa), enobreceu o evento com um maravilha portuguesa é necessário cumprir um conjunto de prato composto por alimentos tipicamente portugueregras obrigatórias. Está reconhecido como Denominação de ses, com bacalhau com crosta de Queijo Serra da EsOrigem Protegida (DOP). O Queijo Serra da Estrela é composto trela e broa sobre esmagado de grão-de-bico e couve. por três ingredientes: leite cru das ovelhas autóctones Serra O chef “mais recente” estrela Michelin João Oliveida Estrela, flor de cardo e sal marinho. “É fundamental saber ra (restaurante Vista, Portimão) deliciou os presentes distinguir este queijo de todos os outros”, finalizou José Macom codorniz, ravióli de Queijo Serra da Estrela trufado tias. e aipo. A sobremesa, pelas mãos de Américo dos Santos “A Sustentabilidade do Queijo Serra da Estrela” foi o se(chef pasteleiro, restaurante Belcanto, Lisboa), adoçou a gundo grande momento do produto protagonista do últiboca de todos com toucinho e Queijo Serra da Estrela e mo sábado. Luís Costa, subdirector da RTP, moderou este “petit four” de amendoim. workshop que contou com contributos dos vários oradores. A harmonização vínica com vinhos do Dão, outro dos Rogério Mota Abrantes, presidente da CIM Viseu Dão Laprincipais cartões-de-visita do território, ficou ao cargo fões, deu as boas-vindas, destacando que “o Queijo Serra do escanção Manuel Moreira, num serviço exclusivo de da Estrela é um dos cartões-de-visita de Viseu Dão Lafões, um dos melhores profissionais em Portugal, e que contou sendo o evento que o projecta um grande momento anual com vinhos rosé, brancos, tintos e espumantes disponibipara a região e para o país”. José Matias e Jorge Figueiredo lizados por mais de uma dezena de produtores/engarrafa(produtor da Estrelacoop), dois acérrimos defensores da dores da região demarcada do Dão Numa iniciativa da CIM Viseu Dão Lafões
Queijo Serra da Estrela esteve em destaque no “Queijo à Chef”
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Certame teve, pela primeira, folar certificado
XX Feira do Folar de Valpaços foi “a melhor de sempre”
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alpaços promoveu a XX Feira do Folar, evento que mostrou que o investimento feito pela autarquia local valeu a pena. “O maior evento gastronómico da região continua a trilhar caminho para crescer e a edição 2018 foi um enorme sucesso”, refere a autarquia. O certame contou com a presença de Luis Vieira, secretário de Estado da Agricultura e Alimentação, um ‘filho da terra’, que presidiu à cerimónia de inauguração, a que seguiu uma visita aos mais de 120 expositores da feira, que deram a provar o folar, o bolo podre, o fumeiro, os frutos secos, o mel, o azeite, o vinho, entre outras iguarias locais. Durante três dias, o Pavilhão Multiusos contou com a presença da gastronomia regional e por um vasto e diversificado programa de animação cultural e desportiva. Sabores valpacenses, onde o único folar certificado do país se destaca, e muita animação. Foram estes os ingredientes do sucesso da vigésima edição de certame que recebeu dezenas de milhares de visitantes. Apesar do tempo instável foram registadas verdadeiras enchentes, sobretudo no Domingo de Ramos, em que não sobrou Folar, dada a enorme afluência de milhares de pessoas de vários pontos do país e estrangeiro.
sicais e ranchos folclóricos, grupos de fados, entre muitas outras. No final do certame, o presidente da Câmara de Valpaços, mostrava-se “satisfeito e orgulhoso por mais um êxito alcançado”. Amílcar Almeida reforçou a confiança nos produtos de qualidade do concelho. “É repetitivo, mas é a verdade. Ano após ano, esta feira supera as expectativas. E se 2017 foi muito bom, 2018 foi melhor ainda”, referiu o autarca, acrescentando que “é o resultado de vários factores que se conjugam na perfeição. O produto excelente e a sua apresentação cuidada, a organização, que faz o seu melhor e tenta melhorar ano após ano, e a nossa divulgação, pois não nos cansamos de dizer e mostrar ao mundo as nossas potencialidades turísticas e gastronómicas”, concluiu. A Feira do Folar de Valpaços, que destaca exclusivamente produtos do concelho, é organizada pela Câmara de Valpaços e pela Empreendimentos Hidroeléctricos do Alto Tâmega e Barroso (EHATB).
