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THE FUTURE
’S = O futuro
IS EVERYONE
é de todos. 09/02/2018
suplemento dedicado à feira do vinho do dão, em nelas
FICHA TÉCNICA
Sumário 04 06 53 54 55 56 56
Carlos no Carmo é o nome maior na Festa da Maçã em Moimenta da Beira
Cento e setenta expositores participam na FICTON 2018
Oliveira do Hospital pede travão na regeneração natural do eucalipto Penalva do Castelo esteve em festa com inúmeras actividades
Arouca prepara Feira das Colheitas Feira da Dieta Mediterrânica anima Tavira Feira de Artesanato e Gastronomia de Famalicão conta este ano com 100 artesãos
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Pesqueira mostra ‘Vindouro Wine & History’ renovada
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Ano XIII | N.º 323 | Periodicidade: Quinzenal Director: José Luís Araújo (CP n.º 7515) jla.viseu@gmail.com | 968044320 Editor: Classe Média C. S. Unipessoal, Lda Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu Redacção: Luís Pacheco | Opinião: Miguel Galante | Paulo Barracosa Departamento Comercial: Fernando Ferreira Redacção: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu | Telefone 232436400 E-mail Geral: gazetarural@gmail.com | Web: www. gazetarural.com ICS: Inscrição nº 124546 Propriedade: Classe Média - Comunicação e Serviços, Unipessoal Limitada Administração: José Luís Araújo Sede: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu Capital Social: 5000 Euros | CRC Viseu Registo nº 5471 | NIF 507 021 339 Dep. Legal N.º 215914/04 Execução Gráfica: Novelgráfica | R. Cap. Salomão, 121 Viseu | Tel. 232 411 299 Estatuto Editorial: http://gazetarural.com/estatutoeditorial/ Tiragem média Mensal: Versão Digital: 100.000 exemplares Versão Impressa: 1000 exemplares Nota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores.
XUTOS & PONTAPÉS
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• RUI VELOSO 01 SET • DIOGO PIÇARRA 08 SET • CALEMA 31 AGO • ORELHA NEGRA 05 SET
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Expodemo’18 vai decorrer de 14 a 16 de Setembro
Carlos do Carmo é o nome maior na Festa da Maçã em Moimenta da Beira
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oimenta da Beira promove a VII Expodemo - Mostra de Produtos, eventos que vão decorrer no recinto da feira. Actividades e Serviços da Região. Este evento decorre no ‘coraSão mais de oito mil metros quadrados que ção da maçã’ de 14 a 16 de Setembro e tem Carlos do Carmo como comportarão três palcos e 160 expositores. nome maior do cartaz de espectáculos. No espaço, recomenda-se vivamente os É o certame de maior dimensão e o evento mais procurado da rerestaurantes e as tasquinhas de gastronomia gião. Uma feira de negócios de exaltação à maçã, fruto da terra, das tradicional; as provas de maçã e de vinho; a raízes e da luz, que se realizará no miolo mais urbano e mais embleexposição de “Arte Indígena Australiana”, no mático da vila, e que se assume hoje como um importante cartaz átrio dos Paços do Concelho; os espectáculos turístico e cultural organizado pela Câmara de Moimenta da Beira. de Street Art; os Djs, em especial os contaO programa aclama-se todo ele, mas nesta edição de 2018 vai engiantes No Maka (no sábado) e o ex-violinista cher-se ainda de mais charme (e de orgulho máximo) quando subir dos Quinta do Bill, Nuno Flores (na sexta); e a ao palco, para um concerto único e inigualável, Carlos do Carmo, estreia nacional do Concerto de Fogo (Le Conessa voz maior e mais respeitada (e reconhecida) do Fado Portucert de Feu) pela companhia francesa de artes guês, a primeira expressão artística de Portugal declarada pela de rua Les Commandu Percu, no sábado a partir UNESCO Património Cultural Imaterial da Humanidade”. A “Voz” das 22,30 horas. vai ouvir-se na primeira noite da festa, a 14 de Setembro, a partir No domingo, último dia do certame, a partir das das 22,30 horas, no palco principal, em frente ao nobre e histórico 12,30 horas, aconselha-se a atenção à transmisedifício dos Paços de Concelho e com entrada é livre. são em direto do programa televisivo “Somos PorMas o cartaz do certame vai ter outras vozes e outros sons, mas tugal”, da TVI, que vai prolongar-se até às 20 horas. também saberes e sabores. Vai alargar-se e ‘tocar’ outras artes, Serão mais de sete horas de promoção dos produdo experimentalismo que rompe com as mais variadas tradições tos endógenos, em especial os da fileira da maçã e artísticas, aos espetáculos mais visuais e sensoriais, daqueles do vinho marca Terras do Demo. que arrepiam a derme, porque encantam e fascinam quem asPode também acompanhar a Expodemo nas redes siste. Um conselho? Assista a tudo, porque tudo vai valer a pena! sociais através do Facebook, do Instagram e da sua Ao todo são mais de 100 artistas e mais de 20 espetáculos e página online.
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Certame decorrerá de 7 a 16 de Setembro
Cento e setenta expositores participam na FICTON 2018
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ento e setenta expositores vão participar, durante dez dias, durecida”. José António Jesus exemplificou que “um na Feira Industrial e Comercial de Tondela, que decorrerá quarto do custo da Ficton se prende com a produção de 7 a 16 de Setembro e que este ano tem um orçamento de de estruturas expositivas (instalação de stands)”, cerca de 200 mil euros. sendo este custo igual para cinco ou para dez dias. Na apresentação do certame, o presidente da Câmara de TonQuando a Ficton durava cinco dias, o orçamento era dela, José António Jesus, disse que não tem sido possível acode cerca de 170 mil euros. lher todos os expositores que se mostram interessados devido Todos os espaços de restauração, de gastronomia à falta de espaço. “Temos um desafio muito forte que é criar as e os bares foram cedidos à exploração do movimento condições para que, ano após ano, a Ficton se possa renovar, associativo, num total de duas dezenas. “A Ficton não se possa projectar e trazer a inovação, sabendo nós todos das é uma operação financeira que está no mercado ou na limitações que este espaço começa cada vez mais a fazer senbolsa de cotação. É o maior evento que se organiza no tir”, afirmou o autarca. concelho de Tondela, para o concelho e para a região”, Os expositores dividem-se pelo interior do pavilhão desporfrisou José António Jesus. tivo municipal e pela área envolvente. Por falta de espaço, O cartaz integra nomes como David Carreira, Calema, cerca de 25 expositores não vão poder participar na feira. The Gift, Agir e David Antunes, mas conta também com O executivo espera que, ao longo de dez dias, a Ficton actuações de grupos locais. “A programação cultural e que vai na sua vigésima sexta edição - possa atrair cerca de a animação procuram sempre fazer um equilíbrio entre cem mil visitantes. No ano passado, estima-se que tenham os grandes nomes da música nacional e a afirmação de passado pela feira cerca de 90 mil pessoas. grupos locais ou regionais”, justificou o autarca. José António Jesus mostrou-se esperançado que a média dos fins de semana seja de 30 mil pessoas, “se o tempo esFeira terá dias pagos tiver de agrado”. Em 2016, a feira cresceu em número de para ajudar reconstrução de casas dias, passando de cinco para dez, uma opção estratégica que o executivo considera acertada e que foi “muito amaTrês dos dez dias da Ficton terão entrada paga com o
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objectivo de apoiar a reconstrução de casas afectadas pelos incêndios de Outubro de 2017. “Queremos que este contributo simbólico, mas que espelha a generosidade de um território que foi brutalmente atingido pelos incêndios, esteja bem presente no coração de cada uma das pessoas”, disse o presidente da Câmara de Tondela, José António Jesus. A entrada nos dias 09, 14 e 15 de Setembro terá o preço simbólico de dois euros, destinados à conta solidária existente e que já envolveu cerca de cem mil euros de donativos. “Temos a expectativa de poder atingir 30 mil euros nesta operação de bilheteira para esta conta solidária”, frisou. José António Jesus lembrou que, quando tomou posse, a 20 de Outubro de 2017, assumiu que o executivo não estaria tranquilo enquanto existisse uma família que não tivesse a sua habitação própria e permanente recuperada. Segundo o autarca, “no âmbito do programa de apoio à recuperação das habitações permanentes gerido à escala de toda a região, há situações de famílias que não têm condições de serem elegíveis”, apesar de se tratar da sua habitação permanente. “Por questões de heranças ou por problemas entre co-proprietários ou por natureza fiscal, não estão em condições de serem apoiados por esse programa”, explicou, acrescentando que serão várias as famílias nessa circunstância. O espaço do município na Ficton não se focará na tragédia que foi o 15 de Outubro, mas na esperança. “Fomos capazes de nos reerguer. Sentimos hoje uma esperança muito reforçada por aquilo que estamos a fazer”, sublinhou José António Jesus. O autarca disse que o objectivo principal da conta solidária é resolver os problemas de todas as primeiras habitações que foram afectadas pelas chamas, mas se ainda sobrar dinheiro, poderão também ser apoiados pequenos agricultores. “No 15 de Outubro nós teremos muitas primeiras habitações já concluídas, sejam de valores até 25 mil euros, sejam superiores, mas temos que reconhecer que na agricultura há necessidade de reforçar apoios, porque os apoios públicos não foram suficientes”, justificou. No último dia da FICTON, em que se assinala o Dia do Município, terá lugar a entrega dos galardões municipais. Irão ser homenageadas figuras, que de alguma forma contribuíram e se destacaram pelos seus atos de coragem, humildade e solidariedade. Uma das figuras a ser agraciada com medalha de mérito municipal será Hugo Ângelo, farmacêutico, que perdeu a sua farmácia para o incêndio de 15 de Outubro, mas que no dia seguinte se disponibilizou para distribuir medicamentos aos quais a população não tinha acesso ou tinha perdido devido às circunstâncias. Mostrou coragem e solidariedade num momento em que um “herói” era preciso. www.gazetarural.com
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XXVII Feira do Vinho do DĂŁo Nelas 2018
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Na sessão de abertura do certame
Feira do Vinho do Dão homenageia viticultores afectados pelos incêndios
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XXVII Feira do Vinho do Dão de Nelas vai “dizer um muito obriem Santar, num dia destinado a profissionais da gado público” aos viticultores que foram afectados pelos inárea do vinho. cêndios de 2017 e que participam no certame. “Vamos chamar ao Durante os três dias da Feira, os visitantes palco alguns dos viticultores afectados pelos incêndios de 2017, poderão assistir a oficinas, mesas de prova, deno sentido de lhes dar publicamente o nosso agradecimento e um gustar menus gastronómicos, comprar vinho das enorme bem-haja pela coragem e resiliência que demonstram, sete sub-regiões do Dão representadas em mais não abandonando as suas propriedades”, explicou Sofia Relvas. de 50 produtores e assistir a momentos musicais A vice-presidente da autarquia de Nelas recordou que os viticulúnicos, como é o caso do da Contracanto. tores “fizeram já um conjunto de reinvestimentos nas suas pro“Temos um espectáculo único, criado especificapriedades e que muitos deles ainda nem sequer receberam nada mente para o evento que se repete nas três noites das compensações” que estão prometidas. da feira, e este ano é ‘O corcunda do nosso Dão’, é “Será um obrigado simbolicamente acompanhado com a eno quinto teatro musical produzido pela Contracanto trega de uma árvore, um carvalho, enquanto árvore autóctone, neste projecto de nos apresentarem um espectácuresistente e forte, que simboliza um pouco esta força que achalo, numa série chamada ‘As músicas que os vinhos mos que quem foi afectado pela tragédia dos incêndios merece Dão’”, adiantou. receber”, esclareceu. Sofia Relvas disse ainda que têm o habitual conEsta homenagem decorre na sessão de abertura e que concurso de vinhos, onde participam todos os produtota com a presença da secretária de Estado do Turismo, Ana res inscritos na feira que assim o queiram, com duas Mendes Godinho, apesar de o certame começar de véspera, marcas de vinhos próprios, sendo que a primeira eliminatória acontece no dia 30 e os 10 melhores vinhos tintos e os 10 melhores brancos estão à prova no sábado e, no domingo, serão divulgados os melhores de cada categoria. Com mais um dia de feira e com um orçamento, à semelhança do ano anterior, de 120 mil euros, a vice-presidente explicou que a autarquia “está a tentar maximizar o mais possível o conjunto de parcerias na feira” de forma a manter “a qualidade do certame a que as pessoas já estão habituadas”. “É uma feira que cresceu, em quantidade de espaço e em qualidade, mas conseguimos respeitar os mesmos valores do orçamente municipal, tentando cumprir o esforço financeiro da Câmara. Estamos a desenvolver uma feira para a região e não apenas de Nelas”, clarificou.
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Castas
do
Dão
Tinta Pinheira A casta Tinta Pinheira ou Rufete está particularmente bem-adaptada à região do Dão. É uma casta caprichosa e exigente, reivindicando condições muito particulares para poder dar o melhor de si. Sensível ao míldio e oídio, é uma casta produtiva, com cachos e bagos de tamanho médio. Por ser uma variedade de maturação tardia, tem dificuldade em madurar na plenitude, antes das chuvas do equinócio. Porém, quando amadurece bem, compõe vinhos aromáticos, encorpados, frutados e delicados, com um bom potencial de envelhecimento em garrafa. Só raramente é engarrafada em estreme.
A bem servir há quatro décadas
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Diz Borges da Silva, presidente da Câmara de Nelas
“O Enoturismo precisa de ser uma marca forte da Região”
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realização da XXVII Feira do Vinho do Dão, em Nelas, marca anualmente os primeiros dias de Setembro, este ano com entrada em Agosto e com mais um dia. À Gazeta Rural o presidente da Câmara de Nelas assume que, com a realização do maior certame nacional dedicado ao vinho do Dão, “a nossa responsabilidade é dignificar toda uma Região de Vinhos”. O primeiro dia da Feira é dedicada aos profissionais e ao Enoturismo, que o autarca diz, “precisa de ser uma marca forte da Região”.
profissional com um cariz mais popular? JBS: A Feira do Vinho do Dão é isso mesmo, por isso afirmamos como slogan que em Nelas Somos o Dão e o “Dão” é o conjunto integrado, harmonizado, equilibrado, entre vinhos e gastronomia, entre cultura e património, entre pessoas e gentes, entre profissionais e curiosos, entre munícipes e turistas, entre concelhos e região! E de facto, se olharmos para o programa de actividades, percebemos que foram atendidas necessidades para todos os públicos-alvo de um evento que pretende continuar a ser o que sempre foi e que o caracteriza como único na Região: um certame profissional de vinhos, num convívio popular, com uma identidade cultural artística incomparável graças ao musical produzido para as três noites de espetáculo da feira.
