Gazeta Rural nº 331

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Agenda

Feiras Agrícolas De 24 a 28 de Abril de 2019 XXXVI Ovibeja Espaço de diálogo e de inovação, a Ovibeja desafia para a abordagem conjunta à problemática das alterações climáticas, já está a receber inscrições para o IX Concurso Internacional de Azeites Virgem Extra – Prémio CA Ovibeja, já está a receber inscrições e manifestações de interesse para expositores e já tem o Secretariado a funcionar em pleno. De 17 a 19 de Maio de 2019 XI Expoflorestal ‘Por Uma Floresta Viva’ não é apenas o lema da próxima Expoflorestal, é também um desígnio nacional defendido pelos agentes, pelas empresas e pela tutela. É no maior certame ibérico dedicado à fileira da floresta que todos se juntam para mostrar a vitalidade do sector. Novos ventos parecem soprar na floresta portuguesa Eventos sectoriais De 1 a 3 de Fevereiro XI Feira de Caça, Pesca e Desenvolvimento Rural Almeida organiza a XI Feira de Caça, Pesca e Desenvolvimento Rural no Pavilhão Multiusos de Vilar Formoso. A iniciativa visa promover os recursos cinegéticos, as potencialidades para a pesca e o património natural do concelho, associado à divulgação das diferentes componentes turísticas do território. A 9 e 10 de Fevereiro Feira 100% Agrolimiano O pavilhão da Expolima, em Ponte de Lima, vai receber IV Feira 100% Agrolimiano, uma iniciativa do município local. A matéria-prima que faz de Ponte de Lima local de essência genuína, valoriza, através deste evento os serviços e os produtos endógenos, ligados ao mundo rural do concelho. De 22 a 24 de Março XIII Feira do Porco Alentejano O certame é um marco da valorização da fileira do porco alentejano, da projecção do Mundo Rural e da afirmação de Ourique como Capital do Porco Alentejano. A 9 e 10 de Maio Congresso Internacional de Avicultura A Associação Portuguesa de Engenharia Zootécnica (APEZ) organiza, nos próximos dias 9 e 10 de Maio a II edição do seu Congresso Internacional de Avicultura AVIS’19, no Centro de Congressos da Alfândega do Porto.

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De 8 de Agosto a 15 de Setembro de 2019 Feira de São Mateus Ludmilla, Natiruts e Gipsy Kings são os artistas e bandas que inauguram o cartaz musical de 2019 da Feira de São Mateus, em Viseu. A Viseu Marca reforça a aposta internacional, com um cartaz “mais carismático e irreverente”, e coloca os bilhetes à venda mais cedo que nunca. Eventos Gastronómicos De 24 a 27 de Janeiro de 2018 XXVIII Feira do Fumeiro Montalegre Regresso em 2019 a “rainha” do fumeiro à capital do Barroso. As iguarias são variadas, assim como uma amostra do que melhor se faz nesta região. Este evento é organizado pela Câmara de Montalegre desde 1992. De 25 a 27 de Janeiro Feira do Porco e as Delícias do Sarrabulho Ponte de Lima promove a edição 2019 da Feira do Porco e as Delícias do Sarrabulho, evento que mostra algumas iguarias derivadas do porco, com destaque para os enchidos e fumados, que fazem parte da cozinha típica desta região. De 1 a 3 de Fevereiro Fim-de-semana gastronómico em Moimenta da Beira Em Moimenta da Beira há um fim-de-semana de sabores, inserido no programa dos “Fins-de-Semana Gastronómicos”, promovido pela Entidade de Turismo Regional do Porto e Norte de Portugal em colaboração com a Câmara Municipal. De 7 a 10 de Fevereiro Feira do Fumeiro de Vinhais Vinhais, no nordeste transmontano, prepara-se para receber milhares de visitantes na XXXIX edição da Feira do Fumeiro de Vinhais, que se realiza anualmente, em Fevereiro, desde 1981, e que se destaca das demais pelo seu fumeiro de excelência que lhe valeu a atribuição do título de “Capital do Fumeiro


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Momento

Coleiras ‘ensinam’ ovelhas a comer só as ervas daninhas nas vinhas

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se rebanhos de ovelhas e cabras circulassem livremente por vinhas e pomares para limparem os terrenos de vegetação infestante sem colocarem em causa a produção agrícola? Uma equipa de investigadores da Universidade de Aveiro (UA) encontrou a solução que promete a total dispensa de herbicidas. Uma coleira electrónica, colocada em cada um dos animais, faz com que ovinos e caprinos se concentrem nas ervas daninhas e que deixem em paz frutos, folhas e ramos de videiras e árvores.

Manchete:

do azeite com quebras significativas de produção no norte do país 24Campanha

Sumário sem Sombra cruza o Atlântico e torna-se ibérico 05Terras de Almeida realiza XI Feira de Caça, Pesca e Desenvolvimento Rural 07Município do Porco e as Delícias do Sarrabulho valoriza um dos ex-libris da gastronomia limiana 08Feira do Fumeiro vai ser “de arromba” em Montalegre 10Feira das Varas do Fumeiro regressa à Freguesia de Aranhas 12Festa de Querença é palco da tradicional Festa das Chouriças 14Aldeia 18Ourique prepara XIII Feira do Porco Alentejano Gourmet 2019 vai decorrer no próximo mês de Fevereiro 19Tejo de dois milhões de euros para valorização dos queijos da região Centro 22Mais Ibérico do Milho reúne 600 agricultores e técnicos agrícolas em Lisboa 25Congresso ajuda a fixar pessoas e é importante fonte de receita para Boticas 31Fumeiro da Fé quer ser destino gastronómico e atrair visitantes 32Alfândega para arrefecer Terra e expedições à Antártida marcarão 2019 34Experiências “Porco é Rei” em Quinzena Gastronómica em Vedras 36OTorres de Felgueiras promove I Encontro Nacional dos Produtores de Espargo 38Cooperativa

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Ficha técnica Ano XIV | N.º 331 Periodicidade: Quinzenal Director: José Luís Araújo (CP n.º 7515) jla.viseu@gmail.com | 968 044 320 Editor: Classe Média C. S. Unipessoal, Lda Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu Redacção: Luís Pacheco Opinião: Miguel Galante | Paulo Barracosa Departamento Comercial: Fernando Ferreira Redacção: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu | Telefone 232436400 E-mail Geral: gazetarural@gmail.com Web: www.gazetarural.com ICS: Inscrição nº 124546 Propriedade: Classe Média - Comunicação e Serviços, Unipessoal Limitada Administração: José Luís Araújo Sede: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu Capital Social: 5000 Euros | CRC Viseu Registo nº 5471 | NIF 507 021 339 Dep. Legal N.º 215914/04 Execução Gráfica: Novelgráfica | R. Cap. Salomão, 121 - Viseu | Tel. 232 411 299 Estatuto Editorial: http://gazetarural.com/ estatutoeditorial/ Tiragem média Mensal: Versão Digital: 100.000 exemplares Versão Impressa: 1000 exemplares Nota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores.


Edição 2019 estende-se de Janeiro a Julho

Terras sem Sombra cruza o Atlântico e torna-se ibérico

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música e as viagens são a pedra de toque com esse imenso país. O abade José Correia da Serra, natural de do Terras sem Sombra (TSS) em 2019, que Serpa, foi grande amigo de Thomas Jefferson. Exerceu importante tem, como País Convidado, os Estados Unidos influência política nos EUA, ao longo de vários anos, e foi aí embaida América. Esta edição – a 15.ª – estende-se de xador de Portugal em 1816. Por outro lado, praticamente desde a Janeiro a Julho, com uma temporada de música, independência americana existiriam consulados dos EUA em Odemas também de património e biodiversidade, com mira e Sines, sinal da vitalidade dos intercâmbios então estabeleo Alentejo por palco. cidos e que se mantêm até hoje. Sob o tema Sobre a Terra, sobre o Mar - Viagem e Por seu turno, Juan Ángel Vela del Campo, director artístico do Viagens na Música (Séculos XV-XXI), duas efemériTSS, destaca “a vocação itinerante do projecto”, não só porque des proporcionam o fio condutor para esta escolha: cada concerto tem lugar numa povoação diferente mas, acima em 2019 assinalam-se os 550 anos do nascimento de tudo, pelo carácter inovador da música como elemento de de Vasco da Gama, que teve Sines por berço; e, um mediação: “viajar é viver, e no Terras a viagem cruza geografias, pouco por todo o país, iniciam-se, as comemorações mas representa também uma viagem interior, que abre as pordo V centenário da viagem de circum-navegação de tas de experiências únicas”. Fernão de Magalhães. Este ano, o TSS conta com quase 50 actividades, entre concertos, conferências, visitas guiadas ao património e acções de salvaguarda da biodiversidade. Além da sua geografia tradicional (o Baixo Alentejo e o Alentejo Litoral), o evento chega agora ao Alto Alentejo e o Alentejo Central. Por outro lado, reforça também a vocação ibérica, com actividades em dois concelhos da Extremadura espanhola, com profundas ligações a Portugal. “É assim, desde 2003, com uma persistência que se tornou felizmente normalidade: um Festival de música, mas também da terra alentejana, um Festival do património, mas também da diversidade, ou seja, de memória, conhecimento, divulgação, e de brio.” Quem o afirma é o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no texto de abertura do TSS em 2019. A colaboração do festival com instituições dos EUA, nomeadamente com a Embaixada dos EUA em Portugal, iniciada em 2017, é o reflexo dos laços históricos do Alentejo www.gazetarural.com

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01 a 03 de Fevereiro, no Pavilhão Multiusos de Vilar Formoso

Quim Barreiros e Miguel Gameiro animam a Feira de Caça, Pesca e Desenvolvimento Rural

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Município de Almeida organiza a XI Feira de Caça, Pesca e Desenvolvimento Rural, que tem lugar de 1 a 3 de Fevereiro no Pavilhão Multiusos de Vilar Formoso. No cartaz de animação, Quim Barreiros, a 1 de Fevereiro, Miguel Gameiro e a sua Banda, dia 2, e o grupo Trovas da Beira, dia 3, vão subir ao palco da Feira. A feira visa promover os recursos cinegéticos, as potencialidades para a pesca e o património natural do concelho, associado à divulgação das diferentes componentes turísticas do território. O evento voltar a ser um atractivo ponto de encontro para os amantes da caça, da pesca, das actividades ao ar livre, da fauna viva, da gastronomia e dos espectáculos. À Gazeta Rural, o vice-presidente da Câmara de Almeida adianta que o evento tem como novidade, nesta edição, uma área temática ligada ao chocolate. “Uma experiência para despertar os sentidos”, salienta José Alberto Morgado, garantindo que a feira “já atingiu o seu ponto de consolidação”. Gazeta Rural (GR): Que novidades apresenta a Feira de Caça, Pesca e Desenvolvimento Rural deste ano e que expectativas tem para a mesma? José Alberto Morgado (JAM): Esta Feira atingiu o seu ponto de consolidação, porquanto, no último ano, contou com uma enorme adesão de público, quer português quer espanhol, na ordem das 15.000 pessoas. Esperamos ultrapassar este fluxo turístico dada a fidelização deste público. A parceria desenvolvida entre o município de Almeida e o sector associativo do concelho, ligado ao mundo rural, permite-nos sonhar que este ano será atingido um patamar superior. A realização de montarias ao javali e largada de

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perdizes, associada à sua presença com tasquinhas no evento, faz-nos acreditar numa renovada dinâmica. Este ano contamos com uma novidade onde apresentamos uma área temática ligada ao chocolate. Uma experiência para despertar os sentidos. GR: Em que patamar coloca esta feira no mapa de eventos que se realiza nesta altura do ano? JAM: Coloco esta Feira de Caça como sendo um dos maiores eventos do sector, criado numa época onde se realizam montarias ao javali, uma espécie cinegética em grande expansão no concelho, em que a maioria dos caçadores, oriundo de diversos pontos do país, se integram apaixonadamente nesta actividade.

