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Sumário 05 da Beira aposta na Orientação para 06Aguiar promover o território 08Pinhal Novo prepara III Mercado Caramelo Medieval de Monsanto promove “viagem no 09Feira tempo” da Sopa de Tomar celebra bodas de prata 10Congresso ‘celebra’ XIX Mês da Cultura 11Azambuja Tauromáquica da Cereja e do Limão anima Montes da 12Festival Senhora Encosta apresenta nova imagem e nova 13Meia referência Côa recebe sétima edição do ‘Festival do Vinho 15Foz do Douro Superior’ de Valdevez prepara edição 2018 do 17Arcos Festivinhão Douro Park promove segunda edição do 18Regia ‘Douro TGV’ dos Vinhos da Beira Interior “é um marco” 21Solar para a região 22Ovibeja 2018 homenageou Manuel Castro Brito Aldeias da Serra do Caramulo integram projecto de valorização do território
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produção artesanal e entreajuda 24Tradições, sustentam classificação do Barroso do norte criam marca chapéu para 25Cooperativas carne de raças autóctones de Viseu é um ‘novo aliado’ do queijo 26Politécnico Serra da Estrela de Alter vai ter um hotel dotado de 50 a 27Coudelaria 80 quartos da cereja no Fundão está atrasada duas 29Campanha a três semanas querem produtos biológicos mas 30Portugueses ignoram uso de pesticidas de Miguel Galante: O que podemos fazer 31Opinião para ajudar a floresta? alargou seguro de colheitas a novas 32Governo produções 33Flashes da Feira Quinhentista em Sever do Vouga de S. Mateus confirma o estatuto de “grande 35Feira palco de Verão da lusofonia” Agrícola do Vale do Dão e Alto Vouga teve 36Crédito resultados líquidos de 743 mil euros vermelhos e vinho tinto podem prevenir 37Frutos doenças mentais Primores ‘apresenta’ Declaração da Colheita 39Dão 2017
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Agenda
Festivais vínicos
Feiras sectoriais
De 25 a 27 de Maio VII Festival do Vinho do Douro Superior O Expocôa, em Vila Nova de Foz Côa, é o palco principal do ‘Festival do Vinho do Douro Superior’, evento que tem como propósito enaltecer a sub-região do Douro Superior no mapa vitivinícola do país, o seu património paisagístico e a sua diversidade.
De 9 a 13 de Maio Feira de Magos 2018 Gastronomia, produtos locais, concertos, exposições, actividades taurinas e equestres, máquinas agrícolas e carrosséis são os ingredientes da Feira de Magos, uma iniciativa da Câmara de Salvaterra de Magos.
De 1 a 3 de Junho Festivinhão – Festival Enoturístico de Arcos de Valdevez Organizado pela Associação dos Vinhos de Arcos de Valdevez e do Município local, este evento enogastronómico conta com espaço de exposição, espaço de provas de vinhos e apresentações, tasquinhas de petiscos, animação de palco, animação de rua, curso de iniciação à prova de vinhos, entre outras actividades.
De 18 a 20 de Maio Feira Nacional da Floresta O Expocentro, em Pombal, recebe um evento que pretende evidenciar o papel da floresta na propulsão da economia, do emprego e do desenvolvimento sustentável; mas também promover Pombal como centro de exposições do sector florestal.
Festivais gastronómicos A 5 de Maio Congresso da Sopa de Tomar O Município de Tomar promove o Congresso da Sopa, em parceria com os cerca de 40 restaurantes, adegas e colectividades locais. No dia 5 de Maio, será possível provar mais de 50 sopas numa ilha em pleno rio Nabão, no Mouchão Parque. De 11 a 13 de Maio III Mercado Caramelo Pinhal Novo prepara III Mercado Caramelo, o evento tradicional mais esperado do distrito de Setúbal. A festa vai contar com oito tavernas de comida, venda de produtos locais, cerca de 50 stands de artesanato, uma casa caramela, muita animação e a reprodução das tradições mais antigas da vila. A 12 e 13 de Maio Festival das Sopas em Proença-a-Velha Proença-a-Velha, no concelho de Idanha-a-Nova, recebe o maior Festival de Sopas de Portugal. Entre sabores tradicionais e receitas criativas, os visitantes vão poder provar e votar nas mais de 100 sopas a concurso. A 26 e 27 de Maio Festival do Borrego no Rosmaninhal Rosmaninhal, no concelho de Idanha-a-Nova, é o palco da festa em torno das inúmeras formas de confeccionar o borrego, na qual estará representada a gastronomia regional mas também a cozinha de outros países.
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De 12 a 15 de Julho Festival de Gastronomia do Maranho da Sertã A Sertã vai ser o palco do VII Festival de Gastronomia. Restaurantes, tasquinhas, actividades desportivas, ateliês, concertos e sessões de showcookings são alguns dos ingredientes deste festival onde o Maranho é Rei.
De 24 a 27 de Maio Feira Internacional da Cortiça Coruche promove a FICOR, uma feira de actividades económicas direccionada para a floresta, mas também para a promoção da cortiça e do montado, não só na vertente económica, mas também de investigação e inovação. De 15 a 17 de Junho Feira do Campo Alentejano Esta feira agroindustrial, promovida pela Câmara de Aljustrel, já conquistou o seu lugar no panorama regional, do sul do país. De 17 a 26 de Agosto “Frutos 2018” O município das Caldas da Rainha promove um evento que em 2017 contou com cerca de 105 mil visitantes. A Feira decorrerá no Parque Dom Carlos I, com diversas actividades, desde a produção agroalimentar, à maquinaria, ao showcooking, ao artesanato e muita animação. Feiras e festivais medievais A 5 e 6 de Maio Em Idanha-a-Nova A aldeia histórica de Monsanto, em Idanha-a-Nova, veste-se a rigor para oferecer uma das melhores feiras medievais do país. A Festa da Divina Santa Cruz, com entrada livre, convida a uma “viagem no tempo” que não vai deixar ninguém indiferente. A 20 de Maio IX Mercado Medieval de Vila de Rei Esta “viagem ao passado” vai voltar a contar com dezenas de expositores e mais de uma centena de figurantes, retractando figuras e momentos da Idade Média e contando com momentos de teatro, música, animação e jogos tradicionais.
Pertencentes a três concelhos do distrito de Viseu
Aldeias da Serra do Caramulo integram projecto de valorização do território
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nze aldeias serranas do Caramulo, perA recuperação arquitectónica das aldeias, com intervenções em tencentes a três concelhos do distrito de telhados, fachadas, calcetamento, mobiliário urbano e sinalética, é Viseu afectados pelos incêndios de Outubro de outra das medidas. 2017, vão servir de base à criação de programas “É um projecto inovador. Todo o nosso interior precisa da capitalide turismo de natureza que as valorizem. zação de pessoas e estamos certos de que este projecto, acima de Aldeias da Serra do Caramulo é o nome do tudo, vai permitir atrair à nossa bela região gente de outro territóprojecto, orçado em 1,8 milhões de euros, que rio, não só nacional”, considerou o presidente da Câmara de Oliveifoi candidatado pela Comunidade Intermunicipal ra de Frades, Paulo Ferreira. (CIM) Viseu Dão Lafões ao programa Valorizar. O presidente da Câmara de Vouzela, Rui Ladeira, lembrou que só “Hoje, a Serra do Caramulo já tem produtos numa das aldeias abrangidas pelo projecto o incêndio fez quatro de excelência, mas falta-lhe criar uma rede que vítimas mortais, sendo muito importante “também dar esperanpossa potenciar uma escala agregadora. Esse é o ça às pessoas” que foram afectadas. “Encontrámos aqui um moprimeiro objectivo deste projecto, alavancando a mento para poder dar esperança às pessoas que vivem nestas partir daí a disseminação de outras áreas de cresaldeias e às pessoas que têm lá origens, mas estão fora, e com cimento e desenvolvimento”, explicou o presidente este projecto podem encontrar uma nova forma de voltar à sua da Câmara de Tondela, José António Jesus. aldeia e ter a sua área de negócio”, frisou. Na sua opinião, não há Adsamo, Cambra, Covas, Couto e Vila Nova, no motivos para que este projecto -- que poderá ser financiado até concelho de Vouzela, Carvalhal da Mulher, Jueus, S. 85% - não seja aprovado no prazo de três meses. João do Monte e Teixo, no concelho de Tondela, e BeJosé António Jesus disse ser fundamental que “haja receptivizerreira e Covelo de Arca, no concelho de Oliveira de dade política para a sua aprovação”, porque “uma coisa é conFrades, são as aldeias envolvidas no projecto. tribuir com a componente nacional do cofinanciamento, outra é “Este é o arranque de um processo que não se deve ter capitais próprios dos municípios para atingir o valor de 1,8 esgotar nestas aldeias. A partir delas, queremos ramimilhões de euros”. ficar e consolidar um produto estruturado da Serra do O presidente do Turismo Centro de Portugal, Pedro MaCaramulo”, frisou o autarca de Tondela. chado, salientou o facto de este projecto “contribuir para A aposta do projecto está centrada no turismo de combater o despovoamento dos territórios”. “Além de criar natureza que valorize estas aldeias, envolvendo as poriqueza, de estruturar produto, de aumentar a atractivipulações e os agentes que já estão no terreno. dade turística, nós estamos a ajudar o país a resolver um Está prevista a criação de dois projectos âncora, noproblema. Portanto, o país não pode virar as costas ao meadamente uma grande rota pedestre de interligação projecto”, considerou. da rede de aldeias e de três percursos cicláveis de ligaJosé António Jesus disse que, se for aprovado, o projecto ção entre as ecopistas do Dão e do Vouga, a Serra do “terá um incremento mais físico no primeiro ano, mas irá Caramulo, as vilas de Vouzela e Oliveira de Frades e as alongar-se durante dois anos, para poder ter estruturação cidades de Tondela e Viseu. e ser projectado”. www.gazetarural.com
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Projecto deverá ficar concluído até final do ano
Aguiar da Beira aposta na Orientação para promover o território
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concelho de Aguiar da Beira tem em marcha um projecto que vai ‘revolucionar’ o futuro próximo deste concelho. Assente no conceito “Orientação”, o Município quer promover-se, nacional e internacionalmente, atraindo visitantes. A Orientação, enquanto actividade desportiva, é o ponto de partida, aproveitando as condições únicas que o seu território proporciona para a prática deste desporto de natureza, que atrai cada vez mais praticantes. O presidente da Câmara de Aguiar da Beira diz que, com este projecto, “queremos dar a conhecer o concelho e as suas potencialidades a todos quantos nos visitam e procuram. E queremos fazê-lo através de um projecto que envolve as partes desportiva, cultural e histórica do nosso concelho”, salienta Joaquim Bonifácio, que diz agarrar este projecto “com ambas as mãos”, pois, salienta, “vai ser uma realidade e projectar o nosso concelho além-fronteiras”. O autarca adiantou que o projecto “foi discutido e aprovado em reunião de Câmara, cuja candidatura, apresentada ao Turismo de Portugal, foi aprovada”. Agora, acrescentou Joaquim Bonifácio, “até final de 2018 temos que o implementar e fazer com que seja aquela realidade que procuramos para ajudar ao desenvolvimento do concelho”. “A palavra Orientação passa a ser a base do desenvolvimento do território” Paulo Garcia é o responsável pelo acompanhamento técnico do projecto e da sua implementação. Considera que Aguiar da Beira tem “um potencial enorme, que estava por explorar”, sustentando que, com este projecto, “a palavra Orientação passa a ser a base do desenvolvimento do território”.
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Gazeta Rural (GR): O que trás este projecto a Aguiar da Beira? Paulo Garcia (PG): O projecto tem por base os recursos do território, sendo que um dos mais importantes é a natureza, tudo o que comporta a parte geográfica do território, mas também a sua componente humana. Temos vindo a trabalhar essa parte há alguns anos e detectámos que havia aqui um potencial enorme que estava por explorar. Entendemos que a forma de podermos levar este concelho, um território de baixa densidade, para outros mundos era pegar naquilo que tem de melhor, que é o seu próprio território e, a partir dele, contruir um projecto inovador. Este projecto teve como base os princípios da Orientação Desportiva. Contudo, depois pensámos pegar nesses princípios e transportá-los para um conceito mais lato, como Orientação Desportiva, Escolar e Profissional. No fundo, estamos a caminhar num processo em que a palavra Orientação passa a ser a base do desenvolvimento do território e queremos criar condições para que o mesmo possa ser mais empreendedor e criar mais riqueza, mas, por outro lado, também irmos buscar recursos fora, designadamente o turista. Sabemos, sobretudo, que uma boa parte dos europeus, nomeadamente os nórdicos, são adeptos do turismo de natureza e do desporto Orientação. É esse o segmento alvo que queremos atingir com este projecto.
GR: Em que consiste? PG: Consiste na criação de alguns percursos de orientação, urbanos e rurais. Neste momento estamos a catalogar
e homologar circuitos de Orientação desportiva e turística. E estamos a pensar nas duas vertentes. Estamos a criar percursos para a prática da modalidade, - e ainda há pouco tempo tivemos cá algumas selecções nacionais, da Europa, a estagiar, - e estamos a preparar circuitos para o cidadão comum, que, não sendo praticante da modalidade, usufrui desses percursos e, dessa forma, tem um contacto mais próximo com a Orientação e aproveita para o lazer, como fazer caminhadas, mas também para começar a perceber a lógica da Orientação. Esta é a nossa base de trabalho.
forma a Orientação – natureza/pessoa – pode promover o desenvolvimento de competências, o percurso pessoal e profissional das pessoas. Vamos tentar perceber em que medida podemos articular o que é natural, e que este concelho tem de muito bom, com aquilo que pode ser a questão do desenvolvimento do conhecimento e das competências das pessoas. O projecto é muito mais do que a Orientação desportiva, se bem que neste momento estamos na fase mais visível do mesmo.