Gazeta Rural (GR): Que expectativa tem para a feira deste ano e como olha para as alterações nela introduzidas, com destaque para a sua ‘divisão’ pelas 7 sub-regiões do Dão? José Borges da Silva (JBS): A Feira do Vinho do Dão, que o Município de Nelas realiza todos os anos, vai já na sua vigésima sétima edição e a nossa responsabilidade é dignificar toda uma Região de Vinhos, os seus produtores, a Comissão, as entidades e os particulares que renovam o potencial económico, social e cultural a cada ano que as Vinhas do Dão oferecem àqueles que para nós são os melhores vinhos do Mundo! É um evento que assume sempre uma motivação emocional GR: Sendo a Feira o maior certame no país muito forte na nossa parte e isso é transmitidos a todos os que dedicado ao Vinho do Dão, promovido pela Cânela participam, sobretudo aos produtores que, felizmente, mara de Nelas, porque é que, na sua perspecaceitaram este novo desafio de organizarmos a feira por Subtiva, para além da CVR Dão, há pouco envolvi-regiões, dando, desta forma, a quem visita o certame, uma mento de entidades como a CIM Dão Lafões, a orientação de provas de acordo com os perfis dos vinhos que CCDR Centro e a Entidade de Turismo do Centro? se esperam encontrar nos diferentes terroirs que a Região do JBS: O Comunidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões Dão oferece. é uma das entidades que mais nos tem ajudado a reaEsta visita orientada será apoiada com uma Grande Mesa lizar e sobretudo a promover o evento, graças à esde Provas, com o mapa da região demarcada, uma síntese tratégia de promoção integrada dos produtos turísticos histórica deste território de vinhos, as características princiViseu Dão Lafões. Este ano esse apoio foi maximizado pais e perfil dos vinhos por sub-região e alguns comentários com a cedência de espaços publicitários por parte da de apoio que desafiam as capacidades sensoriais de quem CVR Dão. estiver na Feira e queira confrontar um vinho de Terras de Obviamente que consideramos que sendo este o evenSenhorim com um da Serra da Estrela, ou de Besteiros com to “Feira de Vinhos da Região Demarcada do Vinho do a sub-região do Alva, entre outros. Dão”, produzido na Região, porque existem outros realizados fora, designadamente no Porto e em Lisboa, já demonstrámos que o mesmo tem todas as condições, GR: Tem que se começar a olhar cada vez mais para a Feira do Vinho do Dão como um certame propreenche todos os requisitos para ser sinalizado pelas entidades competentes e merecer de um apoio financeiro fissional e para profissionais ou misto de uma feira
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maior. Se assim acontecesse, o esforço de participação dos produtores seria diluído em benefício directo do evento, porque mais produtores estariam presentes e o evento podia alargar-se por mais dias, garantindo assim uma oportunidade única de “Destino Turístico do Centro” - Destino de Enoturismo, com Vinhos, Hotelaria, Gastronomia, Eventos Culturais, Festividades, todos mais envolvidos por mais dias, um roteiro de enoturismo alargado a todos os concelhos beneficiários. O Município de Nelas defende que mais do que eventos isolados, o Enoturismo precisa de ser uma marca forte da Região e ter um período forte de promoção integrada da Região. Esse período, na nossa opinião, é Setembro - mês das Vindimas! Portanto, um apoio público estratégico, forte, com fundos comunitários da Região (CCDRC e Turismo do Centro), expressivo e dirigido neste sentido, acreditem, faria toda a diferença. Porque os empresários estão cá durante todo o ano a dar seguimento ao afluxo turístico que assim conseguiríamos. Até lá, o Município de Nelas, com grande dificuldade em gerir as suas objetivas prioridades para com o seu território, munícipes e desenvolvimento projetado, continuará a fazer um investimento directo de cerca de 120.000€/150.000€ anuais, ao qual acresce o fundamental apoio da Fundação Lapa do Lobo para a realização do Teatro-Musical em co-produção com a ContraCanto – Associação Cultural, e a quem se juntam muitos outros apoios directos, indirectos, particulares, associativos, empresariais que, connosco, nos ajudam a desenvolver um evento que durante quatro dias (este ano mais um, em Santar, dia 30 de Agosto) estimamos que tenha um impacto económico para a Região muito superior aos valores apontados. GR: Vai fazer um ano no seu segundo mandato. Depois de “arrumar a casa” nos primeiros quatro anos, quais as ‘linhas de pensamento’ para completar nos próximos anos? JBS: As pessoas, bem como as comunidades necessitam de confiança nas suas instituições públicas, o que só se consegue com segurança e previsibilidade na realização, com seriedade, do essencial em detrimento do acessório. Clarificado o instrumental (disputa política partidária interna), a acção flui, com um quadro fiscal autárquico concorrencial no mínimo no IMI, também na concretização das obras já
financiadas no PT 2020 em mais de 20 milhões de euros, de ETAR a reabilitação urbana, passando pela água, escolas e áreas de acolhimento industrial. GR: Se tivesse que convencer alguém a radicar-se em Nelas, o que lhe diria? JBS: Diria que em Nelas encontra oportunidades de emprego e de qualificação, encontra escolas e professores que farão o melhor pela educação dos seus filhos, encontra serviços públicos desportivos e de apoio social para todas as idades, encontra um Concelho muito rico em Património, em Dinâmicas Culturais tão diversificadas que tantos se espantam de estarem no Interior do País, que nós dizemos …. Com Muito Orgulho! Tudo isto a uma hora do Porto e a 2,5 horas de Lisboa, portanto …. Interioridade não, Qualidade de Vida sim!
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Um
copo de poesia
Vinho do Dão
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ntre as serras descansam as uvas guardadas dos ventos para co. Aromas poéticos, complexos e relativamente revelar bálsamos de violetas e pétala de rosa. A paixão é o que secos, porém sem deixar de dar poesia. move os produtores a cultivar as uvas e a fazer um vinho que fale A Cercial possui teores medianos de açúcar, um pouco sobre seus criadores e suas origens. mas adoça poeticamente, tem aromas intensos, É afetuoso um vinho do Dão. delicados e com acidez equilibrada. No seu caráter tem complexidade poética, elegância em versos, A Malvasia-Fina (Arinto do Dão) tem aromas poéequilíbrio em rimas, maturidade na composição, potencial no enticos intensos, dominados pelas tonalidades florais velhecimento de poemas e de poetas e combinação perfeita com e com acidez de sonetos equilibrados. a poesia da gastronomia local. Você já tomou um vinho do Dão? Então me diga No nariz, lírica; na boca, ode. qual sabor tinha; qual gosto tinha. Tente recordar. O Falar do vinho do Dão é refletir na poética do seu terroir. Como último que tomei, tinha um gosto de abraço apertadiria Bachelard: É falar da poética das paisagens do vinho. do, companhia bem aconchegante. E tinha cheiro de Nas suas castas mais poéticas temos a Touriga Nacional, casta jazz. Isso mesmo, cheirinho de jazz, que se apegou mais nobre, surgem vinhos com bom teor alcoólico, alto teor ao meu nariz por alguns dias. poético, com aromas intensos, encorpados, com taninos nobres São os melhores vinhos estes que apegam às nae susceptíveis de longo envelhecimento. rinas, pois nos relembram o tempo todo das compaEncruzado, entre as castas brancas é a mais ilustre. Poetiza nhias que nos fizeram rir naquele domingo em que muito bem, tem um bom teor alcoólico, com aromas complepermanecemos sentados embaixo das árvores sem xos, frescos e relativamente secos. olhar o relógio, somente rindo e apreciando um vinho A Alfrocheiro Preto confere aos vinhos aromas finos poetido Dão. zados ao luar, que ganham complexidade com o passar dos anos. Débora Corn – Poetisa A Jaen tem poesia no nome, as videiras parecem poemas (Curitiba) indianos sonhados em Portugal, tem um teor alcoólico regular, com aromas intensos de fruta muito madura, poesia bem definida. Possui taninos de qualidade e de grande macieza. A Rufete tem um teor alcoólico regular, poesia instantânea, confere aos vinhos frescura poetizada e um aroma de fruta exótica, um teor poético altíssimo. A Aragonez intensifica os aromas de fruta madura, tem um bom equilíbrio de poemas marcados pelos seus taninos. A Bical (Borrado das Moscas) traz um bom teor alcoóli-
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Diz Arlindo Cunha, presidente da CVR Dão
“Espero que a região fique ‘afirmada‘ durante muitos anos”
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um ano marcado pela quebra de produção, o presidente da Comissão Vitivinícola Regional do Dão procura manter o optimismo, tentando ‘puxar’ a região para cima, apesar dos prejuízos gerados na vinha por diferentes factores. Arlindo Cunha estima que a quebra será de um terço em relação a 2017, mas acredita que o vinho que chegar ao lagar será de boa qualidade. Em conversa com a Gazeta Rural, o presidente da CVR Dão defende as sub-regiões, como elemento diferenciador para alguns nichos de mercado. “Não vejo nada contra em haver uma afirmação das sub-regiões no contexto de mercado regional”, afirma. Quanto ao mercado, com uma exportação a rondar os 45%, Arlindo Cunha está apostado em continuar a “afirmar a região” e que isso fique por muitos anos.
Quanto à qualidade, não há nenhuma razão para pensarmos que o vinho não vai ser bom, porque as vinhas estão lá, têm bom desenvolvimento vegetativo, pelo menos as que escaparam, e, por isso, acredito que teremos vinho de qualidade. Esperemos que não haja chuva durante as vindimas. GR: E se houver uma chuvinha até final de Agosto? AC: Isso seria a cereja no topo do bolo, porque o escaldão afectou bastante as vinhas, principalmente as mais expostas a sul e a poente, nas zonas mais altas e terras menos férteis. Portanto, se a chuva viesse daria algum conforto às plantas e faria com que a maturação das uvas acontecesse de melhor maneira.
Gazeta Rural (GR): 2018 está a ser um ano atípico para a produção de vinho. É um ano mau para a região? Arlindo Cunha (AC): Sim, em princípio será. Contudo, só poderemos ter um balanço real e objetivo na altura das vindimas. Com as previsões que temos, até ao momento, será um ano de quebra de produção acentuada. No início do Verão estimávamos uma redução de cerca de 20%, mas nesta altura podemos dizer que, no mínimo, será de 30%. Isto porque, se juntarmos a primavera muito chuvosa, que causou o desavinho em várias castas, como a Touriga Nacional; o calor húmido que propiciou o aparecimento do míldio, e que também atacou várias castas como a Tinta Roriz, e o escaldão do início de agosto, o que afectou cerca de 15% a 20% da produção, podemos dizer que a campanha no Dão será um terço inferior à do ano passado, em termos de quantidade.
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GR: Como presidente da CVR Dão como vê a ‘divisão’ dos produtores na Feira do Vinho de Nelas por sub-regiões? AC: O Dão é das poucas regiões do país que é composta por sete sub-regiões. Nós entendemos o porquê de se questionar a organização por sub-regiões, quando afirmar uma região já é uma tarefa difícil, sobretudo à escala universal. No entanto, para alguns nichos de mercado, mercados de especialidade, importa promover a especificidade, até pela existência de castas específicas. Não vejo nada contra em haver uma afirmação das sub-regiões no contexto de mercado regional. GR: Será que as sub-regiões são assim tão distintas umas das outras? Tomemos como exemplo a sub-região do Alva, que é muito mais xistosa. Há efectivas diferenças? AC: Algumas. Temos um projecto de investigação em curso em torno das castas, a sua relação com os factores climáticos, a exposição solar e a composição e humidade dos solos. Este projecto é coordenado pelo Instituto Politécnico de Viseu, com ligação ao Ministério da Agricultura e com a CVR Dão, e que é comum às regiões do Dão, Beira Interior, Lisboa e Tejo. O objectivo deste projecto consiste em ana-
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lisar o comportamento das castas, segundo os fatores que já mencionei. Os primeiros resultados entregues à CVR Dão pelos investigadores mostram que, de facto, há uma variação de temperatura entre o norte e o sul da região do Dão. Depois sabemos que a composição dos solos é muito diferente, a sub-região do Alva [Oliveira do Hospital, Tábua e Arganil] tem uma parte considerável dos seus solos com composição xistosa, enquanto que a maior parte da região com exceção da parte oeste, é granítica e isso faz a diferença. Algumas castas, como o Jaen, dão-se melhor nas zonas mais frescas da região, assim como os vinhos brancos gostam da frescura da montanha. As sub-regiões servem para afirmar a especificidade, aquilo que é o terroir, apesar de este ser um conceito muito micro. A separação por sub-regiões não impede que haja um padrão comum mais envolvente, que é o dos vinhos do Dão. A região do Dão estende-se desde as montanhas do Buçaco, à serra da Nave, do Caramulo à Serra da Estrela, e esse conjunto, que é planalto entre as montanhas, faz, de facto, a diferença e por isso é que os vinhos do Dão, desde há muito, são reconhecidos com o selo de origem. GR: Nos tempos que correm, o Dão encontra-se em que patamar? AC: Acho que o Dão, a nível nacional, está muito bem posicionado e com elevadíssimo conceito. Após muitos anos de críticas à região e ao vinho do Dão, desde há uma década que acontece o contrário, o que significa que os críticos, os especialistas e os opinion makers, passaram a dizer em uníssono que o Dão produz os vinhos mais elegantes. O Dão é rico em vinhos monovarietais, porque as castas na nossa região desenvolvem mais o seu sabor, dão maior sumptuosidade ao vinho. Depois temos os magníficos blend, que são distinguidos pelos críticos por não terem uma percentagem de álcool elevada, não serem de cores tão fortes e escuras e por terem um aroma e complexidade que os distingue. A região está finalmente bem-conceituada, não querendo dizer com isto que a região está na moda, porque as modas passam, mas quero dizer que quero e espero que a região fique afirmada durante largos anos. GR: Durante muito tempo falou-se nas quatro castas tintas do Dão. Como olha hoje para o aparecimento, por exemplo, da Tinta Pinheira e de outras castas em que os produtores estão a apostar? AC: Estamos a redescobrir a região. Estas castas que alguns produtores estão a “descobrir” sempre estiveram presentes, como a Tinta Pinheira, que é conhecida noutras regiões como Rufete, ou a Uva-Cão. A região tem catalogadas cerca de seis dezenas de castas, algumas
das quais são indígenas do Dão. É esta riqueza patrimonial, em termos genéticos, que marca a diferença e permite fazer vinhos excepcionais. GR: E o reconhecimento ao nível internacional? AC: Estamos a afirmar-nos. A região do Dão, no mercado internacional, não fica atrás de nenhuma outra região portuguesa, com a excepção do vinho do Porto, que tem um mercado especial. Em relação aos vinhos tranquilos, como costumamos dizer, exportamos cerca de 40% a 45%, o que nos deixa dentro da média nacional. É importante reforçar a componente internacional, porque geralmente isso está associado à melhoria do preço e faz com que se produza e se venda melhor. Assim o produtor pode ter um rendimento que compense a sua atividade, o seu trabalho. Infelizmente, no mercado, quem produz, quem mais investe e se dedica é quem fica com a menor fatia do bolo. É necessário criar condições justas e igualitárias para o produtor. www.gazetarural.com
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Na abertura da Feira do Vinho do Dão, em Nelas
Confraria dos Enófilos do Dão vai homenagear Valente de Oliveira
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alente de Oliveira vai ser homenageado pela Confraria dos Enófilos do Dão na cerimónia de abertura da Feira do Vinho do Dão, em Nelas. O antigo ministro, em membro da Confraria dos Enófilos do Dão, foi responsável pela transferência do património do Solar do Vinho do Dão do Ministério da Defesa para a Câmara de Viseu, mas não esteve na sua inauguração, pelo que a Confraria, segundo José Perdigão, Grão Mestre da Confraria dos Enófilos do Dão, entendeu ser altura de homenagear o homem que tudo fez para o Solar do Dão fosse uma realidade.
mónia de abertura da Feira e a dissertação sobre o homenageado será feita pelo professor Arlindo Cunha. “As sub-regiões existem e são uma herança dos nossos antepassados” GR: Como produtor e Grão-Mestre da Confraria dos Enófilos do Dão como vê a nova organização da Feira por sub-regiões? JP: Acho muito bem, porque se as sub-regiões existem e são uma herança dos nossos antepassados, cada um de nós terá que descobrir que elas são diferentes, dentro da mesma família, dentro da mesma frescura, que lhe confere o granito do Dão, mas depois com oscilações que têm a ver com pormenores importantes, como a altitude, a água, a humidade ou a natureza dos solos. Sabemos que o granito predomina na região, mas não podemos esquecer que Tondela, Tábua e Santa Comba Dão já apanham xisto. Portanto, para os enófilos será um privilégio poderem descobrir essas particularidades, que são espantosas e que fazem parte do terroir.
