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THE FUTURE
’S = O futuro
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é de todos. 09/02/2018
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Agenda
Feiras Agrícolas De 1 a 4 de Novembro Feira Internacional do Norte Os três produtos emblemáticos de Bragança são o chamariz da Feira Internacional do Norte, que junta em torno da Caça, Pesca e Castanha mais de 50 entidades e a comunidade local.
A 10 e 11 de Novembro Festival do Moscatel Com organização conjunta da Câmara de Palmela e da Associação da Rota de Vinhos da Península de Setúbal, decorre na Vila de Palmela mais uma edição do Festival do Moscatel.
De 9 a 11 de Novembro XXII Feira da Castanha Judia A Vila de Carrazedo de Montenegro, no concelho de Valpaços, vai receber a XXII Feira da Castanha Judia, evento que pretende promover e valorizar aquele que muitos consideram o ‘ouro da Terra Fria’, a castanha DOP da Padrela.
A 24 e 25 de Novembro Vin&Cultura em Ervidel A edição de 2018 da Vin&Cultura, que vai decorrer na freguesia de Ervidel, tem como objectivo revitalizar o mundo rural, promover os produtos agrícolas do concelho e especialmente o vinho que se produz nesta freguesia e em todo o concelho.
A 10 e 11 de Novembro XXXV Feira da Castanha - Festa do Castanheiro O Município de Marvão promove a XXXV Feira da Castanha - Festa do Castanheiro, evento que presta homenagem à castanha, um dos seus produtos endógenos mais característicos, e à região do Alto Alentejo.
Eventos Gastronómicos
De 2 a 4 de Novembro Feira dos Santos de Mangualde A Feira dos Santos está de volta a Mangualde. O certame, que conta já com mais de 300 anos existência, voltará a animar as ruas do centro da cidade, colocando em destaque o que de melhor se faz no concelho ao nível da gastronomia, vinhos, artesanato, agropecuária, máquinas e alfaias agrícolas, camiões, entre outros. De 2 a 4 de Novembro Festival de Outono 2018 Numa época em que a natureza nos envolve de cores únicas, o município de Manteigas promove o Festival de Outono, dinamizando um conjunto de acções como forma de promover a gastronomia e todas as potencialidades e riquezas naturais do concelho. A 11 de Novembro II Feira de Artesanato e Sabores A Vila de Sangalhos recebe a II Feira de Artesanato e Sabores da Vila de Sangalhos – Feira de São Martinho, uma iniciativa da Associação das Geminações da Vila de Sangalhos (AGVS), que conta com o apoio da Câmara de Anadia.
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Eventos Vínicos
De 9 a 11 de Novembro Mercado Magriço Penedono recebe mais uma edição do Mercado Magriço, que este ano tem, na componente de animação, os Anjos e Paulo Gonzo como cabeças de cartaz. Este evento pretende fomentar o empreendedorismo, valorizando as iniciativas locais, mas é também uma mostra de produtos endógenos, com destaque para a castanha e o azeite
Eventos sectoriais
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A 24 a 25 de Novembro VIII Feira Transfronteiriça ECORAIA O recinto de feiras e exposições de Salamanca vai receber a oitava edição da Feira Transfronteiriça ECORAIA. Este evento desenvolve-se no âmbito do Projeto BINSAL EMPREENDE e está inserido nas actividades da Comunidade de Trabalho BIN-SAL AMCB – Diputación de Salamanca.
De 2 a 4 de Novembro Festa das Sopas e Merendas em Freixo de Espada à Cinta A tradição gastronómica dos territórios do Nordeste Transmontano e Douro vai estar em destaque na Festa das Sopas e Merendas, que decorre na vila de Freixo de Espada à Cinta. A 3 e 4 de Novembro Festival de Sabores e Tradições É o Festival Serranias, em Soutosa, Moimenta da Beira. É um festival genuíno em tudo. Autêntico na evocação de costumes, hábitos e tradições populares locais. E também de sentidos e sabores ímpares degustados à mesa. De 11 a 13 de Janeiro de 2019 Feira Gastronómica do Porco O município de Boticas prepara já a edição 2019 de um certame que vai na vigésima primeira edição e que se irá realizar de 11 a 13 de Janeiro de 2019, como habitualmente no Pavilhão Multiusos de Boticas. Evento de Época De 2 a 4 de Novembro Ciclo “12 em rede | Aldeias em Festa” Idanha-a-Velha é uma das estações arqueológicas mais notáveis de Portugal. Guarda, ainda, vestígios das diversas épocas e ocupações de que foi palco, por onde passaram povos romanos, suevos, visigodos, muçulmanos, e por fim, cristãos. É a história do rei de um destes povos que vai servir de mote para três dias de festa nesta Aldeia Histórica, de 2 a 4 de Novembro.
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Wine in Azores comemorou 10 anos com a melhor edição de sempre. Este evento tornou-se numa das grandes referências nacionais para os produtores apresentarem novos vinhos, num mercado em franco crescimento no arquipélago dos Açores
Sumário 05Salamanca prepara VIII Feira Transfronteiriça ECORAIA 06Rei dos Visigodos inspira três dias de festa em Idanha-a-Velha 07Tradicional Feira dos Santos está de volta a Mangualde 08Soutosa recebe Festival de Sabores e Tradições 09Manteigas promove Festival de Outono 2018 10Palmela promove mais uma Festival do Moscatel 12Festas da Cidade 2018 animam concelho de Torres Vedras 13Anjos e Paulo Gonzo são cabeças de cartaz do Mercado Magriço 14Feira Internacional do Norte renovada para promover Caça 15Marvão promove a castanha e a gastronomia associada 16Feira do Porco e do Enchido de Meruge à espera de milhares de pessoas 18Comunidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões quer activar enoturismo 19Adega Heinrich aposta na simbiose do tradicional com a inovação 20Lusovini apresentou os novos Tapada do Coronel Branco e o Flor de Viseu 2015 22Wine in Azores 2018 bateu “todos os recordes” 23Pinhel acolhe evento que promove vinhos e sabores da Beira Interior 24Marca ‘Portugal By Beira Baixa’ vai internacionalizar produtos locais 26Grupo Valouro inaugurou o reconstruído Centro de Incubação de Tondela 29Sernancelhe apresentou manual de boas práticas para o castanheiro e castanha 30Portugal quer ser autossuficiente em carne de porco até 2030 33Festa do Torricado volta animar a vila de Azambuja 34Montalegre aposta na valorização dos produtos locais e troca de experiências 35Tradição do São Martinho mantem-se em Penafiel 36Linhaceira regressa a 1918 para celebrar centenário da sua escola 37Carrazedo de Montenegro recebe XXII Feira da Castanha Judia 38Idanha recebe apresentação da Estratégia Nacional para a Agricultura Biológica 4
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Ficha técnica Ano XIII | N.º 327 Periodicidade: Quinzenal Director: José Luís Araújo (CP n.º 7515) jla.viseu@gmail.com | 968 044 320 Editor: Classe Média C. S. Unipessoal, Lda Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu Redacção: Luís Pacheco Opinião: Miguel Galante | Paulo Barracosa Departamento Comercial: Fernando Ferreira Redacção: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu | Telefone 232436400 E-mail Geral: gazetarural@gmail.com Web: www.gazetarural.com ICS: Inscrição nº 124546 Propriedade: Classe Média - Comunicação e Serviços, Unipessoal Limitada Administração: José Luís Araújo Sede: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu Capital Social: 5000 Euros | CRC Viseu Registo nº 5471 | NIF 507 021 339 Dep. Legal N.º 215914/04 Execução Gráfica: Novelgráfica | R. Cap. Salomão, 121 - Viseu | Tel. 232 411 299 Estatuto Editorial: http://gazetarural.com/ estatutoeditorial/ Tiragem média Mensal: Versão Digital: 100.000 exemplares Versão Impressa: 1000 exemplares Nota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores.
Acontece a 24 a 25 de Novembro
Salamanca prepara VIII Feira Transfronteiriça ECORAIA
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recinto de feiras e exposições de Salamanca vai receber a oitava edição da Feira Transfronteiriça ECORAIA, nos dias 24 e 25 de Novembro. Este evento desenvolve-se no âmbito do Projeto BIN-SAL EMPREENDE e está inserido nas atividades da Comunidade de Trabalho BIN-SAL AMCB – Diputación de Salamanca. “Este é um acontecimento que já fidelizou produtores e visitantes, que totalizam em média 30.000 pessoas, num espaço que acolhe mais de 100 expositores, nacionais e espanhóis. Este certame tem se revelado uma excelente porta de entrada dos produtos nacionais para o mercado Ibérico, com resultados em negócios de vários produtores portugueses com importadores ou comerciantes da vizinha Espanha e vice-versa”, refere o presidente da Associação de Municípios da Cova da Beira, entidade co-promotora do certame. José Manuel Biscaia salienta a importância deste evento, contando, mais uma vez, com a adesão dos produtores nacionais. “A AMCB abre agora nova oportunidade para que todos os agentes económicos do setor agroalimentar se possam inscrever e participar nesta que é a maior feira transfronteiriça agro-alimentar da Península Ibérica”. A inscrições encontram-se abertas e podem ser realizadas através dos contactos amcb@amcb.pt ou através das informações constantes nas redes sociais e site da AMCB em www. amcb.pt.
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De 2 a 4 de Novembro
Sopas e merendas vão “reinar” em Freixo de Espada à Cinta
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tradição gastronómica dos territórios do Nordeste Transmontano e Douro vai estar em destaque na Festa das Sopas e Merendas, que decorre na vila de Freixo de Espada à Cinta de 2 a 4 de Novembro. “Pretendemos dinamizar a economia da restauração e hotelaria, com um De 2 a 4 de Novembro, no âmbito do ciclo evento que vai ao encontro da tradição gastronómica do concelho, onde “12 em rede | Aldeias em Festa” pontificam as sopas e as tortas”, disse Maria do Céu Quintas, presidente da Câmara de Freixo de Espada à Cinta. Segundo os promotores, a Festa das Sopas e Merendas, que se realiza na vila transmontana, poderá constitui-se como um cartaz gastronómico de “excelência” no contexto da oferta turística na região norte do país. O visitante poderá degustar uma variedade de “manjares” que vão desde produtos de fumeiro ao cabrito assado, peixe do rio, tortas, queijos, sopas, bolas e doçaria conventual e tradicional. As actividades da Festa da Sopas e Merendas decorrerão no centro desta vila do distrito de Bragança, onde haverá espaço para os produtos da terra e animação musical. Além deste espaço, haverá ainda a adesão de restaurantes da vila, que proporcionarão aos visitantes danha-a-Velha é uma das estações arqueológios manjares de outros tempos, onde as sopas e as merendas serão cas mais notáveis de Portugal. Guarda, ainda, o prato forte. vestígios das diversas épocas e ocupações de que Segundo a organização, a iniciativa pretende recuperar receitas foi palco, por onde passaram povos romanos, sueantigas como as sopas de alho, de tomate, de batata, da segada, vos, visigodos, muçulmanos, e por fim, cristãos. É a à base de feijão-verde, espargos silvestres, e as tradicionais “berhistória do rei de um destes povos que vai servir de ças”, um prato à base de couves, tortas e produtos de fumeiro. mote para três dias de festa nesta Aldeia Histórica, “Em épocas de grandes trabalhos agrícolas, as sopas eram um de 2 a 4 de Novembro. alimento ideal para enfrentar um dia de trabalho árduo, já que “Nas terras do Rei Wamba... Há sementes” é o désão ricas do ponto de vista calórico”, frisou a autarca de Freixo cimo evento do ciclo “12 em rede | Aldeias em Festa” de Espada à Cinta. que, durante todo o ano, leva animação e cultura às Os vinhos produzidos neste território da Região Demarcada 12 Aldeias Históricas de Portugal. Desta vez, é a hisdo Douro ocupam também um lugar de destaque no certame, já tória de Wamba que vai inspirar três dias de festa em que a aposta de novos produtores tem vindo a crescer. Idanha-a-Velha. Um humilde lavrador que um milagre Para a organização da iniciativa, “com a vida agitada da societornou rei dos Visigodos. dade moderna, perderam-se as práticas de uma alimentação É à volta dessa história, de estórias de sementes e saudável e variada” e que, através deste tipo de certames, “nodas estórias que a terra tem para contar que Idanhavos hábitos alimentares poderão ser adoptados”. -a-Velha vai viver dias de grande animação. Concertos, gastronomia, espectáculos de rua, workshops no forno comunitário, conferências sobre sementes e alimentação saudável, mas também visitas guiadas temáticas são “só” algumas das actividades que vão ser desenvolvidas. No fundo, um extenso e diversificado programa para todas as idades, com entrada gratuita.