GR: O que faz de Aguiar da Beira um concelho diferente para a prática desta modalidade? PG: A geografia do território é deveras interessante. Contudo, e há que o dizer, há outros municípios que também têm condições geomorfológicas para a sua prática. GR: O projecto foi aprovado e está em anPraticantes da modalidade que vieram cá fazer provas disseram damento? publicamente que este é um dos melhores sítios onde praticaram PG: O projecto foi financiado em 90% e estamos Orientação. Com base nisso, acabámos por perceber que tínhamos nesta altura na fase da sua execução. Já desenvolcondições excelentes. Aguiar da Beira fica num planalto, com uma vemos algumas actividades. O projecto começou morfologia que começa na Serra da Estrela e vai até, quase, ao o ano passado, com uma prova de Orientação, em Douro. Há condições muito interessantes, para além dos muitos Março de 2017, e vai terminar no final deste ano. cursos de água, que favorecem a geografia do território, e da floEstamos na fase de catalogação e homologação resta, que, felizmente, não foi atingida pelos incêndios do ano pasdos circuitos de orientação turística. São três neste sado. projecto e temos mais um noutro. Para além disso, Toda esta conjugação de factores, com a opinião que nos foi estamos a construir toda a componente do marketransmitida pelos atletas que por cá passaram, alguns dos melhoting territorial, para que possamos levar tudo isso ao res do mundo, que consideram os nossos percursos como excemaior número de pessoas possível. Temos igualmenlentes, levaram a concluir que estamos perante um ‘fenómeno’ te de pensar no marketing digital, que hoje é também que temos que aproveitar. muito importante, pois constitui a melhor forma de É que hoje em dia, no interior do país, é muito difícil inovar, chegar às pessoas e aos clientes, porque temos que contrariar a lógica do despovoamento e, se calhar, estamos pepensar nesta lógica. rante uma situação que nos pode, pelo menos, ajudar a atenuar essa questão do abandono dos territórios nestas regiões. EsGR: Com tudo isso, qual é a estratégia para o tamos a agarrar-nos com unhas e dentes a isto, porque pode território? passar por aí o futuro deste território. PG: Como disse, olhamos para a Orientação num senComplementar ao projecto que apresentámos ao Turismo de tido mais alargado. Este projecto apenas contempla a Portugal, estamos a trabalhar num outro, com o Agrupamento parte turística e desportiva, mas estamos a pensar em de Escolas, que se chama ‘Comunicarte 3D’, entre as artes e evoluir para outros campos da Orientação. No futuro estao ensino, e visa promover o sucesso escolar. Agarrámos na mos a pensar fazer parcerias com universidades e tentarlógica da Orientação, quer desportiva quer num âmbito mais mos trazer alguma investigação sobre o assunto. De que alargado, para a levarmos para este projecto. www.gazetarural.com
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De 01 a 28 de Maio
Azambuja ‘celebra’ XIX Mês da Cultura Tauromáquica
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De 11 a 13 de Maio, no Jardim José Maria dos Santos
Pinhal Novo prepara III Mercado Caramelo
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Jardim José Maria dos Santos, em Pinhal Novo, no concelho de Palmela, vai receber a terceira edição do Mercado Caramelo, naquele que é o evento tradicional mais esperado do distrito de Setúbal. A festa caramela vai contar com oito tavernas de comida, venda de produtos locais, cerca de 50 stands de artesanato, uma casa caramela e muitos grupos e associações que serão animação permanente e vão reproduzir as tradições mais antigas da vila. Centenas de pessoas marcaram presença na apresentação do evento, onde foram divulgadas algumas das actividades do mesmo. Houve muita animação, conduzida por grupos locais, e, como não poderia deixar de ser, o ponto alto do evento foi a degustação da Sopa Caramela, que este ano é um dos produtos gastronómicos da mesa de Palmela, uma das semi-finalistas das 7 Maravilhas à Mesa. Este ano, são esperadas mais de trinta mil pessoas durante os três dias de festa, a organização elaborou parcerias com várias empresas com o intuito de facilitar e melhorar o acesso aos visitantes que chegam de todos os lugares, como por exemplo a CP, que estará a fazer uma promoção no preço dos bilhetes com destino ao Pinhal Novo durante os três dias do Mercado Caramelo, que será de dois euros, ida e volta, desde qualquer uma das estações da linha do Sado.
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stá a arrancar mais uma edição do Mês da Cultura Tauromáquica em Azambuja, que culminará, como tem sido tradição nos últimos 18 anos, com a realização da Centenária Feira de Maio. As actividades programadas iniciamse no dia 01 de Maio com várias propostas a marcarem o arranque do evento. No dia 05 de Maio, destaque para a inauguração de mais uma exposição, esta de pintura e fotografia - “Um olhar sobre a Lezíria”, a visitar de terça-feira a sábado, na Galeria da Biblioteca Municipal de Azambuja; ainda para o jantar-palestra “A Tauromaquia - a arte das artes” (no restaurante O Picadeiro), e para uma exibição de recortadores, na Praça de Toiros Dr. Ortigão Costa. As quintas feiras deste mês de Maio serão animadas por um ciclo de cinema subordinado à tauromaquia, na sala do Centro Comercial “Atrium Azambuja”, com a rodagem dos seguintes filmes, dia 03 “Sangue toureiro”; dia 10 “Matador”; e dia 17 “Manolete”. Os serões de 11 e 12 estão reservados a colóquios-debate, respectivamente, sobre a bravura dos toiros de lide - na Poisada do Campino, e a tauromaquia e a religião - no Club Azambujense. No dia 18, novo jantar-palestra, desta feita em homenagem à dinastia Salgueiro. Momentos de música e dança, no dia 04 “Maio en fiesta” - sevilhanas e flamenco no auditório do Centro Parquial de Azambuja, e no dia 19, à tarde dança e flamenco, no salão dos bombeiros, e à noite festa rociera, na Poisada do Campino. Na véspera das grandes emoções da Feira de Maio, a União de Tertúlias de Azambuja organiza, dia 23, um “Encierro” de vacas, nas ruas da vila. A noite terminará com um espectáculo de Flamenco, com o grupo “Al Compás”, no Largo de Palmela. As diversas iniciativas do programa são organizadas pelo Município de Azambuja em parceria com a Tertúlia “Festa Brava”, a Associação Cultural “A Poisada do Campino”, o Centro Hípico Lebreiro de Azambuja, Alunos de Apolo de Azambuja e a União de Tertúlias de Azambuja. Chegados ao final do mês, destaque para mais uma edição da Centenária Feira de Maio, a encerrar em grande o XIX Mês da Cultura Tauromáquica!
Nos dias 5 e 6 de Maio, no concelho de Idanha-a-Nova
Feira Medieval de Monsanto promove “viagem no tempo”
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aldeia histórica de Monsanto, Idanha-a-Nova, veste-se a rigor para oferecer uma das melhores feiras medievais do país. Nos dias 5 e 6 de Maio, a Festa da Divina Santa Cruz, com entrada livre, convida a uma “viagem no tempo” que não vai deixar ninguém indiferente. Exibindo desde 1938 o título de “Aldeia Mais Portuguesa de Portugal”, Monsanto é o cenário ideal para descobrir e vivenciar as mais genuínas tradições do povo português. A animação toma conta das ruas e sobe até ao imponente Castelo de Monsanto, com recriações históricas, cortejos, músicos ambulantes, tordas Sopas em Proença-a-Velha, a 12 e 13 de Maio; e neios de armas, teatro de fogo, concertos, saltimbancos, meo Festival do Borrego, no Rosmaninhal, a 26 e 27 de dos e bruxas, passeios de burro, mercado, comeres e beberes Maio. raianos. O roteiro tem início em Monsanto, nos dias 5 e 6 de A Festa da Divina Santa Cruz volta também a encenar a LenMaio. A “Aldeia Mais Portuguesa” recebe a Festa da da do Castelo, na tarde de domingo, uma homenagem à heróiDivina Santa Cruz, a que se segue, no fim de semana ca resistência monsantina no cerco à sua emblemática fortade 12 e 13 de Maio, o maior Festival de Sopas de Portuleza. É uma oportunidade única para acompanhar de perto a gal. Entre sabores tradicionais e receitas criativas, vai recriação do emblemático Lançamento do Pote. poder provar e votar nas mais de 100 sopas a concurso. Será um fim de semana a desvendar Monsanto numa orgaNesses dias, Proença-a-Velha recebe ainda o Encontro nização da Câmara de Idanha-a-Nova e da União de Freguede Acordeonistas e Concertistas. sias de Monsanto e Idanha-a-Velha. Maio fecha com o Festival do Borrego, nos dias 26 e 27, no Rosmaninhal. Será uma festa em torno das inúDois festivais gastronómicos meras formas de confeccionar o borrego, na qual estará representada a gastronomia regional mas também a coMas, em Idanha-a-Nova, o mês de Maio apresenta muitas zinha de outros países. razões para visitar este concelho da Beira Interior. No auge Com a organização destes eventos temáticos, a Câmada primavera, a agenda do Município floresce e promete ra de Idanha-a-Nova promove as tradições e os produmuita animação. São três eventos aguardados com grande tos de excelência do concelho. Uma estratégia que tem expectativa, a começar com a Festa da Divina Santa Cruz projectado o território como destino turístico e espaço de (Feira Medieval), em Monsanto a 5 e 6 de Maio; o Festival economia, inovação e diferenciação. www.gazetarural.com
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A 5 de Maio, no Mouchão Parque, no rio Nabão
Congresso da Sopa de Tomar celebra bodas de prata
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ssencial numa dieta saudável, a sopa é um alimento muito versátil. Hoje fazem-se sopas de quase tudo, desde legumes, frutas, carne, peixe, entre outros ingredientes. Haja imaginação e vontade de fazer. Imaginação é o que não falta no Congresso da Sopa, uma iniciativa do Município de Tomar, em parceria com os cerca de 40 restaurantes, A 20 de Maio, no Largo da Misericórdia adegas e colectividades locais. No dia 5 de e na Rua Rainha Santa Isabel Maio, a partir das 12,30 horas, é possível provar mais de 50 sopas numa ilha em pleno rio Nabão, no Mouchão Parque. Caldo de enguias, sopa da pedra, canja de bacalhau, sopa de peixe, sopa de leitão e sopa de lampreia são algumas das iguarias que constam Câmara de Vila de Rei, com o apoio do Agrupamento de Escodo menu deste evento que celebra, este ano, as las, CLDS 3G e Junta de Freguesia de Vila de Rei, vai organizar bodas de prata. Há ainda outras propostas origio IX Mercado Medieval de Vila de Rei, com data marcada para 20 de nais, como sopa de corno, sopa conventual, creMaio no Largo da Misericórdia e na Rua Rainha Santa Isabel. me dos deuses, sopa do Espírito Santo, sopa do Esta “viagem ao passado” vai voltar a contar com dezenas de fogo, sopa da sogra e sopa ao rubro. expositores e mais de uma centena de figurantes, retractando fiNa vigésima quinta edição do Congresso tomaguras e momentos da Idade Média e contando com momentos de rense, o pioneiro dos eventos gastronómicos relaTeatro, Música, Animação e Jogos Tradicionais. cionados com a sopa, as regras mantêm-se as mesA abertura do Mercado vai ter lugar pelas 9 horas, seguindo-se mas. Cada congressista, ao pagar o bilhete, pode a actuação do Grupo de Concertinas da Casa do Benfica de Vila adquirir também um kit composto por tigela, copo, de Rei, do Grupo de Cantares “A Bela Serrana” e das personacolher e guardanapo, para poder provar todas as gens temáticas “Bugigangas Arbi & Nabiha”, dos Le Persil Noir, sopas que quiser, enquanto as houver. Este ano, o antes do Cortejo Solene e da Proclamação da Carta de Feira. Kit de Congressista é uma edição limitada comemoAntes da hora de almoço há ainda tempo para as actuações rativa do vigésimo quinto aniversário do Congresso dos alunos do Ensino Articulado de Música da Escola Básica e da Sopa. Secundária de Vila de Rei, da Orquestra Tradicional da Escola Para assinalar esta data, é ainda lançado um livro de Música e da Villa d’el Rei Tuna. Das 10 às 14 horas, a patrucomemorativo dos 25 anos do Congresso da Sopa. O lha a cavalo da GNR, trajada igualmente com vestes medievais, evento, que decorre durante a hora de almoço, vai vai também percorrer o recinto do Mercado. contar com animação diversa, como música ao vivo, Já na parte da tarde, os Persil Noir regressam com as persoshowcooking, insufláveis e workshops infantis. nagens “Salt’aqui, Salt’acolá” e, pelas 16h00, vai haver nova Esta iniciativa tem um cariz solidário, uma vez que as animação de rua. receitas de bilheteira revertem para o Centro de Integração e Reabilitação de Tomar (CIRE).