Gazeta Rural (GR): A Confraria dos Enófilos do Dão vai homenagear o professor Valente de Oliveira na Feira do Vinho do Dão? José Perdigão (JP): Sim. Iremos homenagear o professor Valente de Oliveira como homem ligado ao Dão, porque quando era ministro promoveu a transferência do Ministério da Defesa do atual Solar do Vinho do Dão, antigo Paço Episcopal, para a Câmara de Viseu. Por outro lado, fez várias tentativas junto do Ministério da Agricultura e do Turismo para o financiamento da obra, tendo acabado ele próprio, através do seu ministério, por conseguir os fundos necessários para aquele que é hoje o Solar do Vinho do Dão. Como não esteve presente na inauguração do edifício e como membro da Confraria dos Enófilos do Dão, - terá GR: O que tem de novo a Quinta do Perdigão? entrado no mesmo dia de Amália Rodrigues, - pensámos JP: Sabemos que, e temos a noção, de que precisamos que seria oportuno manifestar-lhe a gratidão da Confraria de passar o nosso conhecimento aos mais novos. O pouco pelo que fez pelo Dão. A homenagem decorrerá na cerique sabemos de uma cultura muito recente, de 21 anos, de
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JP: Sim, estou de acordo. Em comparação a um ano dito “normal”, temos uma quebra de 30%, devido ao míldio e 20% derivado do escaldão. Na Quinta do Perdigão praticamos agricultura biológica e fizemos dez tratamentos (que são muitos) com enxofre e com cobre. A quebra de produção é o que é e, como disse o Paulo Nunes, “o que ficar no Dão, e se não houver erro humano, será muito bom, como todos os anos”. observação, plantação e produção é que chegámos a um patamar que é de nível mundial, pelas distinções que recebemos. No último concurso em que participámos tivemos 17,5 pontos no Encruzado, - - a pontuação mais alta foi 18, - e ganhámos a melhor relação preço-qualidade. Em termos de novidades absolutas, as pessoas vão descobrir o que é um Touriga Nacional de Pé Franco, que é, no fim de contas, sem raízes americanas. É um vinho rosé, com base de espumante, iremos lançar este espumante Touriga Nacional de Pé Franco. Estão todos convidados a descobrir algo que está ao nosso alcance, mas que ninguém tem. GR: O que o diferencia? JP: Como todos sabemos, as vinhas da Europa desapareceram devido à filoxera, que comia as raízes das videiras autóctones. A plantação de Touriga Nacional de Pé Franco foi um desafio a vários níveis: em primeiro lugar saber ser a filoxera ainda existe e, se existe, saber se as plantas são resistentes à mesma. Ora, vinte anos de observação dizem que se a filoxera existe, as nossas videiras são resistentes ou ela poderá já não existir, embora toda a gente tem receio dela. Quando chegamos à altura da maturação, quer da nossa Touriga enxertada com raízes americanas, a Touriga de Pé Franco é muito mais aromática, tem um sabor tropical, a maracujá, diferente da Touriga Nacional, que tem sabor a frutos vermelhos. Já temos recebido clubes de vinhos suíços e franceses que provaram a uva do Pé Franco e admitem ser muito melhor. Este ano foi resistente ao míldio e ao oídio, à seca e ao escaldão, ou seja, seres que habitam o solo há milhões de anos são muito mais resistentes do que os híbridos. GR: Em relação à quebra de produção, concorda com os dados que têm sido divulgados?
Contabilistas Certificados/Consultores Fiscais e de Gestão Contabilista Responsável: Dr. José Pedro da Costa A nossa experiência e a qualidade dos serviços que prestamos, tem-nos permitido ser reconhecidos no mercado em que estamos inseridos, tendo sido a nossa principal fonte de publicidade os nossos próprios clientes. Temos sempre apostado na qualificação e formação da nossa equipa para melhor servirmos todos quantos recorrem aos nossos serviços. Privilegiamos o contacto personalizado e a satisfação total dos nossos clientes, procurando sempre mantê-los informados adequadamente, em cada situação concreta. CONTACTE-NOS
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Opnião
Microentidades Agrícolas
Contabilidade - Activos biológicos/subsídios
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contabilidade, como ciência social, tem como objecto o património das entidades e por objectivo o controle desse mesmo património, com a finalidade de, além de garantir o referido controle, exposição e análise dos elementos patrimoniais, produzir informação precisa e atempada para todos os stakeholders, sendo essa informação, reproduzida nas demonstrações financeiras, de capital importância para a tomada de decisões na gestão das empresas. Microentidades: Por o nosso tecido empresarial ser constituído na sua grande maioria por microentidades, vamos, antes de mais, definir o seu conceito. São consideradas microentidades, aquelas que, à data do balanço, não ultrapassem dois dos três limites seguintes: a) Total do balanço: € 350.000,00; b) Volume de negócios líquido: € 700.000,00; c) Número médio de empregados durante o período: 10. dos custos específicos dessa venda), dos dois o As entidades abrangidas pelos limites acima indicados devem aplimais baixo. car a “Norma Caso a microentidade não possua meios admiContabilística para Microentidades” (NC-ME), compreendida no nistrativos que lhe permitam determinar com fiaSNC. bilidade o custo de produção, pode determinar o Não obstante, tais entidades podem optar pela aplicação da seu custo através do preço de venda deduzido da NCRF-PE ou as NCRF completas, devendo para tal fazer a sua opção margem normal de lucro que a gestão demonstre na declaração periódica de rendimentos modelo 22 de IRC. ser apropriada (método do retalho). Para determiPosto isto, vamos concentrar-nos apenas nas empresas agríconar o custo dos produtos em curso, poderá utilizar las, que se enquadrem na categoria contabilística de microentio mesmo método corrigido com a percentagem esdades, e que apliquem a referida norma (NC-ME), entidades que timada de acabamento. veem plasmado na mesma, um tratamento especifico a aplicar De notar, que a conta 37 – Activos biológicos, aos activos biológicos, bem como aos subsídios obtidos, destinão pode ser utilizada pelas empresas que estejam nados à aquisição ou criação desses mesmo activos (animais e a aplicar a Norma Contabilística para as Microentiplantas vivas objecto de gestão e transformação na actividadades. Só as empresas que apliquem a NCRF-PE ou de agrícola incluindo a exploração de vinhas e pomares, assim NCRF 17 poderão utilizá-la. como gado detido para obter leite ou carne). Por força desse tratamento específico, não têm que aplicar Subsídios agrícolas: o tratamento contabilístico previsto na NCRF 17 “Agricultura”. Quando falamos de subsídios podemos estar a falar Devem, no entanto, essas entidades, considerar as mesmas de subsídios não reembolsáveis destinados ao invesdefinições e conceitos nela previstos. timento, relacionados com activos, neste caso activos biológicos de produção, classificados como activos Activos biológicos: fixos tangíveis, ou com subsídios não reembolsáveis No âmbito da NC-ME os activos biológicos de produção (anidestinados à aquisição de activos biológicos consumímais e plantas vivos geridos na exploração agrícola) são conveis, classificados como inventários, (subsídios à explotabilizados como Activos fixos tangíveis, conta 433 – Equiparação), relacionados com rendimentos. mento Básico. Os primeiros, (subsídios ao Investimento), são registaA aquisição destes activos deve ser mensurada inicialmendos no seu início directamente no capital próprio, sendo te ao custo, podendo incluir o preço de compra e outras desimputados de forma sistemática a resultados como renpesas acessórias à aquisição. No caso de produção própria, dimento, em função das depreciações desses activos. além daquelas, podem incluir ainda os custos de conversão. Os segundos, (subsídios à exploração), são reconheciOs activos biológicos consumíveis (frutos, milho, trigo, dos como rendimento quando os encargos subsidiados gado destinado à produção de carne, gado detido para sejam reconhecidos como gasto do período. venda…) são contabilizados como inventários, conta 34 – Produtos acabados e intermédios. Estes activos devem ser José Pedro H. da Costa mensurados pelo custo de produção (contabilidade analíContabilista Certificado tica) ou valor realizável líquido (preço de venda deduzido
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Opnião
Sub-Região Silgueiros Antes de mais, cabe-me dizer que é com enorme gosto que escrevo algumas notas sobre a Região que me viu crescer e na qual trabalho faz 18 anos. (Atingi a maioridade!) Silgueiros, geograficamente, está no centro da nossa Região Demarcada, o que faz com que consiga aliar um sem número de qualidades e características que se reflecte na demonstração de potencial da grande maioria dos vinhos aí produzidos. Com o seu registo climático, o seu património vitícola e suas características edáficas, reunidas a uma tradição do saber trabalhar a vinha e o vinho, leva-nos a ter em Silgueiros um ‘terroir’ único! O comportamento das castas Touriga-Nacional e Encruzado é prova disso mesmo. Silgueiros sempre foi e será uma Sub-região que reúne todas as qualidades para produzir grandes Vinhos do Dão… Suavidade, elegância, frescura, exuberância, equilíbrio, complexidade, mineralidade e longevidade! Não é isso que se pretende de um Grande Vinho? Miguel Oliveira (Enólogo)
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Opnião
Sub-regiões do Dão, mito ou realidade?
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uando a Gazeta Rural me desafiou a escrever sobre a “Sub-Região reconhecer que nenhuma das sub-regiões de Castendo” e a explicar aos leitores as diferenças dos seus viexistentes é uma unidade geográfica homonhos relativamente aos outros produzidos no Dão tive de declinar o génea e concluir que é despropositado defiamável convite, pois em consciência não me senti habilitado a fazê-lo. nir sete sub-regiões em todo aquele planalto. Seria fácil alinhavar meia-dúzia de lugares-comuns para “explicar” Bastará pensar nos vinhos produzidos em S. a identidade da sub-região e dos seus vinhos, exaltar a qualidade de Gemil e na encosta virada ao Dão de Oliveialguns deles, evocar algumas marcas lendárias e, assim, falar ao cora de Barreiros, na “sub-região de Silgueiros”, ração de muita gente da região, alimentando-lhe a auto-estima. Poou na Silvã e em Sezures, na “sub-região de rém, o respeito que tenho pelo (meu) Dão e a admiração que alguns Castendo”, para perceber que não há qualquer dos seus vinhos me provocam, impelem-me a seguir o caminho mais homogeneidade vitivinícola nas sub-regiões do espinhoso, que é explicar por que razão não é possível encontrar Dão. identidade nenhuma nas sete sub-regiões previstas nos Estatutos O que é uma sub-região? da Denominação de Origem Dão, estabelecidas desde o Decreto-Lei O conceito de sub-região vitícola é, naturaln.º 376/1993. mente, muito subjectivo. Na perspectiva de uma Antes disso, porém, importará reflectir um pouco sobre a área pessoa do vinho será, porventura, um espaço geográfica da Denominação de Origem, no seu todo, para tentar geográfico [de uma Denominação de Origem] perceber a dificuldade que há em conciliar a visão administrativa que, pelas suas condições naturais (e/ou histórido território, perfilhada por políticos e autarcas, com a visão ecolócas) conduz à produção de vinhos com identidade gica e vitícola, que deveria ser a assumida pelos técnicos da fileira própria. do vinho. Um exemplo bastante consensual – quiçá o úniDois breves exemplos elucidam a questão. Tanto o concelho de co entre as Denominações de Origem portugueSeia como o de Tondela estão, e bem, incluídos na região do Dão. sas – é a sub-região de Monção, dos Vinhos Verdes, O primeiro especialmente reconhecido pelos seus tintos, o senão só pela originalidade de estilo dos seus vinhos, gundo pelos seus brancos, não obstante serem produzidos tintos mas também pela sua reconhecida tradição vitivie brancos fantásticos nos dois concelhos. A delimitação geográfinícola desde a Idade Média. Nas restantes sub-reca da região tendo por base os concelhos conduz a situações cagiões dos Vinhos Verdes e em todas as sub-regiões ricatas do ponto de vista vitícola, pois obriga a incluir na região do Dão não há nenhum exemplo que se assemelhe do Dão a Lagoa Comprida, a Lagoa Escura e a Torre, do conceao de Monção. lho de Seia, e o Caramulinho, de Tondela, onde as videiras não Para tornar credíveis as sub-regiões criadas teria conseguem sobreviver ou dar cachos! Não vem mal ao mundo sido necessário caracterizá-las muito bem em terpor isso, mas se tivermos em conta que a delimitação norte mos climáticos, paisagísticos e pedológicos, tarefa da região já é feita com base na freguesia, e bem, para não inexequível dada a carência de dados climatológicos incluir no Dão os vinhos “verdes” de Lafões, então começam a e pedológicos detalhados. Em todas elas se fazem videtectar-se incongruências inaceitáveis. nhos bons, vinhos muito bons e vinhos medíocres, que Se a delimitação da região tivesse sido toda feita com base são mais fruto da perícia de produtores e enólogos do nas freguesias e respeitasse a fisiologia da videira e o estilo que das condições naturais em que as uvas que lhe dão dos vinhos do Dão seria possível reduzir a área da Denomiorigem são produzidas. nação de Origem em quase 50%, sem pôr em causa nenhum Há muito que acompanho os ajustamentos que se vão produtor actual. Embora a maior parte das vertentes poente fazendo à legislação das denominações de origem vitida Serra da Estrela e nascente do Caramulo não se prestem vinícolas nacionais e surpreende-me a que nas últimas ao cultivo da vinha, são excelentes locais para reflectir sotrês décadas – em que se articulou a legislação portubre a paisagem da região do Dão, como gostava de fazer o guesa com a europeia – o conceito de “sub-região” tivesProfessor Orlando Ribeiro. se sido tão entusiasticamente adoptado por várias DeEm dias límpidos qualquer observador atento percebe nominações de Origem portuguesas (Vinho Verde e Dão, que a região do Dão vista de lá tem uma forte identidade inicialmente, e Trás-os-Montes, Beira Interior e Tejo, mais geográfica, pois é um planalto bastante acidentado, que tarde), ainda que sem fundamentação técnica ou histórica “tem sempre a grande montanha na linha do horizonte”. adequada. Com um pouco de sentido crítico talvez pudesse mesmo Os Verdes e o Dão subdividiram a respectiva área geo-
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gráfica em sub-regiões, enquanto as restantes fizeram o percurso inverpria. Escusado será dizer que as conseso, condensando numa única denominação as anteriores denominações quências de tais decisões implicaram mais de origem e transformando estas em sub-regiões. Os responsáveis e controlo, mais burocracia, mais custos, mais produtores destas últimas terão reconhecido o erro de terem inicialmencomplexidade legislativa e mais confusão no te optado por denominações de origem sem “massa crítica”, vendo-se mercado, sem qualquer mais-valia para os confrontados com a necessidade de criar uma única marca colectiva produtores de vinho do Dão ou para os con– Alentejo, Tejo e Beira Interior – de muito mais fácil reconhecimento sumidores. pelo mercado. Não surpreenderá, por isso, que as sub-regiões criadas Infelizmente, para desventura dos vitivininos Verdes e no Dão nunca tenham sido reconhecidas pelo mercado (a cultores portugueses, não são as sub-regiões excepção será Monção) e merecido qualquer atenção da esmagadora o maior pecado das Denominações de Origem, maioria dos produtores das duas regiões. que bem precisam de uma profunda reflexão Se já é tão difícil afirmar a marca Dão nos mercados nacional e para reabilitarem a sua imagem aquém e aléminternacional, que dizer das marcas “Terras de Castendo”, “Terras -fronteiras. Como dizia há alguns anos, de forde Senhorim”, “Terras de Silgueiros”, etc., que, além disso, são facilma lúcida e desassombrada, a então presidente mente confundidas com a mais recente designação “Terras do Dão”, da CVR do Alentejo, Dra. Dora Simões, o conceiutilizada para os vinhos regionais? to de Denominação de Origem vitivinícola está Se tivermos em linha de conta a forma como foram concebidos e totalmente esvaziado de conteúdo em Portugal, elaborados os Estatutos da Denominação de Origem Dão de 1993 sendo imperioso reflectir sobre ele e alterar pro(cuja essência continua em vigor) e o peso socioeconómico da profundamente a sua regulamentação. E essa misdução de vinho em toda a região, torna-se fácil concluir que o poder são compete, em primeira instância, aos produpolítico tenha tido uma intervenção decisiva em todo o processo, tores de vinho. ainda que muito mais dirigida à afirmação de sub-regionalismos descabidos do que à salvaguarda de vinhos com identidade próVirgílio Loureiro
CANAS DE SENHORIM
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João Barbosa, da Adega da Corga, e o ano difícil para o vinho
“Houve muito esforço de todos os vitivinicultores”
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oão Barbosa é uma referência no Vinho do Dão. Dirigiu a Adega de Penalva do Castelo, passou pela direcção da UDACA e apostou na Adega da Corga, em Pindo, um projecto seu que tem na família o grande suporte. Profundo conhecedor dos meandros do vinho e da vinha, João Barbosa diz que 2018 foi um ano “famoso” em termos fitossanitários, que obrigou a “muito esforço de todos os vitivinicultores”. A vindima, na Adega da Corga, só deverá começar lá para meados de Setembro e a colheita será metade de um ano normal. Gazeta Rural (GR): Não é um ano famoso para a produção de vinho. Qual é a perspectiva da Adega da Corga? João Barbosa (JB): Foi ‘famoso’ em termos fitossanitários. Houve muito esforço de todos os vitivinicultores. No ano de 1988, dizem os jornais, o mês de Julho foi o mais frio de há trinta anos. Eu já vi o de 88, quando estava na Adega de Penalva, mas este ano foi pior. As castas são mais sensíveis, foi um ano mais húmido e mesmo com os tratamentos, sempre feitos a tempo e horas, houve uma grande dificuldade para salvar o vinho. Enfim, há os ‘apaixonados’ que conseguiram ter mais um bocadinho de tempo, e talvez mais conhecimento científico, para aplicarem as curas na altura certa. Há, na região, produtores que não conseguiram ‘salvar’ as uvas, outros houve que perderam quase toda a produção. Nós se atingirmos 50% da nossa produção habitual ficaremos felizes. GR: Se vier chuva, até ao final deste mês, haverá pouco, mas muito bom vinho? JB: Bem, o vinho é sempre foi bom quando há pouco, porque a grande quantidade é, ou pode ser, inimiga da qualidade. Penso que teremos bom vinho, vamos ver o que se segue, porque apesar de haver bastante humidade nos solos, há algum stress hídrico, para além de que as videiras têm sido fustigadas com doenças e com o escaldão, fazendo com que as uvas desaparecessem.