“A melhor feira de sempre” A edição 2018 contou com uma afluência constante de pessoas, num evento que coloca Valpaços nas bocas do mundo. A juntar a todos os ingredientes gastronómicos, servidos também nas tasquinhas, estiveram várias actividades. O programa de animação não deixou ninguém indiferente com a apresentação de livros, falcoaria, artesanato ao vivo, corridas de cavalos, passeios de charrete, prova de cão coelheiro, prova de tiro aos pratos, raid TT nocturno e diurno, pista de obstáculos Trial, actuação das bandas muwww.gazetarural.com
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Dirigentes e autarca lembram as dificuldades do último verão
Olivicultores de Valpaços homenagearam Luis Vieira e pediram... água
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questão da água foi o tema em destaque na cerimónia de permitiria a expansão da rede de regadio sem homenagem que a Cooperativa dos Olivicultores de Valpacustos de bombagem. O autarca lembrou os 40 ços prestou a Luis Vieira. O Secretário de Estado da Agricultumilhões de euros investidos no sector primário, ra é natural daquele concelho e os responsáveis entenderam sustentando que a questão da água “é importante homenageá-lo, não só pelo que fez por Valpaços, mas pela sua para o futuro da agricultura no concelho”, lembranrelevância em termos nacionais. do que o castanheiro, o olival, o amendoal e a vinha Perante uma sala cheia, Luis Vieira começou por ouvir os elo“precisam de água” e “sabemos das dificuldades gios do presidente da Direcção da Cooperativa de Olivicultores que temos tido nos últimos anos”, pois “chove cada de Valpaços. Paulo Ribeiro lembrou os primeiros passos dados vez menos”. a propósito da concretização do projecto que permitiu a consSegundo o edil de Valpaços “hoje só devemos pentrução e modernização das actuais instalações da cooperativa, sar em agricultura se tivermos água, caso contrário é que contou com o apoio de Luis Vieira, e que lhe permitem deitar dinheiro fora”. Amílcar Almeida afirmou querer produzir, hoje, um dos melhores azeites do mundo. “manter a competitividade” do sector primário do seu O dirigente lembrou as dificuldades que os agricultores concelho e “afirmar os nossos produtos nos mercados transmontanos sentem com a falta de água, como aconteceu a nível Nacional e Internacional”, sabendo “que só poem 2017, numa região de minifúndio e olival de sequeiro que, demos ganhar mais no futuro se tivermos água”. com rega, poderia aumentar de forma significativa a sua caNa resposta o secretário de Estado da Agricultura pacidade produtiva. adiantou que “uma maior disponibilidade” hídrica seria Paulo Ribeiro foi secundado pelo presidente da Câmara de uma “mais-valia” para aquele concelho, mas, “há pasValpaços. Amílcar Almeida pediu ao governante mais invessos a serem dados”, afirmou Luis Vieira, salientando timento no regadio naquele concelho. O autarca considera que “em primeiro lugar é necessário um estudo prévio e que a construção de uma barragem, além de resolver proapresentar uma candidatura ao programa do enquadrablemas de falta de água no sector primário, iria contribuir mento de investimento na agricultura Portuguesa”. para aumentar a “produtividade”, mas também para “uma O governante admitiu que essa candidatura já não demaior e melhor qualidade dos nossos produtos”. verá ir a tempo do actual Programa de Desenvolvimento Amílcar Almeida adiantou que a autarquia já fez algum Rural (PDR) 2020, mas há que a preparar para que possa “trabalho de casa”, propondo a construção da barragem ser apresentada no próximo quadro comunitário de apoio. na freguesia de Carrazedo de Montenegro e Curros, o que Luis Vieira congratulou-se com “o potencial que a agri-
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cultura encerra neste concelho, com produtos de excelente qualidade e com provas dadas, quer no mercado nacional quer internacional. Estamos numa zona de microclima, com condições específicas que permitem produzir bons produtos”. Neste contexto, salientou, “a água é fundamental para que estas produções possam ainda ser maiores”. Produção de azeite aumentou 80% em 2017 Na ocasião o secretário de Estado da Agricultura e Alimentação anunciou que a produção de azeite atingiu, em 2017, as 125 mil toneladas, o que representa um aumento de cerca de 80% em relação a 2016. Luís Medeiros Vieira referiu ainda que as exportações de azeite registaram, no final de 2017, um valor global de 496 milhões de euros. O governante sublinhou o “desenvolvimento exemplar da olivicultura”, sector que “na última década viu a produção diferenciação da oferta de azeite, de reconhecida qualidade no quadruplicar e as exportações triplicarem”. mercado nacional e internacional”. “Esta performance notável Segundo o secretário de Estado, Portugal passou deve-se ao investimento qualificado que tem vindo a ser feito “de uma situação deficitária no sector do azeite para em lagares de azeite de alta tecnologia, à expansão da área de um país exportador com um ‘superavit’ (excedente) olival de regadio e a uma aposta sustentada no conhecimento de 150 milhões de euros”. e nas novas tecnologias originando um azeite de qualidade diNa última década, o crescimento do preço médio, por ferenciada”, salientou. quilo, das exportações registou um aumento de 35%. Luís Vieira referiu ainda que é preciso “diversificar os des“Esta dinâmica teve um impacto significativo na valoritinos da exportação de azeite” e desafiou a produção a “exzação da produção olivícola e traduziu-se num aumento plorar novas geografias e a continuar o percurso de investireal dos rendimentos dos olivicultores, como ocorreu na mento e inovação”. “Assumimos o compromisso de continuar região de Trás-os-Montes”, afirmou Luís Vieira. a trabalhar intensamente para abrir novos mercados e levar O governante destacou o facto de a região ser a seo azeite português a outros destinos, já que 80% das exporgunda maior produtora de azeite em Portugal, dispondo tações de azeite têm como destino Espanha e Brasil”, acresde “diferentes variedades regionais que permitem uma centou. www.gazetarural.com
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Realizado em Oliveira de Frades
Festival Gastronómico do Capão e da Polarda registou forte adesão
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uma iniciativa do município local e da Confraria Gastronómica do Frango do Campo, com o apoio da Campoaves, decorreu em Oliveira de Frades o I Festival Gastronómico do Capão e da Polarda, que se saldou por um grande êxito, bem como registando uma forte adesão. O presidente da Câmara de Oliveira de Frades, Paulo Ferreira salientou a importância desta iniciativa que “contribui para a promoção destes produtos endógenos, do turismo, da restauração, do concelho e da região”. Este evento, que decorreu junto ao edifício dos Paços de Concelho, contou com a presença dos restaurantes “O Solar” e “La Pérola”, que deram a conhecer diversas sugestões gastronómicas de ambos os produtos. O programa incluiu um encontro de Confrarias, que registou uma grande adesão, com a presenças de confrades de diversos pontos do país, animação musical com os grupos “Fado Cruzado”, “Stained Black”, “Strella do Dia”; concentração de carros clássicos e um mercado de artesanato e produtos locais.