Vila de Rei organiza IX Mercado Medieval
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De 4 a 6 de Maio, em Ponte de Lima
Gastronomia limiana é o mote do III Festival da Carne Minhota
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onfeccionada à base de produtos típicos da terra, a gastronomia limiana é mote do III Festival da Carne Minhota que o Município de Ponte de Lima realiza, de 4 a 6 de Maio, para promover um dos seus principais produtos endógenos - a Carne Minhota -, como produto de referência gastronómica. Ponte de Lima é indubitavelmente um dos locais de mais significativa expressão deste tipo de património. Sabores e aromas singulares, acompanhados de muita história, e de grande hospitalidade das gentes, são imagem de marca da Vila Mais Antiga de Portugal. Considerando que a promoção do mundo rural é fundamental para o desenvolvimento do país e desta região minhota, onde sobressai uma enorme riqueza paisagística e raças autóctones de elevadas potencialidades, o Município de Ponte de Lima, em parceria com a Associação Portuguesa dos Criadores de Bovinos de Raça Minhota a (APACRA) realizam este festival que tem como objetivo a promoção dos produtos endógenos, com destaque para a Carne Minhota, como um produto de referência gastronómica do concelho. A designação oficial da raça Minhota corresponde à toponímia da região tradicional de produção, o Entre Douro e Minho, na qual se insere o seu solar – Ponte de Lima, e onde se encontra a maior parte do efectivo da raça. A carne proveniente dos animais de raça Minhota passou a ser um produto reconhecido e diferenciado no mercado, enaltecendo as potencialidades da raça Minhota, e incentivando os seus produtores a continuarem e a melhorarem o trabalho realizado. Desta forma, procura-se promover o consumo de uma carne de grande qualidade, certificada, e de um paladar soberbo e único. O Festival da Carne da Minhota apresenta pratos confeccionado com Carne Minhota, com destaque para o “Naco de Minhota” e para a “Espetada do Brutus”. Estes pratos vêm enriquecer e complementar a riqueza gastronómica do concelho, tendo por base a carne da raça Minhota.
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No fim de semana de 19 e 20 de Maio, em Proença-a-Nova
Festival da Cereja e do Limão anima Montes da Senhora
De 9 a 13 de Maio, em Salvaterra de Magos cereja e o limão, dois importantes recursos económicos produzidos no concelho de Proença-a-Nova, estarão em destaque no Festival da Cereja e do Limão, que acontece a 19 e 20 de Maio, em Montes da Senhora. Para além da presença dos produtores de cereja e de limão, haverá espaço para outros produtos locais como compotas, licores, doces e artesanato do concelho. A animaastronomia, produtos locais, concertos, exposições, actividades ção estará a cargo d’ Os Chibatas – Grupo de taurinas e equestres, máquinas agrícolas e carrosséis são os Percussão Tradicional de Castelo Branco, que ingredientes da Feira de Magos, uma iniciativa da Câmara de Salvaabrirá o festival a partir das 14 horas de sábaterra de Magos, que vai decorrer de 9 a 13 de Maio. Fernando Daniel, do, seguido da Oficina de Gelados de cereja e Raquel Tavares, Sangre Ibérico, The Pilinha e The Buzz Lovers - Trilimão, promovida pelo Centro Ciência Viva da buto a Nirvana são os convidados musicais deste certame, que se Floresta e a actuação do Grupo de Concertinas assume como um ícone da identidade concelhia. e Cavaquinhos da Arca. Ainda no sábado, duo No âmbito da Feira de Magos 2018 serão inauguradas as expomusical Artur & Márcia animará o recinto com sições “Profissões d’Antigamente: O Correeiro e o Ferrador”, a musica popular. inaugurar no dia 9 Maio, pelas 21 horas, na Biblioteca Municipal O destaque da noite do primeiro dia vai para de Salvaterra de Magos; e “Simão Neves, a dedicação ao toiro, ao a actuação de Peu Madureira, cantor que ficou cavalo e ao campo”, com homenagem no dia 10 de Maio, feriado conhecido pela sua participação no Festival da municipal, pelas 18 horas, no Edifício do Cais da Vala, em SalvaCanção e cujas influências musicais passam por terra de Magos. Amália Rodrigues, Maria Teresa de Noronha, AlfreNa tenda multiusos da Feira de Magos e no espaço exterior voldo Marceneiro, Fernando Farinha, Camané, entre tarão a estar representadas empresas do Concelho de Salvaterra muitos outros. de Magos ligadas ao sector agrícola, assim como artesãos e proO domingo será dedicado ao desporto e ao foldutores locais. Não faltam igualmente os habituais divertimentos clore. O 153º Passeio Pedestre “Montes de Cereja” de feira. partirá à descoberta de uma das maiores riquezas A abertura da Feira está marcada para o dia 9 de Maio, às 20 dos Montes da Senhora que nesta altura decoram os horas, seguindo-se, pelas 22 horas, a actuação de Fernando Dacampos em redor da aldeia e em toda a freguesia. niel, na Tenda multiusos da Feira de Magos. Nos dias seguintes, As inscrições decorrem no Posto de Turismo até dia à mesma hora, actuam a banda The Pilinha; The Buzz Lovers, 17 de Maio. considerado o melhor Tributo a Nirvana da Europa; Sangre IbéA Corrida das Cerejas, organizada pela LAMS, rearico e a fadista Raquel Tavares, no último dia do certame. Dializa-se pelo quinto ano e é uma prova de atletismo riamente, pelas 23,30 horas, está marcada uma vacada. aberta a atletas e clubes federados, não federados, A 12 de Maio destaque para a realização da Romaria a Capopulares, associações, grupos de amigos e outras envalo a Nossa Senhora da Conceição, pelas 11 horas. Antes há tidades que tenham interesse em participar. A prova bênção dos cavaleiros e cavalos que vão participar na Romaprincipal tem uma distância de 11 quilómetros, sendo ria na Capela da Misericórdia. Na manhã de sábado irão tamque há provas para todos os escalões. bém decorrer provas de Ensino de Equitação de Trabalho, O Festival da Cereja e do Limão encerra com uma numa Jornada do Campeonato Regional Centro da modalitarde dedicada ao folclore, com a presença do Rancho dade, no Picadeiro Municipal, uma competição que continua Folclórico de Montes da Senhora, o Grupo Folclórico de pela tarde. Contas e Cramóis de Pias, de Cinfães, e o Rancho FolclóNo último dia haverá provas de maneabilidade de Equitarico As Ceifeiras de Porto de Muge. ção de Trabalho (9 horas) e de Velocidade (14 horas). Para as 18 horas está marcada, na Praça de Toiros de Salvaterra de Magos, a Terceira Corrida dos Agricultores de Tomate do Ribatejo. O encerramento acontecerá pelas 23 horas com fogo de artifício.
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Feira de Magos mostra actividades do concelho e muitos concertos
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Diz o vereador da Camara de Moura, Manuel Bio
A OlivoMoura 2018 “reforçará a importância da olivicultura na região”
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Parque de Feira e Exposições de Moura recebe, entre 10 e 13 de Maio, a Olivomoura - Feira Nacional de Olivicultura, certame que decore em paralelo com a IX Mostra de Aromas e Sabores. Para o vereador da Camara de Moura, Manuel Bio, a OlivoMoura 2018 “reforçará a importância da olivicultura na região”, salientando que a realização dos dois eventos é “uma aliança perfeita entre a agricultura e a agro-indústria” do concelho. Gazeta Rural (GR): Moura volta a receber a Olivomoura - Feira Nacional de Olivicultura. Que expectativa tem para este evento? Manuel Bio (MB): A XV OlivoMoura deverá ser um primeiro passo para a afirmação desta feira como sendo uma referência nacional em termos olivícolas. Pretendemos atrair um maior número de visitantes com interesses diversos, esperando, contudo, que uma considerável maioria se possa inscrever entre agricultores de todo o país que se desloquem a Moura. Os colóquios e seminários têm, para esse esse aspecto, um papel fundamental. O conjunto de actividades que integram o programa da feira têm como temas principais o azeite e o olival, direccionados para a vários público-alvo. A par da OlivoMoura decorre, também, a IX Mostra de Aromas e Sabores que nos parece ser uma aliança perfeita entre a agricultura e a agro-indústria. A afirmação dos nossos produtos e a valorização do trabalho dos nossos produtores serão, nesta feira, absolutamente reconhecidos. GR: Que importância lhe atribuiu e o que representa para a região? MB: A OlivoMoura 2018 reforçará a importância da olivicultura na região. A promoção dos azeites, através da sua mostra e venda, das provas técnicas, do concurso de
azeite virgem e a vinda de um conjunto de especialistas que debaterão as questões mais atuais relacionadas com o sector, nomeadamente, a “Xylella fastidiosa” e a preservação do olival tradicional são exemplos de iniciativas que decorrem durante a feira e que testemunham a pertinência da sua existência. Sendo Moura, uma região olivícola por excelência, é inevitável que qualquer estratégia de desenvolvimento inclua o olival, o azeite e os seus produtores como peças chave. Assim, Moura Terra Mãe do Azeite do Alentejo assume-se, a partir desta XV OlivoMoura, enquanto estratégia de desenvolvimento local, que passa pela afirmação do concelho e de todos os mourenses em prol da identidade, valorização e promoção de um dos seus mais emblemáticos elementos patrimoniais. GR: Depois de ter começado em Moura, a feira decorreu, em 2017, em Valpaços, com quem a partilham. O que ganham, na sua opinião, as duas regiões? MB: Ainda que em pontos distantes do país, a existência da OlivoMoura e da Olivalpaços vem reforçar que o olival é património nacional e que Portugal é, indiscutivelmente, um país de azeite. Esta sinergia criada ao abrigo de uma partilha da mesma identidade muito honra o Município de Moura, que a vê como uma forma de afirmação dos nossos produtos quer a nível nacional, quer a nível internacional. A parceria estabelecida com o município de Valpaços, através da organização conjunta de uma feira nacional, para além de uma troca de saberes e de sabores, poderá vir a ser um motor de alavancagem para as duas economias locais cuja agricultura, e designadamente o olival e o azeite, são dois activos de relevo na base económica local e regional. www.gazetarural.com
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De 25 a 27 de Maio com o Expocôa como palco principal
Foz Côa promove sétima edição do ‘Festival do Vinho do Douro Superior’
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palavra ‘Douro’ é quase certa em qualquer ocasião vínica pelo valor da cultura da vinha e do vinho, pelo seu património paisagístico e pela sua diversidade. Com o propósito de enaltecer a sub-região do Douro Superior no mapa vitivinícola do país, a cidade de Vila Nova de Foz Côa recebe, de 25 a 27 de Maio, o VII Festival do Vinho do Douro Superior (FVDS), que volta a ter como palco principal o EXPOCÔA - Centro de Exposições de Vila Nova de Foz Côa. O evento é organizado pela Câmara de Foz Côa em parceria com a publicação ‘Vinho Grandes Escolhas’. Enquanto espaço privilegiado de vinhedos sem fim à vista e produção de vinhos brancos, tintos e generosos de qualidade e com características diferenciadoras, o Douro Superior é objecto central da feira de três dias de entrada livre. Dirigido a consumidores e visitantes, este certame é também “montra” de outros produtos alimentares dos concelhos de Vila Nova de Foz Côa, Carrazeda de Ansiães, Figueira de Castelo Rodrigo, Freixo de Espada à Cinta, Mêda, São João da Pesqueira, Torre de Moncorvo e Vila Flor. Como já é hábito, o programa integra o ‘Concurso de Vinhos do Douro Superior’ aberto a todos os vinhos produzidos nesta sub-região que estejam presentes na feira, nas categorias Douro (branco e tinto) e Vinho do Porto. A avaliação é feita “às cegas” por um painel de jurados constituído por jornalistas, sommeliers e compradores. Para brindar à singularidade desta sub-região do Douro Vinhateiro, o programa oficial do ‘FVDS 2018’ integra o colóquio “O Douro e a História: Vale com passado, Vinha com futuro”. Este momento é destinado a lavradores, produtores, comentada de vinhos brancos, tintos e do Porto, respectécnicos, entre outros interessados, dispondo de um painel tivamente. A prova de azeites está nas mãos do espede oradores de prestígio que irá debater o potencial de uma cialista Francisco Pavão. Ambas as acções são dirigidas a sub-região a dar que falar. consumidores e público interessado. Os jornalistas e críticos Fernando Melo (Evasões e Vinho Além do vinho e dos sabores regionais, a animação muGrandes Escolhas), Luís Lopes (Vinho Grandes Escolhas) e sical está garantida para esta edição. A noite de Sábado João Paulo Martins (Expresso e Vinho Grandes Escolhas) vai ter como artista convidada a fadista Carminho. voltam a marcar presença para conduzir as provas vínicas www.gazetarural.com
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Soalheiro Mineral Rosé promete ser uma redescoberta do terroir
Produtor de Alvarinho desafia o mundo dos vinhos rosés
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sob a premissa que o terroir de Monção e Melgaço tem um enorme potencial a explorar, e que não permite apenas a produção de excelentes Alvarinhos monovarietais únicos no mundo, que a Quinta de Soalheiro entra no mundo dos vinhos rosados com o lançamento do Soalheiro Mineral Rosé. O objectivo? Desafiar os apreciadores a provar um Rosé que poderá não ser consensual e do agrado global, uma vez que não apresenta a intensidade de doçura e suavidade normalmente apresentada em alguns vinhos rosados. Para os produtores, “a vontade de criar um vinho Soalheiro Rosé com uma dimensão mineral era grande e como já tínhamos experiência com o Soalheiro Bruto Rosé Espumante, um espumante que se tem afirmado e crescido no Soalheiro, estava na hora de avançar para este desafio”. Acrescentado, “estamos confiantes, pelas inúmeras provas que o Soalheiro Team fez e pela sua aprovação interna, que vai permitir aos consumidores redescobrir o nosso terroir”. A primeira edição do Soalheiro Mineral Rosé terá uma produção muito limita (5000 garrafas) e foi lançada este fim de semana no Palácio do Freixo, num evento da Decante Vinhos que contou com a participação de cerca de trinta produtores. Para este ano, está ainda previsto o lançamento nos mercados Holandês e Alemão. Soalheiro Mineral Rosé: um vinho que escolhe momentos Mineral e elegante, este Soalheiro é descrito pelos produtores como “um vinho para todos - sem limite de idade e que não escolhe sexos - mas que escolhe momentos e que esperamos que os consumidores encontrem um grande momento para o Soalheiro Mineral Rosé. Queremos fazer parte dos momentos especiais.” À casta Alvarinho, produzida em vinhas de altitude e que tem uma dimensão mais intensa, fresca e mineral, o Soalheiro aliou a casta Pinot Noir, também produzida na região e que apresenta uma dimensão mais aromática e elegante. Desta forma, surge um vinho ao mesmo tempo aromático e fresco, com um fim de boca mineral, e ao mesmo tempo muito guloso. O Soalheiro Mineral Rosé pode ser apreciado como um excelente e descontraído aperitivo, muito adaptado à tendência actual de consumir vinho a copo, mas também demonstra-se perfeito para harmonizar com pratos mais leve como saladas, peixes ou mariscos. Uma das grandes preocupações do Soalheiro é produzir “vinhos para beber com prazer”, acreditando na qualidade e na tendência para apreciar vinhos com um álcool mais moderado. Este Soalheiro Mineral Rosé consegue ter persistência devido ao Pinot Noir e elegância devido ao Alvarinho com um álcool moderado de 12%. “Acreditamos que este estilo de vinho completa esta nossa preocupação no Soalheiro. Por outro lado, acreditamos que a evolução do consumo nos bares, antes e depois da refeição, adaptasse perfeitamente a este estilo” concluem os produtores.