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Se, de facto, o acabamento for benigno, se tivermos chuva, é evidente que irá dar mais um pouco de grau e qualidade ao vinho. GR: As vindimas vão ser muito atrasadas este ano? JB: Sim, já estão atrasadas. No entanto, penso que, no nosso caso, as vindimas não começarão antes de meados Setembro. GR: A Adega da Corga o que tem de novo? JB: Ganhámos uns prémios. Não temos engarrafado todos os anos, porque apostamos em vinhos de qualidade e isso permite que sejamos mais procurados. Tentamos servir bem o cliente, para que este seja um veículo de publicidade da Adega.
GR: Os concursos em que os vinhos da Adega foram premiados são de alguma relevância? JB: Sim, o concurso italiano é realizado a nível mundial, tem a sua projeção, as suas exigências e fomos galardoados com uma medalha de ouro. No concurso dos vinhos engarrafados do Dão, também saímos de lá com a medalha de ouro, o que nos incentiva e encoraja a apostar sempre na qualidade.
GR: Todas estas distinções com aposta no enólogo da casa? JB: É evidente que sim, Fui sempre um apaixonado pelos vinhos, na Adega de Penalva, na Udaca e agora na Adega da Corga, que é um projeto meu. A gerência é feita pela minha filha, a parte comercial é feita pelo meu genro, e agora o meu neto está a começar de pegar no leme, na enologia, e tem um grande futuro à frente dele. Só é preciso querer e trabalhar.
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Opnião
A ‘falsa’ pequena Região
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alar de sub-regiões é falar de diferenciação: solos, climas, altitudes e relevos, muito para além de diferentes culturas e maneiras de trabalhar as videiras. Em enologia usamos um termo francês para isto: Terroir. Sim, nós produtores/enólogos não nos descuidamos daquilo que realmente traz um acréscimo gigante ao vinho… a uva. Uva esta que sofre constantes mudanças ao longo da sua maturação. E porque é que se temos a mesma casta em Castendo e Besteiros, ela se expressa de maneira diferente? Pesando os fatores de diferenciação, podemos ver que certamente arranjaremos um motivo válido. Comecemos por analisar a Região do Dão nos seus solos. Maioritariatão diferentes. Vinhos singulares, todos mente graníticos a norte e centro da Região e mais xistosos na parte sul. eles com o seu caráter e elegância. Solos ricos trazem vigor e elevam a produção de cachos numa videira. Porquê Castendo? O culminar de todos esConsequentemente, teremos menor concentração de fruta e vinhos metes fatores com altitudes perto dos 450 menos complexos. Solos pobres dão origem a vinhos bastante mais estrututros, abençoados pelo Rio Dão que confere rados. as tais temperaturas altas (diurnas) e baixas O clima advém do ano e é sempre o mais incerto. O ideal para fazer um (noturnas) com humidade suficiente para grande vinho será aquele que coaduna temperaturas elevadas durante o agarrar a maturação num ponto fulcral, a vindia (amadurecimento da fruta) e temperaturas baixas à noite (descanso dima, aliando os relevos acidentados que tão da planta). bem contribuem para que todo o potencial da A altitude vai influenciar o clima, pois o seu aumento diminui a tempeuva chegue ao nosso copo. ratura média. Em lugares mais frios a maturação da fruta vai ser mais Que a Região ganha com a diversidade dos tardia. (A Região do Dão tem uma variação entre 400 e os 700 metros). vinhos, não tenho dúvidas. Vamos continuar O relevo muda consoante os declives mais ou menos acentuados, com força para nos moldar às mudanças que com o respetivo favorecimento para a entrada dos raios solares e se aproximam, inovando na maneira de trabaamadurecimento da uva. Também a drenagem de águas pode ser imlhar a matéria-prima. Viva o Dão! portante para que a videira não sofra encharcamentos. Rafael Formoso Conseguimos facilmente arranjar um motivo válido para que numa (Enólogo) região tão pequena (cerca de 20.000 hectares de vinha) haja vinhos
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Peter Eckert não muda de rumo, mas responde ao mercado
Quinta das Marias mostra vinho ‘Naturel’ na Feira de Nelas
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s mudanças e os novos conceitos dos consumidores ‘obriga’ os produtores a estar atentos ao mercado e às novas tendências. Foi esse olhar sobre o mercado que levou Peter Eckert a produzir um vinho Natural, o que não significa que o produtor da Quinta das Marias tenha mudado o seu posicionamento no mundo do vinho, mas sim dar resposta à procura. Naturel, Garrafeira 2015, Barricas 2016 são as novidades que Peter Eckert vai levar à Feira de Nelas, este ano ‘virada’ para as sete Sub-regiões. Neste âmbito, o produtor considera que, em termos gerais, dar um relevo às sete sub-regiões é “um erro estratégico que vai enfraquecer o posicionamento da marca principal Dão e vai criar confusão na percepção do consumidor”. Gazeta Rural GR): O que o levou a fazer um vinho “Natural”? Peter Eckert (PE): Fiz o meu primeiro vinho em 1994, que hoje seria um vinho natural. Não se pôde beber, pois tinha todos os defeitos imagináveis. Era simplesmente terrível. Quis agora ver se tinha aprendido qualquer coisa e se sabia fazer melhor 23 anos mais tarde. Mas vamos pôr as brincadeiras à parte. Sou por natureza uma pessoa curiosa e sempre interessada em tudo o que se passa no mundo e claro também no nosso “mundo” dos vinhos. Tenho seguido com interesse o surgimento das tendências “retour à la nature” também no nosso métier. Os jornalistas que andam à procura de novidades começaram a dar bastante cobertura a estas tendências e as redes sociais encheram-se com debates, nem sempre pacíficos. Achei o ambiente bastante aliciante para eu experimentar também, com uma cuba de 1000 litros de vinho branco na vindima de 2017. Para poder representar a filosofia da Quinta das Marias e dos seus proprietários o vinho tinha de responder a certas condições: queria que o vinho fosse livre de qualquer ideologia; tinha de ter uma aparência aliciante para qualquer cliente normal dum restaurante e tinha de ser microbiologicamente estável durante cinco anos na garrafa. Além desta curiosidade enológica, quis também palpar o terreno e ver qual a aceitação deste tipo de vinho nos mercados. GR: Essa decisão prende-se como um novo conceito que pretende implementar na quinta ou é a resposta a um nicho de mercado que, cada vez mais, procura estes produtos? PE: Não vamos implementar um novo conceito, porque a nossa filosofia nunca foi exclusiva ou restritiva. Não se trata aqui de uma questão ideológica, mas meramente económica, pois acredito na economia do mercado. Se há procura, temos de responder com oferta. GR: A Quinta das Marias tem sido “constante” na qualidade dos vinhos que produz. É difícil manter essa qualidade, ano após ano, numa altura em que o clima está cada vez mais inconstante? PE: Melhoramos ano após ano a nossa viticultura, porque as plantas sãs e bem cuidadas adaptam-se melhor e conseguem aos poucos vencer as inconstâncias do clima. Raízes sãs e profundas, em solo vivo e nutrido, serão o supor-
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te para a parte aérea da planta que está mais susceptível aos momentos do tempo. Os vinhos, esses são fruto de dedicação e cada vez mais o reflexo de uma amálgama do nosso esforço e dedicação. A minha intenção é ter uma boa equipa de trabalho, ligando a vinha ao vinho, pois a sintonia de todos os elos só poderá dar qualidade e consistência. GR: Que novo vinho lançou ou vai lançar e como está o mercado? PE: Como novidades temos este ano o Vin Naturel do qual falámos já. Lançámos o Garrafeira 2015, o nosso terceiro Garrafeira depois dos 2005 e 2010. O Barricas 2016 é, de uma certa forma, também uma novidade. Em 2016 decidimos fazer um lote mais complexo do nosso branco premium. Continuando a poder oferecer aos nossos amigos e clientes a qualidade já esperada, fizemos acompanhar a casta Encruzado (75%) com a complexidade aromático do lote elaborado (25%) com as castas Sémillon, Gouveio e Barcelo. Sobre o mercado posso unicamente falar da minha posição de um pequeno produtor de vinhos de qualidade. Há mercado para os nossos vinhos porque temos um produto com reputação e com uma certa exclusividade. Nestes aspectos chegamos a um bom patamar, mas não poderemos falhar. GR: A Câmara de Nelas vai ‘dividir’ os produtores por sub-regiões. Qual a sua opinião acerca das sub-regiões do Dão? PE: Como se diz em termos militares, é dispersão do poder de fogo. O objectivo principal, neste momento, tem que ser o de propagar o Dão no mundo e todos os esforços e meios financeiros deveriam ser utilizados com este fim. Começar agora a dar um relevo às sete sub-regiões é, a meu ver, um erro estratégico que vai enfraquecer o posicionamento da marca principal Dão e vai criar confusão na percepção do consumidor. Quinta das Marias_Inserat halbseitig 23.08.2017 14:36 Seite 2
Quinta das Marias V I N H O S D E Q U A L I D A D E – A N O S S A PA I X Ã O
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Opnião
O Dão e as Sub-regiões
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Região Demarcada do Dão, que comemora este ano os seus 110 anos, apresenta características de solos, microclimas e castas muito diversificadas. Se pensarmos que a Região vai de Arganil a Seia ou de Mortágua até Aguiar da Beira é fácil perceber essas diferenças. A criação das suas sete sub-regiões, Alva, Besteiros, Castendo, Serra da Estrela, Silgueiros, Terras de Azurara e Terras de Senhorim, tenta de alguma forma dar uma linha de orientação dessas diferenças, contudo é necessário iniciar estudos científicos de forma a validar essas essas características e não é suficiente, do meu ponto de vista, apenas esta divisão. Para que as sub-regiões ganhem notoriedade é necessário mapear as vinhas que dão vinhos distintos e não todas as vinhas, como acontece hoje. Para mim é muito interessante todos os anos poder trabalhar em várias sub-regiões entre as quais Terras de Senhorim, Silgueiros e Terras de Azurara, onde produzimos uvas com características diferentes, com distintos períodos de maturação, resultando em vinhos com perfis únicos e de grande identidade. Hoje o consumidor mais esclarecido procura a diferenciação e, por isso, pode e deve ser o momento de levar até ao mercado as características sui generis de cada Sub-Região, nunca esquecendo, ou deixando como menos importante, o “chapéu” maior que é a Região do Dão como um todo. Sónia Martins Enóloga - Lusovini
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Tudoque queo oDão Dãotem temdedebom bompara paraoferecer oferecer Tudo Com quebra de produção
Quinta da Fata lança novos vinhos até final do ano
Tudo que o Dão tem de bom para oferecer
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Quinta da Fata vai lançar até final do ano a sua nova gama de vinhos, no seguimento daquilo que este produtor do Dão tem vindo a fazer. Para a Feira do Vinho do Dão, em Nelas, Eurico Amaral não irá levar nada de novo. A falta de tempo foi o fator condicionante para que o produtor não lançasse os novos vinhos antes da Feira de Nelas. Eurico Amaral garantiu que “não houve tempo para lançar antes”. A campanha vinícola deste ano obrigou a trabalhos redobrados, mas depois do certame de Nelas são esperados os novos Encruzado, Touriga Nacional, Reserva e Colheita. O lançamento “irá acontecer até final do ano”, diz o produtor, acrescentando que “o vinho já está pronto e engarrafado”. Sobre para os novos vinhos, Eurico Amaral manifesta-se satisfeito e confessou que tem “boas expectativas”, pois “os anos antecedentes foram bons, em quantidade, talvez um pouco exagerada, sendo que deitámos muito cacho para o chão, mas a qualidade dos vinhos é muito boa”. Quanto `vindima deste ano, o produtor da Quinta da Fata espera para ver. Tal como em toda a região, também tem quebra de produção, mas as vinhas aguentaram-se, apesar do míldio e do escaldão.
