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o l i t r i M o d Folha s o c i t u ê p a r e t s n fi pode ter eu hos em Vis in v e a r u t a junta liter e Natal > d s e > Festival r o b a S s ercado do M e v o m o r -Nova p Proença-a
Agenda
Feiras Agrícolas A 13 de Dezembro Feira de Santa Luzia em Trancoso O Mercado de Gado de Trancoso recebe um dos eventos anuais mais esperado pelos criadores de gado do concelho. Ali se realiza a Feira de Santa Luzia, que anualmente atrai muitos agricultores que se dedicam ao sector da pecuária, nomeadamente à criação de gado ovino. De 24 a 28 de Abril de 2019 XXXVI Ovibeja Espaço de diálogo e de inovação, a Ovibeja desafia para a abordagem conjunta à problemática das alterações climáticas, já está a receber inscrições para o IX Concurso Internacional de Azeites Virgem Extra – Prémio CA Ovibeja, já está a receber inscrições e manifestações de interesse para expositores e já tem o Secretariado a funcionar em pleno. De 17 a 19 de Maio de 2019 XI Expoflorestal ‘Por Uma Floresta Viva’ não é apenas o lema da próxima Expoflorestal, é também um desígnio nacional defendido pelos agentes, pelas empresas e pela tutela. É no maior certame ibérico dedicado à fileira da floresta que todos se juntam para mostrar a vitalidade do sector. Novos ventos parecem soprar na floresta portuguesa Eventos sectoriais De 7 a 9 de Dezembro “Festa das Luzes” em Belmonte A Aldeia Histórica de Belmonte ilumina-se para dar vida à “Festa das Luzes”, o último evento do ciclo “12 em rede | Aldeias em Festa. Conhecida como a vila portuguesa onde se fixou a maior comunidade judaica no país, assim como o berço de Pedro Álvares Cabral, Belmonte é um lugar de inestimável valor histórico para o nosso país, tais são as estórias que guardam os seus monumentos, muralhas e ruas de beleza ímpar.
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A 15 e 16 de Dezembro Mercado dos Sabores de Natal de Proença-a-Nova A gastronomia típica da época do Natal vai estar em destaque no Mercado dos Sabores de Natal, que decorrerá no pavilhão municipal de Proença-a-Nova. Este evento que estará de portas abertas no sábado das 15 às 24 horas e no domingo das 11 às 18 horas. De 8 de Agosto a 15 de Setembro de 2019 Feira de São Mateus Ludmilla, Natiruts e Gipsy Kings são os artistas e bandas que inauguram o cartaz musical de 2019 da Feira de São Mateus, em Viseu. A Viseu Marca reforça a aposta internacional, com um cartaz “mais carismático e irreverente”, e coloca os bilhetes à venda mais cedo que nunca. Eventos Vínicos De 7 a 9 de Dezembro Festival Literário “Tinto no Branco” Joanne Harris, Olivier Rolin e Germano Almeida e Mia Couto, prémios Camões, são alguns dos escritores que estarão em Viseu, naquela que será a edição mais internacional de sempre do festival literário Tinto no Branco. Eventos Gastronómicos Até 9 de Dezembro Mostra Gastronómica da Caça no concelho de Mora Pratos de caça voltam a estar em destaque nos restaurantes do Concelho de Mora na XXIII Mostra Gastronómica da Caça. O evento anual promovido pela Câmara de Mora, tem como objectivo aproveitar as potencialidades cinegéticas existentes e promover a gastronomia típica da região. De 11 a 13 de Janeiro de 2019 Feira Gastronómica do Porco O município de Boticas prepara já a edição 2019 de um certame que vai na vigésima primeira edição e que se irá realizar de 11 a 13 de Janeiro de 2019, como habitualmente no Pavilhão Multiusos de Boticas.
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Momento A
Confraria Saberes e Sabores da Casa das Beiras de Toronto promoveu o I Festival das Sopas, que contou com a participação de muitos restaurantes da cidade de Toronto. Bernardino do Nascimento, presidente da Confraria e da Casa das Beiras realçou “a adesão de muitos dos nossos conterrâneos”, num evento que promoveu e divulgou um dos pratos mais saudáveis e variados da gastronomia portuguesa.
Sumário 05Festival junta literatura e vinhos em Viseu da Feira de São Mateus 2019 será “mais carismático e irreverente” 07Cartaz 09Proença-a-Nova promove Mercado dos Sabores de Natal 10Águeda soma mais uma atracção mundial ao seu Natal 12Ovibeja inova na resposta a desafios da actualidade 15Feira de Santa Luzia homenageia criadores de gado do concelho 16Peso da Régua vai ajudar a promover e a afirmar o Douro ‘Guimarães Wine Fair’ contou com cerca de uma centena de vinhos 17Concurso 18Crédito Agrícola distinguiu 71 vinhos nacionais 22Produção de vinho em 2018 deverá ser a menor dos últimos 20 anos promoveu vinhos brancos do concelho e recebeu Encontro de Enólogos 24Mêda 25Há quebra na produção de azeite na região da Beira Alta querem leite com preço justo na Europa e mais jovens no sector 26Produtores 28Solos saturados podem deixar de absorver dióxido de carbono 32Portugal pode ser o maior produtor mundial de medronho 34‘Por Uma Floresta Viva’ é o lema da XI Expoflorestal de Coimbra apostam na folha de mirtilo para tratamento da esclerose múltipla 38Investigadores 4
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Ficha técnica Ano XIII | N.º 329 Periodicidade: Quinzenal Director: José Luís Araújo (CP n.º 7515) jla.viseu@gmail.com | 968 044 320 Editor: Classe Média C. S. Unipessoal, Lda Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu Redacção: Luís Pacheco Opinião: Miguel Galante | Paulo Barracosa Departamento Comercial: Fernando Ferreira Redacção: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu | Telefone 232436400 E-mail Geral: gazetarural@gmail.com Web: www.gazetarural.com ICS: Inscrição nº 124546 Propriedade: Classe Média - Comunicação e Serviços, Unipessoal Limitada Administração: José Luís Araújo Sede: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu Capital Social: 5000 Euros | CRC Viseu Registo nº 5471 | NIF 507 021 339 Dep. Legal N.º 215914/04 Execução Gráfica: Novelgráfica | R. Cap. Salomão, 121 - Viseu | Tel. 232 411 299 Estatuto Editorial: http://gazetarural.com/ estatutoeditorial/ Tiragem média Mensal: Versão Digital: 100.000 exemplares Versão Impressa: 1000 exemplares Nota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores.
Joanne Harris, Mia Couto, Germano Almeida e Olivier Rolin são nomes confirmados
Festival junta literatura e vinhos em Viseu
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iseu volta às ‘bocas’ do mundo com mais de Viseu no cartaz dos eventos literários ibéricos e terá um natural uma edição do “Tinto no Branco”, incluído reflexo na atractividade de públicos”. no evento enoturístico “Vinhos de Inverno”, que Nesta edição, o “Tinto no Branco” coloca a literatura em debate decorrerá de 7 a 9 de Dezembro, que inclui mais com outros géneros narrativos como o cinema, o teatro, a música e de 30 eventos e com um cartaz que inclui nomes patrimónios como o vinho e a gastronomia. Para além das “mesas” como Joanne Harris, Mia Couto, Germano Almeida e das “conversas de vida”, o festival realiza workshops de escrita e Olivier Rolin. criativa e performances literárias. Na edição mais internacional de sempre, o FestiO vereador da Cultura e Director da Viseu Marca diz que “o val Literário de Viseu “Tinto no Branco” terá lugar Tinto no Branco alcança na sua quarta edição a maturidade e no Solar do Vinho do Dão, que recebe prestigiados um estatuto de reputação cultural que o tornam incontornável. nomes da literatura numa programação intensa A sua diferenciação, através da associação inédita da literatura combinada com provas dos néctares do Dão, conaos vinhos e ao património, confere-lhe um lugar absolutamente certos, performances, sabores e actividades para único”, diz Jorge Sobrado. todas as idades. O Solar do Vinho do Dão acolhe neste fim-de-semana de DeJoanne Harris, a autora do best-seller “Chocolate”, zembro as conversas e iniciativas do festival literário, concertos os prémios Camões Germano Almeida (Cabo-Verde) e e performances artísticas, mas também o salão de provas com Mia Couto (Moçambique), e Olivier Rolin, um dos mais os produtores de vinhos do Dão, workshops vínicos, um espaço respeitados escritores franceses da actualidade, espara os mais novos, uma mostra dos produtos agro-alimentatão confirmados na programação mais internacional res e do artesanato locais e o restaurante “QB Events”. de sempre do festival literário. Junta-se-lhes o escritor A música está presente ao longo dos três dias e tem como e poeta lusófono Abrãao Vicente, Ministro da Cultura e cabeças de cartaz Luís Severo, dia 7 de Dezembro, e a banda das Indústrias Criativas de Cabo-Verde, e outros nomes Dead Combo, na noite de sábado. Ambos os concertos terão marcantes como Daniel Jonas, Ricardo Pais, António-Peinício às 22:30 e serão de entrada gratuita. Uma livraria e um dro Vasconcelos, Deana Barroqueiro e – o já “padrinho” alfarrabista funcionarão em permanência durante o evento. do evento – Francisco José Viegas. O “Vinhos de Inverno” e o “Tinto no Branco” são uma orgaO presidente da Câmara de Viseu, destaca o alcance nização do Município de Viseu e da Viseu Marca, tendo a Cointernacional que o festival conquista nesta dição. Almeimissão Vitivinícola Regional do Dão como parceira. São pada Henriques diz que “esta aposta reforça a importância trocinadores do evento a GALP, a LITOCAR e a Cássia Lignéa. www.gazetarural.com
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Apostas na programação e iluminação são as maiores de sempre
Viseu brilha mais intensamente neste Natal
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ste ano, Viseu reafirma-se, com mais e des clássicos de Natal, acompanhada pela Orquestra Filarmonia das melhores argumentos, como um dos prinBeiras e pelo Trio Jazz. É o espectáculo “Uma Noite de Natal” e os cipais destinos de Natal do país, para toda a bilhetes estarão à venda brevemente, a 12,5 e 15 euros. família e em todas as freguesias. Ao longo de Também no Pavilhão Multiusos vai ter lugar o grande espectáculo 38 dias, entre 30 de Novembro e 6 de Janeiro, musical para crianças “Grande Festa de Natal”, protagonizado por o concelho apresenta-se com a melhor prograalgumas das mais conhecidas personagens do Canal Panda. mação de sempre, recheada de experiências, E porque o “Viseu Natal” é solidário, as receitas do “Concerto espectáculos e animação para todas as idades. de Ano Novo e Reis”, a 4 de Janeiro, vão reverter para a SURDISOL “Esta é uma aposta estratégica e renovada”, - União de Apoio ao Surdo e Populações Especiais de Viseu. O esafirma o presidente da Câmara de Viseu. “Aprepectáculo vai realizar-se no Viriato Teatro Municipal, pelas 21,30 sentamos um mix de propostas que querem conhoras, e terá a Orquestra Filarmonia das Beiras e Cristina Branco quistar a comunidade para viver intensamente como protagonistas. Os clássicos sons da quadra vão ecoar pelas esta quadra, mas também visitantes e turistas de praças e ruas da cidade, num total de 350 horas de música amtodo o país e da vizinha Espanha”, afirmou Almeida biente. Henriques. O Mercado 2 de Maio transfigura-se este ano, para evocar o A cidade de Viseu veste-se com a maior instalaimaginário onírico de Natal, numa “Aldeia dos Sonhos”, localização de iluminação de sempre, alargando-se a duas da no piso superior da praça histórica de Viseu. Com a estrutura novas avenidas - António José de Almeida e Capitão de uma tenda gigante, a “Aldeia” vai receber 250 oficinas pedaSilva Pereira - e intensifica-se em peças e estruturas gógicas e criativas, espectáculos, actividades artísticas, “horas decorativas de luz. Face a 2017, o número de luzes do conto” e jogos, assumindo-se como parque de animação à quase duplicou (de 307 mil para 507 mil), espalhadas medida dos petizes. por 1.770 peças decorativas iluminadas (eram 380 em O caminho até à “Aldeia dos Sonhos” é ilustrado e vai contar 2017), colorindo 28 ruas, praças, jardins, adros, rotunhistórias. São 8 as ilustrações que vão guiar os visitantes do das e edifícios da cidade. Mercado desde a entrada, na Rua Formosa, ao piso superior A Praça do Rossio volta a ser o centro das atenda praça. As figuras, da autoria dos viseenses Luís Belo e Ana ções na iluminação da cidade e apresenta, este ano, Seia de Matos, são baseadas nos contos de Natal de Aquilino um novo cartão-de-visita: um presente interactivo de Ribeiro. grandes dimensões, que se apresenta em Portugal pela Já no piso inferior instala-se o “Mercado de Natal” que ofeprimeira vez, irá suceder à bola gigante e ao “Castelo de rece o melhor e mais característico da quadra natalícia. 23 Fantasia” dos anos anteriores. operadores trazem à cidade o melhor da doçaria, padaria, Para o vereador da Cultura e Turismo, Jorge Sobrado, chocolataria, cestaria, artesanato e produtos tradicionais “Viseu realiza este ano o sonho de uma verdadeira cidada região, onde os visitantes do Mercado poderão fazer as de-luz, com uma programação cultural e de animação de habituais compras de Natal. grande fôlego e distintiva, para todos os públicos e num Em 2018, o Município reforça a aposta na descentralizaroteiro descentralizado”. ção da agenda cultural do “Viseu Natal”. As 25 freguesias O cartaz musical da quadra é encabeçado pela fadista receberão 36 espaços de luz, 28 concertos de Natal, um Gisela João, num concerto no Multiusos de Viseu, a 23 de roteiro de presépios e vêem bater à porta três projectos Dezembro, pelas 21,30 horas. A cantora interpreta grande teatro.