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A realizar dos dias 1, 2 e 3 de Junho
Arcos de Valdevez prepara edição 2018 do Festivinhão
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epois do sucesso alcançado nas duas primeiras edições regressa o Festivinhão – Festival Enoturístico de Arcos de Valdevez, nos dias 1, 2 e 3 de Junho, numa organização Associação dos Vinhos de Arcos de Valdevez e do Município de Arcos de Valdevez. Este evento enogastronómico terá, este ano, lugar no Jardim dos Centenários, no centro histórico de Arcos de Valdevez, contando com espaço de exposição, espaço de provas de vinhos e apresentações, tasquinhas de petiscos, animação de palco, animação de rua, curso de iniciação à prova de vinhos, percursos turístico-gastronómicos pela Vila, visitas a Quintas/Adegas e oferta turística e cultural diversa. Este festival enoturístico pretende celebrar a Casta Vinhão e a sua fabulosa evolução em termos técnicos e produtivos. Agora, a casta vinhão é a rainha. É ela que melhor se relaciona com as iguarias gordas como a lampreia, o sarrabulho, o cozido à portuguesa, o arroz de cabidela, o cabrito mamão da serra, o arroz de sarrabulho, etc. Arcos de Valdevez, com o seu “terroir”, soube manter uma reserva de qualidade e tradição na produção de Vinhão e também inovar sem nunca descurar a relação harmónica com a gastronomia. Mas o Festival apresenta outros vinhos verdes, com destaque para os brancos Loureiros e Alvarinhos, rosados e espumantes. O Festival integra também a selecção do ‘Festivinhão’18 Vinho do Ano’ e incluirá este ano a primeira edição da ‘Rainha das Vindimas Arcos de Valdevez’. A selecção do ‘Festivinhão’18 Vinho do Ano’ contará com um Grande Prémio para o Vinho Verde da Casta Vinhão e a Selecção do Ano para as categorias de Vinho Verde Tinto, Branco, Rosé, Espumante Tinto e Espumante Branco. Haverá ainda uma Selecção para os Vinhos de Arcos de Valdevez nas mesmas categorias (excepção dos espumantes, que apenas tem uma categoria genérica). Na ‘Rainha das Vindimas Arcos de Valdevez’ será coroada a candidata que irá representar o Município no Concurso Nacional da Rainha das Vindimas que terá lugar em
Alenquer, Cidade Europeia do Vinho 2018 (juntamente com Alenquer). Esta iniciativa tem como objectivo a promoção das tradições e da cultura rural das nossas populações, que são a sua ligação à terra. É esta ligação que se pretende preservar e fomentar entre os jovens, para que estes valores culturais possam existir em sintonia com o moderno. A eleição terá lugar no dia 1 de Junho. Arcos de Valdevez afirma-se como a terra do vinhão.
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De 23 a 25 de Maio no Palácio do Governo Civil, em Vila Real
Regia Douro Park promove segunda edição do ‘Douro TGV’
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epois de uma acelerada estreia em 2017, o fórum ‘Douro TGV’ retoma a viagem para a sua segunda edição com paragem em Vila Real. A bordo levará, uma vez mais, as siglas de ‘Turismo’, ‘Gastronomia’ e ‘Vinho’, trilogia que irá afirmar-se em debate nos dias 23, 24 e 25 de Maio, no Palácio do Governo Civil, na principal capital de distrito de Trás-os-Montes. A organização está a cargo do Regia Douro Park, que, assim, pretende munir os actuais e futuros players destes sectores de ferramentas para fazerem mais e melhor em cada uma das três áreas. Como o próprio nome do evento sugere, cada um dos dias do ‘Douro TGV’ é dedicado a uma das áreas de debate: Turismo no primeiro dia, a 23 de Maio; Gastronomia no segundo dia, a 24 de Maio; e, por fim, mas não menos importante, o Vinho, a 25 de Maio. O Turismo no Douro TGV Na ordem dos trabalhos vão estar em discussão três temáticas distribuídas pelos três dias deste evento. ‘Na Rota de uma Promoção Conjunta’ (quarta-feira, dia 23 de Maio) será destacado o papel das instituições e das ferramentas indispensáveis na promoção da Região Demarcada do Douro de uma forma global para, prontamente, dar resposta a perguntas pertinentes: Teremos mais sucesso se nos unirmos? O que nos falta para sermos mais conhecidos e mais visitados? A Gastronomia no Douro TGV ‘Azeite, um Produto D’Ouro’ (quinta-feira, dia 24 de Maio) trará à tona as potencialidades de um produto cuja qualidade é, cada vez mais, objecto de análise e avaliação por parte de entendidos na matéria, em particular, pelo jornalista Edgardo Pacheco, autor do ‘Guia Os 100 Melhores Azeites de Portugal’ e recentemente premiado, neste âmbito, pela revista Grandes Escolhas. Por outro lado, começa a haver maior cuidado por parte dos produtores, sobretudo aquando do processo de produção. Paralelamente a esta realidade, o azeite começa a ganhar terreno na vida dos portugueses. Mas quando ocupará o seu devido território? Esta e a outras questões serão abordadas e devidamente respondidas por quem de direito. Ainda durante este painel, haverá uma prova de azeites, conduzida e comentada pelos três especialistas em palco – os portugueses Francisco Pavão e Edgardo Pacheco; e a brasileira Patrícia Galisini –, à qual se segue a degustação de outros produtos gastronómicos em que este líquido dourado é um dos ingredientes da receita (pão, gelados, cho-
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colates, entre outros). Segue-se um divertido jantar, intitulado de “Cozinhar com os azeites! Ao vivo e a várias mãos.”, a ter lugar no restaurante Panorama, situado em pleno campus da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD). O público – que terá que se inscrever junto da organização – vai ditar quais as iguarias mais saborosas, no que toca à presença de azeite. O Vinho no Douro TGV
Estará a Região Demarcada do Douro atenta às alterações climáticas? Porque não é permitido regar a vinha na RDD? A rega influenciará negativamente as uvas e os vinhos do Douro? Certamente que surgirão mais perguntas face ao tema ‘A Seca de um Bem Líquido’ (sexta-feira, dia 25 de Maio). Na manhã do mesmo dia terá lugar o ‘II Concurso de Vinhos Douro TGV’. A tarde vai ser dedicada à prova de vinhos, não apenas do Douro – todos os produtores estão convidados e são bem-vindos, sendo que o foco está nos produtores do Douro ou cujos produtores ou enólogos se tenham formado na UTAD –, e aos produtos da região – estes sim, em exclusivo de Trás-os-Montes e Douro – no âmbito da ‘Douro TGV 2018: Mostra de Vinhos e Sabores’, durante a qual vai ser feito o anúncio e a entrega de prémios do ‘II Concurso de Vinhos Douro TGV’. Douro TGV com acesso gratuito
O ‘Douro TGV’ destina-se a todos os players cujas actividades abordem as áreas de turismo, gastronomia e vinho, mas em especial aos agentes e às gentes da região, como sejam os alunos e docentes da UTAD, da Escola de Hotelaria e Turismo do Douro – Lamego e de outras instituições de ensino, cujos alunos são os futuros embaixadores da região. O acesso é gratuito, mas implica inscrição prévia, que deve ser feita através do número de telefone 259 308 200 ou do e-mail eventos@regiadouro.com. Para o efeito, quem quiser marcar presença no evento basta indicar qual ou quais os dias em que pretende participar.
PROGRAMA Turismo: Dia 23 Maio 14h30 – Abertura e Boas-vindas Nuno Pinto Augusto e Rita Estácio – Regia Douro Park Painel: Na Rota de uma Promoção conjunta Moderador: Fernando Seara – Director da Fundação Museu do Douro 15h00 – Introdução ao Tema: O papel das instituições e das ferramentas que promovem o território (inclui o turismo, a gastronomia e o vinho). Teremos mais sucesso se nos unirmos? O que nos falta para sermos mais conhecidos e mais visitados? 15h30 – O papel das Rotas na promoção do Douro Orador a confirmar – Turismo do Porto e Norte Jorge Sampaio – Presidente da Associação Rota da Bairrada e Vice-Presidente da Rota dos Vinhos de Portugal Orador a confirmar – IVDP Carlos Carvalho – Presidente da Rota do Vinho do Porto (e Presidente da Câmara de Tabuaço) 16h00 – Quintas do Douro com TGV: oportunidades e ameaças Orador a confirmar – Quinta do Portal Sophia Bergqvist – Co-proprietária e gestora da Quinta de la Rosa João Paulo Magalhães – Responsável do futuro restaurante da Quinta de Ventozelo 16h30 – Turistas e Enoturistas em Portugal: da expectativa à realidade Olga Magalhães Cardoso – Fundadora da empresa de animação turística Blend Sheree Mitchell – Fundadora da ImmersaGlobal (www.immersaglobal. com) & Travel Expert Maria João de Almeida – Jornalista e autora do Guia de Enoturismo de Portugal Gastronomia: Dia 24 Maio 14h30 – Abertura e Boas-vindas Nuno Pinto Augusto e Rita Estácio - Regia Douro Park Painel: Azeite: um produto D’ouro Moderador: Edgardo Pacheco – Jornalista e crítico de vinhos e gastronomia; especialista em azeites 15h00 – Introdução ao Tema: O azeite começa a ganhar terreno na vida dos portugueses. Quando ocupará o seu devido território? Um produto, com imensas potencialidades, que está cada vez mais na moda, o que se deve ao trabalho, cada vez melhor, dos produtores, mas também à divulgação que tem vindo a ser feita pelo jornalista Edgardo Pacheco, autor do Guia Os 100 Melhores Azeites de Portugal e recentemente premiado, neste âmbito, pela revista Grandes Escolhas. 15h30 – Azeite: o Produto, os seus Benefícios (e a Denominação de Origem) Francisco Pavão – Associação de Olivicultores de Trás-os-Montes e Alto Douro (AOTAD); produtor e especialista 15h45 – O Azeite português no Mundo. O caso do Brasil. Patrícia Galisini – Especialista em azeite 16h00 – Prova de Azeites e Outros Produtos Francisco Pavão e Edgardo Pacheco 19h00 – Gastronomia com Azeite Jantar “Cozinhar com os azeites! Ao vivo e a várias mãos.”, no restaurante Panorama, na UTAD Vinho: Dia 25 Maio 09h00 – Abertura e Boas-vindas Nuno Pinto Augusto e Riata Estácio – Regia Douro Park 09h30 – Provas do II Concurso de Vinhos Douro TGV Evento a decorrer em paralelo. Apenas para jurados Painel: A Seca de um Bem Líquido Moderador: Guilherme Marques Martins – Science Agro Bordeaux 09h30 – Introdução ao Tema Estará a Região Demarcada do Douro (RDD) atenta às alterações climáticas? Porque não é permitido regar a vinha na RDD? A rega influenciará negativamente as uvas e os vinhos do Douro? 10h00 – Casos reais e a realidade no e para o Douro João Santos – Professor da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) Xavier Choné – SARL Terroir Wines & Vineyard Orador a confirmar – Instituto de Vinhos do Douro e Porto (IVDP) Orador a confirmar – Comissão Vitivinícola Regional do Alentejo (CVRA) 16h00 – Douro TGV: Mostra de Vinhos e Sabores 18h30 – Anúncio e entrega de prémios do II Concurso de Vinhos Douro TGV www.gazetarural.com
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Capoulas Santos na inauguração da nova sede da CVR Beira Interior
País fez trabalho “notável” no sector do vinho nos últimos 30 anos
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ministro da Agricultura, Capoulas Santos, disse que nos úl25 de Abril. O espaço que também acolhe a nova timos 30 anos o país transformou o sector vitivinícola e os sede da CVRBI custou cerca de meio milhão de vinhos nacionais afirmam-se a nível mundial como “vinhos de exeuros e foi construído pela Câmara da Guarda no celência”. jardim do antigo Solar Teles de Vasconcelos, no Segundo Capoulas Santos, o país fez “um trabalho notável” em centro histórico, conhecido localmente como Quináreas como a reestruturação da vinha, a selecção e melhoria das tal Medroso. castas, a organização dos produtores, a criação das Comissões A CVRBI abrange as zonas vitivinícolas de CasteVitivinícolas Regionais, a vocação exportadora e o investimento lo Rodrigo, Pinhel e Cova da Beira, nos distritos de na agro-indústria. Guarda e de Castelo Branco, onde existem cerca de O governante, que falava na Guarda na cerimónia inaugural do 60 produtores de vinho, entre adegas cooperativas Solar do Vinho da Beira Interior, que também é a nova sede da e produtores particulares. Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior (CVRBI), referiu O presidente daquela entidade, João Carvalho, disque no último ano a agricultura “cresceu o dobro do resto da se na inauguração que este dia representa “um mareconomia”, o vinho aumentou a sua produção e também auco” para os vinhos da região. A nova sede será “uma mentaram as exportações deste produto. alavanca para a divulgação dos vinhos” produzidos “Só nos dois primeiros meses deste ano o aumento das exlocalmente e contribuirá para que tenham “notoriedaportações foi na ordem dos 15%”, disse, acrescentando que de” no mercado nacional e internacional, referiu. os vinhos portugueses “afirmam-se cada vez mais no mundo Disse que a CVRBI pretende tornar a viticultura inteiro como vinhos de excelência que são multipremiados e “como a principal actividade económica agrícola” da que granjeiam cada vez mais respeito”. Beira Interior, prosseguir o trabalho de participação em Capoulas Santos referiu que no futuro o objectivo é aposcertames nacionais e estrangeiros e criar a Rota dos tar “no valor”: “Temos que aumentar as nossas exportações Vinhos e Enoturismo da Beira Interior. cada vez mais em valor, porque os nossos vinhos são de ineO presidente da Câmara da Guarda, Álvaro Amaro, quívoca qualidade”. disse esperar que os vinhos locais beneficiem com a O ministro observou que, “infelizmente, durante muitas inauguração do Solar do Vinho da Beira Interior, que se décadas”, os vinhos nacionais “eram associados a produtos juntará, em breve, ao Solar dos Sabores, que surgirá no de baixa qualidade” e exportados a granel, mas o panoraedifício dos antigos Paços do Concelho, que também acoma mudou pelo “esforço feito nos últimos 30 anos”, em que lherão a sede da Comunidade Intermunicipal das Beiras e houve “a continuidade das políticas”, independentemente Serra da Estrela. das mudanças de Governo. A inauguração do Solar do Vinho da Beira Interior, na Guarda, ocorreu no âmbito das comemorações locais do
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João Carvalho e a nova sede da Comissão Vitivinícola, na Guarda
Solar dos Vinhos da Beira Interior “é um marco” para a região
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Solar dos Vinhos da Beira Interior, na cidade da Guarda, é a nova sede da Comissão Vitivinícola da Beira Interior (CVRBI), inaugurada com presença do Ministro da Agricultura, Capoulas Santos. Na ocasião, à Gazeta Rural, o presidente da CVRBI afirmou tratar-se de “um marco na história” e “um grande passo” da Comissão Vitivinícola. João Carvalho salientou, também, a importância da nova sede para o crescimento da região, que apenas certifica 20% dos vinhos que produz.