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Diz Rita Monteiro, da Quinta dos Monteirinhos
“Os vinhos mais atraentes e apelativos valorizam os factores endógenos”
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Quinta dos Monteirinhos, produtor do concelho de Mangualde, mantem a sua aposta na produção de vinhos de qualidade que mostrem o Dão na sua essência, mas que contem a história de uma família centenária na viticultura. Daí que, sustenta Rita Monteiro, “o que torna os bons vinhos mais atraentes e apelativos são os factores endógenos que devemos saber valorizar”. Na Quinta dos Monteirinhos a quebra de produção não será significativa, pois “com muito trabalho e alguma sorte, fomos escapando, no essencial, aos ataques de oídio, míldio e ao escaldão de Agosto”. Na Feira de Nelas, o produtor deverá apresentar a gama de vinhos que tem no mercado, sendo que prevê o lançamento de novos vinhos no último trimestre deste ano. Gazeta Rural (GR): Como olha para a nova organização da Feira do Vinho do Dão, dividida por sub-regiões? Rita Monteiro (RM): É uma boa ideia que permite contar a história centenária do Dão e contribui para o justo reconhecimento dos territórios onde são produzidos os vinhos do Dão. Na Região produzimos vinhos com rosto, história e uma tipicidade única, que permitem afirmar o Dão como uma região vinhateira de excelência. Não é por acaso que os vinhos do Dão têm obtido grandes resultados nos concursos nacionais e internacionais e não temos dúvidas que o Dão tem sido muito importante para o crescimento da marca Vinhos de Portugal. GR: Que opinião tem sobre as sub-regiões do Dão? RM: Há evidência científica que confirma a existência
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de um padrão comum nos vinhos produzidos com a marca Dão, independentemente da Sub-Região do Dão onde são produzidos. Mas também sabemos que o cliente mais exigente, designadamente o cliente da Gama Premium e do canal Horeca, valoriza aspectos mais subjectivos do mundo dos vinhos, como a história da Quinta ou a história da família, a cultura da localidade, a localização geográfica, ou seja, por vezes o que torna os bons vinhos mais atraentes e apelativos são os factores endógenos que devemos saber valorizar.
GR: Que vinhos novos vão lançar, ou que lançamento recentes vão apresentar na feira? RM: No último trimestre deste ano vamos lançar o Reserva Encruzado 2017 (Avô António), o Branco Blend 2017 (Avó Fernanda), o Rosé 2017 (Rosa Maria) e o Tinto 2016 (Menino Afonso). São vinhos que contam a história da nossa família, oriunda de Água Levada e Moimenta de Maceira Dão, em Mangualde, na Sub-região de Terras de Azurara, uma família de agricultores com mais de 100 anos a produzir uvas e vinhos do Dão. Com o nascimento do Afonso, o primeiro Monteirinho da sétima geração, decidimos fazer o rebranding das nossas referências, procurando homenagear as várias gerações da família Monteiro Albuquerque.
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GR: Há preocupação nos produtores da região sobre a quebra de produção. Qual a vossa situação? RM: Como é sabido, a região foi muito afectada com os incêndios florestais de 2017. No nosso caso ardeu o pinhal dentro da Quinta, mas felizmente a Adega e a vinha foram poupados. Este ano, plantámos uma vinha nova na área do Pinhal que ardeu. Às vezes na vida é perante as maiores contrariedades que encontramos forças para seguir em frente. Quanto à produção deste ano, não estamos a prever quebras de produção. Com muito trabalho e alguma sorte fomos escapando, no essencial, aos ataques de oídio, míldio e ao escaldão de Agosto. GR: Como está, de um modo geral, o mercado do vinho, interna e externamente? RM: O mercado é muito exigente e competitivo. Todos os dias aparecem vinhas novas e novas marcas. Isso é bom para o Dão e para os vinhos de Portugal. A nossa aposta vai manter-se no segmento Premium, Canal Horeca e na internacionalização. Os vinhos do Dão estão a recuperar o tempo perdido, com o esforço dos produtores e com a ajuda da CVR Dão e da ViniPortugal, dos municípios e da cadeia de valor do mercado do vinho, acreditamos que o merecido reconhecimento do mercado será compensado com melhores e mais justos preços para quem produz uvas e para quem as transforma em magníficos vinhos do Dão. A região não pode ser conhecida por ter vinhos baratos, mas deve ser reconhecida por ter vinhos de topo. E o que é bom tem de ser pago a preço justo.
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Álvaro Castro, produtor das Quintas da Pellada e de Saes
“Aquela ‘coisa’ de esperar o que chega à adega e depois fazer milagres acabou”
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lvaro Castro estima uma quebra de produção de cerca de 10% sendo, talvez, um dos produtores com menor quebra de produção. O viticultor de Pinhanços, no concelho de Seia, garante que “cada vez mais serão os anos dos viticultores”, contrariando a ideia que há ‘os anos dos enólogos’. “Aquela ‘coisa’ de esperar o que chega à adega e depois fazer milagres acabou”, afirma Álvaro Castro, mostrando-se convicto de que há diferenças nos vinhos das diversas sub-regiões do Dão. Gazeta Rural (GR): É um ano de quebra generalizada na produção de vinho. Também foi muito afectado? Álvaro Castro (AC): Penso que este ano temos uma produção menor, mas devido a causas naturais e refiro-me aos problemas que frequentemente acontecem, como a floração pouco desenvolvida em algumas castas, a temperatura excessiva, o escaldão afetou uma parte, mas nada que se tenha tornado preocupante. Tivemos o cuidado de esparrar só na zona a nascente, ainda assim temos alguma perda, que rondará os 10%. GR: Há anos em que se diz que ‘são’ dos enólogos. Este foi o ano dos viticultores? AC: Penso que cada vez mais serão os anos dos viticultores. Um enólogo que não seja viticultor, acho que tem os dias contados. GR: É um caminho obrigatório? AC: Acho que sim. Aquela ‘coisa’ de estar na adega à espera do que lá chega e depois fazer milagres acabou. Isso não existe. Portanto, o enólogo vai ter que ser viticultor. GR: É apologista de que o vinho se começa a fazer na vinha? AC: Claro, o vinho começa na vinha e cada vez mais, com as dificuldades com que somos afetados, temos que estar mais atentos à vinha, à alteração das castas, a diversos
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factores da vinha e, principalmente, saber lidar com as intempéries, sejam elas provocadas pelo calor, frio ou chuva. A primavera demasiado chuvosa faz com que os tratamentos da vinha tenham que ser em maior número, mas não podem ser tratamentos agressivos porque prejudicam o vinho. Por isso é que digo que o enólogo tem que ser viticultor. Outro factor que os enólogos têm que começar a ter em consideração é a humidade dos solos, a necessidade de regar a vinha, mesmo não sendo toda, mas a que tem maior exposição.
GR: As alterações climáticas estão a afectar, tanto como se diz, a produção de vinho? AC: Acho que as alterações climáticas são um facto e não há nada a fazer. Mas nem tudo é mau. Por exemplo, no ano passado achava que teríamos um ano mau ou melhor, um ano péssimo, porque aconteceu tudo ao contrário do que era esperado. O que é bom é uma maturação longa e suave, com noites frescas e sem temperaturas demasiado altas. O ano de 2017 foi a precocidade absoluta, porque não me lembro de começar a vindimar tão cedo como nesse ano e, portanto, achava que o vinho era péssimo. É um facto que na adega o vinho é bom, porque, de alguma maneira, a vinha suportou e adaptou-se às condições estranhas.
GR: A Feira do Vinho do Dão, organizada pela Câmara de Nelas, tem este ano uma característica diferente por ser “dividida” por sub-regiões. É um tema que tem gerado alguma controvérsia e dividido opiniões. Qual a sua opinião? AC: Acho que é uma boa medida, porque se o Dão tem
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alguma expressão e virtude, em termos internacionais, é por ser comparado à Borgonha, que é a região das diferenças e o Dão tem essas diferenças, dentro da sua região. Produzo vinhos e se na minha propriedade são diferentes porque não hão-de sê-lo dentro da região? Essa opção permitirá ao consumidor identificar se o vinho é de uma ou outra região. Não me parece que seja uma coisa negativa. GR: Acha que há efetivas diferenças entre os vinhos das sub-regiões? AC: Acho que há, efetivamente, uma diferença. Se a há dentro de uma propriedade, de certeza que também há dentro da região. Qualquer sub-região pode fazer bons vinhos, mediante a sua localização. GR: Está mais próximo de fazer o seu (melhor) vinho? AC: Acho que sim, pelo menos não vou deixar de tentar e estou mais focado nesse sentido, portanto penso que irá acontecer. GR: Alguma das vindimas dos últimos anos esteve próximo de atingir o patamar de qualidade que procura e deseja? AC: Acredito que o que decide é a viticultura de cada vindima e não tanto a vindima em si. Existe a possibilidade de fazer isso acontecer, mas em pequenas quantidades.
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Garante Susana Abreu, da Amora Brava
Vem aí um Índio Rei Encruzado e um novo Psique… Touriga Nacional
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epois do êxito que foi a gama Índio Rei, cuja apresentação oficial teve lugar no Museu de Arte Indígena, em Curitiba, a Amora Brava prepara-se para lançar o primeiro branco da gama. Será um Encruzado, com uma imagem diferente dos tintos. Por outro lado, garantiu Susana Abreu, para breve está também previsto o lançamento do novo Psique, colheita de 2015, desta vez um monovarietal Touriga Nacional, com a ‘marca’ Carlos Silva, e do qual apenas serão lançadas cerca de 3500 garrafas. Gazeta Rural (GR): Como tem sido a ‘viagem’ do Índio Rei? Susana Abreu (SA): O Índio Rei apareceu quando menos esperava e, de repente, já é muita coisa, pelos menos dentro do meu mundo. Hoje, já é comercializado no Brasil, na Polónia, em Espanha, no Japão e em Portugal, mas também temos propostas do Canadá e das Filipinas. Portanto, o negócio está a crescer e está a ser uma surpresa pela receptividade da ideia e do projecto. Muito em breve, o quarto Índio Rei, no hotel Yeatman, vai estar pronto e vai ser uma grande surpresa para toda a gente. Somos um dos três projetos do Dão presentes no hotel e isto, para mim e para o Carlos, é de facto um reconhecimento do nosso valor e o demonstrar que, - mesmo quando se começa sem uma grande quinta, sem um projeto que vem de família, - com força, determinação, vontade e com amor pelo que se está a fazer consegue-se. Só posso dizer que estou feliz com aquilo que está a acontecer. GR: E no meio deste projeto, onde fica o Psique? SA: O Psique é o nosso segredo (risos). Tem recebido inúmeras distinções. O Psique está muito bem localizado, não tem distribuidor em Portugal, o Índio Rei também não o tem, mas temos parceiros, o que é diferente. O Psique está em locais como o The Oitavos Hotel, no restaurante em Cascais, ou seja, está a entrar em sítios “especiais”. Houve um grupo hoteleiro das Filipinas que veio conhecer o vinho e, se pudesse, comprava toda a produção. Isto para dar uma ideia do quão especial é este vinho. Apesar das distinções que temos recebido, em todos os vinhos que levamos a concursos internacionais, o primeiro
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concurso nacional em que quis participar, por determinação, foi o concurso dos vinhos engarrafados do Dão, em que recebemos a medalha de ouro no Índio Rei Reserva. Contudo, as medalhas para nós não são uma distinção prioritária, pois pela simples prova e pela imagem completamente irreverente e diferente do Dão, reconhecem que é um projeto que tem asas. Claro que também há o reconhecimento pelas pessoas que estão por detrás do projecto e do trabalho. GR: Para quando um novo Psique? SA: Já existe a colheita de 2015, mas ainda não está a ser comercializada. O número de garrafas vai ser menor, das sete mil garrafas iniciais, passaremos para metade, mas temos esperanças de que será um vinho melhor. Enquanto a colheita de 2014 era 80% de Touriga Nacional e 20% Alfrocheiro, entendemos que o Psique 2015 deveria ser um monovarietal e, portanto, passa a ser um 100% Touriga Nacional. Todos os anos vai haver Psique, mas definimos as quantidades em função dos mercados, porque queremos sempre que seja um vinho especial. GR: Continua a ser uma Amora Brava? SA: (risos) O nome Amora Brava foi escolhido por ser o fruto da silva, do Carlos Silva. Às vezes, e cada vez mais, sinto-me mais amora brava do que as minhas próprias amoras. Identifico-me com o nome, amora por ser doce e o brava por ser assim (risos). Como tudo na vida, há quem goste e há quem não goste. GR: E quais são as outras novidades? SA: Este ano, da colheita de 2017, vai sair o primeiro Índio Rei 100% Encruzado, numa pequena quantidade e que será o nosso primeiro vinho branco de topo. Esta é a primeira novidade, a outra será a entrada no hotel Yeatman, como já referi, e ainda uma imagem diferente no branco relativamente aos tintos, muito bonita e com uma história fantástica. Durante este período, houve um bocadinho de afastamento das origens, do Museu Nacional Grão Vasco, da imagem do Índio Rei, mas não significa que nos tenhamos esquecido, pelo contrário. Tudo tem o seu tempo.
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UM CAMINHO A PENSAR NO FUTURO POR QUEM MELHOR CONHECE O DĂƒO
BY CARLOS SILVA AB Winemaker
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Na Feira do Vinho, em Nelas
Caminhos Cruzados vai apresentar um inédito ‘Titular’
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um ‘segredo’ que só vai ser revelado na Feira do Vinho do Dão, em Nelas. A Caminhos Cruzados vai apresentar um inédito ‘Titular’ e uma surpresa, que Lígia Santos diz ser “fora da caixa”. Num ano atípico, a produtora diz que a campanha vitícola deste ano “revelou-se um ano cheio de desafios na vinha e levou a muito investimento e esforço”. Gazeta Rural (GR): Como olha para a nova organização da Feira do Vinho do Dão, dividida por sub-regiões? Lígia Santos (LS): Julgo que a diversidade é uma característica maravilhosa da região do Dão e permite ao consumidor conhecer vários perfis distintos sobre uma base comum. Contudo, parece-me que a região tem mais força quando comunicada de forma una. GR: O que pensa sobre as sub-regiões do Dão? LS: O Dão, como um todo, tem muito potencial de crescimento, muito caminho para percorrer e julgo que será um caminho de maiores sucessos se o percorrermos juntos, em direcção a um objectivo comum de reconhecimento e qualidade. GR: Que vinhos novos vão lançar na Feira? LS: Teremos dois novos vinhos tintos da gama Titular, um deles inédito e em estreia nacional. Teremos ainda
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uma surpresa “fora da caixa”, a primeira prova do Descarada, um vinho irreverente, doce e muito fresco. GR: O ano não tem sido favorável para a produção de vinho. O que espera desta vindima? LS: 2018 revelou-se um ano cheio de desafios na vinha e levou a muito investimento e esforço da nossa parte para garantir uma vindima de grande qualidade e quantidades médias. GR: Como está o mercado do vinho para a Caminhos Cruzados? LS: Sentimos cada vez mais reconhecimento, quer do nosso projecto quer do vinho do Dão no geral, o que nos orgulha muitíssimo. Há ainda muito para ser feito no que respeita à consistência na qualidade dos vinhos, que é a nossa maior preocupação, e também no que toca à comunicação que é fundamental para que os nossos vinhos cheguem às mesas dos consumidores.