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Lendários Gipsy Kings, Ludmilla e Natiruts são nomes internacionais confirmados
Cartaz da Feira de São Mateus 2019 será “mais carismático e irreverente”
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udmilla, Natiruts e Gipsy Kings são os artisao palco “os lendários e carismáticos Gipsy Kings”, com “os grandes tas e bandas que inauguram o cartaz musiclássicos intergeracionais” do flamenco espanhol, como “Djobi Djocal de 2019 da Feira de São Mateus, em Viseu. A ba”, “Bamboleo” e “Volare”, acrescentou. Os bilhetes para os três Viseu Marca reforça a aposta internacional, com espectáculos já podem ser comprados nos locais habituais. um cartaz “mais carismático e irreverente”, e coCristina Paula, presidente da direcção da Viseu Marca, considera loca os bilhetes à venda mais cedo que nunca. que “a afirmação de Viseu e da Feira como um destino de grandes A menos de nove meses da abertura do cereventos, de grandes experiências e de grandes concertos está no tame, em plena quadra natalícia, a “guardiã das caminho certo. Continuamos a dar sinais de inovação”, referiu. Feiras Populares” do país propõe aos visitantes Jorge Sobrado avançou também que “a programação da feira três espectáculos inéditos na cidade de Viriato. É está praticamente fechada, mas as surpresas serão reveladas também a primeira vez que o certame anuncia nopasso a passo, numa estratégia de sedução e conquista” dos púmes ainda no mês de Novembro e em dose tripla. blicos. Para Jorge Sobrado, gestor da Feira e vereador Aquele responsável disse ainda que já foram fechados “alguns da Cultura do Município de Viseu, “o cartaz do cerdos principais contratos de patrocínio”, o que ajuda “não apetame arranca com o pé direito”. A edição 2019 traz nas à sustentabilidade económica do certame”, mas também “a especiais revelações e “será a mais internacional de esta aposta na valorização da reputação da Feira de S. Mateus sempre, com uma estratégia de programação que como um grande evento popular nacional, como a guardiã das associa inovação, diversidade e grande atractividade feiras populares”. Neste quadro, a Super Bock assinou com a de públicos”, mas “marca, também, um processo de Viseu um contrato para os próximos quatro anos. afirmação do cartaz da feira, que aposta num cartaz Os bilhetes para os três espectáculos já podem ser adquirimais carismático e mais irreverente”, frisou. dos online, no site da Feira de São Mateus (www.feirasaomaSegundo Jorge Sobrado, a cantora de funk Ludmilla, teus.pt) e da Blueticket (www.blueticket.pt/), ou na sua rede “um dos grandes fenómenos de popularidade”, subide lojas associadas (Fnac, Worten, Media Markt, ACP, El Corte rá ao palco no dia 16 de Agosto, animando o recinto Inglés e Pagaqui). A Viseu Marca tem também um ponto de com temas como “Cheguei” e “Din Din Din”. A banda venda, no pavilhão Multiusos. brasileira de reggae Natiruts actuará a 24 de Agosto, Em 2019, a Feira de São Mateus decorre entre 8 de Agosto num concerto exclusivo na região Centro, durante o qual e 15 de Setembro. Serão 39 dias para feirar em Viseu. É uma poderão ser ouvidos “grandes temas muito acarinhados iniciativa do Município de Viseu, com organização executiva pelo público português”, como “Liberdade P’ra Dentro da da Viseu Marca. A Super Bock e a Galp são patrocinadores Cabeça”, “Sorri, Sou Rei” e “Andei Só”, referiu. oficiais do evento em 2019. No último sábado da feira, a 14 de Setembro, sobem www.gazetarural.com
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Entre os dias 07 e 25 de Dezembro
Câmara mantém aposta no “Penamacor Vila Madeiro”
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Câmara de Penamacor vai investir cerca de 75 mil euros na promoção do “Penamacor Vila Madeiro”, evento que alia as tradições daquele que é considerado o maior madeiro de Natal de Portugal com outras actividades festivas e culturais. O certame vai realizar-se nos fins de semana entre os dias 07 e 25 de Dezembro e visa contribuir para preservar o património cultural daquele concelho e atrair mais visitantes à vila, além de se afirmar como mais uma razão para que os filhos da terra regressem neste período. “Quando as coisas correm bem, é caso para lhes dar continuidade”, disse o presidente da Câmara de Penamacor, explicando as razões pelas quais este município do distrito de Castelo Branco mantém a aposta neste certame que já se realiza desde 2016. A promoção do concelho e dos recursos locais ao nível turístico, a atracção de visitantes e o contributo para a economia são alguns dos argumentos apontados por António Luís Beites, que também destaca o facto de este evento contribuir para elevar a auto-estima da população e até para a recuperação de alguns espaços que estavam devolutos no centro da vila e que nestes dias se abrem aos visitantes. A par das actividades que já marcam a tradição natalícia do concelho, o programa conta com animação, música e actividades culturais e desportivas, bem como um mercado de natal.
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Para este ano, a autarquia preparou um programa “amplo e variado” e com reforço das actividades do terceiro fim de semana, que será então palco de um convívio para os idosos do concelho e do quinto Passeio Equestre/1º Orihorse. Outra das novidades será a instalação de uma tenda inteiramente dedicada às crianças, que ficará na praça do ex-quartel ao longo de todo o evento. A festa arranca no dia 07 com a inauguração do referido mercado de natal. No dia seguinte, decorrerá um dos pontos altos do programa, que é a chegada ao centro da vila de dezenas de tractores carregados com os grandes troncos. O cortejo é dinamizado pelos jovens que fazem 20 anos e conta sempre com a ajuda de familiares, amigos e demais populares que se juntam à festa de fazer aquele que é considerado o maior madeiro de Portugal. A grande fogueira natalícia é ateada no dia 23, às 00:00.
Nos dias 15 e 16 de Dezembro, no Pavilhão Municipal
Proença-a-Nova promove Mercado dos Sabores de Natal
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gastronomia típica da época do Natal vai estar em destaque no Mercado dos Sabores de Natal, que decorrerá no pavilhão municipal de Proença-a-Nova nos dias 15 e 16 de Dezembro, evento que estará de portas abertas no sábado das 15 às 24 horas e no domingo das 11 às 18 horas. Os sabores e aromas de Natal estarão presentes. As filhós são presença obrigatória, tal como as rabanadas, os coscoréis, entre outra doçaria típica, será presença obrigatória. Animação, artesanato e produtos regionais serão outros produtos disponíveis, representando óptimas sugestões para prendas de Natal. Haverá ainda um espaço infantil com animação permanente para os mais pequenos, actividades para um natal mais ecológico e decoração de presépio, para estimular a criatividade de miúdos e graúdos – não há idade para sentir a magia do Natal. O Mercado receberá ainda o Festival das Artes da Beira Baixa.
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Ao maior Pai Natal do Guinness junta-se o mais pequeno Pai Natal do mundo
Águeda soma mais uma atracção mundial ao seu Natal
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pós três anos a zelar sozinho pelo Natal de Águeda, o maior Pai Natal do Mundo tem uma companhia à sua altura, ou melhor, à altura da sua exclusividade. É que a nova presença também é um Pai Natal, mas este consegue morar no buraco de uma agulha. Uma micro-obra esculpida pelo artista britânico Willard Wigan. Além desta pequena grande novidade, o município deseja surpreender os visitantes com um programa cultural e actividades para todos os gostos e idades. No dia 30 de Novembro, às 18 horas, acendem-se as luzes de mais um vibrante Natal aguedense. Até ao início de Janeiro, o espírito de boas festas irá viver-se em Águeda, numa atmosfera festiva e calorosa. As principais atracções irão concentrar-se na baixa da cidade e zona ribeirinha. Este ano, a praça principal – Largo 1.º de Maio – terá uma nova roupagem natalícia, onde se poderá deslizar numa pista de gelo ecológica, caminhar num “bosque” de árvores luminosas, ver as novidades do mercadinho de Natal e assistir a concertos aos fins-de-semana. Mas, e o maior e o mais pequeno Pai Natal do Mundo? Sentado num presente à sua escala, no Largo 1.º de Maio, estará o Pai Natal de 21,08 metros de altura que, em 2016, ganhou o recorde de maior do mundo. Este sábio gigante de barbas brancas será iluminado com 250 mil luzes LED e com a presença do seu homólogo - o mais pequeno Pai Natal do Mundo. A nano-escultura do artista Willar Wigan poderá ser vista, com a ajuda de um microscópio, no Posto de Turismo de Águeda. O detalhe em forma de Pai Natal é feito de fibra Kevlar, que o artista esculpiu com uma micro escova de aço e uma agulha de acupuntura achatada, coberta de pó de diamante. O resultado é um imaginário invisível que ganha vida ao nos aproximarmos. Ao reunir estes dois “gigantes” nas comemorações de Natal, sob o slogan “Do Menor ao Maior, Águeda é Natal”, o município completa a mensagem natalícia que deseja passar aos seus visitantes nesta quadra. A inspiração festiva e encantada do Maior Pai Natal do Mundo e o convite ao aproximar e olhar de perto as pequenas coisas da vida, que encantam com a força da delicadeza, como a micro-escultura de Wigan, artista que estará em Águeda de 4 a 6 de Dezembro. A aposta na originalidade e criatividade já faz parte da identidade do natal aguedense que, segundo Edson Santos, vice-presidente da Câmara de Águeda, “é um motor excepcional para promover o concelho e dinamizar o comércio tradicional, convidando um público diversificado a visitar a cidade e viver intensamente a atmosfera de encantar que criamos com prazer.” A contagem crescente para o Natal em Águeda começou. Os coros aclararam a sua voz para o dia de abertura, que ocorreu a 30 de Novembro. Serão 40 dias de ruas cintilantes, animadas por espectáculos e um genuíno espírito natalício.
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‘Aldeias em Festa’ com ‘Festa das Luzes, de 7 a 9 de Dezembro
Aldeias Históricas de Portugal celebram último evento em Belmonte
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e 7 a 9 de Dezembro, as ruas e monumentos da Aldeia Histórica de Belmonte iluminam-se para receber o derradeiro evento do ciclo ‘12 em rede | Aldeias em Festa. Conhecida como a vila portuguesa onde se fixou a maior comunidade judaica no país, assim como o berço de Pedro Álvares Cabral, Belmonte é um lugar de inestimável valor histórico para o nosso país, tais são as estórias que guardam os seus monumentos, muralhas e ruas de beleza ímpar. Nos dias 7, 8 e 9 de Dezembro, a Aldeia Histórica de Belmonte ilumina-se para dar vida à “Festa das Luzes”, o último evento do ciclo “12 em rede | Aldeias em Festa”. Todos os recantos e lugares de Belmonte estarão iluminados, num impressionante espectáculo de luz e cor que celebra a singularidade e aura de mistério que envolvem esta aldeia histórica. Afinal, é em Belmonte que encontramos, por exemplo, a Torre de Centum Cellas, um monumento romano sem igual em todo o mundo. Assim, é sob o tema “Festa das Luzes”, que a Aldeia Histórica de Belmonte vai viver momentos de grande animação. Percursos fotográficos, passeios micológicos, concertos, showcooking, caminhadas, sessões de cinema e espectáculos comunitários de luz vão tornar aqueles dias inesquecíveis para todos os que visitarem Belmonte. www.gazetarural.com
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Trigésima sexta edição vai decorrer de 24 a 28 de Abril de 2019
Ovibeja inova na resposta a desafios da actualidade
Espaço de diálogo e de inovação, a XXXVI Ovibeja, a decorrer de 24 a 28 de Abril de 2019, desafia para a abordagem conjunta à problemática das alterações climáticas, já está a receber inscrições para o IX Concurso Internacional de Azeites Virgem Extra – Prémio CA Ovibeja, já está a receber inscrições e manifestações de interesse para expositores e já tem o Secretariado a funcionar em pleno.