Rei dos Visigodos inspira três dias de festa em Idanha-a-Velha
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Festa só acaba em Dezembro! O ciclo “12 em rede | Aldeias em Festa” só termina em Dezembro. Depois das nove Aldeias Históricas de Portugal que já receberam eventos, as festas continuam em Monsanto (9 a 11 de Novembro) e Belmonte (7 a 9 de Dezembro). São nove meses de grande animação e que levam milhares de visitantes às 12 Aldeias Históricas de Portugal.
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Nos dias 2, 3 e 4 de novembro
O melhor de Mangualde está em destaque na Feira dos Santos
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Feira dos Santos está de volta a Mangualde nos dias 2, 3 e 4 de Novembro. O certame, que conta já com mais de 300 anos existência, voltará a animar as ruas do centro da cidade, colocando em destaque o que de melhor se faz no concelho ao nível da gastronomia, vinhos, artesanato, agropecuária, máquinas e alfaias agrícolas, camiões, entre outros. Segundo o presidente do município de Mangualde, “aliaremos, mais uma vez, aquilo que são as nossas tradições a um evento cosmopolita, pensado para os mangualdenses, emigrantes e turistas que nos visitam”, afirmou João Azevedo. Esta é uma festa para toda a família, onde não faltará animação musical, palestras, workshops ou oficinas. Além da ‘Feira dos Santos à Mesa’, em que os restaurantes aderentes proporcionarão
uma ementa regional dedicada a esta Feira, - com enchidos da região, rojões à moda de Mangualde, febras à Feira dos Santos, requeijão com doce de abóbora, queijo da serra e vinho do Dão, - estarão ainda em destaque cada uma das freguesias do concelho, bem como o tecido empresarial, os produtos regionais e as instituições parceiras, como o Turismo do Centro de Portugal, a CIM Viseu Dão Lafões, a Associação Empresarial de Mangualde e o Conselho Empresarial da Região de Viseu. No domingo, dia 4, o programa televisivo “Somos Portugal” será transmitido em direto, na TVI, a partir do Largo Dr. Couto. A emissão decorrerá entre as 12 e as 13 e entre as 14 e as 20 horas, contando com as atuações de vários artistas/grupos do concelho e dando a conhecer ao país o que de melhor Mangualde tem para oferecer. João Azevedo reforça que “só a união de esforços permitirá mostrar àqueles que nos visitam e àqueles que nos assistem pela televisão aquilo que nós, mangualdenses, já sabemos: que somos terra de gente empreendedora, de produtos de qualidade e que muito respeitamos as nossas tradições”.
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No concelho de Moimenta da Beira, a 3 e 4 de Novembro
Festival de Sabores e Tradições em Soutosa
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o Festival Serranias. É um festival genuíno em tudo. Autêntico na evocação de costumes, hábitos e tradições populares locais. E também de sentidos e sabores ímpares degustados à mesa. E que tal um cheirinho das ementas? Açorda de bacalhau, sarrabulho, ossos da suã, torresmos, batata cozida, papas de ralão, arroz de sanchas e feijoada típica. Tudo feito em potes de ferro sobre as brasas da fogueira que arde dia e noite, nos dias 3 e 4 de novembro, em Soutosa, Moimenta da Beira, terras de Aquilino Ribeiro. Mas o programa não vive só de sabores, há um concurso literário, conversas sobre Soutosa e mestre Aquilino e poesia, nos momentos musicais há concertinas, uma noite de fados e de música popular e na animação de rua, as ‘Marias Malucas, Romeiras de Portugal e os insufláveis para as crianças. Um destaque ainda para a feirinha de produtos regionais que funcionará em barraquinhas e tendas que serão montadas no recinto. O cartaz volta a prometer e é, por isso, imperdível. Do programa destaque para a tradicional matança do porco e a tradicional ceia da desmancha do porco. Já no domingo haverá o almoço típico da época com arroz de Sanchas (Míscaros), feijoada típica e para terminar o tradicional arroz doce.
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Iniciativa decorre a 11 de Novembro, com apoio da Câmara de Anadia
Vila de Sangalhos recebe II Feira de Artesanato e Sabores
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Vila de Sangalhos recebe, a 11 de Novembro, a II Feira de Artesanato e Sabores da Vila de Sangalhos – Feira de São Martinho, uma iniciativa da Associação das Geminações da Vila de Sangalhos (AGVS), que conta com o apoio da Câmara de Anadia. A AGVS pretende com esta iniciativa promover, potenciar e mostrar as vertentes tradicionais, criativa e contemporânea do artesanato existente no concelho de Anadia, bem como a nível nacional. Por outro lado, é também sua pretensão chamar a atenção e estimular os mais jovens para que valorizem e se dediquem ao artesanato nacional, pela importância económica e social que tem, quer a nível local e regional, quer, ainda, a nível nacional e internacional. Fomentar o aparecimento de jovens artesãos ou empresários, no âmbito desta actividade; promover a troca de saberes entre as pessoas; estimular o gosto pela agricultura biológica, com apresentação de produtos agrícolas; e dar a conhecer a cultura artesanal do nosso país são outros dos objectivos a que se propõe. O Município de Anadia, que cedeu 20 tendas para este evento, pretende com este apoio contribuir para alcançar o objectivo proposto pela Associação e constituir um incentivo à continuidade das iniciativas e à envolvência das associações e participação dos cidadãos. De recordar que autarquia vem promovendo acções, em parceria com diversas entidades, e colaborando em outras, com o propósito de promover a aprendizagem e o exercício de cidadania, através de um plano de actividades que vá ao encontro do desenvolvimento de uma maior sensibilidade social, cultural e ambiental.
De 2 a 4 de Novembro, na Praça Municipal
Manteigas promove Festival de Outono 2018
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uma época em que a natureza nos envolve de cores únicas, o município de Manteigas promove de 2 a 4 de Novembro, na Praça Municipal, o Festival de Outono, dinamizando um conjunto de acções como forma de promover a gastronomia e todas as potencialidades e riquezas naturais do concelho. O desfile de moda ‘O Burel e Manteigas’, centrado no burel e na sua dinâmica no seio do território, marca a abertura da primeira noite do certame, a 2 de Novembro. Nos dias 3 e 4 de Novembro, é de realçar a caminhada ‘Ao Encontro das Faias’, e a saída de campo micológica ‘Saber Conhecer o Cogumelo’, com recolha e exposição posterior dos exemplares no recinto do festival, respectivamente. Duas iniciativas em contacto directo com a natureza, onde os participantes vão ter a oportunidade de desfrutar da beleza paisagística que o Outono proporciona. A animação musical está assegurada com a presença dos grupos musicais Remember Revival Banda, na noite do dia 2 de Novembro; Ginga, na segunda noite do certame, e os Red no final da tarde do dia 4 de Novembro. A animação será uma constante do festival, com a presença da Fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Mantei-
gas, Grupo Manta d’Ourelos, Tukariouppa BBU Fanfare e Concertinas. O público será também chamado a participar na degustação de licores e doces caseiros, no concurso ‘Bolo alusivo ao Outono’, no showcooking promovido pela Escola Profissional de Hotelaria de Manteigas e no Magusto e Prova de Jeropiga Caseira. Razões mais que suficientes para visitar a Vila de Manteigas, de 2 a 4 de Novembro, deslumbrar-se com as cores outonais e saborear a gastronomia local. Durante os dias do evento, estará patente na Sala de Exposições do Centro Cívico de Manteigas, a mostra subordinada ao tema ‘Utensílios e Alfaias Agrícolas’.
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Evento natalício decorre de 7 a 24 de Dezembro
Penamacor Vila Madeiro com inscrições abertas a expositores Nos dias 10 e 11 de Novembro
Palmela promove mais um Festival do Moscatel
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á se encontram abertas as inscrições para o Mercado de Natal e para as Casas e Tasquinhas do Penamacor Vila Madeiro. Este ano, o evento natalício decorre de 7 a 24 de Dezembro e as inscrições deverão ser realizadas, impreterivelmente, até ao dia 9 de Novembro na página da internet da autarquia de Penamacor e o formulário deverá ser enviada para o email gab.cultura@cm-penamacor.pt. A iniciativa decorre no Jardim Municipal e nas ruas 25 de Abril, Ribeiro Sanches, de Santo Estêvão, Sacadura Cabral, do Pina e Major André Bastos. As normas de participação poderão ser encontradas, igualmente, no site do evento. O programa será divulgado oportunamente.
om organização conjunta da Câmara de Palmela e da Associação da Rota de Vinhos da Península de Setúbal, decorre, nos dias O Madeiro 10 e 11 de Novembro, na Vila de Palmela, mais uma edição do Festival do Moscatel. Recorde-se que o Madeiro de Penamacor ganhou fama de ser o O evento, de entrada livre, conta com um Mermaior do país. Todos os anos, com o aproximar do Natal, por todas as cado, no dia 10, das 15 às 23 horas, e no dia 11, freguesias do concelho, os jovens em idade de cumprir o serviço midas 15 às 20 horas, no qual o visitante encontralitar unem-se para cortar e transportar os troncos que alimentarão rá uma mostra permanente de vinhos Moscatel a fogueira para aquecer o Menino Jesus. e poderá provar e comprar Moscatel de Setúbal, O grande monte de madeira, depositado no adro da igreja, é Moscatel Roxo e brancos e espumantes produziateado ao cair da noite do dia 24, à exceção de Penamacor, que dos com esta casta. arde de 23 para 24, e mantém-se aceso durante vários dias. DeEsta é também uma oportunidade única para pois da ceia de Natal, a população reúne-se em redor da fogueira, contactar directamente com os produtores. Vão num gesto ritual de fraterno encontro. estar presentes a Adega Camolas, a Adega de PalEm Penamacor, a chegada do Madeiro tem data marcada e o mela, a Casa Agrícola Assis Lobo, a Casa Agrícola ato assume foros de festividade. De facto, no dia 8 de Dezembro, Horácio Simões, a Casa Ermelinda Freitas, a Cooa população acorre generosamente à rua para saudar o cortejo perativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões, a Dade tratores e reboques, em número que procura sempre bater masceno, a Malo Wines, a Quinta do Monte Alegre, o antecedente, onde os jovens do ano, dantes só os rapazes e a Sivipa, a Venâncio da Costa Lima e a Adega Xaxier agora também as raparigas, empoleirados nos troncos, atiram Santana. à rebatina os frutos do ramo de laranjeira que a praxe manda O Festival terá a presença de fabricantes de produtrazer, cantando acompanhados à concertina. tos regionais confeccionados com Moscatel e várias actividades paralelas, como provas de vinhos comentadas, harmonizações vínicas, workshops, showcooking, animações musicais e um debate, no dia 11, organizado com a Associação Portuguesa de Enologia, sobre “O Papel do Enólogo na Actualidade”. O copo de prova oficial do Festival tem o valor de 1,50 euros, com oferta de uma prova de Moscatel de Setúbal, sendo necessária a sua aquisição para participar em algumas actividades, que decorrem entre o Cineteatro S. João, a Casa Mãe da Rota de Vinhos e a Biblioteca Municipal. O Festival do Moscatel em Palmela é um evento bienal na área do Enoturismo, que visa contribuir para a valorização da produção de Moscatel de Setúbal e da sua aplicação a produtos inovadores de gastronomia e doçaria, divulgando o conhecimento e a apreciação desta casta de características únicas.