GR: A Caça e a Pesca são duas apostas do município de Almeida para a atracção de visitantes. A sua realização em Vilar Formoso é um ponto central dessa aposta para atingir dois mercados? JAM: O turismo cinegético é muito importante para o nosso concelho, dada a elevada taxa de ocupação hoteleira verificada no período de caça, fundamentalmente ao coelho bravo, lebre, perdiz, tordos, raposa e javali. Este território apresenta condições climáticas e morfológicas favoráveis ao desenvolvimento deste sector e por isso o município de Almeida aposta nesta vertente turística, valorizando e dinamizando as Associações de Caça e


Pesca, partilhando novos métodos de gestão de caça e na promoção e divulgação dos produtos da terra, como o queijo, o enchido, o mel, a bola doce, a rosca e a ginjinha. Sendo Vilar Formoso a principal fronteira terrestre do país, é uma localidade ideal para a realização desta Feira transfronteiriça, que também coincide com a realização do maior mercado ibérico do país (no primeiro sábado de cada mês). GR: Qual a realidade destes dois sectores no concelho? JAM: O sector primário mantem-se como a principal fonte de riqueza dos residentes, à semelhança de outros concelhos limítrofes do interior, com predomínio no sector agro-pecuário e na produção hortícola, em regime de complementaridade a outros rendimentos familiares, onde se destaca o minifúndio. Particularmente a caça é um sector de forte implantação, fruto da boa gestão que as Associações de Caça do concelho levam a efeito, nomeadamente na sua preservação e no repovoamento das espécies. GR: O Desenvolvimento Rural faz-se, também, com a realização deste tipo de certames? JAM: Com este tipo de certame pretendemos valorizar os produtos endógenos do concelho, expor as diversas raças de bovinos, ovinos e caprinos e a realização de um colóquio com o tema “Mel e Azeite – Produtos endógenos a desenvolver”, numa tentativa de apoiar os nossos apicultores e olivicultores. O evento continua a crescer, tanto em número de visitantes, como na qualidade da sua programação. Expo caça e pesca, Expo floresta, com matilhas, animais

de floresta e da quinta, Expo Agro-pecuária, com maquinaria, e Expo gastronomia, com tasquinhas, doçaria e chocolate, são as áreas que irão compor esta edição, contando com cerca de 100 expositores e muita animação. GR: Para além de tudo isto, quais os principais atractivos do território do concelho? JAM: O concelho de Almeida tem duas Aldeias Históricas (Almeida e Castelo Mendo) e ainda a principal fronteira terrestre para a Europa, Vilar Formoso. Para além do riquíssimo património histórico-militar, possui em Almeida (Estrela do Interior) um Balneário Termal, um Picadeiro de elevada qualidade, um Museu Histórico Militar, ocupando sete das 20 salas abaluartadas subterrâneas, um centro de Estudos de Arquitectura Militar Abaluartada, as Portas de Santo António e São Francisco de uma beleza invulgar. Vilar Formoso, uma vila de cariz comercial fronteiriça, oferece-nos um Polo Museológico ímpar, um memorial aos refugiados e ao cônsul Aristides Sousa Mendes, integrando a rota dos judiarias. Para além disso, este é um evento a pensar nas famílias.

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De 25 a 27 de Janeiro, em Ponte de Lima

Feira do Porco e as Delícias do Sarrabulho “valoriza um dos ex-libris da gastronomia limiana”

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nserida no projecto “Em Época Baixa, Ponte de Lima em Alta”, Gazeta Rural (GR): O que representa a Feira Ponte de Lima recebe de 25 a 27 de Janeiro a edição 2019 da do Porco e das Delicias do Sarrabulho para o Feira do Porco e as Delícias do Sarrabulho, evento que mostra alconcelho e que expectativas tem a edição desgumas iguarias derivadas do porco, com destaque para os enchite ano? dos e fumados, que fazem parte da cozinha típica desta região. Paulo Jorge Sousa (PJS): Esta feira tem como Conhecida com um dos maiores pólos do turismo gastronómiobjectivo valorizar um dos ex-libris da gastronomia co, Ponte de Lima procura, com este evento, mostrar as iguarias limiana, o Arroz de Sarrabulho à Moda de Ponte de que atraem milhares de turistas, com destaque para o Arroz de Lima, um prato típico da época de Inverno, que é proSarrabulho à moda de Ponte de Lima, um prato típico limiano. curado e saboreado durante todo o ano. Neste evento, os visitantes poderão encontrar propostas irEste certame que conta já com a décima primeiresistíveis dos vários restaurantes do concelho, assim como, ra edição, traz todos os anos, verdadeiras multidões expositores de produtos regionais e artesanato. à vila minhota. Durante a feira, os visitantes poderão Em conversa com a Gazeta Rural, o vereador da Educação, ainda apreciar outras iguarias derivadas do porco, enTurismo e Desenvolvimento Rural diz que este “é um dos tre as quais se destacam os enchidos e os fumados. eventos de maior referência e expressão” realizado em PonPoderão, também, apreciar outros produtos regionais e te de Lima, que, também, certifica que o Arroz de Sarrabulho ainda artesanato. à Moda de Ponte de Lima como “uma verdadeira alavanca económica do concelho”. GR: Na sua óptica, o que diferencia esta feira de Paulo Jorge Sousa sublinha também que a aposta no prooutras que por esta altura se realizam em torno do jecto ‘Em Época Baixa, Ponte de Lima em Alta’ “incentiva porco no norte do país? a criação de motivos de interesse, de atractividade e de PJS: Porque é um dos eventos de maior referência e apelo ao investimento, motivados pela criação de dinâexpressão realizado em Ponte de Lima. Este evento cermicas diversas”, que “tem provado ser uma indubitável tifica que o Arroz de Sarrabulho à Moda de Ponte de Lima mais-valia”. é uma verdadeira alavanca económica do concelho, sendo confeccionado com base na excelência dos nossos produ-

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tos e da afirmação da identidade cultural que resulta o desenvolvimento integrado e sustentado. GR: Esta é uma feira inserida num ciclo de eventos na época baixa de Ponte de Lima. Esta é uma aposta ganha pelo município? Quais os resultados mais visíveis? PJS: O município de Ponte de Lima continua a apostar «Em Época Baixa, Ponte de Lima em Alta”, projecto que incentiva a criação de motivos de interesse, de atractividade e de apelo ao investimento, motivados pela criação de dinâmicas diversas. Combatendo a sazonalidade turística, este plano tem provado ser uma indubitável mais-valia, que cruza o campo económico, ao social, dinamizando o tecido empresarial do concelho nos seus vários sectores. Em paralelo, o plano ramifica-se em prol da promoção da qualidade gastronómica e da prestação de um serviço de excelência. Este é já um compromisso do município para com as comunidades e entidades locais, cujas sinergias geram um factor de atractividade turística robusto, que não age só na captação, mas na fidelização dos seus visitantes. Este projecto implica um investimento de 200 000€, perspectivando-se um retorno directo com a economia local de dois milhões de euros, captando para o concelho cerca de 450 mil visitantes, durante os meses de Dezembro a Maio. GR: O sector primário tem correspondido a essa aposta? PJS: O sector primário tem reagido de uma forma extraordinária ao apresentar um conjunto alargado de produtos inovadores no ramo agroalimentar, quer seja em carnes brancas, fumados e enchidos, quer em novos produtos ligados ao chocolate e às bebidas licorosas. Por outro lado, tem apostado na inovação dos métodos produtivos que se reflectem na qualidade excepcional dos produtos limianos, desde o leite, o vinho, as hortícolas e as frutícolas, entre outros. GR: Que outras atracões Ponte de Lima oferece nesta altura do ano? PJS: A gastronomia e o enoturismo, o ecoturismo, a tecnologia e a inovação são apenas alguns dos motes do conjunto dos dez eventos que, de Dezembro a Maio, atraem milhares de visitantes ao Vale do Lima. www.gazetarural.com

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Diz o presidente da Câmara, Orlando Alves

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Feira do Fumeiro vai ser “de arromba” em Montalegre

ai ser “boa” e “de arromba” a edição 2019 da Feira do Fumeiro em Montalegre, na antevisão do presidente da Câmara local. O certame vai decorrer de 24 a 27 de Janeiro no coração daquela vila transmontana. A ‘rainha do fumeiro’ dá oportunidade aos visitantes de degustarem produtos de excelência oriundos da capital do Barroso. Em conversa com a Gazeta Rural, o presidente da Câmara de Montalegre adiantou que participarão no certame 68 dos cerca de 200 produtores de fumeiro existentes no concelho. Nesta entrevista Orlando Alves aborda outros temas, como a aplicação do actual quadro comunitário, que continua a “esquecer-se” do interior, ou da “outra guerra perdida” de melhores acessibilidades daquele território à rede de auto-estradas nacional. Gazeta Rural (GR): Está aí a edição 2019 da Feira do Fumeiro. Que expectativas tem? Orlando Alves (AO): Vamos ter uma feira boa, de arromba, como sempre, e muito participada ao nível dos produtores, mas sobretudo de visitantes, pois uns e outros são a alma e génese de todo sucesso da feira, mas também da sustentabilidade e revitalização do mundo rural do nosso concelho. GR: Há o cuidado da autarquia, ao longo do ano, em promover reuniões com os produtores de forma na feira e apresentem produto de grande qualidade? AO: O contacto é permanente. Mas há mais. Estamos a desenvolver um projecto orçado em 500 mil euros, com financiamento comunitário, a desenvolver em três anos e que envolve os produtores de fumeiro nas boas práticas na laboração, confecção e higienização do produto, mas também prepará-los para as questões da comercialização, que não é despiciendo, tampouco de desprezar, porquanto passa tudo por aí. Sendo verdade que uma feira serve para atrair pessoas, a verdade é que se considerarmos que temos cerca de 200 produtores de fumeiro e só 68 participam na feira, temos 132 que desenvolvem a sua actividade sem ter que se apresentar naqueles quatro dias, porque já têm canais próprios de comercialização. Para todos esses temos programas e acções de desenvolvimento nas estratégias de