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papel inovador da Ovibeja vai ser colocado à prova na aborInternacional é também o IX Concurso de Azeidagem de um tema que está na ordem do dia: as alterações tes Virgem Extra – Prémio CA Ovibeja, um dos meclimáticas e os contributos, à luz do conhecimento e da inovação, lhores do mundo, que já tem abertas as inscrições sobre a sua mitigação e reversão. para lotes de azeites provenientes de produtores O papel dos agricultores é fundamental, enquanto guardiões individuais, sociedades olivícolas, lagares, cooperada biodiversidade – valor fundamental da sua actividade – na tivas e grupos empresariais dos diversos países proprotecção do espaço rural, na criação de condições que salvadutores. Competitividade e Internacionalização são guardem o equilíbrio entre a actividade produtiva e a protecção vectores apontados pelos organizadores – a ACOS do meio ambiente. Mas cabe a todos, sem excepção, o delicado em parceria com a Casa do Azeite - como estímulo à papel de contribuir para a construção de um planeta mais suscultura de excelência dos azeites nacionais. tentável e limpo. A Ovibeja, uma das mais importantes feiras agríQuando cada um de nós se senta à mesa tem atrás de si colas do nosso país, tem cada vez mais demonstraum longo percurso de produção, transformação e distribuição ções de interesse por parte de empresas nacionais e, dos produtos alimentares. Na base estão os agricultores com em crescendo espanholas, para a divulgação dos seus a delicada tarefa de responder aos desafios de produzirem produtos e serviços. O Secretariado já está a funcionar mais e melhor. A população mundial está a aumentar e é por em pleno para prestar informações sobre condições de isso necessário aumentar a produção e a eficiência. participação e envio da documentação necessária à toComo fazer? A Comissão Organizadora da Ovibeja está a mada de decisão. Mais informações em www.ovibeja.pt desenvolver parcerias de cooperação e a convidar especiaou ovibeja@acos.pt. listas, nacionais e internacionais, para abordagem multidisA organização da XXXVI Ovibeja é da responsabilidade ciplinar do tema. Investigadores, agrónomos, geógrafos, da ACOS – Associação de Agricultores do Sul. estudantes, agricultores, entre peritos de muitas outras áreas de saber e de trabalho, vão participar em colóquios, seminários, workshops, apresentar estudos, debater, revelar exemplos de mais-valias do trabalho em rede, à escala regional, nacional, ibérica e a um nível ainda mais alargado a nível internacional.
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Seminário agendado para dia 6 de Dezembro
Ervas aromáticas estão em destaque em encontro promovido pela Vitacress
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uso de ervas aromáticas na alimentação mediterrânea não é uma tendência nova, mas ainda há muito por investigar na sua relação com a saúde. Nesse sentido, a Vitacress – empresa nacional sediada no Sudoeste Alentejano e cuja missão passa por proporcionar uma alimentação saudável – avança com a organização de um seminário sobre ervas aromáticas que conta com a participação de vários profissionais de saúde, bem como investigadores científicos, agrónomos e autores de publicações. A iniciativa pretende reconhecer a importância das ervas aromáticas, pelo que os temas abordados vão desde a agronomia até à alimentação e nutrição humana, sem esquecer a inovação. O seminário “As Ervas Aromáticas – Nutrição, funcionalidades e inovação” terá lugar no dia 6 de Dezembro, no Museu do Oriente, das 9 às 17 horas. No programa – disponível em www.vitacress.pt –, podem ser encontrados nomes nacionais e internacionais de relevo. Durante o coffee break, estão previstos vários momentos práticos e de interacção com os participantes, como uma exposição de ervas pouco comuns (como o manjericão com sabor a chocolate) e um showcooking com o chefe Chakall. O evento tem o apoio institucional da Associação Portuguesa de Nutrição (APN) e a entrada tem um preço de 30 euros (com almoço incluído), com as receitas a reverterem a favor do Instituto Português de Oncologia. Como reduzir o consumo de sal e gordura na alimentação? Nos últimos anos – com o aumento do consumo sal e das patologias a ele associadas – as ervas aromáticas têm ganho destaque, já que são excelentes auxiliares na redução do consumo de sal culinário. É precisamente este eixo que Ian Rowland (professor emérito de Nutrição Humana na Universidade de Reading, Inglaterra) vai abordar na sua apresentação durante o seminário. Formado em microbiologia, Rowland é actualmente editor-chefe do European Journal of Nutrition, tendo já publicado mais de 400 artigos. Em 2005, foi galardoado com um Doutoramento honorário da Universidade de Gent pelo seu trabalho na nutrição e cancro e está na lista de investigadores mais citados da Thompson-Reuters 2016. Outro dos destaques da programação do seminário é a exposição de Teresa Serra (investigadora associada no iBET – Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica) sobre a “Influência das Ervas Aromáticas no Tratamento de Cancro”. Desde 2004 a trabalhar em tecnologia e ciência alimentar, Teresa Serra está actualmente a investigar os benefícios para a saúde de alimentos – como as ervas aromáticas – e os seus compostos bioactivos utilizando modelos celulares. Neste momento, tem 32 artigos publicados, escreveu quatro capítulos de vários livros e já fez quase quatro dezenas de apresentações e mais de 60 comunicações em reuniões científicas nacionais e internacionais.
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Será que realmente “somos o que comemos”? Já Jekka McVicar, especialista em jardinagem orgânica, vai orientar a palestra “Somos o que comemos”, demonstrando a sua experiência na área. Em 1985, McVicar criou uma quinta de ervas aromáticas com o seu marido, sendo que detêm a maior colecção de todo o Reino Unido, com mais de 500 variedades diferentes. Em 2013, a especialista fundou a sua própria escola, tendo ganho até à data mais de 60 medalhas de ouro da Royal Horticultural Society. Jekka McVicar é ainda autora de vários livros de muito sucesso, nomeadamente o “Jekka’s Complete Herb Book” que vendeu mais de um milhão de cópias em todo o mundo, e é colaboradora da BBC e do The Guardian.
No próximo dia 13 de Dezembro, em Trancoso
Feira de Santa Luzia homenageia criadores de gado do concelho
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Mercado de Gado de Trancoso recebe no próximo dia 13 de Dezembro um dos eventos anuais mais esperado pelos criadores de gado do concelho. Ali se realiza a Feira de Santa Luzia, que anualmente atrai muitos agricultores que se dedicam ao sector da pecuária, nomeadamente à criação de gado ovino. O presidente da Câmara de Trancoso, à Gazeta Rural, diz que “vai ser uma grande feira” e “uma grande mostra de gado” do concelho. Amílcar Salvador salienta que a Feira de Santa Luzia “é uma homenagem ao mundo rural e aos nossos criadores de gado”, porque, acrescenta, “sabemos a importância que as nossas freguesias rurais têm para a sede do concelho”.
nossos agricultores produzem é extremamente importante, nomeadamente a agro-pecuária, mas também o azeite, o vinho, o mel e a castanha, que procuramos a todo o custo promover e divulgar, porque são produtos de grande qualidade. GR: Tem no concelho um dos maiores criadores de ovinos da raça Churra Mondegueira, que tem já um efectivo reduzido. Que importância lhe atribui? AS: É também isso que pretendemos promover, de forma a que a raça continue a existir, pois é muito importante para a produção de queijo Serra da Estrela. São animais de grande qualidade e o produtor é uma pessoa muito dedicada e que gosta desta raça. Diria, que os proprietários são os melhores amigos dos animais. Para nós isso é muito importante, pois o leite dessa raça é de grande qualidade para a produção e queijo e requeijão Serra da Estrela, uma vez que parte do concelho de Trancoso faz parte da região demarcada. O que pretendemos também é incentivar os mais jovens a dedicarem-se a esta actividade, nomeadamente a essa raça, porque não tenho dúvida de que vale a pena e ficamos contentes por termos no concelho alguns dos melhores exemplares dessa raça.
Gazeta Rural (GR): Que novidade reserva a Feira de Santa Luzia deste ano? Amílcar Salvador (AS): É um grande evento anual, que se realiza em Trancoso há muitos anos, diria há alguns seculos, a 13 de Dezembro. O nosso GR: De uma forma geral como está o sector da pecuária concelho sempre esteve ligado a feiras e mercados em Trancoso? e a Feira de Santa Luzia sempre esteve associada AS: A Câmara tem feito um esforço grande no sentido de aos animais. Este ano, a Câmara Municipal, com os apoiar os produtores. Com estas feiras e eventos promove-se o produtores de gado, sobretudo ovino, vamos fazer convívio e sentem que a autarquia está próxima, os apoia e que uma grande feira. Temos mais dificuldade no gado vale a pena. bovino, mas, com certeza, que iremos fazer uma Sabemos que é um sector muito difícil, que dá muito trabalho grande mostra de gado no Mercado de Trancoso na todos os dias, sem descanso, em condições, às vezes, muito diquinta-feira, dia 13, mas no dia seguinte teremos, fíceis para cuidarem dos seus animais como querem e gostam. também, o mercado semanal, que atrai sempre muita No sector dos ovinos estamos satisfeitos, pois temos um gente. número significativo de animais, mas queremos mais e meVão ser dois dias grandes em Trancoso, porque prolhor. Queremos que haja mais jovens empresários agrícolas a curamos promover os nossos mercados semanais, à dedicarem-se a esta actividade, porque temos tudo de bom, sexta-feira, mas também este evento anual em dia de como tranquilidade, paisagens, segurança e boa gastronoSanta Luzia, numa época em que o Natal se aproxima e mia. Digo-lhes que vale a pena, pois noutros sectores a vida que as pessoas aproveitam para fazer as suas compras. também é difícil, mas nesta actividade também podem ter A Feira de Santa Luzia é uma homenagem ao nosso uma vida digna. mundo rural e aos nossos criadores de gado, porque sabemos, também, a importância que as nossas freguesias rurais têm para a sede do concelho. Tudo aquilo que os www.gazetarural.com
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É Cidade do Vinho 2019
Peso da Régua vai ajudar a promover e a afirmar o Douro
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presidente da Câmara da Régua disse que o galardão Cidade ta com a participação de vários parceiros privado Vinho 2019 vai contribuir para a promoção, valorização e dos e institucionais. afirmação do Douro e inclui a aplicação de um milhão de euros em Como exemplo das iniciativas a concretizar no diversas iniciativas. próximo ano, o autarca destacou a realização de Peso da Régua, no distrito de Vila Real e inserida na Região Deuma “feira de vinhos de dimensão nacional” e de marcada do Douro, foi eleita Cidade do Vinho 2019 pela Associaum congresso que vai cruzar o tema vinho com os ção de Municípios Portugueses do Vinho (AMPV). “É a primeira vez diversos escritores da região, muitos dos quais se que uma cidade do Douro obtém este galardão. Esta foi uma caninspiraram no Douro, nas suas paisagens em sodidatura do Douro e vai contribuir para criarmos cada vez mais calcos e no rio. valor acrescentado para esta importante fileira do vinho”, afirSegundo o presidente, a “candidatura é dinâmimou o autarca José Manuel Gonçalves. O presidente referiu que ca e as iniciativas a concretizar vão ser disseminao actual executivo de Peso da Régua está empenhado em “dar das por toda a região demarcada”. “O próximo ano, ênfase à questão económica e à valorização do vinho”. 2019, vai ser o ano em que vamos reforçar a nossa A candidatura a Cidade do Vinho teve como objectivo ajudar capacitação, a nossa promoção, o valor acrescentana capacitação da região e pretende ser “mais uma marca para do da fileira do vinho e da vinha”, sublinhou. afirmar o Douro no país e no mundo”. José Manuel Gonçalves Peso da Régua disputou o galardão Cidade do Viressalvou que, nos últimos tempos, já foi realizado trabalho a nho 2019 com Borba (Alentejo) e Viseu (Dão). nível da promoção e valorização do sector da vinha e do vinho, Esta distinção existe desde 2009 e já elegeu localie adiantou que, ao longo de 2019, serão realizadas “múltiplas dades como Madalena do Pico, Lagoa, Barcelos, Vidiactividades”. O investimento rondará o milhão de euros e congueira, Viana do Castelo, Beja e Palmela.