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Festival das Vindimas apresenta um novo conceito
Festas da Cidade 2018 animam concelho de Torres Vedras
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Realiza-se de 7 a 16 de Junho ecorem até 11 de Novembro as Festas da Cidade de Torres Vedras, uma iniciativa da autarquia local que visa promover o território, os produtos locais e a gastronomia. Tasquinhas, Festival do Pastel de Feijão de Torres Vedras, Mostra de Uvada e Provas de Vinhos voltam a dar forma ao Pavilhão Multiusos da Expotorres, mostrando a diversidade gastronómica que caracteriza as freguesias do concelho, sempre com momentos de animação. Uma “receita garantida” que faz a delícia dos torrienses e daqueles que visitam esta região, assim como o programa dos Acordeões do Mundo, o Encontro de Bandas Filarmónicas do Concelho ou o São Martinho, Compras e Vinho. “As Festas da Cidade de Torres Vedras têm vindo a assumir uma importância cada vez mais reforçada ao longo dos anos, assumindo-se como uma aposta do Município e ganhando cada vez mais relevo junto das populações do Concelho. Este ano, além de reafirmarmos edição de 2019 da FESTAME - Feira do Muo carácter identitário que julgamos essencial preservar, apresennicípio da Mealhada vai crescer para dez tamos várias novidades que visam alargar o seu âmbito”, refere a dias de festa. O maior evento comercial, indusautarquia. trial e agrícola concelhio, e o único na região com Pela primeira vez, as Merendas do Acordeão vão sair da cidade, entradas sempre gratuitas, irá decorrer, no próxilevando os sons que marcam o concelho de Torres Vedras e as mo ano, entre 7 e 16 de Junho, no Complexo Dessuas tradições às freguesias torrienses. “E no ano em que somos portivo da Mealhada, com espectáculos musicais ‘Cidade Europeia do Vinho 2018’, juntamente com Alenquer, a ao mais alto nível, gastronomia, exposição e feira, actividade Vinhos no Mercado irá levar vinhos e produtores da artesanato e eventos desportivos. região ao Mercado Municipal, com provas comentadas, converA equipa organizadora da Festame está já a trabasas sobre vinho e demonstrações de showcooking. lhar na próxima edição, estando previstos, no total, Já o Festival das Vindimas apresenta um novo conceito, pascerca de 200 espaços de exposição. A gastronomia sando por locais que se constituem como uma verdadeira hotípica ficará, como habitualmente, a cargo de instimenagem à vinha e ao vinho e conduzindo o processo de eleituições particulares de solidariedade social e não falção da Rainha das Vindimas de Torres Vedras de uma forma tará também o artesanato regional e nacional. A feira intrinsecamente ligada ao tema que lhe dá mote. A 11 de Nomanterá também a área de street food, inaugurada vembro, a grande final irá fechar com “chave de ouro” os 16 este ano, mas prevêem-se diversas novidades, nodias de comemorações. meadamente no que se refere à disposição dos vários sectores no espaço disponível. O cartaz da feira não está ainda definido, mas o objectivo será manter o nível qualitativos dos últimos anos. O placo 2 ficará, como habitualmente, reservado às colectividades do concelho. Tal como nas edições anteriores, a matriz de gratuitidade da Festame mantém-se, quer para os visitantes, quer para a maior parte dos expositores. A Câmara da Mealhada mantém o aspecto diferenciador das restantes feiras e festas da região, procurando que estes dias, além de potenciarem a economia local, sejam de encontro e de festa para os residentes, mas também para os milhares de visitantes que se deslocarão à Mealhada.
FESTAME 2019 aposta em cartaz de nível qualitativo dos últimos anos
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enedono recebe mais uma edição do MerDe 9 a 11 de Novembro, em Penedono cado Magriço, que este ano tem, na componente de animação, os Anjos e Paulo Gonzo como cabeças de cartaz. Este evento pretende fomentar o empreendedorismo, valorizando as iniciativas locais, mas é também uma mostra de produtos endógenos, com destaque para a castanha e o azeite, bem como de actividades desenvolvidas em diferentes sectores do concelho, como a pecuária, o artesanato, as actividades agrícolas, comerciais e industriais. A nona edição vai decorrer de 9 a 11 de Novembro e para além de ser uma mostra das potencialiploração de granito, mas também, por exemplo, no fabrico de dades de Penedono, tem este ano vários atractivos calçado, criado e produzido em Penela da Beira e que tem dado suplementares, com um cartaz musical de peso. que falar. Com os Anjos e Paulo Gonzo à cabeça, o cartaz inclui Para além disso, o concelho tem no artesanato outro produto também Márcio Pereira, Os DJs Magestic1C e Nekhas de elevada qualidade, que é o mote da identidade concelhia, e a Banda ‘Os Red’. como é o artesanato em junça de Beselga, reconhecido a nível O Mercado Magriço é, também, uma recriação hisnacional e com a respectiva certificação, mas também a arte tórica, naquela que é uma aposta do município de ancestral da tecelagem de Castainço, na qual a câmara de Trancoso no turismo e na atracção de pessoas à rePenedono tem vindo a apostar na sua revitalização. gião, tendo o castelo medieval como ex-libris. A isso, Há, por isso, muitos e variados motivos para, naquele fim o concelho junta uma panóplia de produtos de grande semana, visitar Penedono, onde são esperados mais de 20 de qualidade, com a castanha e o azeite em destaque, mil visitantes. É que o programa contempla, para além dos para além de uma gastronomia rica e variada. espectáculos musicais, outras actividades atractivas, como Sob o mote “Fomentar o empreendedorismo, valoriprovas de cogumelos e doçaria; um concurso de castanha zando as iniciativas locais”, a autarquia de Penedono e respectiva entrega de prémios; um concurso de ovinos e visa também mostrar o que de melhor se faz no concaprinos, bem como a já tradicional caminhada ‘Na Rota do celho, nomeadamente nas actividades associadas aos Azeite’. sectores primário e terciário, com destaque para a ex-
Anjos e Paulo Gonzo são cabeças de cartaz do Mercado Magriço
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De 1 a 4 de Novembro, em Bragança
Feira Internacional do Norte renovada promove caça, pesca e castanha
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s três produtos emblemáticos de Bragança são o chamariz da valor económico de 100 milhões de euros para Feira Internacional do Norte, que vai decorrer de 1 a 4 de Noa região e, naturalmente, com muita importânvembro, que junta em torno da Caça, Pesca e Castanha mais de 50 cia para o concelho”. entidades e a comunidade local. “Somos a Capital da Castanha e esta iniciaHá 17 anos que a Norcaça, Norpesca e Norcastanha se assumem tiva tem como objectivo promover, a nível naanualmente como uma montra dos produtos locais com maior peso cional e internacional, não só este recurso tão económico no concelho e que, este ano apresenta “um novo formavalioso, mas também a caça e a pesca, dois secto”, com actividades “para todos”, segundo Hernâni Dias, presidentores com dimensão considerável na nossa ecote da Câmara de Bragança. nomia”, acrescentou Hernâni Dias. A autarquia é a promotora do evento, em parceria com várias A Feira Internacional do Norte reserva também entidades locais, e está apostada em direccionar a feira para diespaço para os mais novos com animação infantil, ferentes públicos, desde “especialistas nas diversas áreas temádiversos equipamentos de diversão e com vigilânticas, amantes de caça e da pesca, produtores e interessados na cia, e os mais crescidos terão a Parede de Escalacastanha, amantes de deporto, da moda, do artesanato”. da, com o acompanhamento do Exército. A Câmara pretende dar-lhe “dimensão ibérica”, nomeadamente Para apreciadores de falcões e outras aves de com a presença dos vizinhos espanhóis, entre os expositores e rapina, será possível visitar a exposição e assistir visitantes, no espaço do Centro Empresarial de Bragança. a demonstrações de cetraria. Haverá exposições “Ao longo dos quatro dias, será possível degustar a gastronode elementos escultóricos alusivos ao evento elamia de excelência da região e, em particular, os três produtos borados por instituições locais, pintura, fotografia e emblemáticos desta época na região: a caça, a pesca e a casquadras de S. Martinho. tanha. Além disso, este ano, com a particularidade de ser palco O certame tem também um espaço de educação de diversas actividades diferenciadoras de edições anteriores, ambiental, onde se realizarão oficinas para ensinar a desde logo um concerto na noite de dia 3, com a fadista Cuca fazer a compostagem doméstica e um Teatro de Rua, Roseta, e uma Gincana de Tractores agrícolas, no dia 4 à tarde, que explica como deve ser feita a separação selectiva tornando este evento representativo, também, do meio rural”, do lixo. explicou. O desporto e contacto com a natureza são outras O secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rudas actividades do programa, com a Maratona Ibériral, Miguel João de Freitas, preside à sessão de abertura da ca da Castanha em BTT, que conta com 500 inscritos feira, que “pretende ser, igualmente, um momento de debate de Portugal e Espanha, a caminhada solidária pedestre e reflexão sobre o futuro destes sectores na região”. “Por entre os Soutos”, cujas inscrições revertem inteNo primeiro dia, realiza-se o seminário “Norcaça/Norpesgralmente para a delegação de Bragança da Liga Portuca “Potenciar a caça e Pesca na Região Transmontana. Será guesa Contra o Cancro, e um Circuito de Tractor Infantil, possível?” e no dia seguinte decorre o XI Fórum Internacujas receitas revertem a favor da Obra Kolping. cional dos Países Produtores de Castanha subordinado ao Previsto estão também um passeio micológico, sendo tema “Castanheiro: o futuro sustentável”. que os cogumelos farão parte das ementas dos 14 resBragança está entre os maiores produtores de castanha, taurantes de Bragança que se associaram à Semana Gassendo a região transmontana responsável por 85% da protronómica - Caça, Pesca e Castanha. dução portuguesa. De acordo com dados da organização, “desta produção, 70% a 80% destina-se a mercados externos” e a castanha “é um produto que representa um
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Certame realiza-se nos dias 10 e 11 de Novembro
Marvão promove a castanha e a gastronomia associada
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Município de Marvão promove, nos dias 10 e 11 de NovemCastanha de Marvão bro, a XXXV Feira da Castanha - Festa do Castanheiro, evencom “muita procura” este ano to que presta homenagem à castanha, um dos seus produtos endógenos mais característicos, e à região do Alto Alentejo. Os produtores de castanha da zona de Marvão A Feira da Castanha de Marvão apresenta-se como a “grande estão satisfeitos, em termos de qualidade, com a mostra” de produtos locais e regionais, com dezenas de pontos campanha deste ano, que regista também “muita de venda, onde os visitantes podem encontrar também produtos procura” por parte do mercado. “A produção não hortícolas, frutos secos, enchidos, queijos, vinhos, licores, azeiestá a 100 por cento, mas para aquilo que se espete, compotas ou doces caseiros. Paralelamente decorrerá, de rava está muito boa. A castanha tem um calibre nor10 a 25 de Novembro, a Quinzena Gastronómica da Castanha mal, apesar do tempo seco que se verificou”, afirmou nos restaurantes aderentes do concelho. Está lançado o mote o empresário José Mário. para um fim-de-semana onde se homenageia uma espécie enNo Alto Alentejo, o microclima da Serra de São Madógena da região, o castanheiro, e o seu fruto, a castanha, um mede, propício à produção de castanha, já levou a produto DOP do Alto Alentejo. que as entidades que tutelam o setor considerassem Neste evento, reconhecido como o mais autêntico e genuíno a castanha de Marvão como de “origem protegida”. do país, as muralhas da vila convidam os visitantes para os Numa região do distrito de Portalegre onde predoquatro tradicionais magustos com a melhor castanha assada minam nos campos as espécies Bária e Clarinha, o e vinho da região, e que se situam nos Largos do Terreiro, de mesmo produtor explicou que a chuva dos últimos dias Santa Maria, do Pelourinho e do Espírito Santo. ajudou a que os ouriços (cápsulas onde se encontra a O presidente da Câmara de Marvão, Luís Vitorino, moscastanha) estejam a abrir com normalidade. trou-se satisfeito pela forma como está a decorrer a camJosé Mário mostrou-se igualmente satisfeito com a panha, sublinhando que a castanha é um dos “ex-líbris” do “muita procura” por parte do mercado, situação que histórico concelho. não se verificou em 2017. “Este ano, já está a ter muita Na Feira da Castanha a autarquia “privilegia” a compra procura e tem tendência a aumentar. Acho que, este ano, junto dos produtores da região. “Vamos tentar comprar a a castanha vai ser comercializada a um preço médio de 100% a castanha aos produtores de Marvão. Este ano, va1,50 euros”, disse. mos tentar adquirir cinco toneladas e meia”, garantiu Luís Vitorino. www.gazetarural.com
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A 10 e 11 de Novembro, na Lage Grande e no Terreiro do Santo
Feira do Porco e do Enchido de Meruge à espera de milhares de pessoas