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os apoios que não chegam às regiões do interior, nomeadamente ao norte do país. Essas situações mantêm-se? AO: Diria que para além de se manterem tendem a piorar. Como diz o povo “de hora a hora, Deus piora” e não é a circunstancia de ter sido criada uma secretária de Estado da Valorização do Interior que vai alterar o figurino da desgraça a que estamos mergulhados e para onde vamos caminhando inconscientemente. A verdade que o interior vai, finalmente, ver reduzido o valor das portagens e da mobilidade comercial. Porém, a pergunta é: quem lucra com isso? É verdade que poderá haver redução de alguns impostos para as indústrias que se venham a instalar no interior, mas isso não tem expressão. Isto quer pulso firme e se no contexto europeu somos penalizados por estarmos na periferia, somos a parte de Portugal que estamos mais próximo da Europa, mas, lamentavelmente, estamos também na periferia em relação a Lisboa. Portanto, estamos condenados a morrer. Temos um mundo rural lindíssimo, com qualidade de vida, onde até os passarinhos se sentem bem, mas estamos competir, com muita desvantagem, com o sector primário desenvolvido no espaço da União Europeia e estamos a ser tratados de forma discricionariamente negativa pelo poder central, quando persiste na canalização dos subsídios para o sector determinando o montante em função da área e desprezando o encabeçamento no sector agro-pecuário. Ora, quem tem a área são os grandes latifundiários, que estão no Alentejo, com as suas propriedades, algumas delas a monte, e alguns deles, marketing e de comercialização, mas tamprovavelmente, instalados nos gabinetes ministeriais ou nas empresas bém de fiscalidade, um pormenor que repupúblicas de Bruxelas e Lisboa. São esses que estão a tirar proveito das tamos de importante. políticas para o fomento da actividade agrícola e pecuária. Os nossos agricultores, que não podem competir com essa gente, vão GR: Um dado lançado recentemente ter que progressivamente encerrar portas. Basta olhar para a redução diz que na região do Barroso, incluindo da área de baldio, que é indexada a cada exploração e que a União Chaves, o fumeiro rende cerca de 50 miEuropeia considera que não deve ser associada. Se isso não é para lhões de euros por ano? nos tornar competitivos, ao menos que se respeite o encabeçamento AO: Não gosto de lançar números e coe que se atribua os subsídios em função do número de animais que mentá-los. O que posso dizer é que, directa cada pessoa vai criando. Se assim for, poderá haver uma motivação e indirectamente, no concelho de Montalegre, suplementar para que as pessoas persistam em viver por cá. De outra independentemente dos estudos de marketing forma não. que são feitos e apresentados e que revelam sempre uma reversão de valor que considero A questão das acessibilidades está para lá do razoável, aquilo que resulta do impacto directo e indirecto do fumeiro na vida “é outra guerra perdida” económica do concelho gira em trono de três milhões de euros. Neste valor incluo os que vão GR: Há também a questão de melhores acessibilidades há à feira, mas também os não vão. Contudo, temuito reclamadas por Montalegre e Boticas? mos de considerar que para além do fumeiro há AO: Essa é outra guerra perdida. O Quadro Comunitário em vio presunto, mas também as outras componentes gor considera só a última milha para intervenção no sector da do porco, como a carne e também o sector da mobilidade. Boticas não tem um acesso rápido à A24, mau grado restauração, associadas ao evento. estar pertinho da mesma, mas Montalegre ficou muito longe da auto-estrada. Está o município de Montalegre a fazer um investimento de três milhões de euros, do seu orçamento, para criar “Não é a circunstancia de ter sido uma boa acessibilidade até ao limite do concelho com Chaves, criada uma secretária de Estado da enquanto o meu colega de lá vai dar sequência na parte entre Meixide e Soutelinho da Raia, num troço da estrada que está Valorização do Interior que vai alterar mais maltratada. o figurino da desgraça a que estamos Contudo, a verdade é que, no contexto nacional, temos razões mergulhados” para nos sentirmos descriminados e temos muito pouca esperança de que quem quer que seja, lá de Lisboa, se lembre ou GR: Tem vindo a tecer duras críticas à forma olhe um dia para o mapa e veja que ainda há pessoas que têm como o PDR tem sido implementado no país e dificuldades em se aproximar da rede auto-estradas nacional.

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No próximo dia 27 de Janeiro

Nos dias 19 e 20 de Janeiro, em Penamacor

Festa das Varas do Fumeiro regressa à Freguesia de Aranhas

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freguesia de Aranhas, no concelho de Penamacor, recebe nos dias 19 e 20 de Janeiro, a Festa das Varas do Fumeiro. As novidades deste ano são a existência de um espaço infantil, actividades de orientação Orifumeiro e sessões de showcooking e ateliês de gastronomia, que decorrem no sábado, dia 19, pelas 17 horas, e no domingo, dia 20, pelas 18 horas. O evento conta com expositores de artesanato, de produtos regionais e tasquinhas, além de vários madeirinhos pelas ruas para “aquecerem” os visitantes. O certame tem o momento alto no sábado com o Desfile das Varas, pelas 15 horas, acompanhado por grupos espontâneos de tocadores de concertina e acordeão do concelho que animam esta parada. Posteriormente, é lida a Carta do Fumeiro, documento que pretende recriar a carta régia que outrora autenticava este tipo de feiras, seguida do Leilão das Varas. A inauguração da Festa das Varas do Fumeiro decorre às 17 horas de sexta-feira, com visita aos expositores e muita animação com grupos da região. Já no sábado, dia 19, a festa arranca às 11 horas com muita animação de rua durante o dia. Pelas 15 horas decorre o Desfile das Varas. No último dia do certame, domingo, dia 20, a festa arranca novamente às 11 horas com a animação de rua, com destaque a partir das 15 horas para o XX Festival de Folclore, com a participação de ranchos portugueses e espanhóis.

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Borda da Ribeira recebe I Festival do Almeirão, Azeite Novo e Pão Caseiro

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Associação Borda da Ribeira, Louriceira e Marmoural, com o apoio dos municípios de Vila de Rei e Mação, Junta de Freguesia de Vila de Rei e União de Freguesias de Mação, Penhascoso e Aboboreira, vai organizar a primeira edição do “Festival do Almeirão, Azeite Novo e Pão Caseiro”. O evento vai decorrer no Pavilhão Multiusos no próximo dia 27 de Janeiro, situado no recinto de festas, das 12 às 16 horas, e disponibilizará a todos os visitantes um menu buffet com direito a Sopa de Almeirão e a diversos pratos (carne, peixe e grelhados) onde o Almeirão será o acompanhamento de excelência. O preço de entrada é de 8 euros e inclui igualmente o acesso a vinho, sumos e água. O almeirão é uma hortaliça da família Asteraceae (da qual fazem igualmente parte as alfaces e as serralhas), muito apreciada e cultivada em diversos países. As folhas de almeirão são extremamente nutritivas, ricas em vitaminas A, C e do complexo B, além de conterem boas doses de fósforo, ferro e cálcio.


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Nos dias 1 e 2 de Fevereiro

Festival pretende fomentar produção de alho na Graciosa

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A 20 de Janeiro, no concelho de Loulé

Aldeia de Querença é palco da tradicional Festa das Chouriças

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20 de Janeiro, a típica aldeia de Querença, no concelho de Loulé, volta a ser palco da tradicional Festa das Chouriças, em Honra de S. Luís, certame que reúne uma componente religiosa e outra gastronómica. A Festa terá início no dia 19 de Janeiro, sábado, com uma grandiosa Noite de Fados, que decorrerá na Casa do Povo de Querença, a partir das 21 horas. No domingo, dia 20, a partir das 11 horas, e durante a tarde, os visitantes poderão degustar a chouriça assada nos vários estabelecimentos de Querença, alguns localizados no Largo da Igreja. A celebração religiosa terá início às 14,30, com a Missa na Igreja de Nossa Senhora da Assunção, a qual se seguirá a Procissão Solene com a imagem de S Luís. Pelas 16 hora terá início o habitual e sempre animado leilão de chouriças, onde o público em geral poderá participar e adquirir a rainha da festa - a chouriça. Pelas 17 horas actuará o Grupo de Cantares Alentejanos de Mértola. A partir das 19 horas, o acordeonista Paulo das Vacas vai animar o baile no Salão de Festas da Casa do Povo de Querença. Entre as 10 e as 18 horas, é possível visitar o Mercadinho onde está patente uma exposição e venda de artesanato e produtos locais, representativos da região. Esta, que é uma das mais emblemáticas festas gastronómicas da região, é uma iniciativa da Comissão de Festas da Paróquia, com o apoio da União de Freguesias de Querença, Tôr e Benafim, da Câmara de Loulé e da Casa do Povo de Querença.

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ncentivar a produção é o objectivo da realização do Festival do Alho, que vai decorrer na Ilha Graciosa, nos Açores, a 1 e 2 de Fevereiro, numa iniciativa da Câmara do Comércio de Angra do Heroísmo – Associação Empresarial das Ilhas Terceira, São Jorge e Graciosa, juntamente com o Núcleo Empresarial da Ilha da Graciosa promove o Festival do Alho, que decorre na Ilha Graciosa nos dias 1 e 2 de Fevereiro. O evento, desenvolvido em parceira com a vice-presidência do Governo Regional, através da SDEA, no âmbito das acções de Capacitação das Empresas Regionais, visa incentivar a produção de alho naquela ilha, contribuindo para a promoção da sua utilização e venda, a nível local, regional e nacional, assim como estimular a utilização e consumo de produtos regionais. A organização pretende criar várias dinâmicas capazes de envolver directamente as empresas e população da ilha Graciosa. Conferências, showcooking, workshops, actividades escolares, menus especiais na restauração, visitas guiadas e venda de produtos regionais são alguns exemplos de actividades previstas no âmbito do festival.


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Durante o mês de Fevereiro

CNEMA promove diversos Concursos Nacionais

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Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas (CNEMA) em Santarém, volta a colocar em destaque os produtos portugueses ao promover várias iniciativas em Fevereiro. Neste âmbito, realce para o VIII Concurso Nacional de Carnes Tradicionais Portuguesas (7 Nos fins-de-semana de 18 a 20 e 25 a 27 de Janeiro de Fevereiro), o VI Concurso Nacional de Sal e Condimentos Tradicionais Portugueses (7 de Fevereiro), o VI Concurso Nacional de Ervas Aromáticas Tradicionais Portuguesas e Infusões (12 de Fevereiro), o VIII Concurso Nacional de Conservas de Pescado (12 de Fevereiro), o VIII Concurso Nacional de Licores Conventuais e Tradicionais (13 de Fevereiro), o IV Concurso Nacional de Alheiras (19 de Fevereiro), o IX Concurso Nacional de Enchidos (20 de Fevereiro), o IX Concurso Nacional de Ensacados (26 de Fevereiro), o II Concurso Nacional de Leitão Assado (27 de Fevereiro) e o IX Concurso Nacional de Presuntos (27 de Fevereiro). Estas iniciativas, que o CNEMA realiza em conjunto com a Qualifica/oriGIn Portugal, têm como objectivo estimular a produção de qualidade, dar a conhecer os melhores produtos nas diferentes regiões do país, incentivar o seu consumo, promover o encontro de produtores, empresas, técnicos e apreciadores. e 18 a 20 e de 25 a 27 de Janeiro há “exCom a realização destas actividades o Centro Nacional de Experiências com sabor” em Palmela com o posições e Mercados Agrícolas pretende premiar, promover, varegresso dos fins de semana gastronómicos que, lorizar e divulgar a qualidade, especificidade e a diversidade dos este mês, encontram na Fogaça a sua fonte de insprodutos portugueses. A inscrição dos interessados será feita por piração gastronómica. via electrónica através de uma plataforma criada para o efeito. No roteiro desta iniciativa estão quinze estabelecimentos locais que, nestes dois fins-de-semana, se propõem a apresentar no seu menu confecções inovadoras em que a fogaça surge como ingrediente de um prato principal ou de uma sobremesa. Promovidos pela Câmara de Palmela e pela Rota de Vinhos da Península de Setúbal, os fins de semana gastronómicos são uma iniciativa integrada no projecto de promoção gastronómica intitulado “Palmela, Experiências com Sabor” que, ao longo do ano, apresenta inúmeras sugestões que dão a conhecer os sabores da Região e do Concelho de Palmela, desde o famoso queijo de Azeitão, à Sopa Caramela até ao Moscatel de Setúbal. Com um típico sabor aromático, a fogaça faz parte do legado gastronómico do concelho de Palmela e, em Janeiro, ganha um destaque especial tendo em conta que, outrora, era neste mês que a população confeccionava este biscoito para oferecer a Santo Amaro como forma de pagamento das suas promessas.