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Manuel Paraíso diz que produto final “tem potencial”
Confraria de Fornos de Algodres usa urtiga como coagulante na confecção de queijo
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Confraria da Urtiga de Fornos de Algodres, no distrito da Guarda, anunciou que produziu com sucesso queijo de ovelha com a utilização de urtiga como coagulante do leite, em vez do tradicional cardo. O grão-mestre da confraria, Manuel Paraíso, disse que foi feita a experiência de utilizar urtiga como coagulante do leite de ovelha da Serra da Estrela e que o produto final “tem potencial”. Foram confeccionados dois pequenos queijos, cujo processo de cura demorou “cerca de dois meses”, que foram divulgados durante a Feira do Queijo Serra da Estrela de Fornos de Algodres, indicou. Segundo aquele responsável, a avaliação dos provadores “é a de um queijo de textura dura, sabor intenso, derivado da combinação do leite de ovelha com a urtiga”. O processo de cura do queijo com urtiga é mais moroso do que aquele que utiliza cardo, “porque a coagulação leva cerca de 24 horas” a concretizar-se, explicou Manuel Paraíso. A coagulação do leite é feita “por acidificação, há um abaixamento do pH do leite e o leite coagula”, o que “exige algum tempo”. “Enquanto no processo tradicional o cardo é amassado com o sal e o líquido que resulta é introduzido no leite, aqui a urtiga é metida directamente no leite e fica 24 horas a uma temperatura de 35 a 37 graus e, a partir daí, temos uma massa cremosa, com a consistência do iogurte grego que depois transformamos em queijo”, disse. Os queijos são envolvidos em pó de urtiga triturada e ficam com uma textura de cor verde. Segundo o grão-mestre, a experiência, que surgiu por ter conhecimento que a urtiga “já tinha sido utilizada como coagulante do leite em tempos que já lá vão”, permite criar um produto diferenciado com utilização do leite de ovelha da Serra da Estrela. “Se calhar, para as nossas queijeiras não terá utilidade, mas para nós é uma forma de provar mais uma das utilidades da urtiga”, observa Manuel Paraíso. A Confraria da Urtiga também já produz dois queijos de ovelha com a base do Serra da Estrela, sendo que num caso é introduzida urtiga seca no seu interior e, no outro, a planta cozida. Os dois produtos “ficam com texturas diferentes e com aspectos diferentes”, disse o responsável, referindo que os mesmos apenas são confeccionados por uma queijeira do concelho de Fornos de Algodres para degustação em iniciativas da congregação. Os queijos com urtiga juntam-se a outros produtos produzidos pela colectividade que foi criada em Maio de 2009 para incentivar a utilização daquela planta na gastronomia local. Alheira, pão, queijada, licor, bombons de chocolate com recheio de urtiga e azeite aromatizado com a planta, são alguns dos produtos gastronómicos criados pela Confraria da Urtiga. Segundo o grão-mestre Manuel Paraíso, a queijada está em processo de certificação e dois produtores de enchidos de Fornos de Algodres estão a produzir “alheira de urtiga” e “urtigueira” (semelhante à alheira), sendo que um deles “já exporta para a Holanda”. A urtiga, que tem o nome científico de “urtica dioica”, é uma planta selvagem que cresce nos campos de forma espontânea. www.gazetarural.com
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Cursos de água devem ser preparados para essas situações.
Investigador aponta necessidade de preparar rios para cheias ou seca
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especialista em reabilitação de rios Pedro vivos, os cidadãos fazem parte das transformações despoletadas Teiga afirma que as alterações climátipelas alterações climáticas, sendo responsáveis por decisões que cas vão tornar eventos como a seca e as cheias influenciam, entre outros aspectos, a qualidade da água dos rios e “cada vez mais extremos e frequentes”, devendos produtos e bens que dependem da mesma, como é o caso dos do os cursos de água ser preparados para essas alimentos. situações. “As minhas pequenas decisões vão influenciar a qualidade da “Temos de preparar os nossos rios já não soágua dos nossos rios e todo o seu funcionamento, nomeadamente mente para um funcionamento e caudal normais, no que respeita ao tipo de alimentos que colocamos no prato, de mas dar-lhes força e capacidade de resistir aos onde vêm e qual é o sistema agrícola utilizado na produção, se é impactos” provocados pelas secas e cheias, frisou sustentável ou não”, indicou. o investigador do Centro Interdisciplinar de InvesPedro Teiga acredita que o ser humano está perante uma mutigação Marinha e Ambiental (CIIMAR) da Universidança de paradigma em termos de mentalidade, devendo, por dade do Porto. isso, estar atento aos eventos da natureza e “não viver numa Segundo Pedro Teiga, a utilização humana destes cidade e numa aldeia em que não se interessa como vai ser o dia recursos naturais originou episódios de pressão, corde amanhã, se vai chover ou se vai estar sol”. tes da vegetação ribeirinha, descargas de poluição O investigador considera ainda que só com o cumprimento e construções em cima dos seus leitos, tendo estes das normas estabelecidas para preservação e recuperação dos perdido a capacidade de se autorregenerarem e de rios será possível contornar os danos e os problemas causados responderem aos efeitos das alterações climáticas. às populações pelo agravamento desse tipo de eventos. No entanto, ressalvou, todo este sistema poderá trabalhar de forma positiva se agora se fizer o trabaPoluição dos rios diminuiu, mas qualidade da água é lho contrário, “criando células e processos de reabilitainferior à desejada ção a médio e longo prazo”, dotando “os rios de espaços para inundação” e “recargas juntos às cabeceiras O investigador Pedro Teiga afirma também que o estado e ao longo das margens, com a vegetação ribeirinha de poluição dos cursos de água em Portugal diminuiu na úla funcionar como corredor ecológico, e “potenciando a tima década, mas a qualidade da água continua inferior à fixação de água e evitando evapotranspiração”. desejada. “Normalmente, quando os rios estão em situação de “Neste momento, como foi verificado em vários estudos cheia ou de seca, aparecem como os maus da fita, mas do Plano de Gestão de Região Hidrográfica, continuamos a culpa não é do rio, por si só. O rio está dentro de um a ter bastantes rios com uma qualidade da água inferior à sistema, que é de leis naturais, do qual nós, como seres desejada nas normas da Directiva Quadro da Água”, indivivos, fazemos parte. Temos de entender as leis naturais cou o engenheiro ambiental, referindo-se ao instrumento e respeitá-las”, disse. da União Europeia que estabelece acções para protecção De acordo com o engenheiro ambiental, enquanto seres das águas.