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Lage Grande e o Terreiro do Santo, em Meruge, vão encher-se produtos da agricultura familiar. A Mostra do de gente, animação, artesanato e sabores únicos da gastronoPorco Bísaro, com as suas ninhadas de leitões, mia local, para celebrar, a 11 de Novembro, a XVI Feira do Porco e do continua a deliciar gente de todas as idades. Enchido, onde são esperados largos milhares de pessoas. Contudo, o Os amantes das caminhadas podem também evento começa no sábado, dia 10, com diversas actividades. inscrever-se no Passeio Pedestre a realizar peCertame nascido para evidenciar o papel dos “porqueiros” no delas 8 horas da manhã de dia 11. senvolvimento económico da Freguesia de Meruge e enaltecer a exFoi a Feira do Porco e do Enchido quem criou, celência dos enchidos amanhados por mãos artífices de mulheres, para o património da gastronomia nacional, o este evento afirmou-se nestes 16 anos de sucessos, como o mais inimitável “Arroz de Suã”, pitéu que todos os vernáculo e atractivo cartaz lúdico e gastronómico da Beira Serra, anos mobiliza um número infindável de aprecianum espaço único de gastronomia ancestral, de animação de rua dores. Mas a parte gastronómica deste evento multifacetada e permanente, de valorização dos produtos e do não esgota aquela iguaria na “ementa”. O “Porco Mundo Rural, de aposta na música e na cultura populares. no Espeto com Arroz de Feijão”, os “Torresmos à Quando se fala em recriações de época e folia sem limites, o Moda de Meruge”, feitos à fogueira em caçoila de Grupo de Teatro e Animação “Vivarte” surge como o mais cotado barro, e a “Feijoada à Moda de Nogueirinha” são do país. São eles que desde a primeira edição têm a responsabioutras tantas propostas colocadas à disposição lidade e o grato prazer de divertir, provocar e envolver o público dos visitantes pelas associações locais, no recinto que demanda esta terra do concelho de Oliveira do Hospital e que da Feira. interage e se deleita com as suas mirabolantes performances. Para quem preferir um menu menos substanPara além das trupes de azarados saltimbancos, mendigos loucial, mas não menos tradicional, pode encomendar cos, alcoviteiras metediças, pistoleiros façanhudos e o mais que uma Bôla de Carne, de Bacalhau ou de Sardinha ou se verá, o Vivarte vai recriar o seu espectáculo de rua com o adquirir, simplesmente, uma Broa de Milho e aprentema “No Centenário do Fim da I Grande Guerra – Homenagem der a arte de a “tender” ali, ao vivo, no recuperado aos heróis do corpo expedicionário português”. Forno Comunitário ou comprar a carne e utilizar as A Associação dos Jogadores de Pau da Guarda promoverá fogueiras e caçoilas que a organização disponibiliza duelos de honra por afronta política e aulas de maneio para os na Feira, para confeccionar a sua própria refeição. Os mais afoitos. Tudo representado com o rigor de época, a exinteressados podem ainda inscrever-se no XIV Conperiência, a arte de rua e a comicidade únicas dos actores do curso de Doçaria Tradicional. Vivarte. No sábado, dia 10, pelas 15 horas, será a abertuA música é outra marca de qualidade desta feira, este ano ra da exposição “A Raça Bísara”, seguida do Colóquio com a participação do Grupo de Gaita de Foles – Arterrarte, “O Porco Bísaro no Desenvolvimento Rural”, realizado de Miranda do Douro, do Grupo de Concertinas e Cantadocom a colaboração do Associação Nacional de Criadores ao Desafio do Minho, do Grupo de Bombos “Os Grifos”, res de Suínos de Raça Bísara (ANCSUB). do Grupo de Música Mirandesa “Galandum Galundaina” e os Pelas 21 horas, no salão da Associação dos Amigos de insuperáveis “FanfarraKaústica”, grupo de metais, consideMeruge, haverá noite de fados de Lisboa e de Coimbra, rado o melhor do género que existe no País. com os fadistas António Dinis e Inês Brito, acompanhaAs crianças terão nesta edição da Feira um programa esdos na guitarra de Coimbra, por Luís Marques e na guipecífico recheado de surpresas. Para além dos inolvidáveis tarra Clássica, por Paulo Larguesa. “Passeios de Burro”, que se realizam durante todo o dia no Na Lage Grande, pelas 22 horas, terá lugar “O Sacrifício recinto do certame, haverá uma “Tenda das Mil Histórias”, das Castanhas, em homenagem a S. Martinho, e a Bênção pinturas faciais, balões e muitas brincadeiras. da Jeropiga”, aberto a quem se quiser associar. Ainda na A Lage Grande, na rudeza milenar dos seus granitos, emLage Grande, o grupo Vivarte representará o Teatro de presta uma beleza e um ambiente rústico inigualável às Fogo: “Os Ladrões do Tempo” barraquinhas que oferecem enchidos, variedade e qualidade de artesanato, licores, doçaria tradicional, queijos e
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A 17 de Novembro, na Alfândega do Porto
Enóphilo Wine Fest Porto promove três provas especiais
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cidade do Porto volta a ser o centro das atenções do panorama vínico nacional no mês de Novembro. O maior evento dedicado aos vinhos de Portugal realiza-se a 17 de Novembro, das 15 às 20 horas, no Centro de Congressos da Alfândega do Porto. Será a terceira edição do, agora denominado, Enóphilo Wine Fest Porto, um evento que vai somando seguidores também nas cidades de Lisboa e Coimbra e espera este ano alcançar, na invicta, um milhar de visitantes. Na edição de 2018, o Enóphilo Wine Fest Porto vai realizar-se logo à entrada do Centro de Congressos da Alfândega do Porto, ocupando a Sala dos Despachantes e o auditório. Esta alteração, para além de facilitar o acesso dos participantes, vem contribuir para um aumento de espaço e um melhor serviço, seja no check-in de muitas centenas de pessoas, como no desenrolar do evento, entre a área de exposição e a área das provas especiais. Estarão presentes no Enóphilo Wine Fest Porto 40 produtores selecionados, representando as regiões produtoras de Portugal continental e Ilhas, todos os tipos de vinhos tranquilos, efervescentes e fortificados, garantindo a prova de mais de 300 referências de elevada qualidade. “Esperamos surpreender, uma vez mais, com uma seleção de vinhos que seja um tributo ao que de melhor se faz em Portugal”, garante Luís Gradíssimo, organizador do evento. Em paralelo ao evento realizam-se sempre provas especiais. E nada é deixado ao acaso para que cada uma das 25 pessoas, que pode participar em cada prova, se sinta única, especial e impressionada pelos fabulosos vinhos que irá provar. A terceira edição Enóphilo Wine Fest Porto vai brindar apaixonados por vinhos com três provas simplesmente fabulosas: 15,30 horas: “Uma década de Blanc de Noirs da Kompassus” Uma invulgar prova vertical de espumantes, que será conduzida pelo produtor, João Póvoa, um momento para provar uma década de vinhos e comprovar a qualidade e longevidade destes espumantes Blanc de Noirs, feitos com base na casta tinta emblemática da região da Bairrada: a Baga. 17h00: “Quinta do Regueiro: A evolução do Primitivo” Celebram-se cinco colheitas desta referência de topo da Quinta do Regueiro, um pequeno produtor da sub-região de Monção e Melgaço, que é uma referência nos Alvarinhos. Uma prova vertical inédita, apresentada pelo produtor, Paulo Cerdeira Rodrigues, com todas as colheitas desde 2013, ano em que se iniciou a produção do Primitivo, até à apresentação, em primeira mão, da colheita de 2017. Um momento para apreciar a evolução destes vinhos e perceber não só o terroir, como as diferenças entre cada um dos anos. 18h30: “Czar, mais de 500 anos de história” Uma rara oportunidade de provar colheitas antigas deste vinho único no Mundo: o Czar, um vinho nascido nos Açores, com cinco séculos de história. Será uma prova conduzida pelo produtor, Fortunato Garcia, que partilhará uma seleção de impressionantes colheitas deste vinho mítico.
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Um investimento de cerca de 300 mil euros
Comunidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões quer activar enoturismo
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Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão O objectivo deste projecto é aproveitar outras iniciativas já em Lafões anunciou ter delineado, com vários curso no território, que têm potencial turístico, por exemplo, ao parceiros, uma estratégia para activar o enoturisnível da gastronomia, do património histórico, das tradições culmo na Região Demarcada dos Vinhos do Dão. O turais e natureza, e do valor histórico vitivinícola existente na reprojecto pretende activar o enoturismo nesta região. gião, dinamizando a Rota dos Vinhos do Dão com O presidente da CVR do Dão, Arlindo Cunha, considerou que propostas de acção diferenciadoras, tirando pareste projecto tem que dar “uma fortíssima continuidade” à Rota tido de outras iniciativas já em curso no território, dos Vinhos do Dão, iniciada há três anos, mas alertou para um com potencial turístico, nomeadamente ao nível da problema que tem sido sentido. “Temos um potencial fabuloso gastronomia, do património histórico, das tradições de enoturismo na nossa região, mas a maioria esmagadora dos culturais e natureza e do inegável valor histórico vinossos agentes económicos são pequenos e médios produtores tivinícola existente na região. Esta candidatura foi que fazem de agricultores, de enólogos, de gestores e de hoapresentada ao Programa Valorizar |Turismo de Pormens do marketing”, contou. Ou seja, segundo Arlindo Cunha, tugal. como “não têm estrutura, não têm grandes quadros, muitas “O território e a região souberam consensualizar vezes os turistas querem visitar as quintas” e os produtores uma estratégia de eficiência que acreditamos que seja não estão disponíveis. ganhadora e que obtenha aprovação no âmbito do proO presidente do Turismo do Centro de Portugal, Pedro Magrama Valorizar”, disse o secretário executivo da CIM, chado, garantiu que vai fazer tudo o que estiver ao seu alcanNuno Martinho, durante a apresentação da candidatura. ce para que este projecto tenha sucesso. Segundo este responsável, trata-se de uma candidaNuno Martinho considerou que as expectativas de aprovatura de cerca de 300 mil euros, “mais na lógica da comução da candidatura são boas, por um lado, porque congrega nicação e do imaterial”, que envolve os 14 municípios da várias entidades e, por outro, porque a secretária de Estado CIM e tem como parceiros a Comissão Vitivinícola Regiodo Turismo tem dito que quer “colocar Portugal como um nal (CVR) do Dão, a Associação de Hotelaria e Restauradestino ‘top’ no domínio do enoturismo”. ção, o Turismo Centro de Portugal e a Viseu Marca. “A candidatura tem três componentes: a estruturação do produto, a comunicação e a promoção e a capacitação dos nossos agentes que estão no território, da hotelaria e da restauração”, explicou Nuno Martinho.
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Nas margens do Lago Neusiedl, em Gols, na Áustria
Adega Heinrich aposta na simbiose do tradicional com a inovação
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ernot e Heike Heinrich fundaram a sua adega em 1990 com apenas um hectare de vinha, que entretanto cresceu e actualmente possuem cerca de 100 hectares. A Heinrich foi uma das primeiras adegas na região de Gols, na Áustria, a fazer a transição de vinhos brancos para tintos de alta qualidade, no início dos anos 90, e tornou-se famosa pelos seus blends de castas tintas, como a Salzberg, Gabarinza e Pannobile, todas castas autóctones da região. Nos últimos anos, o foco voltou-se para a casta Blaufränkisch, da vizinha Leithaberg DAC, e para a “Freyheit”, criando assim uma linha de vinhos produzidos com intervenção mínima na adega. Heinrich converteu-se à agricultura biodinâmica em 2006 e é membro da Respekt, uma entidade certificadora da viticultura biodinâmica na Áustria. Tornou-se assim um dos mais inovadores produtores de vinho austríacos. “Vinhos que falam das suas raízes e quando estas são boas podem enraizar-se num ambiente diverso e biodiverso - quando o solo e o ecossistema natural estão vivos, toda a sua complexidade pode penetrar a videira. Deixar a natureza falar em todas as suas facetas é, portanto, o nosso objectivo. O caminho e os meios são definidos por uma quantidade considerável de ações e decisões fundamentais que definem a direção e refletem as nossas ideias éticas e qualitativas. Em 2006 decidimos cultivar biodinamicamente as nossas vinhas, tornando-as sucessivamente mais resistentes, mais vitais e heterogéneas”. – Gernot Heinrich Heike e Gernot Heinrich são um casal aberto, amantes do vinho e rigorosos, que produzem uma gama ampla de vinhos, brancos e tintos, numa região em crescimento e mais conhecida pelos seus tintos. Os brancos são muito livres e pessoais, produzidos a partir das castas autóctones Welschriesling, Graue Burgunder, Weissburgunder e a borgonhesa Chardonnay, plantada nos solos calcários do Leithaberg. Nos tintos apostam nos monovarietais produzidos com as castas indígenas, que apresentam uma gama mais frutada e calorosa (Zweigelt), crocante e terrosa (Sankt Laurent) e mais profunda e tânica (Blaufrankisch), revelando o potencial das uvas tintas, quando oriundas de vinhas plantadas em terrenos mais pobres (calcário do Leithaberg, por exemplo), e vinificadas na procura pela elegância dos seus vinhos.