têm um valor considerável. Se pensarmos numa reestruturação global das vinhas, com a totalidade das mesmas em plena produção, significa que conseguiremos produzir acima dos 100 milhões de litros. Se certificássemos 90% destes vinhos, a Beira Interior pode facturar perto de 500 milhões de euros, tornando-se a principal actividade económica da região no sector agrícola.
Gazeta Rural (GR): O que representa a nova sede para a CVR da Beira Interior? João Carvalho (JC): É um marco na história da CVR. Deixa de ser algo virtual, que existia num apartamento, para se tornar uma realidade e que representa aquilo que são os vinhos da Beira Interior. É, também, um grande passo para nós, uma vez que somos continuadamente visitados por operadores económicos, nacionais e internacionais, e aqui temos um local com dignidade, onde podem degustar os vinhos desta região.
GR: Que receptividade têm os viticultores para avançar nesse sentido? JC: As mentalidades vão mudando. Se pensarmos que em 2000 havia 15 agentes económicos neste sector e que hoje são 60, significa que temos evoluído de forma significativa. Na última meia dúzia de anos houve um crescimento brutal na produção, mas também na qualidade. Hoje os vinhos da Beira Interior estão no Top 30 nacional, das principais publicações, fomos considerados a melhor Organização Vitivinícola de 2017, para além de prémios em diferentes concursos nacionais e internacionais. Tudo isto faz com que possamos olhar o futuro com confiança, que nos ajuda a crescer e olhar para o mundo de maneira diferente. Se pensarmos que nesta região poderemos, um dia, fazer os melhores em Portugal e no mundo não estamos a pensar em nenhuma aberração.
GR: Neste edifício estão instalados todos os serviços da CVR? JC: Temos os nossos serviços todos concentrados no mesmo edifício.
GR: O que representa a exportação para a região? JC: Neste momento o mercado externo representa perto de 30% dos vinhos certificados, na ordem dos 4 a 5 milhões de euros. Se pensarmos que há poucos anos era zero, hoje é muito. Estamos a crescer em média 10 a 15% ao ano.
GR: O que valem hoje os vinhos da Beira Interior? JC: Os nossos vinhos, diria, ainda não valem muito, isto porque, efectivamente, a região produz muito vinho, mas grande parte dele é vendido a granel. Ainda assim, temos estado a crescer, nos vinhos certificados, a uma média de 10% ao ano. Apenas cerca de 20% dos vinhos produzidos na região são certificados, mas pretendemos, no futuro, atingir uma cota próximo dos 100%. Aí teremos, com certeza, uma mais valia para toda a região. Falando de números: A Beira interior tem 16 mil hectares de vinha, dos quais três mil são vinhas reestruturadas e óptimas. Dos restantes 13 mil hectares, uma parte são vinhas sem grande valor vitícola e o resto são vinhas velhas que ainda www.gazetarural.com
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de consolidação da Ovibeja e a criação de uma infraestrutura com relevância estratégica para a cidade de Beja e para a região foram alguns dos objectivos perseguidos por Castro e Brito para a construção do Parque de Feiras e Exposições. Marcelo visitou a Feira “livre” de formalismos O Presidente da República visitou a Ovibeja “livre” de formalismos, como já é hábito. Deu beijos, tirou ‘selfies’, petiscou e até “cantarolou” a música “Prisão em Si”, num teste de som da banda Xutos e Pontapés e aplaudiu a banda, que actuou no dia de abertura do certame. A participação no teste de som dos Xutos e Pontapés marcou o fim de uma visita de cinco horas ao certame, que começou por volta da hora do almoço, com um tributo ao “pai” da Ovibeja, Manuel Castro e Brito, que morreu em 2016. Seguiu-se a visita aos expositores do evento, nos vários pavilhões, a “passo de caracol”, porque o Presidente da República não resistiu a cumprimentar e a tirar ‘selfies’ com quase todos com quem se cruzou. Sem ter parado para almoçar na feira, o Presidente da República foi aproveitando as paragens nos expositores para petiscar, aqui e ali. Pão molhado em azeite ou com queijo e presunto e bolos, como os suspiros, como foram alguns dos produtos de eleição. “Quer vir suspirar?”, perguntou Marcelo, em jeito de piada, ao ministro da Agricultura, Capoulas Santos, que o acompanhou na visita, juntamente com o comissário europeu Carlos Moedas. Questionado pelos jornalistas sobre se em Portugal se suspira muito, o chefe de Estado respondeu, em jeito de brincadeira: “Em Portugal, felizmente, agora suspira-se só por bons motivos e na Europa também. Estamos a suspirar de alegria, não de aflição”. À semelhança do ano passado, Marcelo, entre outros produtos da Com a presença do Presidente da região, voltou a levar para casa um presunto de porco de raça alenRepública e Ministro da Agricultura tejana, que, desta vez, disse, será para partilhar com “os convidados que vêm aí”, as presidentes da Croácia e de Malta. “Valeu a pena não ter almoçado, senão não dava para ver tudo”, assinalou Marcelo Rebelo de Sousa. “A Ovibeja é uma montra do que se está a viver em Portugal, do que se está a viver no Alentejo e do que se vive na Agricultura. É um período de crescimento. Comparando com as últimas edições nota-se a diferença. Há mais gente, mais stands, melhor programa, mais movimento. Quer dizer que o país está a crescer, a agricultura e o Alentejo também. E Isso é bom”, afirmou o Presidente Presidente da República, Marcelo Rebelo de da República. Marcelo Rebelo de Sousa, traduziu assim o que viu Sousa, marcou presença na inauguração da e ouviu durante mais de cinco horas de visita à OVIBEJA, este ano XXV Ovibeja, associando-se à cerimónia de atribuidedicada ao tema da internacionalização. ção do nome do Parque de Feiras e Exposições de Beja a Manuel de Castro e Brito, o grande congregador de esforços e de vontades na organização e desenvolvimento da Ovibeja e da região. Marcelo Rebelo de Sousa descerrou a placa de atribuição do nome de Manuel Castro e Brito ao Parque de Feiras e Exposições de Beja. À cerimónia também se associam, entre outras personalidades, o Ministro da Agricultura, Capoulas Santos e o Comissário Europeu para a Investigação, Ciência e Inovação, Carlos Moedas. A atribuição do nome do Parque de Feiras e Exposições a Manuel de Castro e Brito foi deliberada pelo Município de Beja, resultante de proposta apresentada há cerca de dois anos pela ACOS – Agricultores do Sul, organizadora da Ovibeja. Manuel de Castro e Brito, falecido em Março de 2016, foi presidente da ACOS durante cerca de três décadas e motor e impulsionador da Ovibeja desde a sua primeira edição. Para a construção do Parque de Feiras e Exposições de Beja, inaugurado no ano 2000 pelo então Primeiro-Ministro, António Guterres, foi decisiva a determinação de Castro e Brito na sua persistente influência e conversações com os decisores políticos para a concretização desta 22 www.gazetarural.com obra. Melhores condições e mais espaço de crescimento e
Ovibeja 2018 homenageou Manuel Castro Brito
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Como património agrícola mundial
Tradições, produção artesanal e entreajuda sustentam classificação do Barroso
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aldeia de Vilarinho Seco, em Boticas, mantém a forma tradicional de “Queriam saber tudo o que tinha a ver trabalhar as terras, de tratar do gado e de entreajuda entre as pescom a agricultura. Procuravam a genuinisoas que estiveram na base da classificação do Barroso como património dade dos nossos costumes e dos nossos agrícola mundial. produtos”, frisou. Esta é uma das muitas aldeias que se espalham pela região do BarA distinção pela FAO é, na sua opinião, roso, nos concelhos de Boticas e Montalegre, e que sustentam a genui“uma mais-valia” porque vai ajudar a divulnidade do território que hoje recebeu em Roma, Itália, o certificado do gar o território e atrair mais visitantes. reconhecimento público pela Organização das Nações Unidas para a O Barroso é o primeiro território português Alimentação e a Agricultura (FAO). a integrar o Sistema Importante do PatrimóNo alto da serra, os campos estão nesta altura pintados do verde da nio Agrícola Mundial (GIAHS) e um dos primeierva que contrasta com o cinzento do granito em que se erguem os ros a ser aprovado na Europa. muros que separam as propriedades. Os animais pastam e os habitanO GIAHS é um processo promovido pela FAO tes começam a preparar os terrenos para as sementeiras da época que visa identificar e certificar, em todo o muncomo o centeio, o milho e as batatas. do, os sistemas de agricultura tradicional que, As casas de Vilarinho Seco são de granito e as cerca de 80 pessoas pelas suas características notáveis do ponto que ali vivem dedicam-se quase exclusivamente à agricultura. O tode vista da diversidade, saber tradicional, bioque de modernidade vê-se nos tractores e nos equipamentos que diversidade, paisagem, modelo socioeconómiajudam nos trabalhos que aqui sempre houve e que retiveram as co e resiliência face às alterações humanas, pessoas na aldeia. climáticas e ambientais, possam contribuir para Para Pedro Pereira, 68 anos, a agricultura é uma forma de vida. melhorar a gestão dos agro-sistemas modernos. Leva as vacas barrosãs para o lameiro, mostra a cozinha regional O processo de candidatura, patrocinado pelo onde cura os presuntos e as chouriças e afirma com orgulho que Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolestá é uma aldeia onde está tudo “ao antigo”. vimento Rural, foi desenvolvido em parceria pela “Aqui nunca se pagou uma jeira, ajudamo-nos uns aos outros. Associação de Desenvolvimento da Região do Alto Só que agora somos menos. Já somos poucos para a lavoura e a Tâmega (ADRAT), as câmaras de Boticas e Monlavoura precisa de muita mão-de-obra”, frisou. talegre, as Universidades do Minho e de Trás-osA ajuda dos vizinhos chega quando é preciso, por exemplo, tirar -Montes e Alto Douro, organizações e associações o estrume das cortes dos animais, na sementeira das batatas ou de produtores agrícolas, profissionais do sector e na ceifa dos cereais. cidadãos da região. Albina Gomes, de 81 anos, regressa a casa depois de mondar “uma mão cheia de messe”, que explica ser centeio verde para dar aos animais. “O meu emprego sempre foi este, nunca tive outro e é o que vou fazer enquanto puder”, salientou. Fernanda Claro, agricultora de 41 anos, acredita que a distinção pela FAO vá fazer “toda a diferença” para este território cada vez mais despovoado. “O espírito de entreajuda é o pilar dos trabalhos agrícolas”, frisou. O forno comunitário da aldeia coze uma vez por mês, ainda existem moinhos e os espigueiros são efectivamente usados para secar o milho que depois é guardado no telhão (armazém de pedra). A partir de 24 de Junho começa a ser feita a “torna água”, ou seja a divisão da água pelos lameiros de acordo com uma ordem previamente estabelecida pelos proprietários. E foi este modo de vida e de trabalhar, transmitidos de geração para geração, que levou agora à classificação pela FAO. Pedro Medeiros, técnico da Câmara de Boticas, acompanhou a comitiva da FAO nas duas visitas realizadas ao território e salientou que as informações recolhidas estavam precisamente relacionadas com as tradições que se mantêm, o comunitarismo, os meios de produção, os regadios e os produtos como o mel ou a carne.
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Para “valorizar estes produtos agro-pecuários de excelência”.