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Diz Vasco Trindade, do restaurante Santa Luzia
“As pessoas hoje interessam-se e querem saber mais sobre o vinho”
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rancos para pratos de peixe e tintos para carnes foi um conceito que já passou de moda. Vasco Trindade, do restaurante Santa Luzia, em Viseu, diz que na maioria dos casos “o cliente já sabe que vinho quer”. É que, diz em conversa com a Gazeta Rural, “as pessoas hoje interessam-se e querem saber mais sobre o vinho”. Gazeta Rural (GR): Quando um cliente pede um prato, já sabe que vinho quer ou aceita sugestões? Vasco da Trindade (VT): Na maioria dos casos, o cliente sabe o que quer e quando tem dúvidas fazemos uma recomendação. O cliente, na maioria das vezes, aceita a sugestão, gosta e fica satisfeito, contudo temos clientes que quando vêm já sabem o vinho que querem. As pessoas hoje interessam-se e querem saber mais sobre o vinho e por isso, na maioria dos casos, já não temos que o vender, mas apenas comprar, porque o cliente já sabe o suficiente para pedir o vinho que deseja. GR: Nesses casos, sugerem um prato que harmonize com o vinho que o cliente pediu? VT: Naturalmente. Durante muitos anos, os pratos de peixe eram acompanhados por um vinho branco, mais seco ou menos seco, mais graduado ou menos graduado. Hoje em dia já não é assim. Durante o Verão vende-se muito mais vinho branco, como é de esperar, pela frescura. Contudo, temos pratos, como o bacalhau ou o polvo, em que os clientes já harmonizam com vinho tinto. Felizmente, temos uma garrafeira climatizada que nos ajuda a manter o vinho à temperatura ideal e nos poupa essa preocupação. Assim conseguimos vender mais vinho tinto por se encontrar à temperatura que o cliente gosta e é ideal para a altura.
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GR: Os vinhos do Dão são diferentes de uma sub-região para oura? VT: Na minha opinião o melhor vinho é do Dão, produzido em São João de Lourosa. Os vinhos de Silgueiros e de Oliveira de Barreiros também recebem o meu reconhecimento. Durante muitos anos ‘gastei’ muito vinho de Penalva do Castelo e acho que é excelente, embora ache que tem algo de diferente. Só que, actualmente, na ‘minha casa’ já não tem tanta aceitação. De um modo geral a região do Dão tem grandes vinhos, mas destacaria Vila Nova de Tazem e os brancos de Tondela, que têm mais frescura e são mais leves.
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Isabel Pires do Restaurante Bem-Haja, em Nelas
“O vinho é um amigo da refeição”
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epois de muitos anos nas Caldas da Felgueira, com hotel e restaurante, Isabel Pires decidiu apostar em Nelas, no Bem-Haja, um restaurante com nome feito, mas que estava fechado há algum tempo. Um ano depois a ‘aventura’ está a correr bem e os vinhos do Dão têm a preferência da proprietária, mas também, e especialmente, dos clientes. Para Isabel Pires “vinho é um amigo da refeição”, mas é preciso saber tratá-lo bem, tal como aos clientes. Gazeta Rural (GR): Como tem sido a aventura no Bem-Haja, onde os vinhos do Dão são a referência? Isabel Pires (IP): Tem sido magnífico. Tentamos divulgar ao máximo os vinhos da nossa região, mas, como é óbvio, temos de outras regiões. Tanto os turistas portugueses como os estrangeiros sentem grande curiosidade em conhecer os vinhos do Dão e quando dão o primeiro gole, saboreiam e analisam a qualidade do vinho. Dá-nos algum gozo perceber que, depois disso, pretendem provar os vinhos de diferentes produtores, não gole a gole, mas garrafa a garrafa. GR: Mas tem uma selecção limitada de vinhos do Dão? IP: Naturalmente que gostaríamos de ter vinhos de todos os produtores da região, mas já aumentámos a garrafeira duas vezes, tentando sempre melhorar. O cliente aprecia cada vez mais um bom vinho para acompanhar a sua refeição, independentemente do valor. No fundo, o vinho é um amigo da refeição e nós temos cautela nos preços, para que o cliente fique a desfrutar da refeição sem que pense no peso da conta.
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GR: Costuma dizer-se que “o Dão pede comida”. As pessoas procuram, aquilo que hoje vulgarmente se chama, harmonizar o prato com o vinho ou aconselham o vinho consoante o prato que o cliente pede? IP: Temos esse cuidado, quando o cliente pede pratos mais fortes ou mais leves, tentamos aconselhar, da melhor maneira, qual o vinho que melhor acompanha a refeição, tanto nos tintos como nos brancos. GR: Como tem sido este ano, no restaurante Bem-Haja? IP: Tem sido um ano de crescimento. Apesar do restaurante já existir há largos anos, só entrámos nesta aventura há sensivelmente um ano. Tem sido gratificante e tem sido sempre a subir.
GR: E nas Caldas da Felgueira? IP: As Caldas da Felgueira é uma zona lindíssima, de descanso e de turismo. Penso que as políticas termais devem ser mudadas a nível nacional, porque é um tipo de turista que visita a região, que fica entre sete a catorze dias, que consome, explora e visita a região e investe no comércio regional e tradicional. O turismo termal tem que ser visto de outra forma, porque é um turismo que permite que a pessoa volte durante vários anos, permite criar laços e, de certa forma, fideliza o turista à região e à economia regional.
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Outras castas, como o Encruzado, Gouveio e Jaen, foram bastante mais afectadas morrendo bastantes plantas. Este ano, conseguimos fazer replantações e reenxertias nestas castas para a produção não ser tão afectada nos próximos anos. Mas ainda temos muito trabalho pela frente, tanto a nível de plantação como de requalificação das nossas vinhas. Não nos podemos esquecer que também toda a nossa floresta e olival foram completamente destruídos pelo fogo.
Severamente afectada pelo incêndio de Outubro de 2017
Quinta do Mondego está a reerguer-se das ‘cinzas’
GR: O ano passado ficou marcado pelos incêndios, este ano pelas alterações climáticas que afectaram a produção a nível nacional. Como define a campanha deste ano e qual a quebra verificada? JC: Desde o inicio do ano já sabíamos que íamos ter uma vindima com pouca produção. Nas plantas em que apenas o calor do incêndio as afectou não nasceram cachos. As outras, mais queimadas, estão a rebentar por baixo para serem formadas no próximo ano e as restantes foram replantadas ou reenxertadas. Para juntar a este cenário, imensa chuva durante a floração levou a perdas acentuadas principalmente na Touriga Nacional, obrigando-nos a tratar contra o míldio e oídio. Por outro lado, este clima chuvoso permitiu fazer as plantações até mais tarde. Por fim, nestes dias exageradamente quentes as plantas novas sofreram bastante, o que levou a alguma queima no Encruzado e Gouveio.
GR: A Câmara de Nelas, na Feira do Vinho do Dão, irá prestar homenagem aos produtores lesados pelos incêndios. Como vê esta iniciativa? Quinta do Mondego, situada nas Caldas da Felgueira, no JC: Sinceramente, discordo imensamente. Uma concelho de Nelas, foi uma das mais afectadas com os inhomenagem é uma demonstração de veneração e cêndios de Outubro de 2017, que devastaram as vinhas. Quase respeito e nós não sentimos nada disso. Homenaum ano depois, a Quinta está a reger-se das cinzas e algumas gear devia ser por actos e não por palavras. Tantas vinhas estão a recuperar bem. Joana Cunha, enóloga da Quinta, ajudas podiam ter sido dadas aos produtores afecdiz que a casta Touriga Nacional recuperou bem, mas outras, tados. Por que não colocaram os nossos vinhos nas como Encruzado, Gouveio e Jaen, foram bastante mais afectarecepções de Estado ou oferecerem às visitas de Esdas. tado ao nosso país? Quanto à homenagem que a Câmara de Nelas vai fazer aos Porque não ofereceu a Câmara de Nelas o stand na produtores afectados, a produtora discorda da mesma, tecenfeira aos produtores afectados, ou uma garrafa destes do mesmo algumas críticas quanto às opções tomadas. vinhos aos visitantes? Porque é que a Câmara de Nelas nunca ofereceu ajuda, com pessoal ou máquinas, Gazeta Rural (GR): A Quinta do Mondego foi uma das para limparmos, colocar postes, arames, tubo de rega “vítimas” dos incêndios de 2017. O que conseguiu soe mesmo ajudar a replantar? É que todas as nossas breviver na vinha? alfaias arderam no incêndio. Joana Cunha (JC): A Quinta do Mondego foi severamente Nós fazemos vinho DOC Dão e não podendo fugir para afectada pelo incêndio de Outubro de 2017. O fogo passou outro país nem para outra região… Nós é que deveríapor todas as vinhas e apenas ficou intacta a casa e a zona mos ser ajudados e incentivados pela Câmara. Ficar bem verde desta. na fotografia por uma questão de política não é suficienApós 10 meses, vemos que a vinha é bastante resistente, actuar sim. te, principalmente a casta Touriga Nacional que recuperou relativamente bem, o que é bastante importante para nós porque representa 60% do encepamento da Quinta do Mondego.
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Castas
do
Dão
Bical
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casta Bical está especialmente presente na região das Beiras, nas denominações da Bairrada e Dão, onde é também designada por “Borrado das Moscas”. É uma casta muito precoce, de elevado potencial alcoólico, embora, por vezes, levemente deficitária no equilíbrio da acidez. Apesar de muito resistente à podridão, é peculiarmente sensível ao oídio. Os vinhos resultantes desta casta são especialmente macios e aromáticos, frescos e bem estruturados. As notas de pêssego e alperce são os traços aromáticos mais distintivos, acompanhadas por vezes, e nos anos mais maduros, por discretas e sensuais notas de fruta tropical. A casta apresenta excelentes resultados quando estagiada em madeira, sobretudo quando em contacto prolongado com as borras.
QUINTA DO
FONTES DA CUNHA FAMILY OWNED WINERY FROM THE DÃO
MONDEGO family owned winery winemaker
QUINTA DO MONDEGO RED
QUINTA DO MONDEGO WHITE
MUNDA TOURIGA NACIONAL
MUNDA ALFROCHEIRO
MUNDA WHITE ENCRUZADO
MONDECO WHITE
MONDECO RED
WINE ENTHUSIAST
WINE ENTHUSIAST
WINE ENTHUSIAST
WINE ENTHUSIAST
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2009 – 92 PTS BEST BUY 2010 – 93 PTS EDITOR’S CHOICE 2011 – 93 PTS EDITOR’S CHOICE 2012 – 92 PTS
2014 – 91 PTS EDITOR’S CHOICE 2015 – 91 PTS EDITOR’S CHOICE
2012 – 93 PTS 2013 – 92 PTS
2012 – 93 PTS CELLAR SELECTION
2011 – 91 PTS 2013 – 92 PTS 2015 – 92 PTS EDITOR’S CHOICE
2012 – 89 PTS BEST BUY 2014 – 89 PTS 2015 – 88 PTS 2016 – 90 PTS BEST BUY
2010 – 91 PTS BEST BUY 2011 – 89 PTS BEST BUY 2012 – 88 PTS BEST BUY 2013 – 90 PTS BEST BUY
WINE SPECTATOR
ROBERT PARKER
ROBERT PARKER 2011 – 91 PTS
WINE SPECTATOR 2016 – 90 PTS ROBERT PARKER 2015 – 90 PTS
ROBERT PARKER 2012 – 91 PTS
2014 – 91 PTS 2015 – 91 PTS
2016 – 89 PTS WINE SPECTATOR 2016 – 88 PTS
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Diz Rui Henriques, presidente Conselho Administração
Vinícola de Nelas prevê campanha de “fraca quantidade”
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Com uma produção limitada a 1009 garrafas
Vinha de Reis lançou blend branco com 50% de Encruzado
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epois de ter surpreendido em 2017 com um Wine Note fantástico, a Quinta de Reis volta a surpreender ao lançar em 2018 um Reserva Branco, com 50% de Encruzado, tendo sido produzidas apenas 1009 garrafas. “É uma edição limitada porque só foram produzidas quatro barricas, em que se fez a batonnage durante quatro a cinco semanas e o produto final é um belíssimo vinho de edição limitada de apenas 1009 garrafas”, afirmou Jorge Reis, explicando que “a quantidade de garrafas foi escolhida por ser metade do ano corrente, 2018”. Quanto ao Wine Note, lançado em 2017, um ano depois “está melhor, como era de esperar, e com o passar do tempo continua a ganhar qualidade”, afirmou o produtor, que não tem expectativas quanto a um novo lançamento deste vinho. “Não será da colheita de este ano”, garante. Quanto à vindima deste ano, Jorge Reis prevê uma quebra de produção a rondar os 50%. “As uvas estão encaladas e a maturação não evolui”, mas “se vier chuva, será um milagre, que poderá recuperar um pouco a colheita, que nunca será muito boa em termos quantitativos”, afirmou Jorge Reis, que espera que 2019 seja melhor, até porque plantou uma nova vinha, com a casta Encruzado.
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a Vinícola de Nelas a campanha não será muito diferente de outros produ-
tores. “Foi um ano muito adverso para todas as culturas”, refere o presidente do Conselho de Administração. No caso da vinha, “houve um período de chuva na altura da floração, problemas fitossanitários na vinha, com podridões e míldio, e as chuvas dificultaram as curas e o controlo sobre as doenças. A acrescer a isto, tivemos o escaldão, que fez com que as uvas ficassem completamente negras”, explicou Rui Henriques. Portanto, acrescenta, “prevê-se uma campanha de fraca quantidade e de qualidade, embora ainda seja prematuro, mas talvez não venha a ser a desejada”. Mesmo que venha alguma chuva, Rui Henriques acredita que a mudança será pequena ou nula. “Há quebra de produção, os cachos são mais curtos e há videiras que não têm rigorosamente nada”, diz o produtor, admitindo que “a chuva ajuda sempre e acelera um pouco mais a maturação”. Para a feira do Vinho do Dão, a Vinícola de Nelas irá mostrar os seus últimos lançamentos, que são o Touriga Nacional de 2010 e o tinto Reserva 2010. Para além destes, terá na feira as gamas Estrémuas, - com o branco, e os monocastas Alfrocheiro, o Jaen, - e Status, com o Colheita Seleccionada e o Touriga Nacional, que “na minha opinião é excelente”, diz Rui Henriques.
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Na Feira do Vinho, em Nelas
Quinta Mendes Pereira mostra nova gama de vinhos
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Quinta Mendes Pereira, sediada em Oliveira do Conde, vai apresentar na Feira do Vinho do Dão cinco vinhos novos: um Alfrocheiro 2011, um branco com Encruzado e Malvasia Fina de 2015, um Encruzado de 2015, um Alfrocheiro de 2013 e um Touriga Nacional de 2011. “Temos ainda um Encruzado de 2012 para uma brincadeira”, refere Raquel Mendes Pereira Segundo a produtora, “estes vinhos vêm no seguimento daquilo que temos feito até hoje, preocupando-nos sempre com a qualidade”. Alem disso, acrescenta, “colocamos sempre no mercado um vinho para os clientes, que sabem da excepcionalidade daquilo que produzimos na Quinta Mendes Pereira”. Quanto à campanha deste ano, “a vinha estava óptima, mas o escaldão secou alguns cachos e agora temos cuidado redobrado na vinha para os aguentarmos até à vindima”, diz a produtora, que estima uma quebra “à volta dos 20%”.