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Embora os casos mais recentes e mediáticos de poluição estejam associados ao rio Tejo, referiu, existem “pontos negros pelo país fora, com problemas recorrentes”, provocados pelas indústrias, pelas estações de tratamento de águas residuais (ETAR), pelas explorações agrícolas e pelos aglomerados habitacionais. “Quando os rios passam pelas cidades, vilas e aldeias ficam piores do que estavam antes, o que significa que os sistemas de saneamento também ainda não estão nos níveis aceitáveis”, explicou o investigador. No entanto, apesar “ainda não ser o suficiente”, o especialista reconhece que os rios registaram De acordo melhorias significativas ao longo da última décom Pedro Teiga, as zonas cada, devido sobretudo aos investimentos nas mais problemáticas nesta matéria localizam-se na ETAR e às exigências da população, que está Grande Lisboa e no Grande Porto, locais onde as linhas de água e as mais informada e que quer utilizar os rios como ribeiras se encontram “em pior estado”, devido ao facto de estarem espaços balneares. entubados ou à ineficácia dos sistemas de saneamento. “São poucas “Se há mais de 10 anos encontrávamos rios as grandes cidades que não têm problemas de saneamento” e “pouquase completamente mortos, neste momento cos os sistemas que eu conheço que, em 365 dias do ano, estejam a esses cenários só acontecem em situações limifuncionar correctamente, de dia e de noite”, indicou. te, relacionados com descargas pontuais”, notou, As zonas menos críticas, continuou o especialista, são aquelas dando conta de uma melhoria progressiva. que ainda não sofreram grandes impactos e nas quais as pressões No entanto, se hoje em dia é possível dizer que nas margens dos rios e nas utilizações são menores, como é o há água em boas condições e de excelente qualicaso do Gerês, do Alvão-Marão, da serra da Estrela e dos sistemas dade quando se abre a torneira, ainda não se pode montanhosos da Lousã. dizer que os rios portugueses estejam no mesmo “O meu desejo é que todos os rios em Portugal atinjam um nível nível. “Muitas das mesmas ETAR e dos sistemas de de qualidade que garanta que qualquer criança, político ou pestratamento não conseguem dar essa garantia”, sasoa que viva na sua envolvente - seja aldeia ou cidade - se possa lientou o investigador. aproximar, molhar os pés e, se mandar um mergulho e beber um Além da poluição proveniente da utilização dopirulito, possa ter a segurança de que não vai parar ao hospital méstica e industrial, o especialista destacou o papel por estar doente”, afirmou Pedro Teigo. das práticas agrícolas intensivas - como as pecuárias - em zonas “já conhecidas”, como o rio Liz e a ribeira dos Milagres, em Leiria.
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A importância da árvore no espaço urbano
Em suma, Março voltou a ser um “mês das florestas”. Um mês em que a floresta assumiu protagonismo junto da Sociedade Civil e, neste domínio, merece destaque a mobilização dos portugueses que elegeram o monumental sobreiro “assobiador” como a “Árvore Europeia endo presente os impactos do aquecimento global nas cidades, do Ano” e que permitiu levar mais longe a nossa as Nações Unidas escolheram como tema a relevância das árárvore nacional. Neste particular, importa deivores e das florestas urbanas e periurbanas para a qualidade de vida xar uma palavra de saudação à UNAC que apreno meio urbano. Por todo o país sucederam as iniciativas de plantasentou a proposta de nomeação deste sobreiro ção de árvores em escolas e em jardins públicos, que contribuíram singular. para sensibilizar as pessoas para a importância das árvores. A Sociedade Civil também se mobilizou na Mas este ano a celebração do Dia Internacional das Florestas recuperação das áreas ardidas. Por todo o País também ficou marcada pela iniciativa do Governo de sensibilizarealizaram-se acções de arborização que envolção para a limpeza da floresta em torno das habitações. De certo veram milhares de portugueses dos 8 aos 80 e modo, esta acção simbólica foi mais um passo no grande desígnio que se empenharam em devolver o verde aquelas do Governo de preparar o País para evitar que se repita a tragédia paisagens que foram tingidas de negro no verão humana do ano passado. passado. De facto, tem sido bastante intenso o empenho do Governo Termino com o assunto que serve de tema a na promoção da protecção das pessoas e bens e, também, das esta crónica – a importância da árvore no espaço casas e das aldeias. A acção governativa, no que respeita às flourbano. E aqui quero fazer minhas as palavras de restas, não se fica por aí. Foram abertos concursos para acesso Fernando Medina, o edil da Câmara Municipal de aos fundos públicos que irão apoiar a silvopastorícia na protecLisboa, na valorização do Parque Florestal de Monção dos incêndios. santo, o pulmão verde da capital e o único parque A promessa anunciada pelo Ministro da Agricultura de uma urbano da Europa com certificação de gestão floresnova orgânica para o ICNF em Março ficou pelo caminho. Tal tal sustentável e que é objecto de investimento anual não invalida essa necessidade premente de reorganização dos de 4 milhões de euros da parte da Câmara Municipal serviços do Estado responsáveis pela floresta. É necessário de Lisboa na gestão activa daquele espaço florestal. reorganizar a estrutura orgânica, mas também rejuvenescer Esta nota final sobre o Parque Florestal de Monsanto e reforçar a estrutura técnica e também operacional. Essa visa enfatizar a multiplicidade de usos dos espaços flodemora demonstra a complexidade da reforma daquele derestais. Existe mais vida para além do material lenhoso partamento do Estado, que assume um papel central na dee, dessa perspectiva, era fundamental que o Governo sejada mudança do paradigma da floresta em Portugal. retirasse da gaveta a Estratégia Nacional para as FloEntretanto, pelas mãos de Capoulas Santos, voltou o anúnrestas e colocasse em prática as linhas orientadoras cio da criação da Empresa de Gestão e Desenvolvimento que o estruturam. Florestal, que terá sede em Figueiró dos Vinhos, e também A mitigação do problema dos incêndios florestais a nova Agência para a Gestão dos Incêndios Rurais viu a constitui um desígnio nacional, mas é preciso olhar para sua Lei Orgânica aprovada em Conselho de Ministros. a floresta no seu todo. Também em Março foi assinada a instalação do Laboratório Colaborativo dos incêndios florestais, uma plataforma de partilha e de desenvolvimento de conhecimento que fazia falta no nosso País, conforme já se havia assinalado Miguel Galante neste espaço de opinião. (Eng. Florestal)
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A partir do dia 2 de Abril
GNR fiscaliza limpeza de terrenos com levantamento de autos
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GNR vai iniciar, a partir de 2 de Maio, a fase de fiscalização da limpeza dos terrenos florestais, procedendo ao levantamento de autos de contra-ordenação, que podem ficar sem efeito se os proprietários assegurarem a limpeza até 31 de Maio. “O auto de contra-ordenação é levantado, porque é a única forma que existe de notificar a pessoa para a limpeza do terreno”, declarou o chefe da divisão de comunicação e relações públicas da Guarda Nacional Republicana (GNR), Bruno Marques. Se os proprietários não procederem à limpeza dos terrenos, as Câmaras Municipais têm que se substituir e garantir a realização de todos os trabalhos de gestão de combustível previstos na lei, pelo que os autos de contra-ordenação são “a forma legal que existe para identificar todas as entidades”, explicou o responsável da GNR. Todos os proprietários tinham até 15 de Março para limpar as áreas envolventes às casas isoladas, aldeias e estradas, evitando multas entre 280 euros e 120.000 euros. Porém, o Governo aprovou um decreto-lei para que não sejam aplicadas coimas relativas à limpeza das matas se estas estiverem concluídas até Junho.