Fogaça é anfitriã de fins de semana gastronómicos em Palmela

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Promete “boa comida” e formação nas escolas

Viseu assume-se como destino nacional gastronómico em 2019

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município de Viseu assume-se como “destino nacional de gastronomia” em 2019 e promete “boa comida” e formação nas escolas para uma alimentação saudável, revelou o presidente da Câmara de Viseu. “A cidade de Viseu elege o seu património gastronómico e os seus atributos à mesa como um mote de valorização cultural e turística e, neste âmbito, vamos desenvolver um plano anual de acção em três eixos”, adiantou António Almeida Henriques. O autarca viseense explicou que este plano passará pela “valorização cultural, patrimonial e económica de produtos locais, a qualificação de recursos e operadores económicos e um terceiro eixo virado para a promoção e animação” turística. “os museus municipais estarão dedicados ao património gastronóComo público alvo, continuou o autarca, está mico” de Viseu. a “comunidade local e regional e todo o mercado “A cozinha beirã é genuína. Em Viseu come-se bem desde o resnacional e ibérico, que acaba por ser o destino taurante mais modesto ao mais elaborado, os nossos pratos acaque mais procura” Viseu e, por isso, ao longo do bam por ser reconhecidos como de grande qualidade e esta nova ano a gastronomia assumirá o papel principal nos geração de ‘chefs’ está a trazer um apuramento à nossa cozinha, diversos eventos da cidade e será o mote para é importante potenciar a nossa gastronomia”, justificou o autarca. novas iniciativas. O edil esclareceu também que a formação que vai acontecer “Para 2019 há aqui algumas novidades, desde a nesta área da restauração resulta de “um projecto privado, que criação - e terá a sua primeira reunião em Janeiro dentro de pouco tempo será apresentado”, sublinhando que o - de um fórum de turismo local, que passa a ser mesmo “será também uma mais valia para a vertente da cozium órgão consultivo da autarquia, onde os vários nha e atendimento”. Destacou também “a formação que decorre parceiros ligados ao turismo têm assento, não só na Casa da Ribeira” e o “trabalho com a Associação da Hotelana perspectiva de discutir as políticas, mas também ria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) que tem sido de articular as diferentes acções, desde o programa desenvolvido e que terá continuidade”. A AHRESP “já certificou cultural a todas as acções de ‘marketing’”, contou o alguns restaurantes em Viseu e a ideia é continuar a certificar autarca. mais”, explicou o autarca, que também quer “manter os paViseu estará também no início do ano, e pela pridrões de qualidade” dos que já foram certificados. meira vez, na Feira Internacional de Turismo de Ma“No fundo, queremos promover os nossos produtos tradidrid (FITUR), onde será apresentada “toda a oferta cionais e a autenticidade dos produtos que são o resultado viseense, com foco na gastronomia, e será uma partida cozinha. Por outro lado, introduzir inovação, que é o que cipação activa”. Marcará ainda presença, “como é hatêm feito os novos ‘chefs’ que não optaram por uma cozinha bitual, na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), este ano ‘gourmet’ minimalista, mas mais apurada com uma quantidacom o enfoco na gastronomia”. de que satisfaz quem degusta os produtos e, julgo, há espaço “Durante o ano irão decorrer acções formativas para para os nossos cozinheiros tradicionais e para os novos ‘chea fileira gastronómica e restauração local e iremos tamfs’”, defendeu o autarca. bém realizar acções educativas de gastronomia saudáO destino nacional gastronómico nasce no âmbito da esvel, voltadas para a comunidade escolar e famílias, dentratégia do ‘marketing’ territorial que a autarquia e a Viseu tro da nossa lógica de alimentação nas escolas”, revelou. Marca têm vindo a promover desde 2017, com a criação do Almeida Henriques lembrou os “programas em curso ano oficial para visitar Viseu. Em 2018, Viseu foi cidade eude alimentação mediterrânica, de uma alimentação sauropeia do folclore. dável” e “o combate à obesidade”. Adiantou também que www.gazetarural.com

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De 7 a 9 de Junho, em Aljustrel

Feira do Campo Alentejano já tem datas marcadas

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Inscrições abertas a expositores

Ourique prepara XIII Feira do Porco Alentejano

Feira do Campo Alentejano vai decorrer, este ano, nos dias 7, 8 e 9 de Junho. A Câmara de Aljustrel, entidade promotora do certame, já está a preparar a próxima edição desta grande feira agroindustrial do Baixo Alentejo, que este ano levará, novamente, ao Parque de Exposições e Feiras tudo aquilo que de melhor se faz no concelho. Nestes três dias, a feira será uma grande mostra das potencialidades económicas do concelho, com especial enfoque para as actividades agrícola e turística, mas também para as actividades tradicionais, como o artesanato e a gastronomia, que estarão representadas nos diversos pavilhões e stands. À semelhança das edições anteriores, a autarquia espera atrair milhares de visitantes à feira, para tal irá oferecer um vasto programa musical e cultural, que contará com as actuações de nomes sonantes da música nacional e diversos DJ, e também de grupos corais e musicais do concelho.

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arco da valorização da fileira do porco alentejano, da projecção do Mundo Rural e da afirmação de Ourique como Capital do Porco Alentejano, a XIII Edição da Feira do Porco Alentejano vai realizar-se de 22 a 24 de Março, que têm em Blaya e Virgul os cabeças de cartaz do programa de animação do certame. O Município de Ourique e a Associação de Criadores de Porco Alentejano (ACPA) voltam a organizar um evento que é uma referência do Mundo Rural do Baixo Alentejo e de Ourique, mobilizando a participação de milhares de pessoas nas iniciativas técnicas, de promoção dos produtos, gastronómicas e de lazer. O certame será, uma vez mais, um evento técnico, económico, cultural, gastronómico e lúdico, que pretende contar com uma fortíssima participação popular, local, regional e nacional. A Feira é hoje um dos maiores certames económicos do Alentejo, reflexo do pulsar de saberes e sabores de uma região centrado na afirmação da fileira que faz de Ourique a Capital do Porco Alentejano. A Feira integra-se na estratégia de afirmação desta fileira do Mundo Rural, num contexto marcado por riscos, desafios, oportunidades e a ambição de continuar a valorizar a competência, os saberes e os sabores da região. Os interessados em participar neste evento podem fazer a sua inscrição até 14 de Fevereiro.

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De 7 a 10 de Fevereiro

Vinhais torna-se na “Capital do Fumeiro”

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inhais, no nordeste transmontano, prepara-se para receber milhares de visitantes na XXXIX edição da Feira do Fumeiro de Vinhais, que se realiza anualmente, em Fevereiro, desde 1981. Este ano decorrerá de 7 a 10 daquele mês e destaca-se das demais pelo seu fumeiro de excelência que lhe valeu a atribuição do título de “Capital do Fumeiro”. Nos quatro dias de feira, além do fumeiro de raça bísara, estão disponíveis produtos naturais da região, artesanato, produtos gourmet, espectáculos musicais, luta de touros, tasquinhas e restaurantes preparados para receber milhares de visitantes todos os anos. Do programa destaque para a realização da quarta edição das suas Jornadas do Porco Bísaro, uma iniciativa da Associação Portuguesa de Engenharia Zootécnica (APEZ), com o apoio da Associação Nacional de Criadores de Suínos da Raça Bísara (ANCSUB).


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uma iniciativa da Confraria Enófila Nossa Senhora do Tejo e da Comissão Vitivinícola Regional do Tejo vai decorrer durante o mês de Fevereiro o “Tejo Gourmet 2019”, iniciativa que conta com 57 restaurantes participantes. Aquelas duas entidades voltam a unir esforços em prol dos Vinhos do Tejo desafiando a restauração de todo o país a participar nesta iniciativa. De 1 a 28 de Fevereiro, a melhor gastronomia harmonizada com Vinhos do Tejo vai estar disponível nos restaurantes participantes de Norte a Sul do país e ilhas, que têm para oferecer vários tipos de gastronomia, desde tradicional, internacional à cozinha de autor. Os participantes deste ano são: 150 Gramas, A Botica, A Casa do Avô, A Estrela da Mó, A Lúria, À Terra (Vila Monte Farm House), A Varanda do Parque, Adega do Albertino, Almourol, AveiraMariscos, Azul Terrace, Bambu, Beef & Wines, Café Alentejo, Calça Perra, Casa Chef Victor Felisberto, Casa dos Torricados, Cisco, Clube Lisboeta, Copo 3, Danidoce Marisqueira, De’gustar, Dom Joaquim, Dux Bistrot, Dux Vinhos e Petiscos, Espadarte (Sana Sesimbra Hotel), Feitó Bife, Grão Mestre (Hotel dos Templários), Lota 13, Magna Carta, Mercearia do Peixe, Naco na Pedra, O Cavalo do Sorraia, O Combinado, O Poço do Zé, Palhinhas Gold, Pão à Mesa, Pátio dos Petiscos, Petiscaki, Picadeiro, Pigalle, Porta 45, Quinta do Gradil, Quorum, Rei dos Leitões, Roots, Taberna do Gaio, Tascá, Taxiko Steakhouse, Taxiko Tapas, Taxo, Valonguense, Varanda de Lisboa (Hotel Mundial), Veneza, Vintage, Viva Lisboa (Neya Hotel) e Wish. Convidam-se os amantes de gastronomia e vinhos a percorrerem a Rota do Tejo Gourmet a fazer uma visita aos restaurantes participantes e apreciarem o que estes prepararam para si, com uma entrada, um prato e uma sobremesa, sempre acompanhados pelos melhores Vinhos do Tejo.

Com 57 restaurantes participantes

Tejo Gourmet 2019 vai decorrer no próximo mês de Fevereiro

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Com uma satisfação global de 77,5%

Dona Uva ganha prémio ‘Cinco Estrelas 2019’

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Dona Uva, marca de uva de mesa portuguesa, venceu pela priconsumidores notam a qualidade. Além disso, meira vez o Prémio Cinco Estrelas, na categoria Fruta, com uma devido ao maior esforço de comunicação que satisfação global de 77,5%. O sabor e a doçura da Dona Uva foram os temos feito no último ano e também pela maior preferidos dos mais de 1100 consumidores que participaram nos tespresença quer na Grande Distribuição quer no tes de experimentação e no amplo estudo de mercado que ajudaram comércio tradicional, a Dona Uva tem vindo a a encontrar os produtos de excelência em cada categoria. ganhar níveis de notoriedade muito interessanA frescura (10 pontos, o máximo na classificação), o aspecto, a tes. Esta distinção vem reconhecer o nosso tradoçura, o sabor e a textura (todos acima de 8 pontos) dos bagos e balho, tanto na produção como na comercializacachos da Dona Uva foram os critérios sensoriais de avaliação mais ção”, afirma Mário Rodrigues, director executivo apreciados pelos consumidores que experimentaram, ‘às cegas’, da Frutalmente, a única organização de produtoas diferentes marcas de uva de mesa a concurso. Mas não foi só na res de uva de mesa em Portugal e proprietária da satisfação com a experimentação que a Dona Uva levou a melhor. marca Dona Uva. Também reuniu maior consenso no que diz respeito à intenção de A Dona Uva é uma marca de uvas, 100% producompra e à relação qualidade-preço do seu produto. zida em Portugal, nas regiões do Oeste e do RibaO Prémio Cinco Estrelas 2019, na sua quinta edição e que mede tejo. o grau de satisfação global dos consumidores de acordo com os Além das variedades mais tradicionais, incluindo cinco principais critérios que influenciam a sua decisão de coma tão portuguesa D. Maria, a Dona Uva tem vindo a pra (Satisfação pela Experimentação, Relação Preço-Qualidade, alargar o leque de oferta, incluindo uvas sem graiIntenção de Compra, Confiança na Marca e Inovação), vem asnha. É certificada em GlobalGAP e, mais recentesim premiar a aposta na qualidade que, desde sempre, tem mente, em referencial BRC Food. orientado a estratégia dos produtores da Dona Uva. “O nosso sistema de produção, totalmente ao ar livre e da forma mais tradicional, confere mais e melhor sabor às nossas uvas. São naturais, têm um sabor verdadeiro, distintivo, e os

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1º CONGRES(S)O IBÉRICO DO MILHO/DEL MAÍZ XII CONGRESSO NACIONAL DO MILHO www.anpromis.pT

13/14 Fevereiro / FEBRERO 2019 | ALTIS GRAND HOTEL | LISBOA

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Projecto arrancou a 1 de Janeiro e tem a duração de dois anos