Diz José Carlos Oliveira, da Quinta dos Penassais
“Colocar preços baixos no vinho não ajuda a levantar a Região do Dão”
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Quinta dos Penassais, na freguesia de São João de Lourosa, tem vindo a evoluir para um patamar de vinhos de qualidade, apostando em mercados que reconheçam a mesma. Num ano de quebra de produção, José Carlos Oliveira estima uma quebra de cerca de 25%, mas deixa uma critica a quem, diz, “tem vindo a dar tiros no pé”. “Colocar preços baixos no vinho não ajuda a levantar a Região do Dão”, sustenta o produtor. Gazeta Rural (GR): Como estão as vossas vinhas? José Carlos Oliveira (JCO): Antes do escaldão estava em estado razoável, embora tenha havido um pouco de míldio, mas por causa do escaldão prevejo uma quebra na ordem dos 25%, nos dez hectares de vinha. Também houve desavinho no Encruzado e na Touriga Nacional. A Tinta Roriz foi mais afectada pelo míldio, enquanto que outras castas, como a Tinta Pinheira, sofreram muito com o escaldão. Percebemos que as videiras que tinham sido mais desfolhadas, foi houve tivemos mais problemas. GR: A Quinta dos Penassais apostou numa nova imagem? JCO: Sim, apostámos numa nova imagem para um Grande Reserva e também para o Reserva de 2014 e o Encruzado de 2017. GR: Como está o mercado? JCO: Os restaurantes que servem as diárias, a preços módicos, escolhem vinhos muito baratos e nós não entramos nesse mercado. Na restauração mais alta e na hotelaria é possível apresentar os nossos vinhos de qualidade, como os Reserva e Grande Reserva. No mercado internacional, a nossa aposta tem sido a China. Na Europa, apostamos no mercado alemão, mas este também prefere vinhos baratos. GR: Falou nos preços. A região vai conseguir elevar o preço do vinho? JCO: Acho que há, neste momento, quem esteja a dar tiros no pé. Não é colocando preços muito baixos no vinho, que vamos conseguir levantar a região e colocar o Dão em destaque e no lugar que merece. No mercado fica-se com a ideia de que os vinhos do Dão não são, na realidade, vinhos de qualidade. Esta é uma situação preocupante. E não o deveria ser só para mim, porque um vinho DOC não pode ser vendido a dois euros e, infelizmente, no mercado é o que se vê.
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Diz Carlos Lucas, da Magnum Vinhos
“Os nomes das sub-regiões não foram bem escolhidos”
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s sub-regiões no Dão são um tema controverso e que divide opiniões. Carlos Lucas tem dúvidas de que o nome das sub-regiões, “com uma ou outra excepção, sejam adequados para despertar o consumidor e este conseguir identificar”. Entende, por isso, que “os nomes não foram bem escolhidos”. Quanto à vindima deste ano, prevê uma quebra de produção de cerca de 50%. Na Feira de Nelas vai apresentar dois espumantes, que sairão para o mercado pelo Natal. Gazeta Rural (GR): Como estão as vinhas da Magnum Vinhos? Carlos Lucas (CL): As vinhas estão a atravessar um ano difícil. As vinhas e nós e isto trará consequências para este e para o próximo ano. GR: Quais as consequências para o próximo ano? CL: As consequências são os ataques fortíssimos de míldio que poderão, inclusive, não ter lenha para a poda e vai ter que haver cortes severos para limpar fungos. Outro problema acrescido é a eliminação profunda desses fungos, quer pela queima direta da lenha, quer por aplicação antifúngica. A consequência económica para a viticultura é grande. GR: Que quebras de produção espera para esta campanha? CL: Esperamos uma quebra de produção de cerca de 40%, o que é muito significativo. Nós temos, neste momento, 50% das nossas vinhas em produção biológica e foi um ano terrível para este tipo de agricultura. Choveu constantemente, tivemos problemas no controlo das ervas e depois o escaldão. Mas o escaldão acontece porque as vinhas já estavam fragilizadas por factores anteriores ao calor. GR: Olhando para a Feira do Vinho do Dão. O que acha da opção da divisão da feira por sub-regiões? CL: Não tenho opinião formada. Confesso que olho para
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a Feira do Vinho do Dão, como a Feira do Vinho de Nelas, em que há uma tomada de posição da parte dos produtores. Normalmente não participo, porque quando são feitas as reuniões eu não posso estar presente. Acho que o mais importante é o espírito dos produtores ao estarem lá, ao partilharem os seus vinhos, ao levarem coisas novas para mostrar e, por isso, estar organizada por sub-regiões ou não, não faz diferença, é um bairrismo. Se houver uma estratégia de marketing associada e que as coisas corram bem, não vejo porque não. É o vinho do Dão que ganha.
GR: A questão das sub-regiões é um tema controverso. Qual a sua opinião? CL: Na minha opinião os nomes das sub-regiões não foram bem escolhidos. Parece tudo feito em cima do joelho e, para mim, não me parece que o nome das sub-regiões, com exceção de uma ou outra, sejam adequados para despertar o consumidor e este conseguir identificar. Não sei se é algo que ‘ajude muito à festa’, até porque a região em si já é pequena. Não faz sentido gastar energias a dividir algo que já é pequeno, mas não sou um homem de marketing, apenas enólogo e produtor.
GR: Quais são as novidades que vai apresentar na Feira do Dão? CL: Este ano, como novidade, vamos levar dois espumantes. Vamos aproveitar o fim de Agosto, que ainda será quente, para mostrar os espumantes que sairão para o mercado na altura do Natal e levamos espumantes porque achamos que combinam bem com o calor e com o serviço na feira. Será o Ribeiro Santo espumante Brut Excellence.
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Opnião
Sub-Região Terras de Senhorim
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ntes de qualquer consideração sobre a Sub-Região Terras de Se-a nível do solo o mesmo é caracterizanhorim, exige-me por imperativo de consciência uma declaração do por um solo granítico, pobre, com fortes de interesse, só a título pessoal. Sou completamente contra a existência carências de matérias orgânicas e necesde Sub-Regiões na Região Demarcada do Vinho do Dão. Numa Região sidade de correcção de pH - ao nível orotão pequena em dimensão territorial e de produção a nível nacional, e -hidrografia. Os principais rios que a constiirrelevante ao nível internacional, o importante não é dividir, mas sim tuem são o Dão e o Mondego, que correm no unir. sentido Nordeste - Sudoeste; Estas sete sub-regiões não foram úteis para nada, a não ser para - sediada no seu território estão as duas alimentar guerras e guerrinhas de Alecrim e Manjerona, que nunca maiores vinhas da Região, Quinta de São Sitrouxeram nada de bom à Região. mão da Aguieira, pertença da Sociedade de O que é necessário é a união de todos os elementos gratos à Região, Vinhos Borges, e a vinha da Casa de Santar, da desde o pequeno agricultor, ao agente económico e à CVRDÃO, de Grupo Global Wines; forma a que todos façamos o trabalho que é necessário para que o -Relativamente ao encepamento: Dão se afirme de uma vez por todas, passando a ser conhecido pela A área total ocupada pelas castas tintas neselegância, subtileza e excepcional capacidade de envelhecimento ta sub-região é de 1811 ha, deste valor 429 ha dos seus vinhos (refutando desta forma a imagem de uma Região são da casta Jaen e 76 ha do Alfrocheiro, a maior produtora de vinhos baratos e de volume, algo que nunca foi). e menor respectivamente das castas em estuSe com a nossa união conseguirmos atingir este desiderato, a Redo. gião ocupará novamente o lugar que é seu de pleno direito como Área do encepamento estudado, Sub-Região uma das melhores regiões vitivinícolas portuguesas. Senhorim (ha-%) (1) Posto isto falemos um pouco sobre as Sub-Regiões. (Colocar Gráfico com a legenda que a seguir se A base da criação das sete Sub-Regiões teve como génese um indica) estudo feito pelos Engenheiros Agrónomos Virgílio Correia de Loureiro e Américo da Conceição Miguel no ano de 1956, para a “PlaElaboração própria com base na Situação actual nificação de uma rede de Adegas Cooperativas para Região Dedo património vitícola da Região do Dão (Dezemmarcada dos Vinhos do Dão”. bro 2008) Eng.º José C. L. Amado De tal estudo resultou uma proposta que os próprios autores reconhecem como relativamente empírica (pois o problema que Após esta pequena explanação, deixo aos leitoà data os autores sentiram é o mesmo que ainda hoje se sente, res o repto de se questionarem sobre a mais valia que é falta de produção de ciência na Região), que seria a criadas sete Sub-regiões para a afirmação do nome Dão ção de três Sub-Regiões: no país e no Mundo. - Zona Central Norte (abrangeria, grosso modo, a totalidade dos concelhos de Nelas, Carregal do Sal, Mangualde, Penalva Pedro Marques Borges do Castelo e freguesias dos concelhos de Viseu, Tondela e Sa(Enólogo) tão); -Zona Central Sul (abrangeria, grosso modo, a totalidade dos concelhos de Seia e Gouveia); - Zona Periférica (abrangeria o resto dos concelhos e freguesias pertenças da Região). Trinta e sete anos passados e zero ciência produzida, é através de uma alteração estatutária (novo estatuto da região promulgado pelo Decreto-lei n.º 376/93, de 5 de Novembro), que são criadas as sete Sub-Regiões que ainda hoje vigoram na Região Demarcada do Dão Relativamente à Sub-Região Terras de Senhorim apraz-me dizer o seguinte: - é constituída pela totalidade dos concelhos de Nelas e Carregal do Sal; - em termos de altitude, o concelho de Nelas é caracterizado por uma altitude média 400 metros e o de Carregal do Sal por altitude média de 300; www.gazetarural.com
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Incêndios de 2017 queimaram 15 hectares de vinha em Tábua
Grupo Tavfer vinhos com quebra ligeira de produção
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ernando Tavares Pereira é um empresário do sucesso, para quem VIM), com o apoio do seu filho, criado com um a terra e as pessoas são o mais importante. Natural de Midões, no grupo de amigos de Midões e de outros conceconcelho de Tábua, criou o grupo Tavfer, com ligações a várias áreas lhos. “Criámos uma associação de apoio ao lede negócio, desde a metalomecânica à agricultura, como ligações nasados dos incêndios e já conseguimos distribuir cionais e internacionais. No Dão é proprietário da Quinta dos Picos alguns milhões de euros em alimentação, merdo Couto, em Tábua, e a Quinta do Serrado, em Penalva do Castelo. cadorias, rações, animais, materiais de construFoi nos anos 90 que começou a sua abordagem ao mercado viníção, electrodomésticos”, diz o empresário, sublicola, com a criação de uma pequena produção, quase artesanal, na nhando que esta associação “fez o trabalho que Quinta dos Picos do Couto. Daí para cá cresceu e hoje, para além das as autoridades competentes deveriam ter feito”. duas quintas na região do Dão, é também produtor no Douro. Tavares Pereira lembra os apoios conseguidos, 2018 tem sido um ano difícil para as vinhas e para o vinho. Aos vindos de vários pontos do país, mas também incêndios do Outubro do ano passado, que lhe consumiram 15 hecdo estrangeiro, como da França e da Suíça. Para tares de vinha, em Tábua, somam-se os efeitos das alterações clialém da ajuda que tem prestado a quem precisa, máticas, com a quebra de produção. “No nosso caso, o que mais Tavares Pereira tem sido um crítico das ações do afetou a produção foi o tempo húmido, a chuva, e os tratamentos Governo sobre as medidas aplicadas aos lesados não foram feitos a tempo por causa da meteorologia”, referiu Tados incêndios de Outubro de 2017. “O que lamento vares Pereira, lembrando que foi um ano atípico para as vinhas, é o facto da MAAVIM estar a ‘substituir’ o apoio que para a fruta e, de um modo geral, para a agricultura. Todavia, o estado deveria dar”, lembrando que “há milhares acrescentou, “o problema não foi só a chuva, mas também a de pessoas da região de Viseu, e não só, que não onda de calor que se fez sentir e que queimou os cachos”. receberam um cêntimo”. Admitindo que há um atraso “entre oito a quinze dias”, o proSegundo o empresário, “é preocupante não haver dutor mostra-se convicto de que “os vinhos serão de qualidade”. responsabilidade por parte das entidades competenFernando Tavares Pereira lembra os incêndios de 2017, que tes, como a reabertura das candidaturas, que a Aslhe consumiram cerca de 15 hectares de vinha. No concelho de sembleia da República quis fazer e o Primeiro Ministro Tábua, “ao lado das vinhas consumidas pelo incêndio do ano recusou”. O cenário que descreve é de necessidade. passado, temos boas uvas”, pelo que “esperamos uma boa co“Há pessoas que não têm nada para comer, porque o lheita e um branco muito bom”. Já em Penalva do Castelo há fogo consumiu tudo, a fruta, animais, máquinas agrí“uma perda de cerca de 20%, porque a região do Dão foi uma colas e a associação vai distribuindo ajuda monetária das mais atingidas pelas condições climatéricas”. Segundo o para que essas pessoas possam comprar o que lhes produtor, as suas vinhas, plantadas há sete anos e que cofalta para alimentar a família”. Concluiu, dizendo, que brem uma área cerca de 100 ha, “resistiram à onda de calor, “esta é uma situação degradante para esta região”, pelo que a quebra de produção não será significativa”. Tavadesafiando os responsáveis políticos “a visitar as zonas res Pereira espera vinhos de qualidade e que continuarão a afectadas pelos incêndios para verem devastação”. ter sucesso e arrecadar galardões em concursos nacionais Fernando Tavares Pereira deixa um apelo: “Luto por e internacionais”. esta causa e por estas pessoas porque foram elas que contribuíram para chegar onde estou, gente que trabalhou ou trabalha nas minhas empresas. Não posso ignoEmpresário não esquece as vitimas dos incêndios que assolaram a sua região rar, nem esquecer, quem passa por dificuldades. Por isso peço a todos os empresários que possam, para ajudarem, para irem ver o que se passa no terreno, nas zonas consuFernando Tavares Pereira é o rosto do Movimento Assomidas pelas chamas”. ciativo de Apoio às Vítimas dos Incêndios de Midões (MAA-
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Segundo o presidente António Mendes
Adega de Mangualde com quebra de produção estimada de 30%
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quebra de produção “é um problema transversal a toda a região”, referiu o presidente da Adega de Mangualde, que estima haverá menos 30% de uvas na região. António Mendes adiantou à Gazeta Rural que a Adega “está a fazer um grande esforço para chamar novos associados” e, para o efeito, “aumentámos o valor das uvas para este ano e temos também melhorado as condições de pagamento”.
quase uma década de recuperação, e já é possível respirar segurança financeira. Neste momento, o panorama é bem melhor do que antes, o que não quer dizer que as coisas estejam bem, nem para nós, nem para ninguém, porque o negócio do vinho é muito volátil e numa questão de dias o cenário de negócio pode mudar. Contudo, temos tido algumas ajudas, nomeadamente os prémios, que têm sido bastantes, não só nos vinhos, mas também na área da gestão. Somos, pelo oitavo ano consecutivo, uma PME Leader, que significa que a nível de gestão e robustez financeira tem estado tudo a funcionar conforme as normas. Recentemente fomos distinguidos pelo Millennium BCP, como Cliente Aplauso, baseado na solidez financeira, desempenho económico e na capacidade de inovação. Em relação aos vinhos, temos concorrido nos concursos de maior interesse e temos tido prémios excelentes. Este ano na ViniPortugal fomos distinguidos com um Grande Ouro, com um branco velho Encruzado de 2011, e recebemos uma medalha de ouro no concurso da Comissão Vitivinícola Regional do Dão, com um Touriga Nacional de 2014. Em termos de qualidade estamos de parabéns, mas o técnico da adega também, pelo seu trabalho.
Gazeta Rural (GR): Na área da Adega de Mangualde qual o panorama em termos de quebras na produção? António Mendes (AM): É um problema transversal a toda a região. Na Adega estamos a prever uma quebra que poderá ir de 20% a 30%, mas ainda estamos na expectativa, embora já tenhamos feito um levantamento que indica que a quebra será dentro desses valores, mas também houve boas condições para as vinhas que não tiveram problemas com o míldio e desenvolveram bem o cacho. Podemos estar perante um ano em que as uvas estão mais desenvolvidas, cachos maiores, porque houve bastante humidade no solo, daí mantermos a expectativa. Também tem sido feito um grande esforço para chamar novos associados, inclusivamente aumentámos o valor das uvas para este ano e temos também melhorado as condições de pagamento. Portanto, poderá haver um efeito secundário de forma a minimizar as quebras totais de uvas rececionadas.