Cooperativas do norte criam “marca chapéu” para carne de raças autóctones
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m conjunto de cooperativas agropecuárias dos territórios de montanha da região Norte uniram-se para constituir uma “marca chapéu” tendo em vista a comercialização de carne no mercado interno e externo. “Somos um conjunto de entidades ligadas ao sector pecuário que estamos a levar este projecto para a frente com o intuito de ganhar escala, para que as nossas pretensões sejam ouvidas por diversas entidades oficiais ligada ao sector da pecuária”, explicou a secretária técnica da Associação de Produtores de Ovinos de Raça Churra Mirandesa, Andrea Cortinhas. Segundo a técnica, foi criada uma cooperativa para a comercialização de carnes de “qualidade superior” com a certificação de Dominação de Origem Protegida (DOP) e de Indicação Geográfica Protegida (IGP) para se tentar “valorizar estes produtos agro-pecuários de excelência”. “O principal objectivo é incrementar a competitividade regional e a dinâmica empresarial através de uma estratégia conjunta, agregadora de sinergias, entre a produção, transformação e comercialização visando a valorização e promoção de produtos de excelência da fileira agroalimentar”, vincou Andrea Cortinhas. Para já, as entidades parceiras deste “novo” projecto são a Associação de Produtores de Ovinos de Raça Churra Mirandesa, a Associação de Produtores de Ovinos de Churra Galega Bragançana e Churra da Terra Quente, às quais se juntam associações de produtores de caprinos, tais como a Bravia, Preta de Montesinho e Serrana. O sector dos bovinos está representado através da Associações de produtores de Animais de Raça Arouquesa, Minhota e Barrosã. Já do lado dos suínos, o sector estará representado pela associação que agrega os criadores do porco Bísaro. “Pretendemos entre as entidades parceiras envolvidas criar dimensão e dar força e voz em defesa dos interesses das raças autóctones, defendendo sempre os interesses dos produNeste projecto participam, ainda, entidades como a tores com o intuito de valorizar os produtos de qualidade que Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), Uniproduzimos. Para tal vamos criar uma marca chapéu promoversidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Instituto Pocional que agregue valores essenciais, tais como a qualidalitécnico de Bragança e Universidade Católicas do Porto. de, natureza e ambiente, factores cada vez mais valorizados “Estas entidades têm um papel importante na investipelo consumidor”, especificou a responsável. gação, promoção e divulgação destas raças autóctones, Nesta fase inicial, o grosso da produção sairá de Trás-osjunto dos mercados interno e externo”, enfatizou. Às Co-Montes, prevendo-se que a breve prazo entrem no circuito munidades Intermunicipais da região Norte é atribuído um as carnes produzidas no Minho, para depois se alegar as papel de relevo no apoio a este novo projecto. outras regiões. www.gazetarural.com
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Em conjunto com o “Scientific Veterinary Institute de Novi Sad”, da Sérvia
Politécnico de Viseu é um ‘novo aliado’ do queijo Serra da Estrela
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Escola Superior Agrária de Viseu, do Instituto Politécnico de Viseu, e o “Scientific Veterinary Institute de Novi Sad”, na Sérvia, estão a trabalhar em conjunto para supervisionar a propagação de um vírus no gado ovino. O projecto é financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia e reúne especialistas da área da virologia veterinária, que irão monitorizar a circulação deste vírus em ovelhas de Portugal e da Sérvia. Os dois países encontram-se equidistantes do ponto onde o vírus foi originalmente identificado, na Europa Central e demarcam a sua propagação do ponto de vista geográfico, especialmente na direcção dos países a sul. Esta infecção viral, que afecta exclusivamente os ruminantes, não sendo transmissível ao homem nem a animais não ruminantes, tem comprometido a produção de leite e produz malformações nos animais recém-nascidos. Através da combinação das suas condições técnicas e de conhecimento, as duas instituições vão acompanhar os valores de incidência do vírus ao longo do tempo. O vírus está presente na região centro de Portugal, em ovelhas Serra da Estrela, como atestam os resultados preliminares, obtidos através da identificação de anticorpos, e poderá provocar um impacto negativo na economia da região, sobretudo no que diz respeito à produção do queijo Serra da Estrela. A partilha do conhecimento entre as duas escolas, e a comparação dos valores registados com os dados encontrados nos locais onde o vírus foi inicialmente detectado, será fundamental para prever novos picos da doença. Deste modo, vai ser feito um estudo longitudinal, que visa analisar amostras colhidas desde 2015. As duas instituições vão analisar 168 animais, de 42 explorações diferentes e 78 amostras de lotes de leite produzido a partir de ovelhas raça Serra da Estrela. Apesar do processo não estar totalmente compreendido, de acordo com os especialistas para um vírus conseguir replicar o seu material genético e produzir muitas cópias de si mesmo, ele precisa de um conjunto de processos que só existem numa célula hospedeira – uma célula que ele tem de infectar. Este processo pode prejudicar a célula invadida e, muitas vezes, destruí-la. Actualmente regista-se uma diminuição da prevalência da infecção nas ovelhas Serra da Estrela, tal como se verificou anteriormente nos países da Europa Central. Esta correlação, devidamente validada, poderá ajudar a prever os períodos de maior incidência, bem como a implementar estratégias de suavização do aparecimento da doença, optimizando a produção de leite e, em consequência, a produção do queijo de ovelha. O projecto tem a duração de dois anos e todos os resultados serão do conhecimento público, através de publicações da especialidade, bem como por parte do Gabinete de Comunicação do Instituto Politécnico de Viseu.
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No âmbito do programa Revive
Coudelaria de Alter vai ter um hotel dotado de “50 a 80 quartos”
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Governo pretende lançar a concurso, até ao final do ano, mais oito imóveis no âmbito do programa Revive, anunciou o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, que considerou este projecto “complexo” devido à sua envolvência. Neste quadro na Coudelaria de Alter poderá vir a ser instalado um hotel, dotado de “50 a 80 quartos”. O programa Revive, lançado em 2016 pelos ministérios das Finanças, Cultura e Economia, prevê concessionar a investidores privados 30 imóveis do Estado, com o compromisso de que sejam reabilitados, estando nesta altura três em fase de concurso e outros tantos já concessionados. “Neste momento, temos dezenas destes edifícios com os processos de levantamento muito avançados, temos seis já em concurso ou com concurso concluído e até já em construção e estamos a querer lançar até ao fim do ano outros oito a concurso, depois de um trabalho de coordenação entre vários ministérios”, disse. Manuel Caldeira Cabral, que considera todo o processo que envolve o programa Revive “complexo”, falava no final da cerimónia de lançamento do concurso de concessão da Coudelaria de Alter, em Alter do Chão, no distrito de Portalegre, que vai ver uma das partes do seu património edificado transformado num hotel. “Estes processos (até à concessão dos imóveis) são longos, mas têm que ter passos firmes. No caso de Alter estávamos a falar de um processo que há mais de 30 anos que se falava de fazer aqui uma unidade hoteleira e que agora se concretiza com a abertura deste concurso”, disse. De acordo com o titular da pasta da Economia, poderá surgir na Coudelaria de Alter um investimento de “cinco a dez milhões de euros”, sendo o hotel dotado de “50 a 80 quartos”. Manuel Caldeira Cabral revelou que “já há várias manifestações de interesse” por parte de privados para a concessão do futuro hotel, devendo-se conhecer o vencedor do concurso no decorrer do mês de Julho. O ministro da Economia acredita que este projecto para a coudelaria “vai poder ser um pólo de atracção”, não apenas daquela A coudelaria, que emprega cerca de 30 pessoas, região, mas de “todo o país”, sublinhando ainda que “vai poder passou a ser gerida, em Março de 2007, pela Funser um factor de desenvolvimento regional”. dação Alter Real (FAR), após a extinção do Serviço “E quando abrir aqui o hotel vai ser um factor de criação de Nacional Coudélico, no âmbito do Programa de Reesemprego, de trazer mais turistas para esta região, numa região truturação da Administração Central do Estado. que é o Alentejo, que é já uma das que está a crescer mais em Após a extinção da FAR, em Agosto de 2013, a Comtermos de turismo em todo o país”, acrescentou. panhia das Lezírias assumiu a gestão do coudelaria, Presente também nesta cerimónia em Alter do Chão estecabendo a gestão do Laboratório de Genética Molecuve o ministro da Agricultura, Capoulas Santos, que considerou lar à Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária. que este tipo de iniciativa contribui também para o desenvolA Coudelaria de Alter do Chão, fundada em 1748 por vimento do mundo rural. “Desenvolver o mundo rural é criar D. João V, desenvolve actualmente trabalhos de selecempregos, é criar condições de fixação das populações e feção e melhoramento de cavalos Lusitanos e possui uma lizmente que neste momento o país vive um ‘boom’ turístico unidade clínica dotada com todos os meios para o acomque nos permite ser muito optimistas”, disse. panhamento e tratamento médico dos animais, acolhenO ministro do Planeamento e das Infra-estruturas, Pedro do, nas suas instalações, entre outras valências, o LaboMarques, também marcou presença na cerimónia e, no seu ratório de Genética Molecular. discurso, considerou este momento “marcante” para o país. “Este é um projecto que não é um projecto de Alter, nem sequer é um projecto só do distrito de Portalegre. Este projecto é estratégico para o turismo e cultura portuguesa, é preciso ter isso bem presente”, considerou. www.gazetarural.com
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Adiantou o presidente da Cerfundão
Campanha da cereja no Fundão está atrasada duas a três semanas
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campanha da cereja no Fundão vai começar este ano com duas a três semanas de atraso devido às condições climatéricas atípicas de Março, adiantou o presidente da Cerfundão, organização de produtores da Cova da Beira. “Há efectivamente um atraso de duas a três semanas e mesmo a sul da Gardunha, onde as cerejas amadurecem mais cedo, ainda temos pomares em flor, ou seja, o processo de vingamento ainda nem se iniciou”, explicou José Pinto Castello Branco. Tal como lembrou, em 2017, por esta altura, já se colhiam as primeiras cerejas, mas este ano a entrada tardia da primavera e a chuva constante que se verificou ao longo do mês de Março e início do Abril acabaram por atrasar o amadurecimento do fruto. “Os ciclos de produção estão efectivamente muito atrasados e continuamos a depender das condições climatéricas para que tudo corra dentro da normalidade, mas se não tivermos mais percalços as primeiras colheitas devem começar entre o dia 15 e o dia 20 de Maio”, especificou José Pinto Castello Branco, lembrando que em 2017, por esta altura, já havia cerejas colhidas. Questionado sobre os reflexos que as alterações do tempo podem ter na produção, para além do atraso verificado, José Pinto Castello Branco, que também é produtor de cereja, explica que ainda é cedo para fazer prognósticos, visto que só após o vingamento é que se percebe melhor o ponto da situação em termos de quantidade e qualidade. “Os vingamentos mais precoces têm estado a correr bem, mas não se sabe como é a partir daqui. Além disso, se as pessoas se ressentem com estas mudanças bruscas, também é natural que as árvores possam sentir estas viragens súbitas”, apontou. Este responsável mantém, todavia, a expectativa de que tal não aconteça e que, quando chegar a hora, as cerejas do Fundão cheguem com a qualidade que as distinguem. Quanto ao início da campanha da cereja na Cerfundão, José Pinto Castello Branco frisa que “está tudo a postos” e que a estrutura estará preparada para dar resposta às necessidades, no dia em que os produtores começarem a colher. O Fundão, no distrito de Castelo Branco, tem actualmente entre 2.000 a 2.500 hectares de pomares de cerejeiras, área que tem vindo a crescer todos os anos e que leva que este concelho seja considerado uma das maiores zonas de produção de cereja a nível nacional. De acordo com um levantamento feito pela autarquia, a fileira da produção de cereja neste concelho, que inclui subprodutos e negócios associados, já representa mais de 20 milhões de euros por ano na economia local. Adiantou o presidente da Cerfundão
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insectos nocivos, infestantes, fungos e outros parasitas. “Além disso, 68% referem que, sem o uso de produtos fitofarmacêuticos, mais de metade das culturas mundiais podem ser perdidas a cada ano, devido a pragas e a doenças das culturas”, referiu Isabel Moreira. A juntar ao facto de 65% dos inquiridos transmitir a preferência por alimentos biológicos, 66% diz que consumir produtos biológicos regularmente reduz o risco de cancro. “Pedimos aos participantes para indicarem que factores poderiam ter impacto no aumento dos custos dos alimentos no mundo e 86% indicou a falta de produção devido às alterações climáticas”, disse a investigadora da Católica-Lisbon, School of Business & Economics, seguindo-se a falta de terra adequada à agricultura, com 60%. A quase totalidade dos inquiridos (98%) refere que o preço dos alimentos deve ser acessível para garantir que as famílias têm alimentos saudáveis e frescos, realçou ainda Revela um estudo realizado Isabel Moreira. pelo Centro de Estudos Aplicados da Católica O trabalho realiza uma comparação dos resultados obtidos em Portugal com dados de um estudo envolvendo vários países, como Espanha, Reino Unido, Alemanha e Polónia, efectuado em 2016. “Há algumas diferenças, sobretudo em relação às respostas ‘não sabe’, os portugueses seleccionam menos essa opção” e em relação à questão de os produtos fitofarmacêuticos serem uase dois terços dos portugueses preferem consumir soconcebidos para proteger as plantas, “na amostra mente alimentos biológicos, mas apenas um quinto diz saber portuguesa temos 85% dos participantes que conque a agricultura biológica também utiliza produtos fitofarmacêucordam, enquanto que, no estudo internacional, ticos ou pesticidas, concluiu um estudo recentemente divulgado. 17% concorda totalmente e 52% tendem a conOs resultados do estudo mostram que “65% dos participantes cordar, ou seja, é uma percentagem ligeiramente num inquérito preferem comer apenas alimentos biológicos”, inferior” (69%), apontou. mas “só aproximadamente 19% que acreditam que a agricultura O estudo abrangeu 961 participantes represenbiológica utiliza os produtos fitofarmacêuticos, conhecidos por tativos da população portuguesa, através do Painel pesticidas”, referiu uma investigadora que participou no trabade Estudos Online da Católica Lisbon School of Busilho, Isabel Moreira. ness & Economics, que responderam a um questioO estudo foi realizado pelo Centro de Estudos Aplicados da nário ‘online’ em Março de 2018, através do Painel de Católica-Lisbon, School of Business & Economics em parceria Estudos Online da Católica Lisbon School of Business com a Associação Nacional para a Indústria da Protecção das & Economics. Plantas (ANIPLA) com o objectivo de saber mais sobre o conheNa definição de produção biológica disponível no cimento da população portuguesa relativamente à realidade site da Direcção Geral da Agricultura e Desenvolvida produção de alimentos. mento Rural, a produção biológica é entendida como Foram focadas áreas como a relação entre os produtos fitoum sistema de gestão das explorações agrícolas e de farmacêuticos e a produtividade agrícola, o impacto económiprodução de géneros alimentícios que combina as meco e a acessibilidade aos bens alimentares e a percepção face lhores práticas ambientais, um elevado nível de biodià produção e aos alimentos de agricultura biológica. versidade, a preservação dos recursos naturais, a apliDo total de 961 inquiridos, 61% respondeu que concorda cação de normas exigentes em matéria de bem-estar totalmente ou tende a concordar que, para manter os alidos animais e a utilização de substâncias e processos mentos acessíveis, os agricultores devem ser capazes de naturais. combater as infestantes, pragas e doenças com produtos A Associação Portuguesa de Agricultura Biológica fitofarmacêuticos. (Agrobio) refere que, em agricultura biológica, não se reUma das grandes conclusões do estudo, segundo destaca corre à aplicação de pesticidas nem adubos químicos de a investigadora Isabel Moreira, é que “85% dos inquiridos síntese, nem ao uso de organismos geneticamente modifiacreditam que os produtos fitofarmacêuticos, vulgarmente cados, sendo uma actividade que visa obter produtos sauconhecidos como pesticidas, são concebidos com o objecdáveis, com práticas sustentáveis e de impacto positivo no tivo proteger as plantas de influências prejudiciais”, como ecossistema agrícola.