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Evento reuniu cerca de 200 produtores de todo o país
Resultados Vinhos brancos Grande Prémio: Quinta do Portal Douro Reserva 2016 (Quinta do Portal) Prémio Gambozinos Douro 2017 (Cabanas do Castanheiro - Casa Agrícola) Quinta dos Currais Beira Interior Colheita Seleccionada 2016 (Quinta dos Currais Sociedade Agrícola)
Concurso ‘Guimarães Wine Fair’ contou com cerca de uma centena de vinhos
Vinhos verdes brancos Grande Prémio: Portal do Fidalgo Vinho Verde Monção e Melgaço Alvarinho 2017 (PROVAM) Prémio: Casa do Barroso Regional Minho Alvarinho Reserva 2017 (Pedro Barroso Pereira) Casa do Capitão Mor Monção e Melgaço Alvarinho 2017 (Quinta de Paços, Soc. Agrícola) Castelo Negro 350 Vinho Verde Avesso 2017 (Guapos Wine Project) Quinta da Rabiana Private Collection Vinho Verde 2017 (Quinta da Rabiana) Quinta do Outeiro de Baixo Vinho Verde Azal e Pedernã Reserva 2017 (Sociedade Agrícola S. Veríssimo) Regueiro Secreto Vinho Verde Monção e Melgaço Alvarinho Reserva 2017 (Quinta do Regueiro) Terras de Conclave Vinho Verde Monção e Melgaço Alvarinho 2017 (Terras de Conclave)
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Multiusos de Guimarães foi o palco da primeira edição do Guimarães Wine Fair, evento que reuniu cerca de 200 produtores com três mil artigos em prova, desde vinho, cerveja, whisky, licores, entre outros. Promover o vinho como um dos símbolos da cultura portuguesa foi o objectivo do evento que recebeu produtores do norte e sul do país. No âmbito do evento, teve lugar um concurso que contou com cerca de mais de uma centena de vinhos em prova. Quinta do Portal Douro Reserva 2016, nos brancos; Portal do Fidalgo Vinho Verde Monção e Melgaço Alvarinho 2017, nos vinhos verdes; Castello d’Alba Limited Edition Douro 2015, nos tintos, e Vasques de Carvalho Porto Tawny 30 anos, no vinho do Porto, receberam o Grande Prémio do Concurso.
Vinhos tintos Grande Prémio: Castello d’Alba Limited Edition Douro 2015 (Rui Roboredo Madeira) Prémio: AB Dão Touriga Nacional 2014 (Amora Brava) doispontocinco Vinhas Velhas Beira Interior Rufete 2013 (2.5 Vinhos de Belmonte) Esmero Douro 2002 (Rui José Xavier Soares) Fronteira Douro Reserva 2015 (Casa Agrícola Manuel Joaquim Caldeira) Iter Douro 2014 (Duplo PR) Joana da Cana Regional Tejo Reserva 2016 (Rui Manuel da Silva Franco) L’Apogée Saint-Chinian 2014 (Les Vignobles Foncalieu, França) Monte dos Cabaços Regional Alentejano Reserva 2010 (Monte dos Cabaços) Pintarola Dandy Regional Lisboa Syrah (Quinta d’Rangel) Quinta da Serôdia Douro Touriga Nacional Reserva 2016 (Barrigas de Azevedo, Vinhos) Quinta do Piloto Coleção de Família 2014 (Quinta do Piloto Vinhos) Quinta Vale do Bragão Douro Reserva 2013 (M. V. Borges Gonçalves Costa Mendes) Santos da Casa Regional Alentejano Reserva 2015 (Santos & Seixo) Vinho do Porto Grande Prémio: Vasques de Carvalho Porto Tawny 30 anos (Vasques de Carvalho - Soc. Agrícola) Prémio: Dona Antónia Porto Tawny 20 anos (Sogrape Vinhos) Réccua Porto Tawny 10 anos (Porto Réccua Vinhos) www.gazetarural.com
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Concurso contou com 143 produtores nacionais
Crédito Agrícola distinguiu 71 vinhos nacionais
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Concurso de Vinhos do Crédito Agrícola, uma iniciativa dinaMedalha de ouro mizada em parceria com a Associação dos Escanções de Por- Adega Cooperativa de Almeirim 60 Anos DOC do Tejo tugal, divulgou os 71 vinhos nacionais premiados, numa cerimónia Branco 2017 | Adega Cooperativa de Almeirim realizada no SUD Lisboa, em Lisboa, - Adega de Pegões Colheita Seleccionada Vinho ReA quinta edição do concurso contou com 240 vinhos brancos, tingional Península de Setúbal Branco 2017 | Cooperativa tos e espumantes colocados à prova por 143 produtores nacionais Agrícola Sto. Isidro de Pegões das várias regiões vitivinícolas do país, o júri distinguiu, durante as provas cegas realizadas no Mercado de Vinhos do Campo Pequeno, - Casa Ermelinda de Freitas Syrah Reserva Vinho Re71 vinhos com a Tambuladeira dos Escanções de Portugal, 40 com gional Península de Setúbal Tinto 2016| Casa Ermelinda medalhas de ouro e 31 com medalhas de prata. Freitas - Vinhos, Lda. A cerimónia de entrega dos prémios que contou com a presen- Castelo de Azurara Encruzado DOC Dão Branco 2016 | ça de Francisco Toscano Rico, presidente do Instituto da Vinha Adega Cooperativa de Mangualde e do Vinho, entidade que certifica o Concurso, do presidente da - Comenda Grande Vinho Regional Alentejano Branco direcção da Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa, Bernardo 2017 | Monte da Comenda Agroturismo, Lda. Gouvêa, e da directora Regional da Agricultura e Pescas de Lis- Convento de Tomar Reserva DOC do Tejo Tomar Tinto boa e Vale do Tejo, Elizete Jardim, foi conduzida por Sílvia Alberto 2014 | Quinta do Cavalinho - Vinhos, Lda. e reuniu duas centenas de convidados entre produtores, repre- Côro Syrah / Touriga Nacional Vinho Regional Tejo Tinto sentantes de cooperativas, enólogos, escanções e responsáveis 2016 | Sociedade Agro-Alimentar da Mascata do Crédito Agrícola de todo o país. - Cruel Reserva Vinho Regional Alentejano Branco 2015 | Nesta edição foram distinguidos vinhos oriundos das regiões Monte Seis Reis vitivinícolas dos Vinhos Verdes (6 medalhas), Douro (8 meda- Deslumbre DOC Verde Branco 2017 | Paços de Xisto lhas), Trás-os-Montes (1 medalha), Dão (6 medalhas), Bairrada - Dona Berta Vinha Centenária Grande Reserva DOC Douro (4 medalhas), Tejo (7 medalhas), Lisboa (9 medalhas), PenínsuBranco 2017 | H. & F. Verdelho Lda. la de Setúbal (7 medalhas), Alentejo (20 medalhas) e Algarve - Edd’s Reserva Vinho Regional Algarve Tinto 2014 | Concepts (3 medalhas). by Edd’s II, Lda. Com este concurso, que coloca à prova a qualidade dos vi- Faina Maior Reserva DOC Bairrada Branco 2016 | Associação nhos nacionais, o Crédito Agrícola pretende apoiar o sector Rota da Bairrada vitivinícola e o desenvolvimento das economias locais. - Félix Rocha Grande Escolha Vinho Regional Lisboa Tinto 2009 | Sociedade Agrícola Félix Rocha - Folha do Meio Vinho Regional Alentejano Tinto 2015 | Terrenus Veritae - Herdade da Ajuda Reserva Vinho Regional Alentejano Tinto 2016 | Herdade da Ajuda Nova, Sociedade Agrícola Unipessoal, Lda. - Herdade das Barras Reserva Vinho Regional Alentejano Tinto 2011 | Herdade das Barras - Herdade do Gamito Vinho Regional Alentejano Branco 2015 | Gonçalo Aires de Sá da Bandeira (Herdade do Gamito)
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Medalha de prata - Herdade dos Veros Reserva Vinho Regio- @batista’s Colheita Seleccionada Blanc de Noirs Vinho Regional Tejo Branco 2017 | Pinal Alentejano Tinto 2015 | JJMR - Sociedade tada Verde, Lda. Agrícola, Lda. | Morais Rocha Wines - Adega Cooperativa Ponte da Barca DOC Verde Branco 2017 | Adega Cooperativa de - Herdade Grande Gerações Colheita SePonte da Barca e Arcos de Valdevez leccionada Vinho Regional Alentejano Tinto - Adro da Sé Encruzado DOC Dão Branco 2017 | UDACA - União das Adegas Cooperativas 2013 | António Manuel Baião Lança do Dão - Herdade São Miguel Reserva Vinho Regio- Alento Reserva Vinho Regional Alentejano Branco 2017 | Adega do Monte Branco nal Alentejano Tinto 2015 | Casa Relvas, Lda. - blog Vinho Regional Alentejano Tinto 2015 | Tiago Mateus Cabaço e Cabaço - Malo Platinum Reserva Vinho Regional Pe- Cantando Vinho Regional Alentejano Tinto 2014 | Sociedade Agrícola do Monte Novo nínsula de Setúbal Tinto 2012 | Malo Wines e Figueirinha, Lda. - Mundus Escolha Vinho Regional Lisboa Tinto - Comenda Grande Espumante Bruto Vinho Regional Alentejano Branco 2014 | Monte 2013 | Adega Cooperativa da Vermelha da Comenda Agroturismo, Lda. - Nascedios Terroir Reserva Vinho Regional - Faina Maior Baga Espumante Bruto Reserva DOC Bairrada Branco 2014 | AssoAlentejano Branco 2016 | Adega dos Nascedios ciação Rota da Bairrada - Luís António Costa Ribeiro - Herdade do Pico Vinho Regional Alentejano Branco 2015 | Sul Estoril, Comércio, - Palácio dos Távoras Vinhas Velhas DOC TrásIndústria, Hotelaria, Turismo e Serviços, Lda. -os-Montes Tinto 2015 | Costa Boal Family Es- Infusa Grande Escolha Vinho Regional Minho Branco 2017 | Quinta de Miramontes tates Unipessoal, Lda. - Páteo das Cantigas Vinho Regional Lisboa Tinto - Ladeira da Santa Grande Reserva DOP Dão Tinto 2015 | Ladeira da Santa 2016 | Adega Cooperativa de Azueira - Mamoré de Borba Grande Reserva DOC Alentejo Tinto 2015 | Sovibor – Soc. Vi- Picos do Couto Grande Escolha DOC Dão Tinto nhos de Borba, S.A. 2012 | Sociedade Agrícola Castro de Pena Alba - Marquês de Marialva Arinto Reserva DOC Bairrada Branco 2016 | Adega CoopeS.A. rativa de Cantanhede - Porches Vinho Regional Algarve Branco 2017 | - Peripécia Chardonnay Vinho Regional Lisboa Branco 2017 | Cerrado da Porta, Única – Adega Cooperativa do Algarve Lda. - Quinta Brejinho da Costa Reserva Vinho Regional - Portal do Fidalgo Alvarinho Reserva 25 anos DOC Verde Branco 2015 | PROVAM, Península de Setúbal Branco 2015 | Resigon, S.A. LDA. - Quinta da Devesa Reserva DOC Douro Tinto 2013 | - Prior Lucas DOC Bairrada Branco 2017 | Rui Lucas Sociedade Agrícola da Quinta da Devesa - Pulo do Lobo Verdelho Vinho Regional Alentejano Branco 2017 | Socie- Quinta da Rede Grande Reserva DOC Douro Branco dade Agrícola de Pias 2016 | Quinta da Rede Sociedade Agrícola, Lda. - QC Sandinus Encruzado DOC Dão Branco 2014 | António Manuel da Silva Men- Quinta das Cerejeiras Grande Reserva DO Óbidos des Branco 2016 | Companhia Agrícola do Sanguinhal - QO Reserva Vinho Regional Algarve Tinto 2014 Paxá Wines, Lda. - Quinta de S. Sebastião Reserva Vinho Regional Lis- Quinta da Rede Grande Reserva DOC Douro Tinto 2014 | Quinta da Rede boa Tinto 2015 | Multiwines, Lda. Sociedade Agrícola, Lda. - Quinta de Vale Mourisco Syrah Vinho Regional Lisboa - Quinta do Couquinho Reserva DOP Douro Tinto 2015 | Quinta do Couquinho Tinto 2016 | Quinta de Vale Mourisco - Sociedade AgríSociedade Agrícola, Lda. cola, Lda. - Reguengo de Melgaço Alvarinho Reserva Espumante Bruto DOC Verde - Quinta dos Penegrais Alvarinho Reserva Vinho RegioBranco 2015 | Reguengo de Melgaço, S.A. nal Tejo Branco 2017 | António Carvalho Machado - Selores Premium DOC Douro Tinto 2015 | Viniselores, Lda. - Quinta Vale do Bragão Reserva DOC Douro Tinto 2013 | - Serra Brava Alicante Bouschet & Syrah Vinho Regional Península de SetúQuinta Vale do Bragão - Maria Virgínia Borges Costa Menbal Tinto | 2016Herdade Canal Caveira, Lda. des - Serras de Grândola Verdelho Vinho Regional Península de Setúbal Branco - Torre do Frade Grande Reserva Vinho Regional Alente2017 | Maria Jacinta Nunes da Costa Gomes Sobral da Silva - A Serenada jano Tinto 2008 | Sociedade Agrícola da Herdade da Torre - Solar dos Loendros Vinho Regional Tejo Tinto 2015 | Casa Agrícola Solar de Curvo, Lda. dos Loendros - Velhos Bardos Reserva DOC Douro Tinto 2013 | Vasques - Terras do Pó Vinho Regional Península de Setúbal Branco 2017 | Casa de Carvalho Ermelinda Freitas - Vinhos, Lda. - Vinha do Carmo Vinho Regional Lisboa Tinto 2016 | Quinta - Touriga Nacional DOC Dão Tinto 2014 | UDACA - União das Adegas Coodo Gradil, Sociedade Vitivinícola, Lda. perativas do Dão - Zarague Alvarinho Grande Escolha Vinho Regional Minho - Vale das Mouras Premium Vinho Regional Alentejano Tinto 2017 | SoBranco 2017 | António Virgílio Garrido Ramos ciedade Agrícola da Herdade das Mouras de Arraiolos, S.A. - Zé da Leonor Reserva Vinho Regional Tejo Tinto 2015 | Casa - Vinhas da Ira Vinho Regional Alentejano Tinto 2014 | H. Uva, S.A. Agrícola Rebelo Lopes - Zavial Syrah Reserva DOC Óbidos Tinto 2015 | Encostas do Atlântico, S.A.