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Projecto intitula-se Floresta Segura e decorre em Tondela
Universidade do Porto desenvolve projecto de software para cadastro florestal
Hotel do Caramulo recebeu iniciativa
Seminário discutiu “importância da Serra do Caramulo”
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departamento de Engenharia Informática da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP - DEI), no seguimento dos incêndios de Outubro 2017, conimportância e as potencialidades da Serra do Caramulo estivetactou o Município de Tondela no sentido de ram no centro do debate de um seminário, que decorreu no Hotel perceber de que maneira poderiam ajudar a do Caramulo. Intitulado “A Serra do Caramulo como recurso didáctico prevenir situações como as ocorridas. promotor de educação para a sustentabilidade”, o seminário contou, Depois de algumas conversas, ficou estabena sessão de abertura, com a presença do presidente da Câmara de lecido que no quadro dos Laboratórios de GesTondela, José António Jesus; o director do Agrupamento de Escolas de tão de Projectos (LGP), que decorrem no mesTondela Tomaz Ribeiro, Júlio Valente; a directora do Centro de Fortrado em engenharia informática, uma equipa mação de Associação de Escolas do Planalto Beirão (CFAE-PB), Rosa de alunos iria trabalhar no sentido de ajudar a Carvalho; e o presidente do Centro de Estudos e Interpretação da desenvolver software e aplicações para resolver Serra do Caramulo (CEIS Caramulo), Luís Costa. um dos grandes problemas deste território, mas Na ocasião, o presidente da Câmara de Tondela realçou a reletambém de todo o país, que é o cadastro floresvância do Centro de Estudos e Interpretação da Serra do Caramulo tal. (CEIS Caramulo) e a importância de se discutirem questões relaAssim, em estreita ligação com o Grupo de Incionadas com a floresta, especialmente nesta fase pós-incêndios. tervenção Prevenção e Socorro (GIPS) da GNR, No período da manhã foram apresentados dois painéis, sendo o têm decorrido um conjunto de acções, envolvenprimeiro - moderado pela vereadora da Educação da Câmara de do os diferentes actores, de forma a que se possa Tondela, Sofia Ferreira - dedicado à importância de uma floresta atingir um protótipo funcional para esta situação, biodiversa para a valorização do território e para o desenvolvinum projecto que se intitula ‘Floresta Segura’. mento sustentável, com especial destaque para a Botânica e a “É uma oportunidade única a possibilidade de Geologia que caracterizam a Serra do Caramulo. termos uma equipa de alunos de uma faculdade de Estes temas foram abordados pelo director da Escola Secunreferência, a nível internacional, a ajudar-nos na dedária Viriato, Pedro Ribeiro, e pela professora da mesma instituifinição de ferramentas que a todos possam ajudar na ção de ensino, Margarida Morgado. prevenção. Contar com a colaboração de instituições Ainda no primeiro painel, a investigadora do Centro de Ecolocomo a FEUP revela-se uma ferramenta fundamental gia Funcional da Universidade de Coimbra, Joana Alves, aludiu à para a estratégia a desenvolver no futuro”, destacou multifuncionalidade, sustentabilidade e valorização da floreso vereador da Câmara de Tondela, Miguel Torres. ta. Já o segundo painel abordou o tema que deu nome ao seminário, com o presidente do Centro de Estudos e Interpretação da Serra do Caramulo (CEIS Caramulo), Luís Costa, a moderar a apresentação pública dos trabalhos realizados pelos docentes nas acções de formação, sobre a supervisão dos formadores. A sessão de encerramento coube ao vereador do Desenvolvimento Rural e do Turismo da Câmara de Tondela, Pedro Adão, e à directora do Centro de Formação de Associação de Escolas do Planalto Beirão (CFAE-PB), Rosa Carvalho. Este seminário resultou da parceria do Município de Tondela com o Agrupamento de Escolas de Tondela Tomaz Ribeiro, o Centro de Formação de Associação de Escolas do Planalto Beirão e o Centro de Estudos e Interpretação da Serra do Caramulo.