“Grandes vinhos estão inextricavelmente ligados ao terroir - as camadas desempenham o papel principal. A intenção é eliminar, se possível, todas as medidas e tratamentos ‘químicos’ na produção de vinho, com o objetivo de que o solo e as condições ‘falem’. Os vinhos contam a sua história, pode sentir-se o calcário fresco que reflete o calor ou a ardósia que absorve os raios do sol. Pode sentir a altitude e a frescura da floresta”. – Gernot Heinrich Filosofia Vinícola
A decisão de Gernot e Heike de se converterem à viticultura biodinâmica em 2006 baseou-se no objetivo de vinhas sucessivamente mais resilientes e vitais. O estilo dos seus vinhos tem evoluído, deixando de utilizar a extracção de vinhos mais concentrados, com menor teor alcoólico e maior frescura. São fermentados naturalmente e permanecem nas borras por um período de tempo e são maturados principalmente em barris de carvalho neutro, para impedir qualquer alteração no sabor, cor e nuances. “O que estamos a tentar fazer é continuar a filosofia biodinâmica que praticamos na vinícola até a adega. Damos aos vinhos tempo suficiente para amadurecer, o tempo que quase ninguém tem hoje. É acima de tudo, o tempo que molda nossos vinhos”. – Gernot Heinrich Sara Cruz
As vinhas Neusiedlersee, nas margens do Lago Neusiedl, é uma área vitícola localizada ao norte e leste do lago e onde a adega Heinrich tem várias vinhas. O efeito de “moderador” do lago combina com o clima quente da região e os seus solos aluviais fornecem condições ideais para as variedades de uvas tintas. A propriedade Heinrich tem 90 hectares, divididos em três áreas principais: Heideboden (solos arenosos que se estendem da aldeia de Gols às margens do Lago Neusiedl); o Parndorfer Platte (colinas baixas com solos de cascalho localizados perto da adega); e Leithaberg (uma colina de solos de calcário e xisto na borda noroeste do lago). www.gazetarural.com
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Aproveitando o final das vindimas
Lusovini apresentou os novos Tapada do Coronel Branco e o Flor de Viseu edição especial 2015
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Lusovini – Vinhos de Portugal promoveu a festa de final de vindima, evento realizado na Quinta da Fidalga, em Carregal do Sal, ocasião aproveitada para dar a conhecer a quinta, virada para a Serra do Caramulo, com uma excelente exposição solar, onde tem vindo a plantar novas castas, mas também a recuperar vinhas velhas ali existentes. A propriedade, envolta em zona de pinheiro bravo, onde predominam o olival, nogueiras e cedros. Depois de um lanche na quinta, o jantar, que decorreu no “Wine Center”, em Nelas, foram dados a conhecer dois novos vinhos da distribuidora. O Tapada do Coronel Branco é um vinho vinificado em ânfora, na senda da tradição romana, muito enraizada no Alentejo, com uvas provenientes de vinhas de altitude na Serra de São Mamede, em Portalegre. O outro, Flor de Viseu, um tinto blend do Dão, colheita de 2015, uma edição especial comemorativa dos 2.500 anos da fundação da cidade de Viseu, um néctar com aromas de frutos vermelhos maduros, pleno de estrutura, complexo, elegante e de guarda. “É surpreendente a qualidade dos vinhos” desta vindima Na ocasião, a enóloga da Lusovini, Sónia Martins, fez o ‘retracto’ da campanha deste ano. Menor produção, mas boa qualidade dos vinhos. Gazeta Rural (GR): Como foi a vindima deste ano? Sónia Martins (SM): Até agora, é surpreendente a qualidade dos vinhos. Naturalmente que ainda é muito cedo, pois temos que ver a evolução dos vinhos, mas aquilo que pudemos dizer nesta altura é que a qualidade dos vinhos é boa. GR: Havia alguma expectativa em torno da vindima deste ano? SM: Sim, porque foi um ano extremamente difícil, em que tivemos de tudo, como doenças, como míldio e oídio, e escaldão, mas também uma floração tardia, algum desavinho, e tudo isso fez com que houvesse menos produção. Naturalmente que se há uma quebra de produção, e se o período de gestação correr bem, como foi o caso, e tivemos a sorte de não ter chuvas no período da colheita, as uvas, aparentemente, têm um estado sanitário e qualitativa melhor. GR: É possível quantificar, já, a quebra de produção?
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SM: No nosso caso, a quera de produção foi muito significativa, superior a 40%, na generalidades das castas. No Dão, a tinta Roriz teve uma quebra enorme, em relação à produção normal, e a Touriga Nacional também teve uma quebra significativa. Depois, houve outras castas em que a produção não foi tão grande, como o Alfrocheiro, que manteve uma produção regular.
GR: E nas outras regiões, onde a Lusovini está presente? SM: Também tivemos quebras de produção. No Alentejano também tivemos uma quebra significativa, pois temos as nossas vinhas a cerca de 700 metros de altitude, com um clima muito parecido com o Dão e com tudo o que isso implica, com doenças, escaldão e desavinho. Na Bairrada foi a região onde a quebra foi menor. GR: Resumindo: Que vinhos poderemos esperar da colheita de 2018? SM: Diria que são vinhos com muito potencial. Se se vão aguentar assim até chegarem ao mercado, tenho ainda algumas dúvidas, pois sinto algumas dificuldades na fermentação maloláctica, pois isso pode alterar a qualidades dos vinhos.
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Certame recebeu mais de 20 mil visitantes
Wine in Azores 2018 bateu “todos os recordes”
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Pavilhão da Associação Agrícola de S. Miguel, em Santana, recebeu a edição comemorativa dos 10 anos do Wine in Azores, o maior evento vínico do arquipélago e um dos maiores do país. Este ano mais de 20 mil pessoas marcaram presença no certame, o que fez com o espaço fosse pequeno, especialmente no segundo dia, para receber todos quantos quiseram conhecer as novidades vínicas apresentadas, mas também as outras novidades introduzidas, como a zona de produtos destilados, com a presença dos melhores barmans nacionais. Joaquim Coutinho Costa, a ‘cara’ da organização do certame, reconheceu à Gazeta Rural que esta “foi a melhor edição de sempre” e que para 2019 haverá necessidade de ampliar o espaço, com a colocação de tendas no exterior do pavilhão. Gazeta Rural (GR): A edição 2018, comemorativa dos 10 anos, foi a melhor e maior de sempre? Joaquim Coutinho Costa (JCC): Foi, seguramente. Tivemos mais expositores, a participação de mais Chefs de Cozinha, mais produtores de vinho, bem como de outras actividades associadas ao evento. Tivemos, também, a presença dos melhores Barmans a nível nacional, pelo que tivemos reunidas as condições para a realização da melhor edição de sempre do Wine in Azores. GR: Também em termos da adesão do público, com o sábado a ser ‘um dia em cheio’? JCC: Absolutamente. Posso dizer que todos os dias batemos o recorde de entrada de público no evento e, com isso, ultrapassámos a fasquia dos 20 mil visitantes. Tem sido fantástico. Não tenho palavras para descrever o que sentimos, pois no segundo dia o Pavilhão foi pequeno para receber todos quantos quiseram vir ao evento. GR: O Wine passou do Pavilhão do Mar, em Ponta Delgada, para o Pavilhão da Associação Agrícola de S. Miguel, em Santana, que começa a ser pequeno?
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JCC: Sim, no próximo ano temos que nos estender para zonas exteriores ao Pavilhão, com a instalação de tendas para que possamos receber muito bem não só os expositores, mas especialmente quem nos visita. Há cada vez mais negócios associados, não só no sector do vinho, mas na área da gastronomia e outros. Por isso, temos que crescer e, para isso, temos que encontrar soluções, nomeadamente com a instalação de tendas exteriores para o sector da restauração, para termos mais oferta gastronómica. GR: Depois de 10 anos, o que sente? JCC: Não diria ‘missão cumprida’, porque o sonho nunca está realizado, pois há muitas coisas que gostaríamos de fazer, mas estamos restringidos aos orçamentos e ao espaço. Porém, o balanço é muito positivo, pois fazermos muita gente feliz já é bastante bom, mas agora as expectativas para as próximas edições é continuar a crescer e fazer mais gente feliz.
GR: O conceito mantem-se actual, 10 anos depois? JCC: O conceito nunca é estático, pois tem sempre alterações, com a introdução de coisas novas. No sector do vinho há novidades todos os anos, pois este evento tem esse objectivo, e mostra as novas ofertas para o mercado. Para além disso, tudo é novidade, procurando introduzir elementos novos todos os anos. GR: Que resposta tem dado o mercado açoriano às novidades apresentadas no sector do vinho? JCC: A crise ainda não foi ultrapassada totalmente, mas estamos muito melhor, com uma cada vez maior aceitação do mercado dos vinhos que aqui são apresentados. Nos Açores, com o crescimento acentuado do turismo, a situação melhorou bastante e o consumo de vinho também.
Quarta edição vai decorrer entre 16 e 18 de Novembro
Pinhel acolhe evento que promove vinhos e sabores da Beira Interior
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cidade de Pinhel vai receber, entre 16 e 18 que nós temos, que é o nosso património”, disse o presidente da de Novembro, a quarta edição do certame Câmara de Pinhel, Rui Ventura. Segundo o autarca, a realização do “Beira Interior - Vinhos & Sabores”, que pretende “Beira Interior - Vinhos & Sabores” custa 75 mil euros à autarquia, promover os vinhos e os produtos endógenos da que suporta a totalidade do investimento. região. O certame, organizado pela Câmara de O presidente da CVRBI, João Carvalho, destacou a importância do Pinhel e pela Comissão Vitivinícola Regional da certame para a promoção dos vinhos produzidos na região, referinBeira Interior (CVRBI) foi apresentado numa condo que “já é um evento de referência em Portugal”. ferência de imprensa realizada no Solar do Vinho Adiantou que os 28 produtores de vinho participantes vão dispoda Beira Interior, na cidade da Guarda. nibilizar 150 vinhos para prova, o que significa que “têm noção da O “Beira Interior - Vinhos & Sabores” vai decorrer importância do certame”. no Centro Logístico de Pinhel e conta com a parJoão Carvalho adiantou que a CVRBI “está a trabalhar na Rota ticipação de 60 produtores, sendo 28 de vinhos e dos Vinhos da Beira Interior que irá englobar todos os municípios” os restantes de outros produtos locais, como mel, daquela região. “Temos uma candidatura feita para uma pequeazeite, queijo, enchidos, frutos secos, doçaria tradina parte, para arrancar. Há uma outra candidatura que se está a cional, entre outros. negociar para as cinco regiões vitivinícolas da zona Centro”, disO evento anual, que ocupará um pavilhão com uma se. A futura Rota dos Vinhos da Beira Interior abrangerá não só área coberta de 2.300 metros quadrados, inclui salão o vinho, mas também a gastronomia, o património e a hotelaria, de vinhos, degustações e provas comentadas, um seentre outras vertentes, indicou. minário, uma mostra gastronómica regional, oficinas, A CVRBI tem sede na Guarda, no Solar do Vinho, e abrange as actividades de ‘showcooking’ e animação musical, enzonas vitivinícolas de Castelo Rodrigo, Pinhel e Cova da Beira, tre outras iniciativas. nos distritos de Guarda e de Castelo Branco, onde existem 65 No âmbito do programa serão também entregues produtores de vinho, sendo quatro adegas cooperativas e 61 os prémios do XIV Concurso Internacional de Vinhos produtores particulares. VinDuero – VinDouro, organizado pela Associação VinDuero-VinDouro, de Espanha, e decorrerá o passeio de viaturas de todo o terreno “TT Vinhos da Beira Interior”, promovido pelo Clube Escape Livre com o apoio do Município de Pinhel. “Este certame pretende dar a conhecer o território, o vinho, a gastronomia, as nossas paisagens e tudo aquilo www.gazetarural.com
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Criada pela Associação Empresarial da Beira Baixa
Marca ‘Portugal By Beira Baixa’ vai internacionalizar produtos locais
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Associação Empresarial da Beira Baixa (AEBB) criou a marca “Portugal By Beira Baixa”, para a internacionalização dos produtos da região, que conta actualmente com a adesão de 20 produtores de queijo, mel e azeite. “O projecto, cuja candidatura foi aprovada em 2016 pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), recebeu um investimento de mais de 500 mil euros e teve como promotora a AEBB e, como parceiros, as associações de produtores de mel, queijo e azeite”, explicou o presidente da AEBB, José Gameiro. Este responsável sublinhou que a marca agora criada não se pretende sobrepor às já existentes ou apagar o percurso que os produtores da região já trilharam. “É uma marca de organização e de internacionalização para apresentar os produtos da região da Beira Baixa ao exterior. O nome escolhido mostra claramente que se trata de produtos de Portugal e de uma região específica, a Beira Baixa”, afirmou. Adiantou que, actualmente, já aderiam à marca 20 produtores da região e que, neste momento, há conversações com outros 60 que poderão vir a juntar-se à marca “Portugal By Beira Baixa”. “O objectivo é ajudar os produtores e apostar na qualidade. Este tipo de iniciativa pode promover o território [Beira Baixa] e proporcionar uma interacção com outros actores do território”, frisou. José Gameiro entende que estes “pequenos passos” podem contribuir para o desenvolvimento da região e sublinhou que, apesar de a marca incluir três produtos âncora, o queijo, o mel e o azeite, pretende também dar visibilidade aos seus derivados. Já o presidente da Câmara de Castelo Branco, Luís Correia, realçou o trabalho desenvolvido pela AEBB e pelos empresários envolvidos no projecto. Enalteceu também o conjunto de infraestruturas que foram criadas em Castelo Branco e que estão ao serviço das empresas ligadas ao sector agro-alimentar, para que estas possam ganhar escala, mas também receber apoio e inovar.
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O autarca disse ainda que, brevemente, será criada uma nova infraestrutura, uma destilaria, que irá ficar ao serviço do sector. “É mais uma forma de promover e apoiar os nossos empresários na produção de aguardente, seja de medronho ou de outros produtos. É também uma oportunidade que estamos a dar para os produtores ganharem escala”, frisou. Luís Correia sublinhou ainda que a criação desta marca para a internacionalização é mais um “passo muito importante” na promoção do agro-alimentar e deixou uma palavra de apoio e de incentivo a todos os que queiram investir no sector: “Nós cá estamos. Que venham mais produtos destes”.