Mais de dois milhões de euros para valorização dos queijos da região Centro

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uinze entidades vão desenvolver um projecto para a valoriDomingues Soares, entidade que lidera o projecto. zação de três queijos da Região Centro, num investimento Cláudia Domingues disse que é um “orgulho” superior a dois milhões de euros e que prevê a criação de uma liderar este projecto que vai ter uma duração de escola de pastores e queijeiros. dois anos e parte de uma necessidade de um sector A cerimónia de apresentação do projecto teve lugar em Mancom muita expressão e um dos principais produtos gualde e contou com a presença do secretário de Estado do Deendógenos que merece uma acção concertada”, frisenvolvimento e Coesão, Nelson de Souza, e da presidente da sou. Esta responsável sublinhou que houve o cuidaComissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Cendo de envolver as associações do sector e adiantou tro (CCDR Centro), Ana Abrunhosa, e o presidente da Câmara que o projecto assenta na valorização económica do de Mangualde, João Azevedo. queijo: “O produto tem qualidade, mas temos um proO programa, que se iniciou em 01 de Janeiro, envolve um blema de quantidade”. investimento total de 2,7 milhões de euros, sendo que 2,3 miNo âmbito deste projecto vão ser criados bancos de lhões correspondem ao Programa de Valorização da Fileira do terra. “A questão das terras, porque o acesso à mes Queijo da região Centro, financiado em 85% pelo Centro 2020 ma é algo difícil actualmente e, portanto, estes bane 428 mil euros que dizem respeito à iniciativa Rota Turística cos de terra são, no fundo, mais uma ferramenta no e Gastronómica Queijos da Região Centro, financiada em 65% âmbito deste projecto que fica disponível para todos através do Valorizar. aqueles que a quiserem utilizar”, explicou a presidente Na totalidade, o projecto envolve um total de 14 entidades da Inovcluster. da região Centro, das quais quatro comunidades intermuCláudia Domingues Soares, que lidera a organização nicipais (Beira Baixa, Beiras e Serra da Estrela, Região de que “tem o papel agregador e consertador dos 15 parCoimbra e Viseu Dão Lafões), cinco associações do sector, ceiros envolvidos”, entre comunidades intermunicipais, dois institutos politécnicos (Castelo Branco e Viseu) e o Cenescolas superiores e associações do sector, disse ainda tro de Biotecnologia de Plantas da Beira Interior. que o queijo “é valorizado, tem é um caminho a percorrer “Foram criados, no âmbito deste projecto, um conjunto em torno do seu posicionamento”. “Quer ao nível da rotude incentivos para a valorização dos próprios pastores, lagem, da imagem, da comercialização, da internacionalicom a criação da escola de pastores e a escola de queijeização, ou seja, temos efectivamente muita qualidade. Não ros, para valorizar a arte e engenho associado à produção temos é muita quantidade, portanto carece trabalharmos de queijo”, anunciou a presidente da Inovcluster, Cláudia todos juntos para conseguirmos posicionar este produto

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formas de valorização dos recursos procurando envolver, numa componente de ciência, investigação e inovação, porque por muito tradicional que a actividade seja, é sempre possível incorporar conhecimento, é sempre possível incorporar tecnologia”, defendeu. Ana Abrunhosa destacou ainda que o “programa é muito pragmático” e isso pode confirmar-se nos “resultados estimados que não são muito ambiciosos, são realistas, porque foram construídos com grande realismo, tendo em conta as dificuldades a encontrar no terreno” e, neste sentido, disse que esperava que fosse possível “duplicar estes resultados”. “Sob a chancela dos queijos de Portugal pretende-se fazer a promoção conjunta, naturalmente respeitando a identidade de cada marca, a identidade do queijo Serra da Estrela que foi eleito uma das maravilhas da gastronomia portuguesa e, portanto, também queremos contagiar esta notoriedade para o queijo do Rabaçal e para o queijo da Beira Baixa”, desejou.

Câmara de Castelo Branco investe 360 mil euros no projecto não só a nível nacional, mas também a nível inA Câmara de Castelo Branco vai financiar este projecto com 360 ternacional”, assumiu. mil euros, liderado pelo InovCluster, que assume a maior parte do Dos quase 2,3 milhões de euros, 75% é financiaprojecto, e a Associação Centro de Apoio Tecnológico Agro-Alido pelo programa Centro 2020, mas “só quando mentar de Castelo Branco (CATAA), a segunda maior instituição acabar a implementação deste projecto, dentro que aqui assume relevância”, explicou o presidente da Câmara de de dois anos, é que é possível medir resultados”, Castelo Branco, Luís Correia. até porque, explicou, “um dos grandes impactos Numa apresentação em Castelo Branco, o autarca justificou a do projecto é o investimento privado que o mesmo mesma devido ao envolvimento destas duas instituições finanvai induzir, com este financiamento público”, que o ciadas pelo município albicastrense e pela relevância que ambas secretário de Estado admitiu ser pequeno. assumem no projecto. “A InovCluster vai executar cerca de um “Felicito esta pequena grande iniciativa. Pequena milhão de euros e a CATAA 300 mil euros. Isto acontece, em na sua dimensão e, agora já posso dizer porque já primeiro lugar, pelo envolvimento, liderança e vontade política está aprovado, pelos recursos que envolve, porque CCDRC e também pelo envolvimento dos produtores e autarse eu o dissesse antes naturalmente os promotores quias abrangidas por esta realidade, como o Fundão, cujo preiriam querer uma maior fatia de financiamento, mas sidente foi um dos principais obreiros deste projecto”, disse. sobretudo simbólico, porque de facto interpreta bem A inovação, a comercialização, o ‘marketing’, a segurança aquilo que queremos que o Portugal 2020 apoie”, alimentar e o rejuvenescimento do sector são alguns dos obdisse Nelson de Souza, secretário de Estado do Dejectivos do projecto, que inclui a criação da marca Queijo da senvolvimento e Coesão. O governante realçou a “imRegião Centro. portância de trabalhar em rede”, um trabalho “cada No levantamento feito existem 40 queijarias e 210 produtovez menos frequente e, por isso, deve ser sublinhado res de leite para o queijo DOP Serra da Estrela; quatro queie acarinhado”, acrescentou, sublinhando que “hoje não jarias e 20 produtores do DOP Rabaçal e cinco queijarias e chega ter a vantagem competitiva, é preciso ter gestão, 118 produtores do DOP Beira Baixa. Já ao nível da produção, inteligência e criatividade para fazer a diferença”. o DOP Serra da Estrela, que em 2012 produzia 100 mil quiA presidente da CCDR Centro destacou que “é possílos/ano, passou, em 2017, a produzir quase 200 mil quilos. vel, respeitando a tradição e a identidade, incorporar coQuanto ao DOP Beira Baixa, que, em 2012, produzia 175 mil nhecimento, inovação nas actividades tradicionais sem quilos, registou, em 2017, uma produção de 220 mil quilos. perder aquilo que é a identidade” do produto. “Inovar nas www.gazetarural.com

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Há quem deixe a azeitona nas oliveiras

Campanha do azeite com quebras significativas a norte do país

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stá a terminar a campanha do azeite e no centro e norte do país as expectativas não são animadoras, com quebras de produção significativas. Na região da Beira a quebra de produção pode atingir os 50%, enquanto a norte estima-se que possa rondar os 30%. São várias as razões para a menor produção em 2019 no Centro e Norte do país, a começar pela “campanha excepcional” do ano passado, como referiu Delfim Vaz, proprietário de lagares de azeite em Viseu e Foz Côa, mas também pelas condições climatéricas verificadas ao longo de 2018, que, tal como noutras culturas de Outono, provocaram atraso na maturação da azeitona. Na generalidade, há mais azeitona, mas a ‘funda’ é menor. Fonte da Cooperativa de Olivicultores de Murça apontou as condições climatéricas como uma das razões para que “rendimento” fosse menor. Apesar de haver mais azeitona, a produção “ronda os 11 a 12 litros por 100 kg de azeitona”, contrastando com os “16 a 17 litros em 2018”. A mesma situação foi apontada por Manuel Abílio, da Cooperativa dos Olivicultores Vale Torto, em Penedono. Para além de um atraso na campanha, “há mais azeitona, mas há menos azeite”, adiantou.

Azeitona fica no olival Mas se as condições climatéricas foram difíceis, a falta de mão de obra complica ainda mais a situação, a que se junta a quebra no preço do azeite. Delfim Vaz diz que “há muita gente que deixou a azeitona nas oliveiras, não só por falta de mão de obra, mas também pelos baixos preços praticados e excedentes de produção do ano passado”. Também na região de Trás-os-Montes, segundo a mesma fonte da Cooperativa de Murça, a falta de mão de obra “é preocupante”, para além de que este ano, com o atraso nas culturas, a apanha da castanha coincidiu com o início da campanha do azeite, o que tornou a situação ainda mais complicada para os olivicultores. Na área da Cooperativa dos Olivicultores Vale Torto a falta de mão de obra “tem-se vindo a agravar ao longo dos anos, pois há menos gentes nas aldeias”, adiantou Manuel Abílio. Segundo alguns dados que recolhemos, o preço, por litro, pago aos agricultores anda entre 2,3 e 2,6 euros por litro. Segundo Delfim Vaz, o ano passado os agricultores vendiam o azeite “à porta de casa a preços entre os 4 e os 5 euros, o que não acontece este ano”, pelo que “acabam por não fazer a apanha da azeitona”. Outras das razões apontadas por Delfim Vaz para o baixo preço do azeite é a entrada em produção de olivais super-intensivos no Alentejo, onde os custos de produção e apanha da azeitona são bastante menores que a Norte.

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A 13 e 14 de Fevereiro, em Lisboa

I Congresso Ibérico do Milho reúne 600 agricultores e técnicos agrícolas em Lisboa

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milho é uma das principais culturas arvenEntre os oradores convidados destaque, entre muitos outros, ses semeadas na Península Ibérica, ocupanpara as presenças de Marta Betanzos Roig (Embaixadora de Esdo uma área que ronda os 600 mil hectares. Os panha em Lisboa), Cristina Lobillo Borrero (chefe de gabinete do inúmeros desafios que se colocam aos produtores Comissário Europeu para a Acção Climática e Energia), Jorge Coeibéricos tornam a partilha de estratégias uma priolho (ex-ministro do Equipamento Social e membro do “Movimenridade que importa abraçar em prol da competitivito pelo Interior”), João Ferreira do Amaral (professor do Iseg-Ul), dade da agricultura dos nossos dois países. Elvira Fortunato (vice-reitora da Universidade NOVA de Lisboa), Ciente desta realidade, a Associação dos ProduJennifer Clever (adida para Assuntos Agrícolas para Espanha e tores de Milho e Sorgo de Portugal (Anpromis) e a Portugal, Usda), João Pacheco (Think-Tank Farm Europe), EduarAssociação Geral dos Produtores de Milho de Espado Oliveira e Sousa (presidente da CAP), Pedro Barato (presinha (Agpme) vão organizar, a 13 e 14 de Fevereiro, no dente de Asaja, Espanha), Fernando Miranda (secretário-geral Altis Grand Hotel, em Lisboa, o I Congresso Ibérico do do Mapa) e Luís Capoulas Santos (ministro da Agricultura, FloMilho 2019, num claro sinal de unidade e concertação restas e Desenvolvimento Rural). de posições entre Portugal e Espanha. Tendo em conta a grande expectativa criada em torno deste Durante esta iniciativa, serão abordados por recoevento, que contará com a presença de cerca de 600 agriculnhecidos especialistas, alguns dos principais temas tores e técnicos agrícolas de ambos países, a recepção das que mais afectam a produção de milho nos nossos inscrições está limitada à exiguidade da sala e dos hotéis, dois países, como são a importância da agricultura na sendo a data limite para inscrição o dia 25 de Janeiro. coesão do território; milho e desenvolvimento na Península Ibérica, uma perspectiva histórica; inovação: que desafios para as próximas décadas?; a competitividade da produção de milho nos países do sul da Europa; alterações climáticas: como nos adaptarmos a esta nova realidade? E que política agrícola comum pós 2020?. www.gazetarural.com

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Aproximando-se do custo de produção