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Final irá decorrer no âmbito da Feira Internacional da Cortiça
Coruche lança concurso de ideias e criatividade para o montado de sobro e cortiça
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Município de Coruche, entidade líder da EEC PROVERE “Montado de Sobro Uma iniciativa promovida pela Câmara local e Cortiça”, promove a primeira edição do “Montado de Sobro e Cortiça - Concurso de Ideias e Criatividade”. O concurso visa contribuir para o estímulo da criatividade e do empreendedorismo no território PROVERE e impulsionar a integração e a capitalização dos recursos endógenos no tecido económico, gratificando as melhores ideias de negócio em quatro categorias: Turismo e Visitação; Floresta e Agroalimentar; Design e dos Novos Produtos da Cortiça e Moda. Neste sentido, irão ser promovidas Sessões de Brainstorming e Criatividade de carácter geral, Auditório Municipal do Palacete das Carrancas, em Castro que se destinam à apresentação do PROVERE, Daire, foi o palco do Seminário Florestal, evento que marcou dos elementos distintivos e dinamizadores do o encerramento do mês da Floresta e da Protecção Civil, promoviterritório, de oportunidades de apoio ao investido pela Câmara de Castro Daire. mento e de ferramentas chave para o desenvolNa abertura do Seminário, o presidente da autarquia de Castro vimento de uma ideia de negócio e Sessões de Daire cumprimentou e agradeceu a presença das várias entidaBrainstorming e Criatividade de carácter temático des convidadas e todos os participantes. Paulo Almeida referiu, e personalizado, focadas em sectores de actividaainda, que “a organização destas iniciativas tem como objectivo de estratégicos para o PROVERE/economia regiosensibilizar a comunidade castrense para a importância da connal, nomeadamente o Turismo e Visitação, a Floresservação da floresta” destacando o seu interesse económico ta e Agroalimentar e o Design e Novos Produtos da para a região e evidenciando a importância da Protecção Civil, Cortiça. frisando que é uma “tarefa de todos e para todos”. Nestas Sessões serão abordadas as potencialidaNeste Seminário Florbela Silva, do Gabinete Técnico Floresdes desses sectores e analisados os desafios espetal de Castro Daire, apresentou o Projecto de Regulamento cíficos e as oportunidades associados aos mesmos, Municipal de Incentivo Agrícola e Florestal. e contemplam momentos de apoio personalizado tenForam também intervenientes Armando Costa, do Instituto do em vista o acompanhamento na estruturação de de Conservação da Natureza e da Floresta, que abordou o ideias de negócio, identificação de possíveis oportuniRegime Jurídico Aplicável às Ações de Arborização e Reardades de financiamento e/ou orientação da participaborização (RJAAR) e o Mestre Figueiredo Lopes, da Guarda ção no Concurso de Ideias e Criatividade. Nacional Republica, que elucidou os presentes sobre a legisOs candidatos seleccionados terão a oportunidade lação referente ao Sistema Nacional de Defesa da Floresta de apresentar a sua ideia perante um júri constituído Contra Incêndios. por entidades convidadas pela EEC PROVERE “MontaTodas estas iniciativas, promovidas pelo Município de do de Sobro e Cortiça”. A final do I Concurso de Ideias Castro Daire, durante o mês de Março tiveram o objectivo e Criatividade irá decorrer no âmbito da FICOR – Feira de sensibilizar todo o público em geral para a importância Internacional da Cortiça, de 24 a 27 de Maio, em Corudos espaços florestais na variedade dos seus usos e funche. Mais informações disponíveis em: www.cm-coruche. ções e para a responsabilidade colectiva na sua protecção pt/portal-do-investidor/provere-o-montado-de-sobro-ee valorização. -cortica
Castro Daire encerrou mês da Floresta e da Protecção Civil com Seminário Florestal
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Anunciou a secretária de Estado do Turismo em S. Pedro do Sul
Governo avança este ano com programa de promoção das termas
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secretária de Estado do Turismo, Ana Mendo Sul, Vítor Figueiredo, apresentou os vários projectos da autarquia des Godinho, afirmou que vai ser lançado para o concelho que foram recentemente aprovados no programa este ano um programa de promoção das termas Valorizar. portuguesas dirigido ao mercado nacional e esO município vai investir 190 mil euros na acessibilidade turística trangeiro. dos claustros do Convento de São José, instalar ‘wifi’ gratuito (76 “Vamos construir um programa de promoção mil euros) e criar um percurso lúdico nas margens do Vouga para das termas em Portugal para voltar a conquistar ligar as termas à Ecopista do Vouga, um projecto de 557 mil euros. os portugueses para as termas, para que estes De acordo com o gabinete de imprensa da autarquia, os passadivoltem a ter as termas quase como necessidades ços junto ao Vouga vão permitir ligar o troço existente da ecopista anuais”, anunciou Ana Mendes Godinho em São do Vouga à zona das termas. “O projecto contempla a instalação Pedro do Sul, um dos maiores pontos de atracção de percursos ribeirinhos” entre o Gerós e o Carvalhedo, na martermal do país. A governante referiu que o progragem esquerda do rio Vouga, e entre o parque de estacionamento ma está a ser preparado e será lançado “ainda este e a EN16, na margem direita. ano, brevemente”. “Este percurso também prevê a ligação à ecopista no sentido Depois de o Orçamento do Estado para 2018 prepara Vouzela com marcação de uma pista ciclável pelos arruaver o regresso dos reembolsos do Serviço Nacional mentos existentes e utilizando o túnel existente na variante das de Saúde relativos a despesas com tratamentos em termas”, acrescentou o gabinete de imprensa. termas com prescrição médica, o Governo pretende, Para além dos projectos aprovados no programa Valorizar, com “um programa integrado”, que “as termas voltem foram ainda apresentados dois investimentos privados, ao a estar na mente dos portugueses, por um lado, mas abrigo do Portugal 2020, de qualificação do Hotel Vouga e do também em termos de posicionamento internacional”. Grande Hotel Lisboa, para passarem de três estrelas para A secretária de Estado falava após a sessão de aprequatro, num investimento total “superior a oito milhões de sentação de vários projectos apoiados pelo Portugal euros”, frisou Vítor Figueiredo. 2020 e pelo programa Valorizar no concelho de São Pedro do Sul. Durante o discurso, a governante sublinhou que as termas em Portugal “já tiveram um peso muito grande e precisavam de um novo fôlego”, destacando este sector como “um produto chave”, ainda para mais por grande parte localizar-se “no interior do país”. As termas “podem ser um produto âncora para a dinamização de várias regiões”. “Têm tudo para ser um produto de futuro”, sublinhou. Durante a sessão, o presidente da Câmara de São Pedro