No montante global de 5 milhões de euros
Governo abre concurso para gestão de combustível com pastorícia
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stá aberto, até 30 de Novembro, um concurso para a realização de acções de gestão de combustível com recurso a pastorícia, no âmbito da implementação da estratégia de Defesa da Floresta contra Incêndios. O apoio, no montante global de 5 milhões de euros, destina-se à implementação de acções de pastoreio, à instalação de sistemas de maneio e gestão do efectivo e ao aumento do efectivo de pequenos ruminantes nas áreas de rede primária e secundária de faixas de gestão de combustível e nas áreas de mosaicos de parcela de gestão de combustível identificadas pelo ICNF. Financiada pelo Fundo Florestal Permanente, a medida visa o desenvolvimento de actividades que promovam a compartimentação de espaços, através da criação de descontinuidades do coberto vegetal que irão reduzir o combustível, com o objectivo de prevenir fogos florestais. Com uma duração de cinco anos, a medida terá uma dotação anual de um milhão de euros para o território nacional, dos quais 300 mil euros se destinam a apoiar candidaturas no território abrangido pelo Programa de Revitalização do Pinhal Interior. Podem candidatar-se proprietários e entidades gestoras de terrenos, proprietários ou grupos de proprietários de efectivos de pequenos ruminantes, incluindo os rebanhos comunitários, Organizações de Produtores Florestais, entidades gestoras de Zonas de Intervenção Florestal, entidades gestoras de áreas baldias, municípios e freguesias incluídos em áreas elegíveis. As candidaturas podem ser apresentadas até dia 30 de Novembro, através do formulário disponível na página do ICNF.
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Num investimento de cerca de 8 milhões de euros
Grupo Valouro inaugurou o reconstruído Centro de Incubação de Tondela
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Grupo Valouro inaugurou o reconstruído Centro de Incubação de Tondela um ano depois do mesmo ter sido destruído pelos incêndios de Outubro do ano passado. O acto contou com a presença do Presidente da Republica, Marcelo Rebelo de Sousa, que visitou as instalações. Um ano depois, o grupo inaugurou uma nova unidade, reconstruída de raiz, em que ampliou a sua capacidade produtiva, num investimento próximo dos 7 milhões de euros, e manteve a meia centena de colaboradores que ali trabalham. Em entrevista à Gazeta Rural, José António Santos, presidente do Grupo Valouro, destacou a importância da obra de reconstrução em tempo recorde, considerando que a presença de Marcelo Rebelo de Sousa foi “o reconhecimento” desse trabalho. Gazeta Rural (GR): O que significa esta reconstrução? José António Santos (JAS): Significa, nem mais nem menos, do que isso mesmo. Como a antiga estrutura ardeu completamente, para além de a reconstruirmos, aumentámos a sua capacidade de produção em cerca de 30 por cento. Foi uma obra contruída de forma muito rápida, porque necessitávamos dela. É que temos quatro centros de incubação no país, em Tondela, Óbidos, Tomar e Serpa. GR: Não perdeu tempo, no dia do incêndio, para iniciar a reconstrução? JAS: A decisão foi tomada assim que soubemos que tinha ardido tudo. No dia seguinte estávamos em Tondela, na Câmara Municipal, para saber o que nos autorizam a fazer o mais rápido possível, porque precisamos disto, senão teríamos que ir para outro lado. O presidente não estava, por andar a verificar o resultado dos incêndios, mas fomos recebidos pela senhora vereadora, Engª. Fátima Antunes, e pelo chefe dos serviços, que nos perguntaram quando queríamos começar. E foi assim, sem burocracia. GR: Até onde pode ir esta unidade? JAS: Esta unidade está terminada, mas está preparada para crescer, se necessário para o dobro. Foi um investimento de cerca de 8 milhões de euros. GR: Isso significou algum problema para o Grupo? JAS: Não. Felizmente somos um Grupo com 143 anos de existência, não o Grupo Valouro, como é conhecido hoje, mas o negócio da família. Eu sou da terceira geração, mas a quarta e a quinta também já estão a trabalhar. GR: Sente a responsabilidade de dar continuidade ao trabalho das gerações anteriores? JAS: Sinto, e espero que eles o sintam também. Penso que a quarta e quinta geração já deram provas que podem dar continuidade, porque já estão ‘embebidos’ no negócio. GR: O que é que representa hoje o Grupo Valouro para o sector avícola em Portugal? JAS: O sector avícola é primordial, porque produz mais de 50 por cento das aves que o país consome, mas também está dedicada à exportação, nos ovos de incubação, nos patos, nos perus e nas codornizes. Temos os ramos todos do sector avícola. Tem vantagens, porque quando se faz um fornecimento temos resposta para aquilo que os clientes procuram. GR: O que significou a presença do Presidente da República na inauguração? JAS: Para nós é importante. É o reconhecimento do trabalho que fizemos em tempo recorde, porque 8 meses e 10 dias depois do dia do incêndio já estávamos a produzir pintos.
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III Trail São Macário e d a r r e S à Subida Pedro do Sul
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Deverá estar concluído dentro de seis meses
Governo dos Açores quer criar um Plano de Desenvolvimento da Fruticultura
INSCRIÇÕES /
REGULAMENTO:
Prova integrada
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om/3trailsubid
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tanha e do Mel de
na XX Festa da Cas
Macieira de Sul
Apoios
Mais informações: gtt.sps@gmail.com | inatel.viseu@inatel.pt | inatel.pt | fb/inatel.portugal
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Governo Regional dos Açores quer criar um Plano de Desenvolvimento da Fruticultura, que deverá estar concluído dentro de seis meses, tendo criado um grupo de trabalho para a elaboração do documento. A medida, assumida pelo secretário regional da Agricultura e Florestas, João Ponte, pretende “delinear uma estratégia de longo prazo para um setor com claro potencial em ilhas menos vocacionadas para a produção de leite e de carne”, explica o executivo açoriano. A estratégia tem, também, o intuito de “dinamizar a produção local, mas também a preservação genética de frutas, como, por exemplo, a maçã das Furnas e culturas, como o ananás da ilha de São Miguel”. O executivo salienta que “os Açores dispõem de boas condições edafoclimáticas para a produção de um vasto conjunto de frutas” e que “a fruticultura constitui uma boa alternativa agrícola para a generalidade das ilhas, contribuindo para a criação de riqueza, redução de dependência externa e das importações”. Do grupo de trabalho fazem parte sete elementos, “que desempenham funções na Secretaria Regional da Agricultura e Florestas, na Universidade dos Açores, em associações de produtores, bem como especialistas nesta área, que irão trabalhar sem receber qualquer tipo de remuneração”, informa a secretaria. O documento será alvo de discussão por parte dos representantes do setor, como a Federação Agrícola dos Açores, produtores e operadores económicos, que poderão contribuir com as suas “diferentes visões e abordagens”. Serão disponibilizados mecanismos de apoio financeiro à produção e comercialização de frutas através do PRORURAL+ e do POSEI. www.gazetarural.com
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Revelou José Gomes Laranjo, investigador da UTAD
Frio de Junho e Junho condicionou produção de castanha em Sernancelhe
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investigador José Gomes Laranjo apontou o frio de Junho e Este responsável defendeu que a castanha Junho como principal responsável pelo menor vigamento da “está com uma produção mais tardia”, uma vez castanha na região de Sernancelhe. A produção “está a revelar-se que quando o município organiza todos os anos, de certa forma negativa”, porque os ouriços abrem e as castanhas por norma em finais de Outubro, “já se está a “não estão vingadas”. meio da campanha e, este ano, está a iniciar e, “O ano está a revelar-se, de certa forma, negativo para o conem alguns casos, ainda nem começou”. celho de Sernancelhe e, com certeza, para outras regiões de pro“Sabemos que não será um ano de grande produtores de castanha. Os produtores estão a constatar que estão dução, mas de produção média e de grande quaa abrir os ouriços e dentro dos mesmos não estão castanhas vinlidade, por norma está associado assim, quando a gadas e isto é muito grave, porque não estão formadas”, revelou produção é um pouco mais reduzida a qualidade José Gomes Laranjo. também é mais elevada”, considerou. Este professor da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Armando Mateus assumiu que a castanha “é o (UTAD) coordenou um projecto de investigação ao longo de três produto que económica e financeiramente traz mais anos em Sernancelhe com o objectivo de ajudar os produtores retorno ao concelho de Sernancelhe, aos produtoa aumentar e melhorar a qualidade dos castanheiros e, conseres e às indústrias agro-alimentares”, ou seja, “tem quentemente, da castanha. uma produção média anual de 1.500 toneladas que Segundo o investigador, esta falta de desenvolvimento do poderá, num ano médio, ascender aos 3,5 milhões de fruto deveu-se ao “período da polinização, que acontece em euros”. Junho, Julho”, isto, porque “esteve muito frio, houve dias muito Mas, para este ano, apesar de a autarquia contar frios e isso condicionou a polinização”. “Não havendo polinizacom menos produção, o vereador estima que “o valor ção, não há formação de castanhas”, sustentou. financeiro possa chegar aos quatro milhões de euros”, José Gomes Laranjo esclareceu que “por mais que se trauma vez que “o valor da castanha está a ser comerciabalhem as questões técnicas, se as condições climáticas não lizado próximo dos quatro euros o quilo”. ajudarem a produção não sobe” e a natureza é algo “que não “Estamos num ano de excelente qualidade, numa é possível de controlar”. produção que se prevê média, ainda que alguns produTambém o vereador da Cultura de Sernancelhe - concelho tores estejam um pouco desanimados nesta altura, pela onde “sensivelmente mil hectares” de terreno são dedicaFesta da Castanha, mas também porque se aproxima a dos à produção da castanha - revelou que não é o produto época dos Santos, que é quando o pico do valor atinge o que se produz em maior quantidade, mas é o que tem maior produtor, mas, este ano, ainda estamos a iniciar a camrentabilidade económica. “Produzimos em maior quantidapanha”, lamentou. de uva, maçã, azeitona e em quarto lugar surge a castaAinda assim, Armando Mateus consciente de que “ponha, mas o valor comercial das transacções e das vendas derá haver numa fase de arranque menor retorno”, manda castanha ultrapassam economicamente todas as outém-se optimista e espera que “o retorno financeiro vetras produções de maior quantidade”, contou Armando nha, obviamente, mais tarde, para o São Martinho”, a 11 Mateus. de Novembro.
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No arranque da festa que homenageia a Martaínha
Sernancelhe apresentou manual de boas práticas para o castanheiro e castanha
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Câmara de Sernancelhe em parceria com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) apresentaram, no arranque da Festa da Castanha no concelho, o manual de boas práticas com os castanheiros e as castanhas. “O livro tem por finalidade apoiar os produtores na cultura do castanheiro, desde a compra das árvores, à enxertia, controle de qualidade, combate de pragas, mostrando, em cada estação do ano e em cada mês, o que fazer no souto e quais as melhores técnicas a adoptar”, resumiu o coordenador do projecto na UTAD. Esta obra é resultado de um protocolo assinado em Maio de 2012 entre as duas instituições e que envolveu 75 produtores do município e apresenta por escrito, segundo José Gomes Laranjo, “o legado deixado em Sernancelhe, um legado de conhecimento, de saber e saber fazer um bocadinho melhor em termos das práticas culturais” para o castanheiro. “Fica uma dinâmica nova, uma dinâmica de crescimento e de vontade de investimento na área da castanha, uma dinâmica de maior atenção para este sector e fica também um maior espírito de grupo no concelho, na fileira da castanha. Tudo conseguido com este protocolo e que culmina com este livro”, resumiu. Segundo o coordenador universitário do projecto, “houve uma transmissão de conhecimento muito grande e esse conhecimento fica” e, a título de exemplo, explicou que “há uma enfermidade muito grande nos castanheiros”, a doença da tinta. “Agora todos sabem no concelho que o problema se resolve com uma plantação de castanheiros híbridos e eles praticamente não os conheciam, ou seja, é um tipo de castanheiro que resulta de um cruzamento de um castanheiro europeu com um japonês. É uma miscigenação e praticamente todos eles são resistentes à doença da tinta”, explicou o professor. No entender de José Gomes Laranjo, a UTAD “veio trazer as soluções” e isso reflecte-se na produção que “tem aumentado gradualmente e que também tem melhor qualidade”, embora “não se consiga ainda sobrepor àquilo que são as alterações climáticas de cada ano”. Informação, conhecimento e soluções presentes neste
livro a que o vereador da Cultura da Câmara de Sernancelhe chama de “manual de boas práticas”. Foi apresentado no dia em que arrancou mais uma edição da Festa da Castanha e onde o livro esteve à venda. “Isto é também um manual para principiantes, porque é também um livro muito ilustrado e é composto por ensaios práticos nos próprios campos dos produtores envolvidos e muitos exemplos de como produzir mais e melhor castanha”, conta Armando Mateus, que disse que a autarquia investiu cerca de 40 mil euros no protocolo com a UTAD. A Festa da Castanha envolveu produtos regionais, cozinha ao vivo, artesanato, exposições e concursos, palestras e oficinas em volta da castanha e conta com uma exposição de maquinaria agrícola.