Produtores querem que preço mínimo do leite ascenda a 37 cêntimos este ano

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Associação dos Produtores de Leite de Portugal (Aprolep) lar das suas lojas com leite nacional, respondendo defendeu que o preço mínimo do leite pago aos produtores assim à preferência dos consumidores, mas contideve ascender a 37 cêntimos neste ano de 2019, aproximando-se nuámos durante todo o ano com preços abaixo dos do custo de produção, para colmatar as dificuldades do sector. custos de produção e da média europeia”, afirmou. “Desafiámos a indústria a transformar e a valorizar mais o leite A Aprolep indicou ainda que, face às dificuldades para reduzir importações [...]. E desafiámos a distribuição a sedo sector, os agricultores têm adiado investimentos guir o exemplo que adoptou na França e negociar com a indúse não retiram “um salário digno e compensador do tria transformadora para assegurar aos produtores um preço trabalho necessário para o cultivo dos campos” e mínimo de 37 cêntimos”, disse, em comunicado, a direcção da para o cuidado dos animais. Aprolep. “A cada ano que passa Portugal perde produtores. De acordo com os dados do Observatório Europeu do Leite, Em Agosto já só éramos 4.578, menos 200 que [no avançados pela associação, em Outubro, o preço médio do leiperíodo homólogo]. O abandono é mais significativo te fixou-se em 31,1 cêntimos por quilo, cinco cêntimos abaixo no continente, onde o número de produtores passou a do preço médio na União Europeia, enquanto o custo de proser inferior ao número de produtores açorianos desde dução mantém-se superior a 37 cêntimos. Fevereiro”, acrescentou. Os produtores desafiaram também o Governo a “avaliar o Segundo a Aprolep, as famílias que resistem têm resultado da rotulagem da origem do leite para verificar por“cada vez mais dificuldade” em encontrar mão-deque não chegou ainda valor acrescentado aos produtores e -obra para trabalhar no sector e “a situação irá agraa bater-se a nível europeu por um mercado responsável que var-se à medida que os salários sobem, muito justaimpeça futuras crises de excesso de produção”. mente, enquanto o preço do leite ao produtor continua Em causa está o aumento da procura do leite, as ajudas injustamente congelado”. da Política Agrícola Comum (PAC) que não compensam a diEm Dezembro, o ministro da Agricultura, Florestas ferença entre o preço e custo de produção, a perda de proe Desenvolvimento Rural, Capoulas Santos, vincou, no dutores e a “falta de visão e falta de ambição” no sector. parlamento, que o preço do leite pago ao produtor man“Assistimos, em 2018, à implementação da rotulagem da teve-se estável até Outubro, podendo aumentar com a origem do leite, mas ainda não vimos o resultado dessa opabertura de novos mercados. ção no rendimento dos agricultores. Sentimos um aumento da procura de leite por parte das grandes superfícies comerciais que procuram garantir o abastecimento regu-

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Ministério da Agricultura adiantou que a execução do Programa de Desenvolvimento Rural (PDR2020) ultrapassou já os 50%, respondendo assim a críticas da CAP - Confederação dos Agricultores de Portugal, que apontou problemas na atribuição dos apoios europeus. Segundo um comunicado da tutela, o PDR2020 “ultrapassou já a fasquia dos 50% de execução (51,3%)”, estando contratados e em execução “mais de 29 mil projectos, a que corresponde um apoio público superior a 2 mil milhões de euros para um investimento total que ultrapassa os 3,2 mil milhões de euros”. O ministério liderado por Capoulas Santos salienta ainda que, após a contratação, “a execução dos projectos é da responsabilidade dos beneficiários”, sublinhando que Portugal está entre os países da União Europeia “com melhor nível de execução” do programa. “O PDR2020 apresenta um avanço de oito meses comparativamente ao programa anterior, o PRODER, cuja execução não atingiu os 100%, tendo o Estado português sido obrigado a devolver mais de 20 milhões de euros”, avança a mesma fonte. O ministério responde assim ao presidente da CAP, Eduardo Oliveira e Sousa, que anunciou que está a fazer um levantamento das dificuldades para entregar um dossiê ao ministro da Agricultura. “São muitos milhões de euros que estão por pagar ou por executar e por isso interessa ajudar os agricultores a melhorar a performance dos seus investimentos e ajudar o Ministério da Agricultura a perceber quais são os problemas que as pessoas estão a sentir no terreno”, salientou Eduardo Oliveira e Sousa. O presidente da CAP afirmou que, se os problemas não forem apontados e minimizados, Portugal pode “chegar ao final do período do actual quadro comunitário com devolução de dinheiro para Bruxelas, o que não pode acontecer”, afirmou. “Em todos os quadros comunitários há dificuldades, mas neste tem-se sentido um agravamento”, sublinhou, pedindo ao ministro uma “reavaliação da forma como o PDR tem estado a ser conduzido”. O presidente da CAP apontou “dificuldades na aprovação, mas também nos pagamentos”, que se consubstanciam em atrasos nos processos.

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Diz o Ministério da Agricultura

Governo diz que mais de 50% do Programa de Desenvolvimento Rural foi executado


Afirma o Secretário Regional da Agricultura e Florestas

Plano Estratégico visa fomentar crescimento sustentável da apicultura nos Açores

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Secretário Regional da Agricultura e Florestas destacou quaatravés do fortalecimento das organizações e da tro acções emblemáticas das 40 que constam da proposta de majoração dos incentivos a conceder aos apiculPlano Estratégico para a Apicultura nos Açores, a implementar na tores que forem associados. “Esta proposta de próxima década, para fomentar o crescimento sustentável de um Plano é um ponto de partida para um caminho que sector importante para o desenvolvimento agrícola e que goza de queremos de envolvimento e motivação dos apium excelente estatuto sanitário na Região. cultores, das suas organizações e dos técnicos da João Ponte, que falava na apresentação pública do documento Secretaria Regional da Agricultura e Florestas, que elaborado por um grupo de trabalho, assegurou que, logo este permita que a apicultura possa crescer de forma Plano seja aprovado, será desencadeado o processo de revisão sustentável”, afirmou João Ponte, apelando a todos do decreto legislativo regional que regula a actividade apícola os agentes do sector agrícola para darem contribucom o objectivo de o actualizar, para que o sector continue a tos e enriquecer o documento. aumentar a capacidade produtiva de forma ajustada às condiDepois de São Miguel, o Plano Estratégico para cionantes de cada ilha. a Apicultura nos Açores será apresentado noutras O Secretário Regional referiu ainda que, em sede de proilhas. João Ponte frisou que este documento resulta cesso de propostas de alterações ao POSEI 2020, será apreda visão que o Governo Regional tem da importância sentada a criação de uma ajuda que promova a melhoria da da apicultura para todo o sector agrícola, nomeadaextracção e comercialização do mel feito por cooperativas ou mente pelo contributo que as abelhas dão enquanto melarias licenciadas. polinizadores naturais das culturas agrícolas e para a Na sua intervenção, anunciou também que será incremenpreservação da biodiversidade. tada a troca de conhecimentos entre os apicultores, organizando de dois em dois anos um Fórum Regional de Apicultura e uma Feira Regional do Mel, cuja primeira edição se realizará em 2020, em São Miguel. João Ponte afirmou que serão garantidos os meios financeiros necessários para reabilitar e, em alguns casos, reactivar os apiários dos Serviço de Desenvolvimento Agrário, a par do repovoamento do efectivo apícola, através do apoio à multiplicação e aquisição de rainhas, com o propósito de melhorar o património genético na Região. No que diz respeito ao estímulo do rendimento dos apicultores, João Ponte salientou que o mesmo será feito www.gazetarural.com

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A partir de 15 de Janeiro em vários pontos do concelho

Município de Proença-a-Nova organiza novas acções de sensibilização sobre floresta

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Município de Proença-a-Nova organiza, nos meses de JaAo serem mantidas as condições existentes até neiro e Fevereiro, 17 acções de sensibilização em vários ao momento, representa oportunidade ímpar a pontos do concelho sobre defesa da floresta contra incêndios, ser aproveitada pelos proprietários de Proença-aincluindo o projecto piloto que disponibiliza apoios para as áreas -Nova, um dos dez municípios onde este projecto já de gestão de combustível juntos aos aglomerados populacioestá disponível. nais, previsto no Orçamento e as Grandes Opções do Plano do As acções de sensibilização estão agendadas para Município para 2019. A autarquia colaborará na gestão destes as 18,30 horas, tendo a primeira sido realizada a espaços, sugerindo e oferecendo espécies autóctones mais re15 de Janeiro, no edifício da Junta de Freguesia, em silientes ao fogo e disponibilizando eventual apoio de meios Proença-a-Nova, seguindo-se Montes da Senhora (dia mecânicos para a plantação. 16, na Casa Paroquial), São Pedro do Esteval (dia 17, O projecto, que se encontra em fase de regulamentação, no Polo da Biblioteca), Sobreira Formosa (dia 18, na incentiva a que os proprietários dos terrenos situados nas faiJunta de Freguesia), Lameira D´Ordem (dia 24), Padrão xas de gestão de combustível se juntem para que possam (dia 25), Malhadal (dia 29) e Corgas (dia 30), nestes causufruir deste apoio. sos nas respectivas associações. Em Fevereiro, as acNas acções será mais uma vez reforçada a importância da ções serão realizadas nas associações das Fórneas (dia limpeza florestal nestas áreas, obrigatória por lei, e que terá 1), das Atalaias (dia 5), da Catraia (dia 6), do Vergão (dia de ser feita até dia 15 de Março, sendo que o incumprimento 13), do Pergulho (dia 14) e das Moitas (dia 15). Em Alvito obriga ao pagamento de coimas que, de acordo com o Orçada Beira, no dia 7, e no Peral, dia 8. As acções terão lugar mento de Estado de 2019, foram aumentadas para o dobro nos edifícios das antigas juntas de freguesia, enquanto do valor: de 280 a 10.000 euros, no caso de pessoa singular, que na Pedra do Altar (a 12 de Fevereiro) será no Centro e de 1.600 a 120.000 euros, no caso de pessoas colectivas. de Dia. Será ainda abordada a necessidade do cadastro florestal através de georreferenciação, estando o BUPi – Balcão Único do Prédio a receber agendamentos tendo em conta que o prazo foi alargado até que o projecto seja implementado a nível nacional.

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Referiu o presidente da Câmara, Fernando Queiroga

Fumeiro ajuda a fixar pessoas e é importante fonte de receita para Boticas

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fumeiro é uma importante fonte de receita e tem ajudado a Estima-se que a feira contou com mais de 70 fixar produtores na região do Barroso que aproveitam a Feira mil visitantes, muitos deles provenientes da viGastronómica do Porco de Boticas para escoar o produto e angariar zinha Espanha, tendo sido transaccionados cerclientes. O presidente da Câmara de Boticas afirmou que o fumeiro ca de 40 toneladas de fumeiro. “ajuda a fixar gente no concelho” porque este é um “complemento à “A exigência na qualidade é uma coisa que não rentabilidade das famílias”. abdicamos. Os nossos serviços de controlo de Fernando Queiroga, salientou que a feira representa uma “imporveterinária passaram, pelo menos, três vezes em tante oportunidade de negócios” para os produtores do concelho cada um dos produtores e isso dá uma garantia que conseguem, no âmbito do certame, um volume de negócios a quem nos visita e compra o nosso produto de perto de meio milhão de euros. excelência e qualidade”, frisou o autarca. Mas a gastronomia, acrescentou, é também um motivo de atracAntes de entrarem no recinto, os produtos foção ao território durante o ano inteiro. O tempo frio e seco deste ram ainda inspeccionados pelo veterinário municiInverno tem ajudado na conservação das carnes e na qualidade pal, que atesta a sua qualidade. dos produtos. O trabalho nestes meses é intenso, desde a matanNo calendário do distrito de Vila Real segue-se ça dos porcos até à produção das alheiras, salpicões e chouriças, depois a Feira do Fumeiro e do Presunto de Montaou à cura do presunto. legre, entre os dias 24 e 27 de Janeiro, a Feira FuBoticas deu o arranque às feiras do fumeiro no distrito de Vila meiro - Sabores de Chaves e a Feira de São Braz, em Real. No recinto, José Maria Pereira, de 60 anos, suinicultor e São João de Corveira, concelho de Valpaços, ambas produtor de fumeiro, disse que a feira ajuda a angariar clientes no primeiro fim de semana de Fevereiro de 2 e 3 de e a divulgar os seus produtos, que são feitos, garantiu, “de forFevereiro. ma tradicional”. Este produtor participa na feira de Boticas e na de Montalegre e vende ainda em casa. O fumeiro é um complemento ao rendimento familiar de Albertina Gonçalves, 54 anos, que tem uma exploração de vacas. “Isto foi um extra, começamos nisto e comecei a gostar e a cada ano produzimos mais”, afirmou. “Também já vendo muito em casa. Este é um bom negócio, mas temos que ter muitos cuidados. Temos que ter uma boa cura, lenha própria de carvalho, acender o lume diariamente e o ar que é essencial, e isso não nos falta na nossa aldeia”, referiu. Os porcos são também, acrescentou, alimentados com as couves, batatas e centeio caseiros. O autarca Fernando Queiroga frisou que “a feira é um evento onde se coloca o que é mais genuíno, o que de melhor qualidade tem o concelho”. Para incentivar ainda mais à qualidade, este ano realizou-se pela primeira vez o concurso da melhor chouriça e melhor salpicão do certame. www.gazetarural.com