Portugueses querem produtos biológicos mas ignoram uso de pesticidas
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Opinião
O que podemos fazer para ajudar a floresta?
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lack skies” (Céus negros) foi a responder aos grandes incêndios é um outro factor crítico que foi sinalizado denominação atribuída pelos ine que já havia aqui sido apontado no rescaldo do grande incêndio de Tavira vestigadores Mark Beighley e Albert C. em 2012. Hyde ao novo cenário apresentado no O estudo também conclui da necessidade de uma política mais asserestudo que realizaram sobre os incêndios tiva no que respeita à intervenção no território, nomeadamente na gesflorestais em Portugal. tão da vegetação e na redução das ignições. Nesse quadro, a revisitação Este novo cenário agrava as projecções do modelo das Zonas de Intervenção Florestal e o reforço das acções de que estes investigadores norte-americasensibilização e de fiscalização da aplicação da Lei são apontadas como nos haviam apresentado em 2009 e que timedidas que requerem maior atenção da parte dos decisores políticos, veram expressão na tragédia vivida no ano sendo ainda proposta, nesse domínio, a criação de uma linha telefónica passado, que se saldou em mais de cem dedicada para a denuncia de situações anómalas. vítimas mortais e mais de 500 mil hectares O elevado número de ignições que todos os anos são contabilizadas de área ardida. no nosso país, um verdadeiro absurdo quando comparado com outras Este novo cenário resulta da constatação realidades do sul da Europa, conjugado com a dificuldade da resposta do de que Portugal entrou numa “nova era de sistema, sobretudo em períodos mais prolongados de ocorrência simulfogo” e pinta de negro a possibilidade do tânea de grandes incêndios, explicam o pessimismo quanto ao futuro. País poder experimentar, no futuro, um ano Tendo tido a grata oportunidade de conhecer o especialista Mark verdadeiramente catastrófico em matéria de Beighley em 2004, aquando da sua primeira visita ao nosso país, por incêndios florestais, projectando uma área arocasião da realização da avaliação do sistema de prevenção e combadida na ordem de 750 mil hectares, algo que te aos incêndios florestais no rescaldo dos grandes incêndios de 2003 nunca ocorreu no nosso País. e do subsequente acompanhamento dos vários estudos (1) que, enA fundamentação para esta cenarização entretanto, tem realizado, é fácil concluir que o relatório que nos aprecontra-se nos impactos das alterações climásentou deve merecer uma leitura atenta e pode constituir a base ticas e na conjugação de um conjunto de cirde partida para a edificação do novo “Plano Nacional de Defesa da cunstâncias bastante adversas, nomeadamente Floresta Contra os Incêndios Rurais”. meteorológicas, que possam ocorrer em simulÉ preciso mudar o paradigma, com assertividade e com uma visão tâneo em todo o País. realista do futuro. É preciso adoptar um planeamento estratégico Conforme concluiu Mark Beighley, aquando da que consagre a proclamada integração dos vários departamentos apresentação pública do estudo, para mitigar o do Governo que contribuem para a solução, conforme é inscrito na problema dos incêndios rurais no nosso país é nemissão da nova Agência para a Gestão Integrada para os Incêndios cessário adoptar um conjunto de soluções estraRurais. tégicas nos próximos anos, na perspectiva de uma Este relatório aponta, de uma forma bastante objectiva e pragintervenção mais equilibrada e persistente entre mática, os caminhos a seguir. Acredito que, com a determinação e os eixos da prevenção e do combate na próxima coragem política que o Primeiro-Ministro António Costa tem colodécada. cado neste assunto, este estudo não ficará esquecido na gaveta, O diagnóstico traçado e que serviu de sustentaao contrário do que sucedeu com o relatório de 2009. ção ao exercício de cenarização não foge daquilo Portanto, conclui-se que a resposta à questão que dá título a que tem sido concluído nos últimos anos, evideneste texto está nas mãos dos Portugueses! O cenário é negro e é ciando fragilidades estruturais há muito identificapreciso um grande envolvimento da Sociedade Civil para consedas, mas que tardam em ter uma solução estrutuguir inverter o rumo. O futuro dirá se o País despertou, de facto, rada e duradoura no quadro das políticas públicas. para a complexidade do problema dos incêndios florestais e O agravamento dos problemas do despovoamento se foi agarrada a oportunidade para traçar um novo caminho. do interior e do envelhecimento da população são desafios que exigem uma nova abordagem estrutural das Miguel Galante políticas públicas e, sobretudo, uma consistência e perEng.º Florestal sistência no tempo que não tem acontecido no passado e que deve estar no centro da preparação da programa(1) Os vários estudos realizados pelo perito norte-americação dos fundos comunitários no horizonte de 2030. no Mark Beighley sobre os incêndios florestais em Portugal Decorrente desses problemas estruturais, são exiestão acessíveis no site do Instituto Superior de Agronomia, gidas medidas operacionais que promovam uma nova em: https://www.isa.ulisboa.pt/vida-no-isa/destaques/evenvisão para o sistema de Protecção Civil, uma tese que é tos-internos/20180420-apresentacao-do-estudo-portugalvincada no segundo relatório da Comissão Técnica Inde-wildfire-management-in-a-new-era-assessing-fire-riskspendente que analisou os grandes incêndios florestais de -resources-and-reforms Outubro. A constatação da incapacidade do sistema em www.gazetarural.com
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Portaria em causa produz efeitos desde o dia 01 de Janeiro e já entrou em vigor
Governo alargou seguro de colheitas a novas produções
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Governo procedeu à alteração do regulamento do seguro de colheitas e da compensação de sinistralidade, alargando-o a novas produções, de acordo com uma portaria já publicada em Diário da República. “O interesse crescente manifestado pelo sector agrícola na produção de romã, colza e soja, culturas até à data não abrangidas pelo seguro de colheitas, justifica a sua inclusão no seguro de colheita horizontal, passando aquelas culturas a beneficiar do sistema de seguros agrícolas”, lê-se no diploma. Conforme indica o documento assinado pelo ministro das Finanças, Mário Centeno, e pelo ministro da Agricultura, Capoulas Santos, o aumento da instalação de pomares intensivos de amendoeiras, “com a introdução de novas variedades”, justifica a antecipação do início da cobertura do seguro para o terceiro ano de plantação. No caso das amendoeiras, a área mínima deve ser de 0,5 hectares (ha), não sendo permitido “o seguro de plantas isoladas, bem como o de pomares com uma densidade inferior a 100 árvores por ha”. Para além disto, o seguro passa a abranger leguminosas para grão (feijão, fava, grão-de-bico, ervilha, soja, tremoço, tremocilha e similares), oleaginosas arvenses (cártamo, girassol e colza) e frutos de casca rija. “Nas culturas de tabaco, batata, lúpulo, cebola, cenoura, feijão-verde, melão, meloa, melancia, alho, beterraba hortícola, abóbora, alface, pimento, tomate, alho-francês, aipo, batata-doce, beringela, chicória de folhas, courgette, couve-brócolo, couve-chinesa, couve-flor, espargo, espinafre, agrião, ervilha, fava, pepino, quiabo, morango, leguminosas para grão, figo, linho algodão, diospireiro, nespereira e romãzeira, os riscos de geada e de queda de neve são cobertos a partir das datas e nas regiões constantes da tabela a publicar no portal do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP)”, acrescentou. O seguro de colheitas aplica-se a todo o continente e as culturas e respectivas limitações decorrem da “densidade, área de cultivo e da idade da plantação”. A portaria em causa produz efeitos desde o dia 01 de Janeiro e já entrou em vigor.
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Através do Programa de Desenvolvimento Rural
Governo anuncia apoios de cinco milhões de euros para suinicultura
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Governo português vai apoiar o sector da suinicultura com cinco milhões de euros, através do Programa de Desenvolvimento Rural - PDR 2020, com vista à redução dos impactos ambientais das explorações suinícolas. “O Ministério da Agricultura vai apoiar o sector da suinicultura com 5 milhões de euros, através do Programa de Desenvolvimento Rural - PDR 2020. A medida destina-se a apoiar o investimento nas explorações de suinicultura, tendo em vista a redução dos impactos ambientais de cada exploração”, refere o ministério. As candidaturas estarão abertas desde o passado dia 26 de Abril. Os apoios, esclarece a tutela, “serão direccionados essencialmente para projectos que se destinem a preservar e a melhorar o ambiente, através da melhoria das instalações dedicadas à gestão dos efluentes pecuários nas explorações de suínos e do aumento ou melhoria das condições ambientais de armazenagem dos efluentes na exploração, de forma a promover a protecção das águas e eventual valorização dos efluentes pecuários”. “São também objectivos desta medida a redução dos odores, a redução do consumo de água e a melhoria da eficiência energética da exploração, com redução dos consumos energéticos, recorrendo preferencialmente à produção de energias renováveis para consumo na exploração”, lê-se no comunicado. Outro dos objectivos “é a redução dos riscos sanitários e dos custos correspondentes à eliminação de cadáveres de animais mortos nas explorações de suínos, aplicando novos métodos recentemente aprovados pela União Europeia”. De acordo com o Ministério da Agricultura, os apoios em causa “permitirão alavancar um investimento global na ordem dos 12 a 14 milhões de euros”. O primeiro período de candidaturas está aberto até 26 de Junho, e o segundo decorre de 27 de Junho a 26 de Setembro.
Flashes da Feira Quinhentista em Sever do Vouga
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ever do Vouga celebrou a atribuição do Foral, a 29 de Abril de 1514, com mais uma edição da Feira Quinhentista. As ruas da Vila receberam o cortejo e, no Jardim do Lago, artífices e regatões animaram a festa. No local houve expositores de produtos locais, artesanato e outros. As tabernas, dinamizadas pelas colectividades locais, serviram iguarias da época.
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No âmbito do programa Valorizar
Região Centro tem 4,2 M€ para desenvolver Portuguese Trails
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Linha de Apoio à Valorização Turística do Interior do Programa Valorizar, criada pelo actual Governo, vai apoiar, no âmbito do ‘Portuguese Trails’, quatro projectos dedicados ao desenvolvimento de percursos pedestres e cicláveis na Região Centro, com um incentivo total de 4,2 milhões de euros. Os contratos foram assinados na presença do Ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, e da Secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, durante uma cerimónia em Santa Comba Dão. Os projectos incluem a requalificação da antiga Linha Ferroviária do Vale do Vouga, transformando-a numa Ecopista com uma extensão global de 58,6 quilómetros, que atravessa Oliveira de Frades, Vouzela, S. Pedro do Sul e Viseu; a criação da Ciclovia do Mondego, com uma extensão de 39,9 quilómetros, que pretende efectuar a ligação da Ecopista do Dão à Ciclovia EuroVelo1, no concelho da Figueira da Foz, permitindo a criação, no futuro, de um traçado em circuito fechado que liga Figueira da Foz, Viseu e Aveiro; a criação da Ecovia EuroVelo1 - Rota da Costa Atlântica, com uma extensão de 79 quilómetros, que integra o Programa EuroVelo - European Cycle Route Network, rede de 15 rotas europeias de longa distância. Este projecto diz respeito a duas secções da EuroVelo1, a qual em Portugal tem uma extensão ciclável de 920 quilómetros em zona litoral. O âmbito destes contratos inclui também o apoio à inGAMBA, um projecto que pretende reforçar a oferta de Cycling Holidays – Trips em Portugal, direccionada para um segmento de luxo, e simultaneamente, centrar no país toda a operação internacional da empresa, apostando no reforço dos meios para desenvolver e gerir os pacotes cycling nacionais e criando condições para internacionalizar a operação através de Portugal. O projecto integra 4 trilhos: Trilho Vila Pouca de Aguiar-Terreiro (Vila Pouca de Aguiar, Norte), Trilho Tortosendo-Armamar (Covilhã, Centro), Trilho Sertã-Cercal (Santiago do Cacém, Alentejo) e Trilho Cercal - Monchique - Aljustrel (Monchique, Algarve). O projecto Portuguese Trails pretende captar novos
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segmentos de procura que registam um potencial de crescimento sustentável e fomentar o aumento de dormidas e receitas em todas as regiões, actuando para isso ao nível da valorização do território, estruturação de produto, promoção e comercialização. O projecto está a ser desenvolvido pelo Turismo de Portugal, em parceria com as sete regiões turísticas do país e com as comunidades intermunicipais, associações e empresas turísticas, numa. actuação concertada entre entidades públicas e privadas. Neste momento, os Portuguese Trails já incluem 12 mil quilómetros de percursos, disponíveis em PortugueseTrails.com.