INFORMAÇÕES NA AGÊNCIA OU LINHA DIRECTA:
808 20 60 60 www.creditoagricola.pt
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Uma iniciativa da Confraria dos Enófilos do Alentejo
Concurso atribuiu três prémio “Excelência” nos Melhores Vinhos do Alentejo em 2018
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Confraria dos Enófilos do Alentejo apresentou os resultados do VI Medalha de ouro: Concurso “Melhores Vinhos do Alentejo”. Scala Coeli - Touriga NaScala Coeli – Touriga Nacional tinto 2015, cional tinto 2015; Valcatrina by Santos Lima – rosado 2017 e Vidigueira Fundação Eugénio de Almeida - Grande Escolha branco 2016 foram distinguidos com o prémio de ExRocha Rosa tinto 2012, Falcon Land – Sociecelência. Foram ainda entregues 17 Medalhas de Ouro e 7 Medalhas de dade Vinícola, Lda. Prata. Monsaraz – Touriga Nacional tinto 2017, CAREsta iniciativa pretendeu, por mais um ano, não só destacar a qualiMIM – Coop. Agrícola de Reguengos de Mondade da produção de vinho que existe no Alentejo, mas também dar a saraz, CRL conhecer aos consumidores a produção de excelência que é feita na Adega Mayor (Pai Chão) – Grande Reserva tinregião. to 2014, Adega Mayor – Soc. Vitivinícola, AgríO concurso abrangeu 121 vinhos produzidos no Alentejo que foram cola e Enoturistica, SA submetidos ao concurso por parte de 50 produtores. Nesta sexta ediComenda Grande – Touriga Nacional tinto 2015, ção os vinhos avaliados foram constituídos por 29 brancos, 5 rosados Monte da Comeda Agroturismo, Lda. e 87 tintos. Perescuma (N.º 1) – tinto 2015, Sociedade AgríDestes 121 vinhos a concurso os vencedores do Prémio de Excelêncola Perescuma, SA cia, atribuído por categoria, foram o Scala Coeli – Touriga Nacional Quetzal Reserva tinto 2015, Quinta do Quetzal – tinto 2015, de Fundação Eugénio de Almeida; Valcantrina by Santos Soc. Agrícola, Lda. Lima Rosado 2017, de Casa Santos Lima – Compª. das Vinhas, SA; Quid Pro Quo – Reserva tinto 2016, Casa Santos e Vidigueira – Grande Escolha branco 2016, de Adega Cooperativa Lima – Compª. das Vinhas, SA de Vidigueira, Cuba e Alvito, CRL. Foram ainda entregues dezasseVinhas da Ira – tinto 2014, H. Uva, SA te Medalhas de Ouro, dos quais 6 brancos, 1 rosé e 10 tintos. As Folha do Meio – tinto 2013, Terrenus Veritae ActiMedalhas de Prata foram entregues a 11 referências, todas elas de vidades Agr. e Turísticas, SA vinho tinto. Valcantrina by Santos Lima Rosado 2017, Casa Óscar Gato, Escanção-Mor da Confraria dos Enófilos do AlenteSantos Lima – Compª. das Vinhas, SA jo, afirmou que “a qualidade dos vinhos a Concurso foi elevada, Vidigueira - Grande Escolha branco 2016, Adega vinhos de estilos diferenciados, de perfil equilibrado, com estruCoop. de Vidigueira, Cuba e Alvito, CRL tura, elegância e longevidade, que permitem diversidade e opção Porta da Ravessa – Reserva branco 2017, Adega de escolha ao consumidor mais esclarecido e exigente, seja para Cooperativa de Redondo, CRL consumo imediato ou para aguardar pacientemente o momento Régia Colheita – Reserva branco 2017, CARMIM – óptimo de consumo. De salientar igualmente a diversidade de Coop. Agrícola de Reguengos de Monsaraz, CRL anos de colheita dos vinhos premiados, o que comprova a conTiago Cabaço Vinhas Velhas de Estremoz – branco sistência de qualidade dos Vinhos do Alentejo ano após ano.” 2017, Tiago Mateus Cabaço e Cabaço O júri de prova foi composto por membros da Confraria dos Tapada do Chaves – branco 2017, Tapada do Chaves Enófilos do Alentejo, da CVRA, Comissão Vitivinícola Regional Sociedade Agrícola e Comercial, Unipessoal Lda. Alentejana, dos Provadores da Associação Portuguesa de EnoPoliphonia – Reserva branco 2017, Granacer – Admilogia, da Associação de Escanções de Portugal, da Universinistração de Bens, SA dade de Évora e, ainda por Jornalistas e Bloggers da Especialidade. Medalha de Prata Planura – tinto 2014, Unicer – Vinhos, SA Herdade de São Miguel - Reserva Tinto 2015, Casa Agricola Alexandre Relvas, Ldª. Resultados Herdade das Servas – Reserva tinto 2015, Serrano Mira, SA Prémio de Excelência: Morais Rocha – Reserva tinto 2013, JJMR – Sociedade AgríScala Coeli – Touriga Nacional tinto 2015, Fundação Eugénio cola Lda. de Almeida Monte Penedo Gordo – Reserva tinto 2013, António MaValcantrina by Santos Lima Rosado 2017, Casa Santos Lima nuel Esteves Monteiro – Compª. das Vinhas, SA Poliphonia – Reserva tinto 2015, Granacer – Administração Vidigueira - Grande Escolha branco 2016, Adega Coop. de de Bens, SA Vidigueira, Cuba e Alvito, CRL Valcatrina by Santos Lima - Tinto 2017 – Syrah, Caça Santos Lima-Compª. das Vinhas, SA
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Há “reduções generalizadas de produção” nas fruteiras e olival
Produção de vinho em 2018 deverá ser a menor dos últimos 20 anos
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onda de calor sentida durante Agosto afectou as colheitas, tica”, mas menor calibre, já que as elevadas temtendo havido uma redução global na produção de vinho, naperaturas de Agosto travaram o crescimento dos quele que foi considerado o pior dos últimos 20 anos na viniculfrutos. tura portuguesa. No kiwi, cuja colheita da variedade Hayward ocorA produção de vinho deverá ser este ano a mais baixa das últireu durante na segunda quinzena deste mês, o INE mas duas décadas, devido ao “calor excessivo” de Agosto, com aponta para uma produção 5% abaixo da de 2017, o INE a estimar uma quebra de 20% para 5,2 milhões de hectodevido aos “danos em alguns pomares” causados litros. “As condições meteorológicas de Agosto foram determipela passagem da tempestade Leslie, nomeadamennantes e verificou-se que o calor excessivo causou escaldões te no Baixo Vouga, onde as quebras de produção nos bagos, embora com reflexos distintos em função da casta, nesta campanha atingem os 30%. Ainda assim, gloda exposição e da idade da vinha”, refere o Instituto Nacional balmente, a produção deverá situar-se nas 33,5 mil de Estatística (INE) nas previsões agrícolas recentemente ditoneladas, a segunda maior de sempre, sendo apenas vulgadas. superada pela de 2017, com 35,3 mil toneladas. Segundo o instituto, “exceptuando no Algarve (aumento superior a 5%) e no Alentejo (produção semelhante a 2017), toAzeite atrasado, mas produção cresce das as regiões vitivinícolas deverão registar menos produção, prevendo-se uma redução global de 20%, para os 5,2 milhões No que se refere à produtividade da azeitona para de hectolitros, a menor das últimas duas décadas”. azeite, cuja maturação está “atrasada mais de um mês As previsões agrícolas divulgadas pelo INE apontam ainda face à campanha anterior”, deverá reduzir-se em 15%, para “reduções generalizadas de produção” nas fruteiras, “resultado de uma grande variabilidade de produção vinha e olival. Na maçã e na pêra, as diminuições face à nos olivais tradicionais de sequeiro”, mas ficar “bastancampanha anterior são de 15% e 20%, respectivamente, te acima da média dos últimos cinco anos, mantendo-se resultantes da conjugação de “fracas polinizações, proble“acima das 12 toneladas por hectare”. mas fitossanitários e da onda de calor de Agosto”. Os soutos, pelo contrário, apresentam uma produção A produção de maçã deverá rondar as 278 mil toneladas, de castanha que se prevê 5% superior à da campanha anapresentando os frutos “boas características organolépterior, estimando o INE que a produção deverá situar-se ticas e colorações normais”, enquanto a de pêra deverá nas 31,1 mil toneladas, “em linha com os valores alcançaatingir as 162 toneladas, com “boa qualidade organolépdos nos últimos cinco anos”, exceptuando 2014.
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Na amêndoa, a entrada em produção dos amendoais recentemente instalados no Alentejo (que reforçam esta região como a segunda maior produtora de amêndoa, ultrapassando, desde 2015, o Algarve) compensou as “baixas produções” causadas pela precipitação durante a floração registada no Interior Norte, onde se situam 4/5 da área total de amendoais. A produção de amêndoa prevista é de 15,1 mil toneladas, 44% acima da média do último quinquénio, com frutos “bem formados e com bons calibres”. Quanto às culturas anuais, prevêem-se diminuições na produção de tomate para a indústria na ordem dos 26%, para 1,23 milhões de toneladas, “devido exclusivamente à diminuição da área instalada”, enquanto a produção de girassol deverá fixar-se nas 19 mil toneladas, menos 10% do que em 2017, devido à “forte diminuição da área semeada”. Nos cereais de Primavera/Verão, o INE destaca os “bem visíveis” efeitos dos ventos fortes associados à tempestade Leslie: a produção de milho, apesar do aumento da área semeada, deverá manter-se nos níveis de 2017, enquanto no arroz está prevista uma diminuição de 5% para 171 mil toneladas.
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Evento a repetir no próximo ano
Mêda promoveu vinhos brancos do concelho e recebeu Encontro de Enólogos
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Nave de Exposições do Mercado Municipal de Mêda foi o palco, pela primeira vez, um Encontro Nacional de Enólogos, integrado numa Mostra de Vinhos Brancos de Mêda, Douro e Beira Interior, bem como de outros produtos regionais. O balanço, ainda provisório, “é positivo”, segundo adiantou o presidente da Câmara de Mêda, que garantiu que esteve evento “é para continuar. Anselmo Sousa destacou a importância deste evento na promoção dos produtos agro-alimentares de grande qualidade produzidos no concelho, com destaque para o vinho, azeite e frutos secos. Gazeta Rural (GR): Que balanço faz desta Mostra de Vinhos? Anselmo Sousa (AS): Foi o primeiro vento do género que realizámos e é sempre bom promover este tipo de iniciativas, uma vez que é uma forma de trazermos gente que pode divulgar os excelentes vinhos que produzidos no nosso concelho. Vamos agora fazer uma análise do que foi esta iniciativa, haverá, com certeza, coisas a corrigir, mas, numa primeira análise, diria que o balanço é positivo e é para continuar. GR: A Mêda tem a particularidade de estar dividida por duas regiões demarcadas, - Douro e Beira
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Interior -, sendo que também produz excelentes vinhos para base de espumante do Távora-Varosa. Esta é a singularidade dos vinhos da Mêda? AS: Penso que deveremos tirar vantagem desse facto. É uma singularidade única que temos no nosso concelho e que devemos aproveitar os aspectos positivos que dai advém. O que temos que realçar é que produzimos excelentes vinhos, brancos e tintos, e é isso que pretendemos promover com este evento.