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Num jantar em Rabo de Peixe, na Ilha de S. Miguel

Chef Hélio Loureiro elogia “forma de cozinhar açoriana”

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élio Loureiro, um dos mais reputados Projecto vai ser apresentado ainda este mês chefs de cozinha portugueses, elogiou, nos Açores, a história e as qualidades da gastronomia e dos produtos locais “autênticos”, que valorizam o “comer, o acto de partilhar um momento”. “Damos muito valor à palavra saudade, mas temos de valorizar também a palavra comer. O estar na companhia de alguém, num acto que nunca é solitário”, contou o ‘chef’, ai ser apresentado, no próximo dia 22 de Janeiro, o projecto que deu um jantar, no restaurante Botequim “Alfândega da Fé à Mesa”, uma iniciativa do município local que Açoriano, na freguesia de Rabo de Peixe, cenpretende tornar Alfândega da Fé num destino gastronómico de extrado em produtos regionais e na “maneira de celência e atrair mais visitantes a este concelho de Trás-os-Montes. cozinhar à açoriana”. A ideia foi testada no ano passado, durante a Festa da Cereja. Nos Para Hélio Loureiro, que foi chefe de cozinha dias do certame, foi apresentada uma imagem uniformizada das da selecção de futebol durante duas décadas, tasquinhas e com menus a incluírem alguns dos pratos típicos obrios “grandes pratos açorianos” são pratos de gatórios para os restaurantes aderentes. Os pratos à base de pro“partilha, de convivência”, dando como exemplo dutos regionais, como o cabrito, o borrego, as sopas das Segadas, a alcatra, as sopas do Espírito Santo ou o cozido os enchidos e os azeites de Alfândega da Fé vão ser obrigatórios, das Furnas. entre outros que fazem parte da cozinha regional e local. A novida“Venho aos Açores há imensos anos, que têm de é que os menus vão ter que ter uma opção para vegetarianos, características climáticas que fazem com que teconfeccionada também com produtos locais. nham produtos únicos, a começar por coisas simA pensar nesta estratégia de dinamização e qualificação da ples, como as couves e as batatas. Tudo isso tem restauração e da gastronomia do concelho, a autarquia elaborou um sabor muito diferente e característico da região um regulamento que contém as directrizes do projecto e que devido à sua geologia, à temperatura, aos solos”, será apresentado durante o seu lançamento. O objectivo é desustentou. finir as regras para a utilização da logomarca “Alfândega da Fé Os lacticínios “riquíssimos”, as carnes e o “paà Mesa”, apostando na qualificação, promoção e divulgação da trimónio único” que é o peixe dos mares da região restauração local. são também valorizados pelo ‘chef’, que lembra os Os restaurantes que aderirem ao projecto vão beneficiar de interessados em seguir pelo ramo da cozinha que um incentivo financeiro e da possibilidade de participarem em é necessário “empenho, estudos e uma dedicação eventos que autarquia organizar, nomeadamente os fins de muito grande”, embora Hélio Loureiro não advogue semana gastronómicos, que regressam a Alfândega da Fé já as eventuais mais-valias de “12, 14 ou 16 horas de este ano, assim como, em todos os principais eventos e festas trabalho por dia”. promovidas pelo Município. “Quando uma profissão é mediatizada, acresce o O projecto “Alfândega da Fé à Mesa” conta com a colaboravalor do reconhecimento, as pessoas gostam de ser ção e parceria do chef Marco Gomes. Este reputado cozinheireconhecidas. Isso faz com que venha gente para a coro é natural do concelho e está a acompanhar toda a implezinha que acha que vai ser reconhecida logo após 15 mentação do projecto. O próximo passo vai ser a formação e dias a cozinhar”, admite, acrescentando ainda que a ina definição da estratégia empresarial junto dos restaurantes fluência de concursos televisivos faz com que por vezes no cumprimento das regras da adesão e sua dinamização. os comensais “tenham opiniões de coisas que às vezes desconhecem, um pouco como no futebol”. A cozinha, sinalizou ainda, “não pode ser vista como um acto matemático ou químico”. E concretizou: “Na receita pomos paixão, amor, ódio, tudo aquilo que o momento nos dá. Por isso às vezes os pratos saem bem e outras vezes menos bem”.

Alfândega da Fé quer ser destino gastronómico e atrair visitantes

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Um fruto com enormes benefícios para a saúde

Espaço Visual ensina técnicas de produção do kiwi verde

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ão são apenas os enormes benefícios para a saúde que fazem do kiwi verde uma excelente decisão de consumo, mas, para além disso, os consumidores ficam facilmente atraídos pela cor verde e o seu sabor exótico. Por isso, cada vez mais assistimos à entrada de novos produtores e investidores neste negócio. Dominar as técnicas de produção do kiwi verde é essencial para se obter uma produção e um produto de qualidade certificada. A consultora agrícola Espaço Visual lançou um curso de formação em “poda do kiwi verde”, que terá como formador o CEO da emprepara o desenvolvimento de projectos que se trasa, José Martino. Este curso visa dotar os formandos de competênduzam em mais valias para a atractividade do cias e conhecimentos que permitam promover o desenvolvimento, Interior do país. a produção e a fitossanidade do kiwi verde. De igual forma, também o PDR 2020 se foca Para além disso, o curso tem como objectivos específicos reconesta importante actividade para a nossa econonhecer a importância da poda no conjunto das operações culturais mia numa altura em que a Medida 10.2.1.3 - Diverdo kiwi; distinguir as diferentes podas aplicadas consoante o tipo sificação de Actividades na Exploração - está em de kiwi e executar e proceder à poda de Inverno de fêmeas e de aberto em 8 diferentes zonas do país - Bragança, machos. Castelo Branco, Viana do Castelo, Setúbal, PortaleEntre os conteúdos programáticos, a Espaço Visual destaca a gre, Évora, Leiria e Viseu. “poda de Inverno no kiwi verde”, “a poda de Inverno no contexto Esta medida permite a diversificação de actividas operações culturais do kiwi”, “a estrutura das plantas”, “as dades que sejam uma mais valia para empresários diferenças entre a poda de machos e a poda de fêmeas”, “os agrícolas, que apostem no desenvolvimento, nas excuidados fitossanitários”. plorações agrícolas, nomeadamente agroturismo ou O curso terá uma forte componente prática, com a visita a casas de campo, alojamento local, parques de camexplorações de kiwi verde; e a exemplificação e prática da poda pismo ou caravanismo, turismo de natureza, organide Inverno. Esta formação assenta numa metodologia exposização de actividades de animação turística, reservas tiva, demonstrativa e activa, assim como na demonstração da naturais, actividades de diversão e recreativas, respoda em contexto real numa exploração de kiwi verde. tauração, catering, fabricação de cerveja, actividades de museus e bem-estar físico, etc. Consultora aposta em dinamizar o Interior Segundo dados do BP e Pordata, desde 2009 que o sector do turismo não pára de crescer em Portugal, A consultora agrícola Espaço Visual, uma das mais reconhecom o aumento em mais de 50% em receitas em mecidas no país, está a apostar no apoio a projectos turísticos nos de 10 anos. direccionados para criar riqueza e emprego nas regiões do Interior. Travar a desertificação e promover uma dinâmica económica, social, cultural e turística é o objectivo da consultora, em parceria com outras entidades institucionais e privadas. Após um novo reforço de 10 milhões de euros, as candidaturas à Linha de Apoio à Valorização turística do Interior, no âmbito do programa Valorizar do Turismo de Portugal, voltaram a abrir concurso. A Linha de Apoio à Qualificação da Oferta permite conseguir o financiamento necessário www.gazetarural.com

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Para estudar o impacto das alterações climáticas

Experiências para arrefecer Terra e expedições à Antártida marcarão 2019

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xperiências para arrefecer a Terra e expedições à Antártida A terminar 2019, a China poderá aparecer na para estudar o impacto das alterações climáticas são algumas frente da lista dos países que mais investem em das iniciativas que deverão marcar este ano na ciência mundial, investigação, enquanto na União Europeia se dissegundo uma antevisão divulgada hoje pela revista especializada cutirá como aplicar 100 mil milhões de euros em Nature. ciência, ainda sem certezas sobre se os investiNum contexto de aumento das emissões poluentes, este ano gadores britânicos poderão beneficiar desse inpoderão realizar-se as primeiras experiências para tentar arrevestimento, com a saída do Reino Unido do bloco fecer o planeta através de geo-engenharia solar, uma técnica europeu. em que se usam partículas pulverizadas na estratosfera para Em Março, saber-se-á se o Japão sempre está disreflectir alguma percentagem dos raios solares. ponível para receber o sucessor do acelerador de O glaciar Thwaites será o destino da maior missão internapartículas instalado no CERN, na fronteira entre a cional à Antártida em 70 anos, em que cientistas britânicos e Itália e a Suíça, um projecto de seis mil milhões de norte-americanos investigarão o estado daquela gigantesca e euros para aprofundar o estudo de partículas como instável massa de gelo, que alguns estudos colocam em risco o Bosão de Higgs. de derreter completamente no espaço de um ou dois séculos. No Canadá, deverão ser divulgados estudos sobre No fim de 2019, outra expedição, de cientistas europeus, o cultivo e biologia da canábis, legalizada naquele apontará para debaixo do gelo antárctico para recolher uma país em Outubro passado, e começará a funcionar o amostra de uma camada com 1,5 milhões de anos e tentar obprimeiro centro académico dedicado exclusivamente ter o mais antigo registo intocado das condições climatéricas à planta. e atmosféricas da Terra. O maior radiotelescópio do mundo, situado na China, deverá estar completamente operacional e disponível para cientistas de todo o mundo em Setembro próximo, permitindo olhar o universo com um poderoso instrumento de 149 milhões de euros. No campo da genética, 2019 será ainda marcado pelo anúncio feito pelo chinês He Jiankui no ano passado do nascimento de gémeas humanas geneticamente alteradas, o que motivou condenação da comunidade científica, que se comprometeu a arranjar um conjunto de boas práticas e mecanismos de regulação de alteração de ADN humano.

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Última Hora

A decorrer de 2 a 5 de Março

Feira do Queijo Serra da Estrela em Seia com inscrições abertas

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De 1 a 3 de Fevereiro, nos restaurantes e empreendimentos turísticos aderentes

Fim-de-semana gastronómico em Moimenta da Beira com menu a preceito

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Câmara de Seia realiza na altura do Carnaval mais uma edição da Feira do Queijo. A 42ª Feira do Queijo vai decorrer ao longo de quatro dias, este ano de 2 a 5 de Março. O certame, à semelhança dos anos anteriores, vai ter lugar no Mercado Municipal e área envolvente. A festa é dedicada à promoção do queijo e dos produtos endógenos do concelho (pão, vinho, enchidos e mel), a que se associam o artesanato, a cultura e as tradições locais. As inscrições para a participação na feira, que é uma imagem de marca do município e da região, estão abertas até ao dia 31 de Janeiro e devem ser entregues directamente no Gabinete de Apoio à Vereação ou enviadas por e-mail para feiradoqueijo@cm-seia.pt.