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Prova vai ser disputada de 13 a 15 de Abril
Grande Prémio Internacional Beiras e Serra da Estrela promove e divulga o território da região
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Beira Interior e a Serra da Estrela voltam a ser palco de mais um Grande Prémio Internacional de Ciclismo, prova que pelo terceiro ano a Associação de Municípios da Cova da Beira (AMCB) organiza. Esta prova Internacional, disputada em todo o seu território e que se denomina III Grande Prémio Internacional Beiras e Serra da Estrela, é disputada de 13 a 15 de Abril. Esta prova “visa utilizar o ciclismo como um importante veículo de promoção e divulgação da região das Beiras e Serra da Estrela e tem como alvo principal a promoção regional e a projecção desta região, com enormes potencialidades naturais e diversificado património, cultural e gastronómico, enquanto destino turístico sustentável, durante todo o ano”, refere o presidente do Conselho Directivo da AMCB, Antonio Dias Rocha Os três dias de prova estão estrategicamente colocados no calendário Internacional de Ciclismo, dado ser início de época e ser possível, desta forma, captar o máximo de equipas de nível internacional, potenciando também uma época baixa na região. As três etapas deste terceiro Grande Prémio Internacional Beiras e Serra da Estrela, foram estrategicamente desenhadas para que a prova percorra todo o território dos 16 Municípios envolvidos no evento. “Ao captar para o seu território uma prova internacional que junta os melhores ciclistas do pelotão internacional, a Associação de Municípios da Cova da Beira em parceria com a Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela e o Turismo do Centro de Portugal, vislumbra uma oportunidade soberana de aprofundar e divulgar no contexto europeu a região que conta com uma grande envolvência na relação transfronteiriça com uma comunidade autónoma espanhola, geograficamente contígua, com mais de 2,5 milhões de habitantes, não só no plano desportivo, como também no cultural, social e económico”, salienta o presidente da AMCB. Um evento de dimensão Internacional como este envolve estruturas logísticas e humanas de elevada importância e dimensão. Assim, em meios humanos o staff da organização terá cerca de 250 pessoas; o staff equipas e auxiliares, na ordem do meio milhar de pessoas; cerca de 70 jornalistas e uma dúzia de juízes e comissários. Na logística estrutural andarão na estrada quatro camiões TIR; 10 viaturas comerciais; 22 carros e 20 motos da organização; três carros e 16 motos da Brigada de Trânsito. “Esta será, com certeza, uma das maiores provas do panorama nacional, contando com um surpreendente número de equipas internacionais e nacionais, que farão as delícias das famílias que acompanham tradicionalmente este tipo de eventos”, refere a organização. www.gazetarural.com
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No dia 7 de Abril, pelas 14 horas, tendo como orador Harald Hafner
Fornos de Algodres recebe workshop subordinado ao tema “apicultura e seus desafios”
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Centro de Interpretação Histórica e Arqueológica de Fornos de Algodres (CIHAFA) vai promover, no dia 7 de Abril pelas 14 horas, um workshop subordinado ao tema “apicultura e seus desafios” dirigida a todos os apicultores que terá como orador Harald Hafner. Este apicultor austríaco, há muito radicado em Mangualde, é um tipo de natureza tímida, mas quando fala em abelhas, a sua paixão explode e ouvi-lo falar sobre a vida das abelhas, as fantásticas propriedades do mel, as plantas melíferas e a apicultura natural é uma delícia. O seu respeito pelas abelhas e a sua visão filosófica sobre a apicultura aproxima-o a um mestre oriental, sempre em busca da perfeição. O mundo das abelhas é fascinante. Antigamente todas as quintas tinham colmeias, de forma a usufruir de toda a sua riqueza apícola, como a polinização, o mel, a cera, o pólen e a própolis. Hoje a maioria do mel vem de grandes apicultores comerciais e as abelhas encontram-se cada vez mais ameaçadas e em declínio, mas que são essenciais para a nossa sobrevivência no planeta, sendo nosso dever contribuir para que encontrem as melhores condições de vida possíveis. Por isso os apicultores têm um papel tão determinante na preservação dos ecossistemas e da biodiversidade. A paixão pelas abelhas Harald Hafner tem 47 anos e vive em Mangualde desde 2007. Tem actualmente 250 colmeias na região da Beira Alta, produzindo cada uma delas uma média de 25 a 30 quilos de mel, num ano regular. “A paixão pelas abelhas já vinha de antes, tinha começado na Áustria”, contou o apicultor, acrescentando que desde miúdo gostava de insectos e que foi influenciado por uma tia-avó apicultora. Apesar de esta ser uma paixão de infância, só “bastante tarde”, há cerca de 15 anos, teve as suas primeiras colmeias, na Áustria, apadrinhado por um vizinho. Nessa altura, a apicultura era apenas um passatempo.
FICHA TÉCNICA Ano XIII | N.º 313 307 | Periodicidade: Quinzenal Director: José Luís Araújo (CP n.º 7515) jla.viseu@gmail.com | 968044320 Editor: Classe Média C. S. Unipessoal, Lda Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu Redacção: Luís Pacheco | Opinião: Miguel Galante | Paulo Barracosa Departamento Comercial: Fernando Ferreira Redacção: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu | Telefone 232436400 E-mail Geral: gazetarural@gmail.com | Web: www.gazetarural.com ICS: Inscrição nº 124546
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Propriedade: Classe Média - Comunicação e Serviços, Unipessoal Limitada Administração: José Luís Araújo Sede: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu Capital Social: 5000 Euros | CRC Viseu Registo nº 5471 | NIF 507 021 339 Dep. Legal N.º 215914/04 Execução Gráfica: Novelgráfica | R. Cap. Salomão, 121 - Viseu | Tel. 232 411 299 Estatuto Editorial: http://gazetarural.com/estatutoeditorial/ Tiragem média Mensal: Versão Digital: 100.000 exemplares Versão Impressa: 1000 exemplares Nota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores.