GR: Como está o sector do vinho no concelho? AS: Está bem e com uma tendência de crescimento. Tem havido um investimento grande, temos, cada vez, mais produtores/engarrafadores e isso é positivo. Isso também acontece noutros sectores, como na amêndoa e no azeite, dois produtos de excelência, mas também o mel, que temos que divulgar e promover. No meio de tudo isto há um dado muito importante. É que o concelho de Meda tem vindo a atrair cada vez mais turistas, como o demonstram os últimos resultados do Instituto Nacional de Estatística, em que, no distrito da Guarda, Trancoso e, a seguir, a Mêda foram os concelhos que mais turistas receberam, em número de visitas e dormidas, o que é muito bom.
Campanha na região do Douro superior está mais adiantada
Há quebra na produção de azeite na região da Beira Alta
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apanha da azeitona na região da Beira com outras variedades como a Verdeal, Cobrançosa e Cordovil. O azeiAlta está atrasada cerca de um mês e as te que por cá se produz tem mais acidez, é mais grosso, mas é o que as previsões apontam para uma quebra que pode pessoas gostam, pois podem chegar ao Natal e temperar o bacalhau chegar aos 50%. O clima e a alternância da procom azeite novo, o que não acontece com outros azeites. dução anual das oliveiras são as causas apontadas por Maria João Vaz, do Lagar de Azeite Faro, GR: Têm um lagar em Vila Nova de Foz Côa, onde é quase propriedade da Delfim Vaz, Lda, de Viseu, em tudo diferente? conversa com a Gazeta Rural. MJV: A campanha naquela região será similar ao ano passado, talA empresa possui, também, um lagar no convez com um ligeiro aumento da produção. O azeite daquela região é celho de Foz Côa, onde a campanha está também mais fino, com um grau de acidez bastante baixo, sendo quase todo com um atraso de cerca de três semanas, mas classificado como extra virgem, quer vai até 0,8 de acidez, e que onde, segundo Maria João Vaz, a produção “pode precisa de algum tempo até poder ser consumido. ser ligeiramente superior” ao ano passado. Na região de Viseu o lagar só deve começar a GR: Como vê a evolução do sector na região? laborar em pleno no início de Dezembro, enquanto MJV: Cada vez há mais plantação de oliveiras, em bordadura e em Foz Côa a campanha se iniciou na última semaem olivais com alguma extensão. O mercado do azeite também na de Novembro. está a crescer, o que é muito bom. Gazeta Rural (GR): Há quebra de produção de azeite na região da Beira? Maria João Vaz (MJV): Sim, há uma quebra de produção que pode chegar, nalguns casos, aos 50%. Porém, só conseguiremos saber isso lá mais para o meio da campanha, uma vez que a mesma está atrasada cerca de um mês. GR: Qual a razão? MJV: Tem muito a ver com o clima. O Verão foi bastante quente e seco, mas também a alternância da produção anual das oliveiras. O ano passado a produção foi boa e há sempre esta variabilidade da oliveira da nossa região, que se carrega ano sim, ano não. Contudo, é bom dizer, esta situação tem vindo a melhorar e a produção está cada vez mais estável, com menos variações. GR: Que tipo de azeite se produz nesta região? MJV: A Galega predomina na região, mas há olivais o
GR: Os produtores já estão consciencializados de que têm que começar a fazer a apanha da azeitona mais cedo e a fazer logo o azeite? MJV: Alguns já, outros não. Na maior parte dos casos, as pessoas dizem que não gostam de apanhar a azeitona muito verde para não serem eles a iniciar o lagar ou porque acham que o azeite amarga inicialmente. Há vários factores e mentalidades que não conseguimos mudar, especialmente nas pessoas com mais idade. Os mais novos já estão mais abertos, mais receptivos a aceitar os conselhos que lhes damos para, desse modo, produzirem azeite de melhor qualidade. É bom referir que a variedade Galega, maioritária nesta zona, dá azeites de excelente qualidade. Por outro lado, há a preocupação em tirar a folha antes de vir para o lagar e colocar a azeitona em recipientes fechados ou com água. Diria, que já não precisam de ter esse trabalho, de tirar a folha, pois isso nós fazemos no lagar. O conselho é que apanhem a azeitona e, no mais curto espaço de tempo, a tragam ao lagar. www.gazetarural.com
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Colóquio Nacional contou com 300 produtores, técnicos e especialistas.
Produtores querem leite com preço justo na Europa e mais jovens no sector
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Associação dos Produtores de Leite de Portugal (APROLEP), “Os jovens não têm estabilidade financeira de em colaboração com a Associação dos Jovens Agricultores longo prazo para investir, a submissão dos projecdo Distrito do Porto (AJADP) organizou na Cooperativa Agrícola tos de investimento (ao PDR2020) é complexa e de Vila do Conde, o I Colóquio Nacional do Leite, onde participam os pagamentos demorados”, apontou, por sua vez, cerca de 300 produtores, técnicos e especialistas. Marisa Costa, jovem produtora de leite e membro Na sessão de abertura o Secretário de Estado das Florestas da direcção da APROLEP. e Desenvolvimento Rural defendeu que o sector leiteiro deve Com este paradigma, o líder da APROLEP consiadoptar um “novo posicionamento estratégico para a internadera ser necessário “renovar o modelo de cooperacionalização” como forma de sair do ciclo vicioso de preços baitivismo do sector”, prevendo que possam acontecer xos à produção. “Temos de dar o nosso contributo, com fundos fusões. “Tendo em conta a dimensão das cooperamutualistas onde todos contribuam de forma equitativa para a tivas, talvez seja necessário haver fusões, pois hainternacionalização do sector. O próximo QCA será uma grande vendo menos produtores, há menos sócios, levando oportunidade”, afirmou Miguel Freitas. a que a estruturas tenham de ser ajustadas para esta A mesa redonda “Instalação de jovens na produção de leite” realidade”, opinou Jorge Oliveira. iniciou-se com um facto preocupante, a falta de rejuvenesciA questão da entrada da grande distribuição na promento do sector, dado que desde 2014 instalaram-se na produdução de leite (fábrica Jerónimo Martins em Portaleção de leite muito poucos jovens, uma percentagem muito baixa gre) e a recente compra directa do leite por parte do no total de investimento de jovens agricultores em Portugal, no grupo JM a produtores na bacia leiteira do Minho surgiu âmbito do PDR2020-Programa de Desenvolvimento Rural. no debate. Esse é um dos maiores desafios que o sector do leite atraO representante da Agros, José Campos, disse que vessa, referiu o presidente da Associação de Produtores do “todos são bem-vindos desde que acrescentem valor Leite de Portugal (APROLEP), Jorge Oliveira, referindo que à produção e mais tarde não abandonem os produ“são muitos poucos os jovens que querem entrar neste tores, como já aconteceu com outras experiências”. meio”. “Não há novas pessoas a quererem abraçar esta Já Marisa Costa, que considera positiva a chegada de actividade. Houve muitos que desistiram e os jovens afasum novo comprador, deixou, no entanto, um alerta. “Os tam-se do negócio porque não é atractivo. Além das difiprodutores que queiram mudar de comprador devem culdades na aprovação de novos projectos, ainda é muito salvaguardar-se e ler os contractos com muita atendifícil garantir bons contractos para escoar a produção”, ção”; alertou. descreveu.
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Leite Justo- experiência belga a replicar A experiência do leite justo na Europa, relatada por Erwin Shopges, presidente da Associação Europeia de Produtores de Leite (EMB) e da cooperativa belga Faircoop, prendeu a atenção da plateia. Esta cooperativa criou em 2010 uma marca própria de leite e lacticínios – “Fairebel” – que pertence aos 500 produtores de leite seus associados, com o objectivo de obter uma remuneração mais justa ao produtor. Em oito anos passou de 800 mil para 10 milhões de litros de leite justo vendido na Bélgica, graças a uma forte campanha de marketing junto do consumidor final, envolvendo directamente os produtores de leite em acções promocionais. “Não queremos viver de ajudas públicas, queremos viver da produção de leite. É preciso que o preço do leite cubra os custos de produção, incluindo um salário justo para o agricultor. Apelo às associações portuguesas que se juntem a nós para mudarmos a política europeia, implementando mais projectos de leite justo na Europa e um programa de responsabilidade do mercado”, afirmou Erwin Shopges. No terceiro e último tema do colóquio, ‘Cooperativismo e a redução de custos de produção’, os oradores foram unânimes quanto à urgência de um modelo cooperativo mais eficiente, com cooperativas leiteiras de maior dimensão, que tenham mais poder negocial junto dos fornecedores de factores de produção e dos compradores do leite. “Em Portugal já só existem 4000 produtores de leite e a tendência é de redução, é preciso cooperativas fortes que defendam o bem comum dos produtores de leite. Se não
formos nós, não serão os privados a defender os nossos interesses”, disse Pedro Pimenta, presidente da Cooperativa Agrícola de Coimbra. Na sessão foi apresentado por representantes de cooperativas galegas, o modelo adoptado na Galiza onde nos últimos anos ocorreram fusões de diversas cooperativas. A sessão de encerramento foi presidida pelo director Regional de Agricultura e Pescas do Norte, Manuel Cardoso. O colóquio terminou com um brinde ao leite e um lanche com produtos lácteos. A APROLEP E AJADP agradecem o apoio da Cooperativa Agrícola de Vila do Conde, da Caixa de Crédito Agrícola de P. Varzim, Vila do Conde e Esposende e das empresas patrocinadoras: Harker Sumner, Syngenta, Affimilk, Nutrinova, Vaca de Socas, Dupont Pioneer, Socidias, Torre Marco e Consulai.
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Orçado em 1.998.563 euros
Centro tecnológico agroalimentar pode ‘nascer’ em Serpa
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Alertam cientistas climáticos
Solos saturados podem deixar de absorver dióxido de carbono
árias instituições querem investir quase dois milhões de euros na criação de um centro em Serpa, para dinamizar e apoiar actividades de investigação, desenvolvimento tecnológico e inovação empresarial no sector agroalimentar. Trata-se do Centro Tecnológico Agroalimentar do Alentejo (CETAA), que visa também desenvolver valências tecnológicas e de gestão de apoio a pequenas e médias empresas do sector, promover formação técnica e tecnológica e prestar serviços especializados, explicou hoje um dos membros fundadores do projecto, a Câmara de Serpa, no ientistas climáticos alertaram para o risdistrito de Beja. co de solos que hoje absorvem dióxido de Em comunicado, o município alentejano refere que já candidatou carbono poderem ficar tão saturados que comeo projecto de criação do centro, orçado em 1.998.563 euros, a coçam eles próprios a emitir aquele gás e a contri-financiamento comunitário, através de fundos do programa operabuir para o efeito de estufa. cional regional Alentejo 2020. Num estudo publicado no boletim da Academia “Sempre com a ideia da inovação no agroalimentar no horizonte”, Nacional das Ciências norte-americana, estimao centro, que deverá ficar instalado na Zona Industrial de Serpa, irá -se que os ecossistemas ricos em turfa poderão servir como “uma incubadora” na área da investigação e ser “uma gerar anualmente quase 6% das emissões totais mais-valia decisiva” para o reforço da competitividade global das de dióxido de carbono, o principal responsável empresas do sector, a criação de emprego e riqueza e o desenvolpelo efeito de estufa, que provoca o aquecimento vimento sustentável da região, frisa o município. global. Além da Câmara de Serpa, são também membros fundadores Aplicando um modelo que regista a evolução do centro o Instituto Politécnico de Beja, a Associação Empresadesde há 12.000 anos na zona amazónica do Peru, rial do Baixo Alentejo e Litoral, a Associação de Defesa do Patrios investigadores concluíram que a bacia de turfa, mónio de Mértola, o Biodamasco - Agrupamento de Produtores que é relativamente pequena, poderá libertar 500 Biológicos, duas queijarias, uma sociedade agrícola e uma emmilhões de toneladas de dióxido de carbono até ao presa. fim do século, se o clima continuar a aquecer e a O projecto envolve também outras “mais de 100 entidades”, tornar-se mais húmido. entre empresas, autarquias e instituições, refere o município, A turfa é um tipo de solo rico em dióxido de carboque destaca o apoio da Universidade e do Núcleo Empresano, que consegue absorver melhor do que qualquer rial da Região de Évora, do Centro de Biotecnologia Agrícola outro solo ou cobertura vegetal na Terra. Mas este e Agroalimentar do Alentejo, sedeado em Beja, e de vários tipo de ecossistemas está a ficar saturado e desflomunicípios e empresas do sector agroalimentar de Portugal restado, deteriorando-se ao ritmo das alterações clie Espanha. máticas. No caso da América do Sul, a tendência é para o clima ser mais quente e mais húmido, condições que levam a turfa a libertar o dióxido de carbono absorvido. É o que já acontece com turfa que está a ser destruída para dar lugar a agricultura em lugares como o Canadá, Sibéria ou o sudeste asiático. Segundo Qianlai Zhuang, professor de ciências terrestres, atmosféricas e planetárias na universidade de Purdue, nos Estados Unidos, “a agricultura intensiva e perturbações no uso dos solos, como fogos florestais” são as principais causas da perda de capacidade da turfa de funcionar como “um oceano terrestre” no que toca à absorção de dióxido de carbono.