Adiantou o secretário regional da Agricultura e Florestas
Açores vão ter até ao Verão plano de acção para a apicultura
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s Açores vão ter, até ao Verão, um plano de acção para a apicultura, um documento que irá definir um conjunto de medidas que potenciem o desenvolvimento a médio e longo prazo deste sector agrícola. “Era importante ter um documento orientador e que defina um conjunto de medidas com vista ao desenvolvimento do sector no médio e longo prazo”, disse o secretário regional da Agricultura e Florestas, João Ponte, à margem da visita a uma exploração apícola no concelho de Ponta Delgada, São Miguel. Citado numa nota do Governo açoriano enviada às redacções, o titular pela pasta da Agricultura explicou que este plano apícola vai identificar um conjunto de aspectos a melhorar, contribuindo para uma maior valorização do mel que se produz nos Açores, para o aumento da produção e para a conquista de mais consumidores. De acordo com o executivo, existem na região cerca de quatro centenas de apicultores, 742 apiários e quase 6.000 colmeias. O plano está a ser elaborado por técnicos da Secretaria Regional da Agricultura e Florestas e parceiros do sector e, segundo João Ponte, deverá “incidir sobre quatro grandes objectivos, nomeadamente a sanidade, o acompanhamento técnico, o fortalecimento do associativismo e a comercialização, com vista a tornar o sector mais atractivo e rentável”. João Ponte destacou o papel “muito importante” da apicultura para o sector agrícola, “pelo contributo das abelhas enquanto polinizadoras naturais, o que contribui para aumentar a rentabilidade das explorações, mas também na polinização de outras plantas, preservando-as e, consequentemente, dando um contributo para o equilíbrio do ecossistema e a manutenção da biodiversidade”. O secretário regional referiu que se tem registado nos últimos anos um crescimento muito acentuado do número de apicultores e apiários no arquipélago, bem como uma evolução da qualidade do mel produzido.
Com Richie Campbell, Anselmo Ralph e Diogo Piçarra no programa
Feira de S. Mateus confirma o estatuto de “grande palco de Verão da lusofonia”
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s músicos Richie Campbell, Anselmo Ralph e Diogo Piçarra vão estar este verão no palco da 626.ª Feira de S. Mateus, em Viseu. “A Feira de São Mateus confirma o seu estatuto de grande palco de verão da lusofonia, com sonoridades e ritmos para todos os públicos”, afirmou o vereador da Cultura da Câmara de Viseu e gestor da Feira de São Mateus. Richie Campbell (17 de agosto), Anselmo Ralph (24 de agosto) e Diogo Piçarra (08 de setembro) juntam-se a outros nomes já anunciados, como Mickael Carreira (15 de agosto), Ana Moura (18 de agosto), Maria Rita (25 de agosto), Rui Veloso (1 de setembro) e Xutos & Pontapés (15 de setembro). “Estamos a preparar uma grande edição e este cartaz estrelado reforça os pretextos para feirar e visitar Viseu em 2018”, sublinhou Jorge Sobrado. O presidente da Viseu Marca, João Cotta, realçou o “forte investimento na qualidade musical do certame”. “A Feira de São Mateus é um dos eventos de maior tradição da portugalidade, como ficou evidente na recente conquista do prémio ‘Portugal Cinco Estrelas’. Não vamos deixar esse crédito em mãos alheias”, garantiu. A 626.ª Feira de S. Mateus, que é uma iniciativa do município de Viseu, com organização executiva da Viseu Marca, promete 39 dias de animação, entre 9 de Agosto e 16 de Setembro.
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Relativamente ao ano de 2017
Crédito Agrícola do Vale do Dão e Alto Vouga teve resultados líquidos de 743 mil euros
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Caixa de Crédito Agrícola do Vale do assentou uma parte significativa da margem complementar e que foi Dão e Alto Vouga, com sede em Mangeradora de contrapartidas financeiras interessantes”, destacou aquele gualde e balcões nos concelhos de Penalva responsável. do Castelo, Sátão e Vila Nova de Paiva, apreVítor Gomes adiantou que “esta actividade de venda cruzada tem sentou, relativamente ao ano de 2017, resulvindo a afirmar-se cada vez mais como crucial para a CCAM do Vale do tados líquidos de 743 mil euros. Dão e Alto Vouga, tendo em vista a consolidação do negócio bancário e Em conferencia de imprensa, a instituição o incremento da quota de mercado”. Neste sentido, “os nossos rácios apresentou os dados do ano passado e as perprudenciais são confortáveis, sólidos e muito acima dos mínimos exiceptivas para o futuro. Segundo o presidente gidos pelas autoridades de supervisão”, destacou. do Conselho de Administração, o Crédito AgríSegundo a Crédito Agrícola do Vale do Dão e Alto Vouga, os Activos cola do Vale do Dão e Alto Vouga registou “ao Totais, em 31 Dezembro 2017, eram de 172,6 Milhões de euros, relongo do ano de 2017 uma evolução bastante presentando o activo líquido 167,4 M€, aumentou 11 M€ em relação positiva, considerando a envolvente macroecoao homólogo. No universo do Grupo CA, o Crédito Agrícola do Vale nómica, que se traduziu no reforço da sua sido Dão e Alto Vouga ocupa o trigésimo quinto lugar, num universo tuação financeira sólida, liquidez alargada, bons de 81 Caixas. Os Capitais Próprios de 20,5 Milhões de euros tiveram indicadores de risco e capacidade de gerar resulum crescimento líquido de dois milhões de euros relativamente ao tados, alicerçada na sua implementação de Banano anterior. O rácio de solvabilidade “Tier 1” situava-se no final do co local consolidado, afirmou Vítor Gomes. ano em 43,3%, com uma variação de 3,3% face ao ano homologo. O seu estatuto de banco cooperativo local, inseNo que concerne à actividade comercial de captação total de rerido num Grupo Nacional (Grupo Crédito Agrícola), cursos, no final do exercício económico de 2017, verificava-se um com uma composição de capital exclusivamente crescimento de 8,5M€. português, confere-lhe a autonomia suficiente e a No âmbito da sua actividade, ao longo do ano 2017, “desenvolparticularidade para ser cada vez mais um banco veram-se e apoiaram-se outras actividades, merecendo destade proximidade, vocacionado para o apoio e desenque particular o investimento em formação e desenvolvimento volvimento da sua região e dos mercados locais. de competências técnicas; encetamos várias iniciativas de apoio “Num contexto de quebra generalizada das mardirecto e indirecto aos nossos associados e clientes agricultores, gens na actividade do sector bancário em Portugal, através da elaboração de projectos agrícolas e candidaturas aos que tem sido induzida pelo esmagamento substandiversos tipos de ajudas ao rendimento; participámos em accial da margem financeira, foi e continuará a ser imções de representação junto da nossa comunidade de emigranportante, ter-se um programa de acção assente na te, mostrando assim, através da nossa presença (escritórios em comercialização de produtos e serviços geradores de Paris; Genebra e Luxemburgo), que damos valor aqueles que margem complementar que contribuam para colmaestão longe”, revelou Vítor Gomes. tar a fraca procura de crédito, como seguros, fundos Neste âmbito, foram promovidos encontros empresariais a de investimento, fundos de pensões para empresas, nível internacional, “a fim de incitar a parcerias entre os nosmeios electrónicos de pagamento, serviços transacsos clientes, de modo a fomentarem a exportação de producionais de cobranças e transferências, algo em que tos portugueses”.
Ficha técnica Ano XIII | N.º 315 307 | Periodicidade: Quinzenal Director: José Luís Araújo (CP n.º 7515) jla.viseu@gmail.com | 968044320 Editor: Classe Média C. S. Unipessoal, Lda Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu Redacção: Luís Pacheco | Opinião: Miguel Galante | Paulo Barracosa Departamento Comercial: Fernando Ferreira Redacção: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu | Telefone 232436400 E-mail Geral: gazetarural@gmail.com | Web: www.gazetarural.com ICS: Inscrição nº 124546
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Propriedade: Classe Média - Comunicação e Serviços, Unipessoal Limitada Administração: José Luís Araújo Sede: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu Capital Social: 5000 Euros | CRC Viseu Registo nº 5471 | NIF 507 021 339 Dep. Legal N.º 215914/04 Execução Gráfica: Novelgráfica | R. Cap. Salomão, 121 - Viseu | Tel. 232 411 299 Estatuto Editorial: http://gazetarural.com/estatutoeditorial/ Tiragem média Mensal: Versão Digital: 100.000 exemplares Versão Impressa: 1000 exemplares Nota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores.
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Produzido pela Sociedade dos Vinhos Borges
Meia Encosta apresenta nova imagem e nova referência
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vinho Meia Encosta, produzido pela Sociedade dos Vinhos Borges, apresenta uma nova “roupagem”, honrando os mais de 40 anos de história. Foi em 1970 que o Meia Encosta chegou ao mercado. Este vinho da região do Dão rapidamente conquistou os consumidores, quer a nível nacional quer internacional, estando hoje presente em cerca de 60 mercados dos 5 continentes. O rótulo do Meia Encosta apresenta-se aos consumidores mais clean, sofisticado, distinto e contemporâneo, com aplicação do logotipo Borges em relevo modular e destaque da marca em verniz braille. Além do rótulo, a garrafa surge mais elegante, a cápsula mais alta e com jogo mate/brilho, reforçando o prestígio do vinho. “Com o objectivo de acompanhar as tendências de mer-
cado, fizemos esta alteração de imagem, que acreditamos ser bastante mais apelativa, transmitindo o estilo moderno e intemporal do vinho Meia Encosta, sem perder a sua identidade”, referiu Ana Montenegro, Gestora de Comunicação e Relações Públicas dos Vinhos Borges. A marca surge ainda no mercado com uma nova referência, o Meia Encosta Rosé, que vem assim completar a gama.
Vidigueira Signature tinto de 2016 obteve a Medalha de Ouro.
Adega de Vidigueira recebeu 10 prémios no Wine Masters Challenge
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Adega Cooperativa de Vidigueira, Cuba e Alvito obteve uma Medalha de Ouro e nove de Prata na edição deste ano do Wine Masters Challenge. O Vidigueira Signature tinto de 2016 foi galardoada com uma Medalha de Ouro. As Medalhas de Prata foram atribuídas aos vinhos Vidigueira Grande Escolha branco de 2016, Vidigueira Perrum de 2016, Vidigueira Reserva branco de 2013, Vidigueira Antão Vaz de 2017, Contemporal Reserva tinto de 2016, Vidigueira Reserva tinto de 2015, Vidigueira Grande Escolha tinto de 2015, Vidigueira Syraz de 2015 e o Vidigueira Alicante Bouschet de 2015. O presidente da Adega Cooperativa de Vidigueira mostrou-se surpreendido com as distinções. “Nunca imaginámos que num único concurso pudéssemos obter 10 medalhas de topo”, desabafou à Rádio Pax. Neste concurso, também os enólogos foram distinguidos. Luís Morgado Leão, da Adega Cooperativa de Vidigueira, Cuba e Alvito, viu reconhecido o seu trabalho, com atribuição do quarto lugar na classificação dos enólogos.
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A 21 de Maio no Solar do Vinho do Dão
Dão Primores ‘apresenta’ Declaração da Colheita 2017
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Comissão Vitivinícola Regional (CVR) do Dão promove, a 21 de Maio, o ‘Dão Primores – Declaração da Colheita 2017, destinado a apresentar os vinhos da última vindima e que inclui a cerimónia de entrega de prémios do LVI Concurso “Os Melhores Vinhos do Dão no Produtor – Dão Primores da Colheita de 2017”. O evento tem início pelas 9,30 horas com a sessão de boas vindas, pelo presidente da CVR Dão, Arlindo Cunha, a que segue a conferência inaugural do Dão Primores – Colheita de 2017, que terá como oradora Dora Simões, Directora Geral da empresa Luís Duarte Vinhos, subordinada ao tema “Comercialização Internacional dos Vinhos”. A abertura oficial decorrerá pelas 10,15 horas, com a proclamação da Declaração de Vindima 2017 pelo Presidente da CVR Dão, seguida das intervenções de dois especialistas de renome da Região do Dão, o viticólogo Jorge Sofia, que apresentará o ano vitícola, enquanto o enólogo Paulo Nunes abordará o perfil geral dos vinhos da colheita de 2017. Pelas 10,45 horas terá lugar a cerimónia de entrega de prémios do 56º Concurso “Os Melhores Vinhos do Dão no Produtor – Dão Primores da Colheita de 2017”, a que seguirá uma mostra de vinhos com prova livre das amostras de vinhos da colheita de 2017.
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