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Para dar a conhecer a realidade actual da região
Ideia já foi transmitida ao Ministro da Agricultura
Ovibeja promove Rota do Azeite como passaporte para o conhecimento
“Projecto Nação Valente” quer zonas no Pinhal de Leiria cultivadas para combater fogos
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ma “viagem” pela Rota do Azeite, no Alentejo, é a proposta da Comissão organizadora da Ovibeja para dar a conhecer a realidade actual da região a jornalistas nacionais e internacionais, com arrendamento de várias zonas do Pinhal de especial destaque para os bastidores do VII Concurso Internacional Leiria a agricultores, para que sejam culde Azeites Virgem Extra – Prémio CA Ovibeja. tivadas, foi a ideia que Joaquim Torres, produtor A prova e selecção dos melhores azeites do mundo, de entre agrícola e organizador da Agroglobal, a maior feios mais de 150 enviados a concurso, vão acontecer nos dias 12 ra profissional de agricultura do país, e Uziel Care 13 de Abril, em Beja, por cerca de 40 jurados provenientes de valho, responsável da Associação de Regantes do 12 países. As categorias a concurso são Frutado Maduro, Frutado Vale do Lis, transmitiram ao ministro da AgriculVerde Ligeiro, Frutado Verde Médio e Frutado Intenso. No dia 13, tura, com o objectivo de travar o risco de incêndio os jornalistas convidados poderão conferir, in loco, o rigor das naquela região. normas observadas pelo único concurso português de âmbito inOs promotores dizem que “a ideia é utilizar parte ternacional, classificado em primeiro lugar no mundo. Vão ainda do Pinhal de Leiria para o cultivo agrícola e, dessa participar em provas de azeite e conhecer um lagar e a actividaforma, ajudar a combater os incêndios”. “Projecto de olivícola da região. Nação Valente” é o nome da iniciativa, que visa “a Estimular o empenho na máxima qualidade para a abordacriação de zonas de culturas irrigadas, com faixas de gem profissional dos mercados externos é um dos objectivos interrupção da floresta, dificultando, ou mesmo imdo Concurso de Azeites Ovibeja que este ano se realiza sob o pedindo, propagação de incêndios”. signo da maior produção de azeite de que há registos em PorSegundo Joaquim Torres, a ideia “nasceu de uma tugal. De acordo os dados já apurados pelo Sistema de Inforconversa com o Ministro da Agricultura” Capoulas mação do Azeite (SIAZ), a produção nacional de azeite atingiu, Santos. A Agroglobal, acrescenta, seria a “alavanca” na campanha de 2017-2018, as 125 mil toneladas. Sendo que mobilizando as empresas para a “fertilização, semeno Alentejo é, de longe, a maior região produtora de azeite, tes, perfuração, equipamento de rega”. Enquanto isso, representando 78 por cento da produção nacional, dará nesta a Associação de Regantes do Vale do Lis faria a gestão região uma produção de cerca de 97.500 toneladas de azeite. do projecto. A boa produção de azeite nesta campanha deve-se ao facOs lucros, se os houver, “seriam doados para apoio to de ser um ano de safra, à entrada em produção de novas às vítimas dos incêndios”. Joaquim Tores acredita que áreas de olival, principalmente no Alentejo, e ao rendimento podem surgir “unidades de produção agrícola rentáveis, da azeitona em azeite. De acordo com dados do Instituto utilizando modernas tecnologias”. Ainda segundo o proNacional de Estatística (INE), a qualidade média dos azeites motor, “essas zonas seriam concessionadas a agricultoproduzidos este ano também foi bastante elevada. res experimentados, sob a forma de arrendamento, em A qualidade, associada à competitividade e à comerunidades de dimensão viável”. cialização internacional de azeite como estímulo à cultuA criação de uma pequena unidade de produção, com ra de excelência dos azeites nacionais vão ser o mote do 20 a 25 hectares, está em estudo. Foi criado um grupo de Simpósio Internacional de Azeite que a ACOS vai realizar, trabalho para o efeito e o presidente da Associação de Rejuntamente com a Olivum, no decorrer da Ovibeja, a 28 gantes do Vale do Lis lembra que há várias zonas do Pinhal de Abril. Para prestar mais informações e esclarecimen“com elevados níveis de água no solo e poderiam ser usatos à opinião pública, a exemplo do que é apanágio da das para o cultivo de milho e de horticultura”. Uziel CarvaOvibeja, o Simpósio, que decorre durante todo o dia, vai lho acrescenta que “para além de ser rentável para o Estado debruçar-se ainda sobre a sustentabilidade do olival e o e para a região, criava uma barreira verde que impediria a ambiente. propagação do fogo”. Os oradores convidados, portugueses e espanhóis, Os promotores do projecto lembram a existência de prosão investigadores e especialistas com abordagens jectos similares na região de Bordéus, França, depois de multidisciplinares sobre as temáticas em foco. No fiincêndios nas décadas de 30 e 40 do século passado, com nal desta jornada decorre, ainda no dia 28 de Abril, a “grande sucesso”. entrega dos prémios aos vencedores do VIII Concurso “Onde havia pinhal, há hoje mais de 100 mil hectares cultiInternacional de Azeites Virgem Extra – Prémio CA Ovivados, com produção de cenoura, batata, alho francês, milho”, beja. O Concurso é organizado pela ACOS, em colabosendo actualmente “uma das zonas mais ricas da agricultura ração com a Casa do Azeite e o patrocínio exclusivo francesa”, salienta Uziel Carvalho. do Crédito Agrícola.
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Gerente das Caves São João faz história
Célia Alves assume presidência da Confraria dos Enófilos da Bairrada
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ESTAÇÕES DO ANO
COIMBRA BUSINESS SCHOOL Até 8 de maio de 2018 Todos os dias das 9h às 22h
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uem já ouviu dizer “há sempre uma primeira vez para tudo”? Pela primeira vez na história há uma mulher a ocupar o lugar de presidente na Confraria dos Enófilos da Bairrada. Chama-se Célia Alves, trabalha nas Caves São João desde Maio de 2004, onde acumula as funções de gerente com e directora de produto, e tem agora em mãos o mais alto cargo da confraria báquica mais antiga de Portugal, a qual e continua em actividade e cuja constituição data de 11 de Junho de 1979. Na vice-presidência estão Carlos Campolargo, produtor da Campolargo Vinhos, e José Pedro Soares, presidente da Comissão Vitivinícola da Bairrada, e a mesa da assembleia geral continua com António Dias Cardoso, conhecido por “Senhor do Vinho” por contribuir para a promoção da enologia na Bairrada. O cargo de presidente da Confraria dos Enófilos da Bairrada atribui a Célia Alves responsabilidades na defesa e valorização, bem como no prestígio e na divulgação dos vinhos da Região Demarcada da Bairrada, quer dentro do país, quer a nível internacional. Esta eleição vem também afirmar o papel notório e notável das mulheres no universo vitivinícola na Bairrada. Na ordem dos trabalhos está implícita a finalidade de levar os vinhos da região a novos mercados e a novos públicos e, ao mesmo tempo, consolidar aqueles em que já estão presentes, bem como enaltecer a mais-valia associada à versatilidade do terroir bairradino, uma vez que a oferta dos produtores é múltipla – desde espumantes a vinhos envelhecidos em garrafa, passando pelos tintos, pelos brancos e pelas aguardentes –, factor determinante para que a Bairrada marque uma posição diferenciada no mundo dos vinhos.
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13 a 15 de Abril
1ª ETAPA - 13 DE ABRIL
MÊDA - F.C. RODRIGO
2ª ETAPA - 14 DE ABRIL
SABUGAL - SEIA
3ª ETAPA - 15 DE ABRIL
GOUVEIA - GUARDA