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Refere a Federação Portuguesa de Associações de Suinicultura
Portugal quer ser autossuficiente em carne de porco até 2030
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s suinicultores portugueses querem tornar da carne de porco portuguesa e vai ao encontro das necessidades Portugal auto-suficiente em carne de porco do consumidor”, concluiu. até 2030 e têm vindo a reduzir as importações O projeto, segundo a FPAS, permitiu ao setor, “neste primeiro nesse sentido, referiu o vice-presidente da Fedesemestre de 2018, atingir os objetivos que tinha para todo o ano, ração Portuguesa de Associações de Suinicultura ou seja, relativamente a 2017, duplicou as vendas”. (FPAS). “O grande desígnio do sector é, até 2030, No âmbito do projeto, foram vendidas 2883 toneladas de carne atingir a auto-suficiência”, afirmou David Neves. entre Junho e Dezembro de 2017, quando entre Janeiro e Agosto A produção nacional assegurou, em 2015, 59% deste ano as vendas foram de 5838 toneladas, segundo dados das necessidades de consumo de carne de porco divulgados pela FPAS. dos portugueses, 64,4% em 2016 e 60,1% em 2017, A carne certificada representa 3,4% das vendas totais de carne de acordo com dados divulgados pelo sector. “Tede porco nacional e envolve 45% da produção nacional, com 56 mos vindo a reduzir as importações e, tendo em conprodutores, meio milhar de explorações e 20 unidades de abata que o consumo ‘per capita’ está estabilizado, na te e transformação. Um ano depois, uma gama ‘premium’ (de ordem dos 43,7 quilogramas/habitante/ano, estamos maior qualidade) chegou em Setembro ao consumidor e junta a colmatar essas importações com a produção nacio25 produtores. nal”, justificou. Até ao final de 2018, o setor espera retomar por completo da Espanha, um dos grandes produtores mundiais, é o crise e começar a crescer. Com o aumento das exportações e a país do qual Portugal importa 96% da carne. “Até há diminuição das importações, a FPAS estimou que possa haver pouco tempo, estávamos cingidos ao mercado interno um crescimento da rentabilidade do setor, assim como um aue, com a pressão dos espanhóis, o setor não conseguia mento do investimento e da produção. fazer valer o seu produto”, disse, adiantando que a Para isso, alertou, terão de ser ultrapassadas as dificuldasuinicultura nacional que tem vindo a ultrapassar essa des atuais de licenciamento das explorações e alterada a barreira. estratégia política para o setor. “É preciso que os custos asPara tal, contribuiu o projeto ‘porco.pt’, lançado em sociados aos processos de licenciamento para esta atividade junho de 2017, após a maior crise que o setor atravessejam largamente reduzidos, porque é preciso deslocalizar e sou, entre 2015 e 2016, com o intuito de certificar e direestruturar explorações para reorganizar a sua capacidaferenciar a carne de porco portuguesa da estrangeira, de produtiva e isto só é possível se houver alguma agilidade assim como aumentar as preferências dos consumidores comparativamente ao que existe em Espanha, em que os pela produção nacional. processos são extremamente céleres”, detalhou. Com a certificação, a carne passou a ser vendida com Em 2017, o setor produziu 271 toneladas de carne, das um rótulo, no qual é indicado o país de origem. “Cada vez quais 17,8% foram para exportação, e faturou mais de 500 mais a marca ‘porco.pt’ se assume como uma referência milhões de euros.
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Cientistas sustentam uma redução de 90% do consumo nos países ocidentais
Consumir menos carne pode conter o aquecimento global
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ientistas indicam que redução de 90% do consumo de carne “Nenhuma solução única é suficiente, mas nos países ocidentais é necessária para conter o aquecimenquando implementadas em conjunto, a nossa pesto global. Neste estudo, os especialistas sustentam a necessidade quisa indica que é possível alimentar a população de consumir menos 90% de carne de porco e menos 75% de vaca. em crescimento de forma sustentável”, destaca o Aconselham também a redução do consumo de leite e ovos, em coordenador do estudo, Marco Springmann, da Unicontrapartida ao aumento do consumo de vegetais e frutos seversidade de Oxford. cos. O estudo foi publicado apenas dois dias depois da A redução drástica do consumo de carne, segundo os invesONU fazer um alerta sobre a importância de limitigadores, pode evitar mudanças climáticas devastadoras. O tar o aumento da temperatura média global a 1,5°C estudo, recentemente publicado, é o mais amplo já realizado para evitar drásticas alterações no clima. sobre como os hábitos alimentares afectam o meio ambiente. Especialistas argumentam que cortar o consumo Esta é, segundo os especialistas, uma das principais causas de carne é uma maneira eficaz de os próprios cidapara as mudanças climáticas. A produção de alimentos gera dãos contribuírem para evitar as mudanças climátigases de efeito estufa na criação de gado, destrói florestas cas. Springmann recomenda o consumo de menos de e usa quantidades insustentáveis de água. De acordo com a uma porção de carne vermelha por semana. pesquisa, os países ocidentais precisam reduzir 90% do conA pecuária representa uma ameaça para o clima, sumo de carne para evitar que o planeta entre em colapso. responsável pela produção de 14,5% do total de gases O efeito do consumo sem essa redução, combinado com o do efeito estufa, além de impulsionar o desmatamento aumento da população, devastaria a capacidade da humanipara a criação de pasto e consumir cerca de 7 mil litros dade se alimentar de forma eficaz, devido ao esgotamento de água para a produção de 500 gramas de carne. de recursos e poluição, além de frustrar qualquer esperança O estudo também indicou que a redução do desperde controlar o aquecimento global, destaca o estudo publidício pode diminuir em 16% os impactos ambientais. cado na revista especializada Nature. “Quando se trata de dietas, políticas abrangentes e Segundo a ONU, o mundo precisará produzir mais 50% abordagens de negócios são essenciais para promover de alimentos para sustentar quase 10 bilhões de pessoas mudanças e estimular hábitos mais saudáveis e vegetaem 2050. Perante deste cenário, e para evitar uma crise, rianos”, acrescenta Springmann. os cientistas pediram uma mudança global nos hábitos alimentares. Eles sugerem uma dieta baseada em vegetais, a In. Terra.com redução do desperdício e melhora das práticas agrícolas.
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De 2 a 4 de Novembro, no Pavilhão do Grupo Desportivo
Festa do Torricado volta animar a vila de Azambuja
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Vila de Azambuja vai continuar a atrair a vida pelo município local e apresentada ao público no passado dia atenção gastronómica da região, no fim de 4 de Outubro. A cerimónia final do programa de lançamento da semana de 2 a 4 de Novembro, com mais uma marca terá lugar no domingo, dia 04 de Novembro, pelas 16 horas, edição da “Festa do Torricado”. A iniciativa é uma no recinto da ‘Festa do Torricado’. parceria entre o Grupo Desportivo de Azambuja Com todos estes eventos, o Município de Azambuja pretende (GDA), o Rancho Folclórico Ceifeiras e Campinos de dar passos cada vez mais seguros, no âmbito do produto gastroAzambuja e também a Junta de Freguesia da sede nomia e vinhos, numa aposta clara na defesa e promoção da sua do município. A festa irá decorrer no Pavilhão do identidade e das potencialidades do seu território. Grupo Desportivo e conta com o apoio da Câmara Quem se deslocar ao Pavilhão do GDA, pode degustar as iguade Azambuja. rias, que, no dia inaugural, começarão a chegar à mesa a partir O mote da festa continua a ser preservar, prestidas 19 horas; no sábado e no domingo, almoços serão servidos giar e divulgar o célebre “Torricado”, o embaixador a partir do meio dia e meia. No sábado, o serviço de jantar code maior vulto da gastronomia do concelho de Azammeça às 19 horas. O evento terá animação diária com vários buja e uma das bandeiras da herança sociocultural da momentos de música e dança e exposições. A abertura da inisua população. Os ingredientes dificilmente seriam ciativa conta com a participação da Fanfarra dos Bombeiros mais simples: pão caseiro, azeite, alho e sal. O acomVoluntários de Azambuja. panhamento pode ir da singela azeitona (como entrada), ao ‘fiel amigo’ na brasa (bacalhau), passando pelas sempre populares febras e entremeadas grelhadas. Se o retalhar do pão em losangos e o esfregar do alho está ao alcance da maioria, já o espalhar do azeite e o senti-lo ‘cantar’, ao ouvido, é arte para poucos, tal como a dominavam os campinos e camponeses de antigamente. Esta festa integra-se, igualmente, na iniciativa de lançamento da marca ‘Azambuja Terra do Torricado’, promowww.gazetarural.com
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Autarquia reuniu com organizações do concelho e da vizinha Espanha
Montalegre aposta e define estratégias para a valorização dos produtos locais
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om o objectivo de promover a cooperação e no sentido de valorizar os produtos do concelho, através da troca de conhecimentos e experiências, a Câmara de Montalegre realizou uma reunião entre representantes da Associação de Produtores de Fumeiro da Terra Fria Barrosã, Cooperativa Agrícola do Barroso, Matadouro Regional do Barroso e dirigentes do INORDE (Instituto de Desenvolvimento Económico de Ourense) e da área agrícola e pecuária da vizinha Espanha. Para o vice-presidente da Câmara de Montalegre “mais uma vez, estamos a tentar cruzar esforços e conhecimentos, sobretudo com o vasEncomendas podem ser feitas até 15 de to trabalho que o INORDE, da vizinha Galiza, tem feito para que possaNovembro mos evoluir”. David Teixeira salientou que Montalegre “tem produtos de qualidade, mas não têm a rentabilidade que merecem e valem”. Acrescentou que “ficou provado que a batata de semente tem uma rentabilidade maior e que o presunto e o circuito do fumeiro têm métodos de trabalho que podem ser apurados”. Deste modo, “quisemos cruzar saberes e promover a modernização dos nossos agricultores”, pois “é preciso baixar os custos de produção que nos dificultam a comercialização”. Para David Teixeira “o concelho tem de produzir mais e pode fazê-lo”, mas a “rentabilidade dos nossos produtos tem de ser maior, para que a vida agrícola na montanha continue a ser uma realidade. Viver aqui todos os dias exige um esforço de modernização porque a agricultura dos dias de hoje não é a mesma de há 50 anos”, sustentou o vice-presidente da Câmara de Montalegre época natalícia está “à porta” e a CooperaPor sua vez o presidente da Associação de Produtores de Fumeitiva Terras de Besteiros promove, uma vez ro da Terra Fria Barrosã considerou que “foi uma reunião muito mais, a venda de Cabazes de Natal com produtos importante”, pois “quando temos alguém que está mais dentro endógenos. A iniciativa tem por objetivo alavancar da matéria do que nós e mostra disponibilidade só temos que rea economia local, nomeadamente o sector agrícola, ceber de boa vontade e agradecer”. Boaventura Moura lembrou agroalimentar e artesanal. que a Associação a que preside já fez “alguns acordos, como Tendo consciência da enorme qualidade daquilo a análise a alguns produtos e a visita a instalações na vizinha que se produz localmente, a Cooperativa selecionou Espanha. Com isso “vamos perceber os cruzamentos de raças para este cabaz peças exclusivas da tradição local/ suínas que possam apresentar a melhor qualidade”. regional e sabores únicos de um território naturalO presidente do Instituto de Desenvolvimento Económico mente reconhecido dando vida a cabazes de Natal de Ourense (INORDE) disse ter-se tratado de “uma reunião de únicos. cooperação”, uma vez que “pretendemos trabalhar em conjunNuma lógica de potenciar a economia local, increto na área agrícola”. Para o efeito, afirmou José Manuel Rodrimentando a produção do concelho de Tondela, preguez, “temos laboratórios e campos de ensaio que podemos tende-se desta forma dar oportunidade, às empresas utilizar amplamente nesta colaboração, considerando que “é e instituições a possibilidade de oferecerem aos seus preciso estarmos no terreno para opinar, para coordenar e clientes e/ou colaboradores um produto de qualidade seguir em frente”. do nosso território. Do artesanato aos vinhos, passando pelo mel e outras iguarias, estes cabazes, adaptados ao gosto de cada interessado, têm uma vez mais a garantia de qualidade e excelência. É missão da Cooperativa Terras de Besteiros ajudar produtores agrícolas e artesãos locais a ganhar dimensão para comercializar os seus produtos. A Cooperativa desafia assim empresas, instituições e outros a adquirir um cabaz oferta repleto de pequenos tesouros locais. Os interessados podem encomendar os seus cabazes até 15 de Novembro.