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Um investimento de 2,3 milhões de euros e 28 medidas
Boticas acolhe único centro reprodutor do mexilhão-de-rio da Península Ibérica
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Câmara de Boticas e a Iberdrola vão implementar um plano Em Boticas, explicou, vai ser feito um prograde promoção da fauna e flora, que envolve um investimento ma de reprodução em cativeiro deste bivalve que de 2,3 milhões de euros e 28 medidas, destacando-se o centro de precisa de trutas para completar o seu ciclo de reprodução do mexilhão-de-rio. vida. “Nós vamos facilitar o encontro do mexilhão O presidente da Câmara de Boticas, Fernando Queiroga, afircom as trutas para que se possa completar o ciclo mou hoje que o centro de reprodução do mexilhão-de-rio (marde vida”, sublinhou. garitífera margaritífera) é o “único na Península Ibérica” e visa a O biólogo explicou que as trutas vão ser criadas preservação desta espécie que inviabilizou uma barragem. no posto aquícola e na altura da reprodução do meO projecto inicial do Sistema Eletroprodutor do Tâmega previa xilhão vão ser infectadas com as suas larvas e libera construção de quatro barragens, mas a descoberta do mexitadas para ajudar à dispersão natural do mexilhão lhão-de-rio no rio Beça inviabilizou a barragem de Padroselos, nos rios Beça e Terva. que iria localizar-se junto a Covas do Barroso. O projecto faz parte das 28 medidas previstas no Trata-se de uma espécie ameaçada que chegou a ser dada protocolo fauna e flora assinado entre a Câmara de como extinta em Portugal no início do século XX, tendo sido Boticas e a concessionária das barragens, a esparedescoberta de uma forma fortuita em 2009, em Boticas. nhola Iberdrola. O centro de reprodução deste bivalve não comestível, que Fernando Queiroga explicou que o plano vai ser imse encontra protegido por uma directiva comunitária, vai plementado ao longo de cinco anos, e representa um ficar instalado no Parque de Natureza e Biodiversidade de investimento de 2,3 milhões de euros. Boticas. Sara Hoya, da Iberdrola, referiu que este protocolo “Conseguiu travar uma barragem e ainda bem, porque tiresulta das contrapartidas pela construção das barranha efeitos nefastos a nível ambiental na zona onde era para gens de Daivões, Gouvães e Alto Tâmega, no distrito ser construída. Fruto desta intervenção e deste protocolo de Vila Real. com a Iberdrola vamos fomentar, reactivar e dispersar este As acções a implementar serão sugeridas anualmente mexilhão pelos nossos rios”, salientou Fernando Queiroga. pela câmara e financiadas pela Iberdrola e contemplam O autarca salientou que este projecto representa “mais um acções como a plantação de sobreiros, a revegetação de polo de atracção ao concelho”. taludes ribeirinhos mediante técnicas de bioengenharia, O biólogo Joaquim Reis disse que o rio Beça “é um dos repovoação com truta-de-rio ou a criação de charcas. quatro rios em Portugal onde a espécie é considerada viáO Sistema Eletroprodutor do Tâmega é considerado um vel”. “É uma espécie com especial interesse e nós queredos maiores projectos hidroeléctricos realizados na Euromos auxiliar a sua recuperação a nível nacional e internapa nos últimos 25 anos, prevê um investimento de 1.500 cional”, afirmou. milhões de euros e deverá estar concluído em 2023. www.gazetarural.com
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Flashes
Certame Gastronómico do Míscaro em Aguiar da Beira A Câmara de Aguiar da Beira promoveu a VI edição do Certame Gastronómico do Míscaro, destinado a promover uma iguaria de excelência - o míscaro amarelo - e a gastronomia local. O evento recebeu inúmeros visitantes e visou valorizar e incentivar a utilização dos produtos endógenos, como o míscaro, na restauração concelhia e a arte da culinária.
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Certame recebeu cerca de uma centena de expositores
Ecoraia 2018 foi um ‘êxito’ e volta em 2019
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erminou, com êxito, mais uma edição da Feira TransfronteiriA Ecoraia pretende também promover os dois ça Ecoraia-Ecoraya, que levou até ao recinto de Feiras de Saterritórios, numa aposta nada vez mais forte no lamanca 94 lugares expositores (49 espanhóis e 45 portugueses), desenvolvimento e aposta no turismo. É que oriundos da Província de Salamanca e da Beira Interior, divididos por o certame contribui “em larga medida, para o sete sectores: nozes e sementes; farinhas e derivados; salsichas; processo de dinamização, internacionalização e queijos e lacticínios; vinhos, cervejas e licores; óleos, vinagres e diversificação do sector agroalimentar e turístico derivados, e mel, geleias e derivados. da região da Beira Interior e da Província de SalaApesar do tempo, com alguma cuva, foram muitos os visitantes manca”, como referiu o presidente da presidente do certame, que recebeu o melhor dos produtos agro-alimentares da AMCB. que se produzem dos dois lados da fronteira. É, como lhe chaO certame foi visitado por delegações internamaram, “um clássico” este encontro de produtos de Salamanca e cionais de 11 países (Alemanha, Holanda, França, Portugal, mas também de culturas, que estão lado a lado. Os viRoménia, Portugal, Sérvia, Montenegro, Brasil, sitantes puderam apreciar e adquirir produtos regionais de excePeru, Colômbia e Marrocos). lente qualidade, o que de melhor se produz nas duas regiões, nos A Feira Transfronteiriça Ecoraia-Ecoraya, é prosectores do vinho, azeite, queijos, enchidos, pão, mel, doçaria de movida pela Associação de Municípios da Cova da época, frutos secos, entre outros. Beira (AMCB) e pela Diputación de Salamanca no Na sessão de abertura as autoridades dos dois países salienâmbito do projecto BIN-SAL EMPREENDE, que foi cantaram a importância deste evento, referindo que o mesmo “condidatado ao Programa INTERREG Espanha – Portugal. tribui para melhorar a vida habitantes de ambos os lados da fronteira. O presidente da Diputación, Javier Iglesias, renovou o objectivo da Ecoraya, que é “dar oportunidades e valor ao território” onde os pequenos produtores se estabelecem, mas também “dar-lhes a mão, dar-lhes oportunidades e tornar os excelentes produtos da feira mais conhecidos e comercializados”. Javier Iglesias garantiu que este encontro hispano-luso “está totalmente consolidado” e é “uma grande montra” para a promoção e venda de produtos, que por sua vez gera riqueza para as duas regiões, mas também estreita as relações entre Espanha e Portugal. “Nossos avós e pais atravessaram a fronteira para ir às feiras”, recordou o edil de Salamanca. Por sua vez o presidente da Associação de Municípios da Cova da Beira (AMCB), António Dias Rocha realçou que neste certame os produtores portugueses “estão em casa” e que estas iniciativas contribuem para “fortalecer os laços e melhorar a qualidade de vida das populações fronteiriças”. www.gazetarural.com
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Encontro de produtores decorrerá em Pampilhosa da Serra, a 8 de Dezembro
Portugal pode ser o maior produtor mundial de medronho
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s avanços da investigação científica do medronho podem proO medronheiro é uma espécie autóctone da jectar Portugal como o maior produtor mundial deste fruto Península Ibérica e da bacia do Mediterrâneo, silvestre nos próximos anos, adiantou o presidente da Cooperativa “muito resistente ao fogo” e com grande capaciPortuguesa do Medronho (CPM). dade de regeneração, realçou o investigador da A investigação nesta área produzida na última década em difeUniversidade de Aveiro, dono de medronhais que rentes instituições do ensino superior, de norte a sul do país, “é totalizam 20 hectares, nas margens do rio Alva, que faz a diferença”, adiantou Carlos Fonseca, professor da Unino município de Penacova. versidade de Aveiro. “Portugal pode tornar-se o primeiro produtor Em 2017, as suas plantações foram parcialmente de medronho a nível mundial”, afirmou. queimadas, tal como aconteceu com “grande parte O biólogo e presidente da CPM falava no contexto da sua pardos produtores” na região. “Portugal está na vanticipação no III Encontro do Medronho e do Medronheiro, que se guarda da investigação do medronho a nível munrealiza em Signo Samo, concelho da Pampilhosa da Serra, no dia dial. Mas podemos ir mais além”, referiu. 08 de Dezembro. Com sede em Proença-a-Nova, distrito de CasEm poucos anos, “há aqui um olhar diferente para telo Branco, a Cooperativa Portuguesa do Medronho representa esta espécie nativa”, com uma dezena de institui“produtores que já têm 200 hectares de medronhal instalados, ções universitárias “a dedicar-se bastante a esta principalmente no Centro do país”, salientou. causa e em busca de novas aplicações”, tanto para o Nestas explorações, incluindo algumas zonas de crescimento fruto, como para os resíduos lenhosos da poda, disse espontâneo da espécie arbustiva da flora mediterrânica, podeCarlos Fonseca. rão ser colhidas no futuro 500 toneladas do fruto silvestre por “Ainda não temos produto suficiente para todas as ano, logo que a produção “esteja em velocidade de cruzeiro”, aplicações”, mas, na investigação, Portugal está mais segundo Carlos Fonseca. avançado do que países como Espanha e França, entre José Martins, que organiza o encontro pelo terceiro ano conoutros, “que ainda não despertaram” para o valor ecosecutivo na sua aldeia natal, Signo Samo, possui medronhais nómico do medronheiro. que totalizam uma área de 50 hectares. O criador da marca O presidente da CPM estima que 95% da área de me“Lenda da Beira”, que aposta na produção de aguardente de dronhal queimada pelos incêndios de 2017 conseguiu medronho, azeite e outros produtos endógenos, disse que regenerar-se e verifica-se nalguns casos que as plantas 178 pessoas estão inscritas no encontro, a que deverão junfloriram este ano. Optimista, Carlos Fonseca prevê que tar-se outras durante o programa. Na sua opinião, importa alguns medronheiros voltem a frutificar já em 2019. “A “motivar os presentes e partilhar algum conhecimento”. maioria rebentou e dentro de três ou quatro anos estaMembro da CPM, José Martins “é o maior produtor de merão a produzir”, disse, por sua vez, José Martins. dronho da região Centro”, sublinhou Carlos Fonseca. DeO encontro é apoiado pela Escola Superior Agrária de pois da destruição causada pelos grandes incêndios de Coimbra (ESAC), Câmara da Pampilhosa da Serra e Direc2017, a valorização do fruto e o incremento da plantação ção Regional de Agricultura e Pescas do Centro. de medronheiros representam “uma parte da solução” para os territórios do Interior.
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Em Albergaria-a-Velha de 17 a 19 de Maio de 2019
‘Por Uma Floresta Viva’ é o lema da XI Expoflorestal ‘Por Uma Floresta Viva’ não é apenas o lema da próxima Expoflorestal, é também um desígnio nacional defendido pelos agentes, pelas empresas e pela tutela. É no maior certame ibérico dedicado à fileira da floresta que todos se juntam para mostrar a vitalidade do sector. Novos ventos parecem soprar na floresta portuguesa. De 17 a 19 de Maio de 2019, em Albergaria-a-Velha, há um espaço agregador de vontades que será determinante para aferir da união existente entre todos os interessados no sector florestal.