GR: A última distinção que a Adega de Mangualde recebeu foi no Duero-Douro? AM: Sim, recebemos duas medalhas. É um concurso em que, por tradição e afinidade, costumamos concorrer, embora este ano não tenhamos concorrido com alguns vinhos, porque temos como princípio de que quando um vinho ganha medalha de ouro não o subtemos para mais provas.
GR: Qual é o estado da Adega hoje? AM: As empresas, a meu ver, nunca estão em situações estáveis. Temos vindo a fazer o nosso caminho, com www.gazetarural.com
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Nas zonas afectadas pelos incêndios.
Oliveira do Hospital pede travão na regeneração natural do eucalipto
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presidente da Câmara de Oliveira do Hospital apelou ao Governo para travar o fenómeno da regeneração natural do eucalipto nas zonas afectadas pelos incêndios. José Carlos Alexandrino recordou que os fogos de Outubro de 2017 consumiram “97% da área florestal do concelho” e sublinhou que “esta espécie se transformou numa autêntica invasora e que todo o território está agora invadido por muitos milhares de eucaliptos que formam autênticas selvas”. Esta posição “não representa nenhum tipo de atitude fundamentalista contra o eucalipto”, sublinha o autarca. “No entanto, se não for definida rapidamente uma estratégia nacional, não há dúvidas de que num futuro próximo vamos ter aqui autênticos barris de pólvora em matéria de risco de incêndio rural”, diz na nota. José Carlos Alexandrino refere que, “depois dos incêndios, as sementes desta espécie exótica germinaram de uma forma absolutamente descontrolada, levando a que os eucaliptos começassem a nascer rapidamente e em grande densidade por todo o território”. O autarca avisa também que “mais de 95% da floresta do concelho é de natureza privada” e assegura que, “se os agora pequenos eucaliptos não começarem a ser retirados dos terrenos”, passar-se-á “a ter povoamentos com cada vez mais material combustível e elevado risco de incêndio”. Alexandrino considera, por isso, que “o reordenamento florestal tem de ser efectivamente um desígnio nacional”. “As próximas gerações não nos perdoarão se desperdiçarmos esta oportunidade que o país tem para fazer uma verdadeira reforma florestal”, sintetiza.
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FLASH
Penalva do Castelo esteve em festa com inúmeras actividades
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enalva do Castelo viveu as tradicionais Festas do Município, durante as quais houve inúmeras actividades. Destaque para a Feira do Vinho e os produtos regionais. Para além das Festas houve lugar a um Festival Internacional de Folclore, que contou com a presença do rancho da casa, mas também do Rancho de Cumberland, cidade norte americana com quem Penalva do Castelo está geminada e onde reside uma grande comunidade emigrante.
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De 27 a 30 de Setembro
Arouca prepara Feira das Colheitas
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rouca volta a sair à rua para comemorar a colheita. De 27 a 30 de Setembro, os dias são de festa. Depois de lançada a semente à terra e do cultivo cuidado, colhe-se o fruto do nosso trabalho. A menos de um mês do início da maior e mais emblemática festa do concelho dá-se a conhecer a imagem da 74.ª edição da Feira das Colheitas. Uma programação variada pontuará novamente os quatro dias de festa. O Concurso Nacional da Raça Arouquesa, os concursos ‘A melhor broa caseira’ e ‘Vinho Verde de Arouca’, a desfolhada seguida de baile à moda antiga, o desfile etnográfico com carros de bois e cortejo de açafates e o folclore voltam a estar em destaque. No Ano Europeu do Património Cultural, a noite de quinta-feira ficará marcada por uma nova dinâmica, com o Concerto da Comunidade. “Um concerto protagonizado pelas nossas gentes, que celebrará e valorizará a nossa identidade enquanto arouquenses e que unirá a nossa cultura à música”, refere a autarquia de Arouca. Já as noites de sexta-feira e sábado (28 e 29 de Setembro) serão abrilhantadas por Miguel Araújo e os D.A.M.A., respectivamente. Por estes dias, arouquenses e visitantes convivem, celebram, visitam as feiras, assistem aos concertos, observam as exposições, revivem as tradições com o folclore e reúnem-se à mesa para saborear o melhor da nossa gastronomia.
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Última
hora
Com mais de 100 propostas em quatro dias
Feira da Dieta Mediterrânica anima Tavira
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De 31 de Agosto e 9 de Setembro
Feira de Artesanato e Gastronomia de Famalicão conta com 100 artesãos
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XXXV Feira de Artesanato e Gastronomia de Vila Nova de Famalicão, a decorrer entre 31 de Agosto e 9 de Setembro, vai contar com 100 artesãos, música e animação tradicionais. Este evento, promovido pela Câmara de Famalicão, conta este ano com mais uma dezena de novos artesãos do que em 2017, sendo que a arte dos cerca de 100 artistas vai desde a bijuteria à malha, bem como da cerâmica, do vidro, da tecelagem, do gesso e dos bordados, entre outras. Segundo refere o presidente do município, esta é “a maior Feira de Artesanato e Gastronomia do Minho, tendo um cartaz turístico-cultural de referência nacional”. Paulo Cunha refere que a feira tem conquistado “qualidade e prestígio de ano para ano” e que esse aumento de prestígio é, “em grande parte, fruto de uma forte aposta da autarquia na organização e promoção do evento, que tem levado a uma natural selecção do melhor e mais autêntico artesanato nacional, a par dos mais genuínos sabores da nossa gastronomia”. Prova do “sucesso e importância” do certame são as suas 35 edições: “35 anos de crescimento, consolidação e elevação da qualidade”, sublinha o autarca. A autarquia salienta ainda que alguns dos artesãos vão “trabalhar ao vivo”, lado a lado, com “representantes das várias regiões do país”. Pelo antigo campo da feira semanal, onde vai decorrer o evento, “há ainda espaço para os produtores que trazem consigo os vinhos, queijos, presuntos e doces mais puros oriundos de todo o país”. A feira contará com um programa musical, destacando-se a música tradicional, “com o folclore, as concertinas, os cavaquinhos e os cantares ao desafio, mas também rap, fado, jazz, e pop rock”.
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ma centena de propostas e actividades compõem a agenda da VI Feira da Dieta Mediterrânica, que durante quatro dias, entre 6 e 9 de Setembro, colocará Tavira “em clima de festa permanente”. Provas gastronómicas e petiscos, música e outras artes performativas, um mercado de produtores, mostras botânicas, poesia, exposições, projecções, visitas ao património e a colecções de fruteiras são algumas das actividades previstas. A feira, espalhada por sete locais de Tavira, contará ainda com stands institucionais, aconselhamento nutricional e cardiovascular, actividades físicas promovidas por ginásios e conversas sobre temáticas relacionadas com a dieta mediterrânica. Pelo centro histórico de Tavira, ao longo das margens do rio Gilão e na colina genética do Alto de Santa Maria, a feira promete “um clima de festa permanente”, de acordo com o presidente da Câmara Municipal de Tavira. “A edição deste ano segue na linha do ano passado”, revelou Jorge Botelho, na apresentação da iniciativa. O objectivo continua a ser a transmissão dos valores ancestrais da dieta mediterrânica, promovendo um estilo de vida que permite a afirmação do Algarve como destino “diferenciador e a todo o ano”. Na sua sexta edição, a Feira da Dieta Mediterrânica ganha mais um espaço – o mercado municipal, onde se realizarão demonstrações gastronómicas e estará patente uma exposição de fotografia – e inclui na agenda mais actividades para o público infanto-juvenil.
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De 7 a 9 de Setembro, com prova de vinhos históricos
Pesqueira mostra ‘Vindouro Wine & History’ renovada
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e 7 a 9 de Setembro a renovada Praça do Marquês, em São João da Pesqueira, coração do Douro vinhateiro, recebe mais uma Vindouro Wine & History - Festa Pombalina, em ano de festa com novidades, no concelho com a maior área de vinha classificada como Património da Humanidade. Durante três dias São João da Pesqueira junta ao afã da vindima uma festa de entrada gratuita que, na sua décima sexta edição, traz novidades. A Vindouro Wine & History estreia em 2018 a realização, no dia de abertura, às 14 horas, o Concurso de Vinhos “Douro em Prova”, evento que vai distinguir os melhores vinhos do Porto e DOC Douro. Oportunidade de ver reunidos vinhos de carácter que serão avaliados por um painel de provas constituído pelos especialistas da “Revista de Vinhos – A Essência do Vinho”. Cada produtor poderá submeter até duas referências dos seus vinhos em prova. A complementar o espaço de prova e exposição dos vinhos durienses, está prevista a presença de vários estabelecimentos de restauração, com as melhores especialidades da gastronomia regional duriense. No concelho que possui a maior área de vinha classificada como Património da Humanidade e cuja demarcação foi da responsabilidade do Marquês de Pombal, a tradição mantém-se, com a recriação da atmosfera pombalina do século XVIII no centro histórico. Durante os três dias do evento, os visitantes poderão passear e fazer compras no Mercado Pombalino e assistir ao Desfile Pombalino, momento marcante ao longo das últimas 15 edições. Ponto alto será também o tradicional Jantar Pombalino, a ter lugar sexta-feira, dia 7 de Setembro. Ainda no que à animação toca, mais especificamente a musical, vão decorrer os concertos de Diogo Piçarra (sexta-feira, 7) e de Raquel Tavares (sábado, 8). Também a não desmerecer a componente debate da iniciativa que, nos três dias do evento programa alguns painéis de discussão. Entre os temas em apreço, a conferência “Vinho, Presente e Futuro” (8 de Setembro, 11-13 horas), Conversas sobre o vinho: as castas brancas do Douro (14 horas). A 9 de Setembro os interessados poderão participar em momento análogo em torno das castas tintas do Douro (16 horas). No último dia do evento decorre um leilão de vinhos históricos, pelas 18,30 horas. A Vindouro – Wine & History é uma organização da Câmara de São João da Pesqueira, com produção da Essência do Vinho e apoio da Revista de Vinhos e da Capital Douro - Associação Industrial, Comercial e de Serviços de São João da Pesqueira.
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Câmara de Sever do Vouga lança aplicação para promover o concelho
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Município de Vila Nova de Paiva realiza IV Festival do Pão
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Município de Vila Nova de Paiva irá realizar o IV Festival do Pão, no dia 09 de Setembro (domingo), no Largo da Feira de Vila Cova à Coelheira. As inscrições estão abertas para os expositores que pretendam participar na feira, até as 17 horas de dia 04 de Setembro. A autarquia pretende ter no certame artesanato de diferentes áreas tradicionais, como cestaria, madeiras, ferro, tapeçaria, trabalhos em pedra, tecelagem, burel, lãs, linhos, entre outros. O evento consiste numa feira de artesanato e de produtos gastronómicos da região, aliada ao XXXV Festival de Folclore de Vila Cova à Coelheira, com quatro grupos que actuarão a partir das 15 horas. Haverá ainda a degustação de alguns produtos e confecção de bôlas em forno de lenha. Pelas 18 horas terá lugar a actuação de “Rosinha”.
Câmara de Sever do Vouga lançou uma aplicação móvel e gratuita que dá a conhecer o que de melhor o concelho tem para oferecer. Uma maior proximidade com os munícipes e uma interacção mais eficaz é o que pretende a autarquia severense que destaca a promoção turística como uma mais-valia da aplicação que foi alvo de uma candidatura ao Programa Valorizar, do Turismo de Portugal. Para António Coutinho, presidente da Câmara de Sever do Vouga, “a aplicação vai permitir dar a conhecer melhor a nossa terra e oferecer vários serviços aos utilizadores, intensificando a procura pelo nosso concelho e aumentando as razões para se conhecer e gostar de Sever do Vouga”. Um dos ex-libris concelhio, a ponte do Poço de Santiago, dá as boas-vindas a quem abre a aplicação. O que comer, onde dormir e o que visitar são algumas das informações disponibilizadas, além da história do concelho, calendário de eventos, notícias do Município e outros contactos úteis, sendo também possível enviar sugestões. A aplicação “Município de Sever do Vouga”, que pode ser descarregada gratuitamente, integra o projecto “Wi-fi de SeVER” que democratizou o acesso à internet nalguns locais do concelho.
Diversidade foi a chave do sucesso nas Festas de São Bernardo
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ultura, desporto, música e muita animação foram os ingredientes que estiveram presentes nas Festas de São Bernardo 2018, apresentadas pelo Município de Sátão, com o apoio dos Bombeiros Voluntários de Sátão. Os milhares de pessoas que vieram às Festas de São Bernardo, tiveram à sua disposição um programa diversificado e atractivo que pretendeu ir ao encontro dos mais variados gostos. As Festas tiveram início com Sérgio Pereira, seguido pela peça de teatro “Comunidade no Sátão”, havendo ainda lugar para um espectáculo de fogo-de-artifício que não deixou nenhum dos presentes indiferente. No dia 18, decorreu o III Running, apadrinhado pelo atleta satense Jorge Duarte, que teve cerca de uma centena e meia de participantes. Luís Martins, do Centro de Atletismo de Seia, sagrou-se vencedor masculino, e Rosa Madureira foi a vencedora feminina, arrecadando ambos um prémio. No Santuário de Nosso Sr. dos Caminhos decorreu a Festa do Emigrante, terminando o dia com o Festival de Folclore e Música Popular. No dia 19, os amantes das quatro rodas puderam assistir à Perícia Automóvel, decorreu o tradicional Festival da Sopa, onde as mais variadas sopas estiveram à disposição para serem degustadas. À primeiro fim de semana de Setembro terá um noite o Grupo HMB animou os presentes. No dia do Feriado Musabor especial em Mangualde. Durante os dias nicipal, 20 de Agosto, depois da Feira do Gado, procedeu-se à 1 e 2 de Setembro decorrerá o Fim de Semana Gascerimónia de homenagem aos Ex-Combatentes do Ultramar. A tronómico, no Largo do Rossio. No primeiro dia decortarde iniciou com a entrega do Prémio Literário “Cónego Albarerá o Festival da Bifana e do Rojão, enquanto no dia no Martins de Sousa”, tendo-se sagrado vencedora Ana Maria seguinte terá lugar o Festival de Sopas de Mangualde. Albuquerque Sousa, com a obra “Vidas Singulares”. Seguiu-se Ambos os festivais abrirão ao público às 18,30 horas. a já tradicional Garraiada. As Festas de São Bernardo encerraOs Kits para o Festival de Sopas poderão ser adquiriram com a actuação da banda Anjos. Durante todo o certame dos a partir das 14 horas de sábado, no Largo do Rossio decorreu uma exposição de artesanato, no recinto do Largo (Kit 6 Tigelas - A receita proveniente da venda dos Kit´s de S. Bernardo. reverta a favor das entidades participantes no evento). A organização deste Fim de Semana Gastronómico é da Câmara de Mangualde, que conta com os vários parceiros, como Juntas de Freguesia, restaurantes, padarias e empresas do concelho, bem como o Centro Paroquial da Cunha Baixa, Intermarché; Cooperativa Agrícola de Mangualde e Adega Cooperativa de Mangualde.
Fim de Semana Gastronómico em Mangualde
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5 | 6 | 7 SETEMBRO 2018 Valada do Ribatejo
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