Cooperativa Terras de Besteiros promove produtos locais em Cabazes de Natal
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Última Hora
De 1 a 4 de Novembro, no concelho de Castelo Branco
Feira do Azeite e da Azeitona leva 50 expositores a Malpica do Tejo
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Vai decorrer de 10 a 20 de Novembro
Tradição do São Martinho mantem-se em Penafiel
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tradicional Feira de São Martinho vai decorrer de 10 a 20 de Novembro, na cidade de Penafiel. Ao longo de 11 dias, as castanhas, as tortas de São Martinho, as provas de vinho novo, as mostras de artesanato e de gado vão estar em destaque, naquela que é considerada uma das maiores feiras comerciais do distrito do Porto. A programação vai iniciar no dia 9 com a XXI Concentração Motard, organizada pelo Moto Clube Vale do Sousa com o apoio da Câmara de Penafiel. As provas de vinho novo vão arrancar no dia 9, a partir das 10 horas, na Quinta de Puços. Já mostra de artesanato vai começar no dia 10 de Novembro, a partir das 10 horas, no Largo da Igreja da Misericórdia. No Pavilhão de Feiras e Exposições de Penafiel, as mostras de gado bovino e cavalar vão realizar-se nos dias 10 e 11, respectivamente. Para além da tradicional feira, provas de vinho novo e gastronomia haverá também muita animação, na tenda da Quinta de Puços, com a actuação de diversos grupos e ranchos tradicionais do concelho. Os magustos tradicionais vão realizar-se nos dias 11 e 18 de Novembro. No dia 11 de Novembro, feriado municipal, terá lugar às 10 horas, a eucaristia solene em honra de São Martinho, seguindo-se a procissão com o andor.
XI Feira do Azeite e da Azeitona de Malpica do Tejo, que decorre entre os dias 01 e 04 de Novembro, conta com 50 expositores e algumas inovações ao nível do espaço. «O certame vai decorrer num espaço único, mais amplo, com mais condições para os expositores e visitantes, e onde estarão representados os sectores comerciais e de restauração», afirmou o presidente da Câmara de Castelo Branco, Luís Correia, durante a apresentação do certame. O autarca explicou que o município de Castelo Branco continua a sua estratégia de inovação e a apostar na promoção do território, através da natureza, dos sabores e da cultura, além do desenvolvimento económico do concelho. «A nossa aposta na coesão territorial concretiza-se com eventos como este, mas também com o alargamento da USALBI [Universidade Sénior] a várias freguesias, nomeadamente Malpica do Tejo, e tantas outras iniciativas» frisou. Já o presidente da junta de freguesia de Malpica do Tejo, Jorge Diogo, destacou a alteração feita na estrutura da feira, «que facilita o acesso a todas as áreas», e também o horário do certame, que este ano foi «condensado» para que o evento tenha «maior dinamismo». O autarca disse ainda que culturalmente foi feita uma forte aposta neste evento, com a presença de vários grupos de cariz mais popular durante as tardes, e, à noite, com uma aposta na presença de grupos de baile. Em parceria com o Centro de Apoio Tecnológico Agroalimentar (CATAA) vão decorrer dois concursos: «Harmonizar com azeitona de mesa» e «A minha azeitona é melhor que a tua». Vai ainda ser realizada uma prova de BTT e o Passeio Pedestre «Rota dos Olivais».
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Última Hora Dedicados à “Doçaria tradicional e conventual do Norte de Portugal”
Boticas associa-se a mais uma edição dos “Fins de Semana Gastronómicos”
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ecorreu em Esposende a apresentação da décima primeira edição dos “Fins de Semana Gastronómicos”, iniciativa promovida pelo Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP), em parceira com 78 municípios do norte do país. A décima primeira edição do certame, que decorrerá entre 2 de Novembro de 2018 a 2 de Junho de 2019, será dedicada à “Doçaria tradicional e conventual do Norte de Portugal”. A vereadora do Turismo da Câmara de Boticas, Maria do Céu Fernandes, marcou presença na cerimónia de apresentação, assim como a Associação Empresarial Botiquense – Mais Boticas, que promoveu uma mostra e degustação de produtos locais. À semelhança do que vindo a acontecer nos últimos anos, o Município de Boticas volta a associar-se a este evento gastronómico, através da apresentação de um menu tipicamente barrosão. Assim nos dias 24, 25 e 26 de Maio do próximo ano, os restaurantes e unidades hoteleiras aderentes terão como sugestão de ementa o “Salpicão” (entrada/petisco), “Trutas à moda de Boticas” (prato principal) e “Leite-Creme à Barrosã” (sobremesa). Nos dias 3 e 4 de Novembro, em Leiria
Mercado de Sant’Ana recebe XVI Feira do Mel
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Centro Cultural Mercado de Sant’Ana, em Leiria, vai receber a XVI Feira do Mel, onde os produtores associados da Associação de Apicultores da Região de Leiria, Ribatejo e Oeste vão apresentar o mel da região e outros produtos apícolas. Nesta edição o público será desafiado a escolher o melhor mel da Feira, numa sessão de provas para atribuição do prémio “a escolha do público”. No sábado, dia 3 de Novembro, pelas 14 horas, vai realizar-se o Seminário “o valor dos produtos apícolas”, no Auditório do Mercado de Sant’Ana, seguido de Showcooking e animação musical pela Trovantina. Domingo, 4 de Novembro, actuará o Rancho Folclórico do Freixial e serão divulgados os resultados das provas de mel. A Feira do Mel é um evento que se realiza na cidade de Leiria, desde 1989, organizado pela AARL, com o objectivo de divulgar o mel e valorizar a apicultura, como actividade representativa do território.
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No concelho de Tomar, a 10 e 11 de Novembro
Linhaceira regressa a 1918 para celebrar centenário da sua escola
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centenário da abertura da primeira escola na aldeia de Linhaceira, no concelho de Tomar, vai ser comemorado dias 10 e 11 de Novembro com o Linhaceira Vintage. A iniciativa contará com uma recriação histórica, no sábado, enquanto no domingo acolherá a Feirinha de S. Martinho. O primeiro edifício escolar da localidade começou a funcionar em 1918, depois de ter sido construído pela população local e oferecido ao Município para esse fim. Dia 10, pelas 15 horas, será descerrada uma lápide evocativa nesse edifício, onde actualmente funciona a extensão de saúde. Será o instante inaugural da recriação histórica que, centrada no segundo edifício escolar (actual ATL) e zona envolvente, mostrará ao vivo momentos de uma aula de há cem anos e aspectos da vida de então na aldeia. A iniciativa, que conta com o apoio dos dois ranchos folclóricos da freguesia (Linhaceira e “As Lavadeiras” de Asseiceira), inclui comeres e beberes tradicionais e, à noite, um bailarico à antiga. Haverá também jogos populares com a colaboração do CALMA. A população local e todos os visitantes que o desejarem são convidados a integrar-se no espírito da época, envergando roupas alusivas, provando ou relembrando os sabores da comida das nossas avós, dançando e participando activamente na festa. No domingo decorrerá a também já tradicional Feirinha de S. Martinho, momento de comunhão entre a escola e a comunidade, da responsabilidade da Associação de Pais (APAEL), este ano com o espírito do centenário bem presente, mas igualmente com o artesanato, os petiscos e o magusto. Haverá jogos e animação com a colaboração dos Escuteiros, insufláveis e perna de porco no espeto logo a partir do almoço, às 12 horas. Linhaceira Vintage é o culminar das comemorações do Centenário das Escolas na Linhaceira, iniciativa conjunta da APAEL, Associação Cultural e Recreativa local, Junta de Freguesia de Asseiceira e Município de Tomar.
De 9 a 11 de Novembro, no concelho de Valpaços
Carrazedo de Montenegro recebe XXII Feira da Castanha Judia
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Vila de Carrazedo de Montenegro, no concelho de Valpaços, vai indirectamente, “envolve valores na ordem receber de 9 a 11 de Novembro a XXII Feira da Castanha Judia, dos 50 milhões de euros”. evento que pretende promover e valorizar aquele que muitos consideMas “falta fazer muita coisa”, afirmou o auram o ‘ouro da Terra Fria’, a castanha DOP da Padrela. O secretário de tarca, salientando que os primeiros passos já Estado da Agricultura, Luis Vieira, natural do concelho, vai inaugurar estão a ser dados, lembrando o caso de “um o certame. jovem empreendedor de Carrazedo de MonteDepois de em 2017 se ter realizado, segundo Amílcar Almeida, prenegro que procurou, através da castanha Judia, sidente da Câmara de Valpaços, “a maior e melhor Feira se sempre”, implementar no mercado uma cerveja artesaas expectativas para esta edição são elevadas. 80 expositores esnal, que tem tido uma boa aceitação e bastante tarão espalhados por três áreas expositivas, com os produtores de procura”. Mas, acrescentou o autarca, “outras castanha, e outros produtos da terra, no pavilhão principal; uma coisas podem ser feitas a partir da castanha”, área de gastronomia, e no exterior do pavilhão estarão expositores apontando o caso de Beynat, próximo de Limoges de artesanato e outras actividades do concelho. (França), com quem Carrazedo de Montenegro Num ano em que a campanha da castanha sofreu algum atraso, está geminada. “É um território de menor dimena produção também é menor, com uma quebra que pode chegar são, com uma produção e qualidade de castanha aos 30%, segundo o presidente da Junta de Carrazedo, António inferior à da nossa região, mas que a transforma de Jesus Costa, mais acentuada nos soutos situados em zonas de em produtos de qualidade, que coloca no mercado, maior altitude, devido “a uma quebra de temperatura” registada como champôs, sabonetes, cervejas, compotas, ioem Agosto durante três dias. Porém, a quebra de produção é gurtes, doces e outros produtos. É isto que nos falta compensada pelo preço, que ronda os 3 euros o quilo, e “com fazer para que as mais valias da castanha DOP da muita procura”, como afirmou Amílcar Almeida. Padrela fiquem no nosso território”, afirmou o auO autarca de Valpaços disse estar “tudo apostos” para a reatarca. lização da Feira da Castanha Judia, salientando a sua realização Para Amilcar Almeida, “temos que produzir e venno fim de semana de S. Martinho. “Nada melhor do que um der castanha, mas que possa também ser transforbom vinho, ou jeropiga, para acompanhar a castanha”, aponmada em produtos derivados na nossa região e daí tou. Amílcar Almeida destacou o trabalho feito pela Câmara extrair maior rendimento para as nossas gentes”. O de Valpaços e Junta de Freguesia de Carrazedo de Monteneautarca de Valpaços reconhece que “faltam empreengro, entidades responsáveis pela organização da Feira, “no dedores que o possam fazer”, mas diz que autarquia sentido de oferecer as melhores condições a quem participa a que preside “faz o que pode, como oferecer, a um na feira, mas também a todos quantos nos visitam”, que, na preço simbólico, lotes de terreno na nossa zona indusopinião do autarca, “são uma mais valia para valorizar este trial para que os empresários ali se possam instalar certame, que se realiza na Capital da Terra Fria”. e valorizar ainda mais esta cultura”. Amílcar Almeida E se a região tem já uma produção significativa de castaapontou como exemplo a instalação em Carrazedo de nha, com uma área de 4 mil hectares de Soutos, há quesMontenegro de um consorcio luso-italiano, que ali fez tões a ultrapassar, como a falta de mão de obra na região, um investimento significativo, e que já coloca no mercamas também a sua transformação em produtos derivados, do castanha ao longo de todo o ano. para que as mais valias fiquem na região. “Este é o nosso ouro da Terra Fria e isso vê-se por aquilo que a castanha representa para a nossa economia”, afirmou Amílcar Almeida, apontando que o negócio da castanha, directa e www.gazetarural.com
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Dia 13 de Novembro, no Centro Cultural Raiano
Idanha recebe apresentação da Estratégia Nacional para a Agricultura Biológica
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Direcção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural, com a colaboração da Câmara de Idanha-a-Nova, vai realizar no dia 13 de Novembro uma sessão pública sobre o ponto de situação da Estratégia Nacional para a Agricultura Biológica e da execução do respectivo Plano de Acção. A sessão vai realizar-se no Centro Cultural Raiano, em Idanha-a-Nova, a primeira Bio Região em Portugal, a partir das 9,30 horas, com a presença do Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural. Além do ponto de situação da Estratégia Nacional para a Agricultura Biológica, o programa da sessão contempla também a apresentação do “SIMA: Cotações de produtos biológicos”, a apresentação do projecto-piloto “Refeitório Escolar Biológico”, a apresentação do “Estudo das tendências do consumo de produtos biológicos em Portugal” e a apresentação das “Contas de cultura de produção vegetal”. A sessão de encerramento está marcada para as 12,30 horas, pelo presidente da Câmara de Idanha-a-Nova.
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VIII Feira
24 e 25 de Novembro 2018