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Biblioteca Municipal de Albergaria-a-Velha foi o palco da mento que promovam a floresta como espaço apresentação oficial da décima primeira edição da Expoflomultifuncional”. restal, o maior certame ibérico da fileira da floresta, cujo lema é Seguiu-se a intervenção de Daniel Bessa, que “Por Uma Floresta Viva”. reconheceu a vantagem dos recursos naturais A apresentação contou com a presença do Secretário de Espara a economia, afirmando que eles “são imtado das Florestas e Desenvolvimento Rural, Miguel Freitas; do portantes, porque ao conseguirmos extrair vaprofessor Daniel Bessa, economista; do presidente da Câmalor destes recursos, sendo que eles estão lá, no ra de Albergaria-a-Velha, António Loureiro; da investigadora ambiente, dominamos toda a cadeia de valor. Isto Sandra Valente, da Universidade de Aveiro; de Luís Sarabando, quer dizer que cada euro vendido em produtos flocoordenador da Associação Florestal do Baixo Vouga e reprerestais é um euro que fica ‘em casa’, pois a comsentante das entidades organizadoras do evento. ponente importada na cadeia é mínima. Para um Na cerimónia de apresentação, António Loureiro começou país pobre como o nosso, cada cêntimo que fica ‘em por lembrar como “os três parceiros que organizam a Expoflocasa’ conta muito”, referiu o economista. restal, - Associação Humanitária dos Bombeiros de Albergaria, Lembrando vários estudos em que participou, preciAssociação Florestal do Baixo Vouga e Associação Nacional samente sobre o tema da floresta, Daniel Bessa defende Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente - tiveram deu que existem três fileiras amadurecidas no sector: sempre o cuidado de mostrar o que de melhor se fazia no “o eucalipto, o pinheiro e o sobreiro” e afirmou que, “se sector florestal”. não resolvermos a forma como podemos valorizar ouEm seguida, a investigadora da Universidade de Aveiro, tras espécies florestais, como o carvalho ou a azinheira, Sandra Valente, salientou a pertinência do tema da próxinão vamos conseguir resolver o problema da diversidama Expoflorestal, - ‘Por Uma Floresta Viva’ – “ilustra bem de que gostaríamos de ter na floresta nacional”. o tempo em que vivemos. Nas últimas décadas estivemos Luís Sarabando, da AFBV, foi o palestrante seguinte. dormentes no planeamento e na gestão florestal”. DetaComeçando por referir que “os agentes do sector flolhando algumas conclusões de um estudo sobre as reprerestal há muito que procuram a valorização através de sentações sociais da floresta, Sandra Valente realçou que financiamento para estes serviços da natureza que a “em Portugal prevalece a valorização social da floresta floresta traz”, o representante das entidades organizacomo espaço de produção. Não tem nada de mal, porque doras da Expoflorestal lembrou como o sector florestal isso é determinante para a economia e a sustentabili“tem demonstrado uma resistência incrível e uma enordade das comunidades rurais, mas esta visão tem que me capacidade de recuperação, muito porque os produser capitalizada numa gestão mais activa do território tores vivem no seu território, gostam do seu território e e complementada com outras iniciativas de desenvolvisão eles que investem na terra”.
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Última Hora
Luís Sarabando reforçou que o mote da XI sagem de unidade e vitalidade. Tem uma organização a três, mas Expoflorestal, - ‘Por Uma Floresta Viva’, - redeve procurar envolver todo o sector, o qual deve estar mobilizado presenta este sentimento primeiro, porque depara fazer deste evento um momento importante e também para monstra que “o sector é muito activo, os agendiversificar os seus públicos, trazendo mais jovens, mostrandotes estão constantemente a reclamar, querem -lhes a importância da floresta”. sempre mais, mas fazem-no de forma positiva. Segundo o governante, “temos que mudar radicalmente a forDepois porque representa também a vontade de ma como olhamos para a floresta e fazê-lo com ambição. Não ultrapassar as imagens pesadas deixadas pelas podemos apenas mitigar, temos que ser mais ambiciosos. Hoje catástrofes recentes e apontar ao lado positivo temos 550 milhões para investir na floresta. Ainda é pouco, mas da floresta”. já é mais do que antes. Também estamos a regionalizar as meA terminar a sessão, e antes do debate, foi temdidas florestais. Até há um ano atrás as políticas florestais eram po de ouvir o secretário de Estado das Florestas nacionais e isso levou a que tivéssemos 65% do investimento e Desenvolvimento Rural. Miguel Freitas defendeu contratado para as grandes áreas e apenas 35% para o minifúnque “a sociedade portuguesa está hoje distante da dio. Este ano aprovámos 124 milhões de euros de projectos e floresta, não a percebe, nem a sua importância e 90% foram para o minifúndio. Queremos adequar a política ao há uma imagem negativa, mesmo pessimista relapaís que temos, específicas para o Norte, para o Centro, para tivamente à floresta”. Conforme indicou, o Governo Lisboa e Vale do Tejo, para o Alentejo e para o Algarve. Como está apostado em “inverter essa imagem e reconcitemos várias florestas precisamos de várias políticas”, sustenliar o país com a sua floresta”. tou o secretário de Estado das Florestas. Lembrando o investimento de 1,3 milhões de euFinalmente, Miguel Freitas adiantou que o Governo vai tamros em programas de sensibilização, Miguel Freitas bém “responder a uma outra exigência que o sector tem feito assumiu que 2019 trará uma nova fase dessa estraao longo dos anos e que nunca teve resposta, reconhecentégia de comunicação, “em que vamos passar a camdo que a floresta presta serviços ecossistémicos, tanto na panhas positivas sobre a floresta. Queremos chegar preservação do solo, como na qualidade da água, na biodiaos jovens e aproveitar todas as oportunidades para versidade e na gestão do carbono. Temos que remunerar mostrar que, dentro do sector da floresta os interesa floresta por essa prestação. No próximo ano, através do ses convergentes são maiores do que os interesses fundo ambiental, teremos projectos piloto para fazer a redivergentes, unindo todos os agentes em defesa da flomuneração dos serviços ecossistémicos, para depois, no resta portuguesa”. próximo quadro comunitário de apoio, podermos alargar Nesse contexto, o secretário de Estado defendeu a isso a uma base sólida de pagamentos às espécies autócimportância deste certame como uma iniciativa agregatones de crescimento lento”, adiantou o governante. dora. “Na Expoflorestal queremos transmitir uma menwww.gazetarural.com
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Acordo para a realização de estudo prévio
Viseu e Mangualde querem ligar-se por ciclovia
Emprega já centena e meia de pessoas
VougaPark recebe Universidade Aberta e chega aos seis milhões de euros anuais
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s presidentes das Câmaras de Viseu e de Mangualde, Almeida Henriques e João Azevedo, respectivamente, assinaram um acordo para o desenvolvimento de um estudo prévio para a ligação, em perfil de ciclovia, entre as duas cidades. O acordo foi assinado no Parque de Lazer do Lugar do Banho, local de fronteira estre os dois muCentro de Ciência e Inovação “VougaPark”, criado há cinco anos nicípios. em Sever do Vouga, ultrapassa já seis milhões de euros de factuO facto de existirem incentivos ao increração anual e vai acolher um centro da Universidade Aberta. mento de infraestruturas dedicadas à utiliSegundo a autarquia, responsável pelo espaço que resultou da zação da bicicleta levou os dois municípios a transformação da antiga Fábrica das Massas Vouga, ao fim de cinco unirem esforços e a aproveitar esta “janela” anos o VougaPark conta com 25 empresas instaladas, que empregam de financiamento através do Portugal Ciclável 150 pessoas, responsáveis por um volume de facturação anual supe2030. rior a seis milhões de euros. “Espero que esta candidatura venha a ser O aniversário, que se assinalou a 30 de Novembro, a Câmara de um sucesso, ainda que só estejamos na fase de Sever do Vouga anunciou a instalação do Centro Local de Aprendizaestudo prévio. Mas estamos de alma e coração gem da Universidade Aberta, que, segundo a autarquia, será “mais com este projecto”, referiu o presidente da Câum passo na consolidação de uma maior oferta formativa para a mara de Viseu, Almeida Henriques, reforçando região”. que a ligação entre os dois municípios consti“A inauguração de um Centro Local de Aprendizagem da Univertui um “eixo económico importante”. O autarca sidade Aberta vem consolidar a aposta da Câmara de Sever do de Viseu deu ainda conta que esta nova ligação Vouga na componente formativa, que teve início em 2015, com completaria a rede regional de ciclovias, juntana abertura da Unidade de Tecnologias da Escola Profissional de do-se às vias cicláveis do Dão e do Vouga. Aveiro (EPA) no Vougapark-Centro de Inovação, sendo este hoje Já João Azevedo, presidente da Câmara de Mano maior polo da EPA na região de Aveiro”, salienta uma nota da gualde, recordou a “ligação histórica” das duas ciautarquia. dades, entendendo que este projecto comum “torCriado em 2013, no âmbito da estratégia municipal de desenna o território mais completo”. “Viseu e Mangualde volvimento económico, o Vougapark-Centro de Inovação transquerem o melhor para a região e este projecto performou antigas instalações fabris desactivadas numa incubadomite aproximar as pessoas, mas também potenciar ra e área de acolhimento empresarial. a economia e o turismo”, referiu. Nos cinco anos de existência, aquele centro de inovação tem disponibilizado espaços e serviços para a criação de projectos ligados à metalomecânica, agronegócio, turismo de natureza e floresta, sendo estas as suas principais áreas de especialização. Entre os serviços e apoios disponibilizados, o destaque vai para os programas de incubação física e virtual disponibilizados aos empreendedores. Os serviços básicos incluem o acesso a espaços e serviços comuns, a divulgação de informação de interesse empresarial pelos incubados, bem como a promoção de uma rede de parcerias estratégicas. Os serviços avançados contemplam serviços de gestão (acompanhamento e mentoria de projectos e sessões de capacitação), serviços de marketing (participação conjunta em eventos e iniciativas de destaque, apoio à definição e implementação da estratégia de comunicação e marketing), serviços de assessoria jurídica, apoio ao desenvolvimento de produtos e serviços (propriedade industrial e patentes), e serviços de financiamento (apoio e mediação no acesso a fontes de financiamento, apoio a candidaturas e concursos de empreendedorismo e inovação).
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De 6 a 9 de Novembro
Em Nelas ‘Dão Natal’ por todo o concelho
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Câmara de Nelas vai levar a magia do Natal a todo o concelho. ‘Dão Natal’, assim se chama a festa que a autarquia vai promover de 6 a 9 de Dezembro. A magia percorrerá todos os lugares, da Praça da Município às Freguesias do Concelho, com muita animação, animação de rua nas freguesias, artesanato, circo, gastronomia e um Mercado de Natal As festividades estão centradas na Praça do Município, mas a autarquia não esqueceu as aldeias do concelho. Esta é a novidade da edição deste ano. Um grupo, liderado pelo presidente da Câmara, José Borges da Silva, visitará, no sábado, dia 8 de Dezembro, todas as freguesias do concelho, levando uma palavra de conforto nesta quadra, mas também muita animação de rua. Este ‘Dão Natal’ é, essencialmente, uma festa dedicada às crianças e a uma causa solidária. Na Praça do Município vai
ser instalada uma tenda de circo, por onde todas as crianças dos agrupamentos de Escolas do concelho, do 1º e 2º ciclo, passarão, com muita festa, pipocas e muita animação para os mais pequenos. Nos dias 8 e 9 de Dezembro, na tenda instalada na Praça do Município, vai decorrer o Mercado de Natal com gastronomia, exposição e venda de produtos artesanais de época e artesanato, com artesão do concelho, para além de muita animação. No Mercado de Natal os visitantes poderão encontrar presentes originais e artesanais, mas também produtos da gastronomia associadas à época, como rabanadas, sonhos, filhós, queijo, mel, pão, e outra doçaria tradicional é só uma pequena amostra do que por lá poderá encontrar no fim-de-semana.
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Projecto foi contemplado com uma Bolsa do INOV C 2020
Investigadores de Coimbra apostam na folha de mirtilo para tratamento da esclerose múltipla
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m projecto de investigação da Universidade de Coimbra que aposta na folha de mirtilo para tratamento da esclerosa múltipla foi contemplado com uma Bolsa do INOV C 2020, financiada por fundos comunitários. O INOV C 2020 é um projecto suportado por verbas do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), que tem como principal objectivo alavancar ideias de empreendedorismo e -inovação na região Centro. As Bolsas de Ignição do INOV C 2020 foram atribuídas este ano a 15 “projectos de investigação científica com aplicabilidade comercial”. O projecto de investigação da Universidade de Coimbra aposta no potencial terapêutico da folha de mirtilo, um subproduto agrícola desperdiçado, para o tratamento da esclerose múltipla. “Tendo em vista a criação de produtos nutracêuticos com propriedades neuroprotetoras e neurorregeneradoras para uso terapêutico na Esclerose Múltipla e em doenças do foro neurológico e psiquiátrico, a equipa de investigação encontra-se a desenvolver uma nova tecnologia de obtenção de compostos fenólicos (CF) capazes de actuar no Sistema Nervoso Central, que estão presentes em elevado teor nas folhas de mirtilo”, esclarece a equipa de investigadores. Com experiência nas áreas de farmacologia, neurologia e fitoquímica, o projecto conta com uma equipa de investigação multidisciplinar da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, em colaboração com a Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica do Porto, e o patrocínio da Cooperativa Agropecuária dos Agricultores de Mangualde (COAPE). O consórcio INOV C 2020 é liderado pela Universidade de Coimbra e integra “dez parceiros nucleares”: o Instituto Politécnico de Coimbra, o Instituto Politécnico de Leiria, o Instituto Politécnico de Tomar, o Instituto Pedro Nunes, o ITeCons, o SerQ, a ABAP, a Obitec e o TagusValley. O projecto é cofinanciado pelo FEDER, com um prazo de execução compreendido entre 18 de Abril de 2017 e 17 de Abril de 2019. Os parceiros executarão um investimento total de 1.627.614 euros, sendo o montante de 1.383.472 euros financiado pelo FEDER.
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