Nos dias 9 e 10 de Fevereiro

Ponte de Lima prepara IV Feira 100% Agrolimiano

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m Moimenta da Beira, de 1 a 3 de Fevereiro, pavilhão da Expolima, em Ponte de Lima, vai receber IV Feira há um fim-de-semana de sabores. O progra100% Agrolimiano nos dias 9 e 10 de Fevereiro, uma iniciatima dos “Fins-de-Semana Gastronómicos”, promova do município local. vido pela Entidade de Turismo Regional do Porto A matéria-prima que faz de Ponte de Lima local de essência gee Norte de Portugal em colaboração com a Câmanuína, valoriza, através da IV Feira 100% Agrolimiano os serviços ra Municipal, contempla também visitas gratuitas e os produtos endógenos, ligados ao mundo rural do concelho. a museus do concelho (Fundação Aquilino Ribeiro, Do Vinho Verde, e respectiva promoção, aos enchidos e fumaem Soutosa, e Museu Gente da Nave, em Alvite) e dos, da fruta à sidra e mel, a feira mostra o que de melhor se prodescontos nos alojamentos locais (noites de sexta duz na região. Este evento tem-se afirmado como essencial na e sábado). promoção e divulgação dos pequenos produtores desta região. Seis restaurantes e oito empreendimentos turísticos do concelho aderiram ao programa. Neste fim-de-semana os restaurantes aderentes incluem nos seus menus, entre o jantar de sexta-feira e o almoço de domingo, um prato seleccionado, bem como a oferta aos clientes de um copo de vinho da região, como gesto de “boas vindas”. Da ementa seleccionada consta uma tábua de enchidos, javali com castanhas, tarte de maçã e arroz doce. Por sua vez, os empreendimentos turísticos aderentes fazem descontos de 10% nas duas noites (sexta-feira e sábado).

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Até 31 de Janeiro nos restaurantes aderentes

O “Porco é Rei” em Quinzena Gastronómica em Torres Vedras

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ncentivar a descoberta dos pratos tradicionais de porco da região é o objectivo da Quinzena Gastronómica “Em Janeiro o Porco é Rei”, que vai decorrer até 31 de Janeiro nos restaurantes aderentes do concelho de Torres Vedras. Nesta quinzena gastronómica os 12 restaurantes aderentes oferecem um menu do qual fazem parte pratos de porco, regados com vinhos de Lisboa ao preço de 12,50€ por pessoa e que fazem do porco o Rei em Janeiro. “Venha viver o concelho e a cidade através da sua gastronomia, desfrutando do prazer de provar diferentes propostas gastronómicas nos restaurantes aderentes” é o mote desta campanha. Neste período, serão recriadas a tradicionais matanças de porco, uma tradição que vem dos seus antepassados, nas várias aldeias deste concelho durante o mês de Janeiro. Esta quinzena gastronómica surgiu como sinal do dinamismo e união entre os restaurantes locais, pretendendo ser uma forma de atrair mais visitantes e divulgar a restauração e o turismo em Torres Vedras.

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Para quase 13 milhões de euros

Vendas de carne com selo Porco.pt subiram em 2018

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s vendas de carne com o selo de certificação Porco.pt subiram em 2018, atingindo quase 13 milhões de euros. De acordo com os dados enviados pelos responsáveis pelo selo Porco.pt, em 2018 as vendas totalizaram 12,6 milhões de euros, que comparam com os 4,2 milhões de euros registados no ano anterior. No ano em causa, foram comercializadas 8.867,52 toneladas de carne, enquanto em 2017 foram vendidas 2.883,12 toneladas. No total, desde que os produtos com o selo Porco.pt, projecto que reconhece a carne de suíno 100% portuguesa, entraram no mercado, foram registados cerca de 17 milhões de euros em vendas. Por sua vez, a linha ‘premium’, iniciativa de um grupo de 25 produtores nacionais que distingue carnes com características “superiores”, já representa quase 40% das vendas totais. Em 2018, o selo Porco.pt alcançou 500 explorações, 56 produtores aderentes e 20 unidades de abate e transformação. Estes produtos são distribuídos em todo o território nacional, em cerca de 500 pontos de venda pertencentes a 12 empresas de distribuição. O selo Porco.pt nasceu em 2017 para dar resposta ao cumprimento da obrigação legal, por parte da distribuição, de “rotular adequadamente o produto, nomeadamente no que respeita à sua origem”. Esta certificação tem ainda como um dos principais objectivos diferenciar a carne de porco produzida em Portugal da restante oferta disponível no mercado.


A 22 e 23 de Fevereiro no edifício d’A Moagem

Jornadas de Inovação de Raças Autóctones Portuguesas realizam-se no Fundão

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Município do Fundão vai realizar, a 22 e 23 de Fevereiro, as primeiras Jornadas de Inovação de Raças Autóctones Portuguesas, que decorrerão no edifício d’A Moagem - Cidade do Engenho e das Artes. Para além da intervenção de várias entidades relacionadas com a temática, irão realizar-se diversas actividades destinadas à comunidade em geral, nomeadamente a criação de um espaço de exposição de algumas raças autóctones no Centro Cívico da Cidade, aberto a todas as crianças e jovens da comunidade estudantil do Fundão, na qual terão oportunidade de interagir com os animais presentes, bem como participar em iniciativas destinadas aos mesmos. A realização deste evento pressupõe, não só a participação da comunidade local, mas também a possibilidade de qualquer ponto do país ser alcançado com a sua divulgação.

Nos dias 28 e 29 de Março

Vila Real recebe II Simpósio Nacional de Fertilização e Rega

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s práticas de fertilização e rega constituem etapas fundamentais quando o objectivo é uma produção eficiente e, se possível, congruente com a protecção do ambiente envolvente. Com o objectivo de compreender melhor a necessidade de fornecimento de nutrientes às culturas e a água que necessitam para realizar as suas funções fisiológicas vitais, que são o ponto de partida para o sucesso das produções, a Associação Portuguesa de Estudantes de Agricultura realizará o II Simpósio Nacional de Fertilização e Rega. Dada a relevância destas temáticas na área agrícola, a APEA aposta, neste ano de 2019, num evento com a duração de dois dias, sendo realizado nos dias 28 e 29 de Março, em Vila Real, destinando-se a todos os interessados nesta área.

Nos dias 18, 24 e 25 de Janeiro em Guarda, Viseu e Porto

Seminário debate “Agricultura familiar, agricultura biológica e desenvolvimento rural”

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o âmbito do Projecto “Pontes entre a agricultura familiar e a agricultura biológica” promovido pela Escola Superior Agrária de Viseu e a Universidade do Porto irá realizar-se nos próximos dias 18, 24 e 25 de Janeiro na Guarda, Viseu e Vairão, respectivamente, o Ciclo de Seminários intitulado “Agricultura familiar, agricultura biológica e desenvolvimento rural”. É objectivo deste ciclo de seminários passa por reunir especialistas de diferentes áreas e sectores, promovendo a participação de investigadores, técnicos e agricultores temáticas relacionadas com a agricultura familiar, sua importância e papel societal, bem como discutir a sua proximidade à agricultura biológica e o seu enquadramento em termos de desenvolvimento rural. Em cada um dos seminários, para além da apresentação dos resultados decorrentes da investigação levada a cabo no âmbito do projecto “Pontes entre agricultura familiar e agricultura biológica” (PROJ/CIDETS/CGD/0006), irão intervir diferentes oradores com importantes contributos para as temáticas em discussão. www.gazetarural.com

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CompetitiveSouthBerries 5ª Ação de Demonstração

MORANGO

18 janeiro 2019

A 5ª Ação de Demonstração do Grupo Operacional - CompetitiveSouthBerries tem como objetivo divulgar a tecnologia tray para a Cultura do Morangueiro e apresentar o Campo Piloto com as tecnologias inovadoras. A ação consta de sessão em sala e no campo que decorrerá no dia 18 de janeiro de 2019, nas explorações do parceiro Campina Produção Agrícola, Lda.

PROGRAMA Quinta da Campina Sitio da Campina, Luz de Tavira (https://goo.gl/maps/1aqTJBqMsLB2) / GPS (37º06’50’’N 07º43’00’’) 10.30 h

GO – CompetitiveSouthBerries Tiago Andrade (Campina Produção Agrícola Lda.) Pedro Brás de Oliveira (INIAV, I.P.)

10.45 h

Apresentação dos resultados do Campo de Demonstração 2017/2018 Maria da Graça Palha (INIAV, I.P.)

11.15 h

Arquitetura Floral da planta do morangueiro Teresa Valdiviesso (INIAV, I.P.)

11.45 h 12.30 h

Prova Organolética de Frutos cvs. Darselect, Deluxe, Donna e Dream Campo Piloto 2018/2019, inovação em tecnologia tray Sofia Patrício (ISA, UL / INIAV, I.P.) Quinta da Moita Redonda Sitio da Cabeça, Moncarapacho, Olhão (https://goo.gl/maps/EEwvJ5FdNEB2) / GPS (37º06’33’’N 07º42’34’’W)

15.00 h

Visita ao Campo Piloto e análise da Tecnologia tray Ligia de Jesus (Campina Produção Agrícola, Lda)

17.00 h

Encerramento da Ação

Faça a sua inscrição até ao dia 16 de janeiro de 2019 através do link https://docs.google.com/forms/d/1VgGUUcZAT7hC0jgplwMwddDbf_YUgkB-HArDjLYqOQY/edit?usp=sharing A inscrição é obrigatória Organização e Parceiros

Cofinanciado por:

A 25 de Janeiro na Casa das Artes, em Felgueiras

Cooperativa de Felgueiras promove Encontro Nacional dos Produtores de Espargo

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Cooperativa Agrícola Terras de Felgueiras – Caves Felgueiras, em parceria com a Villabosque e Vale Ceras organizam o I Encontro Nacional dos Produtores de Espargo, que decorrerá a 25 de Janeiro, em Felgueiras – na Casa das Artes Promover um conhecimento mais aprofundado da cultura do espargo é o objectivo de evento de âmbito nacional, que integrará um painel de especialistas, nacionais e internacionais, que abordarão temáticas como a importância da comunicação; aspectos culturais relevantes; o espargo em agricultura biológica e em agricultura convencional, entre outros aspectos relevantes no âmbito desta cultura. Originários da Ásia e cultivados desde a antiguidade, os espargos, devido às suas excelentes qualidades nutritivas, ocupam um lugar cada vez mais relevante na economia agrícola nacional, bem como na nossa gastronomia. A participação no evento está limitada aos lugares disponíveis, tem um custo de 15 euros e requer inscrição obrigatória.

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Novo

OPEL COMBO COMERCIAL INTERNACIONAL 2019

209€/MÊS MOTOR 1.6 TD 100 CV ATÉ 800KG CARGA ÚTIL

Tudo Incluído 4 Anos de manutenção 4 Anos de IUC Pneus ilimitados Viatura substituição Campanha de Aluguer Operacional para clientes empresa e ENIs, para o modelo Opel Combo Cargo Essentia L1H1 STD 1.6TD 100cv, limitada ao stock existente, válida de 1de Janeiro de 2019 a 31 de Março de 2019, para Portugal Continental, nos Concessionários Opel aderentes. Valores para as Ilhas sob consulta nos concessionário locais. Serviços incluídos: Aluguer e Manutenção para os prazos estipulados, Inspecção Periódica Obrigatória, Linha de Apoio ao Condutor, Imposto Único de Circulação (IUC), Viatura de substituição, Pneus Ilimitados, segundo contrato FREE2MOVE LEASE. Inclui despesas de preparação e legalização. IVA não incluído. Imagens meramente ilustrativas. Consumo misto 5,5-7,5l/100km. Emissões de CO2 110,0-132,0 g/km. THE FUTURE IS EVERYONE’S = O futuro é de todos.

Concessionário Morada Contactos + Site

www.gazetarural.com

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